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Gêneros textuais:

Texto jornalístico de divulgação


científica
Texto científico
Introdução
O que é ciência?
O que é pesquisa científica?
Como divulgamos a
pesquisa?
PAINEL
APRESENTAÇÃO ORAL
ARTIGO CIENTÍFICO
RELATÓRIO
MONOGRAFIA/DISSERTAÇÃO/TESE
Texto de divulgação científica se destina a
divulgar ciência à população com finalidade
de divulgar as próprias descobertas , além de
colaborar a inserção da sociedade em
assuntos científicos.

Jornalismo Científico se destina também a


informar sobre ciência.
VI Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão - JENPEX
04 a 07 de outubro de 2022, Primavera do Leste (MT)
Morro da
Janela

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: UMA VISITA AO SÍTIO ARQUEOLÓGICO


MORRO DA JANELA EM JARUDORE, POXORÉU - MATO GROSSO - PARTE I
Everaldo Pereira dos ANJOS, Denis Silva NOGUEIRA, Max Rodrigues VIEIRA, Renato Emanuel SILVA, Frank Luiz Rosa CHAGAS , Adriano Eugênio da SILVA, Thiago Fernandes de ASSIS, Alan de Sousa
OLIVEIRA, Lara Soares das NEVES, Gustavo Lemes dos SANTOS, Gustavo Henrique Roeder PEZINI, Camila Guzman TORRICO, Felipe Daniel Almeida PINHO, Orochi Oliveira DE MELO, Otávio Rodrigues
SANDRIN, Ana Rosa Gomes FERREIRA, Giomar Maciel DOS ANJOS, Weslei Barbosa FREITAS, Allan Alves DA SILVA, Murilo Araújo DOS SANTOS, Geancarlo Rodrigues de SOUZA, Ryan Figueiredo
BARBOSA, Maiumy Cristina Carrijo da SILVEIRA, Maria Antônia Honorato RODRIGUES, Thauany Costa DA PAZ, Hiago Nunes FERREIRA. Elizângela Aparecida de Jesus ACÁSSIO, Elloisa Aparecida Acássio
CORREIA, Kauanny da Silva VIEIRA, Mauro Alexandre Lopes LEITE, Maria Ângela Rodrigues DA SILVA, Fernanda Gualberto BEVENTTI, Zilda Severino de BARROS, Adelaide Santos LOPES, Ladylaine
Rodrigues dos SANTOS. Maria da Glória Vilela do Nascimento
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, Campus Primavera do Leste, Mato Grosso, Brasil. Escola Estadual Franklin Cassiano, Jarudore, Poxoréu, Mato Grosso. Escola Argemiro
Rodrigues Pimentel, Paraíso do Leste, Poxoréu, Mato Grosso. *Autor para correspondência: everaldo.pereira@ifmt.edu.br

INTRODUÇÃO Gravuras Rupestres


Neste relatório apresentamos os principais conhecimentos aprendidos durante uma visita técnica a um sítio arqueológico no distrito de Jarudore em Poxoréu, Mato Grosso. Estiveram presentes
alunos do Instituto Federal de Mato Grosso, campus Primavera do Leste, da Escola Estadual Franklin Cassiano de Jarudore e da Escola Argemiro Rodrigues Pimentel de Paraíso do Leste, distritos O sítio Morro da Janela possui um paredão rochoso de arenito de aproximadamente 500 metros, as gravuras podem ser encontradas na face sul e revelam formas antropomórficas,
localizados no município de Poxoréu - MT. O principal objetivo da visita foi abordar a temática Educação Patrimonial enquanto uma prática pedagógica. Quanto ao local (Morro da Janela), trata-se zoomórficas e geométricas. Embora atualmente existam diversas técnicas de datação de gravuras e pinturas rupestres, não encontramos na literatura estudos que indiquem as datações do
de um sítio arqueológico do tipo "Abrigo Rochoso", lítico, cerâmico, com tradições Itaparica/Uru/Tupiguarani, com datações do Holoceno inicial (10.080 AP), localizado em um ambiente de savana sítio. Uma das técnicas de datações dos registros rupestre tem sido a de identificar estilos, como parece ser o caso dos desenhos geométricos, amplamente encontrados em outros sítios
no cerrado mato-grossense. Durante a visita tivemos a exposição de conteúdos relativos à formação geológica do sítio, ao ambiente de savana e as possíveis interações humanas com a flora e a brasileiros e também a comparação dos motivos zoomórficos com a fauna, no caso do sítio observado. Nenhuma figura de animal parece sugerir animais pleistocênicos, o que indica que as
fauna, além das questões referentes às ocupações humanas pretéritas. Nos paredões de arenito, com mais de 500 metros de extensão, foi possível visualizar representações rupestres do tipo gravuras se limitam à períodos holocênicos e podem ter ocorrido em diferentes momentos (Oliveira e Junior, 2019). Segundo André Prous (1999), em sítios deste tipo, as gravuras podem ter
zoomórficas, antropomórficas e geométricas, as técnicas usadas nestes registros são gravuras feitas por incisão (riscos). Foi observado vandalismo em algumas gravuras. O ambiente visitado sofrido muitas incisões ao longo do tempo, o que dificultaria ainda mais suas datações e sua classificação em determinadas culturas. Pressupõe que o conjunto de arte rupestre tenha
pôde ser pensado em termos biológico, geológico, arqueológico e histórico e rendeu momentos pedagógicos extraclasse, marcados pela comparação, observação e contato com elementos diferentes filiações e indique, sobre tudo, aspectos do cotidiano de caçadores e coletores que usaram este abrigo ao longo de milhares de anos.
naturais que remontam o passado da região.

Sítio Arqueológico Morro da Janela


O sítio Morro da Janela está localizado no distrito de Jarudore no município de Poxoréu - MT em um ambiente de savana no cerrado mato-grossense. Trata-se de um abrigo rochoso
entre morros testemunhos de formas tabulares, onde se pode encontrar quatro sítios arqueológicos estudados e registrados no IPHAN desde os anos oitenta do século XX. As
datações por carbono-14 indicam se tratar de um local que registra presença humana há pelo menos 10.080 AP. O sítio é multicomponencial, ou seja, é possível encontrar registros
arqueológicos de diferentes tempos e culturas. Os principais vestígios arqueológicos encontrados neste sítio são lasca, artefatos do tipo lesma, projéteis líticos, cerâmicas, ossos
humanos e de animais da fauna local, além de gravuras rupestres. A principal estudiosa do local foi a professora Dra. Irmhild Wüst (1945 – 2014), ligada a Universidade de Goiás
(UFG), a qual coordenou uma equipe de pesquisadores em excursões nos anos oitenta. Segundo as pesquisas realizadas no local algumas culturas são denominadas, Itaparica, Uru
e Tupiguarani, as quais deixaram suas marcas no local, posteriormente a área foi habitada pela etnia Bororo do tronco lingúistico macro–Jê.

Educação Patrimonial CONSIDERAÇÕES FINAIS


A visita ao sítio arqueológico Morro da Janela contou com a participação de alunos do Instituto Federal de Mato Grosso (Primavera do Leste), da Estadual Franklin Cassiano A visita técnica ao sítio arqueológico Morro da Janela foi uma oportunidade de pensarmos questões trabalhadas em sala de aula nas diferentes disciplinas, desde os processos de formação geológica, da
(Jarudore/Poxoréu) e da Escola Argemiro Rodrigues Pimentel (Paraíso do Leste, Poxoréu). Esta atividade teve como objetivo principal estimular nos alunos e professores uma paisagem até a interação do homem com o ambiente e a natureza. O momento foi importante para os alunos e professores conhecerem o passado por meio de gravuras, símbolos e representações de um
consciência sobre a necessidade da Educação Patrimonial para uma formação cidadã, capaz de valorizar e preservar o passado como forma de reconhecimento dos povos originários tempo pretérito que nos oferece a possibilidade da imaginação, da tentativa de compreender as razões daquelas figuras e de poder pensar como seria a vida desses humanos que viveram em condições
e dos locais que identificam a passagem destes grupos. A importância deste tipo de atividade, com alunos secundaristas, é fundamental para o aprofundamento em questões tão diferentes da nossa, mas que, assim como muitos de nós, procuraram deixar marcadas sua presença neste plano temporal. Para além da visita ao sítio arqueológico, foi possível compartilhar momentos
geológicas, arqueológicas, históricas e culturais e ganha um aditivo extraclasse, diversificando formas de ensino e aprendizagem para além das práticas tradicionais de ensino. de interação entre alunos e professores de diferentes escolas, momentos importantes na construção de uma sociedade mais solidária e preocupada com questões ambientais e culturais. É preciso ressaltar
um ponto negativo que presenciamos no local, o vandalismo praticado em algumas gravuras, o que indica um problema a ser combatido. Uma alternativa, que surgiu em debates posteriores, seria a
sinalização, por meio de placas de advertência quanto a qualquer tentativa de alteração das gravuras, inclusive indicando o artigo criminal que confere a tal prática (Vandalismo é crime previsto em lei:
“Atualmente, os artigos 62 e 63 da Lei 9.605/98 preveem sanções criminais para os casos de destruição, deterioração, mutilação e alteração indevida do patrimônio arqueológico nacional). Por fim,
destacamos que durante a visita muitos conhecimentos foram compartilhados e certamente ficarão guardados na memória de nossos alunos. Esperamos que novas oportunidades de atividades extraclasse
sejam possíveis e que mais alunos possam experimentar a sensação do encontro com o passado, com a energia de nossos primeiros habitantes e suas formas de nos saudar com seus sinais que insistem
em nos dizer algo sobre a vida e sobre nossa existência efêmera. Agradecemos imensamente aos colegas de Jarudore e Paraíso do Leste que nos receberam de uma forma tão familiar, hospitaleira e nos
mostraram a importância da amizade e da interação cultural entre escolas.

A Professore
l s
u
n
o
s

Referências Bibliográficas
OLIVEIRA, Daline Lima de. JÚNIOR, Valdeci dos Santos. Datações de gravuras rupestres no Brasil: Pesquisa e Métodos Arqueológicos. Clio Arqueológica, 2019, v.34 nº 1 p.66-92,
PROUS, André. Alimentação e "arte" rupestre: Nota sobre alguns grafismos pré-históricos brasileiros. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, Suplemento 3: 251-261, 1999.
WÜST, Irmhild. Continuidade e Mudança: Para uma Interpretação de Grupos Pré-coloniais da Bacia do Rio Vermelho, Mato Grosso. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1990.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE :

O texto de divulgação científica não é um texto


científico, mas aquele que apresenta o
conhecimento científico da comunidade de
especialistas para o público leigo. O que isso quer
dizer? Bem, primeiro que não há a intenção de
fornecer dados técnicos – pelo contrário. As
informações presentes nesse gênero textual
precisam ser de fácil acesso a qualquer tipo de
leitor.
ORIGEM DO TEXTO JORNALÍSTICO DE
DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA :

A redação jornalística voltada para a ciência


iniciou-se no século XVI, quando a Igreja e o
Estado censuravam o trabalho dos cientistas.
As reuniões ás escondidas foram uma
alternativa encontrada pelos pesquisadores
para manter uns aos outros informados sobre
suas descobertas.
No Brasil, as atividades cientificas começaram
com a corte portuguesa, em 1808, com a
criação dos institutos de ensino superior,
algumas voltadas ás atividades cientificas.
Em meados de 1990, a divulgação científica
chega à internet através de jornais eletrônicos,
sites de pesquisa e debate.
O jornalismo Científico tem como função
promover a divulgação da ciência ao
homem leigo, sendo a ponte entre o
cientista e o público não especializado.
É IMPORTANTE SABER QUE...

Reportar assuntos científicos exige muita ética e cuidado.


Um erro na checagem de informações pode comprometer
o trabalho científico, causando desde procuras por curas
milagrosas até histeria por informações exageradas. Por
fim, a veiculação de informações científicas depende de
se observar todas as facetas da ética jornalística, e assim,
sendo a “ponte” do público para as novas descobertas em
vários campos da ciência.
.
Língua Portuguesa, 9º Ano, Gêneros textuais: texto
jornalístico de divulgação científica e de conto de longa extensão
As principais características do texto de
divulgação científica são :

❖Compreende uma prática social e, além disso,


é constituído a partir da fusão de diferentes
domínios discursivos, a saber: o discurso de
cunho científico, o jornalístico e o cotidiano.
Língua Portuguesa, 9º Ano, Gêneros textuais: texto
jornalístico de divulgação científica e de conto de longa extensão

❖O discurso tem um fim específico, ou seja,


informar descobertas que possam contribuir
para melhoria da qualidade de vida dos
cidadãos e, para atingir tal propósito, é
empregada uma linguagem simplificada,
diferentemente da linguagem especializada
usada pela comunidade científica.
A estrutura de um texto de apresentação científica
não é rígida , pois depende do assunto e de outros
fatores da situação, como:
_ Quem produz o texto;
_ Para quem produz;
_ Com que finalidade

Apesar disso, o autor apresenta uma tese e procura


fundamentá-la em “provas” ou evidências, isto é,
exemplos, comparações, resultados, dados
estatísticos, etc.

https://super.abril.com.br/especiais/o-lado-sombri
o-dos-contos-de-fadas/
Língua Portuguesa, 9º Ano, Gêneros textuais: texto
jornalístico de divulgação científica e de conto de longa extensão
A linguagem empregada no texto
jornalístico de divulgação científica :

Linguagem clara e objetiva.

Verbos predominantemente no presente do


indicativo.
O autor se coloca de forma impessoal.

Emprega o padrão culto da língua.


https://revistagalileu.globo.com/Cultura/noticia/2021/09/9-podcasts-so
bre-ciencia-que-valem-pena-conhecer-e-maratonar.html

https://www.youtube.com/watch?v=aXvIsIV3uQY

https://www.ufrgs.br/asagadecarlota/
ARTIGO
CIENTÍFICO
ORIENTAÇÕES GERAIS
ARTIGO CIENTÍFICO
É um texto escrito para ser publicado num periódico
especializado e tem o objetivo de comunicar os
dados de uma pesquisa, seja ela experimental,
quase experimental ou documental. (AZEVEDO,
2001, p.82)
CARACTERÍSTICAS DA REDAÇÃO
Clareza: No resumo, o leitor já deve ter uma noção clara do que
trata o artigo, que deve primar pela objetividade do seu
conteúdo;
Concisão: O assunto abordado deve ser descrito, explicado e
argumentado com poucas palavras, frases curtas e parágrafos
breves;
Criatividade: O texto deve ser escrito de forma criativa, tendo
como principal meta atrair os leitores visados, e o autor pode
utilizar inclusive figuras e títulos interrogativos, que chamem
atenção. E, ainda, dizer coisas que já sabe, numa prova
perspectiva;
Correção: Logo após a redação, o texto deve passar por uma
avaliação gramatical, com pontuação adequada, e ser regido
conforme as regras da redação cientifica;
Encadeamento: Tanto os parágrafos como as partes devem
apresentar um encadeamento lógico e hierárquico das ideias,
guardando inclusive uma simetria na sua estrutura dimensão;
Consistência: O pesquisador deve optar por um tempo verbal e
manter a coerência ao longo do texto.
Precisão: As informações apresentadas no texto devem
verdadeiras e os conceitos, universalmente aceitos; A redação de
ser direta ou objetiva em relação ao assunto, evitando a
redundância ou o circunlóquio.
Originalidade: O conteúdo abordado precisa ser tratado de forma
original, sem o uso de frases feitas e lugares comuns. É
conveniente evitar modismos linguísticos e o emprego de
palavras rebuscadas, que apareçam demonstrar erudição;
Extensão: O tamanho do artigo vai depender do número de
páginas estabelecido pela revista ou de folhas, pelo professor em
sala de aula;
Para uma boa redação, alguns lembretes são
necessários...
Não apelar pela generalizações (ex.: sabe-se, grande parte);
Não repetir palavras, especialmente verbos e substantivos (use
sinônimos);
Não empregar modismos linguísticos (ex.: em nível de, no contexto, a
ponto de);
Não apresentar redundâncias (ex.: as pesquisas são a razão de ser do
pesquisador);
Não utilizar muitas citações diretas. De preferência às indiretas,
interpretando as ideias dos autores pesquisados;
Não empregar notas de rodapé desnecessárias que possam interferir no
texto, sobrecarregando-o;
Não usar gírias, abreviaturas, siglas, nomes comerciais e fórmulas
químicas, exceto se extremamente necessário;
A ORGANIZAÇÃO DO TEXTO
A organização obedece a dois grandes paradigmas, de acordo com a área em
que o estudo se insere. O primeiro, voltado para as Ciências Humanas e Sociais,
é reconhecido pela sigla IDC, que significa:
I-> introdução
D->desenvolvimento (revisão da literatura e resultados obtidos)
C-> Conclusão.
O segundo utilizado nas Ciências Naturais, Exatas, Tecnológicas e da saúde,
representado pela sigla IRMRDC, que significa:
I-> introdução
RMRD-> desenvolvimento (revisão da literatura, materiais e métodos,
resultados, discussão)
C-> conclusão. N
ESTRUTURA FORMAL DE UM
ARTIGO
O artigo científico tem a mesma estrutura dos
demais trabalhos científicos.
Elementos:
a)Pré-textuais
b)Textuais
c)Pós-textuais

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