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As autoras deste livro e a EDITORA GUANABARA KOOGAN S.A.

empenharam seus melhores


esforços para assegurar que as dosagens dos fármacos e os procedimentos apresentados no texto
estejam em acordo com os padrões aceitos à época da publicação. Entretanto, tendo em conta a
evolução das ciências da saúde, as mudanças regulamentares governamentais e o constante fluxo
de novas informações sobre terapêutica medicamentosa e reações adversas a fármacos,
aconselhamos enfaticamente que os leitores consultem sempre outras fontes fidedignas, de modo
a se certificarem de que as informações contidas neste livro estão corretas e de que não houve
alterações nas dosagens recomendadas. Isso é particularmente importante quando se tratar de
fármacos novos ou de medicamentos usados com pouca freqüência.
Dada a natureza histórica da profissão, adotamos no texto a designação enfermeira, no
feminino.
Traduzido de:
Just the Facts: I.V. Therapy, first edition
© 2005 by Lippincott, Williams & Wilkins
Published by arrangement with Lippincott, Williams & Wilkins, Inc., USA.
© 2005 by
EDITORA GUANABARA KOOGAN S.A.
Travessa do Ouvidor, 11
Rio de Janeiro — RJ — CEP 20040-040
Tel.: (21) 3970-9480 / Fax: (21) 2221-3202
Publicado pela Editora LAB, sociedade por cotas de participação e de parceria operacional da
EDITORA GUANABARA KOOGAN S.A.
editoralab.com.br
atendimento@editoralab.com.br
Capa: Bernard
Projeto gráfico: Editora LAB
Ficha catalográfica
B171t
Banton, Jane
Terapia intravenosa
/ Jane Banton, Cheryl Brady, Sharon D. O’Kelley; [tradução de Ivan Lourenço Gomes]. -
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005
il. :
Tradução de I.V. therapy, 1st. ed
Inclui bibliografia
ISBN 97-885-277-1021-3
1. Terapia intravenosa. 2. Injeções intravenosas. 3. Enfermagem prática. I. Brady, Cheryl. II.
O’Kelley, Sharon D. III. Título.
05-0277 CDD 615.63
CDU 615.456
Colaboradoras
e Consultoras
Jane Banton RN, BSN, CRNI
I.V. Therapy Coordinator
University of Wisconsin
Hospital & Clinics
Madison, WI

Cheryl Brady RN, MSN


Nursing Instructor
Mercy College Youngstown
Toledo, OH

Sharon D. O’Kelley RN, OCN


I.V. Therapy Nurse
Duke University Health Systems
Durham, NC
Prefácio

A primeira aplicação de terapia intravenosa foi documentada no século XV, quando os


equipamentos destinados a esse fim se resumiam a bexigas e penas. Desde então, a tecnologia e a
pesquisa possibilitaram o desenvolvimento de produtos e equipamentos específicos para a
administração parenteral de soluções e de fármacos. Cateteres de curta ou longa permanência, portas
vasculares e reservatórios, além de sistemas computadorizados de infusão intravenosa, são apenas
alguns dos dispositivos avançados para aplicação de terapia intravenosa de alta qualidade no século
XXI.
O tipo de cliente que recebe terapia intravenosa também mudou nos últimos anos. A maioria dos
clientes que estão em ambientes de tratamento intensivo é submetida a terapia intravenosa, a qual
também é amplamente empregada em instituições de assistência à saúde para clientes em estados
subagudo, crônico e de reabilitação. O profissional de enfermagem tem um papel fundamental nessa
terapêutica, seja no hospital, no ambulatório ou em domicílio.
É por esse motivo que Terapia Intravenosa é uma obra tão importante. Bastante abrangente em
termos de conteúdo, este livro aborda, de maneira objetiva e prática, desde os fundamentos até as
técnicas avançadas utilizadas na administração de quimioterápicos e de transfusões de sangue.
Terapia Intravenosa aborda cada tema com informações precisas, claras e objetivas — e mantém o
foco no assunto, eliminando informações irrelevantes. O livro apresenta apenas os fatos que você
precisa conhecer para exercer com qualidade e segurança a sua ação assistencial. Aqui você
encontrará a informação necessária — e só ela — com mais rapidez do que em qualquer outra obra
sobre terapia intravenosa. Terapia Intravenosa otimiza o seu tempo.
O texto é dividido em sete capítulos. O Capítulo 1 apresenta os fundamentos da terapia intravenosa
e trata de assuntos como excesso ou deficiência de líquidos e cálculo de velocidades de infusão.
Profissionais de enfermagem experientes podem usar esse capítulo para rememorar conhecimentos
adquiridos no passado; os profissionais menos experientes vão encontrar nestas páginas informações
importantes e realmente esclarecedoras.
O Capítulo 2 trata dos detalhes da terapia intravenosa periférica. Você lerá sobre assuntos
importantes, tais como a comparação de locais de punção venosa periférica, o uso de anestesia
adequada e como conduzir o tratamento do cliente que necessita de terapia intravenosa periférica.
O Capítulo 3 aborda a terapia venosa central e fornece uma ampla revisão do tema, incluindo uma
análise de tipos e configurações de cateteres venosos centrais, e orientação para preparação, execução
e manutenção desses dispositivos. O capítulo também traz informações sobre o uso de cateteres
centrais subcutâneos implantados, inclusive sobre o tratamento de algumas das complicações mais
graves.
O Capítulo 4 discute em profundidade os medicamentos intravenosos. Resume os fatores que
podem afetar a compatibilidade de medicamentos intravenosos, o cálculo das dosagens adequadas e a
reconstituição de medicamentos em pó, além das vantagens e desvantagens de diferentes métodos de
infusão. Se você administra medicamentos intravenosos, certamente é desse capítulo que você
precisa como auxílio na sua rotina diária.
O Capítulo 5 trata de transfusão de sangue e derivados, incluindo compatibilidade sanguínea, uma
comparação dos hemoderivados, e instruções detalhadas para se fazer corretamente uma transfusão.
Há destaques especiais sobre transfusões de sangue em clientes pediátricos e idosos.
O Capítulo 6 discute a quimioterapia intravenosa — o tipo de terapia intravenosa que apresenta
maior perigo inerente, por causa dos medicamentos muito tóxicos envolvidos. O capítulo analisa as
diferenças entre os diversos quimioterápicos disponíveis hoje, e enfatiza importantes medidas de
segurança.
O Capítulo 7 examina a nutrição parenteral. Você vai rever os diferentes tipos de deficiências
nutricionais e as técnicas aprovadas para tratamento parenteral.
Ao longo de Terapia Intravenosa você vai encontrar muitos outros itens importantes. Quadros,
gráficos e ilustrações foram planejados para facilitar a compreensão de temas difíceis, e o tópico
Alerta! chama sua atenção para fatos clínicos relevantes. A tabela de compatibilidade de
medicamentos, no final do livro, é, além de prática, útil para esclarecer suas dúvidas sobre
compatibilidade.
Por tudo isso, Terapia Intravenosa é, definitivamente o livro de referência entre as obras de
consulta rápida sobre esse assunto complexo. Por detalhar elementos fundamentais da terapia
intravenosa, usando terminologia precisa, tornando prontamente acessível a informação, por ter como
fundamento técnicas comprovadas por pesquisas e por ser redigido por uma equipe de especialistas,
Terapia Intravenosa é um excelente acréscimo a qualquer biblioteca de referência. Eu o recomendo
com ênfase.

Deborah B. Benvenuto RN, BS, CRNI


Education Manager
Infusion Nurses Society
Norwood, MA, USA
Sumário
1. Fundamentos da Terapia Intravenosa
2. Terapia Intravenosa Periférica
3. Terapia Venosa Central
4. Medicamentos Intravenosos
5. Transfusões
6. Quimioterapia Intravenosa
7. Nutrição Parenteral
Apêndice
Compatibilidade entre Medicamentos Intravenosos
Bibliografia
Índice Alfabético
1 Fundamentos
da Terapia
Intravenosa
Entendendo os eletrólitos
Sinais de déficit e de excesso de volume de
líquido
Compreendendo as soluções IV
Métodos de administração intravenosa
Cálculo da velocidade de infusão
Entendendo os eletrólitos
Sãos seis os principais eletrólitos que atuam na manutenção do equilíbrio
químico: cálcio, cloro, fósforo, magnésio, potássio e sódio. As
concentrações de eletrólitos são expressas em miliequivalentes por litro
(mEq/ℓ) e em miligramas por decilitro (mg/dℓ).

Cálcio (Ca++)
Cátion importante, encontrado no meio extracelular de dentes e de ossos
Nível sérico normal: 8,9 a 10,1 mg/dℓ
Sinais e sintomas de desequilíbrio

Hipercalcemia
Anorexia
Cefaléia
Constipação intestinal
Fraqueza muscular
Hipertensão
Letargia
Náuseas
Polidipsia
Poliúria
Vômitos
Hipocalcemia
Arritmias
Cãibras
Convulsões tônico-clônicas
Hipotensão
Parestesias
Sangramento
Tetania
Tremor muscular

Cloreto (Cl–)
Ânion importante, encontrado no meio extracelular
Nível sérico normal: 96 a 106 mEq/ℓ
Sinais e sintomas de desequilíbrio

Hipercloremia
Acidose metabólica
Letargia
Respiração de Kussmaul
Taquicardia
Dispnéia
Hipertensão
Retenção de líquidos e edema compressível
Hipocloremia
Aumento da excitabilidade muscular
Cãibras
Espasmos musculares
Fraqueza muscular
Freqüência respiratória diminuída
Tetania

Fósforo (P)
Ânion importante, encontrado no meio intracelular
Nível sérico normal (fosfato): 2,5 a 4,5 mg/dℓ
Sinais e sintomas de desequilíbrio

Hiperfosfatemia
Anorexia
Arritmias e espasmos musculares, com elevação súbita do nível de
fosfato
Diminuição da consciência
Hiper-reflexia
Insuficiência renal
Náuseas e vômitos
Neuroexcitabilidade vaga até tetania e convulsões
Parestesias
Tetania
Hipofosfatemia
Anorexia
Defeitos da fala (como gagueira)
Fraqueza muscular
Hipofosfatemia grave
Cardiomiopia
Cianose
Diminuição do débito cardíaco
Hipotensão
Insuficiência respiratória
Rabdomiólise
Letargia
Mal-estar
Mialgia
Parestesias (circum-orais ou periféricas)

Magnésio (Mg++)
Cátion importante, encontrado no meio intracelular (estreita relação com
cálcio e potássio)
Nível sérico normal: 1,5 a 2,5 mg/dℓ, com 33% ligados a proteínas, e o
restante como cátions livres
Sinais e sintomas de desequilíbrio

Hipermagnesemia
Alterações neuromusculares vagas (como tremor)
Arritmias
Coma
Hipotensão
Letargia
Pulso lento e fraco
Sintomas gastrintestinais vagos (como náuseas)
Sonolência
Hipomagnesemia
Alterações vasomotoras
Anorexia
Arritmias
Cãibras nas pernas e nos pés
Confusão
Convulsões
Hiperirritabilidade
Náuseas
Tontura
Tremor

Potássio (K+)
Cátion importante no meio intracelular
Níveis séricos normais: 3,5 a 5,0 mEq/ℓ
Sinais e sintomas de desequilíbrio

Hipercalemia
Diarréia
Fraqueza muscular
Náuseas
Oligúria
Hipocalemia
Diminuição da motilidade gastrintestinal, musculoesquelética e da
função muscular cardíaca
Diminuição da pressão arterial
Diminuição dos reflexos
Fraqueza ou irritabilidade muscular
Íleo paralítico
Náuseas e vômitos
Pulso rápido, fraco, irregular

Sódio (Na+)
Cátion importante no meio extracelular
Nível sérico normal: 135 a 145 mEq/ℓ
Sinais e sintomas de desequilíbrio

Hipernatremia
Agitação
Confusão
Espasmos musculares
Febre
Fraqueza
Hipervolemia
Dispnéia
Hipertensão
Pulso forte
Hipovolemia
Hipotensão ortostática
Mucosas ressecadas
Oligúria
Letargia
Rubor
Sede
Hiponatremia
Alteração do nível de consciência
Cefaléia
Cólicas abdominais
Convulsões
Fraqueza muscular
Náuseas
Tremor
Turgor da pele diminuído

Sinais de déficit e de excesso de volume de


líquido
Indicações de déficit de líquido
Alterações do estado mental
Aumento da osmolalidade do soro
Aumento do hematócrito
Aumento dos níveis sanguíneos de eletrólitos
Aumento dos níveis sanguíneos de uréia
Ausência de umidade na virilha e na axila
Dificuldade de formar palavras (o paciente precisa umedecer a boca antes
de começar a falar)
Diminuição da pressão arterial, em geral com hipotensão ortostática
Diminuição da pressão venosa central
Diminuição do débito urinário
Fissuras na língua
Fraqueza
Lábios secos, com fissuras
Olhos fundos, conjuntivas secas, lacrimejamento diminuído
Perda de peso
Pulso rápido e fino
Salivação diminuída
Sede
Turgor de pele diminuído (sinal não confiável em idosos)

Indicações de excesso de líquido


Dispnéia
Distensão jugular
Edema de partes pendentes; edema sacro em pacientes em repouso no
leito
Edema palpebral
Estertores úmidos à ausculta
Freqüência respiratória aumentada
Ganho de peso
Hematócrito diminuído
Níveis de eletrólitos no soro diminuídos
Níveis sanguíneos de uréia diminuídos
Osmolalidade sérica reduzida
Pressão arterial aumentada
Pulso que não pode ser obliterado com facilidade
Retorno venosos lentificado

Compreendendo soluções IV
Soluções isotônicas
Osmolaridade próxima à do soro
Expandem o compartimento intravascular
Exemplos
Solução de Ringer-lactato (275 mOsm/ℓ)
Solução de Ringer (275 mOsm/ℓ)
Soro fisiológico (308 mOsm/ℓ)
Glicose a 5% (260 mOsm/ℓ)
Albumina a 5% (308 mOsm/ℓ)
Hidroxietilamido (310 mOsm/ℓ)
Considerações de enfermagem
Monitorizar sinais de sobrecarga hídrica, em especial se o cliente for
hipertenso ou apresentar risco de desenvolver insuficiência cardíaca
A solução de Ringer-lactato é contra-indicada se o pH do cliente for
maior que 7,5, porque o fígado converte o lactato em bicarbonato, o que
poderá resultar em alcalose
A solução de glicose a 5% é contra-indicada em clientes em risco de
aumento da pressão intracraniana, porque atua como uma solução
hipotônica

Soluções hipotônicas
Osmolaridade menor que a do soro
Desviam líquido para fora do compartimento intravascular
Hidratam as células e os compartimentos intersticiais
Exemplos
Cloreto de sódio a 0,45% (154 mOsm/ℓ)
Cloreto de sódio a 0,33% (103 mOsm/ℓ)
Glicose a 2,5% (126 mOsm/ℓ)
Considerações de enfermagem
Podem provocar colapso cardiovascular, por depleção de líquido
intravascular, e aumento da pressão intracraniana, por desvio de líquido
para as células cerebrais; administrar com cautela
Contra-indicadas em clientes em risco de aumento da pressão
intracraniana secundário a acidente vascular encefálico, traumatismo
craniano ou neurocirurgia
Contra-indicadas em clientes em risco de desvio de líquido para o
terceiro espaço, tais como aqueles com queimaduras, traumatismos ou
níveis séricos de proteínas baixos, por desnutrição ou doença hepática

Soluções hipertônicas
Osmolaridade maior que a do soro
Atraem líquido das células e dos compartimentos intersticiais para o
compartimento intravascular
Exemplos
Glicose a 5% em cloreto de sódio 0,45% (406 mOsm/ℓ)
Glicose a 5% em soro fisiológico (560 mOsm/ℓ)
Glicose a 5% em solução de Ringer-lactato (575 mOsm/ℓ)
Cloreto de sódio a 3% (1.025 mOsm/ℓ)
Albumina a 25% (1.500 mOsm/ℓ)
Cloreto de sódio a 7,5% (2.400 mOsm/ℓ)
Considerações de enfermagem
Contra-indicadas em clientes em condições que provocam desidratação
celular, como cetoacidose diabética
Contra-indicadas em clientes com função
cardíaca ou renal prejudicada, por causa da ALERTA!
possibilidade de sobrecarga hídrica Observar o cliente que
está recebendo uma
Métodos de administração solução hipertônica,
quanto a sinais de
intravenosa sobrecarga circulatória.
_______

Injeção direta em uma veia


Chamada, com freqüência, injeção em bolo
Em geral, não compromete o local de administração
Indicada quando é necessário administrar um medicamento com baixo
risco de reações adversas imediatas para o cliente sem outras
necessidades IV
Vantagens
Elimina o risco de complicações de um dispositivo de acesso venoso
prolongado
Elimina o incômodo de um dispositivo de acesso venoso prolongado
Desvantagens
Deve ser aplicada pela enfermeira ou pela equipe de enfermagem
Exige punção venosa
Risco de infiltração
Risco de coagulação com administração muito lenta, mesmo de um
pequeno volume

Injeção direta através de um acesso venoso


Indicada quando um medicamento deve ser aplicado como injeção em
bolo, para que tenha efeito terapêutico
Indicada quando há necessidade imediata de altos níveis sanguíneos de
um medicamento
Indicada em emergências, quando o medicamento deve ser aplicado com
rapidez, para efeito imediato
Vantagens
Não há necessidade de punção venosa
Não há necessidade de outra agulha
Possibilita o uso de uma solução IV para se testar a permeabilidade do
acesso antes da administração
Possibilita a manutenção do acesso venoso, em caso de reações adversas
Reduz o risco de infiltração com medicamentos irritantes
Desvantagens
Aumenta o risco de incompatibilidade com medicamentos administrados
por um acesso secundário
Restringe a mobilidade do cliente
Aumenta o risco de infiltração não-detectada, porque a infusão lenta
dificulta a percepção de edema na área infiltrada
Aumenta o risco de flebite ou irritação venosa pela administração de um
número maior de medicamentos

Infusão intermitente por meio de um acesso secundário


Usada com freqüência para terapêutica medicamentosa aplicadas em
curtos períodos, a intervalos variáveis
Vantagens
Evita injeções múltiplas
Possibilita a administração repetida de medicamentos por um único
acesso venoso
Possibilita altos níveis sanguíneos de medicamentos por curtos períodos
sem causar toxicidade
Desvantagens
Pode resultar em períodos em que os níveis sanguíneos de medicamentos
estão baixos demais para eficácia clínica
Cálculo da velocidade de infusão
Lembre-se de que a quantidade necessária de gotas para se infundir 1 mℓ varia com o
tipo de dispositivo e com a calibragem usada pelo fabricante deste:

Gotas (tipo padrão): Microgotas:


libera 10, 15 ou 20 gotas/min em geral, libera 60 gotas/min

Uma vez que cada fabricante calibra seu dispositivo de maneira diferente, procure o
“fator de gotas” (expresso em gotas por mililitro: gotas/mℓ) na embalagem do equipo
que está sendo utilizado.
Quando souber o fator de gotas do equipo, aplique a seguinte fórmula para calcular as
velocidades de infusão:

volume total
Quantidade de gotas =
número de horas x 3

Após calcular a velocidade de infusão que você vai adotar, tire o relógio ou posicione o
pulso de modo a ver ao mesmo tempo o relógio e as gotas.
Ajuste o fluxo e conte as gotas durante 1 minuto completo.
Reajuste a pinça-rolete de acordo com o necessário e conte as gotas durante outro
minuto.
Continue a ajustar a pinça e a contar as gotas até obter a velocidade correta.

Infusão intermitente por meio de dispositivo salinizado


Indicada quando o cliente necessita de acesso venoso puncionado, mas
não de infusão contínua
Vantagens
Possibilita acesso venoso em clientes com restrições hídricas
Possibilita maior mobilidade do cliente entre as doses de medicamentos
Preserva a rede venosa, reduzindo a freqüência de punções
Diminui o custo
Desvantagens
Exige monitorização atenta da administração de medicamento, para que
o dispositivo possa ser salinizado após a infusão
Mais usado em adultos com dispositivos de acesso venoso periférico

Infusão intermitente por meio de dispositivo de controle


de volume
Inclui uma câmara de medicamento, que possibilita a administração de
pequenas doses em um tempo prolongado
Indicada quando o cliente precisa de pouco volume de líquido
Vantagens
Exige só um frasco de grande volume, e impede sobrecarga de líquido da
infusão de manutenção da veia
Desvantagens
O custo do equipamento pode ser alto
Risco de contaminação alto
Requer o clampeamento do equipo quando o dispositivo se esvazia, se o
dispositivo não incluir uma membrana que bloqueie a passagem de ar
quando está vazio

Infusão contínua por um acesso primário


Indicada quando é necessário manter o nível do medicamento no sangue
e o volume
Vantagens
Mantém volume sanguíneo estável
Diminui o risco de choque agudo e de irritação venosa, por causa da
grande diluição do medicamento
Desvantagens
Aumenta o risco de incompatibilidade com medicamentos administrados
por um acesso secundário
Restringe a mobilidade do cliente, quando está ligado a bomba infusora.
Aumenta o risco de infiltração não-detectada, porque a infusão lenta
dificulta a percepção de edema na área infiltrada

Infusão contínua por um acesso secundário


Indicada quando o cliente precisa de infusão contínua de dois ou mais
fármacos compatíveis, a diferentes velocidades de infusão
Indicada quando há possibilidade moderada ou alta de interrupção de
uma substância sem se infundir o restante do medicamento no equipo
Vantagens
Possibilita a administração da infusão primária e da infusão secundária a
velocidades diferentes
No caso de necessidade de interrupção súbita do acesso secundário,
possibilita fechar temporariamente o acesso primário, mantendo pérvio o
acesso venoso
Desvantagens
Não possibilita o uso de medicamentos com incompatibilidade imediata
Aumenta o risco de flebite ou irritação venosa, pelo aumento do número
de medicamentos
Usa vários equipos, que podem criar barreiras físicas no tratamento do
cliente e limitar sua mobilidade
2 Terapia Intravenosa
Terapia Periférica
Apresentando os locais de
punção venosa periférica
Apresentando os dispositivos de punção venosa
Comparando os calibres de agulhas e cateteres
Como fazer punção venosa
Manutenção da terapia IV periférica
Atendimento de clientes que têm necessidades
especiais
Tratamento de complicações da terapia IV
periférica
Apresentando os locais de punção venosa
periférica
Veias digitais
Ao longo das faces laterais e dorsais dos dedos
Vantagens
Podem ser usadas para terapia de curta duração
Podem ser usadas quando outras vias não estão disponíveis
Desvantagens
Exigem a imobilização dos dedos com uma tala, que diminui a
capacidade de usar a mão
Incômodo para o cliente
Risco significativo de infiltração
Não indicadas se as veias do dorso da mão já estiverem sendo utilizadas

Veias metacarpianas
Sobre o dorso da mão
Formadas pela união das veias digitais entre os nós dos dedos
Vantagens
Acesso fácil
Ficam apoiadas sobre o dorso da mão
Deslocamento do acesso mais difícil
Em adultos ou crianças maiores, os ossos da mão funcionam como
suporte
Desvantagens
Movimentos da articulação do pulso diminuídos, a não ser que se utilize
um cateter curto
Provável inserção dolorosa, por causa do grande número de terminações
nervosas na mão
Provável flebite no local

Rede venosa dorsal


Localizada na face dorsal do antebraço
Vantagens
Fixadas pelas veias metacarpianas, o que torna mais fácil o acesso

Desvantagens
Pode ser de difícil visibilidade ou palpação
Pode ser de difícil acesso em idosos, por causa da diminuição do turgor
da pele
Dificulta a escrita ou a alimentação do cliente, em especial se o
dispositivo for colocado no braço dominante
Exige um dispositivo estabilizador

Veia mediana do antebraço


Surge da palma da mão
Percorre a face ventral do antebraço
Vantagens
Fixa bem agulhas do tipo borboleta
Desvantagens
Possível inserção ou lesão por infiltração dolorosa, devidas à grande
quantidade de terminações nervosas na área
Alto risco de infiltração
Veia cefálica acessória
Corre ao longo do rádio, como prolongamento das veias metacarpianas
do polegar
Vantagens
Veia calibrosa, excelente para punção venosa
Aceita com facilidade agulhas de maior calibre
Não prejudica a mobilidade
Não exige imobilização do braço, em crianças maiores e adultos
Desvantagens

Desconforto durante os movimentos, devido à localização do dispositivo

Veias antecubitais
Localizadas na fossa antecubital (veias mediana cefálica, no lado radial,
mediana basílica, no lado cubital, e mediana cubital, em frente à
articulação do cotovelo)
Vantagens
Veias calibrosas; facilitam a coleta de sangue
Com freqüência visíveis ou palpáveis em crianças, quando outras veias
não se dilatam
Podem ser utilizadas em uma emergência ou como último recurso
Desvantagens
Dificuldade de imobilizar a área do cotovelo
As veias podem apresentar-se esclerosadas, se o local foi usado com
freqüência para coleta de sangue

Veia basílica
Percorre a face cubital do antebraço e do braço

Vantagens
Aceita com facilidade agulhas de grosso calibre
Veia reta e resistente, adequada para punção
Desvantagens
Posição incômoda do cliente durante a punção
Inserção dolorosa, devido à penetração da derme, onde se encontram
terminações nervosas
A fixação da veia pode ser difícil

Veia cefálica
Percorre a face radial do antebraço e do braço

Vantagens
Veia calibrosa, excelente para punção
Aceita com facilidade agulhas de grosso calibre
Não prejudica a mobilidade
Desvantagens
Diminuição do movimento articular, devido à proximidade entre o
dispositivo e o cotovelo
A fixação da veia pode ser difícil

Apresentando os dispositivos de punção


venosa
Cateter venoso periférico
Finalidade
Terapia de longa duração para clientes ativos ou agitados
Vantagens
Menor probabilidade de perfuração inadvertida da veia do que com
agulha do tipo borboleta
Mais confortável para o cliente
Linha radiopaca para localização fácil
Algumas unidades incluem uma seringa, que permite verificar com
facilidade o retorno de sangue e impede a entrada de ar durante a
inserção
A necessidade de restrição de movimentos, é rara
Desvantagens
Inserção difícil
É necessário cuidado especial para se verificar a inserção da agulha e do
cateter na veia
Agulha do tipo borboleta
Finalidade
Tratamento de curta duração para adultos cooperativos
Tratamento de qualquer duração para bebês e crianças
Tratamento de qualquer duração para idosos com veias frágeis ou
esclerosadas
Administração de dose única
Vantagens
Agulha de paredes finas, muito afiada
Ideal para injeção de medicamentos em bolo
Disponível com um cateter que pode ser mantido no local (tal como o
cateter venoso periférico)
Desvantagens
Ocorre infiltração com facilidade, quando se utiliza agulha rígida
Comparando os calibres de agulhas e
cateteres
Calibre Usos Considerações de enfermagem
16 Adolescentes e adultos Inserção dolorosa
Cirurgia importante Exige uma veia calibrosa
Traumatismos
Sempre que se devem infundir
grandes quantidades de líquidos
18 Crianças mais velhas, adolescentes e Inserção dolorosa
adultos Exige uma veia calibrosa
Administração de sangue,
componentes do sangue e outras
infusões viscosas
20 Crianças, adolescentes e adultos Uso comum
Adequado para a maioria das
infusões venosas, de sangue,
componentes do sangue e outras
infusões viscosas
22 Bebês, crianças, adolescentes e Mais fáceis de inserir em veias
adultos (em especial idosos) pequenas e frágeis
Adequado para a maioria das Deve ser mantida uma velocidade
infusões de infusão menor
Inserção difícil no caso de pele
resistente
24, 26 Recém-nascidos, bebês, crianças, Para veias muito estreitas — por
adolescentes e adultos (em especial exemplo, pequenas veias digitais ou
idosos) veias internas do antebraço em
Adequado para a maioria das idosos
infusões, mas a velo cidade de Possibilidade de inserção difícil
infusão deve ser menor através de pele resistente

Como fazer punção venosa


Aplicação de anestésico local
Usar uma seringa de insulina de 100 unidades com agulha 27G
Aspirar 0,1 mℓ de xilocaína a 1% sem adrenalina
Limpar o local da punção
Inserir a agulha próximo à veia
Introduzir cerca de um terço da agulha através da pele, em um ângulo de
30 graus
Se a veia for profunda, injetar a xilocaína acima dela
Aspirar para verificar retorno de sangue, certificando-se de não injetar
xilocaína na veia
Manter o polegar sobre o êmbolo da seringa durante a inserção, para
evitar movimentos desnecessários quando a agulha estiver sob a pele
Sem aspirar, injetar com rapidez a xilocaína, até aparecer uma pequena
pápula, como mostra a figura
Retirar com rapidez a seringa
Massagear a pápula com algodão embebido em álcool, fazendo a pápula
desaparecer mas mantendo a veia visível
Avisar ao cliente que a insensibilidade da pele vai durar cerca de 30
minutos
Inserir o dispositivo de punção na veia

Como fixar as veias


Fossa antecubital
Instruir o cliente a fechar o punho e estender completamente o braço
Com o polegar, fixar a pele 5 a 7,5 cm abaixo da fossa antecubital
Veia basílica no braço
Instruir o cliente a fechar o punho e dobrar o cotovelo
Em frente ao cliente, puxar a pele para fora do local e fixar a veia com o
polegar
Como alternativa, girar para dentro o antebraço estendido do paciente, e
alcançar a veia por trás do braço. (Pode ser difícil para o cliente manter-
se nessa posição.)
Veia cefálica acima do pulso
Instruir o cliente a fechar o punho
Estender o punho lateralmente para baixo
Imobilizar a pele com o polegar da outra mão
Face interna do braço
Estender o punho fechado do cliente para trás
Fixar a veia com o polegar, acima do pulso
Face interna do pulso
Estender a mão aberta do cliente para trás
Fixar a veia com o polegar, abaixo do local da punção
Veias da mão
Estender a mão e o pulso do cliente para baixo
Com o polegar, manter a pele esticada

Como obter uma amostra de sangue


Colocar um impermeável abaixo do local, para proteger a roupa de cama
Quando o dispositivo de punção venosa estiver inserido corretamente,
remover a agulha interna, se estiver usando um cateter venoso periférico
Deixar o torniquete apertado
Ajustar a seringa ao adaptador do dispositivo de punção
Retirar a quantidade adequada de sangue
Soltar o torniquete e desconectar a seringa
Salinizar o cateter ou instalar o soro fisiológico
Ajustar o fluxo
Estabilizar o dispositivo
Conectar um dispositivo 19G à seringa e passar o sangue para os tubos
de vácuo
Descartar em local apropriado o material utilizado
Verificar se o cliente está confortável

Manutenção da terapia IV periférica


Método cruzado de fixar um local de punção
Cortar uma tira longa de esparadrapo, de 1,3 cm de largura
Colocar a face adesiva para cima, sob o conector do cateter
Cruzar as pontas do esparadrapo sobre o conector
Fixar o esparadrapo na pele do cliente, nos dois lados do conector, como
mostra a figura
Aplicar um pedaço de esparadrapo de 1,3 cm de largura sobre as pontas
do esparadrapo cruzado
Fazer uma alça com a linha IV
Fixar a alça com outro pedaço de esparadrapo de 1,3 cm de largura
Colocar um rótulo com data e hora da inserção, tipo e calibre da agulha e
rubricar

Método em U de fixação de local de punção


Cortar uma tira de esparadrapo de 1,3 cm de largura
Colocar a face adesiva para cima, sob o adaptador do cateter
Levantar as duas extremidades do esparadrapo, dobrando-o sobre as asas
do cateter, como mostra a figura
Fixar as extremidades na pele, paralelos ao cateter
Aplicar esparadrapo para fixar o cateter
Colocar um rótulo com data e hora da inserção, tipo e calibre da agulha e
rubricar
Método em H de fixação de local de punção
Cortar três tiras de esparadrapo de 1,3 cm de largura
Colocar uma tira sobre cada asa, mantendo o esparadrapo paralelo ao
cateter
Colocar a terceira tira perpendicular às duas primeiras, como mostra a
figura
Colocar o esparadrapo diretamente sobre as asas
Verificar se o cateter está fixo
Aplicar um curativo
Colocar um rótulo com data e hora da inserção, tipo e calibre da agulha e
rubricar
Aplicação de um curativo semipermeável transparente
Verificar se o local de inserção está limpo e seco
Retirar o curativo da embalagem
Usando técnica asséptica, retirar o selo protetor
Evitar tocar na superfície estéril
Colocar o curativo diretamente sobre o local de inserção e o adaptador,
como mostra a figura
Evitar cobrir o equipo
Evitar estiramento do curativo, o que pode causar prurido
Pressionar o curativo em volta e sobre o cateter, para vedar e proteger o
local contra microrganismos
Para retirar o curativo, segurar um lado e puxar
Troca de curativo IV periférico
Lavar as mãos
Calçar as luvas
Com a mão não-dominante, manter a agulha ou
o cateter em posição, para impedir movimentos ALERTA!
ou deslocamentos que possam provocar Se detectar sinais de
infecção na região
infiltração e conseqüente troca do acesso (hiperemia e
Retire com cuidado o esparadrapo e o curativo sensibilidade),
infiltração (frio, palidez
Se não detectar complicações, segure a agulha e edema) ou flebite
ou cateter pelo adaptador e limpe com cuidado a (hiperemia, tumefação,
dor ao longo do trajeto
área circundante com compressa de álcool ou da veia e edema),
solução anti-séptica aplique pressão sobre
a área com uma
Deixe a área secar completamente compressa de gaze
Fixe de novo o dispositivo com esparadrapo estéril e remova o
cateter ou agulha.
Aplique um curativo semipermeável Mantenha pressão
sobre a área até cessar
transparente o sangramento. Aplique
Registre a data e a hora da troca do curativo um curativo. Prepare o
material necessário e
puncione o acesso
Troca de equipo venoso em outro local.
Registre na ficha do
Reduza a velocidade de infusão cliente o procedimento.
Retire o equipo a ser ______

trocado do frasco de ALERTA!


