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PROJETO HIDROSSANITÁRIO

RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR

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PROJETO HIDROSSANITÁRIO

Cliente: Maria Gadelha.


Obra: Residência Unifamiliar
Endereço: Rua Chisa, Bairro Novo Amazonas, Manacapuru/AM.
Área da área: 121,91m²

Responsável Técnico:
Engenheiro civil: CREA 00000D/AM.
ART nº 2022000

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SUMÁRIO:

1. OBJETIVO GERAL DO PROJETO..........................................................................................................................03

2. DOCUMENTOS COMPONENTES DO PROJETO.................................................................................................03

2.1. Memoriais Descritivos.........................................................................................................................................04


2.2. Pranchas ..............................................................................................................................................................05
2.3 Anexos..................................................................................................................................................................06

3.MEMORIAIS

3.1 - Memorial Descritivo de Águas FRIA..............................................................................................................07


3.2 - Memorial Descritivo de Esgoto Sanitário........................................................................................................08
3.3 - Memoriais – Considerações finais...................................................................................................................09

4. PRANCHAS

ARQ – 01/10 – Planta de Situação, Locação e Cobertura;


ARQ – 02/10 – Planta Baixa;
ARQ – 03/10 – Cortes;
ARQ – 04/10 – Fachadas;
IH – 05/10 – Abastecimento de Águas;
IH – 06/10 – Detalhes Isométrico;
DET – 07/10 – Detalhes Executivos;
ES – 08/10 - Encaminhamento das Águas servidas;
ES –09/10 - Detalhes na Esc. 1:20;
ES – 10/10 - Projeto da Fossa e Sumidouro

5. ANEXOS
Anexo –I – Memorial de Calculo de Fossa e Sumidouro;

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1. OBJETIVO GERAL DO PROJETO
O presente projeto visa descrever e especificar as condições e equipamentos necessários para a
execução e utilização das Instalações Hidrossanitárias, de uma edificação Residencial Unifamiliar com 121,91m²
a ser construída, localizado na Rua da Chisa, bairro Nova Amazonas I, Manaus/AM., de propriedade da Maria
Gadelha,
Serão contempladas neste projeto as instalações prediais de água fria, de esgotamento sanitário,
juntamente com o projeto da fossa e sumidouro de acordo com as Normas Técnicas brasileiras vigentes, normas
da concessionária local e Legislação Municipal.

2. DOCUMENTOS COMPONENTES DO PROJETO


São documentos componentes deste projeto:

2.1 – Memorial Descritivo


Enumerados no Capítulo 3 do sumário visa descrever os cálculos, normas atendidas e processo construtivo das
instalações contempladas no projeto.

2.2– Pranchas

Material impresso, enumeradas no Capítulo 2 do sumário, visam ilustrar e detalhar o projeto da Fossa Séptica e
do Sumidouro e orientar os executores da obra.

2.3– Anexos

Materiais gráficos ou documentos que forem necessários para o bom entendimento do projeto, listados no final do
sumário.

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3. MEMORIAIS

Seguem, neste capítulo os memoriais descritivos das instalações completadas no projeto.

3.1 – Memorial Descritivo das Instalações de Água Fria Potável

Normas Técnicas: NBR 5626/98 – Instalação Predial de Água Fria

Normas Técnicas: NBR 5648 - Tubos de PVC rígido para instalações prediais de água Fria –
Especificação.

Alimentação: A edificação terá um reservatório superior de 1000 litros (Vide calculo da reservação,
abaixo) com alimentação pela rede publica (concessionaria local), através de tubulação de PVC com Ø25
mm enterrada a uma profundidade de 30 cm, conforme indicado na Prancha IH 05/10.

Consumo diário: O consumo diário foi calculado de acordo com a taxa de ocupação de 1pessoa/15m² e uma
taxa de consumo de 160L/pessoa x dia . Segue o calculo do consumo diário de água.

P(População) = 121, 91m²/ 1 pessoa/15m³

P= 8 pessoas

Consumo: 160L/ pessoa x dia

Adotando-se reservação para 1 dia de consumo temos;

Volume total da reservação (V₁)=8 pessoas x 130L/pessoa x dia  (V₁)= 1040,00m (Adotado reservatório
1.000 L (Ref. Bakof Tec)

O reservatório deve sofrer manutenção e limpeza periódicas, observando os seguintes itens da NBR
5626/98.

6.5.1.1 O construtor deve entregar a instalação predial de água fria em condições de uso. Para tanto, devem
ser executadas a limpeza e a desinfecção aqui estabelecidas, cujo objetivo é garantir que a água distribuída
pela instalação atenda ao padrão de potabilidade. Procedimentos diferentes devem ser adotados em função
do tipo de abastecimentos utilizado na parte da instalação objeto da limpeza.

