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1 – Explique o caso em que os negócios jurídicos são considerados nulos a luz do aquele que por ação ou omissão voluntária,

luntária, negligencia ou imprudência, violar


art. 166 CC. direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral.
É nulo quando: I – Celebrado por pessoa absolutamente incapaz: Ex: menores de Ato ilícito civil  a conduta não precisa estar na lei, basta verificar se esse ato
16 anos; II – For ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; III – o motivo causou dano a outrem. Pode ser aplicada cumulativamente com as demais
determinante, comum de ambas as partes, for ilícitos; IV – Não revestir a forma esferas. Ato ilícito criminal  é toda conduta omissiva ou comissiva contrária a
prescrita em Lei: são os casos em que não estejam previstos legalmente; V – For lei. Ato ilícito administrativo  infrações previstas na administração pública,
preterida alguma solenidade que a lei considere essencial a sua validade: são as que não configuram como crime, como por exemplo, dirigir embriagado, sendo
causas que os negócios jurídicos só terão validade se forem celebrados por infração na legislação de trânsito.
solenidade. Ex: casamento, lavratura de escritura pública de adoção, e outros.
VII – a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar
sanção.
9 – Explique os pressupostos da responsabilidade civil.
A responsabilidade civil é qualquer ação ou omissão que possa gerar a
responsabilidade, desde que viole direito e cause dano a outrem. A culpabilidade
2 – Em quais negócios jurídicos é válida a aplicação única e exclusiva de prova é bem mais ampla na área cível, a culpa, ainda que levíssima, obriga a indenizar.
testemunhal? No civil, o menor de 18 anos responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas
- No art. 227 CC, salvo os casos expressos, a prova exclusivamente testemunhal só por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de
se admite nos negócios jurídicos cujo valor não ultrapasse o décuplo do maior maios suficientes, e se a indenização, que deverá ser eqüitativa, não o privar do
salário mínimo vigente no país ao tempo em que foram celebrados. necessário ao seu sustento, ou ao das pessoas que dele dependem.

3 – Explique em que consiste a prova pericial.


