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CURSO DE INTERCESSÃO
ÍNDICE
PARTE 1 ..............................................................................................................................................1
PARTE 2 ............................................................................................................................................ 20
O QUE É INTERCESSÃO
ORAÇÃO INTERCESSÓRIA
É você ouvir a voz de Deus, é você orar e ver os milagres de Deus acontecer. Não é
somente ter esperança, mas sim ter uma grande fé. Deus vai exigir coisas de nós que não
vamos entender, mas Ele vai nos capacitar para isso e sempre vai nos dar segurança.
A oração intercessória é estratégica para vida do crente e também para a igreja de Jesus.
"E apareceu-o SENHOR a Abrão, e disse: À tua descendência darei esta terra. E edificou
ali um altar ao SENHOR, que lhe aparecera. E moveu-se dali para a montanha do lado
oriental de Betel, e armou a sua tenda, tendo Betel ao ocidente, e Ai ao oriente; e edificou ali
um altar ao SENHOR, e invocou o nome do SENHOR".
Gênesis 12:7-8
"E fez as suas jornadas do Sul até Betel, até ao lugar onde a princípio estivera a sua
tenda, entre Betel e Ai; Até ao lugar do altar que outrora ali tinha feito; e Abrão invocou ali o
nome do SENHOR”.
Gênesis 13:3-4
O PODER DA PERSISTÊNCIA
Por que orar? A minha oração realmente tem importância? Afinal, Deus não vai fazer o
que Ele quer de qualquer maneira? Minhas orações podem realmente mudar as coisas?
Deus precisa que eu ore ou Ele simplesmente quer que eu ore?
Essas e outras perguntas merecem respostas. Descobrir e compreender o porquê de
fazer uma coisa pode ser uma grande força motivadora. Quando Deus diz que devo orar,
quero saber se isso é realmente importante.
Você pode fazer mais do que orar, após ter orado. Mas você não pode fazer mais do que
orar, enquanto não orar. Orar é acertar o golpe da vitória (o serviço é colher os resultados).
- A oração é realmente necessária?
- Que condições disse Cristo que seria necessária para que nossas orações sejam
atendidas?
Creio que a oração é necessária, nossas orações podem causar um avivamento, elas
podem trazer curas, podemos mudar uma nação, as fortalezas podem cair quando e porque
nós oramos.
- Por que a oração é necessária?
Encontra-se no plano original de Deus, quando Ele criou Adão. O nome “Adão” significa
"homem, ser humano". Em outras palavras Deus fez o homem e o chamou homem. Ele fez
um humano e o chamou humano. Ele criou Adão e o chamou Adão. Adão representa todos
nós, o que Deus planejou para Adão, Ele planejou para toda raça humana.
Qual era a intenção de Deus? Ele deu a Adão e a Eva, e aos seus descendentes, o
domínio sobre toda terra e sobre toda a criação, Gn. 1:26-28.
O Salmo 8:3-8 também fala sobre isso, no verso "6" indica que Adão era o gerente de
Deus aqui, o mordomo, o governador, o mediador, intermediário ou representante de Deus;
o Salmo 115:16 também fala isso. Deus não abriu mão de seu direito de propriedade sobre
a terra, mas Ele atribuiu à humanidade a responsabilidade de governá-la, Gn. 2:15 diz: O
Senhor colocou o homem no jardim do Éden para cuidar dele e cultivá-lo. Isso significa que
Adão era literalmente o vigia ou o guarda de Deus na terra.
Gn. 1:26 diz que Adão era semelhante a Deus. Salmo 8:5 diz que o ser humano foi feito
um pouco menor do que os seres celestiais e no mesmo verso está escrito que a
humanidade foi coroada com a mesma glória de Deus. Glória significa pesada ou
importante, isso está ligado ao conceito de autoridade. Adão representava a Deus com
plena autoridade!
1Co. 11:7- "O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória
de Deus, mas a mulher é a glória do homem". A humanidade é a glória de Deus, as
escrituras estão nos dizendo que Deus foi reconhecido nos seres humanos. Por quê? Para
que os humanos pudessem representá-lo com perfeição.
Quando a criação olhava para Adão, pensavam que estavam vendo o próprio Deus, até
que Adão pecou e foi destituído da glória de Deus. O Senhor não pôde mais ser
reconhecido na humanidade caída.
Da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos como orar,
mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os
corações conhece a intenção do Espírito, porque o Espírito intercede pelos santos de
acordo com a vontade de Deus.
O clamor do Espírito é mais profundo do que palavras humanas. Se não for pelo consolo
e conforto do Espírito Santo nós estamos só gemendo, mas através do Espírito Santo temos
a esperança, pois a verdadeira intercessão vem de cima.
1Reis 18, mostra que Deus precisa de uma pessoa e que a usa para realizar sua vontade
através da oração. Tiago 5:17-18 também menciona essa ocasião, e nós sabemos que as
orações de Elias não apenas trouxeram chuvas, mas também haviam provocado secas por
três anos antes. Elias orou sete vezes e finalmente veio a chuva. Em 1Reis 18:1 de quem foi
a idéia de mandar chuva? Quem decidiu isso? Quem tomou a iniciativa? Foi Deus, não
Elias.
Se essa era a vontade, a idéia e o tempo de Deus, porque foram
necessárias as orações de um homem para que gerasse a chuva?
Porque teve que orar sete vezes? Sete é o numero da perfeição,
tenho certeza de que Deus estava nos ensinando que devemos
orar até que a tarefa seja realizada, mas por que essa ou qualquer
outra batalha de oração requer perseverança, quando ela já era a
vontade de Deus, a idéia e o tempo de Deus?
A oração fervorosa e eficaz desse homem fez parar a chuva e a
trouxe novamente.
Deus escolheu trabalhar através das pessoas. Mesmo quando é o próprio Deus que toma
a iniciativa de alguma coisa, desejando ardentemente fazê-la, Ele precisa ainda que a
peçamos a Ele.
O dar de Deus é inseparavelmente ligado ao nosso pedir. Apenas pela intercessão
é trazido dos céus e capacita a igreja a conquistar mundo.
Nossas orações são muito mais que uma simples petição ao Pai. Outro exemplo da
absoluta necessidade de oração é Daniel 9:3a: "Por isso me voltei para o Senhor com
orações e súplicas...".
Daniel fez algo muito diferente do que a maioria de nós faria. Quando recebemos uma
promessa de um avivamento, cura, libertação, restauração, etc., nossa tendência é esperar
passivamente por seu cumprimento. Daniel de algum modo compreendeu que Deus
precisava de seu envolvimento: este capítulo é marcante por conter uma das mais lindas
orações intercessórias de toda Bíblia, ao analisar esta palavra, Daniel coloca-se como
intercessor de Israel.
Alguns ingredientes básicos da verdadeira intercessão são encontrados neste
capítulo. Vejamos:
a) Confissão de pecados – arrependimento: "Pecamos, e cometemos iniqüidades, e
procedemos impiamente, e fomos rebeldes, apartando-nos dos Teus mandamentos e dos
teus juízos..."(Dn.9:5).
b) Reconhecimento da pessoa de Deus - Sua Grandeza: "Ah! Senhor! Deus grande e
tremendo, que guardas a aliança e a misericórdia para com os que te amam..." (Dn.9:4).
Enquanto orava, Daniel colocava seus olhos em Deus, no seu poder e sua misericórdia.
c) Clamar de todo coração: "Ó Senhor, ouve, ó Senhor, perdoa, o Senhor atende-nos e
age sem tardar..." (Dn. 9:19). Foi uma oração marcada com súplicas e contrição.
d) Orar firmado nas promessas: "Porque a tua cidade e o teu povo são chamados pelo
teu nome..." (Dn.9:19).
e) Orar com fé: "Não lançamos as nossas súplicas perante a tua face, firmados em
nossas justiças, mas em Tuas muitas misericórdias..." (Dn.9:18). Orar com fé sempre
produz uma resposta!
f) Lembrar-se das bênçãos de Deus: "Ó Senhor, nosso Deus, que tiraste o Teu povo da
terra do Egito com mão poderosa..." (Dn.9:15).
"E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que
segundo Deus intercede pelos santos. E da mesma maneira também o Espírito ajuda as
nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o
mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis."
