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Secrets of power negotiating
Copyright © 2011 by Roger Dawson
All rights reserved.
Seção um
Começando o jogo das Negociações Poderosas
Seção dois
Como resolver problemas
Seção três
Negociando pontos de pressão
Seção cinco
Entenda os jogadores
Seção seis
Desenvolva o poder sobre o outro lado
Você diz: “Joe, do que está falando? Você disse US$ 20 mil
ontem e US$ 24 mil hoje. Vai aumentar para US$ 28 mil
amanhã? O que está havendo?”.
Ele diz: “Me sinto mal, mas é o que eles (autoridade
máxima) decidiram”.
Você responde: “Joe, fala sério”.
“Eu não estou feliz com isso. Quer saber? Vou voltar e
conversar com eles mais uma vez. Deixe-me ver o que
consigo (mocinho/vilão). Se eu conseguir por US$ 20 mil,
você se interessaria?”.
“Claro que eu estou interessado nesse valor!”. Ele lhe
vendeu o valor cheio, e você pode não ter percebido o que
ele fez, até que seja tarde demais.
Outro bom exemplo, já que essa é uma jogada poderosa.
Digamos que você vende um determinado utensílio no
varejo. Você faz uma oferta de US$ 1,80 a um comprador,
em contrapartida, ele oferece US$ 1,60. Você entra em uma
negociação ferrenha em que tudo indica que ele vai fechar
por US$ 1,72. O que passa pela mente do comprador:
“Consegui uma diferença de US$ 0,08 até agora. Tenho
certeza de que, com mais empenho, consigo por US$ 1,71”.
Ele lhe diz: “Veja bem, o mercado está difícil no momento.
Não posso fazer negócios com você se não abaixar o preço
para US$ 1,71”.
Ele pode estar apenas “jogando um verde” só para ver se
consegue abaixar o preço ainda mais. Não entre em pânico
e faça a concessão para continuar no jogo. A melhor forma
de parar esse processo é dizer: “Não sei se consigo, mas
tenha certeza de que, se houver qualquer chance, facilitarei
para você. (Esta é uma maneira sutil de aplicar a técnica do
mocinho/vilão; veja o capítulo 14.) Vou analisar e falo com
você amanhã”.
No dia seguinte, você finge retirar a concessão que fez no
dia anterior: “Estou envergonhado, analisei a sua proposta a
noite inteira, mas parece que há algo errado. Houve um
aumento no custo da matéria-prima que eu não havia
percebido. Sei que estávamos em US$ 1,72 ontem, mas não
posso vender por menos de US$ 1,73”.
Qual é a reação do comprador? Ele vai ficar furioso e
dizer: “Espera um minutinho, amigão. A negociação estava
em US$ 1,72, é esse valor que eu posso pagar”.
Imediatamente, ele vai se esquecer de US$ 1,71. Essa
jogada da retirada funciona muito bem quando você quer
frear os lances do comprador.
Aposto que você já ouviu de um vendedor de aparelhos
domésticos ou de carros o seguinte: “Deixe-me falar com o
meu gerente de vendas e vejo o que posso fazer por você”.
Depois de algum tempo ele volta e diz que está
envergonhado, pois o valor veiculado pela propaganda a
respeito do aparelho que você queria expirou na semana
anterior. No mesmo instante, você esquece as concessões
futuras e muda de opinião em relação ao preço. Você
também pode aplicar essa jogada ao retirar um detalhe da
oferta e manter o preço.
Veja alguns exemplos disso. O vendedor de aparelhos
domésticos diz: “Sei que falamos sobre deduzir o valor da
instalação, mas meu gerente de vendas me informou que a
esse preço não é possível”. Ou o vendedor de ar-
condicionado lhe diz: “Sei que estávamos falando sobre
embutir o preço das licenças, mas a esse valor, eu estaria
completamente fora de mim”.
Você trabalha em uma empreiteira e diz ao seu
contratante: “Sei que pediu um prazo de 60 dias, mas a
esse preço, precisaríamos encurtar o prazo para 30 dias”.
Você comercializa computadores e, então, diz ao cliente:
“Eu disse que deduziríamos os custos do treinamento, mas
a administração me informou que, a esse preço, teremos de
cobrar”.
Porém, não faça isso com vendas grandes, você pode
irritar a outra pessoa.