- Consiste em prova indireta, pressupõe sempre a figura do perito. A perícia deve
ser encarada como sucedâneo da inspeção judicial. A prova pericial dever ser
utilizada quando ao juiz faltam os conhecimentos técnicos necessários ou quando 10 – No tocante a responsabilidade civil, explique quais os tipos de danos
não pode ou não é oportuno fazer a inspeção. indenizáveis.
No âmbito civil independem de definição típica da lei, emerge do simples fato do
prejuízo, que igualmente viola o equilíbrio social, mas cuja reparação ocorre em
benefício da vítima. Para que surja o dever de indenizar, é necessário,
4 –Explique a distinção entre nulidade relativa e absoluta, quanto aos efeitos, primeiramente, que exista ação ou omissão do agente, que essa conduta esteja
quanto a pessoa que as pode alegar, quanto a ratificação e quanto a ligada por relação da causalidade com o prejuízo suportado pela vítima e, por
prescritibilidade. fim, que o agente tenha agido com culpa.
Nulidade Relativa é a nulidade, com sanção mais branda ao negócio jurídico,
tendo em vista a prática no negócio ou do ato em desrespeito a normas que
protegem certas pessoas, e as suas causas residem no interesse privado.
Nulidade absoluta nulo será o ato que desprezou a forma escrita em lei, ou em 11 – Explique os elementos excludentes da responsabilidade civil
que se utilizou forma que a lei vedava. Quanto aos efeitos  Relativa, os atos Culpa da Vítima, pode ser exclusiva, exclui a responsabilidade, porque cessa a
anulados causam efeitos; Absoluta, não produz direitos no mundo jurídico; relação de causalidade entre o ato do agente e o evento danoso; concorrência de
Quanto as pessoas que as pode alegar Relativa, somente as partes signatárias; culpa, ela se atenua, porque a vítima também contribuiu para o dano com sua
Absoluta, o legislador adotou o critério de ordem pública, podendo argüir a própria negligencia; caso fortuito ou de força maior, cessa igualmente a
nulidade de qualquer interessado em seu próprio nome e por representante do MP responsabilidade, pois a presença de uma dessas circunstancias elimina a idéia de
em nome da sociedade; Quanto a ratificação  ratificar é dar validade ao ato ou culpa, e sem culpa não há responsabilidade.
negócio que poderia ser desfeito por decisão judicial. Por meio da ratificação,
renuncia a faculdade de anulação. Quanto a prescritibilidade  o ato nulo é
imprescritível, a ação anulatória está sujeita a prescrição. Os atos jurídicos de
nulidade absoluta são imprescritíveis, podem ser argüidos em qualquer tempo. 12 – Explique o caso fortuito e a força maior como elementos excludentes da
responsabilidade civil.
Se o evento foi ocasionado por caso fortuito ou força maior, deixa de existir o
elemento culpa, cessando a responsabilidade. No fenômeno do caso fortuito e
5 – Defina simulação, explicando a diferença entre simulação relativa e força maior existem dois elementos: um de ordem interna, que é inevitabilidade
simulação absoluta. do evento, e o outro de ordem externa, que é a ausência de culpa do indigitado
De acordo com Beviláqua, é uma declaração enganosa da vontade, visando agente.
produzir efeito diverso do ostensivamente indicado. Portanto, é aquele que oferece
uma aparência diversa do efetivo querer das partes. Estas fingem um negócio que
na realidade não desejam.
SIMULAÇÃO ABSOLUTA – quando o negócio é inteiramente simulado, quando 13 – Explique a prescrição e seus requisitos
não desejam praticar ato algum. Não existe ato dissimulado, mas existe mero Beviláqua define como sendo a perda da ação atribuída a um direito e de toda sua
simulacro do negócio. SIMULAÇÃO RELATIVA – as partes pretendem realizar capacidade defensiva, em conseqüência do não-uso delas, durante um
um negócio, mas de forma diferente daquela que se apresenta. Desmascarado o ato determinado espaço de tempo.
simulado pela ação de simulação, aflora e prevalece o ato dissimulado. Requisitos: inação do titular do direito  se o titular do direito deixa de
exercer a ação, revelando desse modo seu desinteresse, não merece proteção do
ordenamento jurídico. Transcurso do tempo requer-se o transcurso de um
período de tempo fixado na lei.
6 – Explique os elementos configuradores da simulação, nos termos do art. 167.
Os elementos são: I – aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas
daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem: o intuito do declarante é
atingir, com negócio jurídico dissimulado, um terceiro que não é figurante no
próprio negócio; II – Contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não
verdadeira: quando na compra e venda o preço estampado no título não é
realmente pago; III – Os instrumentos particulares forem antedatados ou pós-
datados: quando no documento particular se coloca data não verdadeira, anterior
ou posterior à real, existe simulação, porque a data constante do documento não é
aquela na qual foi assinada.

7 – Com relação a possibilidade de anulação do ato, explique simulação inocente


e simulação dolosa. Dê exemplos.
Na simulação inocente, a declaração não traz prejuízo a quem quer que seja,
sendo, portanto tolerada. Ex: homem solteiro que, por recato, simula compra e
venda a sua companheira, quando na verdade, faz doação.
Na simulação dolosa, há a intenção de prejudicar por meio do processo
simulatório. Ex: emissão de títulos de créditos em favor de amigos, e posterior
doação em pagamento de bens, em pagamento desses títulos, por marido que
pretende separar-se da esposa e subtrair da partilha tais bens.

8 – Defina atos ilícitos, considerando as esferas cíveis, criminais e


administrativas.
Ato ilícito é aquele ato humano que não se acomoda com a lei, provocando um
resultado que se não afaz à vocação do ordenamento jurídico. No Art. 186 CC, é

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