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Aluna:Priciliana de Jesus da Silva Costa

Turma: 3001 – Matrícula: 202001288211

DIREITO PENAL I - CCJ0007


Título
Estudo de Caso 12

Descrição
Caso concreto.

Leia a notícia abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões


formuladas.

No Acre, mulher alega legítima defesa e é absolvida de homicídio contra ex: 'apanhou
por três anos', diz defesa. Ré esfaqueou o ex-marido durante uma briga no bairro Vitória
em Rio Branco, em novembro de 2014. Júri popular entendeu que ela agiu em legítima
defesa após ser agredida.
(Disponível em: https://g1.globo.com/ac/acre/noticia/no-acre-mulher-alega-legitima-
defesa-e-e-absolvida-de-homicidio-contra-ex-apanhou-por-tres-anos-diz-mae.ghtml)

Atualizado em: Atualizado 15/03/2018 18h42.

O Tribunal do Júri de Rio Branco absolveu Karine Fonseca, de 21 anos, acusada de matar
o ex-marido, em novembro de 2014, no bairro Vitória, na capital acreana. À Justiça, ela
alegou que deu uma facada no homem, após ter sido agredida durante uma briga na casa
dele. O julgamento ocorreu no Dia da Mulher, comemorado no dia 8 de março, mas o
Tribunal de Justiça divulgou somente na quarta-feira (14). Um dos advogados de Karine,
Fábio Santos, informou que a mulher já tinha registrado um boletim de ocorrência contra
o ex-marido e que existia uma medida protetiva em seu favor desde o início do ano de
2014. Ele contou que o casal viveu junto por três anos e sofreu agressão desde o início.

No dia do crime, segundo o advogado, a acusada foi até a casa do ex-marido para buscar as
coisas que ele havia comprado para a filha deles, que na época tinha 2 anos, e, quando
chegou, ele pediu que ela ficasse no local por um tempo. Eles dois teriam ingerido bebida
alcoólica e à tarde, quando a mulher disse que ia embora, iniciou-se uma discussão. Nesse
momento, ela correu para a cozinha e pegou uma faca para se defender. Foi quando o homem
se aproximou para seguir com as agressões e ela o atingiu com uma facada na região do
peito. A mulher chamou o Serviço de Atendimento Móvel (Samu) e saiu do local, mas foi
presa em flagrante e ficou no presídio durante três meses. Depois, foi solta e passou a
responder em liberdade. “No dia em que ela foi presa, ela aparentava escoriações, ele tinha
agredido ela no dia que ela o matou. Ele já tinha sido preso anteriormente por agredir a
mulher antes de Karine. Levantamos duas teorias, que foi a legítima defesa e outra foi a falta
de necessidade da pena. Ela apanhou por três anos”, afirmou a defesa. Conforme o TJ-AC, o
Júri Popular entendeu que o homicídio ocorreu em legítima defesa em decorrência da
agressão física e verbal em que a mulher passava pelo ex-marido, no momento em que
decidiu dar a facada.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre ilicitude e causas excludentes,
responda de forma objetiva e fundamentada:

a) Qual a distinção entre legítima defesa e estado de necessidade?


Resposta: A legítima defesa, é prevista no Código Penal: Art. 25 - Entende-se
em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele
injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Para ser assim considerada deve atender a requisitos como: defender-se de uma
agressão injusta, defender-se a si mesmo ou a outro de uma agressão injusta, e
uso moderado de objeto de defesa ou repulsa. É uma excludente de ilicitude
O estado de necessidade é prevista no Art. 24, CP - Considera-se em estado de
necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou
por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo
sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
Quando não resta outra alternativa ao indivíduo, e ele se encontra em situação
de perigo, grave ameaça ou risco iminente de sua vida ou de outrem.A depender
do caso pode ser uma excludente de ilicitude ou culpabilidade.

b) Ainda, o conselho de sentença tivesse entendido que Karine Fonseca atuou


em excesso, ainda assim teria sido absolvida?
Resposta: Não teria sido absolvida, tendo em vista que, legítima defesa é a ação
cometida em no momento da agressão ou ofensa ao bem jurídico, não algo
planejado e covardemente executado. O artigo 25 nos diz que deve-se ser
considerado legítima defesa daquele que usa de meios moderados e necessário
para defender-se a si ou a outrem.

Questão objetiva.

Oficial de Justiça ingressa em comunidade no interior do Estado de Santa Catarina para


realizar intimação de morador do local. Quando chega à rua, porém, depara-se com a
situação em que um inimputável em razão de doença mental está atacando com um
pedaço de madeira uma jovem de 22 anos que apenas caminhava pela localidade.
Verificando que a vida da jovem estava em risco e não havendo outra forma de protegê-
la, pega um outro pedaço de pau que estava no chão e desfere golpe no inimputável,
causando lesão corporal de natureza grave.

Com base apenas nas informações narradas, é correto afirmar que, de acordo com a
doutrina majoritária, a conduta do Oficial de Justiça:

a) não configura crime, em razão da atipicidade;

b) não configura crime, em razão do estado de necessidade;


c) configura crime, mas o resultado somente poderá ser imputado a título de
culpa, em razão do estado de necessidade;

X Resposta certa: d) não configura crime, em razão da legítima defesa;

e) configura crime, tendo em vista que não havia direito próprio do Oficial de
Justiça em risco para ser protegido.

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