solução Se tiver dificuldade de
desconectar o equipo,
Coloque a capa utilize uma pinça
protetora da hemostática para
segurar com firmeza o
extremidade do novo adaptador, enquanto
equipo sobre o equipo gira e remove a
terminação do equipo,
que será trocado ou segure o dispositivo
Mantendo o equipo que de punção venosa com
uma pinça e o plástico
será trocado suspenso duro do adaptador do
acima do nível do equipo com outra, e
gire as pinças em
coração do cliente, direções opostas.
insira o novo equipo no _______

frasco de solução
Deixar encher o novo equipo com a solução, evitando bolhas de ar
Coloque uma gaze estéril sob a agulha ou adaptador do cateter plástico,
para criar um campo estéril
Desconecte o equipo que será trocado do dispositivo de punção venosa
Tomar cuidado para não deslocar ou mover o dispositivo
Usando técnica asséptica, conecte com rapidez o novo equipo já
preenchido com a solução ao dispositivo IV
Ajuste o fluxo para a velocidade de infusão
prescrita ALERTA!
Rotule o novo equipo com a data e hora da troca Evite prender as pinças
com força; isso pode
danificar o adaptador
do equipo ou do
dispositivo de punção
Acréscimo de equipos paralelos de venosa.
infusão _______

Como acrescentar um equipo secundário a um acesso primário


Use um equipo que permita o acréscimo de outros equipos
Como infundir duas soluções compatíveis ao mesmo tempo
Conecte um equipo ao frasco de infusão secundária
Deixe encher o equipo com a solução
Instale o frasco no suporte de soro no mesmo nível da solução primária
Realize assepsia do acesso em Y do tubo primário com solução anti-
séptica
Ligue a infusão secundária ao Y
Fixe a infusão secundária no Y
Use um gancho de extensão para colocar a
solução primária em um nível abaixo da solução ALERTA!
secundária. (Ver ilustração.) Lembre-se de que, com
esse sistema, não há
Abra a pinça de fluxo do equipo secundário e uma válvula acima do
ajuste o fluxo tal como prescrito Y, e uma solução pode
refluir para a outra.
_______
Atendimento de clientes que têm
necessidades especiais
Tratamento IV de clientes pediátricos
Considerações de enfermagem
Em bebês, os melhores locais para punção
venosa são as mãos, os pés, a fossa antecubital, ALERTA!
o dorso da mão e, em especial, o couro As veias do couro
cabeludo são muito
cabeludo. frágeis e só devem ser
usadas em crianças
abaixo de 6 meses.
As veias do couro cabeludo usadas com mais _______

freqüência são as veias temporais superficiais


acima da orelha e a veia metópica, que percorre o centro da testa, como
mostra a figura.
Em crianças que estão começando a andar,
podem ser utilizadas as veias dorsais do pé e as ALERTA!
safenas da perna, mas as veias dorsais da mão Crianças mais velhas
têm maior
permitem maior mobilidade. probabilidade de
moverem a cabeça e
deslocarem o
dispositivo de punção
venosa.
_______

Antes de puncionar uma veia do couro cabeludo


Palpe para se certificar de que é uma veia, e não
uma artéria. ALERTA!
Considere usar um anestésico tópico ou No couro cabeludo,
artérias e veias podem
transdérmico, para diminuir o desconforto do ter o mesmo aspecto.
cliente. Lembre-se: em uma
artéria, você sentirá um
Se necessário, use um dispositivo de pulso.
imobilização. _______
Se possível, solicite aos pais que permaneçam junto à criança.
Insira o dispositivo de acesso venoso em direção caudal, para tornar mais
fácil a estabilização.
O dispositivo de acesso venoso indicado é
sempre um cateter em borboleta de pequeno ALERTA!
diâmetro (em geral denominado escalpe), que Não use torniquete ou
tira de borracha sobre
tem menor probabilidade de lesionar a veia. uma veia do couro
Para tratamento a longo prazo ou com cabeludo. Se precisar
de um efeito de
antibióticos (quando o acesso venoso é torniquete, incline a
precário), use um cateter venoso periférico. cabeça da criança para
baixo, para facilitar o
Fixação do acesso venoso enchimento das veias
superficiais. Quando
Fixe o local com esparadrapo, tal como em observar um retorno
venoso (em geral
adultos, mantendo bem visível a pele ao redor
discreto), retorne a
do local de acesso. criança para a posição
horizontal ou vertical.
Evite excesso de esparadrapo no local: dificulta _______
a inspeção do local e dos tecidos circundantes e
pode provocar traumatismo quando o dispositivo é retirado.
Cubra o local com uma malha, que pode ser enrolada com facilidade para
inspeção do local.
Proteja o local de inserção prendendo sobre ele, com esparadrapo, uma
cúpula de plástico.

Terapia IV em idosos
As veias parecem tortuosas por causa do aumento da transparência e da
diminuição da elasticidade da pele.
A veias parecem calibrosas, se a pressão venosa estiver adequada.
Considerações de enfermagem
A punção venosa precisa ser rápida e eficiente, para evitar sangramento
excessivo.

ALERTA!
O torniquete deve ser removido logo, para evitar Agulhas de aço do tipo
borboleta aumentam o
que o aumento da pressão vascular provoque risco de infiltração.
sangramento através da parede da veia em torno _______

do dispositivo de infusão.
O dispositivo de acesso venoso indicado é uma agulha de aço do tipo
borboleta, porque é menos trombogênica, é manipulada com facilidade e
fornece um local estável para o acesso venoso.
Fixação do acesso venoso
Distenda a pele proximal ao local da inserção e
fixe-a com firmeza com a mão não-dominante. ALERTA!
A fixação da veia pode
Tratamento de complicações ser mais difícil, por
causa da flacidez do
da terapia IV periférica tecido.
_______

Cateter rompido
Sinais e sintomas
Vazamento no corpo do cateter
Causas possíveis
Cateter inadvertidamente cortado por tesoura
Reinserção da agulha no cateter
Intervenções de enfermagem
Se a parte rompida está visível, tentar recuperá-la. Se não conseguir,
notifique o médico
Se a parte rompida do cateter entrar na corrente sanguínea, coloque um
torniquete acima do local do acesso, para impedir que ela progrida
Notifique o médico e o departamento de radiologia
Documente o estado do paciente e as intervenções que você fizer
Medidas preventivas
Evite o uso de tesoura ou objeto perfurocortante próximo ao local de
acesso venoso.
Jamais reinsira a agulha no cateter.
Remova um cateter mal inserido junto com a agulha.

Deslocamento de cateter
Sinais e sintomas
O cateter se desloca para fora da veia
A solução se infiltra nos tecidos
Causas possíveis
Esparadrapo solto ou equipo preso em roupa de cama, o que resulta em
retração parcial do cateter
Deslocamento por cliente confuso, ao tentar retirar o cateter
Intervenções de enfermagem
Retire o cateter.
Medidas preventivas
Fixe bem o cateter com esparadrapo, após a inserção.

Embolia gasosa
Sinais e sintomas
Diminuição da pressão arterial
Aumento da pressão venosa central
Perda de consciência
Dificuldade respiratória
Sons respiratórios anormais
Pulso fraco
Causas possíveis
Frasco de solução vazio
Frasco secundário de solução vazio; o frasco primário impulsiona o ar
através do equipo
Equipos clampeados ou desconectados
Intervenções de enfermagem
Interrompa a infusão.
Coloque o cliente em posição de Trendelenburg, para possibilitar que o
ar entre no átrio direito e se disperse através da artéria pulmonar.
Administre oxigênio.
Notifique o médico.
Registre as condições do cliente e as suas intervenções.
Medidas preventivas
Retire completamente o ar dos equipos antes da infusão.
Utilize um dispositivo de detecção de ar em bombas ou um filtro de
eliminação de ar antes do local de acesso venoso (cata-bolha).
Aperte as conexões.

Espasmo venoso
Sinais e sintomas
Palidez da pele sobre a veia
Dor ao longo da veia
Velocidade de infusão lenta, mesmo quando o clampe está
completamente aberto
Causas possíveis
Administração de líquidos ou sangue a temperatura baixa
Irritação venosa intensa por medicamentos ou líquidos irritantes
Velocidade de infusão muito rápida (com líquidos à temperatura
ambiente)
Intervenções de enfermagem
Aplique compressas úmidas mornas sobre a veia e área circundante.
Diminua a velocidade de infusão.
Medidas preventivas
Utilize um aquecedor indicado para aquecimento de sangue e
concentrado de hemácias, quando necessário.

Flebite
Sinais e sintomas
Hiperemia sobre a ponta do cateter e ao longo do trajeto venoso
Sensibilidade aumentada na ponta do dispositivo e distal a ela
Veia rígida à palpação
Causas possíveis
Coagulação na ponta do cateter (tromboflebite)
Dispositivo que permanece na veia por tempo excessivo
Fricção por movimentos do cateter na veia
Fluxo sanguíneo diminuído em torno do dispositivo
Solução com pH alto ou baixo, ou alta osmolaridade
Intervenções de enfermagem
Retire o dispositivo.
Aplique compressa morna.
Notifique o médico.
Registre as condições do cliente e as intervenções de enfermagem.
Medidas preventivas
Reinicie a infusão usando uma veia calibrosa ou um dispositivo de menor
calibre, para garantir um fluxo sanguíneo adequado.
Fixe bem o dispositivo com esparadrapo, para evitar movimento do
mesmo.

Hematoma
Sinais e sintomas
Sangramento em torno do local da infusão
Sensibilidade no local da punção venosa
Causas possíveis
Extravasamento de sangue para os tecidos
Parede ventral da veia perfurada durante a punção
Intervenções de enfermagem
Retire o dispositivo de punção venosa.
Aplique pressão leve e compressas frias sobre a área afetada.
Verifique novamente a área para detectar sangramento.
Registre as condições do cliente e as intervenções de enfermagem.
Medidas preventivas
Eleja uma veia que seja compatível para suportar o tamanho do
dispositivo de acesso venoso que se pretende utilizar.
Solte o torniquete assim que conseguir a inserção adequada.

Infecção sistêmica
Sinais e sintomas
Acesso venoso contaminado, em geral sem sinais visíveis de infecção
Febre, calafrios e mal-estar sem motivo aparente
Causas possíveis
Negligência no uso de técnica asséptica durante a inserção ou
manutenção do acesso
Cliente imunocomprometido
Má fixação do esparadrapo possibilitando o deslocamento do dispositivo
de acesso, o que pode introduzir microrganismos na corrente sanguínea
Tempo de uso prolongado do dispositivo
Flebite grave, que pode constituir condições ideais para a proliferação de
microrganismos
Intervenções de enfermagem
Notifique o médico.
Administre os medicamentos prescritos.
Providencie a coleta de amostra para cultura do local e do dispositivo.
Monitore os sinais vitais.
Medidas preventivas
Usar técnica asséptica na manipulação de soluções e equipos, na inserção
do dispositivo de punção venosa e na interrupção da infusão.
Firme todas as conexões
Troque soluções IV, equipos e dispositivo de acesso nos tempos
recomendados pela instituição.

Infiltração
Sinais e sintomas
Palidez no local
Persistência da infusão mesmo quando a veia está ocluída, ainda que a
uma velocidade menor
Pele fria em volta do local
Desconforto, queimação ou dor no local
Sensação de compressão
Diminuição da velocidade de infusão
Edema no local e distal ao local (pode estender-se por todo o membro)
Causas possíveis
Deslocamento do dispositivo para fora da veia, ou veia perfurada
Intervenções de enfermagem
Retire o dispositivo de punção venosa.
Avalie periodicamente a circulação, verificando o pulso e o enchimento
capilar.
Reinicie a infusão em outro membro.
Registre na ficha do cliente o motivo da troca de acesso, as condições do
local, as intervenções e o novo procedimento.
Medidas preventivas
Verifique com freqüência o acesso venoso (em especial quando estiver
usando uma bomba infusora)
Não cubra a área distal ao local com esparadrapo.
Oriente o cliente a observar o acesso venoso e relatar desconforto, dor ou
edema no local.

Irritação da veia no local de acesso venoso


Sinais e sintomas
Dor durante a infusão
Possível palidez, se ocorrer vasospasmo
Sinais de flebite de progressão rápida
Pele hiperemiada sobre a veia, durante a infusão
Causas possíveis
Soluções com pH alto ou baixo, ou alta osmolaridade, como cloreto de
potássio 40 mEq/ℓ, fenitoína e alguns antibióticos (como vancomicina e
nafcilina)
Intervenções de enfermagem
Diminua a velocidade de infusão.
Experimente um dispositivo eletrônico de controle de fluxo para obter
uma velocidade de infusão contínua e regulada.
Medidas preventivas
Dilua as soluções antes da administração. Por exemplo, dilua os
antibióticos em 250 m ℓ , em vez de 100 m ℓ , se não houver contra-
indicação.
Se o medicamento tem pH baixo, indague a um farmacêutico se é
possível compensar com bicarbonato de sódio e solicite ao médico que
prescreva (de acordo com a instituição).
Se estiver previsto um tratamento a longo prazo com um medicamento
irritante, solicite ao médico uma punção venosa profunda.
Lesão de nervo, tendão ou ligamento
Sinais e sintomas
Efeitos retardados, incluindo paralisia, insensibilidade ou deformação
Dor intensa (quando um nervo é puncionado, semelhante a um choque
elétrico)
Insensibilidade e contração muscular
Causas possíveis
Técnica de punção venosa inadequada, resultando em lesão dos nervos,
tendões e ligamentos circundantes
Esparadrapos apertados ou colocação inadequada do dispositivo de
imobilização
Intervenções de enfermagem
Interrompa imediatamente o procedimento.
Notifique o médico
Medidas preventivas
Não puncione repetidamente os tecidos com o mesmo dispositivo de
punção venosa.
Não aplique pressão excessiva com esparadrapo em torno da área.
Acolchoe o dispositivo de imobilização.

Obstrução
Sinais e sintomas
Interrupção da infusão
Causas possíveis
Retorno de sangue quando o cliente deambula
Estado de hipercoagulação do cliente
Dispositivo intermitente não salinizado adequadamente
Clampeamento do equipo durante muito tempo
Intervenções de enfermagem
Use pressão branda durante a injeção.
Não force o fluxo.
Se não tiver sucesso, reinsira o dispositivo IV em outro local.
Medidas preventivas
Mantenha o fluxo de infusão.
Salinize logo após administração intermitente por acesso secundário.
Solicite ao cliente que caminhe com o braço dobrado sobre o peito, para
se reduzir o risco de refluxo de sangue.

Reação alérgica
Sinais e sintomas
Broncospasmo
Lacrimejamento e coriza
Prurido
Sibilos ALERTA!
Urticária Pode ocorrer, minutos
após a exposição, uma
Causas possíveis reação anafilática, que
inclui rubor, calafrios,
Alérgenos usados como medicamentos. ansiedade, agitação,
prurido generalizado,
Intervenções de enfermagem palpitações,
parestesias,
Se ocorrer uma reação, interrompa latejamento nos
imediatamente a infusão. ouvidos, sibilos, tosse,
convulsões e parada
Mantenha pérvias as vias aéreas. cardíaca.
Notifique o médico. _______
Administre um esteróide anti-histamínico, um
antiinflamatório e antipiréticos, segundo prescrição.
Aplique 0,2 a 0,5 mℓ de adrenalina aquosa 1:1.000 por via subcutânea.
Repita a dose de adrenalina a intervalos de 3 minutos e de acordo com a
necessidade e a prescrição.
Administre cortisona, se prescrita.
Medidas preventivas
Obtenha uma história de alergias do cliente. Esteja atento a alergias
cruzadas.
Aplique dose de teste se houver recomendação e registre na ficha do
cliente.
Monitore o cliente com cuidado durante os primeiros 15 minutos de
administração de um novo medicamento.

Sobrecarga circulatória
Sinais e sintomas
Estertores
Desconforto
Aumento da pressão arterial
Balanço hídrico positivo (ingestão maior que excreção)
Distensão das veias do pescoço
Dificuldade respiratória
Causas possíveis
Infusão muito rápida da solução
Cálculo errado da necessidade de reposição hídrica
Clampe solto permitindo infusão rápida
Intervenções de enfermagem
Eleve a cabeceira da cama.
Administre oxigênio como necessário.
Notifique o médico.
Administre medicamentos (provavelmente diurético de alça), segundo
prescrição.
Medidas preventivas
Use bomba infusora ou controlador de fluxo para clientes idosos ou
comprometidos e para crianças.
Acompanhe e verifique o cálculo de necessidade de reposição hídrica.
Inspecione a infusão com freqüência.

Tromboflebite
Sinais e sintomas
Trajeto venoso hiperemiado, edemaciado e endurecido
Desconforto intenso
Causas possíveis
Trombose e inflamação
Intervenções de enfermagem
Retire o dispositivo; reinicie a infusão no membro oposto, se possível.
Aplique compressas úmidas mornas.
Verifique a presença de sinais de infecção relacionada com terapia IV
(trombos fornecem um excelente ambiente para a proliferação de
bactérias)
Notifique o médico.
Registre na ficha do cliente as condições do local, as medidas de
intervenção implementadas e o novo procedimento.
Medidas preventivas
Verifique o local com freqüência.
Ao primeiro sinal de hiperemia e hipersensibilidade, retire o dispositivo.

Trombose
Sinais e sintomas
Veia dolorosa, hiperemiada e edemaciada
Fluxo de infusão lento ou interrompido
Causas possíveis
Lesão das células endoteliais da parede venosa, permitindo a adesão de
plaquetas e formação de trombo
Intervenções de enfermagem
Retire o dispositivo; se possível, reinicie a infusão no membro oposto.
Aplique compressas úmidas mornas.
Verifique a presença de sinais de infecção relacionada com terapia IV
(trombos fornecem um excelente ambiente para a proliferação de
bactérias)
Notifique o médico.
Registre na ficha do cliente as condições do local, as medidas de
intervenção implementadas e o novo procedimento.
Medidas preventivas
Utilize técnicas adequadas de punção venosa, para reduzir a lesão da
veia.
3 Terapia
Venosa
Central
Para entender a terapia venosa central
Tipos de cateteres venosos centrais
Configurações de cateteres venosos centrais
Preparação para terapia venosa central
Manutenção de infusões venosas centrais
Tratamento de complicações da terapia venosa
central
Preparo para implante subcutâeno de cateter
central e infusão
Infusão por meio de cateter central implantado
Manutenção de infusão por meio de cateter
central implantado
Tratamento de complicações de terapia por meio
de cateter central implantado
Para entender a terapia venosa central
Vantagens
Fornece acesso a veias centrais
Possibilita a infusão rápida de medicamentos ou de grande quantidade de
líquidos
Provê um meio de a coleta de amostras de sangue e a medida da pressão
venosa central (PUC), um importante indicador da função circulatória
Reduz a necessidade de punções venosas repetidas, o que diminui a
ansiedade do cliente e preserva (ou restaura) as veias periféricas
Reduz o risco de irritação venosa pela infusão de substâncias irritantes ou
cáusticas
Desvantagens
A inserção é mais demorada e requer maior
habilidade do que a de um cateter IV periférico ALERTA!
A manutenção é mais cara que a de um cateter A terapia venosa
central envolve o risco
IV periférico de complicações com
risco de vida, tais como
Tipos de cateteres venosos embolia gasosa,
perfuração do vaso ou
centrais de órgãos adjacentes,
pneumotórax, sepse e
formação de trombos.
Cateteres centrais subcutâneos _______
implantados
Funcionam como cateteres venosos centrais de longa permanência
Não têm partes externas
São implantados em uma bolsa sob a pele
O cateter permanente ligado ao portal de acesso é passado sob a pele por
cirurgia, até que a ponta esteja na veia cava superior
São adequados para colocação epidural, intra-arterial ou intraperitonial
Restrição de atividade mínima
São poucos os procedimentos de manutenção para o cliente aprender e
executar
Poucas trocas de curativos (exceto quando usados para manter infusões
contínuas ou intermitentes)

Cateteres centrais de inserção periférica (PICC)


Fornecem acesso a veias centrais por períodos longos (podem ser
mantidos no local por até 1 ano)
São feitos de silicone ou poliuretano
Indicados quando um cliente necessita de terapia venosa central por dias
a vários meses, ou quando necessita ser puncionado repetidamente
São indicados para clientes que têm infecções recorrentes, síndrome de
imunodeficiência adquirida, câncer e anemia falciforme
São úteis em especial se o cliente não tem acesso venoso adequado para
terapia IV a curto prazo
Podem ser inadequados para clientes que apresentam hematomas,
cicatrizes ou esclerose por punções venosas múltiplas anteriores no local
em que se pretende inserir o cateter central de inserção periférica; devem
ser considerados o último recurso nesses clientes
São usados para administrar analgésicos, antibióticos, hemoderivados,
quimioterapia, imunoglobulinas, opióides e nutrição parenteral total
São inseridos por meio de uma veia periférica,
com a ponta atingindo a veia cava superior ALERTA!
Podem evitar complicações, como pneumotórax, Não use seringa de
tuberculina ou seringa
que ocorrem com acessos venosos centrais de 3 mℓ para
Têm propriedades antitrombogênicas, que administrar medicação
por meio de um cateter
minimizam o risco de coágulos e de flebite central de inserção
Estão disponíveis em configurações de lúmen periférica, ou para lavar
o cateter. Essas
único ou duplo, e com ou sem fios-guia seringas geram muita
Custo menor que o de outros cateteres centrais pressão no tubo. Essa
pressão excessiva
de curto e de longo prazos pode provocar a
ruptura do dispositivo.
_______
Cateteres inseridos por cirurgia
Desenvolvidos para uso por longos períodos
Radiopacos
Em geral, feitos de silicone
Menor probabilidade de trombose do que com cateteres feitos de
poliuretano ou cloreto de polivinila
Provocam irritação ou lesão mínimas do revestimento venoso
Têm bainhas que estimulam a proliferação tecidual no ponto de saída do
cateter e impedem a entrada de bactérias na circulação venosa
Mais adequados para tratamento em casa
Usados em clientes com acesso venoso periférico ruim ou que precisam
de infusões diárias a longo prazo, como aqueles que têm síndrome de
imunodeficiência adquirida, anemia, infecções ósseas ou de órgãos,
câncer, síndromes disabsortivas e outras doenças crônicas
Usados para a administração de antibióticos, hemoderivados,
quimioterapia e nutrição parenteral total
Os tipos incluem os cateteres de Broviac, Hickman e Groshong;
disponíveis em configurações com um, dois, três ou mais lúmens
Tamanho variável

Cateteres inseridos sem cirurgia


Também chamados cateteres centrais
Radiopacos
Colocação verificada por radiografias
Desenvolvidos para uso por curto prazo
Podem se deslocar com movimentos do cliente
Podem ser mais trombogênicos
Podem estar associados a maior risco de infecção
Podem ser impregnados com heparina, clorexidina ou um antibiótico
Úteis em emergências

Configurações de cateteres venosos


centrais
Cateteres de curta permanência e lúmen único
Características
Poliuretano ou borracha de silicone (Silastic®)
Cerca de 20 cm de comprimento
Diversos calibres
Indicações
Acesso venoso central de curta permanência
Acesso de emergência
Para clientes que necessitam de um único lúmen
Vantagens
Podem ser inseridos com o cliente no leito
Remoção fácil
Rigidez auxilia na monitorização da pressão venosa central (PVC)
Desvantagens
Funcionalidade limitada
Devem ser trocados a cada 3 a 7 dias (dependendo das normas da
instituição)
Considerações de enfermagem
Atentar para movimentos bruscos e atividades do cliente.
Avaliar com freqüência sinais de infecção e formação de coágulos.
Cateteres de curta permanência e vários lúmens
Características
Poliuretano ou borracha de silicone (Silastic®)
Lúmen duplo, triplo ou quádruplo, a intervalos de 1,9 cm
Lúmen de vários calibres
Indicações
Acesso venoso central de curta permanência
Para clientes que têm locais de inserção limitados e que necessitam de
várias infusões concomitantes
Vantagens
Podem ser inseridos com o cliente no leite
Remoção fácil
Rigidez auxilia na monitoração da pressão venosa central (PVC)
Possibilitam a infusão simultânea de diversas soluções por meio do
mesmo cateter, mesmo de soluções incompatíveis
Desvantagens
Funcionalidade limitada
Necessita de troca a cada 3 a 7 dias (ou de acordo com as normas da
instituição)
Considerações de enfermagem
Verifique o calibre e a finalidade de cada lúmen.
Use o mesmo lúmen para a mesma tarefa (p. ex., para administrar
nutrição parenteral ou para coletar amostras de sangue).
Cateter de Groshong
Características
Borracha de silicone (Silastic®)
Cerca de 88,9 cm de comprimento
Ponta fechada, com válvula de via dupla sensível a pressão
Balonete de dácron
Disponível com lúmen único ou duplo
Inserção cirúrgica
Indicações
Acesso venoso central de longa permanência
Clientes alérgicos a heparina
Vantagens
Menos trombogênico do que cateteres feitos de cloreto de polivinila
Válvula de via dupla sensível a pressão — elimina lavagens com
heparina
Balonete de dácron — fixa o cateter e impede a entrada de bactérias
Desvantagens
Necessita de inserção cirúrgica
Frágil, podendo dobrar ou lacerar-se facilmente
A extremidade cega tende a acumular substâncias
Considerações de enfermagem
Aplicar curativos no local após a inserção.
Manipular o cateter com cautela.
Verificar com freqüência dobras ou vazamentos na parte externa. (Existe
um kit de reparos.)
Lembrar de injetar soro fisiológico em quantidade suficiente para lavar o
cateter, em especial após retirada ou administração de sangue.
Trocar as tampas a cada semana.

Cateter de Broviac
Características
Borracha de silicone (Silastic®)
Cerca de 88,9 cm de comprimento
Extremidade aberta, com pinça
Balonete de dácron a 29,9 cm do adaptador
Idêntico ao cateter de Hickman, exceto por um calibre interno menor
Indicações
Acesso venoso central de longa permanência
Clientes com vasos centrais estreitos (crianças e idosos)
Vantagens
Maior conforto
Lúmen mais estreito
Desvantagens
Lúmen estreito pode limitar usos
Não possibilita a infusão simultânea de diversas soluções
Considerações de enfermagem
Verificar as normas da instituição antes de coletar amostras de sangue ou
administrar hemoderivados.
Lavar o cateter uma vez ao dia com 3 a 5 mℓ de solução com heparina
(10 unidades/mℓ), quando não estiver em uso, e antes e depois de cada
uso.

Cateter de Hickman
Características
Borracha de silicone (Silastic®)
Cerca de 88,9 cm de comprimento
Extremidade aberta com pinça
Balonete de dácron a 29,9 cm do adaptador
Inserção cirúrgica
Indicações
Tratamento em casa
Acesso venoso central de longa permanência
Vantagens
Balonete de dácron — impede movimento excessivo e a entrada de
microrganismos
Pinça — elimina a necessidade da manobra de Valsalva
Desvantagens
Necessita de inserção cirúrgica
Extremidade aberta
Necessita de um médico para remoção
Dobra-se e lacera-se com facilidade
Considerações de enfermagem
Aplicar curativos no local, após a inserção.
Manipular o cateter com cuidado.
Verificar com freqüência dobras ou vazamentos na parte externa. (Existe
um kit de reparos.)
Pinçar o cateter sempre que estiver desconectado ou aberto, utilizando
uma pinça não-serrilhada.
Lavar o cateter uma vez ao dia com 3 a 5 mℓ de solução com heparina
(10 unidades/mℓ), quando não estiver em uso, e antes e depois de cada
uso, empregando o protocolo SASH.

Cateter de Hickman-Broviac
Características
Combinação, em um só cateter, dos cateteres de Hickman e Broviac

Indicações
Acesso venoso central de longa permanência
Clientes que necessitam de várias infusões
Vantagens
Cateter de Hickman de lúmen duplo — possibilita a coleta e
administração de sangue
Lúmen de Broviac — administração de líquidos IV, incluindo nutrição
parenteral total
Desvantagens
Necessita de inserção cirúrgica
Extremidade aberta
Necessita de um médico para remoção
Dobra-se e lacera-se com facilidade
Considerações de enfermagem
Verifique a finalidade e função de cada lúmen.
Indentifique os lúmens, para evitar confusão.
Troque as tampas uma vez por semana.
Lave o cateter uma vez ao dia com 3 a 5 mℓ de solução com heparina (10
unidades/mℓ), quando não estiver em uso, e antes e depois de cada uso,
empregando o protocolo.
Cateter central de inserção periférica
Características
Borracha de silicone (Silastic®)
Comprimento de 51 a 61 cm
Disponíveis 14G, 16G, 18G, 20G e 22G
Indicações
Acesso venoso de longa permanência
Cliente com acesso venoso central difícil
Cliente em risco de complicações fatais de inserção em locais de acesso
venoso central
Cliente que necessita de acesso venoso central e sofreu ou vai sofrer
cirurgia de cabeça e pescoço
Vantagens
Inserção periférica
A inserção pode ser feita no leito, com risco mínimo de complicações
No Brasil, pode ser inserido por uma enfermeira treinada
Disponível com lúmen único ou duplo
Desvantagens
Pode ocluir vasos periféricos menores
Considerações de enfermagem
Pode ser difícil manter imóvel o cateter.
Verifique com freqüência sinais de flebite e formação de trombo no local
da inserção.
Insira o cateter acima da fossa antecubital.
Use uma tala de braço, se necessário.
O cateter pode alterar medidas da pressão venosa central.
Preparação para terapia venosa central
Inserção nas veias cefálica e basílica
Vantagens
Menor risco de complicações importantes, entre todos os cateteres
venosos centrais
Facilidade de manter o curativo no local
Desvantagens
Pode ser necessária incisão da pele
Possível dificuldade de localizar a fossa antecubital em clientes obesos
Dificuldade de manter o cotovelo imóvel, em especial em crianças

Inserção na veia jugular externa


Vantagens
Acesso fácil, especialmente em crianças
Risco menor de pneumotórax e punção arterial
Desvantagens
Via menos direta
Fluxo baixo, o que aumenta o risco de trombose
Dificuldade de manter o curativo no local
Veia tortuosa, especialmente em idosos

Inserção na veia jugular interna


Vantagens
Via curta e direta para o átrio direito
Estabilidade do cateter, o que resulta em movimentos menores com a
respiração
Menor risco de pneumotórax
Desvantagens
Proximidade da artéria carótida comum. (Se a artéria for puncionada
durante a inserção do cateter, podem ocorrer hemorragia incontrolada,
embolia ou obstrução do fluxo.)
Dificuldade de manter o curativo no local
Proximidade da traquéia

Inserção na veia subclávia


Vantagens
Acesso fácil
Facilidade de manter o curativo no local
Fluxo alto, o que reduz o risco de trombose
Desvantagens
Proximidade da artéria subclávia. (Se a artéria for puncionada durante a
inserção do cateter, pode ocorrer hemorragia.)
Dificuldade de controlar sangramento
Maior risco de pneumotórax

Manutenção de infusões
ALERTA!
venosas centrais
Se o local de inserção
Monitoração de cliente com um do cateter for próximo
cateter venoso central aos principais órgãos
torácicos, como a
Adéqüe sua avaliação e suas intervenções ao inserção na veia jugular
local específico de inserção do cateter. interna ou na veia
subclávia, monitore
Monitore o estado cardíaco do cliente. com atenção o estado
O médico deverá solicitar uma radiografia de respiratório do cliente,
pesquisando dispnéia,
tórax, para confirmar a posição da ponta do respiração superficial e
cateter na veia cava superior, antes de se iniciar dor torácica súbita.
_______
uma infusão.
Para iniciar a infusão, conecte o equipo ao
adaptador do cateter.
Se o acesso vai ser usado para infusão, infunda
um líquido isotônico à velocidade de 20 mℓ/h ou ALERTA!
menos, até que a posição do cateter seja Monitore a posição do
cateter com cuidado.
confirmada. Um cateter mal
Após a confirmação radiológica, ajuste a posicionado, em
especial se inserido
velocidade de infusão tal como prescrita. nas veias jugulares
Verifique um retorno fluente de 3 a 5 m ℓ de interna ou externa,
pode tornar difícil a
sangue do cateter antes de cada uso. troca de curativos, e
impossível a aplicação
de um curativo
Aplicação de um curativo em um oclusivo. Também pode
cateter venoso central causar dobra do
cateter.
Mantenha técnica estéril. _______
Coloque um curativo estéril sobre o local de
inserção de um cateter de curta permanência, um cateter central de
inserção periférica ou um cateter central subcutâneo implantado.
Limpe o local com solução anti-séptica precrita.
Cubra o local com um curativo transparente ALERTA!
semipermeável. A inserção de um
cateter pode provocar
Rotule o curativo com data e hora, suas iniciais arritmia, se o cateter
e o tipo de cateter. entrar no ventrículo
Coloque o cliente em uma posição confortável e esquerdo e irritar o
músculo cardíaco.
reavalie seu estado. _______
Eleve a cabeceira da cama (45 graus) para
facilitar a respiração do cliente.
Mantenha o local limpo e seco, para evitar infecção.
Mantenha o curativo limpo e seco, para impedir contaminação.