Rm.8:26-27
Assim Cristo veio para representar a Deus sobre a Terra. Jesus tornou-se o intercessor e
mediador, colocou-se entre, representou Deus para a humanidade, de acordo com João
1:18.
Jesus veio e tornou Deus conhecido para nós! Agora nós sabemos como Ele é. Assim,
Cristo tornou-se esse representante, intercessor e mediador. Ele é o último mediador, o
único e definitivo (Hebreus 3:1).
DISTRIBUIDORES DE DEUS
Nós não temos que produzir nada - reconciliação, libertação, vitória, etc... – Mas
devemos distribuir como os discípulos distribuíram os pães e peixes (Mt.14:17-19). Nosso
chamado e função não são para substituir Deus, mas para compartilhá-lo com os outros.
Cristo precisa de um homem para representá-lo assim como o Pai também precisou. O
homem de Deus foi Jesus. O elemento humano de Jesus somos nós, a igreja. Ele disse:
"Assim como a Pai me enviou, eu vos envio" (Jo 20:21).
Os que são enviados tem autoridade, desde que representem aquele que os enviou. O
conjunto de condições e a capacidade de cumpri-las ou executá-las é de total
responsabilidade do que os enviou, não do que foi enviado.
Jesus foi enviado de Deus. E é por isso que Ele tem autoridade, Ele recebeu do Pai, que
o enviou, não era Ele que estava fazendo as obras, mas o Pai que o enviara (Jo.14:10). O
mesmo é verdade em relação a nós, nossa autoridade vem do fato de sermos enviados
Um encontro de reconciliação
Como Cristo, nossos encontros com Deus devem causar outro encontro – uma
reconciliação.
Encontramo-nos com Ele para pedir-lhe que venha ao encontro de outra pessoa.
Atuamos como mediadores. "Pai venho a Ti hoje (um encontro), para lhe pedir que toques o
'fulano' (outro encontro)".
No outro aspecto, como Cristo fez na batalha espiritual, nosso encontro como inimigo é
para desfazer um encontro, um rompimento, uma separação, um desligamento. Todas as
nossas orações vão envolver um desses aspectos ou ambos: reconciliação ou rompimento,
união ou desunião.
"Encontraram-se a Graça e a Verdade, a Justiça e a Paz se beijaram".
Salmos 85:10
Na cruz, a graça e a verdade se encontraram, a justiça e a paz se beijaram. Enquanto
isso aconteceu, Deus e a humanidade fizeram o mesmo. Beijamos o Pai através do Filho!
Nós O encontramos através do sangue de Jesus! Jesus segurou a nossa ponta da mesa e
foi apresentado à sua noiva.
Quando isso aconteceu, o ministério da reconciliação de Cristo estava se cumprindo
(2Co.5:18-19).
O verso 18 diz que Ele nos deu o ministério da reconciliação, através das orações de
intercessão, nós ministramos o fruto do que Ele fez através do Seu ato de intercessão.
Quando Deus vem ao encontro do povo, acontece milagre de curas, libertação, salvação.
Deus vem ao encontro de pessoas. Encontros de orações criam encontros. Podemos levar
pessoas a terem encontros com Deus, e esse é exatamente o significado de intercessão.
Um encontro de rompimento
A intercessão pode ser violenta (Jz.8:21/15:12; 1Sm.22:17-18; 2Sm.1:15; 1Reis 2:25-46).
Alguns encontros podem ser desagradáveis e outros podem até mesmo ser feios. Como o
encontro que Satanás teve com Jesus no Calvário, quando Jesus intercedeu por nós.
O maior pesadelo de Satanás aconteceu quando Jesus o encontrou no Calvário, a terra
literalmente tremeu com a força da batalha (Mt.27:45). Na cruz (Jo.19:30 – “Está
consumado”), Jesus não estava falando de morte quando pronunciou esta palavra, Jesus
estava gritando: "A dívida está completamente paga!" Graças a Deus por isso! Para todo
aquele evento terrível e tremendo, há uma palavra: “destruir”, que no grego é LUO e tem
dois sentidos: destruir legalmente e destruir fisicamente.
A terra tremeu, as rochas se partiram, o centurião ficou aterrorizado (Mt.27:54) e alguns
santos do antigo testamento ressuscitaram (Mt.27:52-53). Os cativos foram resgatados, as
feridas foram curadas (Gn.3:15; Is.53:5; 1Pe.2:24). As chaves do inferno e da morte foram
entregues, a autoridade transferida (Mt.28:18).
1Jo.3:8 lança a revelação do que aconteceu na cruz, Jesus veio para cancelar o domínio
legal que Satanás tinha sobre nós e para anunciar que não estamos mais presos pelas
obras do Diabo. Jesus invalidou o contrato, quebrando seu maligno domínio sobre nós. E
mais, "garantiu as conseqüências literais de que essa libertação manifestou: Jesus trouxe
cura, libertou os cativos, libertou os contratados por demônios, desfez a opressão".
CONCLUSÃO: Nós encontramos os poderes das trevas e através das orações de
intercessão (paga=intercessão), executamos a vitória de Cristo, vitória tal que Eleja realizou
quando encontrou (paga=intercessão e luo=destruir) os poderes das trevas em sua obra.
2 Co 11:3 "O que receio, e quero evitar, é que, assim como a serpente enganou Eva com
astúcia, a mente de vocês seja corrompida e se desvie da sua sincera e pura devoção a
Cristo". O contexto de 2Co.11:3 é sobre o engano.
Em qualquer área que Satanás puder nos distrair de nosso relacionamento com Cristo,
nessa mesma área nós vamos caminhar em engano, independentemente de qualquer outra
revelação em que estivermos andando.
Em Lucas 10:40, a passagem diz que Marta estava distraída com muitos preparativos.
A palavra distração significa andar em círculos. A palavra "preparativos" é usada no Novo
Testamento para ministério. A guerra espiritual e a oração em geral podem se tornar um
peso que arrastamos em círculos. Muitas vezes, ela perde a vitalidade, torna-se legalista,
uma simples tarefa de rotina, algo que é exigido e tolerado.
É Deus quem escolhe o momento e os termos de batalha. Ele disse a Josué em Jerico
(ver Josué 6) quando ele estava prostrado sobre rosto em adoração: "Sete dias, Josué,
nenhum momento antes, não faça nada até que eu lhe diga". Deus escolheu o momento da
batalha, Deus escolheu as condições também: "não façam prisioneiros, apenas Raabe será
salva. Os despojos devem ser trazidos a mim. Eu escolho as condições, não você, nem
satanás, nem ninguém mais, se você seguir o meu caminho, sempre vencerá, se seguir o
caminho de satanás, se verá andando em círculos".
Às vezes Deus pode dizer que a adoração é o segredo, como foi para Josafá no campo
de batalha (2Crôn 20:1-30), e para Paulo e Silas na prisão (Atos 16:16-36), essa é a guerra
da adoração! Também é uma intercessão de ataque contra ao ataque do inimigo. Quando
Jesus Cristo é entronizado através da adoração, satanás é destronado nos lugares
celestiais (SI 22:3; 149:5-9). Quando exaltamos o Filho, humilhamos a serpente. Em outras
ocasiões, a estratégia do Espírito Santo pode ser o amor: atos de bondade, de doação e de
perdão. Nosso ato de amor e humildade, também pode destruir fortalezas no reino espiritual.
Tempo de gritar
Há tempo para a guerra espiritual agressiva e violenta na intercessão. Muitos fogem
dessa ação tão exagerada em oração: atacar o inimigo e gritar com ele. Porém, há um
tempo para tal intensidade espiritual, as escrituras admitem e até sugerem que, às vezes, o
grito desencadeia algo no Espírito:
Cada uma delas podem ser uma espada aguda, cortante, utilizada em guerra de oração.
Use a Escritura para orar. Use a Escritura de maneira militante. Use a Escritura na ordem de
fé. A Escritura é chamada de espada do Espírito por ser inspirada pelo Espírito. Ela é a Sua
espada porque é Ele quem a entrega a nós e por ser a grande arma que Ele usa por nosso
intermédio. O grego literal é "receber", porque o Espírito Santo deve colocá-la em nossas
mãos.
