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Roteiro de Praticas Microbiologia Básica Microbiologia Geral 2022.1
Roteiro de Praticas Microbiologia Básica Microbiologia Geral 2022.1
PRÓ-REITORIA DE ENSINO
TERESINA
2022
APRESENTAÇÃO DO LABORATÓRIO
OBJETIVOS:
❖ Apresentação do laboratório de microbiologia (atividades e normas).
❖ Equipamentos e materiais utilizáveis nas aulas práticas.
❖ Normas de Biossegurança no laboratório de microbiologia.
Lei nº 9.795, de 27.4.99 - Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de
Educação Ambiental e dá outras providências (www.anvisa.gov.br/alimentos/tox/legis/geral).
1 ATIVIDADES BÁSICAS......................................................................................................7
3 BIOSSEGURANÇA...............................................................................................................8
6 MEIOS DE CULTURA.......................................................................................................23
8 TÉCNICAS DE SEMEADURA..........................................................................................30
9 TIPOS DE COLORAÇÃO..................................................................................................32
15 MICRORGANISMOS DO AR E AMBIENTE...............................................................41
REFERÊNCIAS.................................................................................................................51
1
ATIVIDADES BÁSICAS
2
NORMAS ADOTADAS NO LABORATÓRIO DE
MICROBIOLOGIA
3
BIOSSEGURANÇA
IMPORTANTE
Antes de iniciar a higienização das mãos, é necessário
retirar joias (anéis, pulseiras, relógio), pois sob tais objetos podem
acumular-se microrganismos. Estas podem ser recolocadas após
higienização das mesmas.
❖ Fazendo-se ou não uso de luvas, lavar as mãos sempre que houver mudança de
atividade e na saída do laboratório. A lavagem deve envolver mãos e antebraços,
usando-se água e sabão líquido;
❖ O tempo de lavagem das mãos é importante, não só pela ação mecânica, mas também
para obter o efeito desejado pela ação do anti-séptico.
INDICAÇÕES
PASSO A PASSO
FINALIDADE
Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades). A utilização de
gel alcoólico a 70% pode substituir a higienização com água e sabão quando as mãos não
estiverem visivelmente sujas.
❖ Para evitar ressecamento e dermatites, não higienize as mãos com água e sabão
imediatamente antes ou depois de usar uma preparação alcoólica;
❖ Depois de higienizar as mãos com preparação alcoólica, deixe que elas sequem
completamente (sem utilização de papel-toalha).
PASSO A PASSO
PARA DISCUTIR
Exercício I
1. Quais as primeiras atitudes que o aluno deve tomar ao entrar no laboratório de microbiologia?
2. Dentre os equipamentos e vidrarias citados abaixo, quais serão utilizados cotidianamente nas aulas de
microbiologia.
( ) pipeta ( ) estufa
( ) destilador ( ) capela
( ) placa de petri ( ) tubo de ensaio
( ) Becker ( ) balão de fundo chato
( ) bico de Bunsen ( ) vidro de relógio
( ) autoclave ( ) destilador
( ) microscópio ( ) balança
( ) banho maria ( ) pinça
04. Você está fazendo uma semeadura de bactérias na lâmina de vidro a partir de uma cultura feita em agar
na placa de petri, de repente alguém tirou a sua concentração e você derrubou e quebrou a toda a placa, o que
fazer nesse momento?
05. Por que é importante fazer uso da chama do bico de bunsen durante as práticas de microbiologia que
usam culturas de bactérias?
07. Qual a importância de ler atenciosamente o roteiro da aula prática antes de iniciar o trabalho
experimental?
08. Qual a importância da identificação das culturas antes de serem incubadas na estufa?
5.1 ESTERILIZAÇÃO
É o processo que promove completa eliminação ou destruição de todas as formas de
micro-organismos presentes: vírus, bactérias, fungos, protozoários, esporos, para um aceitável
nível de segurança. O processo de esterilização pode ser físico, químico, físico-químico.
MÉTODOS DE
ALTERNATIVAS
ESTERILIZAÇÃO
Vapor saturado/autoclaves;
Métodos físicos Calor seco;
Raios Gama/Cobalto.
Glutaraldeído;
Métodos químicos Formaldeído;
Ácido peracético.
