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Usado como tratamento de doenças pépticas como dispepsia (engloba vários sintomas epigástricos como: pirose,
sensação de plenitude gástrica, saciedade precoce, distensão abdominal e náuseas). Caracteriza-se pelo
desenvolvimento de ulceras na mucosa exposta à secreção ácida do estômago. Geralmente ocorre no estômago
mas também podem aparecer no esôfago, duodeno e outras partes no intestino. É fortemente associada à dois
fatores de risco:
Outros fatores como redução das defesas da mucosa gástrica e duodenal ou estímulos à secreção de HCl
(tabagismo, etilismo, estresse e dieta inadequada) podem desencadear doença ulcerativa péptica. O
desenvolvimento da DUP baseia-se no desequilíbrio entre os fatores protetores do estômago e os agressivos. O
tratamento consiste na erradicação da H.Pylori ou redução da secreção gástrica.
Fatores agressivos: HCl, isquemia da mucosa (falta de suprimento sanguíneo), pepsina, drogas como aines,
corticoesteróides, cloreto de potássio, eritromicina, agente quimioterápicos, alendronato e zidovidine.
Fatores protetores: muco, secreção de bicarbonato, motilidade normal, fluxo sanguíneo gástrico e duodenal, rápido
turn over do epitélio gástrico (renovação epitelial).
Importância das secreções do estômago: fator intrínseco (a acidez gástrica permite a absorção de vit B12 sendo um
fator antianêmico), HCl combate MO e ativa o pepsinogênio,pepsinogênio converte-se em pepsina na luz gástrica e
participa da digestão de proteínas, muco protege a mucosa contra HCl sendo uma barreira física.
Oxíinticas: responsáveis pela produção de HCl, pepsinogênio, fator intrínseco e muco. Possui 3 tipos de células:
produtoras de muco, células pépticas que secretam grandes quantidades de pepsinogênio e células parietais ou
oxiinticas que secretam HCl e fator intrínseco.
Os sinais nervosos que estimulam a secreção gástrica podem ser originados tanto no cérebro quanto no próprio
estômago através do contato da mucosa com estímulos químicos diversos e também através da distenção do
estômago.
Antiácidos: promovem conforto temporário, não sendo recomendado o uso prolongado por causa efeito rebote.
Por levar à neutralidade de pH, estimula a produção de mais HCl e a neutralização do efeito gástrico pode levar ao
cálculo renal. Nesses casos usa-se hidróxido de magnésio, pois elevadas doses dessa substância aceleram o
esvaziamento gástrico e a motilidade intestinal, mas podem causar diarreias. Associa-se o hidróxido de magnésio
com hidróxido de alumínio.
Antagonistas dos receptores de H2: inibe a secreção gástrica induzida pela histamina, acetilcolina e gastrina.
Receptores H2 existem em varias células mas bloqueadores H2 causam efeitos fisiológicos apenas na secreção de
gastrina. Reduzem o volume da secreção gástrica e aumentam o pH. Utilizados em úlceras e esofagite de refluxo.
Mecanismos:
1- histamina nos mastócitos se liga aos receptores H2 presentes na membrana das células parietais
aumentando o HCl
2- acetilcolina age n receptor muscarínico aumentando o cálcio do citosol aumentando a secreção de HCl
3- gastrina aumenta o cálcio do citosol aumentando a secreção de HCl
Inibidores da bomba de prótons: omeprazol, outros da família ‘prazol’, inibem a secreção da enzima responsável
pela acidificação da secreção das células parietais, inibem até 95% da secreção ácida, tem alta seletividade e com
isso não modificam a secreção de pepsinogênio, fator intrínseco e motilidade gastrointestinal.
Análogos de protaglandinas: misoprostol inibe a secreção ácida gástrica em resposta aos alimentos, histamina,
cafeína através de uma ação direta na célula perietal, elevam o fluxo sanguíneo da mucosa e a secreção de uco e
HCO3. Usado quando o uso prolongado de AINES é necessário e crônico. Causam diarreia, cólicas, contrações
uterinas e relaxamento do colo uterino (aborto). Os análogos das prostaglandinas (PGE1 PGI2)possuem papel
importante na homeostase da barreira protetora da mucosa. As prostagandinas são sintetizadas na mucosa e são
responsáveis pela secreção de muco e bicarbonato, diminuir a secreção de ácido e causam a vasodilatação, e estes
são mecanismo de proteção do estômago contra lesões