O uso da Escritura na guerra de oração é uma obra do Espírito Santo, Ele a traz à nossa
memória enquanto oramos, Ele nos dá o poder agudo e cortante enquanto a manejamos
contra Satanás. Satanás não resiste à Palavra de Deus quando ela é usada no poder do
Espírito. Jesus silenciou Satanás com a Palavra, da mesma forma que podemos fazer ao
brandi-la pelo Espírito Santo.
O GUERREIRO DE DEUS
Uma passagem chave para formularmos um plano de batalha é Tiago 4:7-8, "Sujeitai-vos,
portanto, a Deus; mas resisti ao diabo e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus e Ele se
achegará a vós. Purificai as mãos, pecadores, e vós que sois de ânimo dobre, limpai o
coração".
Este trecho bíblico menciona dois relacionamentos por meio de 7 verbos, 5 deles ativos e
2 passivos. A primeira relação é para cima, e a segunda é para baixo.
A relação para cima: Deus
a) Sujeitai-vos: primeiramente é aceitar a Jesus e estar em Cristo, na família de
Deus.
b) Chegar-se a Deus: Passar tempo em companhia do Pai. Precisamos chegar
a conhecê-lo bem, só assim tomamos conhecimento da parte d'Ele. O que já foi ligado no
céu, a fim de que possamos fazer a ligação aqui na terra, de maneira eficaz.
c) Purifiquemos nossas mãos e limpemos nosso coração:
Purificar as mãos indica aquilo que fazemos.
Limpar o coração refere-se aos nossos motivos, aquele que pensamos e
sentimos. Juntos esses dois verbos salientam a santidade. Se entrarmos em ação,
cultivando nosso relacionamento com Deus, o verbo na voz passiva entrará em ação;
"... e Ele (Deus) se achegará a vós".
Nosso primeiro movimento na guerra espiritual é para cima, para Deus, o segundo
movimento para fora, na direção do inimigo de nossas almas. Aqui temos um único verbo
em voz ativa: RESISTIR.
E então, se tomarmos passos que nos permitam oferecer resistência a Satanás, em
conseqüência entrará em ação o verbo que está na voz passiva: "e ele fugirá de vós".
3. Princípios de guerra.
Os princípios que o exército de Deus deve aplicar para ser bem sucedido em combater
as forças de Satanás:
a) Identifique o inimigo (Ef.6:12);
b) Conheça-se a si mesmo. Saiba quem você é em Cristo e o que tem nEle
(Mt.16:19), lendo mais a Bíblia;
c) Cubra as áreas mais vulneráveis (Ef.6); armadura de Deus;
d) Treine seu grupo. Isso exige esforço;
e) A melhor defesa é atacar;
f)A batalha não é do mais forte. A batalha é do Senhor. Quando Deus está do nosso
lado, Ele nos dá a vitória (ISm.17; Dt.11:22, 23);
g) Unidade é força (Jo.17);
h) Tenha estratégias corretas (Gn.14);
i) Disciplina. Isso exige total submissão e obediência a cada comando, sem questionar;
j) Perseverança (Mt.17:12), fala do jejum e oração para expulsar certo tipo de espíritos
malignos. A perseverança em buscar de Deus a força e o poder, nos conduzirá à vitória.
FACE A FACE
Apóie-se em: "Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram"
(Rm.12:15) e "Levai as cargas uns do outros" (Gl.6:2). Isso nos revela que devemos
compartilhar a dor dos outros, levar as cargas, mas também levá-las embora.
Há uma grande diferença: uma significa compartilhar uma carga, a outra implica em
remover a carga. Ex: Colocar-se ao lado de um irmão (ã) em tempos de necessidade para
fortalecer, confortar.
No novo Testamento há duas palavras gregas diferentes para expressar esta situação de
suportarmo-nos uns aos outros:
- Anechomai, que significa: "sustentar, suportar ou resistir contra algo" (Cl.3:13).
- Bastazo, que quer dizer "suportar, erguer ou levar" no sentido de levar embora ou
remover. "Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não
agradar a nós mesmos. Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para
edificação. Porque também Cristo não agradou a si mesmo, mas, como está escrito: Sobre
mim caíram as injúrias dos que te injuriavam" (Rm.15:1-3) e "Levai as cargas uns dos
outros, e assim cumprireis a lei de Cristo" (Gal.6:2). Com esse conhecimento concordamos
que Jesus Cristo realizou estes dois conceitos de suportar.
Assim como uma pessoa prenderia uma vara a um pé de tomate para ajudá-lo a
sustentar o peso dos tomates – a força da vara é transferida para a planta, assim, a vara a
sustenta. Quando o Senhor manda 'suportar uns aos outros' – "Suportando-vos uns aos
outros, e perdoando-vos uns os outros, se algum tiver queixa contra o outro; assim como
Cristo vos perdoou, assim fazei vós também" (Cl.3:13) e "Com toda a humildade e
mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor" (Ef.4:2).
Ele não está dizendo simplesmente: "Aturar uns aos outros", Ele também está dizendo:
"Escorem uns aos outros". Nós devemos nos colocar ao lado de um irmão mais fraco que
está pesado e dizer: "Você não vai cair, não vai quebrar nem ser destruído porque eu estou
aqui para apoiá-lo, agora a minha força será a sua. Vá em frente, apóie-se em mim,
enquanto eu puder agüentar você também poderá".
CERCAS DE PROTEÇÃO
Podemos edificar cercas de proteção em torno de nós mesmos e em torno dos outros
através de intercessão. Os princípios básicos de semeadura e colheita causam efeito e
responsabilidade individual e o livre-arbítrio não foi cancelado quando viemos a Cristo. Isso
implica se Deus está ou não no controle de cada evento na vida de um cristão.
A bíblia diz tantas vezes que se crermos e não duvidarmos, nem vacilarmos, vão receber
(Mt.17:20; Mt.21:21; Mc.11:22-24; Tg.1:6-7). A palavra diz que nós, por meio da fé e da
paciência, herdamos a promessa (Hb.6:12). E diz que se não quisermos obedecer, não
vamos comer o melhor da terra (Is.1:19).
Exemplos: os nascidos de novo, que não dão dízimos, abrem assim a vida para a
maldição, porém, ficam ofendidos quando alguém insinua que sua falta de provisão pode ser
causada por eles mesmos, (Malaquias 3:8-12). Sabemos que a fé vem pelo ouvir e meditar
na palavra de Deus, (Romanos 10:17), e a maioria de nós lê e medita muito pouco, e se
alguém insinuar que não recebemos uma promessa por causa da nossa incredulidade
ficamos irados.
As escrituras nos dizem que temos uma armadura que devemos vestir e usar, incluindo o
escudo da fé, para apagar os dardos inflamados, (Efésios 6:13-18); que Satanás anda em
redor como um leão que ruge, buscando a quem possa devorar e que nós devemos resistir
a ele (1Pedro 5:8); e mesmo assim, se alguém insinuar que a falta de proteção em uma
situação perigosa poderia ser por nossa própria responsabilidade, ficamos ofendidos.
Vamos aceitar o fato de que as escrituras estão repletas de princípios que colocam a
responsabilidade sobre nós.
Deus deseja liberar a obra de Jesus através de suas orações e o Espírito Santo deseja
ajudá-lo. Orar sob a unção do Espírito Santo torna-se uma das experiências mais preciosa
do cristão:
1º. Dá-nos vitalidade espiritual: Viver no Espírito nos dá saúde espiritual e vitalidade,
somente assim, poderemos orar eficazmente;
2º. Leva-nos a orar: O Espírito Santo nos dá o desejo e a fome de orar – Ele sabe quando é
estratégico orar. Ele conhece situações e realidades do mundo espiritual que sequer
imaginamos;
3º. Ensina-nos orar: Se quiser orar com fé, não deixe de andar com Deus todos os dias. Se
fizer isso, Ele lhe dirá pelo que deve orar. Fique cheio do Espírito e Ele lhe dará tanto do
espírito de oração quanto você tem forças físicas para suportar. Devemos pedir ao
Espírito Santo que nos dirija e nos capacite a orar no Espírito ou em espírito.
