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“Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino”
Paulo Freire – Pedagogia da Autonomia
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Doutora e Mestra em Fisiologia Vegetal pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Especialista em
Manejo e Gestão de Ambientes Florestais pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) e em Educação Ambiental
pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Licenciada em Ciências Biológicas pelo Centro
Universitário Metodista Izabela Hendrix (CEUNIH). É professora do CEUNIH. E-mail: m_neiva@hotmail.com.
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Contudo, maior ênfase à necessidade do rigor e do método em pesquisa tem sido dada a
outras profissões que não a docente. Tal necessidade nos parece óbvia à prática médica, por
exemplo, realizando exames para elucidar os motivos da enfermidade. Mas historicamente, a
prática docente tem sido executada por meio da repetição, não discutida, de metodologias, que
apesar de serem frutos de pesquisas, são implementadas como verdades definitivas e pouco ou
nada avaliadas e registradas durante a prática profissional. Então, talvez, esse discurso de que o
professor deva ser um pesquisador rigoroso e metodológico é que seja o necessário. E, partindo
do princípio que tais características não fazem parte do senso comum no que diz respeito à
pesquisa, a formação docente deve se ater ainda mais, à construção de maiores espaços de
reflexão a isso.
Um professor não pode esperar eficiência do processo de ensino aprendizagem no qual ele
está inserido, se ele não se propuser a investigar continuamente a sua práxis. É impossível obter
sucesso desse processo simplesmente com a repetição anual, semestral ou, quiçá, semanal das
mesmas atividades, mas nunca para o mesmo público, ainda mais sem a reflexão sobre o que é o
sucesso ou como mensurá-lo. Da mesma forma, é impossível se conceber que um só professor,
por mais “pesquisador” que ele seja, consiga encontrar respostas para suas perguntas somente
com a sua pesquisa, é preciso conhecer também a pesquisa de seus pares.
sobre os avanços e desafios do PNE 2014-2024, propõe um recorte exploratório das metas de
acesso e universalização do ensino e os desdobramentos no Plano Estadual de educação de Minas
Gerais. Segundo o autor, projeta-se um cenário desafiador para atingir, até 2014, tais metas de
acesso e universalização, com avanços possíveis e importantes, mas talvez não expressivos.
autores salientam a importância da pesquisa com o professor e não apenas sobre o professor a fim
de se contribuir para a construção da práxis.
Outra análise sobre a formação profissional é trazida por Paixão, desta vez para o
professor de Educação Física. O autor analisa, a partir do conceito de profissionalismo
emergente, aspectos subjacentes ao processo de aprendizagem de professores de Educação Física
no início de carreira em academias de ginástica. Novamente, observa-se a necessidade, na prática
profissional, da busca de respostas para situações problemas, o que deve ser refletido
academicamente por meio do fomento à emancipação do educador físico em formação.