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TEXTO 2: “Cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo — 15% da população global — tem algum tipo
de deficiência documentada. No Brasil, segundo o Censo 2010 do IBGE, quase um quarto da população
declarou ter algum grau de dificuldade em pelo menos uma das habilidades investigadas (enxergar, ouvir,
caminhar ou subir degraus) ou possuir deficiência mental/intelectual. A incidência é semelhante nos EUA e
no Reino Unido. Apesar desses números, as pessoas com deficiência sofrem discriminação generalizada em
quase todos os níveis da sociedade. O capacitismo pessoal pode ser um xingamento ou ato de violência
contra uma pessoa com deficiência, enquanto a capacitismo sistêmico se refere à desigualdade que as
pessoas com deficiência vivenciam como resultado de leis e políticas. Mas o capacitismo também pode ser
indireto, até mesmo não intencional, na forma de microagressões linguísticas. Por mais que a gente goste de
pensar que é cuidadoso na hora de escolher as palavras, o capacitismo linguístico está difundido no nosso
vocabulário. Os exemplos estão por toda parte na cultura popular, e provavelmente você mesmo já usou
algumas expressões. Muitas vezes, o capacitismo linguístico surge nas gírias que usamos, como falar para
alguém "deixar de ser retardado" ou dizer que "fulano tem TOC" (Transtorno Obsessivo-Compulsivo).”
(Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/vert-cap-56926469. Acessado em: 16/09/2022).
TEXTO 3: “A presença de pessoas com deficiência na mídia tem se tornado constante. Não há como negar
que personagens de ficção tiveram seu papel importante para o tema se evidenciar. Isso também fez
aumentar sensivelmente a quantidade de reportagens sobre o assunto nos jornais, rádios, TVs e internet.
Calçadas esburacadas, falta de rampas, ônibus adaptados, qualificação profissional e lei de cotas para o
mercado de trabalho são apenas alguns dos temas recorrentes. Entretanto, há aspectos que precisam ser
observados nas redações quando vai se tratar do assunto. [...]. Os movimentos mundiais das pessoas com
deficiência, inclusive os do Brasil, assinaram a Convenção Internacional para Proteção e Promoção dos
Direitos e Dignidades das Pessoas com Deficiência, aprovada pela Assembleia-Geral da ONU em 2006, e
ratificada no Brasil em julho de 2008. Entre vários outros aspectos, de que forma preferem ser chamados:
Pessoa com Deficiência. O objetivo é valorizar o ser humano, e não sua condição permanente ou passageira,
e isso precisa ser levado em consideração quando se vai se contar uma história na reportagem, pois ajuda a
levar para a sociedade estes mesmos conceitos. Colocar alguém com deficiência como entrevistado é mais
do que necessário, mas a condição dele não pode transformá-lo num herói, quando ele é apenas um ser
humano com seus direitos e deveres como qualquer outro cidadão. O bom-senso é um excelente caminho
nesses momentos. Ponderar o motivo daquela pessoa com deficiência estar presente na reportagem e o que
realmente é relevante, sem colocá-la em situações constrangedoras.”
(Disponível em: https://www.inclusive.org.br/arquivos/19271. Acessado em: 16/09/2022).
TEXTO 4:
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa
sobre o tema “Os desafios do combate ao capacitismo na sociedade brasileira”, apresentando proposta de
intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.