O Espírito Santo ensina-nos o amor pela oração, o contentamento sábio e apropriado da
oração e como orar no Espírito. Essas coisas espirituais são ensinadas pelo Espírito e
espiritualmente discernidas por aqueles que são cheios pelo Espírito Santo (1Co.2:14). A
sensibilidade, a percepção, os anseios e a batalha espiritual são profundezas de Deus
ensinadas pelo Espírito Santo (1co.2:10).
Enquanto nos deleitamos no Senhor, começamos a compreender cada vez mais
claramente o que agrada a Ele e o que é da Sua Vontade. O Espírito Santo, nosso professor
amoroso, irá ajudar-nos a conhecer a vontade de Deus, rejubilar-nos na vontade de Deus, a
desejar a vontade de Deus e a orar por Sua vontade. Não desejaremos nada que
soubermos ser contrário à vontade de Deus. Deus pode então dar-nos os desejos dos
nossos corações, porque eles são idênticos aos Seus desejos (SI.37:4).
Os cristãos jamais estão em união mais próxima com a Trindade do que quando oram. O
céu se alegra ao ouvir um crente orando no Espírito. O Espírito sempre nos ensina a amar e
a sermos guiados pela Palavra, apegando-nos à Palavra e ao propósito de Deus como
revelado na Palavra. Assim sendo, nada supera a oração do Espírito no sentido de dar
glória a Deus. A glória de Deus deve ser nosso principal desejo, a bondade de Deus para
com outros e para conosco mesmo é secundária.
Creia no Espírito Santo, é seu ajudador! Conserve limpo o canal! Peça ao Senhor para
dirigi-lo na intercessão, através do Espírito Santo!
Não tenha medo! Ore sobre tudo o que perceber, e também o que não tiver
discernimento no momento!
Invista tempo em intercessão!
O verdadeiro instrumento de Deus é humilde!
PARTO SOBRENATURAL
LEVANTAR O VÉU
O verso 4 diz que nossas armas divinamente autorizadas podem demolir fortalezas e o
verso 5 segue explicando melhor quais são as fortalezas que devemos demolir. Ele
compartilha conosco três componentes principais das fortalezas. Essas são as coisas que
vamos começar a invocar e demolir quando guerreamos a favor de pessoas com nossas
armas divinamente autorizadas:
1. Padrões de pensamentos: O primeiro aspecto de fortaleza é o "sofisma", logismos. Essa
palavra fala de pensamentos humanos individuais isolados, mas de seu raciocínio
Curso de Intercessão - PARTE 2 [ 33 ]
calculado, sua sabedoria ou lógica. É o que realmente a pessoa crê. Podem incluir
filosofias, religiões, humanismo, budismo, islamismo, racismo, materialismo, raízes de
rejeição, perversões - qualquer coisa que leve uma pessoa a pensar de certa maneira.
Alguém precisa interceder por essa pessoa e ajudá-la a demolir esse entendimento, faça
isso até que a pessoa venha para Cristo.
2. Toda Altivez que se levanta: A segunda parte da fortaleza que devemos demolir é toda
altivez que se levante contra o conhecimento de Deus. A palavra envolveria, então, todo
o padrão de pensamento que exalta a si mesmo contra o conhecimento de Deus.
A boa notícia é que nós também podemos derrubar essa fortaleza nas pessoas, através
da batalha espiritual, de modo que elas possam se humilhar e dobrar os joelhos perante
Cristo. Leia este versículo novamente na Bíblia na linguagem de hoje: "E claro que
somos humanos, mas não lutamos por motivos humanos. As armas que usamos na
nossa luta não são do mundo; são armas poderosas de Deus, capazes de destruir
fortalezas. E assim destruímos idéias falsas e também todo orgulho humano que não
deixa que as pessoas conheçam a Deus. Dominamos todo pensamento humano e
fazemos com que ele obedeça a Cristo". 2Co.10:3-5. O Senhor nos permite saber que
somos capazes de derrubar todo argumento de orgulho e toda a muralha!
3. Pensamentos e Tentações: Sobre o terceiro aspecto das fortalezas, o Senhor nos diz
que podemos "levar todo pensamento cativo à obediência de Cristo". Refere-se aos
pensamentos espontâneos e tentações que Satanás usa para atacar os perdidos. Bem
como os projetos e artimanhas que ele utiliza para mantê-los nas trevas.
Através da intercessão devemos declarar corajosamente que nenhuma arma de Satanás
vai prosperar. Nós devemos amarrar seus planos e tomar posição contra eles por meio
da oração. Podemos e devemos orar para o que o perdido seja protegido contra os
pensamentos e tentações de Satanás.
"Sabemos que somos de Deus e que o mundo todo está sob o poder do maligno"
(1Jo.5:19). Mas recebemos autoridade! Podemos converter os incrédulos das trevas para a
luz, e do poder de Satanás para Deus (At.26:18). Somos chamados para executar e tornar
efetiva a liberdade que Cristo obteve.
"Os poderes das trevas vão resistir, mas não tenham medo deles. Lembre-se de que o
Senhor é grande e temível, e lutem por seus irmãos, por seus filhos e por suas filhas, por
suas mulheres e por suas casas”.
Neemias 4:14
A questão, contudo, não é o que pode ser visto humanos, mas o que acontece no reino
espiritual: a luz vence as trevas. E a luz é mais que uma representação simbólica da
bondade ou da pureza de Deus. "Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens A luz
brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram" (João1:4-5).
Imagine o horror de Satanás quando a luz de Deus irradiou na cruz, a mesma luz que o
havia expulsado do céu. Na cruz o falso "anjo de luz" deparou-se com o próprio Senhor da
Luz e nada foi o mesmo desde então! A maravilhosa luz reproduziu-se em muitas pequenas
luzes. “Porque outrora vocês eram trevas, mas agora são luz no Senhor. Vivam como filhos
da luz” (Ef.5:8).
Seja falando, tocando, impondo as mãos sobre os doentes, seja por declaração ou
adoração, quando o poder de Deus começa a fluir sobre a terra, ele flui através de vasos
humanos. Nós o corpo de Cristo, somos o útero de Deus, de onde sua vida é gerada ou
liberada sobre a terra.
Em João 7:38, Jesus disse: "Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior
fluirão rios de água viva". O ser interior ou ventre é a palavra koilia que significa útero.
Traduzindo podemos dizer: "Do seu útero fluirão rios de água viva". Nós somos os vasos de
Deus para gerar vida.
João 7:39 diz: "Ele estava se referindo ao Espírito". A água é o Espírito de Deus fluindo
do nosso interior. Ele não impõe as mãos sobre os doentes, nós impomos as mãos sobre os
doentes. Ele não impõe as mãos sobre uma pessoa e a ordena ao ministério, Ele nos diz
para fazermos isso no nome Dele.
Quando o Senhor deseja gerar o Evangelho, que é o poder de Deus para a salvação, Ele
fala através de nós. A vida de Deus, o poder e energia literal de Deus fluem de nossa boca e
penetra no coração dos descrentes, e eles recebem o novo nascimento.
Quando intercedemos, cooperando com o Espírito de Deus, nós o liberamos para fluir de
nós e pairar sobre uma situação, liberando seu poder de gerar vida até que aquilo pelo que
temos orado venha à existência.
Está escrito que Ele vai fazer mais do que o mais, conforme o seu poder que opera em
nós. Ele vai fazer isso superabundantemente mais do que podemos pedir ou pensar na
medida do poder que é distribuído por nós. Você está repartindo esse poder? Você está
distribuindo o rio?
Não pense que você vai liberar esse poder suficiente para operar milagres através de
orações esporádicas ou casuais. É necessário liberar o poder de Deus dentro de você
continuamente. Tiago 5:16b diz: “A oração de um justo é poderosa e eficaz”. A oração de
uma pessoa justa pode fazer muito quando a oração entra em ação. A oração fervorosa
(sincera e continuada) de um homem justo põe um tremendo poder à disposição.
O Espírito Santo está vivo procurando aqueles que queiram humilhar-se e confessar que,
apesar de verem, estão cegos, aqueles que estão dispostos a pagar o preço do
quebrantamento e lágrimas, para então buscarem a unção do poder divino, num
reconhecimento sincero de sua pobreza de alma.
Será que Deus vai encontrar um homem que se coloque na brecha como Ezequiel se
colocou? Hoje em dia, nós gostamos mais de estar acomodados do que sentir as dores de
parto. É por isso que ocorre tão pouco nascimento.