Esterilizadoras a Óxido de Etileno (ETO);
Plasma de Peróxido de Hidrogênio;
Plasma de gases (vapor de ácido peracético e
Métodos físico-químicos
peróxido de hidrogênio; oxigênio, hidrogênio e
gás argonio);
Vapor de Formaldeído.
Água fervente
É a água levada a ponto de ebulição: 100ºC, este procedimento destrói os micro-
organismos vegetativos presentes no meio líquido. Entretanto, os materiais ou objetos
contaminados não são esterilizados com segurança pois alguns esporos bacterianos podem
resistir a 100ºC por mais de 1 hora.
Vapor d’água
O vapor d’água sob pressão é a mais prática e segura aplicação do calor úmido. O
aparelho destinado a este fim é a AUTOCLAVE. É um processo mais eficiente para destruir
os micro-organismos e os esporos, que o calor seco.
A autoclavação é feita a 121º C com tempo de exposição de 15 a 30 minutos. A
penetração do vapor no material garante maior nível de destruição dos micro-organismos, e
por este motivo é mais rápido.
Funcionamento da autoclave
A autoclave é um aparelho muito utilizado em laboratórios de pesquisas e hospitais
para a esterilização de materiais. O processo de autoclavagem consiste em manter o material
contaminado em contato com um vapor de água em temperatura elevada, por um período de
tempo suficiente para matar todos os micro-organismos.
OBSERVAÇÕES
Controle da Esterilização
Considerações importantes
❖ É importante lembrar que é necessária uma limpeza perfeita dos instrumentais antes de
serem submetidos à esterilização. A presença de matéria orgânica (óleo, gordura, pus,
sangue, e outras secreções) protege o micro-organismo da ação esterilizante. É
adequado lavar manualmente os instrumentos com detergente e água morna antes da
esterilização;
❖ Depois de esterilizados, os equipamentos devem ser conservados em embalagens
apropriadas, caso contrário, voltam a se recontaminar com micro-organismos
presentes no ambiente;
❖ Estudos recentes mostraram que os termômetros e termostatos embutidos nas estufas
em laboratórios não são confiáveis, portanto, sugere-se que sejam utilizados
termômetros calibrados de acordo com as especificações do INMETRO. Se não for
possível, deve-se considerar que o termômetro de mercúrio tem uma incerteza na
medição da faixa de 5ºC a 10ºC;
❖ Deve-se realizar o controle periódico da qualidade do processo, através de
profissionais preparados para tal procedimento.
5.2 DESINFECÇÃO
Este processo pode ser realizado de forma física (Pasteurização) e química
(Desinfectantes), e pode ser classificado como sendo uma desinfecção de alto, intermediário
ou de baixo nível, dependendo da quantidade de micro-organismos inativados.
Glutaraldeído
Formaldeído
Peróxido de Hidrogênio
Ácido Peracético
Compostos Clorados
Causa a inibição de reações enzimáticas intracelulares, desnaturação de proteínas, e
inativação de ácidos nucléicos. Apresentam atividade antimicrobiana de amplo espectro, tem
baixo custo e ação rápida, entretanto seu uso é limitado, pois é irritante, instável por 24 horas,
fotossensível e volátil, além de ser corrosivo para metais. Seu uso é indicado para artigos de
vidro e borracha, sendo contra-indicado para metais (é corrosivo). Apresenta-se na forma
líquida (ex: Hipoclorito de sódio) e na forma sólida (ex: Hipoclorito de Cálcio), e o tempo de
exposição dos artigos a estes compostos é de aproximadamente 10 minutos.
Fenólicos
Seu mecanismo de ação é através do rompimento da parede celular, precipitando
proteínas, quando usado em alta concentração, e alteração dos sistemas enzimáticos
fundamentais, quando utilizado em baixa concentração. Sua concentração para uso é de 0,4-
5% sendo que o tempo de exposição deve ser menor ou igual a 10 minutos. Seu uso é
indicado para descontaminação de ambiente hospitalar, itens cirúrgicos e médicos não-
críticos, sendo que devem ser consideradas as limitações devido a toxicidade
(hiperbilirrubinemia – crianças – berçários), e ação residual em materiais porosos.