Troca de curativo em cateter venoso central


Preparação
Reúna o material necessário.
Lave as mãos.
Coloque o cliente em uma posição confortável.
Prepare um campo estéril. Abra um saco, colocando-o longe do campo
estéril, mas ao alcance.
Remoção de curativo antigo
Coloque luvas limpas e retire o curativo antigo.
Inspecione o local da inserção do cateter, em busca de sinais de infecção.
Envie para cultura qualquer secreção do local de insercão ou presente no
curativo antigo.
Descarte o curativo e as luvas no saco.
Relate a presença de qualquer infecção imediatamente ao médico, e
registre seus achados.
Verifique a posição do cateter.
Verifique sinais de infiltração ou infecção no local de inserção, tais como
hiperemia, edema, sensibilidade ou secreção.
Aplicação de novo curativo
Vista luvas estéreis.
Limpe a pele em torno do cateter com anti-
séptico, com movimentos do local de inserção ALERTA!
para fora, em uma única direção. Não use soluções que
contenham acetona
para limpar a pele em
volta do local; podem
dissolver alguns
cateteres.
_______

Cubra o local com um curativo transparente semipermeável.


Se o cateter estiver preso à pele com esparadrapo (não suturado),
substitua com cuidado o esparadrapo contaminado por esparadrapo
limpo, usando o método em X.
Rotule o curativo com data, hora e suas iniciais.
Descarte de maneira adequada todos os itens usados; coloque o cliente
em uma posição confortável.
Registre a troca de curativo e as condições do local de inserção do
cateter.

Lavagem de cateter venoso central


Lave o cateter venoso central com solução contendo heparina, em uma
rotina de acordo com as normas da instituição, para manter a
permeabilidade; entretanto, cateteres com válvulas de via dupla, tais
como o cateter de Groshong, exigem apenas lavagens com solução salina
para manter a permeabilidade.
Recomendações
Obtenha um retorno fluente de 3 a 5 m ℓ de ALERTA!
Nunca force a solução
sangue do cateter antes de cada uso. de lavagem para dentro
do cateter se encontrar
O número recomendado de lavagens por dia resistência.
varia de 3 vezes até uma vez ao dia. _______
A quantidade recomendada de solução de lavagem também varia:
Normas de instituições: 3 a 5 m ℓ aceitos com freqüência, mas não
sempre; algumas normas recomendam até 10 mℓ de solução.
Tipos de solução de lavagem
Solução salinizada contendo heparina

Disponível pronto em frascos de uso múltiplo de 10 mℓ


A concentração de heparina varia de 10
unidades/mℓ a 100 unidades/mℓ. ALERTA!
Use a concentração
Soro fisiológico
eficaz mais baixa de
Preferido por algumas instituições, porque a heparina, porque
concentrações mais
heparina nem sempre é necessária para se altas podem interferir
manter permeável o acesso na coagulação do
cliente.
Procedimento _______

Limpe a tampa com uma gaze embebida em


álcool a 70%.
Deixe secar.
Injete o tipo e a quantidade de solução de lavagem recomendados ou
prescritos.
Impeça refluxo de sangue, e possível coagulação no tubo:
apertando o êmbolo da seringa com o polegar, para manter uma pressão
positiva;
pinçando o tubo;
retirando a seringa.
Considerações especiais
Medicamentos incompatíveis

Lave o cateter com heparina ou soro fisiológico antes e após a


administração.
Cateter venoso central com válvula de via dupla
Lave o cateter com soro fisiológico uma vez ao dia, quando não estiver
em uso.
Cateteres com vários lúmens

Todos os lúmens (a não ser que seja um cateter com válvula) devem ser
lavados regularmente com heparina ou soro fisiológico, de acordo com as
normas e práticas da instituição.

Troca do equipo de um cateter venoso central


Lave as mãos.
Coloque uma compressa de gaze de 2,5 × 2,5 cm sob a agulha ou
adaptador do cateter, para criar um campo estéril.
Reduza a velocidade de infusão.
Retire o equipo antigo do frasco de solução.
Coloque a capa do novo equipo sobre a ponta do antigo.
Inserir a ponta do novo equipo no frasco de solução, mantendo o antigo
erguido acima do nível do coração do cliente.
Deixe encher o equipo.
Instrua o cliente a fazer a manobra de Valsalva.
Com rapidez, desconecte o equipo antigo da
agulha ou do adaptador do cateter, com cuidado ALERTA!
para não deslocar o dispositivo de punção Não feche
completamente a
venosa. pinça, porque o
Se estiver difícil de desconectar, use uma pinça adaptador do equipo, a
agulha ou o adaptador
hemostática para firmar o adaptador enquanto do cateter podem
gira e retira o tubo. lacerar-se, obrigando à
troca do equipo e do
Adapte rapidamente o novo equipo ao local de punção.
dispositivo de punção venosa, usando técnica _______

estéril.
Ajuste a velocidade de infusão tal como prescrito.
Rotule o novo equipo com data e hora da troca.
Troque o equipo a cada 72 horas ou de acordo com as normas da
instituição.

Coleta de sangue de um cateter venoso central por meio


de um tubo a vácuo
Lave as mãos.
Vista luvas estéreis. ALERTA!
Interrompa a infusão venosa. Se estiverem sendo
usadas várias infusões,
Coloque um adaptador de injeção sobre a ponta interrompa todas e
do cateter. espere um minuto para
coletar o sangue.
Limpe a ponta do adaptador de injeção com _______
gaze embebida em anti-sépticos.
Coloque um tubo a vácuo de 5 mℓ no adaptador
plástico. Use esse tubo para coletar e descartar o ALERTA!
volume de enchimento do cateter, mais 2 a 3 mℓ. Em algumas
instituições de saúde,
A maioria dos estudos indica que cerca de 5 mℓ os primeiros 5 mℓ não
de sangue descartado são suficientes. são descartados
quando estão previstas
Insira o dispositivo de coleta no adaptador de diversas coletas do
injeção do cateter. cliente. O sangue é
reinjetado após a
Quando o sangue parar de fluir para dentro do coleta da amostra.
tubo, remova o tubo. _______

Use os tubos a vácuo adequados para os exames


prescritos.
Lave o cateter com soro fisiológico e continue a infusão.
Se não for usar o lúmen imediatamente,
heparinizar o cateter. ALERTA!
Se não conseguir obter
sangue fluente, pode
Coleta de sangue de um cateter ser que a ponta do
venoso central por meio de seringa cateter esteja
encostada na parede
Interrompa todas as infusões. do vaso. Para corrigir a
posição, instrua o
cliente a levantar os
Escolha o lúmen para coletar o sangue; o lúmen braços sobre a cabeça,
virar de lado, tossir ou
deve ter calibre de pelo menos 20G, de fazer a manobra de
preferência 16G ou 18G. Valsalva. Você pode
também tentar lavar o
Vista luvas. cateter com soro
Desconecte o equipo ou a tampa do cateter, fisiológico, antes de
outra tentativa de
usando técnica estéril. coletar sangue.
Se o cateter tiver uma pinça, feche-a antes de _______

desconectar; se não tiver, instrua o cliente a


fazer a manobra de Valsalva.
Insira a seringa.
Retire 5 mℓ de sangue.
Descarte a seringa.
Insira uma segunda seringa.
Colete o volume necessário de sangue.
Lave o cateter com a quantidade recomendada de soro fisiológico ou
heparina. (A quantidade depende do tipo de cateter e da freqüência e do
tipo de infusões. Verifique as recomendações do fabricante e as normas
da instituição.)
Passe o sangue para tubos a vácuo.
Rotule os tubos e envie-os ao laboratório.

Remoção de cateter venoso central


Coloque o cliente em posição supina, para evitar êmbolos.
Lave as mãos.
Vista luvas limpas.
Interrompa todas as infusões e prepare um campo estéril.
Remova os curativos.
Vista luvas estéreis.
Prepare o local com álcool a 70%.
Pesquise sinais de secreção ou inflamação no ALERTA!
local. Se alguma parte do
cateter tiver se
Corte as suturas e remova o cateter com um destacado durante a
remoção, notifique
movimento lento e uniforme. imediatamente o
Instrua o cliente a fazer a manobra de Valsalva médico e monitore o
cliente com atenção,
durante a retirada do cateter, para evitar êmbolos pesquisando sinais de
gasosos. angústia respiratória.
_______
Inspecione o cateter, para ver se algum pedaço
se destacou durante a remoção.
Se estiver indicada cultura, corte cerca de 2,5 cm da parte distal do
cateter, deixando que caia no frasco estéril de amostra.
Coloque um curativo transparente
semipermeável sobre o local. ALERTA!
Rotule o curativo com data e hora da remoção, e Pode ocorrer
sangramento insidioso
suas iniciais. após a remoção do
Descarte de maneira adequada o equipo e os cateter. Lembre-se de
que alguns vasos, tais
materiais usados. como a veia subclávia,
Verifique sinais de descompensação respiratória, não podem ser
comprimidos com
indicando possíveis êmbolos gasosos. facilidade. Após 72 h, o
Verifique sinais de sangramento, tais como local deve estar vedado
e o risco de embolia
sangue no curativo, queda da pressão arterial, gasosa deve ter
taquicardia, palidez ou diaforese. passado; entretanto,
pode ainda ser
Registre data e hora da remoção do cateter e necessária a aplicação
qualquer complicação que tenha ocorrido, tais de um curativo seco no
local.
como rachaduras no cateter, sangramento ou _______
dificuldade respiratória. Certifique-se de anotar
sinais de sangramento, secreção, hiperemia ou edema no local.

Tratamento de problemas freqüentes em


terapia venosa central
Problema e causas possíveis Intervenções de enfermagem
Cateter desconectado
• Conexão frouxa do cateter ao • Feche pinça do cateter, se existir.
tubo
• Movimento do cliente • Coloque uma seringa estéril ou uma tampa de
cateter no adaptador do cateter.
• Troque o equipo. Não conecte de novo tubos
contaminados.
• Limpe o adaptador do cateter com álcool a 70%.
Não molhe demais o adaptador.
• Conecte novo equipo ou coloque tampa com
solução de heparina.
• Reinicie a infusão.

Vazamento de líquido no local de inserção


• Cateter deslocado • Verifique sinais de sofrimento do cliente.
• Rede de fibrina • Troque o curativo e observe se há eritema no local.
• Vazamento de vasos linfáticos • Comunique ao médico
• Rachadura no cateter • Obtenha um pedido de radiografia
• Prepare a troca do cateter, se necessário.
• Se ocorreu rachadura em um cateter de Hickman,
Groshong ou Broviac, obtenha o kit de reparo.
Infusão não flui
• Pinça fechada • Verifique o equipo e as pinças.
• Cateter deslocado ou dobrado • Mude a posição do cliente.
• Trombo • Remova o curativo e examine a porção externa do
cateter.
• Se uma dobra não estiver aparente, obtenha um
pedido de radiografia.
• Tente retirar sangue.
• Tente uma lavagem suave com soro fisiológico. (O
médico pode prescrever uma lavagem com um
agente trombolítico.)
Incapacidade de retirar sangue
• Movimento do cateter contra a • Verifique o equipo e as pinças.
parede vascular, criando • Mude a posição do cliente.
pressão negativa • Remova o curativo e examine a parte externa
• Pinça fechada do cateter.
• Trombo • Obtenha um pedido de radiografia.

Tratamento de complicações da terapia


venosa central
Embolia gasosa
Sinais e sintomas
Alteração ou perda de consciência
Sopro precordial
Queda da pressão arterial
Aumento da pressão venosa central (PVC)
Dificuldade respiratória
Sons respiratórios desiguais
Pulso fraco
Causas possíveis
Entrada de ar no sistema venoso central durante a inserção do cateter ou
troca de equipo
Abertura, corte ou quebra inadvertida do cateter
Intervenções de enfermagem
Pince imediatamente o cateter.
Coloque o cliente sobre o lado esquerdo, com a cabeça para baixo, para o
ar poder entrar no átrio direito, impedindo que entre na artéria pulmonar.
Administre oxigênio.
Comunique imediatamente ao médico. ALERTA!
Registre suas intervenções. Não deixe o cliente
fazer a manobra de
Medidas preventivas Valsalva. A inspiração
forçada pode piorar a
Retire todo o ar dos tubos. situação.
_______
Oriente o cliente a fazer a manobra de Valsalva
durante a inserção do cateter e a troca de equipo
(contrair o abdome e prender a respiração, para aumentar a pressão
venosa central).
Use um dispositivo de controle de infusão com um detector de ar.
Use equipo com conectores Luer, isole todas as conexões com
esparadrapo ou use dispositivos de vedação em todas as conexões.

Quilotórax, hemotórax, hidrotórax ou pneumotórax


Sinais e sintomas
Radiografia de tórax anormal
Dor torácica
Cianose
Diminuição do murmúrio vesicular do lado acometido
Dispnéia
No hemotórax, diminuição da concentração de hemoglobina, por
acúmulo de sangue no tórax
Causas possíveis
Punção do pulmão por um cateter durante a inserção ou troca por meio
de um fio-guia
Punção de um grande vaso sanguíneo, com sangramento dentro ou fora
do pulmão
Punção de um gânglio linfático, com vazamento de fluido.
Infusão de solução na área do tórax por meio do cateter
Intervenções de enfermagem
Interrompa a infusão.
Comunique ao médico.
Auxilie na remoção do cateter.
Administre oxigênio prescrito.
Prepare e auxilie na inserção de um dreno torácico.
Registre suas intervenções.
Medidas preventivas
Coloque uma toalha enrolada entre as escápulas do cliente e abaixe a
cabeça do cliente, para dilatar e expor ao máximo possível as veias
jugular interna e subclávia, durante a inserção do cateter.
Avalie sinais precoces de infiltração de líquido, tais como edema no
ombro, pescoço, tórax e braço.
Garanta a imobilização do cliente com um preparo adequado para o
procedimento e restrição de movimentos durante a inserção; clientes
agitados podem precisar de sedação ou de ser transportados para uma
sala de cirurgia para o procedimento.
Minimize a atividade do cliente após a inserção, em especial se for usado
um cateter central de inserção periférica.

Infecção local
Sinais e sintomas
Febre, calafrios, mal-estar
Erupção ou pústulas no local
Possível secreção purulenta
Rubor, calor, sensibilidade e edema no local de inserção
Causas possíveis
Falha no uso de técnica estéril durante a inserção ou manutenção do
cateter
Não-observância do protocolo de troca de curativos
Permanência de curativos úmidos ou contaminados no local
Imunossupressão
Irritação na linha de sutura
Intervenções de enfermagem
Monitore a temperatura do cliente com freqüência.
Providencie cultura do local, se houver secreção.
Faça novo curativo adotando técnica asséptica.
Use antibióticos tópicos no local, conforme precrição.
Faça tratamento sistêmico com antibióticos ou antifúngicos, dependendo
dos resultados da cultura e da prescrição médica.
O cateter pode ser removido.
Registre suas intervenções.
Medidas preventivas
Mantenha técnica estéril estrita.
Siga os protocolos de troca de curativos conforme a instituição.
Oriente o cliente sobre restrições para nadar ou tomar banho. (Cliente
com uma contagem de leucócitos adequada pode exercer essas
atividades, se o médico permitir.)
Troque imediatamente um curativo úmido ou contaminado.
Troque o curativo com maior freqüência se o cateter estiver situado em
uma área femoral ou próximo a uma traqueostomia.
Faça o curativo ou a limpeza da traqueostomia após a limpeza do cateter.

Infecção sistêmica
Sinais e sintomas
Febre e calafrios
Leucocitose
Mal-estar
Náuseas e vômitos
Causas possíveis
Cateter ou solução de infusão contaminados
Falha na técnica asséptica durante a ligação do frasco de solução de
infusão ao equipo
Abertura freqüente do cateter ou uso prolongado de um único acesso
venoso
Imunossupressão
Intervenções de enfermagem
Providencie culturas de sangue central e periférico; se identificarem o
mesmo microrganismo, o cateter é a causa principal da sepse e deve ser
retirado.
Se os resultados das culturas não forem iguais, mas positivos, tanto o
cateter pode ser removido quanto a infecção pode ser tratada através do
próprio cateter.
Trate o cliente com o esquema de antibiótico prescrito.
Providencie cultura da ponta do cateter, se este for retirado.
Pesquise outras fontes de infecção.
Monitore os sinais vitais.
Registre suas intervenções.
Medidas preventivas
Verifique se há turvação da solução, antes da infusão.
Verifique se há vazamentos no frasco de solução.
Monitore os níveis de glicose na urina, em clientes que estejam
recebendo nutrição parenteral total; se estiverem acima de 2+, suspeite de
sepse em início.
Use técnica estéril estrita para conectar e desconectar frascos de solução.
Troque o cateter com freqüência, para diminuir o risco de infecção.
Mantenha o sistema fechado durante o maior tempo possível.
Explique ao cliente a técnica estéril.

Trombose
Sinais e sintomas
Edema no local da punção
Febre e mal-estar
Edema ipsolateral do braço, do pescoço e da face
Dor
Taquicardia
Causas possíveis
Localização inadequada da ponta do cateter na veia subclávia ou
braquicefálica
Fluxo lento
Condições hematológicas do cliente
Uso repetido ou prolongado do mesmo acesso venoso
Doença cardiovascular preexistente
Irritação venosa durante a inserção
Intervenções de enfermagem
Interrompa a infusão.
Comunique ao médico.
Considere a administração de anticoagulantes no cliente.
Verifique a trombose com estudos diagnósticos.
Não puncione o membro acometido.
Registre suas intervenções.
Medidas preventivas
Mantenha o fluxo através do cateter, com uma bomba de infusão, ou lave
o cateter a intervalos regulares.
Antes de usar o cateter, verifique a posição da ponta na veia cava
superior.

Preparo para implante subcutâneo de


cateter central e infusão
Escolha da agulha certa
Calibre da agulha
19G — para transfusão e coleta de sangue
20G — para a maioria das infusões, exceto ALERTA!
infusão e coleta de sangue, incluindo nutrição Lembre-se de que, com
um cateter central
parenteral total subcutâneo implantado
22G — para lavagem (CCSI), só se devem
usar agulhas não-
Agulhas retas ou em ângulo reto cortantes.
_______
Agulhas não-cortantes em ângulo reto são
usadas com maior freqüência
É raro o uso de agulha longa, tal como uma agulha não-cortante reta de 5
cm, para uma porta de acesso vascular implantada profundamente
Agulhas retas ou em ângulo reto são usadas para injeções em bolo
através de uma porta de acesso superior
Agulhas não-cortantes retas são usadas somente para portas com acesso
lateral
Agulhas em ângulo reto são preferíveis para infusões contínuas (mais
fáceis de serem fixadas ao cliente)
Desvantagens dos CCSI
Podem ser de manipulação difícil pelo cliente
O acesso exige a inserção de uma agulha específica através do tecido
subcutâneo
O acesso pode ser desconfortável para clientes que têm medo ou não
gostam de agulhas
O implante e a remoção da porta de acesso vascular exigem cirurgia e
possível hospitalização

Infusão por meio de cateter central


implantado
Porta com acesso superior
Diminua a sensibilidade da área com um creme anestésico, gelo ou
aerossol de cloreto de etila, dependendo da prescrição médica ou das
normas da instituição.
Reúna o material.
Palpe a área sobre a porta de acesso vascular, para localizar a membrana.
Fixe a porta de acesso vascular entre o polegar e os dois dedos seguintes
de sua mão não-dominante.
Usando a mão dominante, procure o centro da membrana com a agulha
não-cortante.
Insira a agulha perpendicular ao septo, como mostra a figura.
Empurre a agulha através da pele e da
membrana, até atingir o fundo do reservatório. ALERTA!
Verifique a posição da agulha, aspirando até que A incapacidade de
obter sangue pode
haja refluxo de sangue. indicar que a ponta do
Se não houver refluxo de sangue, retire a agulha cateter está encostada
na parede vascular. Se
e repita o procedimento. você não obtiver
Lave o dispositivo com soro fisiológico. refluxo de sangue,
comunique ao médico;
Se detectar edema ou se o cliente relatar dor no uma rede de fibrina na
local, retire a agulha e comunique ao médico. ponta distal do cateter
pode estar obstruindo a
Registre o procedimento na ficha do cliente. abertura.
_______
Injeção em bolo através de uma porta de acesso
vascular (PAV)
Reúna o equipamento.
Conecte uma seringa contendo 10 m ℓ de soro ALERTA!
fisiológico a um tubo de extensão. Nunca use uma agulha
não-específica, porque
Retire todo o ar. pode cortar uma parte
Conecte a extensão a uma agulha não-cortante da membrana,
provocando
em ângulo reto (agulha de Huber). extravazamento de
Com técnica asséptica, limpe a área sobre a sangue e contato com
o ar. Uma porta de
porta de acesso com álcool ou outra solução acesso vascular
anti-séptica. danificada deve ser
retirada imediatamente
Insira a agulha na porta de acesso vascular. pelo cirurgião.
Verifique o refluxo de sangue. _______

Lave a porta com o soro fisiológico, de acordo


com as normas da instituição.
Pince o tubo de extensão.
Retire a seringa que contém soro fisiológico. ALERTA!
Conecte a seringa que contém a medicação ao Algumas instituições
exigem a lavagem da
tubo de extensão. porta de acesso com
Abra a pinça e injete a medicação prescrita. solução de heparina.
Verifique sempre as
Examine a pele em volta da agulha, em busca de normas de sua
sinais de infiltração, tais como edema e instituição.
_______
sensibilidade.
Quando acabar a injeção, pince a extensão,
retire a seringa de medicamento e conecte a seringa que contém soro
fisiológico.
Abra a pinça.
Lave com 5 m ℓ de soro fisiológico, após cada ALERTA!
injeção de medicamento, para minimizar reações Interrompa a injeção,
se notar sinais de
de incompatibilidade de medicamentos. infiltração, e proceda
de acordo com as
normas da instituição.
Lave com solução de heparina, segundo as _______

normas da instituição.
Registre a administração da injeção, de acordo com as normas da
instituição.

Infusão contínua através de uma PAV


Reúna o equipamento.
Remova todo o ar do tubo de extensão usando uma seringa contendo soro
fisiológico.
Conecte a extensão a uma agulha de Huber não-cortante.
Lave a porta de acesso com soro fisiológico.
Pince a extensão.
Retire a seringa.
Conecte o equipo.
Prenda as conexões com esparadrapo, se necessário.
Abra a pinça.
Inicie a infusão.
Aplique um curativo semipermeável transparente no local de inserção da
agulha.
Verifique com cuidado se há infiltração no local.
Quando o frasco de solução se esvaziar, ALERTA!
providencie outro, tal como prescrito, retirando Se o cliente se queixar
de queimação,
todo o ar dos tubos. ardência ou dor no
Pince a extensão. local, interrompa a
infusão e proceda de
Remova o equipo utilizado. acordo com as normas
Conecte o novo equipo com o frasco de solução da instituição.
_______
à extensão.
Abra a pinça.
Ajuste a velocidade de infusão.
Registre a infusão, de acordo com as normas da instituição.
Coleta de amostra de sangue de uma porta de acesso
vascular (PAV)
Técnica com seringa
Reúna o equipamento adequado.
Conecte uma seringa de 10 mℓ contendo 5 mℓ de soro fisiológico e uma
agulha não-cortante a um tubo de extensão.
Retire todo o ar.
Palpe a área em torno da porta de acesso vascular, para localizar a porta
de acesso.
Acesse a PAV.
Lave a PAV com 5 mℓ de soro fisiológico.
Retire pelo menos 5 mℓ de sangue.
Pince a extensão.
Descarte a seringa.
Conecte outra seringa de 10 mℓ à extensão.
Solte a pinça.
Aspire a quantidade desejada de sangue com a seringa de 10 mℓ.
Após obter a amostra, pince a extensão.
Retire a seringa.
Conecte uma seringa de 10 mℓ contendo soro fisiológico.
Solte a pinça.
Lave a PAV com 10 m ℓ de soro fisiológico. (A concentração e a
quantidade de solução pode variar de acordo com as normas da
instituição.)
Pince a extensão.
Retire a seringa de soro fisiológico.
Conecte uma seringa contendo solução de heparina estéril.
Lave a PAV com heparina de acordo com as normas da instituição.
Transfira o sangue para os tubos adequados.
Técnica a vácuo
Reúna o equipamento adequado.
Conecte a agulha ao adaptador de tubos de coleta a vácuo.
Conecte um adaptador de injeção Luer e uma agulha não-cortante a um
tubo de extensão, usando técnica estéril.
Retire todo o ar da extensão com uma seringa contendo soro fisiológico.
Palpe a área sobre a PAV, para localizar a porta de acesso.
Acesse a PAV.
Lave a porta com 5 m ℓ de soro fisiológico, para verificar a posição
correta da agulha não-cortante.
Retire a seringa contendo soro fisiológico.
Limpe o adaptador de injeção com álcool ou outro anti-séptico.
Insira a agulha do adaptador de tubo a vácuo no adaptador de injeção.
Insira um tubo com o rótulo DESCARTE no adaptador de tubo a vácuo.
Deixe o tubo se encher de sangue.
Retire o tubo e descarte.
Insira outro tubo, e deixe se encher de sangue.
Repita esse procedimento até obter a quantidade necessária de sangue.
Retire a agulha do adaptador de tubo a vácuo do adaptador de injeção.
Insira uma seringa de 10 mℓ cheia de soro fisiológico.
Lave imediatamente a PAV com 10 mℓ de soro fisiológico.
Retire a seringa.
Insira uma seringa contendo solução de heparina.
Faça o procedimento de lavagem da PAV com heparina.
Pince a extensão.
Considerações especiais
Se estiver administrando uma injeção em bolo

Use o método com seringa para obter a amostra de sangue, mas não lave
com heparina.
Se o cliente estiver recebendo uma infusão contínua

Interrompa a infusão.
Pince o tubo de extensão.
Desconecte o equipo, usando técnica estéril.
Siga o procedimento para obter amostra de sangue com seringa, até e
incluindo o procedimento de lavagem com soro fisiológico.
Depois da lavagem do cateter com soro fisiológico, pince o tubo de
extensão.
Retire a seringa.
Conecte de novo o equipo da infusão.
Solte a pinça da extensão.
Ajuste a velocidade de infusão.

Como interromper uma infusão através de uma PAV


Interrompa a infusão.
Pince o tubo de extensão.
Retire o equipo de infusão adotando técnica estéril.
Conecte uma seringa de 10 mℓ contendo 5 mℓ de soro fisiológico, usando
técnica estéril.
Solte a pinça da extensão.
Lave a PAV com soro fisiológico.
Remova a seringa.
Pince a extensão.
Conecte uma seringa de 10 mℓ contendo 5 mℓ de solução de heparina, de
acordo com as normas da instituição.
Solte a pinça da extensão.
Lave a PAV com a solução de heparina.
Pince o tubo de extensão.

Como remover uma agulha não-cortante


Lave a PAV com solução de heparina.
Coloque os dedos indicador e médio (enluvados) da mão não-dominante
dos dois lados da membrana da PAV.
Fixe a PAV apertando para baixo com os dois dedos, e mantendo a
pressão até a retirada da agulha.
Use a mão dominante enluvada, segure a agulha não-cortante e puxe para
fora da PAV.
Aplique curativo tal como indicado.
Se não houver previsão de novas infusões, lembre ao cliente que ele
precisará de uma lavagem com heparina em 4 semanas.

Manutenção de infusão por meio de cateter


central implantado
Tratamento de problemas comuns
Problema e causas Intervenções de enfermagem
possíveis
Incapacidade de lavar o cateter (obstruído) ou de retirar sangue
• Tubo dobrado ou • Verifique os tubos e pinças.
pinça
fechada
• Colocação incorreta • Recupere o acesso ao dispositivo.
da agulha
• Agulha não
atravessou a
membrana
• Formação de • Avalie a permeabilidade tentando lavar a PAV.
coágulo • Comunique ao médico; obtenha uma prescrição para
administração de trombolítico.
• Ensine o cliente a reconhecer a formação de coágulo,
comunicando ao médico quando ocorrer, e a evitar a lavagem
da PAV com pressão excessiva.
• Cateter dobrado, • Comunique ao médico imediatamente.
migração do cateter, • Instrua o cliente a notificar o médico ou a enfermeira, se tiver
rotação da PAV dificuldade de acessar a PAV.
Incapacidade de palpar a PAV
• Implante profundo da • Note a cicatriz da bolsa.
PAV • Use técnica de palpação profunda.
• Peça que outro(a) enfermeiro(a) tente localizar a PAV.
• Use uma agulha não-cortante de 3,8 a 5 cm para acessar a
PAV.
• Se não for possível palpar a PAV, não tente o acesso.

Tratamento de complicações de terapia por


meio de cateter central implantado
Extravasamento
Sinais e sintomas
Sensação de queimação ou edema do tecido subcutâneo
Causas possíveis
Agulha deslocada para o tecido subcutâneo
Posição incorreta da agulha na PAV
Posição da agulha não confirmada
Agulha solta da membrana
Ruptura do cateter ao longo do trajeto subcutâneo
Intervenções de enfermagem
Interrompa a infusão.
Não retire a agulha.
Comunique ao médico; prepare a administração de fármacos
antagonistas, se prescritos.
Medidas preventivas
Ensine ao cliente como obter acesso ao dispositivo, verifique a posição
do dispositivo e fixe a agulha antes de iniciar a infusão.

Formação de rede de fibrina


Sinais e sintomas
PAV e lúmen de cateter obstruídos
Impossibilidade de lavar ou de administrar infusão
Causas possíveis
Adesão de plaquetas ao cateter
Intervenções de enfermagem
Comunique ao médico, e prepare a administração de um agente
trombolítico, conforme prescrição.
Medidas preventivas
Use a PAV somente para a infusão de líquidos e medicamentos; evite
usar a PAV para coletar amostras de sangue.
Administre através da PAV somente substâncias compatíveis.

Infecção local e lesão da pele


Sinais e sintomas
Eritema e calor na região da PAV
Febre
Secreção sanguinolenta ou purulenta na região da PAV
Causas possíveis
Incisão ou bolsa subcutânea da PAV infectadas
Má cicatrização no pós-operatório
Intervenções de enfermagem
Pesquise diariamente eritema e secreção na região da PAV, e comunique
o médico, se presentes.
Administre antibióticos segundo prescrição.
Aplique compressas úmidas mornas durante 20 min, quatro vezes ao dia.
Medidas preventivas
Oriente o cliente para pesquisar e relatar hiperemia, edema, secreção e
lesão de pele na região da PAV.

Trombose
Sinais e sintomas
Incapacidade de lavar a PAV ou de administrar uma infusão
Causas possíveis
Coleta freqüente de amostras de sangue
Infusão de concentrado de hemácias
Intervenções de enfermagem
Comunique ao médico e obtenha prescrição para administrar um agente
trombolítico.
Medidas preventivas
Lave a PAV completamente logo após a coleta de amostras de sangue.
Administre concentrado de hemácias em uma linha secundária a uma
linha de soro fisiológico, e use uma bomba para transfusão; lave com
soro fisiológico entre as unidades.
4 Medicamentos
Intravenosos
Para entender o tratamento com
medicamentos intravenosos
Terapia com medicamentos intravenosos
Métodos de infusão
Administração de tratamento intravenoso
Tratamento de clientes que têm necessidades
especiais
Tratamento de complicações do tratamento com
medicamentos intravenosos
Para entender o tratamento com
medicamentos intravenosos
Vantagens e desvantagens da via intravenosa
Vantagens
Resposta rápida
Absorção eficaz
Dosagem precisa
Menor desconforto que com injeções intramusculares
Alternativa possível à via oral
Desvantagens
Incompatibilidades de soluções e medicamentos
Esclerose venosa em alguns clientes
Reações adversas imediatas

Fatores que afetam a compatibilidade de medicamentos


Tempo de contato
Um tempo maior de contato entre dois ou mais medicamentos torna mais
provável a incompatibilidade
Considerações de enfermagem

Verifique os tempos de compatibilidade entre os medicamentos, antes da


administração.
Concentração do medicamento
Concentrações mais altas tornam mais provável a incompatibilidade
Considerações de enfermagem

Inverta o frasco com movimentos suaves após a adição de cada


medicamento, para diluir completamente o medicamento na solução,
impedindo a formação de altas concentrações. (Aja assim antes de iniciar
uma infusão, ou após adicionar um novo medicamento ao frasco.)
Luz
A estabilidade de alguns medicamentos é prejudicada pela exposição
prolongada à luz (fotossensibilidade)
Considerações de enfermagem
Guarde medicamentos fotossensíveis em áreas de armazenamento
apropriadas ou utilize capas plásticas protetores.
Durante a administração de medicamentos que devem ser protegidos da
luz, tais como nitroprussiato e anfotericina B, utilize equipo
fotossensível.
Ordem de mistura
É importante quando se adiciona mais de um medicamento a uma
solução IV, porque ocorrem alterações químicas após cada adição
Medicamentos compatíveis com uma solução IV isolada podem ser
incompatíveis com a mistura da solução IV com outros medicamentos
Considerações de enfermagem

Antes de começar, verifique a ordem correta de mistura (isso pode evitar


a incompatibilidade).
pH
A incompatibilidade é mais provável quando os medicamentos e
soluções a serem misturados têm pH muito diferente
Considerações de enfermagem
Antes da administração, verifique se as soluções e os medicamentos a
serem misturados têm pH semelhante. (O pH das soluções IV está escrito
no rótulo; o pH de medicamentos está escrito na bula.)
Temperatura
A incompatibilidade é mais provável quando a mistura atinge
temperaturas acima do normal (temperaturas mais altas estimulam
reações químicas)
Considerações de enfermagem

Prepare a mistura imediatamente antes da administração, se possível.


Se for preciso preparar com antecedência a mistura, mantenha-a
refrigerada até a hora de uso, conforme recomendação do fabricante.

Como calcular a dosagem do medicamento intravenoso


Para alguns medicamentos (tais como imunoglobulina IV), a dosagem é
calculada com base no peso do cliente em quilogramas.
Para outros medicamentos (tais como quimioterápicos), a dosagem é
calculada com base na área corporal do cliente.
Nomograma: pode ser usado para se calcular área corporal.

Como usar um nomograma para adultos


Ache a altura do cliente na coluna da esquerda.
Ache o peso na coluna da direita.
Marque esses dois pontos e trace uma linha entre eles.
O ponto de interseção dessa linha com a coluna do meio mostra a
superfície corporal em metros quadrados (m2).
No nomograma à direita, a altura do paciente é 160 cm, e o peso é 49,9
kg. A linha reta entre as duas colunas cruza a coluna do centro em 1,50.
Isso mostra que a superfície corporal do cliente é 1,50 m2.
Como usar um nomograma para crianças
Ache a altura da criança na coluna da esquerda.
Ache o peso na coluna da direita.
O ponto de interseção dessa linha com a coluna do meio mostra a
superfície corporal em metros quadrados (m2).
Se a criança for de tamanho médio, você pode determinar a superfície
corporal com base só no peso, usando a área sombreada.
No nomograma à direita, a altura da criança é 91,4 cm, e o peso é 24,9
kg. Uma linha reta entre as duas colunas cruza a coluna do meio em 0,8.
Isso mostra que a superfície corporal do cliente é 0,8 m2.
Como calcular a velocidade de infusão
Em geral, uma prescrição de medicação IV determina o total de mililitros
a serem infundidos em um determinado período.
Para fazer uma infusão uniforme, determine quantos mililitros devem ser
administrados em 1 h, dividindo o volume total da infusão pelo número
de horas prescrito.
Exemplo: o médico prescreve para o cliente 1.000 m ℓ de solução
glicosada a 5% a cada 8 h. Antes da administração da solução, divida
1.000 mℓ por 8 h, determinando que você deve infundir 125 mℓ/h.

Terapia com medicamentos intravenosos


Reconstituição de medicamento em pó
Reúna o equipamento adequado.
Aspire com uma seringa a quantidade e o tipo de diluente especificados
pelo fabricante.
Diluentes comuns incluem:
soro fisiológico a 0,5% (SF 0,9%).
água para injeção
solução glicosada a 5% (SG 5%).
Limpe a tampa de borracha do frasco-ampola do medicamento com
algodão embebido em álcool, usando técnica asséptica.
Insira a agulha conectada à seringa de diluente na tampa do frasco de
medicamento, a um ângulo de 45 a 60 graus. Isso reduz a probabilidade
de desprendimento de fragmentos de borracha, que ficariam flutuando no
interior do frasco.
Injete o diluente.
Misture completamente, invertendo o frasco com suavidade.
Se o medicamento não se dissolver em poucos segundos, deixe o frasco
em repouso por alguns minutos.
Se necessário, inverta o frasco diversas vezes,
para dissolver o medicamento. ALERTA!
Se estiver usando um frasco de duas câmaras Não agite o frasco com
força (a não ser
(um frasco contendo o medicamento em pó na quando especificado),
câmara inferior e um diluente na câmara porque alguns
medicamentos podem
superior) para reconstituir medicamentos em pó, formar espuma.
aperte a tampa de borracha em cima do frasco _______

para liberar o diluente sobre o pó.

Adição de medicamento a um frasco IV


Limpe a tampa de borracha ou o diafragma de látex com algodão
embebido em álcool.
Insira a agulha (19G ou 20G) da seringa contendo o medicamento no
centro da tampa ou do diafragma, e injete o medicamento.
Inverta o frasco pelo menos duas vezes, para garantir a mistura completa
e impedir um efeito de bolo.
Retire o diafragma de látex.
Insira a ponta perfurante do equipo.

Adição de medicamento a uma bolsa IV


Insira a agulha (19G ou 20G, com 2,5 cm de
comprimento) da seringa contendo o ALERTA!
medicamento no portal de látex de medicamento Uma agulha curta não
atravessará a
limpo. membrana interna do
Injete o medicamento. portal, e um
medicamento em
Após a injeção do medicamento, inverta o pequeno volume, tal
frasco com suavidade diversas vezes, para como insulina,
permanecerá no portal.
assegurar uma mistura completa. _______

Adição de medicamento a uma


solução de infusão
Pince o equipo.
Abaixe o frasco. ALERTA!
Com o frasco na posição vertical, adicione o Se tiver escolha, não
adicione um
medicamento. medicamento a uma
Se você está adicionando o medicamento a solução IV que esteja
sendo infundida, por
uma bolsa contendo solução, limpe o portal causa do risco de se
de injeção com algodão embebido em álcool alterar a concentração
do medicamento.
antes de injetar o medicamento. Entretanto, se você
Após injetar o medicamento, inverta o frasco tiver que adicionar o
medicamento,
com suavidade várias vezes, para assegurar a certifique-se de que o
mistura completa. frasco de solução
primária contenha
Métodos de infusão solução suficiente para
uma diluição
adequada.
Infusão contínua por meio de um _______

equipo primário
Indicações
Para manter níveis sanguíneos constantes, se for improvável a
interrupção súbita da infusão
Vantagens
Mantém níveis sanguíneos constantes
Corresponde a um risco menor de choque rápido e de irritação venosa,
por causa do grande volume de líquido em que se está diluindo o
medicamento
Desvantagens
O risco de incompatibilidade aumenta com o tempo de contato entre
medicamentos
Restringe a mobilidade do cliente
Apresenta maior risco de infiltração não-detectada

Infusão contínua por meio de um equipo secundário


Indicações
Quando o cliente precisa de infusão contínua de duas ou mais misturas
compatíveis administradas a velocidades diferentes
Quando há uma significativa possibilidade de interrupção súbita de uma
mistura sem se infundir o medicamento restante nos equipos
Vantagens
Possibilita diferentes velocidades de infusão entre a infusão primária e
cada uma secundária
Possibilita o fechamento total do equipo primário, mantendo-se o acesso
venoso em caso de necessidade de interrupção súbita do equipo
secundário
O contato breve antes da infusão possibilita a administração de misturas
incompatíveis — o que às vezes não é possível com um tempo longo de
contato
Desvantagens
Não pode ser usada para medicamentos que têm incompatibilidade
imediata
Implica maior risco de irritação venosa ou flebite, por causa do maior
número de medicamentos
O uso de vários equipos, em especial com bombas de infusão eletrônicas,
pode criar barreiras físicas ao tratamento do cliente, limitando sua
mobilidade

Injeção direta em uma veia (sem linha de infusão)


Indicações
Quando um medicamento não-vesicante que comporta baixo risco de
reação adversa imediata é necessário para um cliente que não tem outras
necessidades IV (p. ex., clientes ambulatoriais que precisam de injeções
de contraste para exames radiológicos ou clientes oncológicos que
estejam recebendo quimioterápicos)
Vantagens
Elimina o risco de complicações de dispositivos de punção venosa de
maior permanência
Elimina os inconvenientes de dispositivos de punção venosa de maior
permanência
Desvantagens
Exige punção venosa, que pode causar ansiedade no cliente
Exige duas seringas — uma para se administrar o medicamento e outra
para se lavar a veia após a administração
Risco de infiltração pela agulha de aço
Inclui risco de coagulação, com a administração de um pequeno volume
em tempo longo

Injeção direta por meio de uma linha de infusão


existente
Indicações
Quando um medicamento é incompatível com uma solução IV e deve ser
administrado como injeção em bolo
Quando um cliente necessita imediatamente de níveis sanguíneos dos
medicamentos (p. ex., insulina regular, glicose a 50%, atropina e anti-
histamínicos)
Em emergências, para efeito imediato do medicamento
Vantagens
Possibilita o uso de solução fisiológica para se testar a permeabilidade do
dispositivo de punção venosa antes da injeção do medicamento
Possibilita acesso venoso contínuo, no caso de reações adversas
Reduz o risco de infiltração com medicamentos vesicantes, porque a
maioria das infusões contínuas é feita por meio de um cateter venoso
periférico
Desvantagens
Apresenta os mesmos inconvenientes e riscos associados a dispositivos
de acesso venoso de maior permanência, tais como risco de
incompatibilidade, irritação de veia ou flebite

Infusão intermitente por linha secundária


Indicações
Usada com freqüência com medicamentos administrados em tempos
curtos a intervalos variáveis (tais como antibióticos e inibidores da
secreção gástrica)
Vantagens
Evita várias injeções com agulha, necessárias pela via IM
Possibilita administração repetida de medicamentos por um único acesso
venoso
Provoca níveis altos de medicamentos por períodos curtos, sem causar
toxicidade do medicamento
Desvantagens
Pode causar períodos em que os níveis de medicamento no sangue estão
baixos demais para serem de eficácia clínica (tal como quando os tempos
de nível máximo e mínimo não são considerados na prescrição)

Infusão intermitente por bloqueio com soro fisiológico


Indicações
Quando um cliente precisa de acesso venoso puncionado, mas não de
uma infusão contínua
Vantagens
Fornece acesso venoso para clientes que estão sob restrição de líquidos
Possibilita maior mobilidade do cliente entre as doses
Preserva as veias, pela redução de punções venosas
Reduz o custo, quando usada com um número limitado de medicamentos
Desvantagens
Exige monitoração cuidadosa durante a administração, para que o
dispositivo possa ser lavado logo após o término da infusão

Infusão intermitente por um dispositivo de controle de


volume
Indicações
Quando o cliente precisa de um volume pequeno de líquidos
Para bebês, crianças pequenas e crianças que apresentam problemas
cardiovasculares, por serem mais susceptíveis a sobrecarga de volume
Vantagens
Exige somente um frasco de grande volume
Impede a sobrecarga de líquidos de uma infusão descontrolada
Desvantagens
Implica alto risco de contaminação
Se o dispositivo não contém uma membrana para bloquear a passagem de
ar quando está vazio, a pinça de fluxo deve ser fechada manualmente ao
término da infusão
Administração de tratamento intravenoso
Injeção de medicamento diretamente em uma veia
Reúna o equipamento adequado.
Aplique o torniquete.
Realize a anti-sepsia com algodão embebido em álcool.
Conecte uma agulha de menor calibre à seringa que contém o
medicamento.
Empurre o êmbolo, para expelir o ar.
Escolha a veia de melhor calibre, para possibilitar absorção rápida.
Coloque luvas.
Insira a agulha na veia, com o bisel para cima.
Aspire uma pequena quantidade de sangue, para confirmar a posição da
agulha.

Quando tiver certeza de que a agulha está em posição adequada, proceda


aos seguintes passos:
Solte o torniquete.
Coloque uma tira de esparadrapo curta e estreita ou um curativo
transparente sobre cada asa do cateter, para fixá-lo durante a injeção.
Injete o medicamento a uma velocidade uniforme, tal como prescrito.
Aspire delicadamente com o êmbolo a intervalos freqüentes, para
confirmar de novo a posição da agulha e assegurar a injeção de todo o
medicamento.

Após a injeção do medicamento:


Observe sinais de reações adversas no cliente (durante e após a injeção).
Desconecte a seringa do cateter. Conecte a seringa que contém soro
fisiológico à agulha e lave o cateter para assegurar a injeção de todo o
medicamento.
Retire a agulha e coloque imediatamente um
curativo compressivo estéril sobre o local da ALERTA!
punção. Se o cliente necessitar
de mais medicação IV
Descarte todos os equipamentos com risco de — ou se houver
contaminação de forma adequada. probabilidade de o
medicamento causar
uma reação adversa
Injeção de medicamento diretamente imediata —, considere
a punção de um
em uma linha existente acesso venoso
periférico.
Reúna o equipamento adequado.
_______
Verifique se há eritema, sensibilidade, edema ou
vazamento no local da inserção.
Se o novo medicamento e a mistura de infusão
atual forem compatíveis, mantenha a infusão. ALERTA!
Se o novo medicamento não for compatível com Se detectar sinais de
complicações, mude o
a solução de infusão mas for compatível com local de acesso antes
soro fisiológico, use uma seringa contendo soro de administrar o
medicamento.
fisiológico para lavar a linha antes de injetar o _______
medicamento.
Inverta a seringa e empurre o êmbolo devagar para retirar todo o ar.
Usando um algodão embebido em álcool, limpe o adaptador de injeção o
mais próximo possível do acesso venoso.

Após cumprir esses passos iniciais, prossiga com


ALERTA!
os seguintes: Não force a inserção;
se sentir resistência,
Firme o adaptador de injeção com uma mão e
insira a agulha a um
insira a agulha no meio da borracha. ângulo diferente.
_______
Injete o medicamento a uma velocidade
uniforme, tal como prescrito.
Observe sinais de reação do cliente durante e após a injeção.
Retire a agulha e restabeleça a velocidade de
infusão. ALERTA!
Nunca injete com
rapidez tal que
Como usar um bloqueio com soro interrompa a infusão
fisiológico primária ou propicie
refluxo de
Reúna o equipamento adequado. medicamento no
equipo.
Conecte o frasco que contém o medicamento ao _______
equipo.
Encha o circuito do equipo com a solução de medicamento.
Usando um algodão com álcool, limpe a ponta do adaptador de injeção.
Firme o adaptador de injeção com o polegar e o indicador da mão não-
dominante, tal como mostra a figura.
Quando o adaptador de injeção estiver firme, proceda aos passos
seguintes:
Insira no centro do adaptador de injeção a
agulha de uma seringa contendo soro ALERTA!
fisiológico. Não force a inserção;
se encontrar
Puxe o êmbolo um pouco e observe o refluxo de resistência, insira a
sangue. Se o sangue aparecer, injete devagar o agulha a um ângulo
diferente.
soro fisiológico. _______
Se encontrar resistência ou o cliente se queixar
de dor ou desconforto, pare imediatamente, porque é preciso trocar o
dispositivo de acesso venoso.
Se não encontrar resistência, verifique sinais de infiltração, enquanto
injeta devagar o soro fisiológico.
Se notar sinais de infiltração, retire o dispositivo de acesso venoso e
insira um novo dispositivo em outro local; se não houver infiltração, o
medicamento pode ser administrado.
Conecte o equipo ao adaptador de injeção.
Ajuste a velocidade de infusão tal como prescrito.

Para interromper a infusão:


Feche a pinça do equipo.
Desconecte o equipo.
Lave o adaptador de injeção com soro fisiológico.

Conselhos para a adição de medicamentos


Quando adicionar medicamentos a um dispositivo de controle de volume,
verifique incompatibilidade imediata visível — em especial, se estiver
usando diversas linhas.
Coloque rótulos abaixo da câmara de conta-gotas e na conexão com a
linha primária. Isso identifica com clareza a origem e a conexão de cada
medicamento.
Quando possível, utilize uma bomba para um controle mais preciso da
dosagem.
Mantenha o dispositivo de acesso venoso firme e permeável.
Para evitar a interrupção do tratamento ao trocar de acesso venoso,
obtenha o novo acesso antes de retirar o anterior.
Fixe com firmeza a conexão com a linha primária, usando esparadrapo
ou um adaptador com encaixe, para impedir deslocamento.

Infusão de medicamento por meio de uma linha


secundária
Conecte o equipo ao frasco de solução e encha o circuito com a solução
IV.
Conecte o equipo à bomba de infusão, se estiver sendo usada.
Conecte uma agulha 20G ao equipo.
Coloque rótulos com o nome do medicamento sob o conta-gotas e no
final da linha.
Realize assepsia do adaptador de injeção da linha primária com algodão
embebido em álcool.

Após limpar o adaptador de injeção, proceda aos seguintes passos:


Insira a agulha no centro do adaptador de injeção.
Ajuste a velocidade de infusão da solução secundária e a da solução
primária.
Monitore com freqüência o cliente e a velocidade de infusão.
Quando a infusão secundária se completar, retire a agulha do adaptador
de injeção.
Ajuste a velocidade de infusão da solução primária.

Para entender a analgesia controlada pelo cliente


Permite que o cliente administre sua própria medicação, apertando o
botão de um controle manual conectado a uma bomba.
Deve ser programada para administrar doses especificadas a intervalos
regulares, antes do uso.
Unidade de tempo — impede o cliente de administrar doses excessivas
acidentais, forçando a um intervalo de tempo mínimo entre as doses (em
geral, 6 a 10 min, mas pode ser maior).
bolos IV — ajustar o intervalo mínimo tal como prescrito pelo médico.
(O tempo normal de alívio da dor após uma injeção em bolo de
opiáceo é 6 a 10 min.)
Indicações
Clientes que necessitam de analgesia parenteral
Clientes no pós-operatório
Clientes portadores de doenças crônicas degenerativas, tais como câncer
terminal e anemia falciforme
Vantagens
Elimina o uso IM de analgésicos
Fornece alívio individualizado da dor (cada cliente recebe a dose
adequada para o seu tamanho e sua tolerância à dor)
Proporciona ao cliente uma sensação de controle da dor
Possibilita que o cliente repouse no período noturno, reduzindo a
sonolência durante o dia
Desvantagens
Pode provocar depressão respiratória (o principal efeito adverso dos
opiáceos), exigindo monitoração da freqüência respiratória do cliente.
Pode causar hipotensão arterial no cliente
Exige que o cliente esteja alerta e capaz de compreender e seguir
instruções
Contra-indicações incluem clientes com reserva respiratória limitada e
aqueles que têm histórico de uso abusivo de drogas, uso crônico de
sedativos ou tranqüilizantes, alergia ao analgésico ou transtornos mentais

Tratamento de clientes que têm


necessidades especiais
Considerações especiais sobre clientes pediátricos
Os recém-nascidos e os bebês têm necessidades específicas de líquidos.
Ao administrar medicamentos IV a crianças, lembre-se das seguintes
considerações:
Crianças pequenas não toleram as grandes quantidades de líquidos
recomendadas para a diluição de muitos medicamentos.
Como a dosagem infantil é baseada no peso da criança, cada cliente tem
uma dosagem normal diferente.
Por causa do pequeno volume e da infusão lenta, você deve se certificar
de que não sobrou medicamento no equipo, antes de trocá-lo.
O método mais comum de administração de medicamentos IV a clientes
pediátricos é transfusão intermitente por meio de um dispositivo de
controle de volume.
Mantenha pinças de controle de fluxo fora do alcance de crianças.
Use bombas com proteção contra alteração inadvertida da velocidade de
infusão.
Use uma bomba de infusão que tenha um dispositivo contra fluxo livre,
que impede uma injeção em bolo se a porta da bomba for aberta por
acidente.
Em muitos casos, um dispositivo de acesso venoso em uma criança pode
permanecer mais tempo do que em um adulto. Tenha especial cuidado em
proteger o acesso contra deslocamento ou contaminação acidental.
Use técnicas assépticas sempre que estiver administrando medicamentos
IV.

Administração de medicamentos em crianças por meio


de uma bomba de seringa
Útil em especial para administrar medicamentos IV a clientes pediátricos
Possibilita o máximo controle para infusão de pequenos volumes
Deve ser protegida de manipulação acidental e contra velocidades de
infusão não-controladas, e ter um alarme sensível a resistência de baixa
pressão ao fluxo
Deve funcionar com precisão com seringas de 5 a 60 m ℓ de tubos de
baixo volume

Administração de medicamentos em crianças por


infusão retrógrada
Faz uso de tubos de baixo volume em espiral e uma seringa de
deslocamento, para impedir sobrecarga de líquidos
Possibilita a administração IV de um antibiótico em 30 min, sem
aumentar o volume de líquido infundido no cliente
Precisa de uma linha única para administração de todos os líquidos e
medicamentos IV
Não necessita de alteração da velocidade de infusão primária para
administração dos medicamentos IV
A infusão do medicamento é lenta, em especial a velocidades de infusão
mais baixas que 5 mℓ/h
O tubo de baixo volume tem que conter todo o volume do medicamento
diluído
O medicamento deve ser diluído em um volume
igual a metade do volume da infusão primária ALERTA!
em uma hora, para possibilitar a infusão do Se o medicamento se
deslocar para dentro da
medicamento em meia hora; por isso, se a seringa, esta deve ser
velocidade de infusão primária se alterar, o descartada.
_______
volume de diluição também terá que mudar

Administração de medicamentos intra-óssea em


crianças
Infusão de medicamento em um osso
Método simples, rápido e bastante seguro de administração urgente e a
curto prazo de líquidos e medicamentos IV, quando não se pode obter um
acesso venoso
Feita em geral pela equipe de emergência
Rapidez e eficácia iguais à da via IV
A administração de medicamentos pode ser feita ALERTA!
por infusão contínua ou intermitente, ou por A infusão intra-óssea
só deve ser usada até
injeção direta ser obtido o acesso
venoso.
_______
Aspectos especiais em clientes idosos
O uso de diversos medicamentos é comum em clientes que têm doenças
crônicas; isso exige verificação cuidadosa de interações medicamentosas.
Clientes que estejam recebendo medicamentos que causam toxicidade
renal devem ser monitorados com atenção.
O registro preciso da ingestão e excreção de líquidos — incluindo todos
os líquidos usados na administração de medicamentos IV — é prioritário
(balanço hídrico).
Ajustes cuidadosos e individualizados de dosagens são importantes,
porque o envelhecimento pode aumentar ou diminuir o efeito dos
medicamentos.
Durante a administração de analgésicos IV em idosos, verifique com
atenção sinais de depressão respiratória ou do sistema nervoso central,
incluindo confusão.
Avalie com cuidado, no local de acesso venoso, sinais e sintomas de
infiltração e flebite, mais comuns em clientes idosos, cujas veias são
frágeis.
Muitos medicamentos IV são especialmente
irritantes para veias frágeis, de modo que a ALERTA!
necessitam de uma diluição maior que a normal. Se diluir um
medicamento em um
Se necessário, reinicie a infusão antes de aplicar volume maior que o
um medicamento IV. normal, monitore o
cliente com cuidado
Quando inserir um dispositivo de acesso venoso, durante a
use o mínimo possível de esparadrapo, para administração, porque
muitos clientes idosos
evitar traumatismo da pele frágil do cliente estão sujeitos a
idoso. sobrecarga de líquidos.
_______
Tratamento de complicações
do tratamento com medicamentos
intravenosos
Sobrecarga circulatória
Pode ocorrer quando um volume excessivo de solução IV é infundido
com muita rapidez
Pode também ser uma complicação freqüente da terapia IV em clientes
que apresentam insuficiência cardíaca ou doença renal, e em clientes
idosos
A prevenção inclui monitoração cuidadosa da velocidade e do volume de
todas as infusões IV
Sinais e sintomas
Estertores durante a ausculta pulmonar
Hipertensão arterial
Distensão da veia jugular
Balanço hídrico positivo
Dificuldade respiratória
Intervenções de enfermagem
Interrompa a infusão.
Coloque o cliente em posição de Fowler, de acordo com o tolerado.
Reduza a ansiedade do cliente.
Administre oxigênio, tal como prescrito.
Notifique o médico.
Administre diuréticos, segundo prescrição.
Medidas preventivas
Use uma bomba de infusão para clientes idosos ou portadores de dornça
cardíaca/renal.
Verifique os cálculos de necessidades de líquidos.
Monitore com freqüência a velocidade e o volume da infusão.
Faça balanço hídrico.

Extravasamento
Pode ocorrer quando uma veia é perfurada ou quando há vazamento em
torno do local do acesso IV
Pode provocar lesão tecidual local grave se medicamentos ou líquidos
vesicantes extravasarem
Sinais e sintomas
Palidez
Queimação ou desconforto no local do acesso IV (pode ser indolor)
Calor em torno do local do acesso IV
Velocidade de infusão diminuída ou mantida, mesmo quando a veia está
obstruída
Edema no local do acesso IV ou acima dele
Sensação de distensão no local do acesso IV
Intervenções de enfermagem
Retire o dispositivo de punção venosa.
Notifique o médico.
Monitore o pulso e o tempo de enchimento capilar do cliente.
Medidas preventivas
Para impedir extravasamento de medicamentos vesicantes, siga com
rigidez as técnicas adequadas de administração e obedecer às seguintes
normas:
Não use um acesso IV existente sem se certificar de sua
permeabilidade.
Use veias distais, o que possibilita punções venosas sucessivas.
Para impedir lesão de tendões e nervos por um possível
extravasamento, evite usar o dorso da mão.
Evite também o pulso e os dedos (são de difícil imobilização), e áreas
que apresentam lesões anteriores ou de má circulação.
Sempre inicie a infusão com soro fisiológico a 0,9%.
Antes de infundir o medicamento, verifique se há infiltração.
Quando estiver pronta para administrar os medicamentos, siga as
seguintes normas:
Aplique os medicamentos por injeção lenta por meio de uma linha IV
patente ou por uma infusão de pequeno volume (50 a 100 mℓ).
Quando vários medicamentos estão prescritos, injete os vesicantes em
último lugar. Se possível, evite usar bomba de infusão para administrar
medicamentos vesicantes. A bomba continuará a infusão mesmo
quando houver infiltração.
Durante a infusão, observe eritema ou infiltração no local. Instrua o
cliente a relatar queimação, ardência ou sensação súbita de calor no
local.
Use um curativo semipermeável transparente, que possibilita inspeção
freqüente do local de inserção do acesso venoso.
Depois da administração do medicamento, infunda soro fisiológico a
0,9% para lavar o medicamento da veia e impedir vazamento quando o
cateter for removido.
Hipersensibilidade
Antes de administrar medicação venosa, verifique se o cliente apresenta
hipersensibilidade.
Pergunte ao cliente se ele ou qualquer pessoa
da família tem alergia, inclusive a alimentos ALERTA!
ou a pólen. Reações de
hipersensibilidade a
Se o cliente tiver menos de 3 meses de vida, medicamentos são
verifique a história alérgica da mãe; mais prováveis em
clientes que têm
anticorpos maternos podem ainda estar histórico pessoal ou
presentes. familiar de alergias.
_______
Sinais e sintomas
Reação anafilática
Broncoespasmo
Erupção urticariforme, prurido
Lacrimejamento, coriza
Sibilos
Intervenções de enfermagem
Interrompa imediatamente a infusão.
Mantenha pérvias as vias aéreas do cliente.
Administre medicamentos anti-histamínicos, esteróides,
antiinflamatórios e antipiréticos tal como prescritos.
Injete 0,2 a 0,5 m ℓ de adrenalina aquosa 1:1.000 por via subcutânea;
repita a intervalos de 3 min e de acordo com a prescrição.
Monitore os sinais vitais do cliente
Medidas preventivas
Obtenha história de alergia do cliente e fique atento a alergias cruzadas.
Complemente com uma dose de teste e registre novas alergias.
Monitore com cuidado o cliente durante os primeiros 15 min de
administração de um novo medicamento.
Infiltração
Causada em geral por posição inadequada ou deslocamento do cateter, o
que possibilita a infiltração de líquidos e medicamentos IV nos tecidos
circundantes
Pode ocorrer em clientes idosos, por causa de suas veias finas e frágeis
O risco aumenta quando um dispositivo de acesso venoso permanece na
veia por mais de 2 dias ou quando a posição da ponta do cateter está
próxima de uma área de flexão
Sinais e sintomas
Palidez
Queimação
Calor em torno do acesso venoso
Velocidade de infusão lenta ou inalterada, mesmo quando a veia está
obstruída.
Edema no local do acesso IV ou acima dele
Sensação de distensão no local do acesso venoso
Intervenções de enfermagem
Interrompa a infusão e retire o dispositivo.
Verifique o pulso e o tempo de enchimento capilar do cliente.
Providencie a punção de novo acesso e continue a infusão.
Registre o estado do cliente e as suas intervenções.
Medidas preventivas
Verifique o local do acesso IV com freqüência.
Não oculte com esparadrapo a área sobre o acesso venoso.

Flebite ALERTA!
Complicação comum da terapia IV Fenitoína e diazepam,
que são com
Em geral, associada a medicamentos ou a freqüência aplicados
soluções ácidas, alcalinas ou de alta por injeção direta,
podem produzir flebite
osmolaridade após uma ou mais
Fatores predisponentes incluem traumatismo injeções no mesmo
local.
durante a inserção, uso de uma veia de fino _______
calibre, uso de um dispositivo de acesso venoso
calibroso, e uso prolongado do mesmo local
Pode ocorrer com qualquer infusão — mesmo
uma injeção de um único medicamento —, mas ALERTA!
é mais comum após infusões contínuas Alguns medicamentos
IV irritantes, tais como
Evolução típica 2 a 3 dias após a exposição da eritromicina,
veia ao medicamento ou solução tetraciclina, nafcilina,
vancomicina e
Evolução mais rápida em veias distais do que anfotericina B, têm
em veias de grosso calibre próximas ao coração maior probabilidade de
provocar flebite quando
Medicamentos aplicados por injeção direta e na são administrados por
diluição correta em geral não causam flebite uma linha secundária.
_______
Sinais e sintomas
Calor no local
Veia endurecida à palpação ALERTA!
Área edemaciada sobre a veia Concentrações altas de
cloreto de potássio (40
Hiperemia ou sensibilidade na ponta do mEq/ℓ ou mais),
dispositivo aminoácidos, soluções
concentradas de
Intervenções de enfermagem glicose (10% ou mais)
e polivitamínicos
Interrompa a infusão. também podem causar
flebite.
Retire o dispositivo de acesso venoso. _______
Aplique compressas úmidas mornas.
Eleve a extremidade, se houver edema.
Registre o estado do cliente e suas intervenções. ALERTA!
Insira um novo cateter IV, usando uma veia de Se não for tratada, a
flebite pode produzir
maior calibre ou um dispositivo menor. exsudato no local do
Continue a infusão em outro membro. acesso IV,
acompanhado de
Medidas preventivas leucocitose e febre.
_______
Use uma veia calibrosa ALERTA!
Flebite também pode
para soluções irritantes. produzir dor no local do
Imobilize o dispositivo acesso venoso, mas a
ausência de dor não
com esparadrapo, para elimina a possibilidade
impedir deslocamento. de flebite.
_______
Use um dispositivo de
fino calibre para veias
menos calibrosas, assegurando um fluxo sanguíneo adequado.

Classificação das flebites


Os graus de flebite são classificados em:
0 = nenhum sinal clínico
1 = eritema com ou sem dor
2 = dor com eritema ou edema
3 = dor com eritema ou edema, formação de faixa, cordão venoso
palpável
4 = dor com eritema ou edema, formação de faixa, cordão venoso
palpável com mais de 2,5 cm de comprimento e secreção purulenta

Choque por velocidade de infusão excessiva


Reação sistêmica que pode ocorrer quando infusões IV são administradas
com rapidez excessiva
Pode ser evitada pela administração de líquidos IV à velocidade
prescrita, nunca acelerando a infusão de um medicamento e usando uma
bomba de infusão para infusão precisa de um medicamento
Sinais e sintomas
Parada cardíaca
Rubor facial
Cefaléia
Pulso irregular
Choque
Síncope
Opressão torácica
Intervenções de enfermagem
Interrompa a infusão.
Chame o médico.
Administre solução glicosada a 5% para manter o acesso venoso pérvio.
Medidas preventivas
Verifique as normas de infusão antes de administrar um medicamento.
Dilua o medicamento com uma solução compatível.

Infecção sistêmica
Complicação grave da terapia IV
Mais comum com dispositivos de acesso vascular centrais do que com
dispositivos periféricos
Sinais e sintomas
Febre, calafrios sem causa aparente
Mal-estar sem causa aparente
Intervenções de enfermagem
Interrompa a infusão.
Notifique o médico.
Retire o dispositivo.
Providencie amostras para cultura do local e do dispositivo.
Administre medicamentos tal como prescritos.
Monitore os sinais vitais do cliente.
Medidas preventivas
Use técnica asséptica rigorosa quando manipular soluções e equipos, na
inserção do dispositivo de acesso venoso, e quando interromper a
infusão.
Vede todas a conexões.
Troque as soluções IV, os equipos e o dispositivo de acesso venoso nos
tempos pelas normas da instituição.
Use curativos semipermeáveis transparentes sobre os locais de inserção
de acesso vascular, para manter o local limpo e possibilitar a evaporação
da umidade, o que dificulta a proliferação de bactérias.

Espasmo venoso
Pode ocorrer com a infusão de soluções IV frias ou de medicamentos
irritantes, ou por uma punção venosa traumática, resultando em um
espasmo súbito da veia
Sinais e sintomas
Palidez da pele sobre a veia
Dor ao longo da veia
Velocidade de infusão lenta com a pinça completamente aberta
Intervenções de enfermagem
Aplique compressas úmidas mornas sobre a veia e tecidos circundantes.
Diminua a velocidade de infusão.
Medidas preventivas
Use um aquecedor de sangue para sangue ou concentrado de hemácias.
Deixe soluções IV e medicamentos chegarem à temperatura ambiente
antes da administração.
Dilua medicamentos irritantes.
5 Transfusões

Entenda a terapia transfusional


Componentes sanguíneos
Administração de transfusões
Produtos plasmáticos
Transfusão de plasma ou frações de plasma
Tratamento de clientes que têm necessidades
especiais
Controle de problemas comuns em transfusões
de sangue
Controle de reações transfusionais
Controle de reações a várias transfusões
Entenda a terapia transfusional
Quem pode e quem não pode doar sangue
Aceitáveis
Doadores aceitáveis devem:
ter entre 18 e 65 anos
pesar pelo menos 50 kg
ter boa saúde.
não ter doado sangue nos últimos 60 dias, se for homem, ou 90 dias, se
for mulher.
ter uma dosagem de hemoglobina mínima de 12,5 g/d ℓ (mulheres) ou
13,5 g/dℓ (homens)
Inaceitáveis
Entre os doadores inaceitáveis incluem-se:
portadores de doenças infecto-contagiosas (sífilis, AIDS, doença de
Chagas, malária, hepatite)
parceiros sexuais de pessoas infectadas pelo HIV (AIDS)
pessoas que têm vários parceiros sexuais
pessoas que mantiveram relação sexual sem o uso de preservativo nos
últimos 12 meses
usuários de drogas injetáveis
mulheres grávidas, que estão amamentando, ou que tiveram aborto nos
últimos 3 meses

Compatibilidade de grupos sanguíneos


Grupo Anticorpos presentes no Hemácias Plasma
sanguíneo plasma compatíveis compatível
Receptor
O Anti-A e anti-B O O, A, B, AB
A Anti-B A, O A, AB
B Anti-A B, O B, AB
AB Nem anti-A nem anti-B AB, A,B, O AB
Doador
O Anti-A e anti-B O, A, B, AB O
A Anti-B A, AB A, O
B Anti-A B, AB B, O
AB Nem anti-A nem anti-B AB AB, A, B, O

Componentes sanguíneos
Sangue total
Todos os elementos do sangue
Volume: 500 mℓ
Indicações
Para restaurar o volume sanguíneo após hemorragias, traumatismos ou
queimaduras
Considerações de enfermagem
Compatibilidade ABO total (prova cruzada):
Grupo A recebe A
Grupo B recebe B
Grupo AB recebe AB
Grupo O recebe O
Rh deve ser compatível.
Use equipo com linha única ou em Y; em emergências, a infusão pode
ser rápida, mas ajuste a velocidade de acordo com o estado do cliente e a
prescrição, e não infunda em mais de 4 h.
Sangue total é usado com freqüência em tratamento de emergência, mas
seu uso é raro em situações de rotina, porque os componentes podem ser
isolados e administrados separadamente.
Reduza o risco de reação transfusional adicionando um microfiltro para
remover plaquetas.
Mantenha o sangue à temperatura ambiente, se estiver administrando
uma grande quantidade.
Evite usar sangue total quando o cliente não puder tolerar o excesso de
volume.

Concentrado de hemácias
Igual quantidade de hemácias do sangue total, com remoção de 80% do
plasma
Volume: 250 mℓ
Indicações
Para restaurar a capacidade de transporte de oxigênio do sangue
Para corrigir anemia e perda sanguínea cirúrgica
Para aumentar a quantidade de hemácias
Considerações de enfermagem
Compatibilidade:
Grupo A recebe A ou O
Grupo B recebe B ou O
Grupo AB recebe AB, A, B ou O
Grupo O recebe O
Rh deve ser compatível.
Use equipo com linha única ou em Y; em emergências, a infusão pode
ser rápida, mas ajuste a velocidade de acordo com o estado do cliente e a
prescrição, e não infunda em mais de 4 h.
O concentrado de hemácias tem igual
capacidade de transporte de oxigênio do sangue ALERTA!
total, o que minimiza o risco de sobrecarga de Concentrados de
hemácias não devem
volume. ser usados para
O uso de concentrado de hemácias evita o anemias que podem
ser corrigidas por
acúmulo de potássio e de amônia que às vezes nutrição ou por
ocorre no plasma do sangue estocado. tratamento
medicamentoso.
_______
Concentrado de hemácias pobre em
leucócitos
Igual ao concentrado de hemácias, exceto pela remoção de 70% dos
leucócitos
Volume: 200 mℓ
Indicações
Para restaurar ou manter a capacidade de transporte de oxigênio
Para corrigir anemia ou perda sanguínea cirúrgica
Para aumentar a quantidade de hemácias
Para impedir reações febris devidas a anticorpos leucocitários
Para tratar de clientes imunodeprimidos
Considerações de enfermagem
Compatibilidade:
Grupo A recebe A ou O
Grupo B recebe B ou O
Grupo AB recebe AB, A, B ou O
Grupo O recebe O
Rh deve ser compatível.
Use equipo com linha única ou em Y; concentrado de hemácias pobre em
leucócitos muito centrifugado pode necessitar de um filtro de
microagregados (filtro de 40 mícrons). Infunda em 1½ a 4 h.
Após a lavagem, as hemácias expiram em 24 h.
Concentrados de hemácias têm igual capacidade de transporte de
oxigênio do sangue total, o que minimiza o risco de sobrecarga de
volume.
Concentrados de hemácias pobres em plaquetas não devem ser usados
em anemias que podem ser corrigidas por nutrição ou por tratamento
medicamentoso.

Leucócitos
Sangue total após remoção de todas as hemácias e 80% do plasma
Volume: 150 mℓ
Indicações
Para tratar de clientes portadores de granulocitopenia que ofereça risco
de vida (em geral, contagem de granulócitos abaixo de 500/mℓ), refratária
ao tratamento com antibióticos (em especial com hemoculturas positivas
e febre persistente acima de 38,3oC)
Considerações de enfermagem
Compatibilidade:
Grupo A recebe A ou O
Grupo B recebe B ou O
Grupo AB recebe AB, A, B ou O
Grupo O recebe O
Rh deve ser compatível.
São preferíveis leucócitos compatíveis para antígenos leucocitários
humanos (HLA), mas a compatibilidade não é necessária, a não ser que o
cliente esteja sensibilizado por transfusões anteriores.
Use um esquipo de linha única ou em Y, com um filtro de sangue normal.
A dosagem é de 1 unidade por dia durante 5 dias
ou até o fim da infecção. ALERTA!
Por ser comum a ocorrência de reações, A transfusão de
leucócitos pode
administre lentamente, em 2 a 4 h. provocar febre e
Avalie o cliente, inclusive quanto aos sinais calafrios. Para evitar
essa reação, medique
vitais, a cada 15 min, durante toda a transfusão. previamente o cliente
Comumente a transfusão é realizada com terapia com anti-histamínicos,
acetaminofeno,
de antibióticos, para tratar de infecções. esteróides ou
Agite o frasco, impedindo o depósito de hidrocloreto de
meperidina. Administre
leucócitos, para que não haja injeção em bolo de um antipirético, se
leucócitos. ocorrer febre, mas não
interrompa a
transfusão. A
Plaquetas velocidade de infusão
pode ser reduzida, para
Plaquetas sedimentadas de concentrado de maior conforto do
hemácias ou de plasma cliente.
_______
Volume: 35 a 50 mℓ; uma unidade de plaquetas
= 7 (107 plaquetas)
Indicações
Para tratar de trombocitopenia causada por produção insuficiente ou
destruição excessiva de plaquetas, ou transfusão maciça de sangue
estocado
Para tratar de leucemia aguda ou de aplasia de medula óssea
Para restaurar a contagem de plaquetas no pré-operatório de um cliente
que apresente contagem abaixo de 100.000/µℓ ou menos
Considerações de enfermagem
A compatibilidade ABO não é necessária, mas é preferível com
transfusões repetidas de plaquetas; também é preferível a
compatibilidade Rh.
Use um equipo de macrogotas para sangue.
Administre 150 a 200 mℓ/h, ou à rapidez máxima que o cliente tolerar;
não exceda a 4 h.
Não use filtro de microagregados.
Transfusões de plaquetas em geral não estão indicadas em doenças que
causam destruição acelerada de plaquetas, tais como púrpura
trombocitopênica idiopática ou trombocitopenia induzida por
medicamentos.
Clientes que têm histórico de reação a plaquetas necessitam de pré-
medicação com antipiréticos e anti-histamínicos.
Evite a administração de plaquetas quando o cliente estiver com febre.
Pode-se pedir uma contagem de plaquetas 1 h após a transfusão, para se
avaliarem os resultados obtidos com a transfusão.

Administração de transfusões
Transfusão de sangue
Quando for iniciar uma transfusão, proceda aos seguintes passos:
Obtenha sangue total ou concentrado de hemácias até meia hora antes do
início da transfusão.
Verifique repetidamente o grupo sanguíneo, o Rh e a data de validade do
sangue ou componente celular.
Confirme que está administrando o sangue ou componente certo para o
cliente certo, comparando o nome e o número do registro do cliente com
os da bolsa de sangue.
Verifique o número de identificação da bolsa e a compatibilidade ABO e
Rh.

ALERTA!
Observe se o produto apresenta cor anormal, Se encontrar algum
desses sinais, registre
aglutinação de hemácias, bolhas de ar ou o ocorrido e devolva a
material estranho que possam indicar bolsa ao banco de
sangue.
contaminação por bactérias. _______
Prepare o equipamento.
Use um equipo em Y. Sangue e soro fisiológico podem ser conectados e
pinçados sem que seja necessário abrir o sistema.
Feche todas as pinças do sistema.
Insira uma das pontas perfurantes do equipo na bolsa de soro fisiológico.
Abra uma saída da bolsa de sangue.
Insira a outra ponta perfurante na entrada da bolsa de sangue ou
componente.
Instale as duas bolsas em um suporte.
Abra a pinça do equipo conectado ao soro fisiológico.
Aperte a bolsa de modo a encher a câmara de gotas até a metade.
Remova a tampa do adaptador na ponta do equipo de transfusão.
Abra a pinça principal.
Encha o tubo com soro fisiológico.
Pince o tubo principal e coloque a tampa na ponta.

Para transfundir sangue ou hemocomponente, siga estes passos:


Verifique os sinais vitais do cliente, para servirem de parâmetro.
Verifique de novo os sinais vitais do cliente após 15 min (ou segundo as
normas da instituição).
Se o cliente não tiver um acesso venoso, faça uma punção venosa,
usando um cateter de 20G ou maior.
Conecte o equipo de transfusão preparado ao
dispositivo de acesso venoso. ALERTA!
Lave o dispositivo de acesso com soro Em geral, transfusões
não devem demorar
fisiológico. mais que 4 h, porque o
Se estiver usando um equipo em Y, abra a pinça risco de contaminação
e sepse aumenta após
de soro fisiológico e a pinça principal. esse período. Descarte
Quando estiver administrando sangue total ou ou devolva sangue ou
componentes não
hemocomponente , inverta com suavidade a infundidos em 4 h, de
bolsa diversas vezes durante o procedimento, acordo com as normas
da instituição.
para misturar as células. (Durante a transfusão, _______
agite com delicadeza a bolsa, para impedir
deposição de células.)
Após lavar o acesso venoso, inicie a transfusão.
Ajuste a pinça mais próximo do cliente para
uma infusão lenta (em geral, cerca de 20 ALERTA!
gotas/min) durante os primeiros 10 a 30 min. (O Anote os sinais vitais
do cliente com maior
tipo de componente e o estado do cliente freqüência, de acordo
determinam a velocidade de infusão. Uma com o estado e o
histórico transfusional
unidade de concentrado de hemácias pode ser do cliente, ou segundo
administrada em 1 a 4 h; plaquetas e fatores da as normas da
instituição.
coagulação podem ser infundidos com mais _______
rapidez do que concentrados de hemácias e
leucócitos.)

Monitorando uma transfusão de sangue


Para evitar reações transfusionais e proteger o
cliente, siga estas normas: ALERTA!
A maioria das reações
Anote os sinais vitais: hemolíticas agudas
antes da transfusão ocorre durante os
primeiros 30 min de
15 min após o início da transfusão transfusão; observe o
logo após o término da transfusão paciente com cuidado
nesse período.
Sempre use um equipo com soro fisiológico, _______
que é isotônico, como linha primária junto com
o da transfusão.

Precauções com a transfusão ALERTA!


Aja com rapidez se o
cliente apresentar
Nunca adicione medicamentos à bolsa de sibilos ou
broncoespasmo. Esses
sangue. sinais podem indicar
Nunca use sangue ou hemocomponentes sem reação alérgica ou
anafilaxia. Se, após a
conferir o rótulo colado ao pedido com o rótulo transfusão de poucos
da bolsa — a única maneira de se detectarem mililitros de sangue, o
cliente apresentar
trocas de identificação. A maioria das reações dispnéia, rubor
que impõem risco de vida ocorre quando esse generalizado e dor
torácica (com ou sem
passo é omitido. vômitos e diarréia), é
Não transfunda sangue ou hemocomponente se possível que ele esteja
tendo uma reação
você descobrir uma discrepância no número da anafilática.
unidade, no grupo sanguíneo ou na identificação _______

do cliente.
Não conecte a bolsa de sangue a um equipo que esteja sendo usado. A
maioria das soluções, incluindo soro glicosado, é incompatível com
sangue. Administre sangue somente com soro fisiológico.
Não hesite em interromper uma transfusão se o cliente:
mostra alterações dos sinais vitais
ficar dispnéico ou agitado ALERTA!
apresentar calafrios, hematúria, ou dor no Como o cliente pode
entrar em choque, não
flanco, no tórax ou nas costas. remova o dispositivo de
Se a bolsa de sangue se esvaziar antes da acesso venoso que
está em uso.
chegada da bolsa seguinte, mantenha o acesso Mantenha-o aberto
com infusão lenta de soro fisiológico. com uma infusão lenta
de soro fisiológico.
Chame o médico e o
Transfusão sob pressão laboratório.
_______
Insira a mão pela fresta superior do balão de
pressão.
Puxe a bolsa de sangue pela abertura central.
Instale a bolsa de sangue no gancho de pressão.
Pendure o conjunto em um apoio. ALERTA!
Abra a pinça de fluxo do equipo. Não deixe a pressão
passar de 300 mmHg;
Para regular o fluxo, rode o parafuso da pêra no pressão excessiva
pode causar hemólise
sentido anti-horário. e avaria ou ruptura da
Comprima a pêra para inflar o balão até obter a bolsa de sangue.
_______
velocidade de infusão desejada.
Gire o parafuso no sentido horário para manter
uma velocidade de infusão constante.
À medida que a bolsa se esvazia, a pressão
diminui. Verifique e ajuste a pressão de tempos ALERTA!
em tempos, para manter um fluxo adequado. Aumentando a
pressão, você pode
também aumentar a
velocidade de
complicações, tais
como infiltração. Por
isso, observe o cliente
com atenção.
_______

Produtos plasmáticos
Plasma fresco congelado
Plasma com anticoagulante, separado das células; rico em fatores da
coagulação
Volume: 200 a 250 mℓ
Indicações
Para expandir o volume plasmático
Para tratar de hemorragia e choque após cirurgia
Para corrigir deficiência não-identificada de fatores da coagulação
Para repor um fator específico, quando o fator purificado não estiver
disponível
Para corrigir deficiências de fatores resultantes de doença hepática
Considerações de enfermagem
A compatibilidade ABO não é necessária, mas é preferível com
transfusões repetidas de plasma. A compatibilidade Rh é desejável.
Use um equipo de linha única, e administre plasma fresco congelado
rapidamente, de arcordo com o tolerado.
Transfusões de grandes volumes de plasma fresco congelado exigem
correção da hipocalcemia. O ácido cítrico no plasma fresco congelado
neutraliza o cálcio.

Albumina a 5% e albumina a 25%


Albumina humana — uma pequena proteína separada do plasma
Concentração de 5% = 12,5 g/250 mℓ
Concentração de 25% = 12,5 g/50 mℓ
Indicações
Para repor volume no tratamento do choque por queimaduras,
traumatismos, cirurgia ou infecções
Para repor volume e impedir hemoconcentração acentuada
Para tratar de hipoproteinemia (com ou sem edema)
Considerações de enfermagem
Não há incompatibilidade de grupo sanguíneo.
Use um equipo de linha única; a velocidade de infusão e o volume
dependem do estado do cliente e da resposta.
Reações a albumina (febre, calafrios, náuseas) são raras.
Albumina não deve ser misturada com hidrolisados de proteínas e
soluções alcoólicas.
A albumina é usada com freqüência para expansão de volume até que os
testes de compatibilidade de sangue total estejam prontos.
A albumina é contra-indicada para expansão de volume em anemias
graves; administre com cuidado em clientes que têm doença cardíaca ou
pulmonar, por causa do risco de insuficiência cardíaca e de sobrecarga
circulatória.

Crioprecipitado
Parte do plasma insolúvel a frio, preparada a partir de plasma fresco
congelado
Volume: cerca de 30 mℓ (liofilizado)
Indicações
Tratamento de clientes que têm hemofilia A
Controle de sangramento associado a deficiência de fator VIII
Reposição de fibrinogênio ou de fator VIII
Considerações de enfermagem
A compatibilidade ABO é desnecessária, mas preferível.
Use o equipo fornecido pelo fabricante; administre com filtro.
A dose típica recomendada para tratamento de sangramento agudo em
hemofilia é de 15 a 20 UI/kg, ou mais.
A meia-vida do fator VIII (8 a 10 h) obriga à repetição das infusões nesse
intervalo, para a manutenção de níveis normais.
Administre à maior velocidade de infusão tolerada, mas não exceda a 6
mℓ/min; monitore o pulso do cliente durante a infusão.
Complexo protrombínico
Produtos comerciais liofilizados preparados a partir do plasma
Indicações
Para tratar a deficiência congênita de fator IX (hemofilia B) e outros
distúrbios resultantes de uma deficiência adquirida de fatores II, VII, IX e
X
Considerações de enfermagem
Não há incompatibilidade de grupo sanguíneo.
Use equipo de linha única; a dosagem se baseia no nível desejado e no
peso corporal do cliente.
Há risco de hepatite.
São feitas avaliações da coagulação antes da administração e a intervalos
adequados, durante o tratamento.
A administração pode ser contra-indicada em clientes que têm doença
hepática e coagulação intravascular disseminada.

Transfusão de plasma ou frações de plasma


Verifique os sinais vitais antes da infusão.
Lave o acesso venoso com soro fisiológico.
Conecte o plasma, plasma fresco congelado, albumina, concentrado de
fator VIII, complexo protrombínico ou crioprecipitado ao dispositivo de
acesso venoso.
Inicie a transfusão.
Ajuste a velocidade de infusão tal como indicado.
Verifique os sinais vitais do cliente.
Avalie com freqüência sinais de reação transfusional, tais como febre,
calafrios ou náuseas.
Após a infusão, lave o equipo com 20 a 30 mℓ de soro fisiológico.
Desconecte o equipo.
Se a terapia for prosseguir, continue com a solução prescrita e ajuste a
velocidade de infusão.
Anote o tipo e a quantidade de plasma ou fração plasmática
administrados, o tempo de infusão, os sinais vitais e reações adversas.

Tratamento de clientes que têm


necessidades especiais
Aspectos especiais do cliente pediátrico
O sangue é preparado em bolsas de meia unidade.
Usa-se um cateter de 24G ou 22G de parede fina para administrar o
sangue.
Em geral, 5 a 10% do total da transfusão são infundidos nos primeiros 15
min. Deve-se usar um dispositivo eletrônico de infusão para se manter a
velocidade de infusão correta.
O volume sanguíneo normal de uma criança determina a quantidade de
sangue a ser transfundida. (O volume sanguíneo médio de crianças de
mais de 1 ano é 75 m ℓ /kg; a relação entre volume sanguíneo e peso
diminui com a idade.)
Certifique-se de que o responsável pela criança consentiu na tranfusão.
Monitore com cuidado a criança, em especial durante os primeiros 15
min da transfusão, para detectar sinais precoces de reação.
Use um aquecedor de sangue, se indicado, para impedir hipotermia e
arritmias cardíacas, em especial se você está administrando sangue por
um acesso central.
Quando há hemorragia maciça e choque, as indicações para transfusão de
componentes do sangue em crianças são similares às indicações para
adultos, embora uma avaliação precisa seja mais difícil.
Colete sangue de uma veia central para uma medida mais precisa da
hemoglobina e do hematócrito, ou use a pressão arterial para avaliar o
volume sanguíneo.
Aspectos especiais do cliente idoso
Clientes idosos que apresentam doença cardíaca preexistente podem não
tolerar a transfusão rápida de uma unidade inteira de sangue sem
apresentar dispnéia ou outros sinais de insuficiência cardíaca. Podem
tolerar melhor transfusões de meia unidade.
A diminuição da resposta imunológica aumenta o risco de reações
transfusionais retardadas no idoso. Uma vez que maiores quantidades de
produtos de sangue são transfundidos antes que ocorram sinais e
sintomas, o cliente pode apresentar uma reação mais grave. O cliente
idoso também tende a ser menos resistente a infecções.

Controle de problemas comuns em


transfusões de sangue
Se o fluxo cessar
Verifique se o frasco ou bolsa está pelo menos 1 m acima do nível do
acesso venoso.
Certifique-se de que a pinça de regulagem de fluxo está aberta.
Verifique se o sangue está cobrindo completamente o filtro. Se não,
apertar a câmara de gotejamento até que cubra.
Balance com delicadeza a bolsa, para suspender de novo células que se
tenham depositado no fundo.
Tire o curativo do acesso para verificar a posição do cateter na veia.
Corrija a posição do cateter, se necessário.
Se estiver usando um equipo em Y
Feche a pinça próxima ao cliente e abaixe a bolsa de sangue.
Abra a pinça do equipo contectado ao soro fisiológico.
Deixe a solução fluir para a bolsa de sangue.
Instale de novo a bolsa de sangue.
Abra a pinça próxima ao cliente.
Ajuste a velocidade de infusão.
Se o cliente apresentar um hematoma
Interrompa imediatamente a transfusão.
Retire a agulha ou o cateter.
Aplique um novo adaptador à ponta do equipo.
Notifique o médico.
Coloque gelo no local durante 24 h; depois, aplique compressas mornas.
Estimule a reabsorção do hematoma orientando o cliente para
movimentar com delicadeza o membro afetado.
Registre suas observações e intervenções.

Se a bolsa de sangue ficar vazia


Se a bolsa ficar vazia antes da chegada da próxima bolsa, quando estiver
em uso um equipo em Y, siga estes passos:
Feche a pinça da linha de sangue.
Abra a pinça da linha de soro fisiológico.
Mantenha a infusão lenta de soro fisiológico até
a chegada da nova bolsa de sangue. ALERTA!
Diminua a velocidade
Controle de reações de infusão ou feche a
pinça antes de
transfusionais conectar a nova bolsa
de sangue.
_______
Reações alérgicas
O segundo tipo mais comum de reação transfusional
Ocorre por causa de um alergênio no sangue transfundido
Pode evoluir para reação anafilática
Pode ocorrer imediatamente ou até 1 h após a transfusão
Reações anafiláticas graves — produzem broncoespasmo, dispnéia,
edema pulmonar e hipotensão arterial
Sinais e sintomas
Calafrios
Edema facial
Febre
Urticária
Prurido
Edema de glote
Sibilos
Intervenções de enfermagem
Interrompa imediatamente a transfusão.
Inicie a administração de soro fisiológico.
Verifique e registre os sinais vitais do cliente.
Chame o médico.
Inicie rotina para anafilaxia.
Se o cliente tiver uma reação transfusional, devolva ao banco de sangue a
bolsa com uma amostra de sangue do cliente após a transfusão e outras
amostras, se necessárias.
Medidas preventivas
Administre anti-histamínicos antes da transfusão, se o cliente tiver
histórico de reações alérgicas.
Observe o cliente com atenção durante os primeiros 30 min da
transfusão.

Reações por contaminação bacteriana


Em geral resulta de contaminação do sangue e de produtos de sangue
durante o processo de coleta
A proliferação de microrganismos aumenta com o tempo de estoque e
com a temperatura; reações transfusionais resultantes estão, em geral,
associadas a endotoxinas produzidas por bactérias Gram-negativas
Sinais e sintomas
Cólicas abdominais
Calafrios
Diarréia
Febre
Insuficiência renal
Choque
Vômitos
Intervenções de enfermagem
Trate o cliente com um antibiótico de largo espectro e um esteróide,
conforme prescrição.
Medidas preventivas
Inspecione o sangue antes da transfusão. Observe bolhas, coágulos e
coloração roxo-escura.
Use métodos que não impliquem contato com o ar para coletar e aplicar
sangue.
Mantenha controle estrito do estoque.
Troque o equipo e o filtro a cada 4 h.
Infunda cada unidade de sangue em 2 a 4 h; interrompa a transfusão se
exceder o período de 4 h.
Mantenha técnica estéril quando administrar produtos de sangue.

Reações febris
Caracterizadas por elevação de temperatura de 1oC
Em geral, resultam da reação de anticorpos contra antígenos leucocitários
humanos e antígenos dos leucócitos ou plaquetas do doador
Podem ocorrer em cerca de 1% das transfusões
Podem ser imediatas ou ocorrer até 2 h após o fim da transfusão
Sinais e sintomas
Dor torácica
Calafrios
Dispnéia
Febre
Cefaléia
Hipotensão arterial
Mal-estar
Náuseas e vômitos
Tosse não-produtiva
Intervenções de enfermagem
Alivie os sintomas com antipirético, anti-histamínico ou meperidina,
conforme a prescrição.
Use hemácias pobres em leucócitos ou lavadas.
Use um filtro de remoção de leucócitos específico.
Medidas preventivas
Medique o cliente antes da transfusão com um antipirético, um anti-
histamínico e, possivelmente, um esteróide, conforme prescrição.

Reações hemolíticas
Possível risco de vida
Ocorre por incompatibilidade de grupo sanguíneo
Pode ocorrer como resultado de armazenamento inadequado
Quase sempre resulta de erro administrativo, tal como rótulo errado ou
identificação errada do cliente
Pode evoluir para choque e insuficiência renal
Sinais e sintomas
Sensação de queimação ao longo da veia que está recebendo o sangue
Dor torácica
Calafrios
Dispnéia
Rubor facial
Dor no flanco
Hemoglobinúria
Hipotensão arterial
Insuficiência renal
Oligúria
Tremores
Choque
Intervenções de enfermagem
Monitore a pressão arterial do cliente.
Trate do choque tal como indica o estado do cliente, usando líquidos IV,
oxigênio, adrenalina, um diurético e um vasoconstritor, conforme
prescrição.
Obtenha amostras de sangue e urina após a reação, para avaliação.
Observe sinais de hemorragia resultante de coagulação intravascular
disseminada.
Medidas preventivas
Antes da transfusão, verifique a compatibilidade de grupos sanguíneos
entre o doador e o receptor; verifique também a identidade do cliente,
com outro profissional de enfermagem ou um médico presentes.
Transfunda o sangue lentamente nos primeiros 15 a 20 min.
Observe com cuidado o cliente durante os primeiros 30 min da
transfusão.

Reações de incompatibilidade com proteínas


plasmáticas
Resultam em geral de sangue que contém imunoglobulina A (IgA) e que
está sendo injetado em cliente que apresenta deficiência de IgA e que
desenvolveu anticorpos anti-IgA
Podem significar risco de vida
Quadro clínico semelhante ao da anafilaxia
Sinais e sintomas
Dor abdominal
Parada cardíaca
Calafrios
Dispnéia e sibilos
Febre
Rubor e urticária
Hipotensão
Choque
Intervenções de enfermagem
Trate do cliente para choque, administrando oxigênio, líquidos,
adrenalina e, possivelmente, um esteróide, tal como prescrito.
Medidas preventivas
Em clientes que têm deficiência de IgA, transfunda sangue deficiente em
IgA ou hemácias lavadas.

Sobrecarga circulatória
Pode ser causada por transfusão de sangue (pode ocorrer até 24 h após o
término da transfusão)
Pode resultar em edema pulmonar
Clientes idosos e clientes que têm insuficiência cardíaca ou doença renal
correm risco maior
Sinais e sintomas
Dor nas costas
Dor precordial
Febre e calafrios
Rubor
Cefaléia
Hipertensão arterial
Pressão venosa central e pressão venosa jugular aumentadas
Volume plasmático aumentado
Intervenções de enfermagem
Interrompa a transfusão.
Mantenha o acesso venoso com soro fisiológico.
Administre oxigênio.
Mantenha o cliente em posição de Fowler.
Administre diuréticos, tal como prescrito.
Medidas preventivas
Transfunda sangue lentamente.
Não transfunda mais que 2 unidades de sangue em 4 h; transfunda menos
que isso em idosos, crianças pequenas e clientes que têm problemas
cardíacos.

Controle de reações a várias transfusões


Tendência hemorrágica
Pode ser causada por diminuição da contagem de plaquetas, que ocorre
em sangue estocado
Sinais e sintomas
Sangramento anormal
Resultados laboratoriais dos exames da coagulação anormais
Sangramento de cortes ou rupturas da superfície da pele
Intervenções de enfermagem
Administre plaquetas.
Monitore a contagem de plaquetas.
Medidas preventivas
Use somente sangue fresco (menos de 7 dias), quando possível.

Nível sanguíneo de amônia elevado


Pode ser causado por transfusões de sangue estocado
Sinais e sintomas
Confusão
Níveis de amônia elevados
Esquecimento
Odor doce na boca
Intervenções de enfermagem
Monitore o nível de amônia do cliente.
Diminua a quantidade de proteínas na dieta do cliente.
Se indicado, administre neomicina ou lactulose, conforme a prescrição.
Prevenção
Administre somente concentrado de hemácias, plasma fresco congelado
ou sangue fresco, em especial se o cliente tiver doença hepática.

Hemossiderose
Acúmulo de pigmento que contenha ferro (hemossiderina), associado a
destruição de hemácias em clientes que recebem muitas transfusões
Sinais e sintomas
Nível sérico de ferro maior que 200 mg/dℓ
Intervenções de enfermagem
Faça flebotomias para remover o excesso de ferro, conforme prescrição.
Medidas preventivas
Administre sangue somente quando houver necessidade absoluta.

Hipocalcemia
Causada por toxicidade do citrato (usado como anticoagulante para se
preservar o sangue), se a transfusão for muito rápida, porque o citrato se
liga ao cálcio
Pode ocorrer também quando o metabolismo do citrato é prejudicado por
doença hepática
Sinais e sintomas
Arritmias cardíacas
Hipotensão arterial
Cãibras
Náuseas
Convulsões
Parestesia nos dedos
Vômitos
Intervenções de enfermagem
Monitore os níveis de potássio e de cálcio do cliente.
Reduza o fluxo ou interrompa a transfusão, dependendo da reação do
cliente.
Espere uma reação mais grave em clientes que apresentam hipotermia ou
nível de potássio elevado.
Administre gluconato de cálcio lentamente.
Medidas preventivas
Quando administrar diversas bolsas, use sangue de menos de 2 dias.
Transfunda sangue lentamente.

Hipotermia
Causada pela transfusão rápida de grandes quantidades de sangue frio
Sinais e sintomas
Arritmias cardíacas, que podem representar risco de vida
Hipotensão arterial
Calafrios e tremores ALERTA!
É possível a ocorrência
Intervenções de enfermagem de parada cardíaca se
a temperatura central
Interrompa a transfusão. do cliente cair abaixo
Aqueça o cliente com cobertores. de 30°C.
_______
Providencie um eletrocardiograma.
Medidas preventivas
Aqueça o sangue (35 a 36,7oC), em especial antes de transfusões
maciças.
Aumento da afinidade da hemoglobina com o oxigênio
Uma transfusão de sangue pode causar diminuição do nível de 2,3-
difosfoglicerato (2,3-DPG), o que afeta a curva de dissociação da
oxiemoglobina — gráfico que representa a saturação e dessaturação da
hemoglobina.
Os níveis de 2,3-DPG (assim como outros fatores) pode provocar desvios
da curva para a direita (causando diminuição da afinidade com o
oxigênio) ou para a esquerda (aumentando a afinidade com o oxigênio).
Quando os níveis de 2,3-DPG estão baixos, produzem um desvio para a
esquerda, aumentando a afinidade com o oxigênio da hemoglobina; o
oxigênio permanece na circulação e não é liberado para outros tecidos.
Sinais e sintomas
Depressão respiratória, em especial em clientes que padecem de doença
pulmonar crônica.
Intervenções de enfermagem
Monitore a gasometria e forneça suporte respiratório de acordo com a
necessidade.
Medidas preventivas
Use somente concentrado de hemácias e sangue fresco, se possível.