A jogada da retirada é uma aposta que forçará uma
decisão – positiva ou negativa. Sempre que alguém usá-la
com você, não tenha medo em insistir que a outra parte
resolva seus problemas internos antes que passem para o
estágio de negociação.
Pontos para lembrar
São neutros.
Entendem o assunto em questão, que pode ser na área
de construção, varejo etc.
Têm uma experiência positiva com mediação de
problemas semelhantes.
Usarão um processo comprovadamente bem-sucedido.
Contato inicial com as partes
O mediador realiza uma conferência telefônica. Apesar de
ele poder contatar os envolvidos por meio de reuniões,
raramente é uma boa ideia. Se uma das partes sentir que o
mediador teve mais intimidade com a outra antes da
reunião, a neutralidade pode escoar pelo ralo. Durante uma
conferência telefônica, o mediador reafirma que o processo
implica em um compromisso e não funciona se uma das
partes insistir em manter uma posição inicial e estiver
apenas interessada em tentar provar que o outro lado está
errado. Ele enfatiza a importância da flexibilidade para
prevenir becos sem saída mais tarde. Esta parte é crucial
para o sucesso da mediação.
Depois, o mediador explica o processo para cada lado (por
exemplo, quando eles deverão se encontrar e como irão se
comunicar). Ele enfatiza novamente que, se o processo for
seguido, resultará em uma mediação bem-sucedida para
ambas as partes. Em seguida, o mediador precisa remover a
autoridade máxima que pode ser inserida durante a
negociação (veja o capítulo 7). Ele deve insistir que os
envolvidos na mediação têm a autoridade para tomar
decisões. Ele não pode, contudo, insistir demasiadamente
nisso porque muitas empresas não dão carta branca aos
funcionários, mas ele deve tentar. Pelo menos, para
remover as autoridades fictícias e evitar surpresas
desagradáveis em um momento mais avançado da
negociação.
O mediador pede que cada parte envie uma declaração
escrita sobre suas posições, e pede que incluam cópias de
quaisquer documentos de apoio que sejam essenciais para
o entendimento de suas posições. Ele solicita que essa
declaração seja breve – não mais do que quatro ou cinco
páginas. Cada parte também deve enviar essas informações
à outra parte. Qualquer informação enviada ao mediador
deve também ser enviada à outra parte de modo que não
se tente influenciar o mediador indevidamente. O mediador
irá desencorajar as partes de enviarem muita
documentação. As declarações de ambas as partes devem
incluir:
Tão logo for possível, faça com que ele diga o que quer e
que se comprometa. O que é necessário para resolver o
problema? Faça isso mesmo que não esteja preparado para
fazer concessões ao outro lado. Por exemplo, você pode ter
um funcionário que está ameaçando demitir-se a menos que
você lhe conceda um aumento de salário. Você pode ser
contra conceder aumentos mediante ameaças. Isso é com
você. Mesmo assim, você deve perguntar quanto ele espera
receber de aumento para que fique. Quantificar o problema
é importante para resolvê-lo.
Compile toda a informação que pode. Pense como o
negociador principal e utilize as informações do negociador
de inteligência para entrevistar todas as pessoas que o
suspeito conhece. Foque na pessoa mais do que no
problema. A solução está sempre com a pessoa, não na
situação. Quanto mais souber a respeito da pessoa, mais
próximo estará da solução. Nesse estágio, outro problema
pode ser revelado. Nem sempre o dinheiro é a razão para
que aquela pessoa queira demitir-se. Ele pode estar
aborrecido porque um rival foi promovido antes dele. Ele
pode estar envolvido sentimentalmente com outro
funcionário e precisa criar uma distância entre ele e a outra
pessoa. Ele pode estar agindo mediante boatos falsos.
Trabalhe para que a pessoa deixe aquela posição de lado.
Ajude-a a focar nos interesses mútuos. As opiniões podem
estar a 180 graus de distância entre si. “Você mentiu para
mim!”; “Não, eu não menti”; “Você me traiu!”; “Não, eu não
traí”. Essas são posições completamente opostas, mas não
significa que não tenham interesses em comum. O interesse
em comum pode ser que aquele funcionário continue na
empresa, por exemplo. Ou você e o cliente furioso podem
estabelecer um acordo para continuarem o relacionamento.