Iodóforos
Sua ação é através de seu alto poder de penetração na parede celular, levando a
ruptura de proteínas. São utilizados em concentração de 30 a 50 ppm por um tempo menor ou
igual a 10 minutos.
5.2.3 Desinfecção de baixo nível
❖ Álcoois;
❖ Compostos Clorados;
❖ Fenólicos: em concentração menor que 5%;
❖ Iodóforos: em concentração menor que 30 ppm;
❖ Compostos de Amônio Quaternário: Age através da inativação de enzimas,
desnaturação de proteínas essenciais, ruptura da membrana celular. Sua concentração
para uso é de 0,4 a 0,6% por um tempo de no mínimo 10 minutos. É indicado para a
limpeza de ambiente hospitalar (pisos, paredes e superfícies);
❖ Detergentes: São agentes tensoativos, com ação detergente, umectante e
emulsionante. Podem ser classificados como Catiônicos (p. ex. Quaternários de
Amônio), Aniônicos (p. ex. sabões, detergentes sulfatados ou sulfonados), e
Enzimáticos. Este último tem como princípio ativo enzimas proteinases, amilase e
lípases, e,portanto, causam transformações em proteínas, polissacarídeos e gorduras
(ex: Endozime®).
Pasteurização
É o aquecimento lento a baixas temperaturas, suficiente para eliminar as células
vegetativas de micro-organismos, mas não os esporos, portanto, é um método de desinfecção
de alto nível. É indicado o uso de temperatura de 77ºC por 30 minutos. Temperaturas abaixo
de seu ponto de ebulição (100º C)
A desinfecção por processo químico é feita por meio de imersão em soluções germicidas.
Para garantir a eficácia da ação faz-se necessário:
❖ O artigo esteja bem limpo, pois a presença de matéria orgânica reduz ou inativa a ação
do desinfetante;
❖ Esteja seco, para não alterar a concentração do desinfetante;
❖ Esteja totalmente imerso na solução, sem a presença de bolhas de ar;
❖ Tempo de exposição recomendado seja respeitado; que durante o processo o recipiente
seja mantido tampado e o produto esteja dentro do prazo de validade.
5.3 ASSEPSIA
Procedimentos que visam evitar o retorno da contaminação a um objeto, superfície
ou local.
5.4 ANTI-SEPSIA
Desinfecção de tecidos vivos, como pele e mucosas.
5.5 LIMPEZA
Remoção de sujidades que indispensavelmente antecede os procedimentos de
desinfecção ou esterilização.
PARA DISCUTIR
Exercício II
01. Ao terminar uma prática de microbiologia utilizando culturas de bactéria o material deverá ser descartado
e a vidraria deverá passar por:
( ) assepsia
( ) desinfecção
( ) esterilização
( ) limpeza com água e detergente
04. Onde geralmente é feita a esterilização por calor seco? Em que situação pode ser utilizada?
05. Para que o processo de esterilização seja perfeito alguns cuidados devem ser tomados antes, durante e
após o processo. Cite estes cuidados básicos.
6
MEIOS DE CULTURA
6.2 OBJETIVOS
6.4.1 Consistência
Relacionada com o estado físico, considerando-se o teor de ágar:
❖ Líquidos ou caldos - Não contém ágar. Ex.: caldo simples;
❖ Fluidos – porcentagem de agar 0,1%. Ex.: meio tioglicolato;
❖ Semi-sólido – teor de ágar de 0,3 - 0,5%. Ex.: meio de SIM. Esse meio contém
pequena concentração de agente solidificante, sendo, portanto, classificados como
semi-sólidos. São acondicionados em tubos de ensaio e também são empregados para
realização de provas bioquímicas para observar a motilidade bacteriana ou para
conservação de culturas;
❖ Solidificados – são meios de cultura que apesar de sólidos podem ser liquefeitos.
Contém de 1,5 – 2% de ágar. Ex.: ágar-sangue e ágar-simples;
❖ Sólidos – são aqueles que embora não contendo agar, apresentam-se naturalmente no
estado sólido. Ex.: fatias de batata ou frutas usadas ocasionalmente para cultivo
especial de bactérias ou fungos.