Ezequiel 37 - Vale dos ossos secos: Ezequiel foi levado pelo Espírito Santo e, como
qualquer ser humano, ele deve ter estremecido com o apavorante quadro daquele monte de
ossos secos. Mas da fé do profeta dependia o destino de milhares, talvez milhões de
pessoas – da fé dele, não de suas orações. Muitos oram, mas poucos têm fé.
Ezequiel disse para os ossos "ouvi", embora eles não tivessem ouvidos, ele obedeceu,
fez o que lhe fora ordenado. E Deus operou o milagre. Ele poderia deixar as dúvidas
tomarem conta do seu pensamento. Mas de que vale um bando de esqueletos? Eles
poderiam por acaso, lutar nas guerras do Senhor? Será que em tal estágio poderiam honrar
o nome de Deus? Mas Ezequiel perseverou e resistiu ao ataque das dúvidas. Em vez de se
sentir desanimado à vista dos ossos, acreditou que Deus estava com ele. E a sós com Deus
perseverou: "Profetizei como Ele me ordenara, e o Espírito entrou neles e viveram".
E hoje quem pode dizer isso (“profetizei, como Ele me ordenara e eles viveram”)? Será
que sentimos, de fato, de todo coração, um peso pelos que estão se perdendo?
Jeremias clamou: "Oxalá a minha cabeça se transformasse em águas", e o salmista diz:
"torrentes de águas nascendo nos meus olhos". Nossos olhos estão secos porque nosso
coração também está. As escolas bíblicas e os seminários não nos ensinam a chorar, nem
poderiam. Essa lição só se aprende com o Espírito Santo. E por mais títulos e doutorados
que possuamos não conseguiremos muita coisa enquanto não experimentarmos uma
profunda amargura de alma por causa dos pecados que se cometem hoje.
E nós, acaso sentimos o peso da perdição da humanidade quando oramos? Será que
ensopamos de lágrimas o travesseiro com uma agonizante intercessão? Será que estamos
realmente dispostos a orar e atacar as fortalezas do inferno? Quem irá resistir o ao Diabo?
Quem quer privar-se de alimento, descanso e lazer, para que os demônios o vejam lutando,
envergonhando-os, libertando os cativos, esvaziando o inferno e sofrendo as dores de parto
para deixar atrás de si fileiras de pessoas lavadas pelo sangue de Jesus Cristo?
Precisamos da benção do quebrantamento! As lágrimas são um elemento indispensável!
Precisamos nos envergonhar de não sentir vergonha; precisamos chorar por não termos
lágrimas; precisamos nos humilhar por haver perdido a humildade de servos de Deus;
gemer por não sentirmos peso pelos perdidos.
Pentecostes significa dor, mas o que mais experimentamos é prazer. Significa peso, mas
nós amamos a comodidade.
Há taças nos céus nas quais nossas orações são armazenadas. Não uma taça para
todas orações, mas taças. Deus tem algo no qual Ele guarda nossas orações para usá-las
no tempo certo.
Apocalipse 5:8 – "Ao recebê-lo (o livro), os quatro seres viventes e os vinte quatro
anciãos prostraram-se diante do cordeiro. Cada um deles tinha uma harpa e taças de ouro
cheias de incenso, que são as orações dos santos".
Apocalipse 8:3-5 – "Outro anjo, que trazia um incensário de ouro, aproximou-se e se
colocou em pé junto ao altar. A ele foi dado muito incenso para oferecer com as orações de
todos os santos sobre o altar de ouro diante do trono. E da mão do anjo subiu diante de
Deus a fumaça do incenso com as orações dos santos. Então o anjo pegou o incensário,
encheu-o com fogo do altar e lançou-o sobre a terra; e houve trovões, vozes, relâmpagos e
um terremoto".
Quando Deus entende que é o tempo certo de fazer algo ou quando a oração suficiente
acumulada para realizar alguma obra, Ele libera poder. Ele toma a taça e a mistura com o
fogo do altar nas nossas orações e depois derrama sobre a terra. Algo tremendo acontece
no reino espiritual que, por sua vez, afeta o reino natural.
Deve ser isso que aconteceu quando Paulo e Silas estavam na prisão e começaram a
cantar louvores no meio da noite. A adoração começou a subir. Deus estava ungindo-a, as
taças se encheram e Deus a derramou. A terra literalmente tremeu, as portas da prisão se
abriram e suas algemas caíram no chão. Eles dinamitaram as paredes da prisão com suas
orações, para realizar a obra do Senhor.
Nada atemoriza mais Satanás e o inferno do que o crente que ora. Pois ele sabe que,
pela oração, o homem se une a Deus e essa união perturba e derrota Satanás. Ele tenta
nos arrancar do aposento da oração, se ele conseguir nos afastar da oração, nossa mente
será dominada por interesses legítimos ou por questões importantes para nós.
É aí que precisamos apelar para o nosso principal defensor, o sangue de Cristo. Outra
maneira de resolver o problema da divagação do pensamento é orar em voz alta ou
murmurar algumas palavras, mesmo em tom baixo.
Através das orações e das promessas de Deus, achamo-nos pisando numa base de
concreto espiritual. Por elas temos acesso ao céu, por elas Deus nos abençoa e mostra-se
desejoso de ouvir nossas petições, com as quais o honramos com a nossa fé.
A oração não é nossa arma de defesa, é o escudo da fé que utilizamos para isso. A
oração é nossa arma secreta. Na oração, a alma é liberada. A oração torna nossa alma
mais sensível. A intercessão é um poderoso detergente. E o grande purificador da alma é o
sangue de Cristo. Mas é quando estamos em oração que, se tivermos algum pecado, Ele
opera uma purificação eficaz por meio do Espírito. "Quero ter fervor para com Deus. Afinal,
de tudo o que Deus nos ordena, o principal é a oração. Ah como desejo ser um homem de
oração!" (Henry Matyn).
Orar é o sincero desejo de sua alma. E assim como a primeira bomba atômica lançada
no mundo abalou Hiroshima, assim também somente a oração pode sacudir o coração dos
homens.
Mas não é pela oração que derrotamos Satanás; Jesus Cristo já o derrotou há dois mil
anos. Todavia o Diabo nos engana e nos desafia, e muitas vezes aceitamos suas ameaças
e nos esquecemos da “suprema grandeza do Seu poder para conosco, os que cremos"
(Ef.1:19a). Jesus, aquele que orou como nenhum outro, diz: "Eis aí vos dei toda autoridade
sobre todo o poder do inimigo" (Lc.10:19). Essa é a nossa vitória.
Precisamos de corações fervorosos, olhos que choram e lábios dispostos a propagar o
evangelho. Se chorássemos em nosso aposento de oração como choram os judeus no Muro
das Lamentações em Jerusalém, estaríamos vivendo um constante avivamento, uma
Começou sua vida de oração quando ainda jovem, nunca deixou de buscar a
Deus, Davi. Em I Sam 16.12 já podemos ver que seu desejo por Jeová se
evidenciava, a ponto de ser o ESCOLHIDO DE DEUS – UNGIDO dentre seus
irmãos.
Sua oração de pecador arrependido em Salmos 51 tem sido uma referencia para
a vida cristã. Uma prova de que Deus sempre espera de nós um coração
arrependido, maleável e tratável, embora muitas vezes não consigamos viver uma
vida exemplar e agradável aos olhos de Deus.
Assim foi esse pecador que SE ARREPENDEU. Renovou-se e deixou
transformar-se, recebendo a maior e a mais linda homenagem que podemos ver em
toda a Escritura. Encontra-se registrado em Atos 13.22 “…levantou-lhes como rei a
Davi, ao qual também, dando testemunho, disse: Achei a Davi, filho de Jessé,
homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade. ”HOMEM
SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS.
Um grande número de cristãos não está alerta para ouvir a orientação do Espírito Santo
quando Deus deseja fazer uma aliança com eles.
"Virá de Sião o libertador e Ele apartará de Jacó as impiedades. Esta é a minha aliança
com eles, quando eu tirar seus pecados".
