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EXEMPLO DE PREENCHIMENTO
TEXTO II
Não existe homem sem língua. Mesmo as pessoas com deficiências diversas adotam um sistema de comunicação. Quem é sur-
do, por exemplo, usa a linguagem de sinais. Sendo assim, não existe razão para que tenhamos preconceito com relação a qualquer
variedade linguística diferente da nossa. Preconceito linguístico é o julgamento depreciativo, desrespeitoso, jocoso e, consequente-
mente, humilhante da fala do outro ou da própria fala. O problema maior é que as variedades mais sujeitas a esse tipo de precon-
ceito são, normalmente, as com características associadas a grupos de menos prestígio na escala social ou a comunidades da área
rural ou do interior. Depreciando-se a língua, deprecia-se o indivíduo, sua identidade, sua forma de ver o mundo.
A Constituição brasileira estabelece que “ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante’’.
Sendo assim, interpreto eu que qualquer pessoa que for vítima de preconceito linguístico pode buscar a lei maior da nação para se
defender. Até porque, sob essa ótica, o preconceito linguístico se configura como um tratamento desumano e degradante – uma
tortura moral.
Sei que muitos devem achar que isso é bobagem, que todos devem deixar de falar errado. Mas todo mundo tem direito de se
expressar, sem constrangimento, na forma em que é senhor, em que tem fluência, em que é capaz de expressar seus sentimentos,
de persuadir, de manifestar seus conhecimentos.
Disponível em: http://revistagalileu.globo.com/revista/common/0,,emi110515-17774,00-
o+preconceito+linguistico+deveria+ser+crime.html.
TEXTO III
O atacante Hulk foi questionado durante a entrevista coletiva deste domingo (15) sobre a relação da torcida nordestina com a
seleção brasileira. Perguntado se era o sotaque que fazia as pessoas do Nordeste engraçadas para o resto do país ele demonstrou
incômodo e respondeu: “não fazemos graça pra ninguém”.
O Brasil enfrenta o México nesta terça-feira (17) e terá o apoio de torcedores cearenses no jogo que será disputado no Castelão.
“O povo nordestino é tão diferente porque é engraçado, é o sotaque que faz ele ser engraçado pro resto do país? Qual é o diferencial
do povo nordestino? Por que ele é tido como engraçado, principalmente o cearense?”, perguntou um repórter durante a entrevista.
“Eu não levo por esse lado. Até porque nós não fazemos graça pra ninguém. O povo nordestino é diferente porque a seleção
não joga sempre lá”, respondeu Hulk, que nasceu na cidade de Campina Grande, na Paraíba.
Disponível em: http://www.vcartigosenoticias.com/
2014/06/reporter-faz-pergunta-idiota-sobre.html.
TEXTO IV
De acordo com a coordenadora do projeto, professora de linguística da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Bruna
Franchetto, ainda são faladas no Brasil cerca de 160 línguas indígenas, mas 20% “estão agonizando”, já que não são mais passadas
de uma geração para outra.
Para o ministro da Cultura, Juca Ferreira, o trabalho mostra a força da cultura indígena como parte integrante do Brasil: “Isso
desconstrói um pouco uma hierarquia cultural que o Brasil construiu, onde coloca os índios numa invisibilidade ou numa secun-
dariedade. Então, chamar a atenção, dar visibilidade, mostrar a importância, como a sociedade brasileira ganha quando incorpora
de forma generosa os índios, eu acho que é muito importante, principalmente nesse momento que nós estamos vivendo”, diz o
ministro, referindo-se aos conflitos fundiários no Mato Grosso do Sul.
A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, ressalta que as línguas indígenas são um patrimônio da humanidade e precisam
ser preservadas, em uma luta pelos direitos humanos e pela diversidade: “Neste mundo de globalização e conectividade, estamos
cometendo um crime se não nos esforçamos para proteger a diversidade cultural da humanidade criada com a engenhosidade de
muitas mulheres e homens”.
Líder da nação kayapó, Akiaboro Kayapó, de Moikaraku, no Pará, considera o projeto importante: “São os próprios índios que
estão fazendo [a pesquisa], para nós preservarmos nossa tradição, a língua, essas coisas todas. Um pouco [do material] vai ficar
guardado aqui e um pouco vai para as aldeias, para os jovens aprenderem a dança, a língua, como escrever”.
O presidente da Funai, João Pedro Gonçalves da Costa, diz que a ideia é continuar com o trabalho, já que ainda não foram
registradas todas as línguas indígenas do país. “Nós consideramos um trabalho estratégico, no sentido de garantir a língua, mas
também de reproduzir textos, livros, cartilhas, retratando culturas importantes dos povos indígenas do Brasil. O trabalho precisa ser
feito com outros povos, afinal nós temos 305 povos indígenas no Brasil e conseguimos envolver 135 povos ao longo desses sete
anos de trabalho, mas nós precisamos avançar”, disse João Pedro.
Disponível em: www.tnh1.com.br/noticias/detalhe/noticia/
material-de-preservacao-de-linguas-indigenas-sera-distribuido-
para-as-aldeias/?cHash=9faf8afca241cc7a13131f5630f653c9.
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TEXTO V
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11. O segundo texto, de Monteiro Lobato, apresenta um epi- 13. (Fuvest-SP) — Constitui marca do registro informal da
sódio ocorrido em um parque. No contexto da narrativa, língua o trecho:
a cena ilustra A) “mas um só ruído compacto” (1o parágrafo)
A) uma relação de desigualdade entre as personagens, B) “ouviam-se gargalhadas” (1o parágrafo)
determinada pela força repressiva. C) “o prazer animal de existir” (1o parágrafo)
B) uma demonstração do entendimento do fiscal à ne- D) “gritou ela para baixo” (4o parágrafo)
cessidade de trabalho do menino. E) “bata na porta” (4o parágrafo)
C) um confronto entre a autoridade constituída e o meni-
no que insiste no confronto a ela. 14. Sentia-se naquela fermentação sanguínea, naquela
D) uma conversa amistosa entre as personagens, de po- gula viçosa de plantas rasteiras que mergulham os pés
sições sociais distintas. vigorosos na lama preta e nutriente da vida, o prazer ani-
E) um encontro amigável entre o menino engraxate e mal de existir, a triunfante satisfação de respirar sobre a
um cliente. terra. (1o parágrafo)
Nesse período, o caráter descritivo sobressai graças ao
12. [...] Considerei-me feliz no lugar de contínuo da re-
emprego reiterado de um recurso sintático. Para esse
dação do O Globo. Tinha atravessado um grande braço
efeito, foram determinantes os
de mar, agarrara-me a um ilhéu e não tinha coragem de
nadar de novo para a terra firme que barrava o horizonte A) apostos.
a algumas centenas de metros. Os mariscos bastavam- B) predicativos.