6.4.2 Procedência
De acordo com a origem os meios podem ser:
❖ Naturais – não sofrem alterações na sua composição. Ex.: batata, cenoura, leite, suco
de laranja;
❖ Artificiais – são os meios preparados pela mistura de diversos componentes. Ex.:
ágar-simples, ágar-sangue, ágar-chocolate ...
6.4.3 Composição
De acordo com os componentes da fórmula do meio de cultura eles podem ser:
❖ Simples – destinados ao cultivo de micro-organismos pouco exigentes ou servem de
base para outros meios de cultura. Ex.: solução aquosa de sais minerais, água
peptonada, caldo simples;
❖ Enriquecidos – meios de composição simples, adicionados de substâncias que
melhoram o seu valor nutritivo. Ex.: ágar-sangue, ágar-chocolate.
6.4.4 Finalidades
Refere-se às suas aplicações no laboratório de microbiologia:
❖ Extrato de carne...........................................4 g
❖ Peptona.......................................................10 g
❖ Cloreto de sódio...........................................5 g
❖ Água destilada.............................................1000 mL
6.7 AGAR-SIMPLES
6.8 AGAR-SANGUE
6.9 AGAR-CHOCOLATE
PARA DISCUTIR
Exercício III
04. Quais são os requisitos básicos que devem existir em um meio de cultura para que as bactérias possam
crescer?
06. Você deseja isolar um grupo de bactérias, portanto deve impedir o desenvolvimento de outras. Que tipo
de meio deve utilizar, como conseguirá isso, dê exemplo desse tipo de meio.
7.1 OBJETIVOS
❖ Treinar a semeadura (repique) bacteriana a partir dos meios de cultura
sólidos;
❖ Observar os cuidados básicos com coleta, transporte e armazenamento
de amostras para cultivo;
❖ Demonstrar o isolamento de bactérias em cultura pura.
7.2 MATERIAL
❖ Placas de Agar-sangue;
❖ Placas de Agar-simples;
❖ Swabs;
❖ Alça de platina;
❖ Bico de Bunsen;
❖ Álcool iodado e algodão.
8
TÉCNICAS DE SEMEADURA
I. Divida a Placa de Petri em três partes, fazendo linhas com a caneta retroprogetor na
parte de baixo da placa;
II. Mergulhe a Alça de Platina esterilizada na
cultura bacteriana que lhe é apresentada;
III. Faça estrias em cada divisão, respeitando as
linhas e utilizando da melhor forma possível
toda a superfície da placa.
PARA DISCUTIR
Exercício IV
01. Faça uma descrição do que você observou 48 horas após as placas, com meio de culturas, terem
sido colocadas na estufa. Destaque as fases da curva de crescimento das bactérias.
❖ ESFREGAÇO;
❖ FIXAÇÃO;
❖ COLORAÇÃO.
9.1 OBJETIVOS
10
TÉCNICA DE COLORAÇÃO SIMPLES
10.1 MATERIAL
❖ Lâminas;
❖ Salina;
❖ Corante;
❖ Bico de Bunsen;
❖ Suspensão de micro-organismos;
❖ Placa de agar-sangue e agar-simples com crescimento bacteriano;
❖ Suporte para coloração de lâminas;
❖ Microscópio ótico.
10.3 PROCEDIMENTO
❖ Colocar a lâmina previamente fixada sobre o suporte e cobri-la com solução de Azul
de Metileno;
❖ Escorrer e lavar em água corrente;
❖ Secar em papel de filtro.
11
COLORAÇÃO DIFERENCIAL DE GRAM
11.1 MATERIAL
❖ Lâminas;
❖ Salina;
❖ Corante;
❖ Bico de Bunsen;
❖ Suspensão de micro-organismos;
❖ Placa de agar-sangue e agar-simples com crescimento bacteriano;
❖ Suporte para coloração de lâminas;
❖ Microscópio ótico.
11.2 ESFREGAÇO
O mesmo procedimento feito para Coloração Simples.
11.3 PROCEDIMENTO
❖ Colocar a lâmina previamente fixada sobre o suporte e cobri-la com solução de
VIOLETA durante 1 minuto;
❖ Escorrer e lavar com água corrente;
❖ Cobrir com solução de LUGOL por 1 minuto;
❖ Escorrer e descorar com ÁLCOOL-ACETONA por aproximadamente 20 segundos;
❖ Lavar rapidamente com água;
❖ Escorrer o excesso de água e cobri-la com FUCSINA por 30 segundos;
❖ Escorrer, lavar com água corrente, secar ao ar ou com papel filtro.