Romanos 11:26-27
Deus faz uma aliança com cada um de nós quando pedimos a Jesus para perdoar
nossos pecados e tornar-se nosso Senhor, Salvador e Mestre. A maior parte dos cristãos
pára neste ponto, mas este não é o desejo do coração de Deus. Nós somos tão
privilegiados, que Deus tem um plano especial e um trabalho especial para cada um de nós.
Se tão somente estivermos dispostos que Ele use a nossa vida à sua maneira, muitas vezes
Deus nos falará através do seu Espírito Santo, dando-nos conhecimento de que Ele deseja
fazer uma aliança conosco assim como fez com Noé, com Abraão, com Moisés, com Josué
e assim por diante.
É possível ter um relacionamento pessoal com o Senhor, da forma que Ele fez com as
personagens bíblicas. Mas precisamos assumir um compromisso total com Ele. Devemos
entregar nossa vida a Deus para Ele usar da forma que ele quiser para combater Satanás e
seus demônios. Em segundo lugar, é preciso compreender que tal compromisso trará um
preço muito alto. Podemos perder nossa carreira, a família, amigos e quase tudo que
consideramos preciosos, podemos sofrer tremendamente, física e emocionalmente. Mas
Deus prometeu que estará ao nosso lado à medida que passamos por tudo isso e que,
através disso, Ele se revelará a nós de uma forma profunda e pessoal.
Precisamos ter tempo com Deus todos os dias, lendo a sua palavra e orando. Muitas
vezes, o Senhor vai nos acordar para orarmos e estudarmos a palavra, a qualquer hora da
noite. Isto pode salvar as nossas vidas, pois somos freqüentemente atacados e o Senhor
nos acordará para avisar do perigo.
PERMANECENDO INABALÁVEL
"Portanto tomai toda a armadura de Deus para que possais resistir no dia mau e, depois de
terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis".
Efésios 6:13
Permanecer parado numa determinada posição, sem avançar e nem retroceder, é a mais
difícil de todas as tarefas. Pensamos que devemos estar sempre movendo-nos, sempre
progredindo. É tão difícil para nós compreender a maneira do pensar de Deus. Muitas vezes
simplesmente permanecer em espera, ocupando o terreno que já conquistamos, é o mais
importante.
Há momentos em que temos que permanecer inabaláveis nesta guerra, e, se desejamos
ajudar a levar as cargas uns dos outros, seremos capazes de permanecer por um longo
tempo. Muitas vezes gastando tempo de joelhos, em lágrimas, intercedendo ao Senhor por
outros. A razão porque há tão poucas curas verdadeiramente milagrosas nas igrejas cristãs
hoje é devido à egoísta recusa do povo de Deus de carregar as cargas uns dos outros. Deus
falou sobre isto em Isaías, também (Is.58:6-8; Jo.15:12-13).
Naturalmente, dar a vida por alguém é doloroso! Nesta guerra estaremos lidando com
pessoas que têm coisas terríveis a colher, e também estaremos bem no centro da batalha,
como resultado de fazermos ofensivas a Satanás. A perseguição dói! Você fica muito ferido
emocional e também fisicamente. Jesus nunca nos prometeu que tudo seria fácil. Se
houvesse mais crentes de oração, haveria também mais pessoas preparadas para o
sofrimento.
A oração nos acarreta também sofrimento; dá-nos resistência espiritual, nos faz crescer
em santidade; faz-nos forte no espírito e traz sobre nós o fogo. "Lembrai-vos da palavra que
eu vos disse: não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também
perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa"
(Jo.15:20).
Mas Jesus também disse: "Como pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe os
bens sem primeiro amarrá-lo? E, então, lhe saqueará" (Mt.12:29).
Nós cristãos temos o homem mais valente de todos para nos ajudar a manter a nossa
casa segura - O Espírito Santo. Não pense que, porque expulsaram os demônios, a batalha
está terminada. Ela está só começando! A batalha será sete vezes mais difícil do que foi
expulsá-los inicialmente.
Eis aqui algumas coisas que você pode fazer para permanecer firme em meio à
tempestade:
1º. Ungir com óleo: Desde a morte de Jesus, não há mais sacrifícios de sangue. Então o que
você diria que é o equivalente do sangue hoje? O óleo? (Êx.12) Deus instrui Moisés a
usar o óleo da unção: "E tomaras o óleo da unção, ungirás o tabernáculo e tudo que nele
está, o consagrarás com todos os seus pertences; e será santo". (Êx.40:9).
Devemos pegar o óleo ungir nossa casa, nossa igreja e tudo que Deus mandar ungir, e
santificá-la a Ele, pedindo ao Senhor para fazê-lo santo e selá-lo com um escudo do seu
precioso sangue, pedir ao Senhor para limpá-la e pôr para fora todos os espíritos
demoníacos, no Nome de Jesus Cristo.
O uso do óleo é um sinal de obediência e o óleo mesmo é apenas um símbolo. A limpeza
e o selo são feitos pelo poder de Jesus Cristo através de sua obra terminada na cruz do
Calvário.
2º. Dedique tudo para o Senhor, pedindo para que sele e proteja.
3º. Certifique-se de que não há objetos abomináveis: Estes objetos não precisam ser
destruídos. Uma simples unção com óleo (como consta em Ex.40:9) e pedindo ao Senhor
para santificar e purificar o objeto é, em geral, suficiente. Devemos ser bem cautelosos
quanto a isso, esta é uma área em que devemos ser bem sensíveis à orientação de
Deus.
4º. Controle da mente: O principal campo de batalha para impedir que os demônios voltem,
ou que pode ser usado pelos demônios para atacar aqueles dentre nós que estão
tomando ofensiva contra Satanás, está em nossa mente.
5º. Remover todo pecado de nossa vida: Nós, como cristãos, somos sempre vulneráveis ao
pecado, mas a condição normal de um cristão é que ele deveria de fato pecar muito
raramente. Uma vez que o Espírito Santo habita sobre nós, ele logo traz o pecado a
nossa atenção. Se nós continuamente o desobedecermos e nos recusarmos a remover o
pecado de nossa vida quando ele chamar a nossa atenção, então iremos apagar o
Espírito Santo e ele cessará de falar conosco.
Devemos compreender que guerra espiritual é uma vida de suor e lágrimas. Devemos
estar alertas para a orientação do Senhor, especialmente na área do repouso. Passaremos
muitas noites em branco e teremos muita luta. Mas quando o Senhor nos ordena para ter
um repouso extra, o melhor a fazer é obedecer.
FOGO
Tudo que conseguimos realizar é feito pelo Senhor e por Ele somente. Não podemos dar
ordem a Deus, somos apenas servos, somos um canal para Ele usar como quer. É um
privilégio nosso ser usado, mas não podemos decidir quando, como, ou onde. Não podemos
lutar nenhuma batalha a não ser que o nosso Capitão (Jesus Cristo) nos dê o comando, se
entrarmos em qualquer batalha sem o comando específico do Capitão, com certeza
perderemos!
A verdadeira prova de que alguém é servo do Senhor é ficar quieto e aceitar o fato de
que o Senhor não quer usá-lo em uma determinada situação. Quantos estão dispostos a
ficar na retaguarda, dando suporte a outro irmão que esteja ministrando em seu lugar?
Quantos servos de Deus tomam a dianteira de acordo com seus próprios pensamentos e
força, presumindo que o Senhor os usará em todas as situações em que estiverem?
Nós não podemos fazer nada antes, ou à parte, do Senhor. Devemos aguardar até o
nosso Capitão nos dizer para mover. Nós devemos estar de acordo com a oração do
Senhor, simples como ela é: "Pai nosso, que está nos céus, santificado seja o Teu nome;
venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu..." (Mt.6:9-10).
Esta é a pedra de tropeço de todas as épocas! "Pai seja feita a tua vontade". Não é a
nossa vontade, mas a vontade de Deus. Soa simples, mas, como é difícil para a nossa
carne pecaminosa cumprir isso! Oramos por poder, mas falta-nos obediência. Queremos
poder, mas sem fogo.
Precisamos do fogo do Espírito Santo em nossas vidas. Devemos gastar muito mais
tempo com Deus do que no trabalho em si que Deus lhe dá. A falta de santidade em nossas
vidas bloqueia o fluir do Espírito Santo e transforma o nosso trabalho em cinzas sem valor à
vista de Deus.
"Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas e desesperadamente corrupto;
quem o conhecerá? Eu, o Senhor esquadrinha o coração, Eu provo os pensamentos; e isto
para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações". (Jr.17:9-10).
Esta passagem diz-nos que nosso coração é tão enganoso que não podemos nem mesmo
reconhecer todos os pecados em nossa vida. Somente Deus pode fazer isso.
Devemos pedir a Jesus para batizar-nos com fogo, curvar-nos sobre nossas faces
perante o Senhor e pedir para queimar e destruir tudo que não está agradando a Ele. Não
podemos ter o poder do Espírito Santo em nossas vidas sem primeiro ter o fogo do Espírito
Santo.
Como recebemos o batismo de fogo? Temos que pedir por ele, e desejá-lo sinceramente.
Peça ao Pai que está em secreto, como Jesus ensinou. Se você está realmente desejando,
Curso de Intercessão - PARTE 3 [ 42 ]
o Espírito Santo irá convencê-lo dos pecados em sua vida. Nosso coração é tão enganoso
que somente o Senhor pode fazer isto, nós não podemos. O poder da parte do Senhor vem
através de um coração limpo, por isso precisamos pedir para o Senhor nos limpar de todo
pecado e pedir para Jesus nos batizar com fogo.
ESCUTANDO DEUS
O Senhor nos fala de muitas formas diferentes. Ele nos traz trechos bíblicos à nossa
atenção e, de repente, simplesmente sabemos que aqueles versículos em particular foram
dirigidos para nós. Ele coloca um peso em nosso coração com relação a uma determinada
situação. Porém, devemos ter todo o cuidado para não aceitar, como vindo de Deus, um
peso colocado sobre o nosso coração e espírito.
"Os pesos no espírito diferem dos pesos sobre o espírito. Estes últimos procedem de
Satanás, com intento de esmagar o crente e fazê-lo sofrer, mas os primeiros vêm de Deus,
que deseja manifestar a sua vontade ao crente, de forma que este possa cooperar com Ele.
Um peso no espírito é dado por Deus aos seus filhos com o propósito de chamá-los a
trabalhar, a orar ou a pregar. É um peso com um propósito, com uma razão, e para proveito
espiritual. Devemos aprender a distinguir o peso no espírito do peso sobre o espírito".
Um peso dado por Deus é justamente o oposto. Não importa quão pesada seja a
preocupação vinda de Deus, nunca é tão pesada que o impeça de orar. A liberdade para
orar nunca será perdida sob qualquer peso de Deus. Porém, o peso do inimigo que
pressiona sobre o espírito de alguém, invariavelmente nega-lhe a liberdade para orar.
A carga sobre o espírito é extremamente cruel e opressiva, enquanto que o peso no
espírito é levado com alegria (naturalmente, a carne não pensa assim), pois nos convoca a
andar com Deus. “Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mt.11:30). O Espírito
Santo colocará pensamentos em nossa mente, é assim que Ele nos fala e nos dá
testemunho.
Algumas vezes, o Senhor colocará todo um conceito em nossa mente. Às vezes, é
apenas uma palavra, uma só frase na forma de uma conversa. Raramente é uma emoção,
porque somos muito facilmente enganados por emoções e podemos nos tornar dependente
demais delas. Nós não devemos confiar em nossas emoções para nos guiar, pois elas são
facilmente manipuladas por Satanás e seus demônios, e quase sempre são contaminadas
por nossa natureza pecaminosa.
Satanás também colocará pensamentos em nossa mente. A Bíblia é a nossa proteção
aqui. O Senhor nunca lhe dirá qualquer coisa que não seja consistente com a sua palavra, a
Bíblia. E, se você está orando e falando com o Senhor em silêncio, Satanás não pode ler
sua mente e assim não poderá colocar pensamentos em sua mente, enquanto você estiver
orando. Por isso você deve aprender a controlar a mente de forma que ela não vagueie
enquanto você está em oração, em comunhão com o Senhor.
"Eu amo os que me amam; os que cedo me buscarem me achará".
Proverbios 8:17
Muitos são chamados por Deus a um ministério específico de intercessão e oração. Deus
trabalha com cada indivíduo como um indivíduo. Você desenvolverá os seus próprios
métodos de oração. Não há regras sobre como orar, exceto que façamos nossos pedidos ao
Pai Celestial em Nome de Jesus.
Nossa vida de oração flui diretamente do nosso relacionamento pessoal a cada momento
com o Senhor. A medida que o nosso relacionamento cresce com o Senhor, também cresce
nossa vida de oração. Desenvolvemos o hábito de falar com o Senhor continuamente
durante o dia inteiro.
"Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com
toda perseverança e súplica por todos os santos".
Efésio 6:18
"Orai sem cessar".
1Tessalonicenses 5:17
Devemos orar pedindo ao Senhor para realizar a sua vontade em cada situação. Quando
estamos tendo alguma dificuldade com alguém, por causa de sua rebelião ou por qualquer
outro motivo, a forma mais eficaz de lidar com a situação é curvar-nos diante do Senhor e
pedir-lhe para tratar de nós mesmos.
O Espírito Santo irá nos mostrar alguma área da nossa vida que não O está agradando
totalmente. Quando isso acontecer, Ele estará livre para operar nas nossas vidas e nas
outras pessoas em cada situação.
Na oração, pois, entregamos nas mãos de Deus a ordem presente de coisas, para que
elas sejam modificadas.
A súplica parte do coração. Se não sentimos o coração ardendo precisamos clamar ao
Espírito Santo para que produza o genuíno amor, de modo que nossa intercessão gere vida
e ministremos com fervor a benção divina àqueles que levamos no coração até o trono da
graça. O Senhor Jesus Cristo intercedia com o coração em chamas (Lc.19:41-44) e
ofereceu-se ao Pai com forte clamor, lágrimas, oração e súplicas (Hb.5:7).
Nada agrada mais a Jesus Cristo do que compartilharmos com Ele seu fardo pelo mundo
e seus habitantes. Nada nos une tanto ao coração de Cristo como as lágrimas que
derramamos ao interceder por outros. Tornamos, assim, verdadeiramente pessoas segundo
o coração de Deus e começamos a entender o que significa sermos parceiros de oração de
Cristo.
Se o coração arde pela situação do mundo perdido, ele se comoverá em oração crendo
que o Senhor se compadece e age a favor dos necessitados.
A TAREFA DO INTERCESSOR
São vários os pontos de concentração que compõem a tarefa do intercessor, crendo que
o Espírito de Deus que nos assiste em nossas orações estará nos conduzindo nesta
gloriosa tarefa. Cumprir a tarefa de intercessor é pedir como Jesus nos mandou: "Venha o
teu reino entre todos os povos".
Exemplos de tarefas:
Orar pela igreja, para que cresça como um organismo bem ajustado, em nada deficiente
na fé, e usufruindo as graças divinas (Jr.3:15).
Orar pela liderança, para que se esforcem no exercício da oração (1Ts.3:10).
Orar pelos cinco ministérios: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres
(Ef.4:11). Oremos insistentemente pelo exercício dos dons ministeriais e clamemos que
seja ensinado todo o desígnio de Deus, e não faltarão os ministérios na igreja. Precisamos
interceder pela igreja para que ela cumpra a sua missão.
A intercessão por nossos líderes é a única fonte de poder espiritual nas igrejas? Não.
A proclamação da Palavra, a Oração, a Adoração, o Louvor, a Cura, a Confissão, o
Jejum, os Sacramentos, os Dons Espirituais e muitas outras fontes significantes de poder
espiritual estão atualmente sendo usados na igreja.
Como o poder de Deus é liberado
Uma história fascinante nos é contada em Êxodo 17. Lembram-se da Batalha de Refidim,
na qual Josué derrotou Amaleque (Êx 17:8-13)? O nome de Josué entrou permanentemente
para a história militar como o general que venceu a batalha de Refidim.
Esta é uma história simples que contém um grande princípio para nós aprendermos:
Josué lutando enquanto Moisés está orando. Josué ganha o crédito por ter vencido a
batalha, mas nós sabemos quem realmente a venceu. Finalmente, é claro, foi o poder de
Deus que venceu a batalha, mas o agente humano mais diretamente usado como canal do
poder divino foi o intercessor, Moisés, e não o general Josué.
