Português – 11º ano – gramática

1. Processos fonológicos caféi

 Alteração de segmentos
Estes são modificações sofridas pelos fonemas
na evolução da língua através dos tempos. Assimilação – um fonema torna-se igual ou
semelhante a outro.
 Suspensão de segmentos
Ex:
Aférese – suspensão de um fonema no início ipso > isso
da palavra. bilancia > balancia > balança

Ex: Dissimilação – um fonema diferencia-se de

acume – (latim) > gume um próximo.
enamorar > namorar
Ex:
Síncope – suspensão de um fonema no meio liliu > lírio
da palavra calamellu > caramelo

Ex: Sonorização – uma consoante surda passa para

víride > verde sonora.
fidele > fiel
Ex:
Apócope – suspensão de um fonema no final amicu > amigo
da palavra. lupo > lobo

Ex: Vocalização – vogal passa para consoante

male > mal
et > e Ex:
nocte > noite
 Inserção de segmentos pectu > peito

Prótese – inserção de um fonema no início da Redução vocálica – uma vogal enfraquece e

palavra. torna-se mais fechada.

Ex: Ex:
stucu > escudo barco > barqueiro
spiritu > espírito golo > golear

Epêntese – inserção de um fonema no meio da Crase – duas vogais contraem -se numa só.
palavra.
Ex:
Ex: dolore > door > dor
perla > pérola seer > ser
humile > humilde
Sinérese – duas vogais transformam-se num
Paragoge – inserção de um fonema no final da ditongo.
palavra.
Ex:
Ex: rege > ree > rei
ante > antes ego > eo > eu

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Truncação – redução de uma palavra,

Palatalização – um ou mais fonemas tornam-se eliminando a parte final da mesma.
num som diferente:
Ex:
Iniciais (di > j ; si > x ; le > lh ; ni, ne Exposição – expo
> nh) Hipermercado – hiper
Medias (ch > cl, fl ; lh ; ch) Fotografia – foto

Ex:
hodie > hoje Amálgama – formação de uma nova palavra a
grassia > graxa partir da junção de duas.
clave > chave
Ex:
Metátese – um segmento troca de posição com (informação + automática) = informática
outro dentro da palavra. (cibernética + astronauta) = cibernauta

Ex:
feria > feira Sigla e acrónimo – sigla pronuncia-se letra
frol > flor a letra e acrónimo lê-se.

Ex de sigla:
PJ (polícia judiciária)
2. Processos irregulares de PNL (plano nacional de leitura)

formação de palavras Ex de acrónimo:

ONU (organização das nações unidas)
ICALP (instituto de cultura e língua
Onomatopeia – imitação de um som ou de portuguesa)
uma combinação de sons.

Ex:
Miau – miar do gato
Cri- cri – grilar do grilo
3. Funções sintáticas
3.1 Sujeito e predicado
Extensão semântica – atribuição de um novo
sentido as palavras já existentes. Sujeito – palavra ou expressão
(acontecimento, fenómeno, conceito e ser).
Ex:
Portal, janela, rato e leitor Ex:
(palavras agora usadas pela informática) Aqueles alunos acabaram a prova mais cedo.
A fome ameaça grande parte da população
mundial.
Empréstimo – palavras emprestadas de outros
países Aplicação:
QUEM ?
Ex: do inglês, do francês, do italiano... O QUE É QUE?

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Complemento direto – O QUE É QUE? ou

QUEM É QUE?
3.1.1 Tipos de sujeito
Complemento indireto – A QUEM É QUE?
Sujeito simples – um nome ou um pronome
Complemento oblíquo – O QUÊ?
Sujeito composto – mais do que um nome ou
pronome Complemento agente da passiva – ação sofrida
pelo sujeito.
Sujeito subentendido – não está expresso na
oração Ex:
A sessão foi organizada pelos alunos.
Ex:
A alda sabe costurar. ELA Fez uma saia muito Frase Passiva – A Anabela comprou a
bem feita. bicicleta
(na 2ª oração subentende-se “ela”, referente a Frase Ativa – A bicicleta foi comprada pela
“Alda”) Anabela.

Sujeito indeterminado – quando não está 3.5 Predicativo do complemento direto – um

explicita a pessoa ou quem fez aquilo. nome ou adjetivo após o c.d.

Ex: Ex:
Bateram à porta. (não se sabe quem bateu) Muitos consideram Camões o maior poeta
Aqui vive-se bem. (não se sabe onde é nem português.
quem vive)
c.d predicativo do
3.2 Vocativo – pessoa ou entidade a quem o c.d
locutor se dirige. (está sempre isolado por
vírgulas). 3.6 Modificador – palavra que pode ser
retirada sem causar alteração na frase.
Ex:
Filomena, olha para o teu irmão, que está a Ex:
pedir-te colo. Ele já leu o livro.
Por favor, Vítor, fecha a porta. No sábado passado, eles comeram melancia.

3.3 Predicativo do sujeito – um nome um 3.7 Modificador do nome – atribui

adjetivo, um pronome ou advérbio características a um nome.

Ex: Ex:
Aquela senhora é, a minha professora. As rosas vermelhas são muito bonitas.
O atleta está muito cansado. Gosto de rosas sem espinhos.