-me e os insetos já se me tinham feito grossa a pele... C) adjuntos adnominais.
De tal maneira é forte o poder de nos iludirmos, que um D) complementos verbais.
ano depois cheguei a ter até orgulho da minha posição. E) complementos nominais.
Senti-me muito mais que um contínuo qualquer, mes-
mo mais que um, contínuo de ministro. As conversas da 15. (Enem) —
redação tinham-me dado a convicção de que o doutor Enquanto isso, nos bastidores do universo
Loberant era o homem mais poderoso do Brasil; fazia e Você planeja passar um longo tempo em outro país,
desfazia ministros, demitia diretores, julgava juízes e o trabalhando e estudando, mas o universo está preparan-
presidente. Logo ao amanhecer, lia o seu jornal, para sa- do a chegada de um amor daqueles de tirar o chão, um
ber se tal ou qual ato seu tinha tido o placet desejado do amor que fará você jogar fora seu atlas e criar raízes no
doutor Ricardo. quintal como se fosse uma figueira.
BARRETO, Lima. Recordações do escrivão Isaías Caminha. Você treina para a maratona mais desafiadora de
3. ed. São Paulo: Ática, 1994. p. 99.
todas, mas não chegará com as duas pernas intactas na
O texto, articulado com a obra, permite considerar que o hora da largada, e a primeira perplexidade será esta: a
narrador-personagem experiência da frustração.
A) se revela um ser humano desprovido de qualquer vai- O universo nunca entrega o que promete. Aliás, ele
dade. nunca prometeu nada, você é que escuta vozes.
B) utiliza, no seu relato, uma linguagem essencialmente No dia em que você pensa que não tem nada a di-
objetiva e precisa. zer para o analista, faz a revelação mais bombástica dos
C) atribui tão somente aos outros a não realização de seus dois anos de terapia. O resultado de um exame de
seus projetos de vida. rotina coloca sua rotina de cabeça para baixo. Você não
D) mostra, com o relato de sua trajetória de vida, o am- imaginava que iriam tantos amigos à sua festa, e tam-
biente social que cerceia a ascensão social. pouco imaginou que justo sua grande paixão não iria.
E) reconhece a atuação da imprensa de seu tempo como Quando achou que estava bela, não arrasou corações.
marcada pela ética e pelo compromisso com o social. Quando saiu sem maquiagem e com uma camiseta puí-
da, chamou a atenção. E assim seguem os dias à prova
Texto para as questões 13 e 14 de planejamento e contrariando nossas vontades, pois,
por mais que tenhamos ensaiado nossa fala e estejamos
O rumor crescia, condensando-se; o zunzum de to- preparados para a melhor cena, nos bastidores do uni-
dos os dias acentuava-se; já se não destacavam vozes verso alguém troca nosso papel de última hora, tornando
dispersas, mas um só ruído compacto que enchia todo surpreendente a nossa vida.
o cortiço. Começavam a fazer compras na venda; ensa-
MEDEIROS, M. O Globo. 21 jun. 2015.
rilhavam-se* discussões e rezingas*; ouviam-se garga-
lhadas e pragas; já se não falava, gritava-se. Sentia-se Entre as estratégias argumentativas utilizadas para sus-
naquela fermentação sanguínea, naquela gula viçosa de tentar a tese apresentada nesse fragmento, destaca-se a
plantas rasteiras que mergulham os pés vigorosos na la- recorrência de
ma preta e nutriente da vida, o prazer animal de existir, a A) estruturas sintáticas semelhantes, para reforçar a ve-
triunfante satisfação de respirar sobre a terra. locidade das mudanças da vida.
Da porta da venda que dava para o cortiço iam e vi- B) marcas de interlocução, para aproximar o leitor das
nham como formigas; fazendo compras. experiências vividas pela autora.
Duas janelas do Miranda abriram-se. Apareceu nu- C) formas verbais no presente, para exprimir reais possi-
ma a Isaura, que se dispunha a começar a limpeza da bilidades de concretização das ações.
casa. D) construções de oposição, para enfatizar que as expec-
— Nhá Dunga! gritou ela para baixo, a sacudir um tativas são afetadas pelo inesperado.
pano de mesa; se você tem cuscuz de milho hoje, bata E) sequências descritivas, para promover a identificação
na porta, ouviu? do leitor com as situações apresentadas.
AZEVEDO, Aluísio. O cortiço.
Vocabulário:
ensarilhar-se: emaranhar-se.
rezinga: resmungo.
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19. (UEPB) — 21. (UPM-SP) —
A poesia prometida 3 de Maio
Fui colega de faculdade, na década de 1980, do poe- Aprendi com meu filho de dez anos
ta Eucanaã Ferraz. Fizemos o curso de Letras na Univer- Que a poesia é descoberta
sidade Federal do Rio de Janeiro, e, depois, nunca mais Das coisas que eu nunca vi
nos encontramos pessoalmente. Duas ou três cartas, Oswald de Andrade.
dois ou três e-mails. E mais nada.
Apesar de sintética, essa composição permite entrever
Quando leio seus poemas, a imagem e a voz de Eu-
características do primeiro momento modernista como
canaã reaparecem bem nítidas para mim. Trinta anos de
distância não são nada quando a palavra poética está A) a radical defesa da oralidade literária, pois o verso
presente. “Das coisas que eu nunca vi” (v. 3) é entendido pelo
Esta é uma das promessas que a literatura (e a poe- leitor como “Das coisas que eu nunca li”.
sia em especial) cumpre: vencer tempo e espaço, reapre- B) a referência à infância no primeiro verso e o próprio
sentar o ausente, renovar o momento passado, recupe- título do poema afastam qualquer possibilidade de
rar palavras e encontros. metalinguagem.