O problema é que, quando o foco é apenas nas posições,
você deixa de ver os interesses mútuos. Temos o clássico
exemplo da Guerra Fria. Chamávamos a URSS de império do
inferno. Eles diziam que iam nos enterrar. Essas posições
são muito extremas, mas ainda tínhamos interesses em
comum: reduzir os gastos com armamentos, continuar os
negócios, importar titânio para os nossos clubes de golfe.
No entanto, não conseguíamos ver os interesses enquanto
nos concentrávamos nas nossas convicções.
Veja o longo conflito entre os governos de Taiwan e
Pequim. Durante mais de meio século, eles ameaçaram uma
guerra catastrófica. Os Estados Unidos prometeram
defender Taiwan se Pequim atacasse. O conflito está calcado
em quê? A posição de cada lado está bem clara: o governo
de Pequim diz que Taiwan é uma província da China. Taiwan
diz que é uma nação independente. Essas duas posições
estão a 180 graus de distância entre si. Se focar nos
interesses mútuos, terá uma perspectiva completamente
diferente. A economia de Taiwan está estagnada há mais
uma década. A relação com a China faria sua economia
crescer muito. A China, por sua vez, precisa
desesperadamente das habilidades de negócios de Taiwan.
Ambos os lados se beneficiariam se fizessem um acordo.
A arte da resolução de conflitos serve para tirar as
pessoas de suas posições para que se concentrem em seus
interesses entre si.
Apenas quando você expressa o que acredita ser
necessário para resolver a situação, coleta as informações
necessárias e trabalha para que as pessoas pensem nos
interesses em comum é que você entra em negociação – o
alcance de um compromisso. É então que entra em jogo o
pensamento de um negociador, o qual eu chamo de
CRENÇA DO NEGOCIADOR PODEROSO. O pensamento mais
importante que você pode ter em uma negociação não é “O
que eu posso conseguir deles?”, mas “O que eu posso dar a
eles que represente algum valor?”.
Pontos para lembrar
Respostas
1. 10 províncias no Canadá (e dois territórios).
2. Brigham Young, o líder mórmon, teve 27 esposas.
3. Pagamos US$ 5 milhões pela Flórida.
4. Erle Stanley Gardner escreveu 75 romances sobre Perry
Mason.
5. 67 bilhões de ovos são postos nos Estados Unidos a
cada ano.
6. A Arca de Noé media aproximadamente 137 metros. De
acordo com o Gênesis (6:15), a arca media 300 x 50 x
30 cúbitos, e um cúbito é igual a 45 centímetros.
Ombros soltos.
Mãos relaxadas e usadas apenas para enfatizar alguns
pontos de uma conversa.
Voz tranquila com timbre, velocidade e tom
compatíveis.
Os olhos não piscam com rapidez.
As mãos encontram-se separadas, não juntas.
Um suave sorriso no rosto.
O piscar de olhos
Conforme você observa as pessoas à mesa de
negociação, tente estudar a frequência com a qual elas
piscam. Se nunca fez isso antes, você se surpreenderá com
a frequência que piscamos: até 60 vezes por minuto (apesar
de algumas pessoas piscarem de maneira mais devagar:
entre 15 e 20 piscadas por minuto). Você precisará dessa
informação mais tarde se perceber que alguém começou a
piscar mais rápido, notará que a pessoa está mais alerta ou
sob tensão – e pode não estar falando a verdade.
Assistir à televisão também é uma excelente maneira de
estudar a linguagem corporal. Tire o som da TV e observe
apresentadores de programas diversos. Preste atenção à
velocidade que piscam os olhos. Você ficará surpreso em
relação ao tipo de discurso que está sendo apresentado
apenas com base no olhar e no piscar de olhos. Na
Inglaterra, há uma expressão que diz: “o piscar de um
mentiroso”, a qual se refere ao piscar rápido de uma pessoa
que está contando uma mentira. Esse é um claro sinal de
que a pessoa está exagerando, mentindo ou está
desconfortável com o que está dizendo.
Se assistir a programas de televisão sem som, ficará
boquiaberto com a mudança da frequência com a qual os
apresentadores piscam. Quando se sentem desconfortáveis
com o que estão dizendo irão piscar quatro ou cinco vezes
mais do que o normal.
