Este documento discute a importância dos terreiros como "lugares de memória" que preservam a história e cultura africanas e afro-brasileiras. O autor relata sua experiência ministrando uma oficina em um terreiro de candomblé com o objetivo de aproximar a comunidade acadêmica e religiosa e enfrentar o racismo. Os terreiros são espaços culturais que preservam saberes africanos e a história das religiões de matriz africana no Brasil.
Descrição original:
Apresentação de trabalho no evento Movimentos Docentes, 2020. Autor, Marcelo Studinski
Título original
Aprender nos terreiros: História, cultura e religiões de matriz africanas - experiência docente
Este documento discute a importância dos terreiros como "lugares de memória" que preservam a história e cultura africanas e afro-brasileiras. O autor relata sua experiência ministrando uma oficina em um terreiro de candomblé com o objetivo de aproximar a comunidade acadêmica e religiosa e enfrentar o racismo. Os terreiros são espaços culturais que preservam saberes africanos e a história das religiões de matriz africana no Brasil.
Este documento discute a importância dos terreiros como "lugares de memória" que preservam a história e cultura africanas e afro-brasileiras. O autor relata sua experiência ministrando uma oficina em um terreiro de candomblé com o objetivo de aproximar a comunidade acadêmica e religiosa e enfrentar o racismo. Os terreiros são espaços culturais que preservam saberes africanos e a história das religiões de matriz africana no Brasil.
APRENDER NO TERREIRO: HISTÓRIA E RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANAS PARA A
EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RAICIAS – Experiência docente
Marcelo Moraes Studinski (mestrando PPGH/FURG) moraes.studinsky@gmail.com A partir da definição conceitual de “lugares de memórias” (NORA, 1993), na perspectiva patrimonial, os terreiros são importantes locais de preservação da Abordar a temática das religiões afro-brasileiras nas escolas perpassa pelo memória ancestral africana e afro-brasileira, haja vista que a história destas enfrentamento da discriminação e da intolerância religiosa. Neste horizonte, no religiões é parte das experiências dos africanos fora da África, que no contexto presente artigo, objetivamos evidenciar o papel dos terreiros enquanto “lugares da escravidão transatlântica, trouxeram suas relações com a vida, a morte, as de memórias”, com vistas a aproximar a distância social entre a Escola e os pessoas, a natureza, a palavra, a família, o sexo, a ancestralidade, Deus, Deuses, locais de cultos afro-brasileiros, imposta pelo racismo que estrutura nossa as energias, a arte, a comida, o tempo, a educação; mais do que isso, traziam sociedade. Desta forma, abordaremos a importância que a memória exerce para a suas formas de ver, pensar, sentir, falar e agir no mundo (CAPUTO, 2012, p. formação das identidades dos sujeitos que professam essas religiões, a partir dos 40). conceitos fundamentais para a compreensão do terreiro enquanto espaço Resultados e discussões: cultural, social e de resistência negra, que preserva diferentes saberes acerca da Através da experiência com a oficina realizada no terreiro, buscamos aproximar história e da cultura africana e afro-brasileira. Neste sentido, a partir da a “comunidade acadêmica” e a “comunidade de axé”, com vistas a colaborar compreensão de que os terreiros são “lugares de memórias”, apresentamos o para a formação docente, através de uma relação dialógica e transversal, na qual relato de experiência sobre a oficina “Aprender no terreiro: História, cultura e os sujeitos que vivenciam, cotidianamente, os cultos de matriz africanas religiões de matriz africanas para educação das relações étnico-raciais”, protagonizaram e compartilharam suas experiências para a compreensão de realizada em um terreiro de candomblé, na cidade do Rio Grande/RS, em 2019. temas importantes, não apenas destas religiões, mas para o enfrentamento do Esta oficina foi ministrada pelo autor, enquanto monitor/bolsista da disciplina de racismo e da intolerância religiosa, na sociedade e, principalmente, nas escolas. História da Cultura Afro-brasileira (ICHI-FURG), e a mesma integra o Projeto “História, Arte e Cultura: uma proposta de trabalho para a implementação da |Referências: Lei 10.639/2003”, sendo um projeto de cultura, fomentado pela CAPUTO, Stela Guedes. Educação nos Terreiros: e como a escola se relaciona PROEXC/FURG. com crianças de candomblé. Rio de Janeiro: Pallas, 2012. NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. In: Projeto História: Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em História da PUCSP. São Paulo, 1993.