12
COLORAÇÃO PELO MÉTODO DE ZIEHL-NEELSEN
(BAAR)
12.1 MATERIAL
❖ Lâmina com esfregaço de escarro de paciente;
❖ Suporte de Coloração;
❖ Swabs de algodão para aquecimento das lâminas;
❖ Papel de filtro para secagem das lâminas coradas.
12.2 PROCEDIMENTO
❖ Colocar sobre o suporte de coloração a lâmina com material, previamente fixada;
❖ Cobrir toda a lâmina com solução de FUCSINA;
❖ Aquecer a preparação com auxílio de um chumaço de algodão embebido em álcool até
e emissão de vapores, por 3 vezes consecutivas;
❖ Lavar com água corrente;
❖ Escorrer e descorar totalmente com ÁLCOOL-ÁCIDO;
❖ Lavar imediatamente com água corrente e contracorar com solução de AZUL DE
METILENO;
❖ Lavar com água corrente, secar ao ar ou com papel de filtro.
Observação
Os bacilos álcool-ácido resistentes coram-se de
VERMELHO. Outras bactérias, células, resíduos celulares e muco
coram-se de AZUL.
PARA DISCUTIR
Exercício V
01. Faça um desenho esquemático do que foi visualizado no microscópio, mostrando a morfologia bacteriana
e a reação tintorial.
13
ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE
STREPTOCOCCUS
13.1 MATERIAL
❖ Placas de Ágar sangue e tubos para provas de bile esculina e NaCl 6,5%;
❖ Água oxigenada;
❖ Discos de antibióticos;
❖ Material para coloração de Gram.
13.2 PROCEDIMENTO
❖ Inocular a cultura em meio inclinado de bile esculina e incubar por 24 horas a 37ºC.
❖ Inocular uma alçada da cultura em estudo no meio de NaCl 6,5% contendo púrpura de
bromocresol. Incubar por 24 horas a 37ºC.
13.3 RESULTADOS
01. Pesquisar o modo de ação dos antibióticos novobiocina, bacitracina, optoquima e sulfametoxazol.
14
ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE
STAPHYLOCOCCUS
14.1 MATERIAL
14.2 PROCEDIMENTO
❖ Colocar algumas gotas de água oxigenada sobre uma cultura crescida em BHI e
verificar a ocorrência de bolhas.
❖ Retirar uma colônia da bactéria em estudo e colocar em tubo com BHI. Incubar a 37ºC
por 18 a 24 horas;
❖ Retirar 0,1 mL dessa cultura e colocar em outro tubo contendo 0,5 mL de plasma-
coagulase;
❖ Agitar levemente e incubar a 37oC em banho-maria e observar durante 4 a 24 horas.
14.3 RESULTADOS
OBSERVAÇÃO
O Ágar manitol diferencia o S. aureus de outros cocos Gram
positivos catalase positivos. O microorganismo cresce e fermenta o manitol
resultando na produção de ácido, o qual causa mudança de cor.
PARA DISCUTIR
Exercício VII
15
MICRO-ORGANISMOS DO AR E AMBIENTE
15.1 OBJETIVO
15.2 MATERIAL
❖ Placas de Petri contendo Nutriente Ágar (NA);
❖ SWAB.
15.3 PROCEDIMENTO
❖ Retirar a tampa de placas contendo Nutriente Ágar e Ágar Sabouraud e deixar abertas
no ambiente durante 15 minutos;
❖ Incubar as placas por 3 a 5 dias a 30ºC.
PARA DISCUTIR
Exercício VIII
01. Descreva em termos gerais a aparência dessas colônias (tamanho, textura e cor)
03. Quais as precauções que devem ser tomadas para controlar os contaminantes do laboratório?
04. Neste experimento, houve influência do meio de cultura no aparecimento de bactérias? Justifique sua
resposta. Pesquise sobre fontes nutricionais requeridas por bactérias.
