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34º REPONTE DA CANÇÃO

SOPAPEANDO
Linha Manifestação Regional - Batucada

Letra: Carlos Roberto Hahn


Música: Kako Xavier

Veste de couro em tronco oco Um sopapo no ouvido isso deve


acorda até ouvidos moucos ser doído.
de senhores das charqueadas. Um sopapo bem no queixo, ah,
Nos corações ele retumba, isso eu não deixo.
voz de Zumbi e Ganga Zumba Sopapo no sopapo é muito natural.
na mão preta aveludada Sopapo na avenida é carnaval.

Ecoa com voz de trovão Percutindo o instrumento,


como pulsa um coração em suaves movimentos,
que em diástole se expande. é o seu revide à escravidão.
Tem alma de canhambora Pelas dores da chibata,
numa luta mundo afora no sopapo nos arrebata
feito N’zinga M’ bandi. e nos concede o seu perdão.

Pássaro Azul, pelos ares,


à avenida traz Palmares,
massageando o seu tambor.
A maciez do seu trato
Carlos Roberto Hahn é de Nova
na pele alva do sopapo
Tramandaí. Kako Xavier é de Pelotas.
é sublime ato de amor.

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34º REPONTE DA CANÇÃO

BAMBAQUERERÊ SINHÁ
Linha Manifestação Regional - Lundú

Letra: Diego Müller e Martim César, de Canoas


Música: Érlon Péricles, de Porto Alegre

BATUQUE DE RODA – NA PALMA DA MÃO! BAMBAQUERERÊ!...


O NEGRO CANTANDO A REDENÇÃO! BAMBAQUERERÊ!!!
BATUQUE DE RODA – NA PALMA DA MÃO! BAMBAQUERERÊ!...
O NEGRO CANTANDO A REDENÇÃO! BAMBAQUERERÊ!!!
I- II-

Forma a roda – bate o couro... Vem dançá, chega pra roda...


Bate palma – senta o pé!... Quer não quer, meu “Quererê”!...
Senzala levanta a poeira, – Dança de umbigo co´ umbigo,
Que é pra vê quem é que é! Umbigada é o que vai “tê”!

Sou escravo da charqueada, Dói no boi a dor do corte,


Mas de noite, não sou não!... Sal do charque dói nas “mão”...
Negro é livre pra “cantá”: Dói tão pouco, mesmo a morte:
Pode “tê” nenhum patrão! Dói bem mais a escravidão!

Sinhazinha – vem, se achega, Sinhazinha – vem, se achega,


Sempre “oiando” o casarão!... Sempre “oiando” o casarão!...
Quer se “achegá” e não pode, Quer se “achegá” e não pode,
Não resiste à tentação! Não resiste à tentação!

É “sopapo”... “treme-terra”... É “sopapo”... “treme-terra”...


Segura que eu quero “vê”!... Segura que eu quero “vê”!...
Hoje é noite de quizomba, Hoje é noite de quizomba,
Vem – Sinhá – Bambaquerê!!! Vem – Sinhá – Bambaquerê!!!

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