6.5.1.2 A desinfecção é uma operação destinada a reduzir a presença de microrganismos, patogênicos ou


não, a números que obedeçam ao padrão de potabilidade; A substância usada deve ser o cloro livre, obtido,
por exemplo, pela dissolução de hipoclorito de sódio na água a ser desinfetada. O efeito desejado é função
da concentração de cloro livre e do tempo de contato dele com microrganismos. Cuidados especiais devem
ser tomados no armazenamento e manuseio das soluções concentradas usadas para obtenção do cloro livre,
recomendando-se, em particular, que o pessoal responsável pela execução tenha treinamento adequado.

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6.5.1.3 Outros procedimentos de desinfecção podem ser empregados, desde que atendam ao critério de
garantia do padrão de potabilidade de água.

6.5.1.4 Os efeitos resultantes das operações de limpeza de desinfecção podem provocar impactos
ambientais em determinadas circunstâncias. Desta forma, o órgão responsável pelo meio ambiente deve ser
notificado para que tais operações sejam efetuadas atendendo as exigências estabelecidas;

Devem ainda ser observados os itens 6.5.2 e seus sub-itens e 6.5.3.

Distribuição de Água FRIA: Toda a tubulação de água fria POTÁVEL será em PVC Soldável. Saindo do
reservatório superior a água passará sobre a laje de cobertura e descerá por colunas de água fria. A
distribuição de água fria até os pontos de consumo será feita com tubulações embutidas na parede conforme
trajeto e diâmetros apresentados na Prancha IH 05/10 (Água Fria_ Abastecimento da caixa d’água).

4. DIMENSIONAMENTO DAS COLUNAS DA ÁGUA FRIA:

AF-01 VAZÃO (l/seg.) PESO


01 Lavatório 0,15 0,30
01 Caixa de descarga 0,15 0,30
01 Ducha 0,20 0,40
01 Torneira lavagem 0,20 0,40
01 Chuveiro 0,20 0,40

TOTAL= 0,90 TOTAL=1, 80 = Ø ¾”

AF-02 VAZÃO (l/seg.) PESO


01 Lavatório 0,15 0,30
01 Caixa de descarga 0,15 0,30
01 Ducha 0,20 0,40
01 Torneira lavagem 0,20 0,40
01 Chuveiro 0,20 0,40
TOTAL= 0,90 TOTAL=1, 80 = Ø ¾”

AF-03 VAZÃO (l/seg.) PESO


01 Lavatório 0,15 0,30
01 Caixa de descarga 0,15 0,30
01 Torneira lavagem 0,20 0,40
01 Chuveiro 0,20 0,40
TOTAL= 0,70 TOTAL=1, 40 = Ø ¾”

AF-04 VAZÃO (l/seg.) PESO

01 Pia de cozinha 0,25 0,70


TOTAL= 0,25 TOTAL=0,70 = Ø ¾”

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AF-05 VAZÃO (l/seg.) PESO
02 Pia de cozinha 0,25 0,70
TOTAL= 0,25 TOTAL= 0,70 = Ø ¾””

AF-06 VAZÃO (l/seg.) PESO


01 Tanque 0,25 0,70
01 Maquina de Lavar Roupa 0,30 1,00

TOTAL=0,55 TOTAL=1,70=Ø3/4”

V Cálculo de Velocidade Máxima do Fluxo


V = 14 D
Lavatório/Chuveiro:
V = 14 0,04 V = 14 . 0,02 V = 2,8 m/s
Vaso Sanitário:
V = 14 0,1 V = 14 . 0,31 V = 4,34 m/s
Pia Residencial:
V = 14 0,04 V = 14 . 0,02 V = 2,8 m/s
Tanque:
V = 14 0,04 V = 14 . 0,02 V = 2,8 m/s
Máquina de Lavar Roupa:
V = 14 0,075 V = 14 . 0,27 V = 3,78 m/s

3.2– Memorial Descritivo de Esgotos Sanitários

NBR 8160/99 – Sistemas Prediais de Esgoto Sanitário

NBR 7229/93 – Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos.

NBR 13969/97 – Tanques sépticos – Unidades de tratamento complementar e disposição final dos
efluentes líquidos – Projeto, construção e operação.

Ramais de descarga, desconectores (Caixas sifonadas), ramais de esgoto: serão em PVC Série Normal,
majoritariamente locados sob o piso do pavimento atendido e / ou enterrados. Alguns pontos ( na parede )
serão embutidos na alvenaria e estão marcados nas pranchas. Diâmetros, declividade e traçados indicados
nas pranchas.