Toda leitura educadora é um encontro, e todo en- C) a crítica elitista contra modos de pensamento inova-
contro é dialógico. E todo diálogo em leitura requer dores assume em “3 de Maio” uma acentuada ex-
aprendizado: ver de novo e ouvir de novo. Talvez, quan- pressão.
do os alunos se queixam da poesia, ou quando nós, pro- D) a ausência de complexidade formal do poema impe-
fessores, pouco espaço concedemos a ela em nosso dia de-o de ser considerado um exemplar típico da pri-
a dia – talvez isto seja consequência de uma grande falha meira fase modernista.
educacional. Uma falha que nos leva a só aceitar a poesia E) a proposta de uma visão renovada da experiência do
na medida em que a pudermos explicar. mundo, revelando facetas daquilo que não estava evi-
Mas a poesia não existe para ser explicada. Existe dente em um primeiro olhar.
para nos ensinar a ver de novo e a ouvir de novo. Só isso.
E isso é tudo. 22. (Enem-PPL) —
[...]
REPRODUÇÃO/ENEM 2017
PERISSÉ, Gabriel. Revista Educação.
São Paulo: Segmento, ano 15, n. 178, fev. 2012.
Sobre o enunciado “Toda leitura educadora é um encon-
tro, e todo encontro é dialógico.” (4o parágrafo), pode-se
afirmar que
A) demonstra quebra de coerência, pois um novo tema
contraria o que foi exposto antes.
B) defende uma premissa, jogando com pressupostos
que não resultam em conclusão convincente.
C) mostra ideias circulares que prejudicam o conjunto
harmônico do enunciado.
D) apresenta equívocos conceituais, em relação ao tema
leitura.
E) apresenta encadeamento temático, sequenciado por
uma oração coordenada.
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de transformações essenciais. Depois de ter sido consi-
derado excentricidade e afronta ao bom gosto, acabou
tornando-se um grande fator de renovação e o ponto de
referência da atividade artística e literária. De certo mo-
do, abriu a fase mais fecunda da literatura brasileira, que
já havia adquirido maturidade suficiente para assimilar
com originalidade as sugestões das matrizes culturais,
produzindo em larga escala uma literatura própria.
CANDIDO, Antonio. Iniciação à literatura brasileira, 2010.
(Adaptado).
O movimento a que o texto se refere é o
A) Modernismo.
B) Romantismo.
C) Arcadismo.
D) Realismo.
E) Naturalismo.
25. (Unicamp-SP-adaptada) —
Mar português
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
DUCHAMP, M. Roda de bicicleta. 1913. Aço e madeira, Se a alma não é pequena.
1,3 m 3 64 cm 3 42 cm. Museu de Arte Moderna de Nova York.
Quem quer passar além do Bojador
TEXTO II Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Ao ser questionado sobre seu processo de criação
Mas nele é que espelhou o céu.
de ready-mades, Marcel Duchamp afirmou:
Fernando Pessoa. Disponível em:
— Isto dependia do objeto; em geral, era preciso to- www.jornaldepoesia.jor.br/fpesso03.html.
mar cuidado com o seu look. É muito difícil escolher um
objeto porque depois de quinze dias você começa a gos- No poema, a apóstrofe, uma figura de linguagem, indica
tar dele ou a detestá-lo. É preciso chegar a qualquer coisa que o enunciador
com uma indiferença tal que você não tenha nenhuma A) convoca o mar a refletir sobre a história das navega-
emoção estética. A escolha do ready-made é sempre ba- ções portuguesas.
seada na indiferença visual e, ao mesmo tempo, numa B) apresenta o mar como responsável pelo sofrimento
ausência total de bom ou mau gosto. do povo português.
CABANNE, P. Marcel Duchamp: engenheiro do tempo perdido. C) revela ao mar sua crítica às ações portuguesas no pe-
São Paulo: Perspectiva, 1987. Adaptado. ríodo das navegações.
D) projeta no mar sua tristeza com as consequências das
Relacionando o texto e a imagem da obra, entende-se
conquistas de Portugal.
que o artista Marcel Duchamp, ao criar os ready-mades,
E) apela para o mar para que atenue o sentimento de
inaugurou um modo de fazer arte que consiste em
tristeza dos portugueses.
A) designar ao artista de vanguarda a tarefa de ser o artí-
fice da arte do século XX.
B) considerar a forma dos objetos como elemento es-
sencial da obra de arte.
C) revitalizar de maneira radical o conceito clássico do
belo na arte.
D) criticar os princípios que determinam o que é uma
obra de arte.
E) atribuir aos objetos industriais o status de obra de
arte.
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GEOGRAFIA 27. Sobre as atuais tendências do processo de urbanização
brasileira, analise as afirmativas a seguir.
26. Os climogramas são ferramentas que mostram as carac- I. A periferia das áreas metropolitanas tem sofrido um
terísticas de um determinado tipo climático, indicando processo de esvaziamento devido ao desemprego e
a variação média de temperatura e precipitação de uma às dificuldades de expansão dos espaços construídos.
localidade. II. O crescimento das médias cidades é explicado pela
Existe no Brasil uma gama de tipos climáticos, dois deles reorganização de diversos setores da economia que
representados nos climogramas a seguir. fogem das desvantagens da aglomeração das áreas
metropolitanas.
Climograma 1 III. A oferta de isenções fiscais tem estimulado o cresci-
Temperatura (ºC) Chuvas (mm) mento de cidades médias, como Juazeiro do Norte e
28 400 Sobral, no Ceará, para onde se deslocaram indústrias
27 375 têxteis e de calçados do Sul do país.
26 350 IV. As metrópoles brasileiras continuam apresentando
25 325 um acelerado crescimento demográfico devido aos
24 300 fluxos migratórios campo-cidade e ao elevado cresci-
23 275 mento vegetativo.
22 250 São corretas:
21 225
A) Apenas I e II
20 200
B) Apenas I e III
19 175
C) Apenas I e IV
18 150
D) Apenas II e III
17 125
E) Apenas III e IV
16 100
15 75
28. A partir da década de 1960, observa-se acentuada redu-
14 50
ção das taxas de fecundidade na população brasileira.
13 25
Ou seja, o número médio de filhos por mulher em idade
12 0
J F M A M J J A S O N D fértil cai de aproximadamente 6 para menos de 2 na dé-
cada de 2010.
Climograma 2 A queda da taxa de fecundidade no Brasil a partir dos
Temperatura (ºC) Chuvas (mm) anos 60 pode ser justificada pelo(a)
28 400 A) avanço da urbanização.
27 375 B) aumento do poder aquisitivo da população em geral.
26 350 C) desconcentração territorial provocada pelo êxodo rural.
25 325 D) aumento da produtividade agrícola e a maior disponi-
24 300 bilidade de alimentos.
23 275 E) diversificação da População Economicamente Ativa
22 250 (PEA) nos três setores.
21 225
20 200
19 175
18 150
17 125
16 100
15 75
14 50
13 25
12 0
J F M A M J J A S O N D
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30. (Ufac) — A intensa e acelerada urbanização brasileira resultou em sérios problemas sociais urbanos, entre os quais pode-se
destacar:
A) Conflitos e violência urbana, luta pela posse da terra e acentuado êxodo rural
B) Aumento do número de favelas e cortiços, falta de infraestrutura e todas as formas de violência
C) Luta pela posse da terra, falta de infraestrutura e altas condições de vida nos centros urbanos
D) Falta de infraestrutura, limitações das liberdades individuais e altas condições de vida nos centros urbanos
E) Acentuado êxodo rural, mudanças no destino das correntes migratórias e aumento no número de favelas e cortiços
31. No Brasil, vários grupos são historicamente marginalizados e seus membros excluídos do exercício da cidadania [...]
Muitos defendem que o critério racial jamais foi relevante para definir as chances de qualquer pessoa no país. No entanto, a
vergonha do brasileiro de demonstrar o próprio preconceito não significa que a discriminação racial não exista, e ainda dificul-
ta o combate ao racismo, por inibir discussões abertas sobre o tema. Guarnieri e Melo-Silva (2007) defendem que, no Brasil, o
segregacionismo, embora não declarado, é cultuado socialmente de maneira silenciosa e, por isso, a discriminação racial no
Brasil encontra meios informais de propagação e é dificilmente assumida.
Disponível em: www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40362019000300476.
Com base no texto, qual ideia citada abaixo é propagada como algo associado à sociedade brasileira?
A) Êxodo rural D) Sincretismo religioso
B) Gentrificação E) “Mito” da democracia racial
C) Multiculturalismo
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32. Os mapas apresentam o número de cidades médias (entre 100 000 e 500 000 habitantes) no território brasileiro em 1970 e nos
dias atuais.
33. Julgue como verdadeiras (V) ou falsas (F) as proposições que tratam de realidades concretas vivenciadas no espaço urbano
brasileiro pela população de baixa renda.
( ) As favelas, que muitas vezes são vistas por milhares de brasileiros apenas como lugar de desordem social, agregam mi-
lhares de trabalhadores que disponibilizam sua força de trabalho a serviço do desenvolvimento econômico do país. Esses
trabalhadores não têm acesso a outro lugar no solo urbano, nem condições de usufruir das benesses do mundo moderno.
( ) A segregação residencial é consequência de um espaço-mercadoria, cujos valores de uso e troca definem as formas de
apropriação e de luta pelo direito de morar na cidade.
( ) O espaço urbano de uma grande cidade como São Paulo é hoje a soma de várias cidades que apresentam realidades
diversas sem articulação entre si.
( ) A falta de empregos nas grandes cidades brasileiras inclui na paisagem moradores de rua que vivem sob viadutos (sem
teto), pedem esmolas ao lado de crianças, além de subempregados e crianças que disputam espaços nos semáforos para
venderem bugigangas em busca da sobrevivência.
( ) A violência em toda sua dimensão não é problema apenas das grandes metrópoles; nas cidades de menor porte ela tam-
bém se faz presente. Vem deixando sua marca registrada em muitas escolas brasileiras.
A sequência correta é:
A) V − V − F − V − V D) V − F − V − F − V
B) V − V − V − F − V E) F − V − F − V − V
C) F – F − F − V − V
34. É possível identificar no Brasil vários municípios cuja urbanização se deve diretamente à expansão da fronteira agrícola
moderna, formando cidades funcionais ao campo denominadas de “cidades do agronegócio”.
ELIAS, D.; PEQUENO, R. Desigualdades socioespaciais nas cidades do agronegócio.
Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais. v. 9, n. 1, p. 25-29, 2007. Adaptado.
Sobre a expansão da fronteira agrícola moderna e o surgimento das “cidades do agronegócio”, assinale a alternativa correta.
A) As cidades do agronegócio estão localizadas predominantemente no Paraná, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina,
estados onde ocorreu a expansão da fronteira agrícola moderna a partir da década de 1960.
B) A fronteira agrícola moderna e o aparecimento das cidades do agronegócio ocorreram após investimentos dos Estados
Unidos, na década de 1950, em território brasileiro para produção destinada à exportação.
C) A fronteira agrícola moderna e o aparecimento das cidades do agronegócio estão associados às políticas do governo Vargas
direcionadas à agricultura, com a criação, em 1951, do Sistema Nacional de Crédito Rural.
D) Por intermédio da expansão da fronteira agrícola moderna e da criação das cidades do agronegócio, a partir da década de
1950, houve uma difusão do meio técnico-científico-informacional em todo o território nacional.
E) A expansão da fronteira agrícola moderna e a criação das cidades do agronegócio ocorreram a partir de 1970, com a incorpo-
ração das terras do cerrado, impulsionada por políticas públicas voltadas à ocupação de terras e ao desenvolvimento local.
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HISTÓRIA
Tradução: Serviço Nacional: exército das mulheres
da terra – Deus abençoe o arado
36. (UFU-MG) —
e a mulher que o conduz.
A criação e o enraizamento de mitos políticos, como
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38. “Esse é um pequeno passo para o homem, mas um gi- 40. (Unesp-SP) — Analise o trecho da letra do samba Brasil
gantesco salto para a humanidade”, frase famosa de Neil pandeiro, de Assis Valente, composto em 1940.
Armstrong, o primeiro humano a pisar na Lua, em 1969. Chegou a hora dessa
A Guerra Fria pode ser compreendida por uma série de gente bronzeada
eventos críticos que colocaram as duas grandes potên- mostrar seu valor!
cias nucleares pós 1945 – EUA e URSS – em conflito. En- [...]
tre as formas de expressão desse contexto de tensões eu quero ver
estava a corrida espacial, porque O Tio Sam tocar pandeiro
A) representava meramente o interesse de propaganda Para o mundo sambar
das duas potências. O Tio Sam está querendo
B) apontava qual das duas potências tinha reais condi- conhecer a nossa batucada
ções de governar o mundo. anda dizendo
C) demonstrava a capacidade tecnológica, estratégica e que o molho da baiana
ideológica dos dois regimes. melhorou seu prato
D) havia grande interesse em encontrar civilizações alie- Vai entrar no cuscuz
nígenas que resolveriam o conflito. acarajé e abará
E) explorava a fantasia da exploração espacial como for- Na Casa Branca
ma de controle ideológico das massas. já dançou a batucada
[...]
39. A irradiação de músicas populares com letras que VALENTE, Assis. Brasil Pandeiro, 1940 apud TOTA, Antonio Pedro.
O imperialismo sedutor, 2000.
ferem de frente os bons costumes da família brasileira e
a põem em contato íntimo e frequente com as mazelas Esse samba pode ser considerado um exemplo
sociais, não poderá deixar de exercer uma ação maléfica A) da aproximação cultural entre Brasil e Estados Unidos,
que precisa ter fim imediato. durante a Segunda Guerra Mundial e no âmbito da
A Divisão de Rádio do D.I.P., exercendo a censu- chamada política da boa vizinhança.
ra nos programas, já iniciou a repressão a essa nefasta B) da falta de criatividade da cultura brasileira, quando
propaganda dos maus costumes. Não temos, entretanto, comparada com padrões e ritmos musicais da tradi-
poderes para destruir o que, infelizmente, já estava feito. ção cultural popular norte-americana.
Daí, certas letras e certos discos, que ainda se escutam... C) do reconhecimento internacional da importância cul-
Nas letras, que doravante surgirem, haverá uma censura
tural do Brasil no conjunto do Ocidente, no contexto
rigorosa, que as nossas famílias, um dia, agradecerão,
da bipolaridade estratégica da Guerra Fria.
pelo que ela representa como obra de saneamento social.
D) da difusão da música brasileira no exterior, após o su-
ROCHA, Aluízio. Nova orientação para a Radiodifusão
cesso mundial da Bossa Nova e em meio ao esforço
Nacional. Entrevista com o Dr. Júlio Barata, diretor da Divisão
de Radiodifusão do D.I.P. In: Revista Brasileira de Música, norte-americano de afastar a ameaça comunista da
Rio de Janeiro, vol. VII, p. 85, 1940. América.
E) do esforço de divulgação da música brasileira no ex-
O doutor Júlio Barata defendia que o Departamento de terior durante o Estado Novo e em conformidade com
Imprensa e Propaganda a política varguista de rejeição a produtos culturais
A) protegesse a liberdade de expressão dos artistas bra- estrangeiros.
sileiros, sobretudo os mais populares, pois estes re-
presentam com as suas letras os verdadeiros valores
da família brasileira.
B) se opusesse a toda e qualquer ameaça aos bons cos-
tumes advinda da produção musical das elites que,
por serem vanguardistas, desafiavam os valores da
família tradicional brasileira.
C) revisse todas as músicas populares já gravadas e
aquelas que ainda fossem ser produzidas para alterar
as letras que, por meio da exposição das mazelas so-
ciais, afetassem a família brasileira.
D) combatesse as manifestações culturais que surgiram
no contexto da Ditadura Civil-Militar (1964-1985),
como a Música de Protesto, a Tropicália e o Brega,
que corrompiam os valores da sociedade.
E) protegesse a moral e os bons costumes da sociedade
brasileira por meio da censura às músicas que expu-
nham a família brasileira ao contato íntimo e frequen-
te aos problemas e mazelas sociais.
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Sistema de Ensino pH ➥
41. Os efeitos políticos do suicídio de Getúlio Vargas Conforme os textos apresentam, além dos grandes no-
(1882-1954), que hoje completa 60 anos, já se dissiparam mes das referidas Copas do Mundo, os cenários políticos
há muito tempo, mas o ato continua a reverberar pela e econômicos vivenciados pela população brasileira em
singularidade. Num homem tão racional e metódico, um intervalo de 60 anos são bem diferentes.
mesmo os lances da paixão foram comedidos pelo cál- Uma medida adotada durante o governo JK que gerou
culo. Psicologia à parte, o extraordinário nesse suicídio reflexos no cenário atual de pouca euforia com a Copa
é seu alcance político — num derradeiro passe de má- do Mundo foi
gica o velho prestidigitador inverte a maré, derrota os A) a escolha do modelo rodoviarista.
inimigos quando mal haviam aberto o champanhe e se B) o controle da política inflacionária.
consagra na memória popular, comandando seu vasto C) o investimento na malha ferroviária.
eleitorado por algumas décadas desde o além-túmulo. D) o combate às práticas de corrupção.
FRIAS FILHO, Otavio. Mil disfarces de Getúlio Vargas E) a abertura econômica ao capital externo.
convergem num gesto de coerência.
In: Folha de S.Paulo, 24 ago. 2014. Adaptado. 43. (UEG-GO) — Leia o texto a seguir.
Segundo o texto, Vargas “se consagra na memória po- Porém foi logo outorgada
pular, comandando seu vasto eleitorado por algumas dé- Nova Constituição:
cadas desde o além-túmulo”. Vargas ficou marcado na Uma carta diferente
memória do povo brasileiro pela Sem ter tido eleição,
O chamado “Estado Novo”
A) persistência da imagem de Vargas como “pai dos po-
Sem ter o voto do povo
bres” e como grande defensor dos interesses nacio-
Na sua elaboração. [...]
nais e direitos dos menos favorecidos.
B) consolidação do ideal social-democrata de Vargas, que Agora os trabalhadores
permanece muito vivo no debate político atual, sobre- Pela lei nacional
tudo nas propostas de reformas do Governo Temer. Tinham um salário mínimo
C) influência exercida na formação do Novo Sindicalis- Com descanso semanal,
mo na região do ABC paulista, durante o regime mi- Férias e outros direitos,
litar, e resultou na fundação do Partido dos Trabalha- Embora não tão perfeitas
dores (PT). Porém dando o essencial.
D) implantação, na década de 1960, de um regime mili- SANTOS, Antônio Teodoro dos. Vida, tragédia e morte
tar no Brasil e com a defesa, por parte da maioria da do presidente Getúlio Vargas, 1954. Folheto de cordel.
população brasileira, de regimes políticos centraliza- O poema de cordel citado comenta a Constituição de
dores e autoritários. 1937, redigida às pressas por Francisco Campos, com o
E) derrota imposta por seus adversários que constru- objetivo de dar aparência de legitimidade ao governo de
íram e impuseram a imagem de Vargas como um Getúlio Vargas após o golpe que impôs o Estado Novo.
político corrupto e inescrupuloso que manipulava a Esse texto constitucional ficou conhecido como
massa trabalhadora. A) Pai dos Pobres, por criar o salário mínimo e estabele-
cer diversas leis trabalhistas.
42. TEXTO I B) Camisa Verde, por apoiar manifestações patrióticas
O Brasil de JK: Esportes do Movimento Integralista.
A Copa de 58 parecia desde o início estar fadada a C) Polaca, por ter sido inspirado nas constituições da Itália
fascista e da Polônia.
um outro destino. Parecia que o clima vivido pelo país
D) Carta Nova, por abandonar e tornar nulos os preceitos
desde o início do governo de JK se havia realmente es-
da Constituição de 1934.
palhado por todos os setores da sociedade brasileira. Na-
E) Queremista, por fomentar manifestações com o lema
quele mesmo ano de 1958, a fachada do palácio da Alvo-
“queremos Getúlio”.
rada, em Brasília, já se encontrava concluída, ilustrando
as capas das principais revistas e jornais de circulação
44. (Famema-SP) — Leia o texto abaixo:
nacional. Havia um clima de euforia que compensava até
os elevados índices de inflação, e que em muito se identi- O período mais produtivo da Época de Ouro da MPB
ficava com o presidente sorridente, com o DKW-Vemag e coincide, basicamente, com o Estado Novo (1937-1945),
o fusquinha rodando pelas ruas, enquanto a bossa nova implantado por Getúlio Vargas. Não é uma simples coin-
tocava nas vitrolas e nas rádios cidência. Em 1937, Vargas criou o Ince (Instituto Nacional
de Cinema Educativo), o SNT (Serviço Nacional de Tea-
Disponível em: http://cpdoc.fgv.br/producao/
dossies/JK/artigos/Sociedade/Esportes. tro) e o INL (Instituto Nacional do Livro). De outro lado,
Vargas também operava, com mão de ferro, o famigera-
TEXTO II do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda).
Por causa da greve dos caminhoneiros, ARBEX JR., José; SENISE, Maria Helena V.
Cinco séculos de Brasil, 1998. Adaptado.
Brasil adia entusiasmo com a Copa do Mundo
Paralisação trava empolgação com a seleção, Durante o Estado Novo,
que chegou à Inglaterra sem recepção da torcida A) a postura crítica na música contrastava com a simpli-
A greve dos caminhoneiros adiou a euforia dos torce- cidade das outras áreas da cultura, que se submetiam
dores com a Copa do Mundo. A torcida está mais preocu- ao governo.
pada com a crise de abastecimento e a consequente ins- B) a criação de instituições culturais prejudicava intelec-
tuais e artistas, que intensificavam sua oposição ao
tabilidade política e econômica que se segue do que com
governo.
o esquema tático da seleção de Tite. Ao contrário do que
C) a política econômica do governo privilegiava a indus-
ocorreu na mesma época nas últimas edições do maior
trialização, o que deixava a cultura sem verbas sufi-
torneio de futebol do mundo, ainda não há clima de Copa
cientes.
no Brasil. E há quem duvide que a euforia vai se instalar. D) a produção cultural reforçava o nacionalismo exaltado
Disponível em: https://esportes.estadao.com.br/noticias/ pelo governo, que cerceava a liberdade de expressão.
futebol,por-causa-da-greve-brasil-adia-entusiasmo-
E) o projeto do governo baseava-se em medidas elitistas,
com-a-copa-do-mundo,70002328656.
o que limitava as manifestações culturais populares.
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45. (FGV-SP) — Leia o texto abaixo: 47. In a rare move – one that has only been done four
Alguma coisa está acontecendo aqui. times for the monarch – the Queen delivered a speech to
O que isto é, não está claro. the country amid the Coronavirus pandemic.
Ali tem um homem com uma arma. Speaking from Windsor Castle in a pre-recorded
Me dizendo que tenho de ficar alerta. message where only one camera person wearing
protective clothing was present, the Queen rallied the
Eu acho que é hora de pararmos. country saying we will ‘succeed’ in overcoming COVID-19
Crianças, que som é aquele? and thanked NHS staff and key workers for their tireless
Todos olham o que está acontecendo. sacrifice.
One of the most stirring comments was one of hope
A linha de batalha está desenhada.
from the 93-year-old Queen: ‘We should take comfort
Ninguém está certo se todos estiverem errados.
that while we may have more still to endure, better days
Jovens falando em suas mentes.
will return: we will be with our friends again; we will be
Eu tenho muita resistência atrás.
with our families again; we will meet again.’
STILLS, Stephen. For What It’s Worth, 1967.
The speech was watched by 24 million viewers,
Essa é uma das muitas canções compostas nos EUA com according to reports.
críticas à Guerra do Vietnã. As críticas a essa guerra Available at: www.elle.com/uk/life-and-culture/
A) combinaram-se com o chamado Poder Jovem, uma g31658888/coronavirus-covid-19-good-news/.
das intensas movimentações culturais desse período. O discurso da Rainha Elizabeth II, no auge da pandemia
B) restringiram-se a um pequeno grupo de ativistas e in- de COVID-19, foi feito
telectuais estadunidenses. A) a fim de repreender aqueles que não levam o isola-
C) levaram à derrota eleitoral do então presidente esta- mento a sério.
dunidense Richard Nixon em 1975. B) para pedir que os britânicos doem mais dinheiro para
D) levaram diversos países latino-americanos, liderados a saúde pública.
pelo Brasil, a romper relações diplomáticas com os C) em condições de segurança, para mostrar esperança
Estados Unidos. e agradecimento.
E) permitiram a criação de partidos políticos nos Estados D) para mostrar que a rainha não estava doente, e para
Unidos, que superaram a polarização entre republica- aplacar os boatos.
nos e democratas. E) na rua em frente ao palácio, para mostrar que a reale-
za não teme o vírus.
INGLÊS
48. The sentence “The Queen delivered a speech to the
46. country amid the Coronavirus pandemic” converted into
ALDO FIESTOFORO/ACERVO DO QUADRINISTA
49. The last sentence in the text, “The speech was watched
by 24 million viewers, according to reports”, is in the
Cartoons are often used to make visual comments on passive voice. Mark the option that correctly converts the
whatever is wrong in our way of living. Although there sentence into active voice.
are no words in the cartoon above, we can understand A) 24 million viewers watched the speech, according to
that it is criticizing the fact that reports.
A) the deforestation has come to a point in the Amazon B) According to reports, the speech watched 24 million
Forest that we can be sure to have intense bursts of viewers.
heat waves. C) The speech watched 24 million viewers, according to
B) indigenous peoples in the Amazon Forest are being reports.
threatened by the economic exploitation of their D) 24 million viewers were watched the speech,
ancestral lands. according to reports.
C) the Indians of the Amazon Forest are also to blame for E) By 24 million viewers the speech was watched,
the deforestation, because they want to live in more according to reports.
developed cities.
D) logging is an important economic activity which, 50. Marque a alternativa que melhor completa a frase.
when done in a sustainable manner, helps to remove The Coronavirus, most other viruses,
indians from the forest. changes very quickly to adapt to a new environment.
E) the clearing of lands for cattle farming is leaving , doctors believe a vaccine will be ready in a
indigenous tribes unaffected, which is positive for few months’ time.
both people and the environment. A) as – Yet
B) then – So
C) yet – However
D) because – Nevertheless
E) even though – For example
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Sistema de Ensino pH ➥
REPRODUÇÃO/HTTPS://TWITTER.COM/PROYECTOILUSION
por el éxito de las stories de Instagram o TikTok, el
proyecto tiene a los consumidores de smartphones en
mente.
V2. Escape From Hell estará protagonizada por el
actor ruso Pavel Priluchny, que interpretará a Mikhail
Devyatayev, un piloto soviético capturado que lidera una
fuga de un campo de concentración alemán secuestrando
un avión. El argumento estaría basado en una historia
real que ocurrió hace 75 años.
Está previsto que se produzcan dos versiones, una
para el mercado ruso y otra para el mercado internacional
en inglés, la cual tendrá escenas distintas. Se espera que
su ‘estreno’ se de a principios de 2021, aunque no será
en las salas de cine, sino mediante plataformas digitales.
Disponible en: www.muyinteresante.es/tecnologia/
articulo/asi-sera-la-primera-pelicula-en-
formato-vertical-481582032565.
Vocabulário:
aún: ainda;
aunque: ainda que;
contenidos: conteúdos;
estreno: estreia;
larga: longa;
pantalla: tela;
película: filme;
pero: mas, porém;
sin embargo: no entanto; 54. En “Levántate con el pie derecho”, el verbo subrayado
sino: mas sim. se conjuga en Imperativo Afirmativo. Señala la opción
que lo contenga en Imperativo Negativo, manteniendo la
51. Según el reportaje, el cine continúa experimentando y persona verbal:
tratando de adaptarse a los nuevos tiempos y tendencias. A) No te levante
A principios de 2021, se va a estrenar B) No se levante
A) el cine en 3D y 4D. C) No te levantas
B) la película en formato vertical. D) No te levantes
C) salas de cine en formato vertical. E) No nos levantemos
D) smartphones con pantalla en formato horizontal.
E) escenas distintas de una misma película en idiomas
distintos.
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55. En “No sueltes tu café.”, el verbo subrayado se conjuga 58. A Bienal Internacional de Arte de São Paulo é uma ins-
en Imperativo Negativo. Señala la opción que lo tituição que tem papel muito relevante na cena artística
contenga en Imperativo Afirmativo y la persona en la brasileira desde sua fundação, no início da década de
cual se conjuga: 1950. Sua principal relevância consiste em
A) Suelte tu café. 1a persona de singular. A) apresentar artistas consagrados em salas históricas.
B) Suelta tu café. 2a persona de singular. B) promover oportunidade de trabalho para curadores e
C) Sueltas tu café. 2a persona de singular. críticos brasileiros.
D) Sueltes tu café. 2a persona de singular. C) ocupar um pavilhão projetado por Oscar Niemeyer no
E) No suelta tu café. 1a persona de singular. Parque Ibirapuera.
D) promover um programa educativo sobre arte contem-
porânea para o público paulistano.
ARTE E) colocar o público em contato com a produção artística
do mundo e divulgar o trabalho dos artistas brasilei-
56. Com a chegada do rádio ao Brasil, em 1922, inauguran- ros para críticos e curadores estrangeiros.
do a moderna era de comunicações de massa, o cenário
musical foi modificado com a possibilidade de difusão de
59. No segundo andar do Museu de Arte de São Paulo
cantores, instrumentistas e compositores de diferentes
(MASP), há uma mostra do acervo que está sempre mu-
regiões do país.
dando, chamado “Acervo em transformação”. Para re-
Entre os músicos que fizeram sucesso nos programas de presentar a arte geométrica brasileira, recentemente os
rádio estão: curadores escolheram três trabalhos que formam um
A) O baiano João Gilberto e o carioca Noel Rosa. conjunto que diz muito sobre a diversidade da cultura
B) O baiano Gilberto Gil e o gaúcho Radamés Gnattali. brasileira.