16
TESTE DE SENSIBILIDADE AOS ANTIBIÓTICOS
✓ INTRODUÇÃO
Material:
• Cultura bacteriana crescida por 18 horas (105 células por mL);
• Placas com meio de cultura Müller-Hinton;
• Discos de antibióticos;
• Cotonetes e pinças esterilizados.
Procedimento:
1. Agitar bem a cultura bacteriana (Staphylococcus aureus e Amostra A);
2. Umedecer o cotonete na suspensão bacteriana, retirando o
excesso ao apertar ocotonete contra a parede interna do tubo;
3. Espalhar a suspensão bacteriana em toda a superfície do meio
de cultura, de modohomogêneo, inclusive nas bordas;
4. Colocar os discos de antibióticos com auxílio da pinça sobre a
superfície do meio e de modo equidistante – usar 5 antibióticos
por placa;
5. Incubar as placas a 370C por 18 horas.
6. Utilizando um “Swab” aplicar por toda a superfície da placa
de Petri a culturabacteriana crescida;
7. Aplicar os discos de antibióticos na superfície da placa utilizando a pinça.
Resultados
Leitura e interpretação: Verificar a presença ou ausência de halo de inibição ao
redor dos discos. Medir o DIÂMETRO dos halos, vide figura a seguir, e verificar
se o microorganismo é resistente ou sensível. A seguir tem uma tabela que
mostra alguns halos de inibição de crescimento para alguns antibióticos
testados em aula.
Tabela EuCast para Staphylococcus aureus ATCC 29213
β-lactamase-producing strain (weak) (NCTC 12973, CIP 103429, DSM 2569, CCUG 15915,
CECT 794)
Antibiótico Conc. Diâmetro de inibição
(mm)
Alvo Faixa
Calculado pelo EUCAST Validado pelo EUCAST
Ampicilina 2 ug 18 15 a 21
Cefoxitina 30 ug 27 24 a 30
Cloranfenicol 30 ug 24 20 a 28
Gentomicina 10 ug 22 19 a 25
Tetraciclina 30 ug 27 23 a 31
Tobramicina 10 ug 23 20 a 26
Referência (EUCAST QC Tables v. 8.0, valid from 2018-01-01)
17
TIPAGEM SANGUÍNEA- SISTEMA ABO
INTRODUÇÃO
A descoberta dos grupos sanguíneos teve grande importância médica, pois permitiu
realizar transfusões de sangue apenas entre pessoas de grupos sanguíneos compatíveis.
Se uma pessoa receber sangue de um tipo incompatível com o seu, as hemácias do sangue
recebido podem aglutinar-se e formar aglomerados, que entopem os capilares sanguíneos,
prejudicando a circulação e, dependendo do caso, causando a morte. Em 1930, Landsteiner
recebeu o Prêmio Nobel em Fisiologia ou Medicina por seus trabalhos sobre grupos
sanguíneos da espécie humana.
Os grupos sanguíneos de maneira geral são constituídos por antígenos que são a
expressão de genes herdados da geração anterior. Quando um antígeno está presente, isto
significa que o indivíduo herdou o gene de um ou de ambos os pais, e que este gene poderá
ser transmitido para a próxima geração.
Este procedimento é utilizado para determinar o grupo sanguíneo ABO e também pode
ser utilizado para o grupo Rh, mas deve-se levar em consideração que somente 75% dos
indivíduos Rh positivos (D positivos) podem ser tipados desta forma, já que existem os D
“fracos” que necessitam ser testados pela forma de aglutinação indireta (Coombs indireto).
Para a tipagem utiliza-se anticorpos (aglutininas) anti-A ou anti-B e anti-D que se ligarão
nos determinantes antigênicos A, B e D respectivamente presentes nas hemácias
(aglutinogênios).
MATERIAL:
• Lâminas; ● Álcool;
• Lancetas; ● Algodão;
• Kit Anti-A, Anti-B e Anti-D; ● Palito.
• Recipiente para descarte de material biológico e/ou perfuro-cortante
PROCEDIMENTO:
A + - - + A Anti-B
B - + + - B Anti-A
AB + + - - AeB Ausente
O - - + + - Anti-A e anti-B
RESULTADOS:
Obs: Construir uma tabela com a frequência da tipagem sanguínea dos alunos do Xº
Período do curso de XXX DO UNIFSA