Ventilação: Todas as tubulações de ventilação serão em PVC Série Normal, com dimensões indicadas nas
pranchas e diâmetros constantes em toda sua extensão. Nos trechos horizontais, devem ter inclinação
mínima de 1% (ascendente). As colunas devem ser prolongadas na sua extremidade superior traspassando
o telhado em no mínimo 30 cm e estar provida de terminal tipo tê ou chaminé, que impeça a entrada de
águas pluviais.

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Caixas de inspeção Tigre (ou circular com área equivalente).: a caixa é feita em plástico do tipo PVC
semelhantes a canos por ser resistente e suportar a alta pressão da água , tem dimensões ø 100mm de entrada
e igual medida de saída de altura tem 29,5 cm e 39 cm de comprimento.de diâmetro de entrada e igual
temos uma caixa de inspeção da tigre

Caixas de inspeção ou passagem: serão executadas em concreto pré-moldado ou alvenaria de tijolos


maciços, com fundo argamassado que impeça a formação de “cantos vivos” e permita o perfeito e total
escoamento dos dejetos. Todas as caixas terão base de 60 cm x 60 cm

Sub coletores e coletores: em PVC Série Normal, com diâmetros e declividades indicados em pranchas.

Quanto à inspeção e manutenção deverão ser observados os seguintes itens do Anexo F da NBR
8160/99:

F.4 Inspeção Periódica:

F.4.1 É recomendado o planejamento de inspeções periódicas no sistema predial de esgoto com vistas a
detectar os defeitos que venham a ocorrer em função do uso indevido e ao próprio tempo de uso das
instalações.

F.4.2 Recomenda-se a confecção de roteiros de inspeção nos principais pontos críticos do sistema, que
podem ser identificados no projeto, e a correção destes roteiros é feita ao longo do tempo, visando melhor
adaptar a característica de funcionamento do sistema;

F.4.3 Para cada serviço de manutenção realizado recomenda-se o preenchimento de uma ficha de
manutenção, que servirá de subsídio para o planejamento de futuras manutenções. Estas fichas devem ser
arquivadas de forma sistematizada e serem de conhecimento dos responsáveis pelos serviços de
manutenção na edificação;

3.2 - NORMAS DE EXECUÇÃO

3.2.1. As tubulações devem ser executadas obedecendo as Normas pertinentes, por pessoal especializado e
habilitado para serviços da presente natureza, obedecerão às exigências da Norma e serão executadas de
acordo com estas recomendações:

3.2.2. Os serviços deverão ser executados de acordo com o andamento da obra, devendo ser empregadas
somente ferramentas apropriadas para cada tipo de serviço.

3.2.3. Todos os ramais horizontais deverão ser assentados sobre apoios, a saber:

3.2.4.. Em tubulações enterradas: lastro de areia ou terreno firme compacto.

3.2.5. Em tubulações sobre lajes: serão apoiadas sobre lastros contínuo de tijolos com argamassa de cimento
e areia.

3.2.6. Em tubulações suspensas: serão fixadas na estrutura por meio de suportes apropriados.

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3.2.7 As tubulações de PVC (Cloreto de Polivinila) rígido não poderão, em hipótese alguma, ficar sujeitas
a solicitações mecânicas ou ser embutidas em elementos estruturais da edificação.

3.2..8. Em tubulações enterradas, os tubos de PVC deverão estar, no mínimo, a 0,80m de profundidade se
houver tráfego, e 0,60m nos demais casos.

3.2.10. Todas as tubulações deverão ser testadas, como segue:

3.2.11 Tubulações de esgotos: será testada por meio de carga hidrostática, devendo o referido teste durar
06 horas, sem que sejam detectados vazamentos.

3.2.12 Os tubos ponta e bolsa serão assentados com as bolsas voltadas para montante, isto é, no sentido
oposto ao do escoamento.

3.2.13. As canalizações das tubulações de esgoto devem ser feitas de modo que os reparos de que venham
a necessitar possam ser executadas facilmente sem que haja danos na estrutura da edificação.

Obs.: Antes de serem testados, os tubos não devem ser embutidos, cobertos ou isolados.

Os esgotos sanitários recolhidos da residência serão encaminhados ao conjunto Fossa + Sumidouro


localizado no nível 0,00 ao lado da garagem (vide Prancha ES 01/02).

Seguem abaixo os dimensionamentos destes dois componentes:

Fossa Séptica:

Fossa Séptica de Câmara em Única.


O número máximo de contribuintes estimado será de 08 pessoas.
Os efluentes da fossa serão dispostos em um Sumidouro.