C) O pernambucano Luiz Gonzaga e o baiano Gilberto
REPRODUÇÃO/ENEM 2017
Gil.
D) O pernambucano Luiz Gonzaga e o baiano Caetano
Veloso.
E) A portuguesa radicada no Brasil, Carmen Miranda, e o
baiano Dorival Caymmi.
57. (Enem) —
REPRODUÇÃO/ENEM 2017
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TEXTO II
[...] Em nosso mundo moderno tudo é político, o
Estado está em toda parte e a responsabilidade política
acha-se entrelaçada em toda a estrutura da sociedade. A
liberdade consiste não em negar essa interpenetração,
mas em definir seus usos legítimos em todas as esferas,
demarcando limites e decidindo qual deve ser o caminho
RAUSCHENBERG, R. Cama. 1995. Óleo e lápis em travesseiro,
colcha e folha em suporte de madeira. 191,1 3 80 3 20,3 cm. da penetração, e, em última análise, em salvaguardar a
Museu de Arte Moderna de Nova York. responsabilidade pública e a participação de todos no
controle das decisões.
TEXTO II MANNHEIM, Karl. Liberdade, poder e planificação democrática.
São Paulo: Mestre Jou, 1972. p. 66.
No verão de 1954, o artista Robert Rauschenberg
(n. 1925) criou o termo combine para se referir a suas no- As diversas formas que o Estado assume na sociedade
vas obras que possuíam aspectos tanto da pintura como da moderna estão ligadas à concepção de soberania popu-
escultura. Em 1958, Cama foi selecionada para ser incluída lar, que é a base da democracia. Os trechos acima mos-
em uma exposição de jovens artistas americanos e italia- tram que essa democracia se associa a outras ideias,
nos no Festival dos Dois Mundos em Spoleto, na ltália. entre elas
Os responsáveis pelo festival, entretanto, se recusa- A) transparência e liberdade.
ram a expor a obra e a removeram para um depósito. B) obrigações, direitos e deveres.
Embora o mundo da arte debatesse a inovação de se C) participação, diálogo e consenso.
pendurar uma cama numa parede, Rauschenberg consi- D) conflitos e institucionalização do poder.
derava sua obra “um dos quadros mais acolhedores que E) igualdade coletiva e independência política.
já pintei, mas sempre tive medo de que ninguém quises-
se se enfiar nela”.
DEMPSEY. A. Estilos, escolas e movimentos: guia enciclopédico
da arte moderna. São Paulo: Cosac Naify, 2003.
A obra de Rauschenberg chocou o público na época em
que foi feita e recebeu forte influência de um movimento
artístico que se caracterizava pela
A) dissolução das tonalidades e dos contornos, revelan-
do uma produção rápida.
B) exploração insólita de elementos do cotidiano, dialo-
gando com os ready-mades.
C) repetição exaustiva de elementos visuais, levando à
simplificação máxima da composição.
D) incorporação das transformações tecnológicas, valo-
rizando o dinamismo da vida moderna.
E) geometrização das formas, diluindo os detalhes sem
se preocupar com a fidelidade ao real.
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62. Os desafios que são postos à democracia no nosso tempo são os seguintes. Primeiro, se continuarem a aumentar as
desigualdades sociais entre ricos e pobres ao ritmo das três últimas décadas, em breve, a igualdade jurídico-política entre os
cidadãos deixará de ser um ideal republicano para se tornar uma hipocrisia social constitucionalizada. Segundo, a democracia
atual não está preparada para reconhecer a diversidade cultural, para lutar eficazmente contra o racismo, o colonialismo, o
sexismo e as discriminações em que eles se traduzem. [...] Terceiro, as imposições econômicas e militares dos países do-
minantes são cada vez mais drásticas e menos democráticas [...]. Finalmente, o quarto desafio diz respeito às condições de
participação democrática dos cidadãos. [...] Pode dizer-se com segurança que a promoção da democracia não ocorreu de par
com a promoção das condições de participação democrática.
SOUZA SANTOS, Boaventura de. O futuro da democracia. Visão. Paço de Arcos. 31 ago. 2006.
Disponível em: www.ces.uc.pt/ces/opiniao/bss/164en.php
Acesso em: 09 abr. 2020.
63. (UNISC-RS-adaptada) —
O clientelismo é uma das características históricas da política brasileira. Pode ser definido como uma relação de troca de
favores entre agentes políticos, agentes econômicos e cidadãos. O historiador José Murilo de Carvalho define o clientelismo
como um tipo de relação que “envolve a concessão de benefícios públicos, na forma de empregos, benefícios fiscais, isen-
ções, em troca de apoio político, sobretudo na forma de voto”.
CARVALHO, J. M. Mandonismo, coronelismo, clientelismo: uma discussão conceitual.
Dados, v. 40, n. 2, p. 229-250, 1997.
64. (Unimontes-MG-adaptada) —
[...] O Estado é uma Organização cujo principal objetivo sempre foi assegurar, mediante o poder das armas, a opressão
econômica da maioria trabalhadora por uma minoria abastada. [...]
ENGELS, Friedrich. Brief an Philip Van Patten in New York
(Carta a P. V. Patten em Nova Iorque, 18 de Abril de 1883).
In: ibidem. Berlim: Dietz, 1967. v. 36, p. 11-12.
O Estado, objeto de estudo da Sociologia e da Ciência Política, constitui um mecanismo de controle social que pode ser defi-
nido como
A) uma autoridade política de controle individual.
B) estrutura horizontal formada pela sociedade civil.
C) divisão federativa existente no interior dos países.
D) grupo político que governa por um tempo determinado.
E) instituição que possui autoridade para aplicar o uso da força.
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D) liberdade absoluta.
E) liberdade condicionada.
70. (Uncisal-AL) —
O povo foge da ignorância
Apesar de viver tão perto dela
E sonha com melhores tempos idos
Contemplam essa vida numa cela...
Espera nova possibilidade
De ver este mundo se acabar
A Arca de Noé, o dirigível
Não voam nem se pode flutuar
RAMALHO, Zé. Admirável gado novo.
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