Intoxicação por potássio


Ocorre com maior freqüência em transfusões de mais de 2 unidades de
sangue, porque algumas células do sangue estocado liberam potássio para
o plasma.
Sinais e sintomas
Bradicardia, podendo levar a parada cardíaca
Diarréia
Alterações eletrocardiográficas, com picos altos em ondas T
Cólicas abdominais
Irritabilidade
Fraqueza muscular
Oligúria
Insuficiência renal
Intervenções de enfermagem
Providencie um eletrocardiograma.
Administre sulfonato sódico de poliestireno por via oral ou enema.
Medidas preventivas
Use sangue fresco quando transfundir o volume sanguíneo total do
cliente em menos de 24 h (transfusão maciça).
6 Quimioterapia
Intravenosa
Para entender a quimioterapia
intravenosa
Os agentes quimioterápicos
A terapia biológica
Comparação de agentes imunoterápicos
selecionados
Preparo de quimioterápicos
Administração de quimioterápicos
Controle de complicações da quimioterapia
Para entender a quimioterapia intravenosa
Fundamentos
Tanto as células saudáveis quanto as neoplásicas: têm um ciclo de vida
semelhante e são vulneráveis de maneira semelhante aos agentes
quimioterápicos
Agentes quimioterápicos: classificados de acordo com sua ação
farmacológica, e pela maneira como interferem na replicação celular
Dois tipos: específicos de ciclo celular e inespecíficos
A escolha do agente quimioterápico depende da idade, do estado geral,
do tipo de tumor e de alergias e sensibilidades do cliente, assim como
do estadiamento do tumor
Agentes quimioterápicos específicos do ciclo celular
Desenvolvidos para interferir em um processo celular específico, sendo
eficazes somente durante fases específicas do ciclo celular
Quando são administrados, as células que estão na fase GO não são
afetadas
Divididos em três categorias: antimetabólitos, enzimas e alcalóides
Agentes quimioterápicos inespecíficos do ciclo celular
A ação prolongada não depende do ciclo celular, possibilitando a ação
sobre células em divisão e em repouso
Durante uma única administração, um percentual fixo de células normais
e malignas morre
Divididos em quatro categorias: agentes alquilantes, antibióticos
antineoplásicos, nitrosouréias, e outros

O ciclo celular e os medicamentos quimioterápicos


Erradicação de tumores
Exige doses repetidas, consideradas um único ciclo de quimioterapia, que
é, por sua vez, repetido
Um ciclo pode ser repetido uma vez por dia, por semana, em semanas
alternadas ou a cada 3 ou 4 semanas
Os ciclos são planejados com cuidado para que as células normais
possam se regenerar; a programação depende das células visadas e da
recuperação das contagens sanguíneas normais
Em geral, a melhora é percebida após três ciclos de tratamento, mas o
tempo de resposta varia; alguns tumores podem apresentar-se refratários
ao tratamento

Os agentes quimioterápicos
Comparação de quimioterápicos selecionados
Categoria Características Efeitos tóxicos
Específicos de ciclo celular
Antimetabólitos Interferem na síntese Efeitos sobre a me dula óssea
citarabina, floxuridina, de ácidos nucléicos (mielossupressão), o sistema
fluorouracil, hidroxiuréia, Atuam durante a fase nervoso central (SNC) e o trato
metotrexato, tioguanina S do ciclo celular gastrintestinal (TGI)
Enzimas asparaginase Útil somente em Reações de hipersen sibilidade
leucemias
Alcalóides vimblastina, Específicas da fase M Efeitos sobre o SNC e o trato
vincristina do ciclo gastrintestinal
Impedem a formação Mielossupressão
do fuso mitótico Lesão tecidual
Inespecífico do ciclo celular
Agentes alquilantes Impedem a replicação Infertilidade
carboplatina, do ácido desoxirribo Carcinoma secundário
cisplatina, nucléico (DNA) Efeitos sobre o sistema renal
ciclofosfamida,
ifosfamida,
tiotepa
Antibióticos Ligam-se ao DNA e Efeitos sobre os sistemas
bleomicina, inibem a síntese de gastrintes tinal, renal e hepático
doxorrubicina, DNA e ácido Efeitos sobre a medula óssea
idarrubicina, ribonucléico
mitomicina,
mitoxantrona
Agentes citoprotetores
dexrazoxano, mesna Protegem tecidos Nenhum
normais ligando-se a
metabólitos de
medicamentos
citotóxicos
Derivados do ácido fólico
ácido folínico Antídoto para a toxi Possíveis reações de
cidade do metotrexato hipersensibilidade
Hormônios e inibidores de hormônios
androgênios Interferem na ligação Sem efeitos tóxicos conhecidos
(testolactona), de hormônios normais
antiandrogênios às proteínas
(flutamida), receptoras
antiestrogênios Alteram os níveis de
(tamoxifeno), hormônios
estrogênios Alteram o meio
(estramustina), hormonal
gonadotrofina Mecanismo de ação
(leuprolida), nem sempre claro
progestinas Em geral paliativos,
(megestrol) não curativos

Exemplos de protocolos de quimioterapia


Quimioterápicos são usados com freqüência em combinações chamadas protocolos.
Abaixo estão alguns protocolos típicos usados em algumas neoplasias comuns.
Neoplasia Protocolos Medicamentos
Câncer de bexiga CISCA Cisplatina
Ciclofosfamida
Adriamicina
(doxorrubicina)
Câncer de mama AC Adriamicina
(doxorrubicina)
Ciclofosfamida
Câncer cervical MOB PT Mitomicina
Vincristina
Bleomicina
Cisplatina
Câncer de cólon F-CL Fluorouracil
Folinato de cálcio
Câncer gástrico EAP Etoposida
Adriamicina
(doxorrubicina)
Cisplatina
Câncer de cabeça e pescoço CF Cisplatina
Fluorouracil
Leucemia linfóide aguda, fase de indução DVP-ASP Daunorrubicina
Vincristina
Prednisona
Asparaginase
Leucemia linfóide aguda, fase de MM Mercaptopurina
manutenção Metotrexato
Leucemia mielóide aguda, fase de indução CD Citarabina
Daunorrubicina
Leucemia mielóide aguda, fase de MC Mitoxantrona
consolidação Citarabina
Leucemia linfóide crônica, crise blástica CVP (COP) Ciclofosfamida
Vincristina
Prednisona
Câncer de pulmão, células pequenas CAE Ciclofosfamida
Adriamicina
(doxorrubicina)
Etoposida
Câncer de pulmão, células não-pequenas CAP Ciclofosfamida
Adriamicina
(doxorrubicina)
Cisplatina
Doença de Hodgkin ABVD Adriamicina
(doxorrubicina)
Bleomicina
Vimblastina
Dacarbazina
Linfoma não-Hodgkin BACOP Bleomicina
Adriamicina
(doxorrubicina)
Ciclofosfamida
Vincristina
Prednisona

Sarcomas, osso e tecidos moles ICEM Ifosfamida


Carboplatina
Etoposida
Mesna
Câncer de testículo BEP Bleomicina
Etoposida
Cisplatina
Tumor de Wilms VA Vincristina
Actinomicina D

A terapia biológica
Fundamentos
Consiste na administração de modificadores da resposta biológica
Inclui também o uso de imunoterapia
Modificadores da resposta biológica
Alteram a resposta do organismo ao tratamento
Podem causar citotoxicidade direta
Imunoterapia
Usa medicamentos para estimular a capacidade de destruição de células
cancerosas pelo organismo
Visa a provocar uma resposta imunológica eficaz aos tumores humanos,
alterando a maneira como as células imunológicas crescem, se
desenvolvem e respondem às células tumorais
Pode incluir a administração de anticorpos monoclonais e de citocinas
imunomoduladoras

Comparação de agentes imunoterápicos


selecionados
Anticorpos monoclonais
Têm como alvo células tumorais específicas
Constitui a forma mais recente de imunoterapia, que manipula os
recursos naturais do organismo, em vez de introduzir substâncias tóxicas
que não são seletivas e não diferenciam processos ou células normais e
anormais
Reconhecem um único antígeno
Exemplos
Rituximab
Indicação específica para doença de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin
recidivante ou refratário
Trastuzumab

Efeito contra câncer metastático de mama


Pode ser usado como tratamento de primeira linha, em combinação com
quimioterapia, ou como tratamento único de segunda linha

Citocinas imunomoduladoras
Proteínas mensageiras intracelulares (transportam sinais dentro das
células)
Exemplos
Fator de necrose tumoral

Tem um papel na resposta inflamatória a tumores e a células neoplásicas


Produziu respostas antitumorais importantes em estudos em animais
Considerado em investigação
Fatores estimulantes de colônias

Substâncias naturais produzidas pelo organismo que estimulam a


proliferação de diferentes tipos de células encontradas no sangue e no
sistema imunológico
Úteis no tratamento de clientes que recebem terapia mielossupressora
Exemplos incluem eritropoietina, fator estimulante de colônias (CSF) de
granulócitos e CSF de granulócitos e macrófagos
CSF de granulócitos

Estimula a proliferação, a diferenciação e a atividade funcional dos


neutrófilos, provocando um aumento rápido da contagem de leucócitos
Usados para reduzir a incidência de infecção em clientes que estão em
tratamento com quimioterápicos
CSF de granulócitos e macrófagos

Indicado em clientes idosos que estejam recebendo quimioterapia para


leucemia mielóide aguda, em clientes submetidos a transplante de
medula óssea, e para coleta de células-tronco do sangue periférico
Eritropoietina

Estimula a maturação eritrocitária (de hemácias) e aumenta a liberação


de reticulócitos da medula óssea, aumentando a produção de hemácias,
podendo reduzir o número de transfusões necessárias para o cliente
Interferon
Aprovado para tratamento de leucemia mielóide crônica, de
tricoleucemia e de sarcoma de Kaposi associado à AIDS
Usado em linfomas de baixo grau de malignidade, mieloma múltiplo e
carcinoma de células renais
Interleucinas
Citocinas cuja principal função é o transporte de sinais entre leucócitos.
Interleucina 2 — agente aprovado para tratamento de câncer, que
estimula a proliferação e a atividade citolítica de células T e de células
natural killer (NK); altas doses são eficazes no carcinoma metastático de
células renais e no melanoma
Outras interleucinas estão sob investigação para tratamento de câncer

Preparo de quimioterápicos1
Reunindo o material necessário
Antes de preparar quimioterápicos, reúna todo o material necessário,
incluindo:
prescrição médica
medicamentos prescritos
diluentes adequados (quando necessário)
rótulos de medicamentos
capote de mangas compridas
luvas para quimioterápicos
equipamentos de proteção individual (EPI)
agulhas de 20G
filtro hidrófobo ou dispositivo de transferência
seringas com adaptadores luer e agulhas de diferentes tamanhos
equipo com adaptadores luer
álcool a 70%
compressas de gaze estéril
bolsas plásticas com rótulos de “substâncias tóxicas”
recipiente de descarte de objetos perfurocortantes
recipiente de descarte de lixo tóxico
kit de derramamento de quimioterápico

Organizando o local de preparação de medicamentos


Prepare quimioterápicos em uma área de trabalho bem ventilada.
Faça todas as diluições e misturas em uma câmara de fluxo laminar
vertical com filtro HEPA, com saída de ar para fora do ambiente
(Segurança Biológica Classe II).
Se uma Câmara de Segurança Biológica Classe II não estiver disponível,
recomenda-se o uso de um respirador especial.
Garanta o acesso próximo a uma pia, compressas com álcool e
compressas de gaze, assim como os recipientes de descarte exigidos para
lixo tóxico e objetos pontiagudos, e kits de derramamento de
quimioterápicos.
Certifique-se de que os recipientes de descarte sejam à prova de
perfuração e vazamento, e inquebráveis.
Assegure que haja uma quantidade de rótulos de biossegurança suficiente
para todos os equipos, tubos, filtros e seringas contaminados por
quimioterápicos.
Certifique-se de que os recipientes de descarte para objetos
perfurocortantes sejam suficientes.

Uso de roupas protetoras


As roupas protetoras essenciais incluem um capote de mangas
compridas, luvas e um escudo facial ou óculos, e uma máscara facial.
Os capotes podem ser descartáveis, resistentes à água e sem fiapos, de
mangas compridas, punhos de malha e frente fechada.
As luvas devem ser descartáveis, sem pós (para o pó não transportar
medicamento contaminante para o ar ambiente), e feitas de látex ou outro
material denso.
Usar duas luvas é uma opção, se as luvas não forem da melhor qualidade.

Medidas de segurança
Medidas gerais
Em nível local, a maioria das instituições de saúde exige que enfermeiros
e farmacêuticos envolvidos no preparo e na administração de
quimioterápicos completem um programa de certificação, incluindo
aplicação segura de quimioterápicos e tratamento de clientes que têm
câncer.
Tenha o cuidado de proteger a equipe, os clientes e o ambiente de
exposição desnecessária a quimioterápicos.
Certifique-se de que os protocolos para derramamento de sua instituição
estejam disponíveis em todas as áreas em que haja manipulação de
quimioterápicos, incluindo as áreas de tratamento de clientes.
Evite comer, beber, fumar e aplicar cosméticos na área de preparação de
medicamentos.
Exposição acidental
Se um quimioterápico entrar em contato com sua pele, lave
completamente a área com água e sabão, para impedir absorção do
medicamento pela pele.
Se o medicamento entrar em contato com seu olho, lave sem demora o
olho com água ou solução isotônica de lavagem ocular, durante pelo
menos 5 min, mantendo a pálpebra aberta.
Após uma exposição acidental, notifique-a imediatamente ao chefe da
unidade.
Preparação de medicamentos
Coloque os equipamentos de proteção antes de iniciar a diluição dos
quimioterápicos.
Antes de preparar os medicamentos, lave a área interna do gabinete com
álcool a 70% e uma toalha descartável; repita após terminar, ou após um
derramamento.
Descarte, no recipiente impermeável de descarte de lixo tóxico, as
toalhas usadas, para limpar a área de preparação.
Use técnica asséptica no preparo de todos os medicamentos.
Use agulhas de ponta romba sempre que possível.
Troque de luvas sempre que ocorrer um furo ou um outro dano.
Lave as mãos antes de colocar as luvas e após retirá-las.
Use agulhas com filtro hidrófobo para remover soluções dos frascos.
Ventile os frascos com filtro hidrófobo ou use técnica de pressão negativa
para reduzir a quantidade de aerossol de medicamento.
Quando quebrar ampolas, coloque gaze em torno do pescoço da ampola,
para reduzir os riscos de contaminação por gotas e de furar a luva.
Use máscara facial e óculos, ou escudo facial, para se proteger de
respingos e de aerossóis de medicamentos.
Descarte de resíduos
Descarte no recipiente adequado todas as agulhas contaminadas; não
torne a encapá-las.
Use somente seringas e equipos com adaptadores luer.
Rotule todos os quimioterápicos como de risco biológico.
Transporte o quimioterápico preparado em bolsa plástica lacrada com um
rótulo bem visível de risco biológico ou em uma maleta apropriada.
Não deixe a área de preparo de medicamentos enquanto estiver usando os
equipamentos de proteção.

Como lidar com um derramamento de quimioterápico


Se ocorrer um derramamento de quimioterápico, siga o protocolo de sua
instituição.
Coloque os dispositivos de proteção, se já não estiver com eles.
Isole a área e limite o derramamento com materiais absorventes do kit de
derramamento de quimioterápico.
Use a pá ou a raspadeira descartáveis para retirar vidro quebrado ou pó
absorvente higroscópico.
Coloque com cuidado a pá, a raspadeira e o derramado recolhido em um
recipiente de resíduo biológico impermeável e não-perfurável, próprio
para quimioterápicos.
Impeça durante todo o tempo a formação de aerossóis do medicamento.
Lave a área do derramamento com detergente ou alvejante.

Impedindo lesão de tecidos


Kit de derramamento de quimioterápico

Um kit de derramamento de quimioterápico deve conter:


um capeti impermeável, com punho e fechamento nas costas
protetores de sapatos
dois pares de luvas cirúrgicas sem talco (para uso de luvas duplas)
máscara de respirar
óculos de proteção contra respingos
pá e raspadeira plásticas descartáveis (para recolher vidro quebrado)
toalhas absorventes com face externa de plástico, ou compressas de controle de
derramamento
pó ou grânulos dessecantes (para absorver conteúdos molhados)
esponjas descartáveis
dois grandes sacos de descarte de resíduos citotóxicos

Administração de quimioterápicos2
Reunindo o material necessário
Antes de administrar quimioterapia, reúna todo o equipamento necessário:
medicamentos prescritos
suprimentos de acesso venoso (se necessários)
soro fisiológico estéril
seringa e tubos com adaptadores luer
recipiente impermeável de resíduo químicos com o rótulo CUIDADO:
RESÍDUO BIOLÓGICO
luvas para quimioterapia
kit de derramamento de quimioterápico
kit de extravasamento

Impedindo lesão de tecidos


Para administrar quimioterápicos com segurança, é necessário conhecer o
potencial de lesão tecidual de cada medicamento. Sob esse aspecto, os
quimioterápicos são classificados em vesicantes, não-vesicantes e
irritantes.
Vesicantes Não-vesicantes
Vesicantes causam uma reação tão grave Não-vesicantes não causam irritação ou
que se formam vesículas, e o tecido é lesão.
lesionado ou destruído. Quimioterápicos não-vesicantes incluem:
Quimioterápicos vesicantes incluem: asparaginase
dactinomicina bleomicina
daunorrubicina carboplatina
doxorrubicina ciclofosfamida
idarubicina citarabina
mecloretamina floxuridina
mitomicina fluorouracil
mitoxantrona ifosfamida
mostarda nitrogenada
Irritantes
vimblastina
vincristina Irritantes podem causar uma reação venosa
vinorelbina local, com ou sem reação de pele.
Quimioterápicos irritantes incluem:
dacarbazina
estreptozocina

Como impedir infiltração


Use uma bomba de infusão de baixa pressão para administrar substâncias
vesicantes por uma veia periférica, para diminuir o risco de
extravasamento.
Use um cateter venoso central para infusão contínua de vesicantes.

Quando administrar substâncias vesicantes, siga as seguintes normas:


Use uma veia distal, que possibilite punções venosas proximais
sucessivas.
Evite usar o dorso da mão, o espaço antecubital, áreas lesionadas ou
áreas que estejam com a circulação comprometida.
Não faça repetidas punções sem sucesso.
Coloque um curativo transparente sobre o local da punção.
Inicie a injeção em bolo ou a infusão com soro fisiológico.
Inspecione edema ou eritema no local do acesso.
Instrua o cliente para relatar queimação, ardência, dor, prurido ou
alterações de temperatura próximo ao local da punção.
Após a administração, lave o acesso com soro fisiológico.

Concluindo o tratamento
Após a remoção do acesso venoso, siga estes passos:
Descarte no recipiente adequado as agulhas e objetos perfurocortantes
contaminados.
Descarte os dispositivos de proteção pessoal, óculos e luvas no recipiente
adequado.
Descarte toda a medicação que não foi usada e resíduos considerados
perigosos de acordo com as normas da instituição.
Lave as mãos completamente com água e sabão, mesmo tendo usado
luvas.
Registre a seqüência de administração dos medicamentos.
Registre o local do acesso venoso, o calibre e o comprimento do cateter,
e o número de tentativas de punção.
Registre o nome, a dosagem e a via de administração dos medicamentos
aplicados.
Registre o tipo e o volume das soluções IV usadas, as reações adversas e
as intervenções de enfermagem.
De acordo com as normas da instituição, use capote protetor quando
manipular líquidos corporais do cliente, durante 48 h após o tratamento
quimioterápico.

Controle de complicações da quimioterapia


Resumo
Todos os sistemas de órgãos são afetados
Administre protocolos — esforce-se para programar os tratamentos e
ajustar as dosagens de modo a maximizar os efeitos contra as células
neoplásicas e dar tempo para a recuperação das células normais entre os
ciclos de tratamento
As complicações são classificadas de acordo com o local e o tempo de
exposição ao medicamento:
no local da infusão
reações de hipersensibilidade ou anafiláticas
reações a curto prazo
reações a longo prazo
Alopecia
Em quimioterapia, a perda de cabelo ocorre porque os quimioterápicos
destroem os folículos pilosos de crescimento rápido
Pode ser mínima ou intensa, dependendo do tipo de quimioterápico
usado, da dosagem e duração do tratamento e da resposta individual
Em geral ocorre 2 a 3 semanas após o início do tratamento
Quase sempre é temporária
Sinais e sintomas
Perda de cabelos que pode envolver sobrancelhas, cílios e pêlos corporais
Intervenções de enfermagem
Minimize o choque e a ansiedade do cliente conversando acerca da
possibilidade de queda de cabelos.
Discuta com o cliente a causa da perda de cabelos.
Descreva para o cliente a quantidade de perda de cabelos esperada.
Enfatize a necessidade de proteção adequada do couro cabeludo contra
queimadura solar, e perda de calor no inverno.
Informe ao cliente que o novo cabelo pode ter uma textura ou cor
diferentes.
Dê ao cliente tempo suficiente para que ele decida encomendar ou não
uma peruca.
Informe ao cliente que seu couro cabeludo pode ficar dolorido, por causa
de edema dos folículos.
Medidas preventivas
Para clientes que têm cabelos longos, sugira um corte mais curto antes do
tratamento, porque o ato de lavar e escovar pode causar maior perda de
cabelos.

Anemia
Ocorre porque os quimioterápicos destroem células neoplásicas e células
normais
Hemácias são destruídas e não podem ser substituídas por medula óssea
Sinais e sintomas
Tontura, fadiga, palidez e dispnéia após exercício mínimo
Níveis de hemoglobina e hematócrito baixos
Pode se desenvolver lentamente, durante vários ciclos de quimioterapia
Intervenções de enfermagem
Monitore níveis de hemoglobina, hematócrito e
contagens de hemácias; registre valores ALERTA!
decrescentes. Lembre-se de que
desidratação causada
Esteja preparado(a) para administrar uma por vômitos e anorexia
transfusão de sangue ou eritropoietina, conforme pode provocar
hemoconcentração,
prescrição. produzindo valores de
hematócrito falsamente
Medidas preventivas altos.
_______
Instrua o cliente a repousar com freqüência,
aumentar a ingestão de alimentos ricos em ferro
e ingerir polivitamínicos que contenham ferro, se prescritos.
Se foi prescrita eritropoietina para o cliente, certifique-se de que ele
compreende como o medicamento é administrado, e que reações adversas
ele deve esperar e relatar.

Diarréia
Ocorre por causa da morte de células da mucosa intestinal que se
dividem com rapidez
Complicações incluem perda de peso, desequilíbrio de líquidos e
eletrólitos e desnutrição
Sinais e sintomas
Aumento da freqüência de evacuações, em comparação com os hábitos
intestinais normais do cliente
Intervenções de enfermagem
Avalie a freqüência, a cor e a consistência das fezes.
Incentive a ingestão de líquidos, e administre líquidos IV e suplementos
de potássio, segundo prescrição.
Medidas preventivas
Solicite avaliação de uma nutricionista.
Promova o cuidado da pele perianal.

Extravasamento
Escape inadvertido de solução de um medicamento vesicante (que pode
causar necrose tecidual) para o tecido circundante
Relacionado com o local da infusão
Sinais e sintomas
Os sinais e sintomas iniciais podem parecer com os de infiltração —
palidez, dor, edema
Os sintomas podem progredir para vesículas na
pele, necrose de pele, músculos e tecido ALERTA!
gorduroso, e descolamento de tecidos O refluxo venoso é um
teste inconclusivo e
Possível lesão da superfície externa de veias, não deve ser usado
artérias e nervos para se determinar se
um cateter está na
Intervenções de enfermagem posição correta em
uma veia periférica.
Se suspeitar de extravasamento, retire o cateter. Para avaliar a posição
na veia periférica, lave
O extravasamento de uma substância vesicante é a veia com soro
uma situação de emergência. Se ocorrer, fisiológico e observe
edema no local.
obedeça aos seguintes passos, que visam a _______
limitar a lesão:
Interrompa a infusão imediatamente.
Verifique as normas de sua instituição para determinar se o cateter IV
deve ser retirado ou permanecer em posição para a infusão de
corticosteróides ou de um antídoto específico. (O tratamento de
extravasamento deve estar de acordo com as instruções do fabricante.)
Comunique ao médico.
Aplique o antídoto adequado de acordo com as normas da instituição.
Em geral, o antídoto é injetado pelo cateter IV existente, ou por meio
de uma seringa de 1 mℓ para injetar pequenas quantidades subcutâneas
em um círculo em volta da área do extravasamento.
Após a injeção do antídoto, retire o cateter IV.
Medidas preventivas
Verifique a permeabilidade e a posição do cateter, lavando com soro
fisiológico.
Lembre-se: “Quando em dúvida, retire o cateter”.
Use um curativo semipermeável transparente para cobrir o local de
inserção para a inspeção.

Antídotos para extravasamento de substâncias


vesicantes
Este quadro traz exemplos de antídotos que podem ser usados no caso de
extravasamento de um quimioterápico vesicante.
Agente Antídoto Considerações de enfermagem
infiltrante
Daunorrubicina Dimetil- Aplique uma compressa fria durante pelo menos 1h,
Doxorrubicina sulfóxido 4 vezes ao dia, durante 3 a 5 dias
(DMSO) Solução de DMSO a 50% até 90% pode ser aplicada
no local do extravasamento a cada 6 h durante 14
dias. Não cubra o local da aplicação; deixe secar.
A injeção de bicarbonato de sódio é contra-indicada.
Mecloretamina Tiossulfato Misture 4 mℓ de tiossulfato de sódio a 10% com 6 mℓ
(mostarda de sódio a de água para injeção
nitrogenada) 10% Injete 4 mℓ da solução através do acesso venoso em
que ocorreu o extravasamento
Após a injeção pelo acesso venoso, retirar o cateter
Aplique 2 a 3 mℓ da solução por injeções
subcutâneas na área in-
filtrada, usando uma agulha de 25G
Troque a agulha para cada nova injeção
Aplique gelo durante 6 a 12 h
Etoposida Hialuronidase Aplique 3 a 5 mℓ de hialuronidase (150 unidades/mℓ)
Teniposida Troque a por injeções subcutâneas na área in filtrada, usando
Vimblastina agulha para uma agulha de 25G
Vincristina cada nova Aplique calor durante 1 h e repita 4 vezes ao dia
Vindesina injeção durante 3 a 5 dias
Vinorelbina A aplicação de frio é contra-indicada
A injeção de hidrocortisona é contra-indicada

Reações de hipersensibilidade ou anafiláticas


Podem ocorrer com a dose inicial de um medicamento, ou em infusões
subseqüentes
Podem ocorrer no início, no meio e no fim da infusão
Os riscos de hipersensibilidade variam com os diferentes
quimioterápicos, conforme mostra o quadro
Alto risco Risco moderado ou baixo Risco muito baixo
Asparaginase Antraciclinas Clorambucil
Paclitaxel Bleomicina Ciclofosfamida
Rituximab Carboplatina Citarabina
Ciclofosfamida Dacarbazina
Ciclosporina Fluorouracil
Cisplatina Ifosfamida
Etoposida Mitoxantrona
Melfalan
Metotrexato
Procarbazina
Teniposida

Sinais e sintomas de hipersensibilidade imediata


Uma reação de hipersensibilidade imediata a um quimioterápico ocorre dentro de 5 min
após o início da administração do medicamento.
Sistema Sintomas Achados objetivos
Respiratório Dispnéia, incapacidade de Estridor, broncoespasmo,
falar, opressão torácica movimentos respiratórios diminuídos
Pele Prurido, urticária Cianose, urticária, angioedema, pele
fria e pegajosa
Cardiovascular Dor torácica, taquicardia Taquicardia, hipotensão arterial,
arritmias
Sistema Tontura, agitação, ansiedade Diminuição da percepção, perda da
nervoso consciência
central

Tratamento de uma reação de hipersensibilidade


O tratamento específico de uma reação de hipersensibilidade depende da
gravidade da reação. Em geral, deve-se obedecer aos seguintes passos:
Interrompa a infusão.
Inicie uma infusão rápida de soro fisiológico para diluir o medicamento.
Verifique os sinais vitais do cliente.
Comunicar ao médico.
Administre medicamentos de emergência, tal como prescritos pelo
médico.
Em geral, anti-histamínicos são administrados em primeiro lugar,
seguidos de corticosteróides e broncodilatadores.
Adrenalina é aplicada em primeiro lugar em reações anafiláticas
graves.
Após administrar os medicamentos, monitore os sinais vitais e a
oximetria de pulso a cada 5 min, até o cliente se estabilizar, e, depois, a
cada 15 min, durante 1 ou 2 h — ou seja as normas e procedimentos da
instituição para tratamento de reações alérgicas agudas.
Durante todo o episódio, mantenha pérvias as vias respiratórias, e
monitore a oxigenação e a perfusão tecidual do cliente.
Equipamento de suporte de vida deve estar disponível para o caso de o
cliente não responder ao tratamento.

Estomatite
Inflamação do revestimento da mucosa oral
Pode alcançar o esôfago (esofagite) e a faringe ALERTA!
(faringite) Estomatite pode
provocar desequilíbrio
de líquidos e eletrólitos,
Sinais e sintomas e desnutrição, se o
cliente não puder
Úlceras orais dolorosas, variando de aspecto mastigar ou engolir
quantidades
brando a grave, 3 a 7 dias após a administração adequadas de
de alguns quimioterápicos alimentos e líquidos.
_______
Intervenções de enfermagem
Instrua o cliente a fazer higiene oral meticulosa.
Administre soluções anestésicas tópicas como adequado.
Se a dor for intensa, podem-se prescrever opiáceos até a cicatrização das
úlceras.
Medidas preventivas
Instrua o cliente a chupar pedras de gelo enquanto estiver tomando
alguns medicamentos que causam estomatite; isso diminui o suprimento
sanguíneo para a boca, diminuindo a formação de úlceras.

Infiltração
Escape inadvertido de solução ou medicamento não-vesicante para os
tecidos vizinhos
Relacionado ao local de infusão
Sinais e sintomas
Palidez
Alteração da velocidade de infusão
Dormência ou formigamento na área edemaciada, devido a lesão nervosa
por compressão, levando a síndrome de compartimento
Edema ao redor do local do acesso venoso (área edemaciada e fria ao
tato)
Intervenções de enfermagem
Retire o cateter IV.
Insira um novo cateter, em outro local.
Medidas preventivas
Verifique infiltração antes, durante e depois da infusão, lavando a veia
com soro fisiológico. (Ver Como impedir infiltração, p. 169.)

Irritação venosa
Ocorre durante a infusão de um irritante na veia.
É relacionada ao local de infusão.
Sinais e sintomas
Hiperemia brilhante sobre a veia, com manchas ou urticárias no braço
afetado
Dor em queimação ao longo da veia e que irradia para o braço
Intervenções de enfermagem
Se a reação for grave, pode ser necessária a injeção de um esteróide IV.
Se o cliente se queixar de dor e queimação durante a infusão:
aumente a diluição do medicamento infundido
diminua a velocidade de infusão
reinicie a infusão em outro local
Medidas preventivas
Use veias calibrosas e boa diluição do medicamento com sangue para
diminuir as propriedades irritantes do medicamento.

Leucopenia
Contagem de leucócitos reduzida
Ocorre porque leucócitos e células neoplásicas são destruídos pelos
quimioterápicos
Sinais e sintomas
Susceptibilidade a infecções
Neutropenia (contagem absoluta de neutrófilos menor que 1.500/µℓ)
Intervenções de enfermagem
Verifique o nadir, ponto de menor contagem de leucócitos (em geral, 7 a
14 dias após o último ciclo de quimioterapia).
Prepare-se para administrar fatores estimulantes
de colônias. ALERTA!
Institua precauções para clientes neutropênicos Em alguns casos, a
infusão de um irritante
hospitalizados. pode resultar em lesão
Oriente o cliente e o acompanhante sobre: do revestimento
vascular da parede da
medidas de higiene veia, causando flebite
sinais e sintomas de infecção grave e trombose
venosa.
a importância de se verificar a temperatura do _______
cliente com regularidade
como preparar uma dieta durante a fase de neutropenia
como cuidar de dispositivos de acesso vascular
Oriente o cliente a evitar:
aglomerações
pessoas resfriadas ou com infecções respiratórias
frutas frescas (dar preferência às cozidas)

Náuseas e vômitos
Podem ter três diferentes padrões:
antecipatórios
agudos
tardios
Náuseas e vômitos antecipatórios
Sinais e sintomas

Resposta adquirida de náuseas e vômitos anteriores após uma dose de


quimioterapia
Altos níveis de ansiedade (atuam como desencadeantes)
Intervenções de enfermagem
O controle de náuseas e vômitos após o tratamento pode impedir futuros
episódios antecipatórios.
Medidas preventivas

Tratar o cliente com ansiolítico pelo menos 1 h antes de iniciar a


quimioterapia.
Clientes com ansiedade exacerbada podem necessitar de ansiolíticos IV
antes da administração da quimioterapia, conforme prescrição médica.
Náuseas e vômitos agudos
Sinais e sintomas

Náuseas e vômitos que ocorrem nas primeiras 24 h do tratamento


(dependem do potencial de indução de vômito do medicamento, da
combinação, das doses e das velocidades de administração dos
medicamentos, e das características do cliente)
Intervenções de enfermagem

Trate os clientes que apresentam náuseas e vômitos agudos com


medicamentos conforme prescrição médica, incluindo:
dexametasona
granisetrona
lorazepam
metoclopramida
ondansetrona
proclorperazina
Medidas preventivas

Administre um antiemético antes do início da quimioterapia, para reduzir


a intensidade das náuseas e vômitos, conforme prescrição médica.
Náuseas e vômitos tardios
Sinais e sintomas

Náuseas e vômitos se iniciando ou continuando além de 24 h após o


início da quimioterapia
Intervenções de enfermagem

A administração de antagonistas da serotonina, corticosteróides, diversos


anti-histamínicos, benzodiazepina e metoclopramida é em geral eficaz no
tratamento de clientes que apresentam náuseas e vômitos retardados.
Medidas preventivas

Administre um antiemético antes do início da quimioterapia.


Alguns clientes que apresentam náuseas e vômitos retardados são
tratados com antieméticos durante 3 dias ou mais após a quimioterapia.

Trombocitopenia
Redução da contagem de plaquetas causada por quimioterápicos
Sinais e sintomas
Sangramento gengival (gengivorragia)
Vômitos em borra de café
Hematúria
Hipermenorréia
Sangramento aumentado
Petéquias
Constipação intestinal
Intervenções de enfermagem
Monitore a contagem de plaquetas do cliente:
menos de 50.000 plaquetas por µℓ significam um risco moderado de
sangramento excessivo
menos de 20.000 plaquetas por µℓ significam um risco importante, e o
cliente pode precisar de transfusão de plaquetas.
Evite injeções IM e punções venosas desnecessárias.
Se for necessária uma injeção IM ou punção venosa, aplique pressão por
pelo menos 5 min; depois aplique um curativo compressivo no local.
Instrua o cliente a:
evitar cortes e traumatismos
se barbear com barbeador elétrico
evitar assoar o nariz
evitar irritantes que provoquem espirros
Instrua o cliente a relatar cefaléias súbitas (que podem indicar
sangramento intracraniano potencialmente fatal).