Observe a inclinação da cabeça
O ângulo de inclinação da cabeça diz muito a respeito da
atenção que as pessoas estão prestando. Quando o ângulo
está completamente reto, é provável que as pessoas não
estejam prestando atenção ao que você diz. Uma pequena
inclinação para um dos lados, especialmente com a
projeção do queixo, indica que a pessoa está prestando
atenção.
Nós, palestrantes, temos de saber sobre essas coisas.
Podemos perceber quando a plateia está atenta ou não
apenas pelo ângulo de inclinação de suas cabeças. Se
muitas pessoas estão sentadas com a cabeça
completamente reta e com um tímido sorriso no rosto,
provavelmente o público não está prestando atenção.
Quando isso acontecer, faça uma pergunta ou mude a
disposição da plateia para que fiquem mais atentos.
Evidentemente, se um palestrante notar também que as
pessoas estão próximas da porta, significa que não estão
muito interessadas.
Quando as mãos vão à cabeça
Tenha muita atenção quando as mãos vão à cabeça.
Apoiar o queixo no polegar e indicador juntos é um sinal de
interesse. O mesmo ocorre quando se apoia o queixo sobre
a mão fechada. No entanto, quando o rosto pende para um
dos lados, apoiado na palma de uma das mãos, é um claro
sinal de tédio.
Quando uma pessoa coça ou toca o nariz de repente,
pode ser um claro sinal de que está exagerando ou
mentindo, apesar de poder ser apenas um hábito.
Se uma pessoa projeta a orelha para a frente, está
querendo dizer a você: “Conte-me mais sobre isso”.
Quando uma pessoa coça a cabeça, pode estar
envergonhada ou desconfortável com a situação. Talvez seja
melhor afastar-se e mudar a direção do olhar.
Fique atento às mãos
O que podemos aprender ao observar as mãos? Se
alguém bate as pontas dos dedos em uma mesa ou
superfície, esse é um sinal de impaciência. Quando estão
muito entediadas, podem até alongar as mãos. Fique atento
às pontas dos dedos. Se juntarem as pontas dos dedos, sem
as palmas se tocarem, é uma indicação de confiança. É
muito difícil fazer isso quando se está muito nervoso. Se
observar esse gesto em alguém, tenha certeza de que ele
ou ela se sente superior.
Quando um homem coloca a mão sobre o peito, está
comunicando abertura e sinceridade. Mas, quando uma
mulher o faz, significa que está em choque ou tentando se
proteger de algo.
Pressionar as narinas gentilmente com as pontas dos
dedos ao fechar os olhos é um sinal de concentração.
Entretanto, quando as palmas das mãos seguram a parte
de trás do pescoço, o sinal é de irritabilidade. Às vezes, as
pessoas simplesmente ficam entediadas com o que você
está dizendo.
Fique atento às pessoas que usam óculos
O que você pode dizer sobre uma pessoa que usa óculos?
Bem, você sabe o que quer dizer quando alguém olha por
cima dos óculos, não? Significa: “Não acredito em você” ou
“Não concordo”. Pessoas que limpam os óculos
repetidamente são como fumantes que acendem o cigarro
mais de uma vez: precisam de mais tempo para pensar.
Quando negociadores poderosos observam isso, começam a
conversar sobre outras questões menos importantes.
Sempre que alguém coloca algo na boca, seja a haste dos
óculos, uma caneta ou um lápis, significa que ainda não
está convencido e precisa ouvir mais a respeito do que está
sendo dito.
Evidentemente, se alguém tira os óculos e o coloca sobre
a mesa, significa desapontamento ou frustração. Mas,
quando for algo mais sutil, também pode significar que a
pessoa não está mais prestando atenção em você.
Comunicação proxêmica: o estudo do espaço
entre as pessoas
Outra questão fundamental a ser considerada é quanto de
espaço as pessoas precisam para se comunicar. Este estudo
a respeito da distância entre as pessoas no processo de
negociação chama-se comunicação proxêmica.
Pesquisadores determinaram que o raio de intimidade de
alguém corresponde a 45 centímetros. Você não deve
invadir esse espaço sem permissão. A zona pessoal
corresponde de 45 a 120 centímetros. A zona pública está
além dos 120 centímetros, a partir dos quais você pode se
sentir confortável com estranhos.