Verbos: 3.7.1 Modificador restritivo – restringe-se de

Ser, estar, ficar, continuar, permanecer, quem são as coisas.
parecer, andar, viver, tornar-se, revelar-se
Ex:
3.4 Complementos do verbo – acompanhados Os berlindes do Raul ficam sem brilho.
de um complemento do verbo (direto, indireto, (não se sabe de quem são os berlindes)
oblíquo, agente da passiva)

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3.7.2 Modificador apositivo – dá-se

informação adicional sobre o nome (colocado Explicativa (valor de explicação)
entre vírgulas).
Elementos que as introduzem:
Ex: Que, pois
O nosso colega, um cientista notável, vai ser
condecorado no dia 10 de junho. Ex:
O Manuel deve ter dinheiro pois comprou um
3.8 Complemento do nome – complementa o barco.
nome.

3.9 Complemento do adjetivo – completa a

significação do adjetivo.

4. Orações coordenadas 5. Orações subordinadas

Copulativa (valor de adição)  Adverbial

Elementos que as introduzem: Causal (uma causa)

E, nem, não só...mas também, como,
tanto...como Elementos que as introduzem:
Porque, como, visto que, já que, uma vez que,
Ex: dado que
A marta abriu a porta e entrou.
Ex:
Adversativa (valor de oposição) Ele não foi à escola porque tinha um exame
médico.
Elementos que as introduzem:
Mas, porém, todavia, contudo, no entanto, Temporal (tempo)
apesar disso, ainda assim, mesmo assim
Elementos que as introduzem:
Ex: Quando, mal, apenas, enquanto, sempre que,
Ele come muito, mas não engorda. antes que, logo que, assim que, depois que

Disjuntiva (valor de alteração) Ex:

Quando ele entrou, a Maria estava a cantar.
Elementos que as introduzem:
Ou, ou... ou, já...já, ora...ora ... Condicional (condição)

Ex: Elementos que as introduzem:

Ou trabalhas bem ou, és despedido. Se, desde que

Conclusiva (valor de conclusão) Ex:

Se ele não telefonar, a mãe fica triste.
Elementos que as introduzem:
Portanto, logo, assim, pois, por conseguinte Final (finalidade)

Ex: Elementos que as introduzem:

Ela estudou muito, portanto sabe a lição. Para que, a fiz de que

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 Português – 11º ano – gramática

Ex: Completiva (completa a frase anterior)

Ele fez tudo para que ela fosse feliz.
Elementos que as introduzem:
Consecutiva (tem sempre o que) Que, se

Elementos que as introduzem: Ex:

que Eu pensava que ele sabia cantar.

Ex: Relativa (resposta a frase)

Ele fala tão alto que todos o ouvem.
Elementos que as introduzem:
Quem, quando, onde, como
Concessiva (explicação antes da frase sempre Ex:
antes da vírgula). Quem não arrisca, não petisca.
Sabemos bem quanto isso nos custou.
Elementos que as introduzem:
Embora, enquanto, ainda que, se bem que,
mesmo que, nem que

Ex:
6. Atos ilocutórios
Embora esteja calor, o bebé tem frio.
Atos Características Exemplifica
Comparativa (comparação) ilocutórios ção
Demonstram o - Não
Elementos que as introduzem: Assertivos modo como o acredito que
Como, como se, conforme, do que locutor se posiciona me venhas
face à visitar hoje.
Ex: verdade/falsidade.
Ele canta tão bem como toca.
Fazer com que o - Não
Diretivos interlocutor execute entrem na
 Adjetiva determinada ação. sala antes de
eu dizer.
Relativa restritiva (restringe/ define) O emissor - Garanto-
Compromiss compromete-se a vos que
Elementos que as introduzem: ivos praticar determinada amanhã
Que, cujo, onde ação no futuro. saíram mais
cedo.
Ex:
- Fiquei
Tenho medo de animais que rastejam.
Expressivos Expressão o estado felicíssima
psicológico e com a
Relativa explicativa (explica a frase)
emotivo. prenda que
me
Elementos que as introduzem:
ofereceste.
Que, qual, cujo, onde
Transformação de - os
uma situação a jornalistas
Ex:
Declarativos partir de um não estão
Ele deu-me este livro, que é um exemplar.
enunciado. autorizados
(autoridade) a
 Substantiva

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(profissões) permanecer O locutor permite ao

na sala - recetor,
disse o juiz. sem restrições, a
situação
expressa no enunciado.

Modalidade deôntica
7. Modalidade e valor
modal
Valor de obrigação:
O locutor proíbe ou
Modalidade apreciativa – exprime um juízo impõe
valorativo sobre uma situação descrita. algo ao recetor.
(lamentar, gostar, apreciar, admirar, ...)
Ex de permissão:
Ex: Podem realizar só os trabalhos de casa.
Lamento, que não tenhamos feito aquela Podes usar o balneário do ginásio para tomar
visita de estudo. banho.
Felizmente, a minha prima veio a Portugal.
Ex de obrigação:
Não podem usar o projetor.
Valor de certeza: Deves estudar mais!
O locutor assume uma Têm de reler o conto para amanhã.
posição de certeza face
ao
que afirma.
Modalidade epistémica

Valor de
probabilidade:
O locutor não assume
a
a falsidade ou verdade
do
que afirma.

Ex de certeza:
Ate há pouco o homem era quem tomava
decisões.
O Luiz trazia novidades que contava ao amigo.

Ex de probabilidade:
Talvez amanhã vou às compras.
É possível que este ano melhore as notas.

Valor de permissão: