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Olhares e movimentos com o que

resta de giz nas mãos: memórias do


mundo do trabalho de professoras
aposentadas da rede pública de
ensino e o patrimônio cultural escolar
do município de Portão/RS.

Sandra M.C.P. Colling

Orientadora: Dra Ana Luiza Carvalho


da Rocha

Doutorado em Processos e
Manifestações Culturais

Universidade Feevale

CAPES
RESUMO
O presente trabalho apresenta um estudo etnográfico e a/r/tográfico acerca das
memórias do mundo do trabalho em educação, considerando a rede social formada, a
construção subjetiva do professor, território, tempo, gênero e envelhecimento. O
objeto de estudo são os processos que envolvem a formação da carreira profissional
de professoras dos anos iniciais do ensino fundamental na escola pública
compreendendo o impacto das experiências pedagógicas, da estrutura escolar e das
tecnologias de governo nestes percursos, bem como os aspectos relacionados à escola
enquanto patrimônio, parte relevante da cidade e da sociedade contemporânea. Para
desenvolver esta perspectiva analítica opto pelo estudo das dinâmicas e dos processos
culturais que se apresentam nas narrativas e imagens apresentadas por professoras
aposentadas do município de Portão/RS.

Palavras-chave: Carreira Profissional; Escola pública; Memória; Patrimônio cultural


escolar; Professoras Aposentadas.
TOMO I
O Tomo I desta Tese é organizado em oito capítulos, apresentando os caminhos do
aprender da pesquisadora, a rede social formada por professoras aposentadas dos
anos iniciais do ensino fundamental do município de Portão/RS, suas biografias
pessoais e profissionais, estilos de vida, trajetória profissional, desde a formação inicial
até a formação continuada, desafios, conquistas e marcas no trabalho em educação.
Também é possível acompanhar as narrativas das professoras que ‘andam’ junto aos
estudos teóricos da pesquisadora, tratando da estrutura da escola pública, dos
programas e projetos, dos relacionamentos e dos trânsitos entre turmas e escolas.
Escolas estas que são apresentadas pelas interlocutoras, trazendo a relação entre a
cidade e a escola, numa constante construção, atentas às transformações no tempo,
crescimento da cidade, a metropolização e a complexificação da sociedade urbana
industrial e comercial. As narrativas destas professoras também apontam as costuras
entre o vivido e o que se observa fora do ambiente escolar, onde se pode discutir o
patrimônio cultural escolar, arquitetônico e didático. Ao ‘ouvirmos estas falas’, em uma
diversificada e potente roda de conversa, é possível refletir sobre as escolas que não
mais existem e, também, sobre o legado da escola pública na contemporaneidade. As
conversas sobre as trajetórias percorridas se encontram ao pensar sobre a constituição
subjetiva do “ser” professor: a presença do feminino na docência, o magistério como
missão e as questões do envelhecimento, agora presentes. Há muitos caminhos! E é
um prazer refazê-los com estas mulheres. Afinal, sempre é tempo de aprender.
TOMO II

Ao percorrer os caminhos do aprender com as professoras aposentadas dos anos


iniciais do ensino fundamental do município de Portão, as interlocutoras nos mostram,
por meio da etnografia e da a/r/tografia, um número incontável de marcas e vestígios,
além de possibilidades infindas de observar o vivido em educação. Observar e sentir.
Assim, o Tomo II desta Tese apresenta fotografias, escritas e criações artísticas
realizadas pelas parceiras desta pesquisa, impulsionadas e desafiadas pela
pesquisadora, partindo das rememorações do mundo do trabalho em educação. Por
meio destes fazeres é possível observar delicadezas, espaços, potências, traços e
movimentos. Estes gestos são acompanhados por um ‘aquarelar’ da pesquisadora, às
vezes bem de perto, outras vezes, um pouco mais distante, numa tentativa de reunir o
pó de giz que resta nas mãos destas professoras. Este é um convite a mergulhar nestes
espaços: da escola, da cidade, do outro. Por dentro e por fora.
AGRADECIMENTOS, RESUMOS, LISTAS, SUMÁRIO ...

INTRODUÇÃO Começo com alguns pontos de minha trajetória de vida Aqui já aponto os principais autores parceiros de pesquisa: Rocha,
especialmente a profissional e como surgiu a vontade de pesquisar Eckert, Velho, Simmel, Fonseca, Halbwachs, Certeau, Irwing,
PELOS CAMINHOS DO este tema. O princípio: as histórias sobre meu bisavô; Dos recortes Magnani, Mejía, Dauster, .....
APRENDER (identidade narrativa
do antropólogo) de jornal ao Magistério; Primeiros passos na docência em escola
pública: uma experiência multisseriada; Memórias de uma
professora pesquisadora; O encontro com a pesquisa antropológica
em educação. 1. INTRODUÇÃO: Pelos caminhos do aprender
Elencar os questionamentos, apresentar temática, objetivos,
justificativa, breve contexto em que se dá a pesquisa (a cidade, as Pelos caminhos do aprender (identidade narrativa do antropólogo)
regiões envolvidas, ...) e as parcerias realizadas. Apresento alguns pontos de minha trajetória de vida especialmente a profissional e como
Metod: pesquisa documental, etnografia e a/r/tografia surgiu a vontade de pesquisar este tema.
Apresentar brevemente os capítulos.
- O princípio: as histórias sobre meu bisavô
- Dos recortes de jornal ao Magistério
***Em todos os capítulos, muitos outros textos farão parte da
- Primeiros passos na docência em escola pública: uma experiência multisseriada
bibliografia, especialmente dos autores citados em cada um.
- Memórias de uma professora pesquisadora
- O encontro com a pesquisa antropológica e artística sobre educação
- Os próximos passos

Do projeto
Elencar os questionamentos, apresentar temática, objetivos, justificativa, breve contexto em
que se dá a pesquisa (a cidade, as regiões envolvidas, ...) e as parcerias realizadas.
Metodologia: pesquisa documental, etnografia e a/r/tografia

E breve apresentação dos capítulos da Tese.


BRUM, Ceres. Antropologia como educação. In: Ponto Urbe, USP, n.24, São Paulo, 2019.

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: 1. artes de fazer / Michel de Certeau; tradução de Ephraim F. Alves. - Petrópolis, Vozes, 1994.

_______. A invenção do cotidiano: 2. morar, cozinhar / Michel de Certeau, Luce Giard, Pierre Mayol; tradução de Ephraim F. Alves e Lúcia Endlich
Orth. - Petrópolis, RJ: Vozes, 1996.

Coordenadoria Regional de Educação – 2ª CRE – São Leopoldo RS.

ECKERT, C., ROCHA, A. L., VEDANA, V. Etnografia do trabalho: trajetórias e cotidiano. Porto Alegre, RS: UFRGS, 2010. 1 DVD (120 min) Disponível
em: www.ufrgs.br/memoriasdotrabalho/categoria_producao/interativos/ (2014)

2. MEMÓRIAS EDUCACIONAIS: percursos pedagógicos entre os Vales do Sinos e do Caí ECKERT, Cornelia. Memória e trabalho: etnografia da duração de uma comunidade de mineiros de carvão (La Grand-Combe, França). Curitiba:
Appris, 2012. 280 p.

2.1 “Minha mãe sonhava ser professora!”: memórias de professoras aposentadas ECKERT, Cornelia e ROCHA, Ana Luiza Carvalho da. A interioridade da experiência temporal do antropólogo como condição da produção
2.1.1 Professoras aposentadas da rede pública municipal de Portão/RS: situando etnográfica. Revista de Antropologia, USP, vol.41 n.2 São Paulo, 1998.
este grupo
_______. “Etnografia: saberes e práticas”. In: Céli Regina Jardim Pinto e César Augusto Barcellos Guazzelli. (Org.). Ciências Humanas: pesquisa e
2.1.2 Quem são as professoras aposentadas ‘parceiras’ desta pesquisa? método. Porto Alegre: Editora da Universidade, 2008, p. 9 a 24. Série Graduação.
2.1.3 Rede formada: entrando na roda de conversa
_______. O antropólogo na figura do narrador. Habitus, Revista do Instituto de Pré-História e Antropologia. Universidade Católica de Goiânia.
2.2 “Eu fiz o normal de primeiro ciclo.”: a formação pedagógica Goiânia, GO, Ed. UCG. 2003. Vol 1, n.2, jul/dez. P.395-420.
2.2.1 Escolhas e itinerários FOOTE-WHYTE, William. Treinando a observação participante. Trad. Cláudia Menezes. In: Desvendando Máscaras Sociais / GUIMARÃES, Alba Zaluar,
2.2.2 O início: a primeira turma como professora org. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora S.A., 1975.
2.2.3 Formação continuada
_______. Sociedade de esquina: a estrutura social de uma área urbana pobre e degradada. Trad. Maria I. de Oliveira; Rev. Téc. Karina Kuschnir;
Apres. Gilberto Velho. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005.
2.3 “Há coisas boas em todo tempo.” A romantização de um tempo escolar outro
2.3.1 Relações entre a formação e atuação pedagógica HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. /Maurice Halbwachs; tradução de Beatriz Sidou. São Paulo: Centauro, 2003.
2.3.2 Idealização da instituição pedagógica escolar
IRWIN, Rita. DIAS, Belidson (Org.). Pesquisa Educacional baseada em Arte: A/r/tografia. Ed. UFSM. Santa Maria, 2013.

LATOUR, Bruno. Reagregando o social: uma introdução à teoria do Ator-Rede. Salvador: Edufba, 2012.

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Situando o grupo de professoras aposentadas da rede pública municipal de Portão/RS _______. Etnografia como prática e experiência. In: Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 15, n.32, p. 129-156, jul./dez. 2009.
(com dados coletados em pesquisa no google forms com as professoras aposentadas Secretarias Municipais de Educação do Vale do Sinos e Vale do Caí
deste município que participam de um grupo no whatsapp). Na sequência apresento
as ‘parceiras’ desta pesquisa (projeto de vida individual e familiar) e a rede formada Site do Inep Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - Disponível em:
(uma roda de conversa) http://portal.inep.gov.br/web/guest/documentos-e-legislacao1

VELHO, Gilberto. Subjetividade e sociedade: uma experiência de geração. Rio de Janeiro: Zahar, 1986.
Formação – entrada no magistério e as relações desta com a rede familiar - lembranças
- saudosismo
3. BIOGRAFIA PROFISSIONAL: o trabalho nos anos iniciais do ensino fundamental na rede pública de ensino em Portão/RS

3.1 “Eu subi no fusca branco e fui conhecer a escola.”: a carreira na educação
3.1.1 Contratos e concursos: enfim, o trabalho!
3.1.2 O que amam lembrar: da sala de aula e sobre ensinar
3.1.3 A ocupação de cargos e setores na escola: por outros ângulos

3.2 “Na sala dos professores a gente falava de tudo.”: dos relacionamentos profissionais
3.2.1 Com colegas: da sala de professores aos conselhos de classe Carreira destas mulheres
3.2.2 Com a equipe diretiva: dos documentos aos comprometimentos Trabalho em sala de aula – desafios – conquistas - circulação nos espaços
3.2.3 Com alunos e comunidade escolar: para além da sala de aula, corredores e pátio da escola
3.3 “Uma vez um aluno apedrejou toda escola.”: percursos (in)alterados
3.3.1. Desafios, riscos e marcos da carreira em educação
3.3.2 Impacto da gestão administrativa e pedagógica no trabalho em educação

CHARTIER, Roger. O passado no presente. Ficção, história e memória. In: ROCHA, João Cezar de C.(org) A força das representações: história e ficção. Chapecó: Argos,2011.

DOUGLAS, Mary. Pureza e perigo: ensaio sobre as noções de poluição e tabu. Lisboa: Edições 70, 1991. 213 p.

ECKERT, C., ROCHA, A. L., VEDANA, V. Etnografia do trabalho: trajetórias e cotidiano. Porto Alegre, RS: UFRGS, 2010. 1 DVD (120 min) Disponível em: www.ufrgs.br/memoriasdotrabalho/categoria_producao/interativos/ (2014)

ECKERT, Cornelia. Memória e trabalho: etnografia da duração de uma comunidade de mineiros de carvão (La Grand-Combe, França). Curitiba: Appris, 2012. 280 p.

ENLER, Ronaldo. A fotografia e as representações do tempo. Revista Galáxia, São Paulo, n. 14, p. 29-46, dez. 2007.

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SIMMEL, G. Questões fundamentais da Sociologia: indivíduo e sociedade. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.

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VELHO, Gilberto. Desvio e divergência uma crítica da patologia social. Rio de Janeiro: Zahar, 1974.
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BUJES, J. S. Tecnologias de Governo, Práticas de Constituição de Sujeitos e Subjetividades no atendimento de


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DOUGLAS, Mary. Como as instituições pensam. São Paulo, SP: Edusp, 1998. 141 p.

As professoras apresentam as escolas públicas de Portão DOUGLAS, Mary. Pureza e perigo: ensaio sobre as noções de poluição e tabu. Lisboa: Edições 70, 1991. 213 p.
Trânsitos – mapas – estruturas física e profissional
FONSECA, C.; MACHADO, H. (Org.). Ciência, identificação e tecnologias de governo. Porto Alegre: Editora da
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FONSECA, C., JARDIM, D., SCHUCH, P. Tecnologias de governo: apreciação e releituras em antropologia. In:
4. ESTRUTURA DA ESCOLA: as tecnologias de governo no e do ambiente Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 22, n. 46, p. 9-34, jul./dez. 2016.
escolar
FOUCAULT, M. A governamentalidade. In: FOUCAULT, M. Microfísica do poder. 21ª ed. Rio de Janeiro: Graal, 2005,
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4.1 “Meu maior desafio foi fazer a merenda.”: estrutura da escola
pública municipal FOUCAULT, M. Vigiar e punir: história de violência nas prisões. Petrópolis: Vozes, 1987.
4.1.1 As professoras apresentam as escolas públicas municipais de
LATOUR, Bruno. Reagregando o social: uma introdução à teoria do Ator-Rede. Salvador: Edufba, 2012.
Portão: trânsitos
4.1.2 Visitando e revisitando a estrutura física das escolas (já é LATOUR, B. We have never been modern. Cambridge: Harvard University Press, 1993.
pedagógico)
4.1.3 A organização profissional MAFFESOLI, Michel. A transfiguração do político: a tribalização do mundo. [4. ed.]. Porto Alegre, RS: Sulina, 2011.
230 p.

4.2 “Eu trabalhava, mas não gostava da festa junina.”: programas e MORAES FILHO, Evaristo de. (org.) Simmel - Sociologia. Coleção Grandes Cientistas Sociais, vol. 34, p. 182-188. São
eventos Paulo: Ática, 1983.
4.2.1 Engajamento nos programas educacionais: forças e atritos SIMMEL, G. Questões fundamentais da Sociologia: indivíduo e sociedade. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
4.2.2 Projetos: afinal, para que servem?
4.2.3 Organização e participação em eventos

4.3 “O programa social fez toda diferença pra aquela comunidade.”: as


implicações de uma escola que se torna ‘para todos’
4.3.1 Professor preparado?
4.3.2 Movimentos na cidade para atender a diferentes programas
em educação
As escolas e a cidade
Uma constante construção (transformações no tempo, crescimento da cidade,
metropolização, complexificação da sociedade urbana industrial e comercial)

BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

BENJAMIN, Walter. A Obra de Arte na Era de Sua Reprodutibilidade Técnica. Walter Benjamin, tradução de José Lino
Grünnewald. Porto Alegre: Zouk, 2012.

5. ESCOLA E A CIDADE: janelas de lá e de cá _______. Imagens do pensamento – Desempacotando minha biblioteca in: Rua de Mão Única Obras escolhidas Vol. II
Ed Brasiliense 1987.

5.1 “Será que a escola olha mesmo para a cidade?”: pensar a cidade de CULLEN, Gordon. A paisagem urbana. Lisboa: Edições 70, 1971.
dentro da escola
DURAND, Gilbert. A imaginação simbólica. O vocabulário do simbolismo. Lisboa: Edições 70, 1993.
5.1.1 Como via: professora ativa
5.1.2 Como vê: professora inativa ECKERT, Cornelia, ROCHA, Ana Luiza Carvalho da. Etnografia da duração nas cidades em suas consolidações
temporais. In: Política & Trabalho. Revista de Ciências Sociais, n. 34, abril de 2011 - p.107-126.
5.2 “Acho que tem muita cobrança.”: olhares da cidade para a escola
_______.Cidade narrada, tempo vivido: estudos de etnografias da duração. Revista RUA, Laboratório de Estudos
5.2.1 Percepções da professora ativa Urbanos, Campinas, n. 16, vol. 1, junho 2010.
5.2.2 Perspectivas da professora inativa
_______. O tempo e a cidade. Porto Alegre: UFRGS Editora, 2003. 117 p.
5.3 “Parece que tem um ruído.”: retratos da conexão entre a cidade e ROCHA, Ana Luiza C. da. ECKERT, Cornelia. Antropologia da e na cidade, interpretação sobre as formas da vida
escola pública urbana. – Porto Alegre: Marcavisual, 2013.
5.3.1 Em períodos de ‘calmaria’
5.3.2 Em épocas de crise, assim como da Covid19 _______. Etnografia de rua: estudos de antropologia urbana / organizadoras Ana Luiza Carvalho da Rocha [e]
Cornelia Eckert . – Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2013.
5.3.3 A cidade e a escola: uma constante construção
ABREU, R. CHAGAS, M. Memória e patrimônio: ensaios contemporâneos. Orgs. Regina Abreu, Mário Chagas. - 2ª ed. - Rio de
Janeiro: Lamparina, 2009.

ABREU, Regina. Patrimônio cultural: tensões e disputas no contexto de uma nova ordem. In: ECKERT, Cornelia, , LIMA FILHO,
MANUEL F. E BELTRAO. Jane Antropologia e Patrimônio Cultural, diálogos contemporâneos. Blumenau, Nova Letra, 2007.

6. PROCESSOS CULTURAIS: o pó de giz que resta nas mãos das professoras aposentadas da ARANTES, Antonio A. O patrimônio cultural e seus usos: a dimensão urbana. In: Revista HABITUS. Instituto Goiano de Pré-
História e Antropologia. Goiás. Goiânia, v. 4, no 1, jan/jun.2006. PP. 425-436.
escola pública

6.1 “A escola é um bem de todos.”: a escola como patrimônio FILHO, Manuel Ferreira Lima. et al. Antropologia e patrimônio cultural: diálogos e desafios contemporâneos / organizadores
6.1.1 Patrimônio arquitetônico Manuel Ferreira Lima Filho, Jane Felipe Beltrão, Cornelia Eckert. – Blumenau: Nova Letra, 2007. 368p.
6.1.2 Patrimônio didático
GONÇALVES, Jose Reginaldo dos Santos. Ressonância, materialidade e subjetividade: as culturas como patrimônios. In: Revista
Horizontes antropológicos - PPGAS/UFRGS, 2005, vol.11, n.23.
6.2 “Não é só aqui, já vi em outros lugares.”: as escolas que não existem mais
6.2.1 Vivências e imagens
6.2.2 Marcas permanentes ROCHA, A. L. C. A poeira do tempo e as cidades tropicais, um ensaio interpretativo do patrimônio e as dinâmicas da cultura
em sociedades complexas. Revista Iluminuras, Porto Alegre, n. 19, 2008.

6.3 “É possível transformar pela educação.”: reflexões sobre a escola pública na


contemporaneidade ROCHA, A. L. C. Antropologia visual, um convite à exploração de encruzilhadas conceituais. In: ECKERT, C.; MONTE MOR, P.
Imagem em Foco, novas perspectivas em antropologia. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS, 1999. p. 55-83.
6.3.1 De qual escola você se despediu ao se aposentar?
6.3.2 Pensando a escola pública hoje: o que podemos aprender com seu legado? SAMAIN, E. “Ver” e “Dizer” na tradição etnográfica: Bronislaw Malinowsky e a fotografia. Horizontes Antropológicos, n° 2,
Antropologia Visual, PPGAS/UFRGS, 1995.
6.3.3 A reinvenção da escola pública: o saber fazer a partir de ruínas
SIMMEL, Georg. Sociologia. Organização de Evaristo de Moraes Filho. São Paulo : Ática, 1983.

VELHO, Gilberto. Patrimônio, negociação e conflito. Mana [online]. 2006, vol.12, n.1, pp.237-248.

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WOORTMANN, Ellen. Lembranças e Esquecimentos: Memórias de Teuto-Brasileiros, em Devorando o Tempo: Brasil, o País
sem Memória, org. por Annette Leibing e Sibylle Benninghoff-Lühl, São Paulo: Mandarim, 2001, pp. 205-235.
Reflexões sobre o legado da escola pública
Costuras entre o vivido e o que se observa fora do ambiente escolar.
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_______. O Poder Simbólico / Pierre Bourdieu; tradução Fernando Tomaz (português de Portugal) – 15ª ed. – Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011. 322p.

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DAUSTER, Tânia. Construindo pontes - a prática etnográfica no campo da educação. In: Dayrell, J. (org.). Múltiplos olhares sobre educação e cultura. Belo Horizonte, Ed. UFMG,
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DEBERT, Guita Grin. Gênero e envelhecimento. Estudos feministas, v. 2, nº 3. Florianópolis: Revista Estudos Feministas, UFSC, 1994. A professora que se construiu subjetivamente
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DIAS, Rosa. Vida como vontade criadora. In:_____. Nietzsche, vida como obra de arte. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011, p. 21-82.

FONSECA, Cláudia. Família, fofoca e honra: etnografia de relações de gênero e violência em grupos populares. 1. ed. Porto Alegre, RS: UFRGS, 2000. 245 p.

FREITAS, Maria Teresa de Assunção. Educação, arte e vida em Bakhtin. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2013. 112p.

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LOPONTE, Luciana Gruppelli. Docência artista: arte, estética de si e subjetividades femininas. Porto Alegre, RS. UFRGS, 2005. Tese. 207f. Programa de Pós-Graduação em
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7. CONSTRUÇÃO SUBJETIVA DO “SER” PROFESSOR: passo a passo até a
PAIVA, Sérgio Rosa de. Mulheres do Rio Grande do Sul: Diversidade / Org. Sérgio Rosa de Paiva. - Porto Alegre: SFERASRP Editora de Artes, 2006. 340 p.
aposentadoria
RANCIÈRE, Jacques. O destino das imagens / Jacques Rancière; tradução Mônica Costa Netto; organização Tadeu Capistrano. – Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.
7.1 “A profissão de professora foi uma das primeiras permitidas à mulher.”:
ROCHA, Ana Luiza Carvalho da. Etnografia da duração: antropologia das memórias coletivas em coleções etnográficas / Ana Luiza Carvalho da Rocha e Cornelia Eckert. – Porto a presença do feminino na docência
Alegre: Marcavisual, 2013. 256 p.
7.1.1 Relação entre gênero e magistério
SIMMEL, G. Cultura Femenina y otros ensayos. Trad. Eugenio Imaz, José Bancez, M. Morente y Fernando Vela. Madrid: Revista de Occidente, 1934. 7.1.2 Posicionamentos sobre o feminino e a educação
VELHO, Gilberto. Individualismo e cultura: notas para uma antropologia da sociedade contemporânea. 8. ed. Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar, 2008.
7.2 “É preciso ter respeito pelo outro.”: a religiosidade
_______. Observando o Familiar. In: NUNES, Edson de Oliveira. A Aventura Sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. 7.2.1 Magistério como missão
7.2.2 ‘Lugares’ de fortalecimento
_______. Subjetividade e sociedade: uma experiência de geração. Rio de Janeiro: Zahar, 1986.
7.3 “Eu dizia que queria me aposentar estando bem.”: aposentadoria e as
questões sobre envelhecimento
7.3.1 Tempo pré-aposentadoria
7.3.2 Primeiros passos pós-aposentadoria
7.3.3 Como é ser uma professora inativa?
BOSI, Ecléa. Memória e Sociedade: lembranças de velhos. – 3. ed. - São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

COLLING, Sandra Maria Costa dos Passos. Da caixa de música ao perfume, tudo é tesouro! Estudo etnográfico sobre mulheres em processo de envelhecimento e seus objetos de penteadeira, na região do vale do Rio dos Sinos-RS. 185 f. Dissertação
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DEBERT, Guita Grin. A reinvenção da velhice: socialização e processos de reprivatização do envelhecimento. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, FAPESP, 1999.

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8. Considerações Finais: Caminhos que se cruzam, se alargam e se abrem
Revelar, problematizar os processos que estruturam e fundam esses processos culturais e
suas dinâmicas. Análises a partir da etnografia, da a/r/tografia e dos autores.
Retomar o percurso realizado e apresentar minha tese, a saber: os processos culturais que
se apresentam nas narrativas e imagens apresentadas por professoras aposentadas sobre
a formação da carreira profissional nos anos iniciais do ensino fundamental da rede
pública compreendendo o impacto das experiências pedagógicas, da estrutura escolar e
das tecnologias de governo nestes percursos, bem como os aspectos relacionados à
escola enquanto patrimônio, parte relevante da cidade e da sociedade contemporânea.

REFERÊNCIAS

ANEXOS
•ALTERAÇÕES:

•NOVAS SUGESTÕES:
1. INTRODUÇÃO: pelos caminhos do aprender
1.1 O princípio: as histórias sobre meu bisavô
1.2 Dos recortes de jornal ao Magistério
1.3 Primeiros passos na docência em escola pública: uma experiência multisseriada
1.4 Memórias de uma professora pesquisadora
1.5 O encontro com a pesquisa antropológica e artística sobre educação
1.6 Os próximos passos

2. MEMÓRIAS EDUCACIONAIS: percursos pedagógicos entre os Vales do Sinos e do Caí


2.1 “Minha mãe sonhava ser professora!”: memórias de professoras aposentadas
2.1.1 Professoras aposentadas da rede pública municipal de Portão/RS: situando este grupo
2.1.2 Quem são as professoras aposentadas ‘parceiras’ desta pesquisa?
2.1.3 Rede formada: entrando na roda de conversa

2.2 “Eu fiz o normal de primeiro ciclo.”: a formação pedagógica


2.2.1 Escolhas e itinerários
2.2.2 O início: a primeira turma como professora
2.2.3 Formação continuada

2.3 “Há coisas boas em todo tempo.” A romantização de um tempo escolar outro
2.3.1 Relações entre a formação e atuação pedagógica
2.3.2 Idealização da instituição pedagógica escolar
3. BIOGRAFIA PROFISSIONAL: o trabalho nos anos iniciais do ensino fundamental na rede pública de ensino em Portão/RS
3.1 “Eu subi no fusca branco e fui conhecer a escola.”: a carreira na educação
3.1.1 Contratos e concursos: enfim, o trabalho!
3.1.2 O que amam lembrar: da sala de aula e sobre ensinar
3.1.3 A ocupação de cargos e setores na escola: por outros ângulos

3.2 “Na sala dos professores a gente falava de tudo.”: dos relacionamentos profissionais
3.2.1 Com colegas: da sala de professores aos conselhos de classe
3.2.2 Com a equipe diretiva: dos documentos aos comprometimentos
3.2.3 Com alunos e comunidade escolar: para além da sala de aula, corredores e pátio

3.3 “Uma vez um aluno apedrejou toda escola.”: percursos (in)alterados


3.3.1. Desafios, riscos e marcos da carreira em educação
3.3.2 Impacto da gestão administrativa e pedagógica no trabalho em educação

4. ESTRUTURA DA ESCOLA: as tecnologias de governo no e do ambiente escolar


4.1 “Meu maior desafio foi fazer a merenda.”: estrutura da escola pública municipal
4.1.1 As professoras apresentam as escolas públicas municipais de Portão: trânsitos
4.1.2 Visitando e revisitando a estrutura física das escolas (já é pedagógico)
4.1.3 A organização profissional

4.2 “Eu trabalhava, mas não gostava da festa junina.”: programas e eventos
4.2.1 Engajamento nos programas educacionais: forças e atritos
4.2.2 Projetos: afinal, para que servem?
4.2.3 Organização e participação em eventos

4.3 “O programa social fez toda diferença pra aquela comunidade.”: as implicações de uma escola que se torna ‘para todos’
4.3.1 Professor preparado?
4.3.2 Movimentos na cidade para atender a diferentes programas em educação
5. ESCOLA E A CIDADE: janelas de lá e de cá
5.1 “Será que a escola olha mesmo para a cidade?”: pensar a cidade de dentro da escola
5.1.1 Como via: professora ativa
5.1.2 Como vê: professora inativa

5.2 “Acho que tem muita cobrança.”: olhares da cidade para a escola
5.2.1 Percepções da professora ativa
5.2.2 Perspectivas da professora inativa

5.3 “Parece que tem um ruído.”: retratos da conexão entre a cidade e escola pública
5.3.1 Em períodos de ‘calmaria’
5.3.2 Em épocas de crise, assim como da Covid19
5.3.3 A cidade e a escola: uma constante construção

6. PROCESSOS CULTURAIS: o pó de giz que resta nas mãos das professoras aposentadas da escola pública
6.1 “A escola é um bem de todos.”: a escola como patrimônio
6.1.1 Patrimônio arquitetônico
6.1.2 Patrimônio didático

6.2 “Não é só aqui, já vi em outros lugares.”: as escolas que não existem mais
6.2.1 Vivências e imagens
6.2.2 Marcas permanentes

6.3 “É possível transformar pela educação.”: reflexões sobre a escola pública na contemporaneidade
6.3.1 De qual escola você se despediu ao se aposentar?
6.3.2 Pensando a escola pública hoje: o que podemos aprender com seu legado?
6.3.3 A reinvenção da escola pública: o saber fazer a partir de ruínas
7. CONSTRUÇÃO SUBJETIVA DO “SER” PROFESSOR: passo a passo até a aposentadoria
7.1 “A profissão de professora foi uma das primeiras permitidas à mulher.”: a presença do feminino na docência
7.1.1 Relação entre gênero e magistério
7.1.2 Posicionamentos sobre o feminino e a educação

7.2 “É preciso ter respeito pelo outro.”: a religiosidade


7.2.1 Magistério como missão
7.2.2 ‘Lugares’ de fortalecimento

7.3 “Eu dizia que queria me aposentar estando bem.”: aposentadoria e as questões sobre envelhecimento
7.3.1 Tempo pré-aposentadoria
7.3.2 Primeiros passos pós-aposentadoria
7.3.3 Como é ser uma professora inativa?

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS

ANEXOS

TOMO II
Percursos arte-etnográficos
TOMO I

TOMO II
Percursos arte-etnográficos

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