Você está na página 1de 3

A influência do Estado para as nossas vidas e os reflexos das práticas

neoliberais no campo educacional.

O estado ao longo dos anos, veio sofrendo com alterações em meio a sua
história até os dias de hoje além disso, o estado legisla, aplica as leis e pune quem
as desrespeita tem poder de subordinar a sociedade que nele vive, podendo impor,
coagir ou convencer o estado tem três elementos essências: poder político, povo e
território.

Ao longo de sua formação o estado veio a sendo moldado, assim criando


várias teorias sobre o mesmo, que vieram através de estudiosos que se dedicaram a
explicar a natureza do estado e as funções que lhe compete. Assim CARNOY
(1990), ao analisar as teorias do estado, chegou em duas concepções antagônicas,
que é o estado promotor do bem comum, e que embasado pelo liberalismo onde o
estado tem por finalidade organizar pairando acima dos conflitos de classes e de
realidade sócio-histórica. A outra chamada de tendência de inspiração marxista que
remete a autores como Marx, Gramsci e Poulantzas.

O estado promotor do bem comum, tem por finalidade organizar o poder


político e propiciar as condições para o livre desenvolvimento das atividades dos
cidadãos, individualmente ou organizados conforme interesses comuns, mas acabou
por não suprir as necessidades do estado pois apesar da aparente relação de
produção capitalista, sempre ocultaram a existência de uma profunda desigualdade
social, decorrente da extração da mais-valia do trabalho assalariado.

Já na concepção marxista, os pensadores rejeitavam a ideia de um estado


que se orientava para o bem comum, o interesse geral ou a justiça igual para todos
consequentemente, conforme esses autores, o Estado determina que a política seja
uma esfera restrita à classe dominante e que a sociedade civil seja despolitizada,
uma vez que o poder político é organizado em benefício de uma classe e em
detrimento de outra.

Assim devido as crises contra o posicionamento do capitalismo, ou seja, as


crises econômicas, decorrentes da livre competição sem normas ou freios as
modificações nas relações do trabalho em decorrência da revolução industrial.
O estado de bem estar social veio com novas medidas na implementação da
economia assim combatendo o excessivo individualismo do sistema capitalista e
procurando atenuar as desigualdades sociais com medidas de controle da
economia, estímulos à produção e garantia de melhor distribuição de bens e
serviços. Mas este novo meio de estado não conseguiu cobrir as novas
necessidades empregadas assim envolvendo-se em conflitos e contradições
decorrentes do esgotamento dos recursos econômicos.

O estado neoliberal destaca algumas aquisições a respeito da educação em


dentre elas estão: atrelar a educação escolar á preparação para o trabalho e a
pesquisa acadêmica ao imperativo do mercado ou às necessidades da livre inciativa:
tornar a escola um meio de transmissão dos seus princípios doutrinários. O que está
em questão é adequação da escola á ideologia dominante, fazer da escola um
mercado para os produtos da indústria cultural e da informática, o que alias é
coerente com a ideia de fazer a escola funcionar de forma semelhante ao mercado,
mas é contraditório porque, enquanto, no discurso, os neoliberais condenam a
participação direta do Estado no financiamento da educação, na prática, não
hesitam em aproveitar os subsídios estatais para divulgar seus produtos didáticos e
paradidáticos.

Enquanto o liberalismo político clássico colocou a educação entre os direitos


do homem e do cidadão, o neoliberalismo, segundo Tomás Tadeu da Silva, promove
uma regressão da esfera pública, na medida em que aborda a escola no âmbito do
mercado e das técnicas de gerenciamento, esvaziando, assim, o conteúdo político
da cidadania, substituindo-o pelos direitos do consumidor.

Concluímos que o estado não se resume a uma organização de políticos e de


funcionários concursados, mas é um organismo, vivo e ativo, que reflete a sua
população. Os seus funcionários e servidores também são cidadãos, que tem suas
rotinas e deveres, e os políticos também não são diferentes, sendo pessoas que
foram eleitas por nós, através das nossas próprias escolhas. Assim, é normal que o
Estado reflita a sua população, seu povo, as pessoas que compõem e escolheram
seus representantes. Porém, no nosso país, temos um descolamento desta
realidade, não nos sentimos representados, não nos sentimos acudidos pelo Estado,
não sentimos que estamos sendo respeitados e muitas vezes vivemos com medo do
que pode acontecer.

Você também pode gostar