Projeto de Construção:
A fossa será construída em alvenaria, possuindo chicanas de concreto na entrada e na saída, conforme desenho anexo.
A laje de cobertura será de concreto armado, com aberturas para inspeções, com tampões hermeticamente fechados
de diâmetros de 60 cm, ficando estes ao nível do terreno. O fundo será executado em concreto simples, com caimento
para o centro para facilitar a remoção do lodo depositado no fundo.

Memorial de Calculo Fossa e Sumidouro:


Calculo de Fossa.
Atendendo a Norma NBR-7229 de Setembro de 1993;
Teremos:

V= 1000+N(CT+KLF)
N= Numero de Pessoas = 08
C= Contribuição de Despejos =160L / Pessoa x dia (padrão alto)
K= 57(Intervalo Entre 1 Anos de Limpeza de Fossa)
LF= Contribuição de Lodo Fresco = 1litros / Pessoa x dia
T= Período de Detenção dos Despejos = 07x160= 1.120 litros p/ Tabela T=1,00(24horas)
Pela Tabela 2 Teremos T = 1

Logo:
V=1000+N (C x T + K x LF)
V=1000+08(160x1+57x1)
V=1000+08(160+57)

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V=1000+08(217)

V=1000+1519= 2519litros ou 2,52m³

De acordo com a tabela 4 determina-se a largura (L), comprimento (B) a partir da altura (h) estimada em função do
volume útil.
1,20m ≤ h ≥ 2,20m para volume útil até 6,00m³.
Adotaremos h= 1,30m, considerando que o terreno apresenta certa resistência de escavação. Usando uma relação
empírica que estabelece a seguinte relação.
Largura x Base=2,52/1,30=1,94m  Adotando-se B=1,00, tem-se:
L x B= 1,94 L=1,94/1,00 L=1,94m ≈ 2,00m

Comprimento útil = L=2,00m


Largura útil = b= 1,00m
Altura Útil do Nível do Liquido =h= 1,30m
Altura Total = H=1,80m

Volume=L x b x h = 2,00x 1,00x 1,30 = 2600litros ou 2,60m³


Será uma fossa com capacidade para 2,600litros.

Sumidouro:
Considerações:
a) Poço destinado à recepção de afluente da fossa séptica e a permitir a sua infiltração subterrânea;
b) Solo suficientemente permeável no qual encontramos uma taxa de absorção de 50 litros / m² / dia;
c) Número máximo de pessoas não ultrapassará de 07 pessoas.

Projeto de Construção:
Serão construídos em tijolos com enchimento de brita ou areia. As lajes de cobertura dos sumidouros serão em
concreto armado, dotado de aberturas para inspeções com tampões hermeticamente fechados de diâmetros de 60 cm,
ficando estes, ao nível do solo. Foram consideradas como superfície útil de absorção, as paredes laterais foram
aproveitadas até a altura de entrada dos efluentes.

CALCULO DE SUMIDOURO:

Atendendo a Norma NB-41 Teremos:

1) VOLUME A INFILTRAR

V= N x C x T  V= 07x160x1  V= 1.120litros

2) ÁREA A INFILTRAR
Onde:
A = Área de infiltração;
V = Volume de contribuição diária em L/dia;
C1= Coeficiente de infiltração (L/m² x dia)=50L/m²/dia

V 1.120
A = C₁ A = 50
 A= 22,40m²

Adotaremos Ø D=1,50m

A 7,00
h= h=  h= 7,00/4,71=1,48m
πxDxTx 3,14x1,50x1

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adotaremos h = 1,50m (Altura útil).

Adotaremos 1 Sumidouros com as seguintes dimensões:

Diâmetro = 1,50m

Altura Útil = 1,50m

Teste de Absorção:

Determinação da capacidade de absorção do solo de acordo com a norma NBR 7229 / 83.

Para Determinação do índice de absorção do solo usou-se o ensaio para fossa e sumidouro, conforme
prescreve a norma em referência.

Procedimento:
Escavou-se em diferentes pontos covas com 30 cm de largura, comprimento e profundidade;
Procedeu-se a raspagem dos lados das covas e retirou-se todo material solto;
Foi colocada uma camada de seixo de espessura de cinco cm no fundo das covas;
Ensaios:
Mantiveram-se as covas cheias de água por um período de 04 horas;
No dia seguinte encheram-se as covas com água e esperou-se a infiltração total;
Para completar o ensaio, encheu-se as covas até a altura de 15 cm e foi observado que em 06 minutos houve
infiltração de 01 cm de água, que conforme gráfico anexo, equivale a um índice de absorção do solo de 50litros /m²
/ dia.

Engenheiro civil– CREA 00000D/AM.4

ART Nº. 2022000

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