Porém, há muitas variáveis nesse tocante, e uma dessas
variáveis é a nacionalidade. Pessoas que vêm de lugares
populosos, como a Inglaterra ou o Japão, sentem-se mais
confortáveis em um ambiente lotado de pessoas em relação
aos americanos, por exemplo. Mas, ao mesmo tempo, eles
podem se isolar com mais facilidade do que os americanos.
Você pode se aproximar de um inglês ou japonês sem que
ele se sinta pressionado.
Isso se aplica a lugares como Los Angeles, Chicago ou
Nova York, ao contrário de pessoas que cresceram no meio
rural ou em lugares espaçosos.
A outra variável é o grau de intimidade com a pessoa com
a qual você está falando. Se estiver falando com alguém
mais baixo do que você, afaste-se um pouco mais, senão,
correrá o risco de parecer superior. Outra maneira de
neutralizar esse efeito é girar o corpo ligeiramente para um
dos lados para que não pareça uma muralha à frente da
pessoa.
Saber sobre a linguagem corporal pode ser extremamente
útil em negociações, exceto quando a pessoa com a qual
você está conversando é uma estudante de linguagem
corporal. Se perceber que alguém está observando os seus
sinais corporais, use-os para influenciá-lo.
Eu gosto de imitar os sinais corporais das pessoas. Se
cruzarem as pernas, também cruzo as minhas. E se
repararem nisso é porque certamente estão de olho nos
meus sinais corporais.
Pontos para lembrar
1. Sobrevivência.
2. Segurança (a necessidade de assegurar a nossa
sobrevivência).
3. Social (a necessidade de agradar e ser aceito).
4. Autoestima (a necessidade de ser respeitado).
5. Autorrealização (a necessidade de sentir-se realizado).
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Com sorte, um dos motivos você escreveu foi o fato de
não entender o seu valor. Esse deveria ser o motivo
principal pelo qual eles evitariam escolher seu concorrente –
não por causa da qualidade do produto ou serviço que você
vende, mas porque eles não entenderiam o seu valor se não
escolhessem você. Para ser bem-sucedido no uso do poder
coercitivo, você deve agregar muito valor ao seu produto ou
serviço – e fazê-los temer o fato de não comprar de você.
Assim como no poder de recompensa, a diferença deve ser
você: o seu conhecimento sobre o produto e serviço. Seu
conhecimento sobre suas ameaças e oportunidades. Sua
habilidade de ser criativo e solucionar o problema e
aproveitar as oportunidades.
Lembra-se de quando falamos sobre eliminar as
diferenças no capítulo 1? Eu lhes disse que deveriam fazer
sua proposta inicial muito além do seu real objetivo. Pode
ser que você se intimide em fazer isso. Contudo, você não
tem coragem de fazer aquelas propostas extravagantes,
pois tem medo que o cliente dê risada de você. No meu livro
The 13 secrets of power performance 13, eu lhe respondo:
você tem que descobrir o que mais teme e fazê-lo. Assim
como no poder da recompensa, a resposta é experiência.
Assim como um empresário novato ficaria com medo de
perder uma negociação de US$ 1 000, um empresário mais
experiente ficaria pensativo caso perdesse uma negociação
de US$ 100. Um vendedor novato pode temer perder uma
venda de US$ 1 000, enquanto o vendedor experiente não
deixaria a venda de US$ 100 mil intimidá-lo.
Os novos vendedores geralmente têm problemas com os
poderes da recompensa e coercitivo. Nas primeiras ligações
de vendas, pensam que qualquer comprador pode
recompensá-los com um pedido, ou puni-los por recusá-lo,
ou ainda pior, ridicularizá-los pela proposta ofertada. Após
alguma experiência, eles entendem que vender é um jogo
de números como qualquer outro. Se eles estão se
esforçando e falando com um grande número de pessoas,
sempre haverá uma grande porcentagem de pessoas que
irão recusá-los. Uma vez entendido o jogo de números, sua
percepção de que as pessoas têm algum poder de
recompensá-los ou puni-los desaparece, e eles se tornam
muito mais autoconfiantes.
Sempre que admite que alguém tem algum poder
coercitivo sobre você, essa pessoa tem também o poder de
intimidá-lo; e uma das maiores forças coercitivas que
conhecemos é o poder de ridicularizar uma pessoa.