1 No Brasil, a Resolução do COFEN 257/2001 regulamenta o preparo do quimioterápico pelo


enfermeiro. (N.R.)
2 A Resolução do COFEN 257/2001 reafirma a competência ao enfermeiro da administração de
quimioterápicos. (N.R.)
7 Nutrição
Parenteral
Para entender a nutrição
parenteral
Avaliação do estado nutricional
Detecção de deficiências com estudos
diagnósticos
As soluções de nutrição parenteral
Administração de nutrição parenteral
Tratamento de clientes que apresentam
necessidades especiais
Controle de complicações da nutrição parenteral
Para entender a nutrição parenteral
Resumo
A maioria das deficiências nutricionais envolve proteínas e calorias.
Deficiências nutricionais podem resultar de:
disfunção do sistema gastrintestinal
ingestão diminuída devido a doença, diminuição da capacidade física,
lesão ou distúrbios do trato digestivo, tais como íleo paralítico, cirurgia
ou sepse
aumento do metabolismo devido a febre, queimaduras, traumatismos,
doenças ou estresse
uma combinação desses fatores
Efeitos das deficiências de proteínas e calorias
Quando detecta deficiência de calorias e proteínas, o organismo retira
energia de reserva de três fontes: glicogênio, gorduras armazenadas no
tecido adiposo e proteínas somáticas e viscerais essenciais.
Em primeiro lugar, o organismo mobiliza e converte glicogênio em
glicose (glicogenólise).
Se necessário, o organismo retira energia das gorduras armazenadas no
tecido adiposo.
Como último recurso, o organismo drena sua reserva de proteínas
viscerais essenciais (albumina e transferrina séricas) e proteínas
somáticas (esqueléticas, dos músculos lisos e dos tecidos corporais).
Essas proteínas e seus aminoácidos são convertidos em glicose por
meio de um processo denominado de gliconeogênese.
Quando essas proteínas essenciais são destruídas, o resultado é um
balanço de nitrogênio negativo (o que significa que o corpo usa mais
proteína do que absorve); a inanição e a sobrecarga relacionadas com a
doença contribuem para esse estado catabólico (destrutivo).

Desnutrição de proteínas e energia


Deficiência de proteínas e de energia (calorias)
Também chamada de desnutrição protéico-calórica
Causada com freqüência por:
câncer
distúrbios gastrintestinais
insuficiência cardíaca crônica
alcoolismo
estados que geram grandes necessidades metabólicas, tais como
queimaduras
As conseqüências incluem:
produção reduzida de enzimas e proteínas plasmáticas
aumento da susceptibilidade a infecções
deficiências de crescimento físico e mental em crianças
diarréia e disabsorção graves
numerosas deficiências nutricionais secundárias
cicatrização retardada de feridas
fadiga mental

Formas de desnutrição de proteínas e energia


Iatrogênica
Ocorre por causa de ingestão inadequada de proteínas e calorias
Acomete mais de 15% dos clientes em ambientes de tratamento intensivo
É mais comum em clientes internados durante mais de 2 semanas
Kwashiokor
Resulta de deficiência grave de proteínas sem déficit calórico.
Ocorre com mais freqüência em crianças de 1 a 3 anos.
Nos EUA, em geral é secundário a:
doenças disabsortivas
câncer e terapias do câncer
doença renal
doenças hipermetabólicas
causas iatrogênicas
Marasmo
Perda gradativa e prolongada de massa muscular e gordura subcutânea
Causada por ingestão inadequada de proteínas, calorias e outros
nutrientes
Ocorre com maior freqüência em crianças de 6 a 18 meses, após
gastrectomia, e em clientes que têm câncer da boca e do esôfago

Avaliação do estado nutricional


Como obter a história dietética e realizar uma avaliação
física
História dietética
Procure sinais de diminuição de ingestão de alimentos, aumento das
necessidades metabólicas ou uma combinação dos dois.
Verifique a história dietética diária do cliente, usando anotações de 24 h
ou um diário de alimentação.
Obtenha o histórico de peso do cliente; anote grandes ganhos ou perdas
de peso, e quando ocorreram.
Observe fatores que afetam a ingestão de alimentos e alterações do
apetite, tais como eventos emocionais.
Pergunte ao cliente sobre alergias e intolerâncias alimentares.
Avalie os fatores psicossociais que podem afetar a alimentação, tais
como renda baixa ou limitada, uso de fumo ou de drogas ilícitas, e
recursos limitados da comunidade.
Avaliação física
Avalie a queixa principal do cliente, a doença atual e o estado geral,
incluindo a inspeção da pele, da boca e dos dentes.
Reveja o histórico de saúde do cliente, destacando as doenças, lesões,
internações hospitalares e cirurgias anteriores.
Pergunte ao cliente sobre alergias e intolerância a alimentos e
medicamentos.
Reveja a história familiar do cliente, com especial atenção a doenças
familiares, genéticas ou ambientais.
Pergunte ao cliente sobre sua história social, incluindo fatores
ambientais, psicológicos e sociológicos que podem influenciar o estado
nutricional, tais como alcoolismo, morar só ou dificuldade de transporte.

Sinais de má nutrição
Massas ou sensibilidade abdominal, e fígado aumentado
Pigmentação anormal
Sons adventícios respiratórios
Escurecimento da mucosa oral
Cáries dentárias
Exoftalmia
Dentaduras mal ajustadas
Perda de massa muscular
Alargamento do pescoço
Turgor de pele diminuído
Sinais de infecção ou de irritação do palato

Saiba o que é antropometria


Método objetivo e não-invasivo de mensuração do tamanho e da
composição do corpo e de suas partes específicas
Compara as medidas do cliente com padrões estabelecidos
Medidas antropométricas usadas com freqüência:
altura
peso
peso corporal ideal
área corporal
espessura da dobra do tríceps
circunferência do meio do braço
circunferência muscular do meio do braço
Achados de menos de 90% dos valores padrões indicam a possível
necessidade de suporte nutricional.

Como tomar medidas antropométricas


Siga esses passos para medir a espessura da dobra do tríceps, a circunferência do meio
do braço e a circunferência muscular do meio do braço.
Meio do braço
Localize o meio do braço colocando uma fita métrica não-
extensível entre o acrômio, na escápula, e o olecrânio, na ulna;
marque o ponto médio com uma caneta.

Espessura da dobra do tríceps


Determine a espessura da dobra do tríceps segurando a pele do
cliente entre os dedos polegar e indicador, cerca de 1 cm acima do
ponto médio. Coloque o compasso de dobras no ponto médio e
aperte por cerca de 3 segundos. Anote a medida da escala com
precisão de 0,5 mm. Faça mais duas leituras; tire a média das três
leituras para compensar possíveis erros.
Circunferência do meio do braço e circunferência muscular do
meio do braço
No ponto médio marcado, meça a circunferência do meio do braço.
Calcule a circunferência muscular do meio do braço multiplicando a
espessura da dobra do tríceps (em centímetros) por 3,143 e
subtraindo o resultado da circunferência do meio do braço.
Compare as medidas do cliente com o padrão. Uma medida menor que 90% do padrão
indica privação de calorias; se for maior que 90% do padrão mostra reservas de energia
adequadas ou mais que adequadas.
Medida Padrão 90%
Circunferência do meio do braço Homens: Homens:
29,3 cm 26,4 cm
Mulheres: Mulheres
26,5 cm 23,9 cm
Espessura da borda do tríceps Homens: Homens:
12,5 mm 11,3 mm
Mulheres: Mulheres:
16,5 mm 14,9 mm
Circunferência muscular do meio do braço Homens: Homens:
25,3 cm 22,8 cm
Mulheres: Mulheres:
23,2 cm 20,9 cm

Detecção de deficiências com estudos


diagnósticos
Teste e finalidade Achados normais Implicações
Índice creatinina-altura
Use uma amostra de urina Determinados em uma Menos de 80% do valor de
de 24 h para determinar a tabela de referência de referência: depleção
suficiência da massa valores baseados na moderada da massa muscular
muscular altura ou no peso do (reservas de proteínas)
cliente
Menos de 60% do valor de
referência: depleção grave,
com risco aumentado de
comprometimento das
funções imunológicas
Hematócrito
Diagnostica anemia e Homens: 42 a 50% Valores aumentados:
desidratação Mulheres: 40 a 48% desidratação grave,
Crianças: 29 a 41% policitemia
Recém-nascidos: 55 a Valores diminuídos: anemia
68% por carência de ferro, perda
sanguínea excessiva
Hemoglobina
Avalia a capacidade de Homens adultos: 13 a Valores aumentados:
transporte de oxigênio do 18 g/dℓ desidratação, policitemia
sangue, ajudando no Mulheres adultas: 12 a Valores diminuídos: deficiência
diagnóstico de anemia, 16 g/dℓ de proteínas, anemia por
deficiência de proteínas e Idosos: 10 a 17 g/dℓ carência de ferro, perda
estado de hidratação Crianças: 9 a 15,5 g/dℓ sanguínea excessiva,
Recém-nascidos: 14 a hiperidratação
20 g/dℓ
Albumina sérica
Auxilia na avaliação de Adultos: 3,5 a 5 g/dℓ Valores diminuídos:
reservas viscerais de Crianças: 3,5 a 5 g/dℓ desnutrição, hiperidratação,
proteínas Recém-nascidos: 3,6 a doença hepática ou renal,
5,4 g/dℓ insuficiência cardíaca, perda
sanguínea excessiva, tal
como em queimaduras graves
Transferrina sérica
Semelhante à capacidade Adultos: 200 a 400 TIBC aumentada: deficiência
total de transporte de ferro µg/dℓ de ferro, como na gravidez ou
(TIBC) do soro Crianças: 350 a 450 na anemia por carência de
Ajuda a avaliar as reservas µg/dℓ ferro
viscerais de proteínas Recém-nascidos: 60 a Abaixo de 200 µg/dℓ: depleção
Tem uma meia-vida menor 175 µg/dℓ visceral de proteínas
que a da albumina, refle TIBC diminuída: Abaixo de 100 µg/dℓ: depleção
tindo assim com mais excesso de ferro, como visceral grave de proteínas
precisão o estado atual em doenças
inflamatórias crônicas
Triglicerídeos
Pesquisa de hiperlipidemia 40 a 200 mg/dℓ Valores aumentados, junto
com níveis elevados de
colesterol: risco aumentado
de doença aterosclerótica
Valores diminuídos:
desnutrição de proteínas e
energia, esteatorréia
Testes de sensibilidade cutânea
Avaliam a resposta Reação positiva em 24 Reação retardada, parcial ou
imunológica h, em clientes que negativa (nenhuma resposta):
comprometida por apresentam imunidade pode indicar desnutrição de
desnutrição de proteínas e normal, com área proteínas e energia
energia vermelha de 5 mm ou
mais no local do teste
Contagem total de linfócitos
Diagnóstico de desnutrição 1.500 a 3.000 µℓ Valores aumentados: infecção
protéico-calórica Valores diminuídos: ou inflamação, leucemia,
desnutrição moderada necrose tecidual
a grave, se não se
pode identificar outra
causa, tal como gripe
ou sarampo
Proteínas totais
Detecta hiperproteinemia 6 a 8 g/dℓ Valores aumentados:
ou hipoproteinemia desidratação
Valores diminuídos:
desnutrição, perda de
proteínas
Transtiretina
Também conhecida como 16 a 40 mg/dℓ Valores aumentados:
pré-albumina insuficiência renal, clientes
Fornece informação sobre em diálise
reservas viscerais de Valores diminuídos:
proteínas desnutrição protéico-calórica,
Deve ser usada em estados catabólicos agudos,
conjunto com o nível de pós-operatório,
albumina hipertireoidismo
Tem meia-vida mais curta
(2 a 3 dias) que a
albumina
Sensível a depleção
nutricional
Corpos cetônicos na urina
Teste para cetonúria, Negativo Cetoacidose; inanição
detecta privação de
carboidratos

As soluções de nutrição parenteral


Nutrição parenteral total
Componentes
Glicose, 20 a 70% (1 ℓ de glicose a 25% = 850 calorias não-protéicas)
Aminoácidos cristalinos, 2,5 a 15%
Eletrólitos, vitaminas, oligoelementos, insulina e heparina, tal como
prescrito
Emulsão lipídica, a 10 a 20% (administração pode ser periférica ou
central)
Indicações
Terapia a longo prazo (três semanas ou mais) é usada para:
fornecer grandes quantidades de nutrientes e calorias (2.000 a 2.500
calorias/dia ou mais)
fornecer calorias, restaurar o balanço de nitrogênio, repor vitaminas,
eletrólitos, minerais e oligoelementos essenciais
estimular a formação de tecidos, a cicatrização e a normalidade das
funções metabólicas
possibilitar repouso e recuperação do trato gastrintestinal, reduzir a
atividade do pâncreas e do intestino delgado
melhorar a tolerância ao procedimento cirúrgico, quando o cliente
apresenta subnutrição grave
Considerações especiais
Recurso nutricional completo
Exige procedimento cirúrgico pequeno para inserção de cateter venoso
central (pode ser feito pelo médico à beira do leito)
Pode resultar em complicações metabólicas (intolerância a glicose ou
desequilíbrios eletrolíticos), por causa das soluções hipertônicas
Pode não ser eficaz em clientes que apresentam alterações graves do
metabolismo (tais como sepse ou queimaduras)
Pode interferir no sistema imunológico

Nutrição parenteral periférica


Componentes
Glicose, 5 a 10%
Aminoácidos cristalinos, 2,75 a 4,25%
Eletrólitos, minerais, oligoelementos e vitaminas, tal como prescritos
Emulsão de lipídios, a 10 a 20%
Heparina ou hidrocortisona, tal como prescritas
Indicações
Terapia de curto prazo (3 semanas ou menos) usada para:
manter o estado nutricional de clientes que não toleram um volume de
líquidos relativamente alto, que devem reiniciar as funções digestivas e a
alimentação oral em poucos dias, ou que não podem usar cateteres
venosos centrais
fornecer cerca de 1.300 a 1.800 calorias/dia
Considerações especiais
Nutrição completa para terapia de curto prazo
Não deve ser usada em clientes que apresentam deficiência nutricional
Não pode ser usada em clientes que têm restrição de volume, porque
exige grandes volumes de solução
Não provoca ganho de peso
Evita a inserção e manutenção de um cateter venoso central, mas o
cliente deve ter rede venosa íntegra (o local de acesso deve ser trocado a
cada 48 h)
Usa soluções menos hipertônicas
Pode causar flebite
Tem risco menor de complicações metabólicas
Emulsão de lipídios intravenosos

Tão eficaz quanto a glicose como fonte de calorias


Diminui o risco de flebite, quando é administrada com glicose e
aminoácidos
A longo prazo, irrita a veia

Componentes das soluções de nutrição parenteral


Soluções de nutrição parenteral podem conter os componentes
relacionados a seguir, e cada qual oferece benefícios próprios.
Água
Adicionada a uma solução de nutrição parenteral com base nas
necessidades de líquido e no equilíbrio eletrolítico do cliente
Aminoácidos
Fornecem elementos suficientes para se reporem os aminoácidos
essenciais, manterem os níveis de proteínas e impedir a perda de
proteínas dos tecidos musculares
Eletrólitos e minerais
Adicionados com base na avaliação do perfil bioquímico e das
necessidades metabólicas do cliente.
Glicose
Fornece a maior parte das calorias necessárias para se manter o balanço
de nitrogênio
A quantidade de calorias necessária para se manter o balanço de
nitrogênio depende da gravidade da doença do cliente.
Gorduras
Fornecidas como emulsão de lipídios
Fonte concentrada de energia que impede ou corrige deficiências de
ácidos graxos
Disponíveis em várias concentrações
Fornecem 30 a 50% das necessidades calóricas diárias de um cliente
Micronutrientes
Também chamados oligoelementos
Estimulam o metabolismo normal
A maioria das soluções comerciais contém zinco, cobre, cromo, selênio e
manganês
Vitaminas
Asseguram funções corporais normais e o uso ideal de nutrientes pelo
cliente.
Misturas comerciais disponíveis, contendo vitaminas lipossolúveis e
hidrossolúveis, biotina e ácido fólico, podem ser adicionadas à nutrição
parenteral do cliente

Compreendendo aditivos comuns


Dependendo do estado do cliente, o médico pode prescrever a
administração de aditivos à solução de nutrição parenteral. Esses aditivos
são usados no tratamento de deficiências metabólicas específicas do cliente.
Acetato — impede acidose metabólica
Aminoácidos — fornecem elementos necessários para a síntese de
proteínas e a reconstituição dos tecidos
Cálcio — necessário para o desenvolvimento dos ossos e dos dentes;
participa na coagulação do sangue
Cloro — participa na regulação do equilíbrio ácido-base e ajuda a manter
a pressão osmótica
Glicose a 50% — fornece calorias para o metabolismo
Ácido fólico — essencial para a síntese do ácido desoxirribonucléico;
estimula o crescimento e o desenvolvimento
Magnésio — favorece a absorção de carboidratos e proteínas
Oligoelementos (tais como zinco, manganês e cobalto) — participam na
cicatrização de tecidos e na produção de hemácias
Fosfato — minimiza o potencial de desenvolvimento de parestesias
periféricas (dormência e formigamento nas extremidades)
Potássio — essencial para a atividade celular e para a síntese tecidual
Sódio — participa da regulação da distribuição de água e da manutenção
de equilíbrio hídrico no organismo
Vitaminas do complexo B — auxiliam na absorção final de carboidratos
e proteínas
Vitamina C — participa na cicatrização de tecidos
Vitamina D — essencial para o metabolismo ósseo e para a manutenção
dos níveis séricos de cálcio
Vitamina K — prevenção de distúrbios da coagulação

Saiba o que é a mistura total de nutrientes


Uma solução branca leitosa que fornece nutrientes para 1 dia em uma
única bolsa de 3 ℓ
Combina lipídios com outros componentes da solução parenteral
Vantagens
Menor necessidade de manipulação da bolsa (menor risco de
contaminação)
Menor tempo para instalar a aplicação
Menor necessidade de equipos e bombas eletrônicas de infusão
Menor custo para a instituição
Maior mobilidade do cliente
Ajuste mais fácil ao tratamento em casa
Desvantagens
O uso de alguns dispositivos de infusão é prejudicado, por causa da
incapacidade de infundirem grandes volumes de solução
É necessário um filtro de 1,2 mícron (em vez de 0,22 mícron) para
possibilitar a passagem de moléculas de lipídios
São adicionados montantes limitados de cálcio e de fósforo, por causa da
dificuldade de se detectar precipitado na solução leitosa

Saiba o que são emulsões de lipídios


Em dietas orais, os lipídios são a maior fonte de calorias (em geral, 40%
da ingestão total de calorias)
Em soluções de nutrição parenteral total, os lipídios fornecem 9 kcal/g
Emulsões de lipídios IV são metabolizadas para produção de energia, na
medida da necessidade
Como são emulsões quase isotônicas, concentrações de 10 a 20% podem
ser infundidas com segurança por meio de veias periféricas ou centrais
Emulsões de lipídios impedem e tratam de deficiências de ácidos graxos,
e são uma importante fonte de energia

Administração de nutrição parenteral


Como manter uma infusão de nutrição parenteral total
Confira a prescrição médica e o rótulo do frasco de nutrição parenteral
total (NPT).
Rotule o frasco com prazo de validade, hora de início da infusão,
concentração de glicose e volume total da infusão. (Se o o frasco ou
bolsa estiver avariado, use uma solução de glicose da mesma
concentração aproximada, adicionando glicose a 50% a soro glicosado a
10%, até a chegada de um novo frasco.)
Mantenha as velocidades de infusão prescritas, mesmo que haja atraso
dos prazos previstos.
Não deixe as soluções no suporte de soro por mais de 24 h.
Troque o equipo e o filtro a cada 24 h, usando técnica asséptica estrita.
Certidique-se de que não haja vazamento nas conexões.
Cuide do local do acesso venoso e troque o curativo de acordo com as
normas e os protocolos da instituição — em geral, a cada 48 h, ou com
maior freqüência se o curativo ficar úmido, sujo ou não-oclusivo.
Verifique o medidor de volume da bomba de infusão e o registro de
tempo a cada 30 min (ou com maior freqüência, se necessário), para
detectar irregularidades de fluxo. NPT nunca deve ser administrada só
com gravidade.
Registre os sinais vitais no início da terapia e a cada 4 a 8 h após (ou
mais vezes, se necessário).
Verifique aumento de temperatura corporal — um dos primeiros sinais de
sepse relacionada ao cateter.
Monitore os níveis de glicose.
Registre com precisão os ganhos e perdas de líquidos, especificando o
volume e o tipo de cada líquido.
Avalie diariamente o estado físico do cliente.
Suspeite de desequilíbrio de líquidos se o peso do cliente aumentar mais
de 0,45 kg por dia.
Monitore os resultados de exames laboratoriais de rotina, como níveis de
eletrólitos, uréia e glicose, e relate resultados anormais ao médico, para
que possam ser feitas alterações na solução de NPT.
Verifique os níveis séricos de triglicerídeos, que devem estar normais
durante a infusão contínua de NPT.
Exames semanais típicos são alanina-aminotransferase aspartato-
aminotransferase, fosfatase alcalina, colesterol, triglicerídeos, ácidos
graxos livres e testes de coagulação.
Pesquise sinais e sintomas de alterações nutricionais, como
desequilíbrios de líquidos e eletrólitos, e distúrbios do metabolismo da
glicose.
Forneça suporte emocional.
Forneça cuidados freqüentes com a boca do cliente.

Como manter uma infusão de nutrição parenteral


periférica
Uma vez que a síntese de lipase (uma enzima do catabolismo de
gorduras) aumenta as necessidades de insulina, pode ser preciso
aumentar a dosagem de insulina de um cliente diabético, tal como
prescrito. A insulina é um dos aditivos que podem ser ajustados na
fórmula da solução de nutrição parenteral periférica.
Para clientes que têm hipotireoidismo, pode ser
necessário administrar hormônio estimulante da ALERTA!
tireóide (TSH). O TSH afeta a atividade da Clientes idosos e
pediátricos são em
lipase, e pode impedir o acúmulo de especial susceptíveis a
triglicerídeos no sistema vascular. sobrecarga de líquidos
e insuficiência
Com freqüência, clientes que recebem emulsões cardíaca. Nesses
de lipídios relatam uma sensação de plenitude casos, tenha cuidado
especial para
ou de distensão abdominal; às vezes, sentem um administrar o volume
desagradável gosto metálico ou gorduroso. correto de solução de
nutrição parenteral à
Pesquise reações alérgicas do cliente à emulsão velocidade de infusão
lipídica. correta.
_______
Pesquise sinais e sintomas de sepse, incluindo:
alteração do nível de consciência
calafrios
níveis elevados de glicose, medidos pela glicemia capilar ou
bioquímica laboratorial
febre
glicose na urina (glicosúria)
aumento da contagem de leucócitos (leucocitose)
mal-estar
Pesquise sinais e sintomas precoces de reações adversas à terapia com
emulsão de lipídios, incluindo:
dor torácica e nas costas
cianose
dificuldade de respirar
tontura
febre
rubor
cefaléia
irritação no local da infusão
letargia
náuseas
sensação de pressão leve sobre os olhos
sudorese
vômitos

Controle de problemas comuns na terapia parenteral


Problema, sinais e sintomas Intervenções de enfermagem
Coágulo no cateter
Infusão interrompida Retire o cateter, e tente aspirar o
Necessidade de grande pressão para se manter coágulo
a velocidade de infusão desejada Se não conseguir, instile fibrinolítico
para limpar o lúmen do cateter, tal
como prescrito
Tubo rachado ou quebrado
O líquido não chega ao local de inserção Aplique uma pinça hemostática
Vazamento de líquido no local de inserção ou acolchoada acima da ruptura, para
na área rompida impedir a entrada de ar no equipo
Cateter deslocado
Sangramento no ponto de inserção e embolia Coloque uma compressa de gaze
gasosa (muito significativo) estéril sobre o local de inserção e
O cliente relata roupa molhada ou sensação de aplique pressão
frio
Curativo úmido
Cateter periférico — a área em torno do local de
inserção pode estar vermelha e edemaciada,
devido a extravasamento da solução
Cateter central — possível edema ou rubor em
torno do local de inserção
Infusão muito rápida
Cefaléia Verifique a velocidade de infusão
Insuficiência cardíaca devida a sobrecarga de Verifique a bomba de infusão
líquido
Letargia
Náuseas

Como interromper a terapia nutricional


Interrupção de terapia nutricional total
Não interrompa subitamente a nutrição parenteral total (NPT); diminua
lentamente em 24 h, para impedir hipoglicemia por efeito de rebote.
Forneça outro tipo de terapia nutricional, tal como nutrição entérica,
antes de diminuir e retirar a NPT.
Interrupção de nutrição parenteral periférica
Não há necessidade de redução lenta antes da interrupção da terapia
nutricional periférica, porque a concentração de glicose é menor que na
NPT.

Tratamento de clientes que apresentam


necessidades especiais
Tratamento do cliente pediátrico
A terapia de alimentação parenteral de crianças mantém o estado
nutricional e fornece elementos para o crescimento da criança.
Crianças têm uma necessidade de nutrientes maior que a de adultos,
incluindo:
carboidratos
eletrólitos
gorduras
líquidos
oligoelementos ALERTA!
proteínas A administração de
nutrição parenteral
vitaminas periférica com
Enquanto planeja preencher as necessidades emulsões de lipídios
em prematuros ou
nutricionais de crianças, leve em conta os recém-nascidos de
seguintes fatores: baixo peso pode
provocar acúmulo de
idade lipídios nos pulmões.
peso Trombocitopenia
(queda da contagem de
nível de atividade plaquetas) também foi
proporções do corpo relatada em recém-
nascidos que estavam
desenvolvimento recebendo emulsões
necessidades calóricas de lipídios a 20%.
_______

Tratamento do cliente idoso


Clientes idosos têm risco de sobrecarga de líquidos quando recebem
nutrição parenteral total ou nutrição parenteral periférica.
Clientes idosos podem ter problemas clínicos subjacentes que alteram o
resultado do tratamento. Por exemplo, podem estar em uso de
medicamentos que interagem com os componentes da solução de
nutrição parenteral.
Monitore as velocidades de infusão com cuidado, para impedir
complicações associadas a infusão excessiva.

Controle de complicações da nutrição


parenteral
Acidose metabólica
Complicação metabólica
Pode ocorrer se o cliente apresentar nível sérico elevado de cloreto ou
diminuído de bicarbonato
Sinais e sintomas
Confusão
Cefaléia contínua de baixa intensidade
Hipotensão
Respiração de Kussmaul
Letargia
Pele quente e seca
Intervenções de enfermagem
Use acetato de sódio ou lactato de sódio para corrigir a acidose,
conforme prescrição.
Medidas preventivas
Monitore os níveis séricos de cloreto e de bicarbonato.
Monitore os níveis de eletrólitos enquanto a acidose é corrigida.

Disfunção hepática
Complicação metabólica
Associada a nutrição parenteral
Pode ocorrer na presença de distúrbios ou disfunção hepática
preexistentes, que são observados nos casos de câncer, alcoolismo, sepse
e uso de medicamentos hepatotóxicos
Sinais e sintomas
Aumento dos níveis de bilirrubina
Aumento dos níveis de desidrogenase láctica
Aumento dos níveis de fosfatase alcalina
Intervenções de enfermagem
Use soluções especiais para distúrbios hepáticos.
Diminua os carboidratos e adicione lipídios.
Medidas preventivas
Avalie a função hepática e os resultados dos testes de função hepática.

Embolia gasosa
Complicação mecânica
Pode ocorrer durante a troca do equipo, se ALERTA!
houver desconexão inadvertida A embolia gasosa é
uma complicação
Pode também resultar de rachaduras não potencialmente fatal.
detectadas nos tubos _______

Sinais e sintomas
Apreensão
Parada cardíaca
Dor torácica
Ruído cardíaco de martelo d’água (sinal clássico)
Cianose
Perda da consciência
Hipotensão
Convulsões
Taquicardia
Intervenções de enfermagem
Clampeie o cateter.
Coloque o cliente sobre o lado esquerdo, na posição de Trendelenburg.
Forneça oxigênio, tal como prescrito.
Se ocorrer parada cardíaca, inicie as manobras de reanimação
cardiopulmonar, após comunicar ao médico.
Medidas preventivas
Verifique todas as conexões.
Mantenha a integridade do curativo oclusivo.
Extravasamento
Complicação mecânica
Pode causar necrose e descolamento da epiderme e da derme
Sinais e sintomas
Dor no local do acesso
Edema dos tecidos em torno do acesso
Intervenções de enfermagem
Interrompa a infusão venosa.
Pesquise anormalidades cardiopulmonares no cliente.
Providencie uma radiografia, se houver prescrição.
Medidas preventivas
Pesquise com freqüência rubor e edema no local de inserção.
Monitore o nível de dor do cliente.

Flebite
Complicação mecânica.
Sinais e sintomas
Dor
Rubor
Sensibilidade
Calor no local da inserção e ao longo do trajeto da veia
Intervenções de enfermagem
Aplique calor moderado no local da inserção.
Se possível, eleve o local da inserção.
Medidas preventivas
Avalie com freqüência rubor e edema no local da inserção do cateter.
Monitore o nível de dor do cliente.

Hipercalemia
Complicação metabólica
Ocorre por causa de excesso de potássio na solução de nutrição
parenteral total, doença renal ou hiponatremia
Sinais e sintomas
Diminuição da freqüência cardíaca
Pulso irregular
Fraqueza dos músculos esqueléticos
Ondas T elevadas
Intervenções de enfermagem
Diminua a suplementação de potássio.
Medidas preventivas
No início do tratamento, monitore diariamente os níveis séricos de
eletrólitos.

Hiperglicemia
Complicação metabólica
Pode ocorrer se a concentração de glicose na solução for excessiva, a
velocidade de infusão for alta, ou se a tolerância à glicose estiver alterada
por diabetes, estresse ou sepse
Sinais e sintomas
Ansiedade
Coma
Confusão
Desidratação
Delírio
Níveis elevados de glicose no sangue e na urina
Fadiga
Poliúria
Agitação
Fraqueza
Intervenções de enfermagem
Inicie tratamento com insulina e ajuste a velocidade de infusão da
nutrição parenteral total, tal como prescrito.
Medidas preventivas
No início, monitore os níveis sanguíneos de glicose a cada 6 h.
Mantenha os níveis sanguíneos de glicose abaixo de 200 mg/dℓ.
Inicie a infusão lentamente, usando uma bomba de infusão.

Hipocalcemia
Complicação metabólica
Rara
Resulta de pouco cálcio na solução, deficiência de vitamina D ou
pancreatite
Sinais e sintomas
Arritmias cardíacas
Desidratação
Dormência ou formigamento
Poliúria
Tetania
Intervenções de enfermagem
Aumente a suplementação de cálcio, conforme a prescrição.
Medidas preventivas
Monitore com atenção os níveis séricos de cálcio, até se estabilizarem.

Hipocalemia
Complicação metabólica
Ocorre por causa de pouco potássio na solução, perda excessiva de
potássio com distúrbios do trato gastrintestinal ou uso de diuréticos, e
grandes doses de insulina
Sinais e sintomas
Arritmias cardíacas
Fraqueza muscular
Paralisias
Parestesias
Intervenções de enfermagem
Aumente a suplementação de potássio, conforme prescrição.
Medidas preventivas
Pesquise síndrome de realimentação em clientes que apresentem
desnutrição grave.
Inicie a alimentação lentamente e monitore os níveis de eletrólitos.

Hipofosfatemia
Complicação metabólica
Suspeite se o cliente apresentar irritabilidade, ALERTA!
fraqueza e parestesias Em casos extremos de
hipofosfatemia, podem
Resulta de tratamento com insulina, alcoolismo ocorrer coma e parada
e uso de certos antiácidos que se ligam ao cardíaca.
_______
fosfato
Muito raramente, evolui para hiperfosfatemia,
em especial em clientes que apresentam insuficiência renal.
Sinais e sintomas
Anorexia
Cianose
Diminuição do débito cardíaco
Hipotensão
Mal-estar
Fraqueza muscular
Mialgia
Respiração superficial
Intervenções de enfermagem
Aumente a suplementação de fosfato, conforme prescrição.
Medidas preventivas
Pesquise síndrome de realimentação.
Inicie a alimentação lentamente e monitore os níveis de eletrólitos.

Hipoglicemia
Complicação metabólica
Pode ocorrer se a nutrição parenteral for interrompida subitamente ou se
houver excesso de insulina
Sinais e sintomas
Confusão
Irritabilidade
Tremores
Sudorese
Intervenções de enfermagem
Infunda glicose, tal como prescrito.
Medidas preventivas
No início, monitore os níveis sanguíneos de glicose a cada 6 h.
Ao interromper a nutrição parenteral total, diminua lentamente a infusão.

Hipomagnesemia
Complicação metabólica
Resulta de magnésio insuficiente na solução
Sinais e sintomas
Arritmias cardíacas
Hiper-reflexia
Alterações mentais
Parestesias de dedos
Tetania
Formigamento em torno da boca
Intervenções de enfermagem
Aumente a suplementação de magnésio, conforme prescrição.
Medidas preventivas
Pesquise síndrome de realimentação em clientes que apresentem
desnutrição grave.
Inicie a alimentação lentamente e monitore os níveis de eletrólitos.

