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A larva, o casulo
e a borboleta
https://youtu.be/8kxzj3wczY4

“Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo” (Ec 3.11a).

1ª fase
A larva não se reproduz, somente se alimenta

• A larva é o nome que se dá à fase inicial dos animais que precisam passar
pelo processo de metamorfose para se desenvolverem, como, por
exemplo, o que ocorre com as borboletas.
• A larva permanece nesta primeira fase de sua vida por um período que vai
de poucos meses até mais de um ano, ocasião em que ela não se
reproduz, vivendo apenas para comer (geralmente folhas), crescer e
guardar energias.
• A primeira fase da vida do cristão é uma fase em que ele deve se alimentar
para crescer e fortalecer a fé que lhe gerou a vida. Tal alimento é
fundamental para gerar nele energia para a próxima fase de sua vida e,
por isso, ele não pode deixar de buscar um alimento constante e rico em
nutrientes, pois, senão, não terá forças para construir o seu futuro casulo.

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• Na caminhada do crescimento da fé, precisamos nos alimentar

constantemente da Palavra de Deus:

“Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o

homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt
4.4).

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para

a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim
de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado
para toda boa obra.” (2Tm 3.16).

A larva produz fios de seda

• Apesar de ainda não se reproduzir, a larva produz fios de seda (ou fios
semelhantes), que se prendem à superfície onde ela está.

Estes fios apontam à unidade...

• Os interligados fios de seda apontam à necessária comunhão dos irmãos,

aos relacionamentos edificantes que devem ser desenvolvidos desde cedo,
na caminhada da fé, e alicerçados, sendo algo extremamente necessário:

“Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns;

antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia
se aproxima” (Hb 10.25).

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“Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos

comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos
purifica de todo pecado” (1Jo 1.7).

... que não apenas nos abençoa, mas nos torna abençoadores

• O cristianismo não é uma mera declaração doutrinária sobre o que

cremos, mas um exercício diário que visa o crescimento espiritual –
nosso, e daqueles que nos cercam.
• Os fios que a larva produz estão interligados, demonstrando nossa
interdependência uns com os outros, a fim de nos tornarmos mais fortes e
frutíferos:

“Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se

disser o pé: Porque não sou mão, não sou do corpo; nem por isso
deixa de ser do corpo. Se o ouvido disser: Porque não sou olho,
não sou do corpo; nem por isso deixa de o ser. Se todo o corpo
fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde, o
olfato? Mas Deus dispôs os membros, colocando cada um deles
no corpo, como lhe aprouve... para que não haja divisão no corpo;
pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em
favor uns dos outros” (1Co 12.14-18,25).

“Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele

que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e
consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa
cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a
edificação de si mesmo em amor” (Ef 4.15-16).

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Estes fios revelam a força que temos, nos trazendo proteção

• Apesar de a larva se locomover tão lentamente, os seus frutos (neste caso,

os seus fios) demonstram a força daquilo que produz.
• É interessante observar que, ainda nãque o estejam dentro do casulo, esses
fios servem como abrigo contra predadores, como os insetos.
• Não podemos menosprezar o poder de nossa fé em Cristo. Uma vida de
fé é capaz de fazer proezas, de remover montanhas, de fazer-nos andar
sobre as águas. Apesar de ainda serem larvas, seus fios são
suficientemente fortes para cortarem os adversários, assim como a nossa
fé, pois, por mais jovens que sejamos na caminhada cristã, nos capacita a
vencer o adversário e o mundo por ele contaminado e influenciado:

“Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus

permanece em vós, e tendes vencido o Maligno... porque todo o
que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence
o mundo: a nossa fé” (1Jo 2.14b; 5.4).

2ª fase
O casulo é necessário para a borboleta surgir

• Ao atingir a fase da pupa, depois de várias mudanças de pele, a larva

começa a usar seus fios para construir o casulo e entrar em uma nova fase
da vida, na qual acontecem as grandes mudanças, pois é quando os tecidos
do seu corpo vão se modificando.

