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Profª.

Enfª Hellen Oliveira


Ø A partir das últimas décadas
do século passado, seguindo
tendência mundial, observa-
se no Brasil dois processos
que tem produzido
importantes mudanças no
perfil das doenças ocorrentes
em sua população.
Ø O primeiro, denominado “ Transição Demográfica”, com
significativa diminuição das taxas de fecundidade, natalidade e
aumento progressivo na expectativa de vida. Como resultado
verifica-se progressivo aumento da proporção de idosos em
relação aos demais grupos etários, tendência essa que deverá se
ampliar nos próximos 20 anos.

Ø O segundo, caracterizado por importante mudança no perfil de


morbimortalidade, denominado de “transição epidemiológica”
que, no Brasil, se apresenta ainda com importantes diversidades
regionais decorrentes das diferenças socioeconômicas e de
acesso aos serviços de saúde, resultando em um “modelo
polarizado de transição”.
Ø Neste modelo de transição temos, em distintas regiões, a
ocorrência ainda alta de doenças infecciosas e o crescimento da
morbidade de mortalidade por Doenças Crônicas Não
Transmissíveis. A transição epidemiológica decorre também
devido a outros fatores como a urbanização, o acesso a serviços
de saúde, meios de diagnóstico e mudanças culturais
expressivas ocorridas nas últimas décadas.

Ø O cenário epidemiológico brasileiro é complexo. Em 1930, as


doenças infecciosas respondiam por cerca de 46% das mortes
em capitais brasileiras. A partir de então, verificou-se a redução
progressiva, sendo que em 2003 essas doenças responderam
apenas por cerca de 5%.
Ø Por outro lado, as doenças cardiovasculares, que representavam
apenas 12% na década de 30, são, atualmente, as principais
causas de morte em todas as regiões brasileiras, respondendo
por quase um terço dos óbitos.

Ø No governo Lula foi criada a Coordenação Nacional para


Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção
da Saúde - CGDANT. Esta coordenação tem como atribuição
principal coordenar a implantação das ações de promoção da
saúde, de vigilância e prevenção de DANT no país.
Ø No Brasil, a área técnica de doenças e agravos não transmissíveis
(DANT) abrange também as doenças decorrentes dos acidentes
e violências, injuries. As doenças crônicas não transmissíveis
(doenças cardiovasculares, neoplasias, doenças respiratórias
crônicas, diabetes e doenças musculoesqueléticas, entre outras)
se caracterizam por ter uma etiologia incerta, múltiplos fatores
de risco, longos períodos de latência, curso prolongado, origem
não infecciosa e por estar associadas a deficiências e
incapacidades funcionais.
Ø Entre as mais importantes se encontram a hipertensão arterial,
o diabetes, as neoplasias, as doenças cérebro vasculares, as
doenças pulmonares obstrutivas crônicas.

Ø De acordo com o instituto Nacional de Câncer - INCA a


magnitude das DCNT pode ser avaliada pelas doenças
cardiovasculares, responsáveis por 31% do total de óbitos por
causas conhecidas. As neoplasias representam a segunda causa
de óbitos, com cerca de 15% em 2003.
Ø Segundo projeções do INCA, os tipos de câncer com maior
incidência, à exceção de pele não melanoma, serão os de
próstata e pulmão no sexo masculino e mama e colo do útero
para o sexo feminino, acompanhando a mesma tendência
observada no mundo.

Ø A prevenção e controle das DCNT e seus fatores de risco são


fundamentais para evitar o crescimento epidêmico dessas
doenças e suas consequências nefastas para a qualidade de vida
e a sistema de saúde no país.
Ø Diante desse cenário epidemiológico o Ministério da Saúde tem
desenvolvido ações que visam reduzir o impacto dessas doenças,
por meio do monitoramento da morbimortalidade e seus
fatores de risco, análise de acesso e utilização de serviços de
saúde, indução e apoio a ações de promoção à saúde,
prevenção e controle, avaliação das ações, programas e políticas.

Ø Alguns fatores causais estão relacionados diretamente com o


tabaco, atividade física insuficiente; uso prejudicial do álcool;
dieta não saudável; pressão arterial alta; excesso de peso e
obesidade; colesterol aumentado.
Ø Contudo, consolidar o sistema de vigilância em doenças crônicas
não transmissíveis (DCNT) em todas as esferas do Sistema Único
de Saúde, em todas as unidades da Federação é de grande
relevância nacional, considerando que suas ações possibilitaram
conhecer a distribuição, magnitude e tendência dessas doenças
e de seus fatores de risco na população, identificando seus
condicionantes sociais, econômicos e ambientais, com o
objetivo de subsidiar o planejamento, execução e avaliação da
prevenção e controle das mesmas.
• A Vigilância das Doenças e Agravos Não Transmissíveis é o conjunto
de ações que proporcionam o conhecimento do padrão de
ocorrência, tendência e mudanças nos fatores determinantes e
condicionantes da saúde, com a finalidade de recomendar e adotar
medidas de prevenção e controle das doenças crônicas não
transmissíveis (DCNT), dos acidentes, das violências e de seus
fatores de risco e estimular ações e estratégias que visem a
promoção da saúde da população.
• Ainda são necessárias estratégias de prevenção e controle para os
principais fatores determinantes e condicionantes das DCNT:

Consumo
Alimentação
Tabagismo nocivo de
não saudável
álcool

Vigilância dos
Inatividade
acidentes e das
física
violências

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