Pneumotórax e hidrotórax
Complicação relacionada ao cateter
Pneumotórax — ar na cavidade pleural, resultante de traumatismo da
pleura durante a inserção de um dispositivo de acesso venoso central
Hidrotórax — acúmulo de líquido na cavidade pleural, que ocorre
quando há infiltração de líquido no tórax
Sinais e sintomas
Dor torácica
Tosse
Cianose
Diminuição dos sons pulmonares
Dispnéia
Sudorese
Movimentos torácicos unilaterais
Intervenções de enfermagem
Auxilie o médico na inserção de dreno torácico.
Mantenha sucção do dreno, tal como prescrito.
Implemente os cuidados antes, durante e após a inserção do dreno.
Medidas preventivas
Obtenha uma radiografia logo após a colocação do cateter.
Após a inserção do cateter, ausculte os sons respiratórios durante as
primeiras 8 h.

Sepse
Sinais e sintomas
Calafrios
Área avermelhada de induração em torno do ALERTA!
local de inserção do cateter Sepse, a complicação
mais grave relacionada
Febre inexplicada a cateter, pode ser
Hiperglicemia inexplicada (em geral, um sinal fatal, mas pode ser
evitada por cuidados
precoce de sepse) adequados e
meticulosos com o
Intervenções de enfermagem cateter.
_______
Retire o cateter e providencie cultura da ponta,
conforme prescrição.
Administre os antibióticos adequados, conforme prescrição.
Medidas preventivas
Mantenha técnica asséptica durante a inserção do cateter, trocas de
curativos e troca de equipos.

Síndrome hiperglicêmica hiperosmolar não-cetótica


(SHHNE)
Complicação metabólica
Causada por diurese hiperosmolar resultante de ALERTA!
hiperglicemia não-tratada Se a doença não for
tratada, o cliente pode
Sinais e sintomas apresentar glicosúria e
distúrbios eletrolíticos,
Confusão e pode entrar em
coma.
Desidratação
_______
Níveis sanguíneos altos de glicose (chegando
acima de 600 mg/dℓ)
Osmolaridade sérica alta
Letargia
Convulsões
Intervenções de enfermagem
Interrompa a suplementação de glicose.
Hidrate o cliente com a solução prescrita.
Medidas preventivas
No início, monitore os níveis sanguíneos de glicose a cada 6 h.
Mantenha os níveis sanguíneos de glicose em menos de 200 mg/dℓ.
Inicie a infusão lentamente, usando uma bomba de infusão.

Trombose venosa
Complicação mecânica
Pode ocorrer por causa de traumatismo da parede venosa durante a
inserção
Pode resultar de movimentos do cateter contra a parede venosa, após a
inserção
Sinais e sintomas
Febre
Mal-estar
Dor no local da inserção e ao longo da veia
Rubor e edema no local da inserção do cateter
Edema do braço, do pescoço ou da face
Taquicardia
Intervenções de enfermagem
Retire o cateter imediatamente.
Administre heparina, se prescrita.
Providencie estudos de fluxo venoso, se necessários.
Medidas preventivas
Use uma tala estabilizadora.
Fixe o cateter de maneira adequada.
Insira com cuidado, minimizando a manipulação do cateter.
Compatibilidade entre Medicamentos
Intravenosos
Referências
Bibliográficas

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Índice
Alfabético
A
Acetato, 198
Ácido folínico, 158, 198
Acidose metabólica, nutrição parenteral, 205
- intervenções de enfermagem, 205
- prevenção, 205
- sinais e sintomas, 205
Adição de medicamentos, 110
Administração intravenosa, métodos, 11
- infusão
- - contínua por um acesso primário, 15
- - contínua por um acesso secundário, 15
- - intermitente por meio de dispositivo de controle de volume, 14
- - intermitente por meio de dispositivo salinizado, 14
- - intermitente por meio de um acesso secundário, 12
- injeção direta
- - através de um acesso venoso, 11
- - veia, 11
Agentes
- imunoterápicos, 161
- - anticorpos monoclonais, 161
- - citocinas imunomoduladoras, 161
- quimioterápicos, 157-158
- - específicos do ciclo celular, 155
- - inespecíficos do ciclo celular, 155
Água, nutrição parenteral, 196
Agulha do tipo borboleta, 27
- desvantagens, 28
- finalidade, 27
- vantagens, 28
Albumina
- sérica, 192
- transfusões, 137
- - considerações de enfermagem, 137
- - indicações, 137
Alergia na terapia IV periférica, 46
- causas, 47
- intervenções de enfermagem, 47
- prevenção, 47
- sinais e sintomas, 46
Alopecia, quimioterapia, 170
- intervenções de enfermagem, 171
- prevenção, 171
- sinais e sintomas, 171
Aminoácidos, nutrição parenteral, 197, 198
Analgesia controlada pelo cliente, 111
- desvantagens, 111
- indicações, 111
- vantagens, 111
Androgênios, 158
Anemia, quimioterapia, 171
- intervenções de enfermagem, 172
- prevenção, 172
- sinais e sintomas, 171
Antiandrogênios, 158
Anticorpos monoclonais, 161
Antiestrogênios, 158
Antropometria, 188- 1 90
Asparaginase, 157

B
Bleomicina, 157

C
Cálcio (Ca++), 3
- hipercalcemia, 3
- hipocalcemia, 3
- nutrição parenteral, 198
Calibre de agulhas e cateteres venoso periférico, 29
Calorias, deficiência, 185
Câncer, protocolos de quimioterapia, 159-160
Carboplatina, 157
Cateteres venosos
- centrais, 53-63
- - Broviac, 59
- - - características, 59
- - - considerações de enfermagem, 59
- - - desvantagens, 59
- - - indicações, 59
- - - vantagens, 59
- - curta permanência e lúmen único, 55
- - - características, 55
- - - considerações de enfermagem, 56
- - - desvantagens, 56
- - - indicações, 56
- - - vantagens, 56
- - curta permanência e vários lúmens, 56
- - - características, 56
- - - considerações de enfermagem, 57
- - - desvantagens, 57
- - - indicações, 57
- - - vantagens, 57
- - Groshong, 57
- - - características, 57
- - - considerações de enfermagem, 58
- - - desvantagens, 58
- - - indicações, 58
- - - vantagens, 58
- - Hickman, 60
- - - características, 60
- - - considerações de enfermagem, 60
- - - desvantagens, 60
- - - indicações, 60
- - - vantagens, 60
- - Hickman-Broviac, 61
- - - características, 61
- - - considerações de enfermagem, 61
- - - desvantagens, 61
- - - indicações, 61
- - - vantagens, 61
- - implante subcutâneo, 81
- - - complicações, 89
- - inserção periférica, 54, 62
- - - características, 62
- - - considerações de enfermagem, 62
- - - desvantagens, 62
- - - indicações, 62
- - - vantagens, 62
- - inseridos por cirurgia, 54
- - inseridos sem cirurgia, 55
- - subcutâneos implantados, 53
- periférico, 26
- - deslocamento, 39
- - - causas, 40
- - - intervenções de enfermagem, 40
- - - prevenção, 40
- - - sinais e sintomas, 39
- - desvantagens, 27
- - finalidade, 26
- - rompido, 39
- - - causas possíveis, 39
- - - intervenções de enfermagem, 39
- - - prevenção, 39
- - - sinais e sintomas, 39
- - vantagens, 27
Choque por v 100 excessiva, 121
- intervenções de enfermagem, 121
- prevenção, 121
- sinais e sintomas, 121
Ciclofosfamida, 157
Cisplatina, 157
Citarabina, 157
Citocinas imunomoduladoras, 161
Cloreto (Cl-), 3
- hipercloremia, 4
- hipocloremia, 4
Cloro, 198
Complexo protrombínico, transfusão, 138
- considerações de enfermagem, 138
- indicações, 138
Componentes sanguíneos, 128
Concentrado de hemácias, transfusão, 129
- considerações de enfermagem, 129
- indicações, 129
- pobre em leucócitos, 130
- - considerações de enfermagem, 130
- - indicações, 130
Corpos cetônicos na urina, 194
Crianças, ver Pediatria
Crioprecipitado, transfusões, 137
- considerações de enfermagem, 138
- indicações, 138

D
Déficit de líquido, 7
Desnutrição, 186
Dexrazoxano, 157
Diarréia, quimioterapia, 172
- intervenções de enfermagem, 172
- prevenção, 172
- sinais e sintomas, 172
Disfunção hepática, nutrição parenteral, 206
- intervenções de enfermagem, 206
- prevenção, 206
- sinais e sintomas, 206
Doadores de sangue, 127
Dosagem do medicamento intravenoso, 97
Doxorrubicina, 157
E
Eletrólitos, 3
- cálcio, 3
- cloreto, 3
- fósforo, 4
- magnésio, 5
- nutrição parenteral, 197
- potássio, 6
- sódio, 6
Embolia gasosa
- nutrição parenteral, 206
- - intervenções de enfermagem, 207
- - prevenção, 207
- - sinais e sintomas, 206
- terapia IV periférica, 40
- - causas, 40
- - intervenções de enfermagem, 40
- - prevenção, 40
- - sinais e sintomas, 40
- terapia venosa central, 75
- - causas, 76
- - intervenções de enfermagem, 76
- - prevenção, 76
- - sinais e sintomas, 75
Emulsões de lipídios, 199
Espasmo venoso
- medicamentos intravenosos, 122
- - intervenções de enfermagem, 123
- - prevenção, 123
- - sinais e sintomas, 122
- terapia IV periférica, 41
- - causas, 41
- - intervenções de enfermagem, 41
- - prevenção, 41
- - sinais e sintomas, 41
Estomatite, quimioterapia, 177
- intervenções de enfermagem, 177
- prevenção, 177
- sinais e sintomas, 177
Estrogênios, 158
Excesso de líquido, 8
Extravasamento
- cateter central implantado, 89
- - causas, 89
- - intervenções de enfermagem, 89
- - prevenção, 89
- - sinais e sintomas, 89
- medicamentos intravenosos, 116
- - intervenções de enfermagem, 116
- - prevenção, 117
- - sinais e sintomas, 116
- nutrição parenteral, 207
- - intervenções de enfermagem, 207
- - prevenção, 207
- - sinais e sintomas, 207
- quimioterapia, 172
- - antídotos, 174
- - intervenções de enfermagem, 172
- - prevenção, 173
- - sinais e sintomas, 173

F
Fator(es)
- estimulantes de colônias, 1 62
- necrose tumoral, 162
Fibrina, formação de rede no cateter central implantado, 89
- causas, 89
- intervenções de enfermagem, 89
- prevenção, 90
- sinais e sintomas, 89
Flebite
- medicamentos intravenosos, 119
- - classificação, 120
- - intervenções de enfermagem, 120
- - prevenção, 120
- - sinais e sintomas, 120
- nutrição parenteral, 207
- - intervenções de enfermagem, 208
- - prevenção, 208
- - sinais e sintomas, 207
- terapia IV periférica, 41
- - causas, 42
- - intervenções de enfermagem, 42
- - prevenção, 42
- - sinais e sintomas, 41
Floxuridina, 157
Fluorouracil, 157
Fosfato, 198
Fósforo (P), 4
- hiperfosfatemia, 4
- hipofosfatemia, 4

G
Gliconeogênese, 185
Glicose, nutrição parenteral, 197
Gonadotrofina, 158
Gorduras, nutrição parenteral, 197
Grupos sanguíneos, compatibilidade, 128

H
Hematócrito, 191
Hematoma, terapia IV periférica, 42
- causas, 42
- intervenções de enfermagem, 42
- prevenção, 43
- sinais e sintomas, 42
Hemoglobina, 191
Hemorragia, transfusões, 147
Hemossiderose, transfusão, 148
Hemotórax na terapia venosa central, 76
- causas, 77
- intervenções de enfermagem, 77
- prevenção, 77
- sinais e sintomas, 76
Hidrotórax, nutrição parenteral, 212
- intervenções de enfermagem, 212
- prevenção, 213
- sinais e sintomas, 212
Hidroxiuréia, 157
Hipercalcemia, 3
Hipercalemia, 6
- nutrição parenteral, 208
- - intervenções de enfermagem, 208
- - prevenção, 208
- - sinais e sintomas, 208
Hipercloremia, 4
Hiperfosfatemia, 4
Hiperglicemia, nutrição parenteral, 208
- intervenções de enfermagem, 209
- prevenção, 209
- sinais e sintomas, 208
Hipermagnesemia, 5
Hipernatremia, 6
Hipersensibilidade dos medicamentos intravenosos, 118
- intervenções de enfermagem, 118
- prevenção, 118
- sinais e sintomas, 118
Hipersensibilidade, quimioterapia, 175
Hipocalcemia, 3
- nutrição parenteral, 209
- - intervenções de enfermagem, 209
- - prevenção, 210
- - sinais e sintomas, 209
- transfusões, 148
Hipocalemia, 6
- nutrição parenteral, 210
- - intervenções de enfermagem, 210
- - prevenção, 210
- - sinais e sintomas, 210
Hipocloremia, 4
Hipofosfatemia, 4
- nutrição parenteral, 210
- - intervenções de enfermagem, 211
- - prevenção, 211
- - sinais e sintomas, 210
Hipoglicemia, nutrição parenteral, 211
- intervenções de enfermagem, 211
- prevenção, 211
- sinais e sintomas, 211
Hipomagnesemia, 5
- nutrição parenteral, 211
- - intervenções de enfermagem, 212
- - prevenção, 212
- - sinais e sintomas, 212
Hiponatremia, 7
Hipotermia, transfusão, 149

I
Idarrubicina, 157
Idosos
- nutrição parenteral, 205
- terapia intravenosa periférica, 38
- - considerações de enfermagem, 38
- - fixação do acesso venoso, 39
- - medicamentos, administração, 114
- tranfusões, 140
Ifosfamida, 157
Imunoterapia, 161
Índice creatinina-altura, 191
Infecção
- cateter central implantado, 90
- - causas, 90
- - intervenções de enfermagem, 90
- - prevenção, 90
- - sinais e sintomas, 90
- medicamentos intravenosos, 121
- - intervenções de enfermagem, 122
- - prevenção, 122
- - sinais e sintomas, 122
- terapia IV periférica, 43
- - causas, 43
- - intervenções de enfermagem, 43
- - prevenção, 43
- - sinais e sintomas, 43
- terapia venosa central
- - local, 77
- - - causas, 78
- - - intervenções de enfermagem, 78
- - - prevenção, 78
- - - sinais e sintomas, 77
- - sistêmica, 79
- - - causas, 79
- - - intervenções de enfermagem, 79
- - - prevenção, 79
- - - sinais e sintomas, 79
Infiltração
- medicamentos intravenosos, 118
- - intervenções de enfermagem, 119
- - prevenção, 119
- - sinais e sintomas, 119
- quimioterapia, 176
- - intervenções de enfermagem, 177
- - prevenção, 177
- - sinais e sintomas, 176
- terapia IV periférica, 44
- - causas, 44
- - intervenções de enfermagem, 44
- - prevenção, 44
- - sinais e sintomas, 44
Infusão(ões)
- medicamentos intravenosos, 102
- - contínua por meio de um equipo
- - - primário, 102
- - - secundário, 102
- - injeção direta
- - - linha de infusão existente, 104
- - - veia (sem linha de infusão), 103
- - intermitente
- - - bloqueio com soro fisiológico, 105
- - - dispositivo de controle de volume, 105
- - - linha secundária, 104
- - linha secundária, 110
- nutrição parenteral
- - periférica, 201
- - total, 200
- terapia IV periférica
- - cálculo da velocidade,13
- - contínua por um acesso primário, 15
- - - desvantagens, 15
- - - vantagens, 15
- - contínua por um acesso secundário, 15
- - - desvantagens, 16
- - - vantagens, 15
- - intermitente por meio de dispositivo de controle de volume, 14
- - - desvantagens, 15
- - - vantagens, 14
- - intermitente por meio de dispositivo salinizado, 14
- - - desvantagens, 14
- - - vantagens, 14
- - intermitente por meio de um acesso secundário, 12
- - - desvantagens, 14
- - - vantagens, 12
- terapia venosa central, 66
- - aplicação de um curativo, 67
- - cateter central implantado, 82
- - - coleta de amostra de sangue de uma porta de acesso vascular, 84
- - - infusão contínua através de uma PAV, 84
- - - injeção em bolo através de uma porta de acesso vascular, 83
- - - interrupção através de uma PAV, 87
- - - manutenção, 88
- - - porta com acesso superior, 82
- - - remoção de uma agulha não-cortante, 87
- - coleta de sangue de um cateter
- - - seringa, 72
- - - tubo a vácuo, 71
- - lavagem de cateter, 69
- - - considerações especiais, 70
- - - procedimento, 70
- - - recomendações, 69
- - - tipos de solução, 70
- - monitoração do cliente, 66
- - remoção de cateter, 73
- - troca de curativo, 67
- - - aplicação de novo curativo, 68
- - - preparação, 67
- - - remoção, 68
- - troca do equipo de um cateter, 71
- velocidade, cálculo, 100
Injeção
- direta através de um acesso venoso, 11
- - desvantagens, 12
- - vantagens, 12
- direta em uma veia, 11
- - desvantagens, 11
- - vantagens, 11
- medicamento
- - linha existente, diretamente, 108
- - veia, diretamente, 107
Interferon, 163
Interleucinas, 163
Irritação venosa
- local de acesso venoso, 44
- - causas, 45
- - intervenções de enfermagem, 45
- - prevenção, 45
- - sinais e sintomas, 44
- quimioterapia, 177
- - intervenções de enfermagem, 178
- - prevenção, 178
- - sinais e sintomas, 178

K
Kit de derramamento de quimioterápico, 167
Kwashiokor, 186

L
Lesão de nervo, tendão ou ligamento na terapia IV periférica, 45
Leucemias, protocolos de quimioterapia, 159
Leucócitos, transfusões, 130
- considerações de enfermagem, 131
- indicações, 131
Leucopenia, quimioterapia, 178
- intervenções de enfermagem, 178
- sinais e sintomas, 178
Ligamento, lesão na terapia IV periférica, 45
- causas, 45
- intervenções de enfermagem, 46
- prevenção, 46
- sinais e sintomas, 45
Linfócitos, contagem total, 193
Líquidos
- déficit, 7
- excesso, 8

M
Má nutrição, sinais, 188
Magnésio (Mg++), 5
- hipermagnesemia, 5
- hipomagnesemia, 5
- nutrição parenteral, 198
Marasmo, 187
Medicamentos intravenosos, 93-123
- administração, 107
- - adição de medicamentos, 110
- - analgesia controlada pelo cliente, 111
- - bloqueio com soro fisiológico, 108
- - infusão por meio de uma linha secundária, 110
- - injeção de medicamento
- - - linha existente, 108
- - - veia, 107
- bolsa IV, 101
- compatibilidade, 95, 215-217
- - concentração, 95
- - luz, 96
- - ordem de mistura, 96
- - pH, 96
- - temperatura, 96
- - tempo de contato, 95
- complicações, 115
- - choque por v 100 excessiva, 121
- - espasmo venoso, 122
- - extravasamento, 116
- - flebite, 119-121
- - hipersensibilidade, 118
- - infecção sistêmica, 121
- - infiltração, 118
- - sobrecarga circulatória, 115
- crianças, 112-114
- desvantagens, 95
- dosagem, cálculo, 97
- frasco IV, 101
- idosos, 114
- infusão, métodos, 102
- - contínua por meio de um equipo primário, 102
- - contínua por meio de um equipo secundário, 102
- - injeção direta
- - - por meio de uma linha de infusão existente, 104
- - - veia (sem linha de infusão), 103
- - intermitente
- - - bloqueio com soro fisiológico, 105
- - - dispositivo de controle de volume, 105
- - - linha secundária, 104
- nomograma, uso
- - adultos, 97
- - crianças, 99
- pó, 100
- solução de infusão, 101
- vantagens, 95
- v 100, cálculo, 100
Metotrexato, 157
Micronutrientes, nutrição parenteral, 197
Minerais, nutrição parenteral, 197
Mistura total de nutrientes, 199
Mitomicina, 157
Mitoxantrona, 157
Modificadores da resposta biológica, 160

N
Náuseas e vômitos, quimioterapia, 179
- agudos, 179
- antecipatórios, 179
- tardios, 180
Nervo, lesão na terapia IV periférica, 45
- causas, 45
- intervenções de enfermagem, 46
- prevenção, 46
- sinais e sintomas, 45
Nomograma, uso
- adultos, 97, 98
- crianças, 99
Nutrição parenteral, 183-214
- aditivos, 198
- administração, 200
- - infusão de nutrição parenteral periférica, 201
- - manutenção, 200
- avaliação do estado nutricional, 187- 194
- complicações, 205
- - acidose metabólica, 205
- - disfunção hepática, 206
- - embolia gasosa, 206
- - extravasamento, 207
- - flebite, 207
- - hidrotórax, 212
- - hipercalemia, 208
- - hiperglicemia, 208
- - hipocalcemia, 209
- - hipocalemia, 210
- - hipofosfatemia, 210
- - hipoglicemia, 211
- - hipomagnesemia, 211
- - pneumotórax, 212
- - sepse, 213
- - síndrome hiperglicêmica hiperosmolar não-cetótica (SHHNE), 213
- - trombose venosa, 214
- componentes das soluções, 196
- - água, 196
- - aminoácidos, 197
- - eletrólitos e minerais, 197
- - glicose, 197
- - gorduras, 197
- - micronutrientes, 197
- - vitaminas, 197
- emulsões de lipídios, 199
- entendimento, 185
- idosos, 205
- interrupção, 204
- mistura total de nutrientes, 199
- pediatria, 204
- periférica, 195
- - componentes, 195
- - considerações especiais, 196
- - indicações, 196
- problemas, 203
- total, 194
- - componentes, 194
- - considerações especiais, 195
- - indicações, 195

O
Obstrução na terapia IV periférica, 46
- causas, 46
- intervenções de enfermagem, 46
- prevenção, 46
- sinais e sintomas, 46
Oligoelementos, 198

P
Pediatria
- nutrição parenteral, 204
- terapia intravenosa periférica, 37
- - antes de puncionar uma veia do couro cabeludo, 37
- - considerações de enfermagem, 37
- - fixação do acesso venoso, 38
- - medicamentos, administração, 112-114
- - - bomba de seringa, 113
- - - infusão retrógrada, 113
- - - intra-óssea, 114
- - nomograma, uso, 99
- transfusões, 139
Plaquetas, transfusões, 131
- considerações de enfermagem, 132
- indicações, 132
Plasma fresco congelado, transfusões, 136, 139
- considerações de enfermagem, 136
- indicações, 136
Pneumotórax, nutrição parenteral, 212
- intervenções de enfermagem, 212
- prevenção, 213
- sinais e sintomas, 212
Potássio (K+), 6
- hipercalemia, 6
- hipocalemia, 6
- intoxicação na transfusão, 150
- nutrição parenteral, 198
Progestinas, 158
Proteínas
- deficiência, 185
- totais, 193
Punção venosa periférica, 17-50
- agulha do tipo borboleta, 27
- calibres de agulhas e cateteres, 29
- cateter, 26
- como fazer, 30
- - aplicação de anestésico local, 30
- - fixação das veias, 31
- - obtenção de uma amostra de sangue, 31
- complicações, 39
- - cateter rompido, 39
- - deslocamento de cateter, 39
- - embolia gasosa, 40
- - espasmo venoso, 41
- - flebite, 41
- - hematoma, 42
- - infecção sistêmica, 43
- - infiltração, 44
- - irritação da veia no local de acesso venoso, 44
- - lesão de nervo, tendão ou ligamento, 45
- - obstrução, 46
- - reação alérgica, 46
- - sobrecarga circulatória, 47
- - tromboflebite, 48
- - trombose, 49
- idosos, 38
- - considerações de enfermagem, 38
- - fixação do acesso venoso, 39
- manutenção (método), 32
- - acréscimo de equipos paralelos de infusão, 36
- - aplicação de um curativo semipermeável transparente, 34
- - cruzado de fixar um local, 32
- - H de fixação de local, 33
- - troca de curativo IV periférico, 35
- - troca de equipo, 35
- - U de fixação de local, 33
- pediatria, 37
- - antes de puncionar uma veia do couro cabeludo, 37
- - considerações de enfermagem, 37
- - fixação do acesso venoso, 38
- rede venosa dorsal, 21
- veias
- - antecubitais, 24
- - basílica, 25
- - cefálica, 26
- - cefálica acessória, 23
- - digitais, 19
- - mediana do antebraço, 22
- - metacarpianas, 20

Q
Quilotórax na terapia venosa central, 76
- causas, 77
- intervenções de enfermagem, 77
- prevenção, 77
- sinais e sintomas, 76
Quimioterapia intravenosa, 153-181
- administração de quimioterápicos, 168
- - conclusão do tratamento, 169
- - infiltração, impedimento, 169
- - lesão de tecidos, impedimento, 168
- - material necessário, 168
- agentes imunoterápicos, 161
- - anticorpos monoclonais, 161
- - citocinas imunomoduladoras, 161
- agentes quimioterápicos, 155
- - ácido fólico, 158
- - alcalóides, 157
- - androgênios, 158
- - antiandrogênios, 158
- - antiestrogênios, 158
- - bleomicina, 157
- - carboplatina, 157
- - ciclofosfamida, 157
- - cisplatina, 157
- - citarabina, 157
- - dexrazoxano, 157
- - doxorrubicina, 157
- - estrogênios, 158
- - floxuridina, 157
- - fluorouracil, 157
- - gonadotrofina, 158
- - hidroxiuréia, 157
- - idarrubicina, 157
- - ifosfamida, 157
- - metotrexato, 157
- - mitomicina, 157
- - mitoxantrona, 157
- - progestinas, 158
- - tioguanina, 157
- - tiotepa, 157
- - vimblastina, 157
- - vincristina, 157
- complicações, controle, 170
- - alopecia, 170
- - anemia, 171
- - diarréia, 172
- - estomatite, 177
- - extravasamento, 172
- - infiltração, 176
- - irritação venosa, 177
- - leucopenia, 178
- - náuseas e vômitos, 179
- - reações de hipersensibilidade ou anafiláticas, 175
- - resumo, 170
- - trombocitopenia, 180
- derramamento de quimioterápico, 167
- erradicação de tumores, 156
- fundamentos, 155
- preparo, 163
- - material necessário, 163
- - medidas de segurança, 165
- - organização do local de preparação de medicamentos, 164
- - roupas protetoras, 164
- protocolos, exemplos, 159-160
- terapia biológica, 160

R
Reações transfusionais, controle, 142
- alérgicas, 142
- - intervenções de enfermagem, 142
- - prevenção, 142
- - sinais e sintomas, 142
- aumento da afinidade da hemoglobina com o oxigênio, 149
- - intervenções de enfermagem, 150
- - prevenção, 150
- - sinais e sintoma, 150
- contaminação bacteriana, 143
- - intervenções de enfermagem, 143
- - prevenção, 143
- - sinais e sintomas, 143
- febris, 143
- - intervenções de enfermagem, 144
- - prevenção, 144
- - sinais e sintomas, 144
- hemolíticas, 144
- - intervenções de enfermagem, 145
- - prevenção, 145
- - sinais e sintomas, 144
- hemorragia, 147
- - intervenções de enfermagem, 147
- - prevenção, 147
- - sinais e sintomas, 147
- hemossiderose, 148
- - intervenções de enfermagem, 148
- - prevenção, 148
- - sinais e sintomas, 148
- hipocalcemia, 148
- - intervenções de enfermagem, 149
- - prevenção, 149
- - sinais e sintomas, 148
- hipotermia, 149
- - intervenções de enfermagem, 149
- - prevenção, 149
- - sinais e sintomas, 149
- incompatibilidade com proteínas plasmáticas, 145
- - intervenções de enfermagem, 146
- - prevenção, 146
- - sinais e sintomas, 146
- intoxicação por potássio, 150
- - intervenções de enfermagem, 151
- - prevenção, 151
- - sinais e sintomas, 150
- nível sanguíneo de amônia elevado, 147
- - intervenções de enfermagem, 148
- - prevenção, 148
- - sinais e sintomas, 147
- sobrecarga circulatória, 146
- - intervenções de enfermagem, 146
- - prevenção, 147
- - sinais e sintomas, 146
Rituximab, 161

S
Sangue, ver Transfusões
Sepse, nutrição parenteral, 213
- intervenções de enfermagem, 213
- prevenção, 213
- sinais e sintomas, 213
Síndrome hiperglicêmica hiperosmolar não-cetótica, nutrição parenteral,
213
- intervenções de enfermagem, 214
- prevenção, 214
- sinais e sintomas, 213
Sobrecarga circulatória
- medicamentos intravenosos, 115
- - intervenções de enfermagem, 116
- - prevenção, 116
- - sinais e sintomas, 115
- terapia IV periférica, 47
- - causas, 48
- - intervenções de enfermagem, 48
- - prevenção, 48
- - sinais e sintomas, 47
Sódio (Na+), 6
- hipernatremia, 6
- hiponatremia, 7
- nutrição parenteral, 198
Soluções IV, 8
- hipertônicas, 10
- - considerações de enfermagem, 11
- - exemplos, 10
- hipotônicas, 9
- - considerações de enfermagem, 10
- - exemplos, 10
- isotônicas, 8
- - considerações de enfermagem, 9
- - exemplos, 9
Soro fisiológico, bloqueio, 108

T
Tendão, lesão na terapia IV periférica, 45
- causas, 45
- intervenções de enfermagem, 46
- prevenção, 46
- sinais e sintomas, 45
Terapia
- intravenosa, fundamentos, 1-16
- - medicamentos, 93-123
- - periférica, 17-50
- venosa central, 51- 91
- - cateteres, 53- 62
- - complicações, 75-80
- - - cateter central implantado, 89
- - - embolia gasosa, 75
- - - hemotórax, 76
- - - hidrotórax, 76
- - - infecção, 77-80
- - - pneumotórax, 76
- - - quilotórax, 76
- - - trombose, 80
- - desvantagens, 53
- - implante subcutâneo de cateter central, 81
- - infusão por meio de cateter central implantado, 82-88
- - manutenção de infusões, 66-75
- - preparação, 63-66
- - vantagens, 53
Teste de sensibilidade cutânea, 193
Tioguanina, 157
Tiotepa, 157
Transferrina sérica, 192
Transfusões, 125-151
- albumina a 5% e 25%, 137
- compatibilidade de grupos sanguíneos, 128
- complexo protrombínico, 138
- componentes sanguíneos, 128
- - concentrado de hemácias, 129
- - - pobre em leucócitos, 130
- - leucócitos, 130
- - plaquetas, 131
- - sangue total, 128
- crianças, 139
- crioprecipitado, 137
- doadores, 127
- entendimento, 127
- idosos, 140
- plasma fresco congelado, 136, 139
- problemas, 140
- - bolsa de sangue vazia, 141
- - fluxo, cessar do, 140
- - hematoma no cliente, 141
- reações, controle, 142
- - alérgicas, 142
- - aumento da afinidade da hemoglobina com o oxigênio, 149
- - contaminação bacteriana, 143
- - febris, 143
- - hemolíticas, 144
- - hemossiderose, 148
- - hipocalcemia, 148
- - hipotermia, 149
- - incompatibilidade com proteínas plasmáticas, 145
- - intoxicação por potássio, 150
- - nível sanguíneo de amônia elevado, 147
- - sobrecarga circulatória, 146
- - tendência hemorrágica, 147
- sangue, 132
- - monitoramento, 134
- - precauções, 134
- - sob pressão, 135
Transtiretina, 194
Trastuzumab, 161
Triglicerídios, 192
Trombocitopenia, quimioterapia, 180
- intervenções de enfermagem, 181
- sinais e sintomas, 181
Tromboflebite na terapia IV periférica, 48
- causas, 48
- intervenções de enfermagem, 48
- prevenção, 49
- sinais e sintomas, 48
Trombose
- cateter central implantado, 90
- - causas, 90
- - intervenções de enfermgem, 91
- - prevenção, 91
- - sinais e sintomas, 90
- nutrição parenteral, 214
- - intervenções de enfermagem, 214
- - prevenção, 214
- - sinais e sintomas, 214
- terapia IV periférica, 49
- - causas, 49
- - intervenções de enfermagem, 49
- - prevenção, 49
- - sinais e sintomas, 49
- terapia venosa central, 80
- - causas, 80
- - intervenções de enfermagem, 80
- - prevenção, 80
- - sinais e sintomas, 80
Tumores, erradicação com quimioterapia, 156

V
Veias
- punção periférica
- - antecubitais, 24
- - - desvantagens, 24
- - - vantagens, 24
- - basílica, 25
- - - desvantagens, 25
- - - vantagens, 25
- - cefálica acessória, 23
- - - desvantagens, 23
- - - vantagens, 23
- - cefálica, 26
- - - desvantagens, 26
- - - vantagens, 26
- - digitais, 19
- - - desvantagens, 19
- - - vantagens, 19
- - dorsais do antebraço, 21
- - - desvantagens, 21
- - - vantagens, 21
- - mediana do antebraço, 22
- - - desvantagens, 22
- - - vantagens, 22
- - metacarpianas, 20
- - - desvantagens, 20
- - - vantagens, 20
- terapia venosa central
- - basílica, 63
- - - desvantagens, 63
- - - vantagens, 63
- - cefálica, 63
- - - desvantagens, 63
- - - vantagens, 63
- - jugular
- - - externa, 64
- - - interna, 65
- - subclávia, 66
- - - desvantagens, 66
- - - vantagens, 66
V 100, cálculo, 100
Vimblastina, 157
Vincristina, 157
Vitaminas, nutrição parenteral, 197, 198

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