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• Há momentos da vida em que Deus nos leva ao confinamento, ao deserto,

e ali, ainda que passemos por lutas e perdas, até mesmo humilhações e
fomes (dificuldades financeiras), devemos nos lembrar que, nesta fase:
o Deus está nos guiando a uma nova terra, “onde mana leite e mel”
o Deus está nos provando
o Deus está nos sustentando com o maná
o Deus nos está conduzindo a prática de nossa fé em sua Palavra:

“Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o SENHOR, teu Deus, te

guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar,
para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus
mandamentos. Ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com
o maná, que tu não conhecias, nem teus pais o conheciam, para te dar a
entender que não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede
da boca do SENHOR viverá o homem” (Dt 8.2-3).

3ª fase
Somente quando o casulo é rompido, a borboleta pode voar

“Não to mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te

espantes, porque o SENHOR, teu Deus, é contigo por onde quer
que andares” (Js 1.9).

• Quando a borboleta está madura em seu confinamento, ela rompe o casulo

e libera as suas asas.
• Ela só consegue mostrar a sua beleza e voar quando rompe o casulo, e sai
da zona de conforto.
• Precisamos romper com aquilo que nos prende, com a acomodação que
nos neutraliza, e, somente assim, voaremos.

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• Nada na vida se consegue sem esforço. Sem esforço não

aprenderíamos a escrever, a estudar, a dirigir, a trabalhar. Sem
esforço morreremos cedo em nosso casulo, sem sequer abrir as nossas
asas, a alcançar alvos, a conquistar metas.
• Temos que nos esforçar para crescermos espiritualmente em tudo, seja na
luta da santificação, na leitura bíblica, na oração, no desenvolvimento dos
dons espirituais ou na produção contínua de frutos:

“Eis que o semeador saiu a semear. E, ao semear, uma parte caiu

à beira do caminho; foi pisada, e as aves do céu a comeram. Outra
caiu sobre a pedra; e, tendo crescido, secou por falta de umidade.
Outra caiu no meio dos espinhos; e estes, ao crescerem com ela,
a sufocaram. Outra, afinal, caiu em boa terra; cresceu e produziu
a cento por um... Este é o sentido da parábola: a semente é a
palavra de Deus. A que caiu à beira do caminho são os que a
ouviram; vem, a seguir, o diabo e arrebata-lhes do coração a
palavra, para não suceder que, crendo, sejam salvos. A que caiu
sobre a pedra são os que, ouvindo a palavra, a recebem com
alegria; estes não têm raiz, creem apenas por algum tempo e, na
hora da provação, se desviam. A que caiu entre espinhos são os
que ouviram e, no decorrer dos dias, foram sufocados com os
cuidados, riquezas e deleites da vida; os seus frutos não chegam a
amadurecer. A que caiu na boa terra são os que, tendo ouvido de
bom e reto coração, retêm a palavra; estes frutificam com
perseverança (ὑπομονή, ripomonê)” (Lc 8.5-8, 11-15).

• Devemos permanecer frutificando, com perseverança = ὑπομονή, de ὑπο

(ripo, “sob”) e μενω (mêno, “permanecer”, “residir”).

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A borboleta, ao sair do casulo, se reproduz

• Não podemos nos acomodar. Devemos procurar crescer, e, tal como um

dia fomos gerados, devemos multiplicar não apenas os nossos dons, mas
também reproduzir mais ovelhas do rebanho de Cristo:

“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade

me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de
todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos
tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à
consumação do século” (Mt 28.19-20).

Conclusão: A borboleta embeleza o mundo

• A borboleta aponta a uma nova fase, onde a maior das belezas – a glória
do Senhor – é demonstrada e percebida a todos:

“Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo,

tanto nos que são salvos como nos que se perdem” (2Co 2.15).

• Saia do casulo, voe com as belas asas que Deus lhe deu e brilhe a luz de
Cristo neste mundo:

“Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade

edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para
colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos
os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz

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diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e

glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mt 5.14-16).

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