A maneira que nós podemos aplicar isso à vida real é a seguinte: Podemos ver Josué
cumprindo o ministério. E isto era tão verdade que a tarefa que Deus lhe havia dado naquele
momento era guerrear naquela batalha. Podemos imaginar o quanto Josué permaneceu em
oração através de todo aquele dia no Vale de Refidim. Provavelmente, não muito. Enfim, a
batalha foi ganha através da oração, as orações do intercessor e não a oração do ministério.
Não que Josué não fosse importante. A batalha não teria sido ganha sem ele também.
Exemplo: Enquanto o Louvor está sendo ministrado não tem como eles estarem orando
ao mesmo tempo e assim também com quem vai ministrar a palavra (Josué), intercessores
terão que estar atentos e orando todo tempo em espírito (Moisés).
Em termos teológicos: "Intercessão é o ato de pleitear por alguém, que no modo de ver
de Deus tem o direito de fazê-lo, a fim de obter misericórdia para alguém que necessita".
Isto nos mostra o importante ponto de que a permanência da pessoa de Deus qualifica ou
desqualifica o intercessor em potencial.
O livro de Ester nos dá uma analogia bíblica poderosa sobre a função de um intercessor.
Mordecai recebe informações sobre a conspiração e pede para Ester intervir junto a Assuero
a favor do seu povo. O costume daqueles dias proibia a qualquer pessoa, mesmo a rainha,
a iniciativa de uma audiência com o rei. Alguém podia falar com o rei somente quando ele
lhe dirigia a palavra. A violação desse protocolo incorreria em pena de morte. Mas Ester
arriscou sua vida e falou como rei sobre as malvadas intenções de Hamã. O rei respondeu
favoravelmente, executou Hamã e, então, duramente batalhou com as leis dos medos e
persas, de modo que o povo judeu foi salvo.
Como isso é uma analogia de intercessão?
Assuero neste aspecto representa Deus, Onipotente em seu reino. Hamã representa
Satanás que vem matar, roubar e destruir. Ester é o intercessor, aquele que "permanece na
brecha". Mordecai faz papel do Espírito Santo na comunicação da vontade de Deus a
respeito do assunto a Ester. Ester era humilde, não arrogante. Ela era submissa à
autoridade. Ela estava sintonizada com a vontade de Deus, desejosa de obedecer ao que
ouvisse, mesmo com risco de perder sua própria vida. Ela era dependente daquilo a que
hoje nós nos referimos como Corpo de Cristo, solicitando aos seus companheiros judeus a
ajudá-la em oração e jejum.
Ela própria jejuou por três dias. Quando ela se sentiu sintonizada espiritualmente, estava
pronta a dizer: "Eu irei ter com o rei, ainda que isto não seja segundo a lei; e se eu perecer
pereci!" (Et.4:16). Quando Ester se aproximou do trono do rei, ela foi bem-vinda por causa
de uma prévia relação de amor.
Uma intimidade especial com Deus é algo muito importante no perfil de um
intercessor.
Como resultado, o rei usou o seu poder para salvar o povo de Deus. Como os
intercessores de hoje testificam, a mais alta recompensa, do ministério de intercessão, é ser
recebido, em amor, pelo Pai e ver seu poder ser liberado para o bem através de sua
intervenção.
Quão poderosas são essas petições?
Será que realmente dizer que a petição de um mero ser humano pode determinar as
ações de um Deus Todo-Poderoso? A resposta é SIM. Esta é a maneira que Deus Todo-
Poderoso escolheu para projetar o mundo e para estruturar nosso relacionamento com Ele.
A conclusão correta é que, se Ester não tivesse intercedido, os judeus teriam sido
destruídos.
Os intercessores de hoje estão absolutamente convencidos de que, em muitos casos,
sem o fiel ministério de intercessão, Deus não teria feito o que fez. John Wesley disse:
"Deus não fará nada na terra exceto em resposta à oração da fé". O Guardador de Israel
não dormia nem dorme, diz João Calvino, "não obstante ele está inativo, como se
esquecesse de nós, quando ele nos vê mudos e parados". Você e eu podemos ajudar a
decidir quais dessas duas coisas - benção ou maldição - acontecem na terra.
Nós determinaremos se a bondade de Deus será liberada a respeito de situações
especificas ou se o poder do pecado e de Satanás poderá prevalecer. "A oração é o fator
determinante", disse Hayford. Walter Wink também comenta que: "A oração nos muda, ela
também muda o que é possível para Deus".
Jane Anne Pratt é uma das intercessoras pessoais por John Maisel, presidente da
organização missionária Seminário Europeu Oriental de Dallas, Texas. Após a queda da
cortina de ferro, John fez preleções sobre "Jesus é Deus?" para uma multidão de 20.000 a
30.000 pessoas e muitos foram salvos. O que aconteceu mostra que a intercessão por
líderes é a essência da batalha espiritual.
Em uma daquelas noites, Jane sentiu uma incrível presença maligna no seu quarto. Ela
disse: "Eu batalhei em oração e aquilo era mais do que eu poderia lidar. Aquilo esgotou
todas as minhas forças. Eu não podia me mover, estava totalmente paralisada". Enquanto
ela mantinha comunhão com o Espírito Santo, estava certa de que o próprio John não corria
nenhum perigo naquele momento. Ela sentiu que essa poderosa força das trevas fora
enviada para destruir John, "mas ela me atacara porque eu estava na brecha".
No pico da batalha, Jane clamou por reforço, tanto de anjos como de intercessores. Deus
enviou-lhe ambos. Em um piscar de olhos, Jane sentiu um anjo vindo ao seu quarto e
expulsando dali o espírito das trevas. As batalhas acabaram, mas Jane sentia-se flácida e
esgotada. Então, uma febre e uma laringite vieram. Mas ela se alegrava porque a vitória
tinha sido do Senhor.
Na manhã seguinte ligou para Cindy, outra intercessora, que lhe disse: “... Quão terrível
era aquela força das trevas no seu quarto às duas horas desta madrugada?... eu estava
lutando com você em intercessão até que aquele poder foi quebrado!”.
Como intercessoras elas esperam por freqüentes ataques dos
espíritos da maldade para destruir a obra de Deus. Edwin Stube disse:
"Oração intercessória é guerra e é a principal maneira pela qual a
guerra é feita. A batalha tem de ser ganha primeira em oração e depois
na prática”.
Pastores são atacados severamente – Certas coisas são esperadas de um pastor que
não são necessariamente esperadas de um mecânico de automóvel ou de um advogado.
Os pastores que os membros da igreja vêem todas as semanas têm a mais digna conduta.
Eles estão vestidos apropriadamente, têm uma disposição sempre alegre, estão sempre
afirmando, eles nunca perdem a calma, eles vigiam seu vocabulário, eles tratam suas
esposas bem, eles não são egoístas, eles dão duro, estão sempre sorrindo e esperam que
as pessoas os vejam como tendo o espírito de Cristo. Mas esta é apenas uma parte da
história. Pastores também são seres humanos. Eles são salvos pela graça, mas não são
salvos e santificados de maneira diferente do que os mecânicos e os advogados de uma
congregação.
Muitos, se não a maioria dos pastores, vão, de fato, lembrar suas ovelhas acerca disso
em seus sermões, de tempos em tempos. Quando pastores falam a respeito de alguma
tentação, por exemplo, eles diriam:
- "Eu não estou eximindo a mim mesmo. Pois sou humano. Isso é tão tentação para mim
quanto é para você".
As pessoas geralmente reconhecem que esta é uma avaliação honesta. Mas elas não
acreditam de fato nisto, principalmente porque elas não o querem admitir. Em uma palavra:
pastores precisam de ajuda - ao menos mais ajuda do que tem tido. Muitos são
severamente atacados: espiritual, emocional e às vezes fisicamente.
E a quem eles podem recorrer? Aos membros que o olham como "santo inculpável e
irrepreensível"? A outros pastores que também estão ocupados? Já houve um alarmante
número de pastores que foram tirados do ministério por: exaustão pastoral e imoralidade
sexual. Satanás sabe como gerar exaustão pastoral com sentimentos de inadequação,
hipocrisia, culpa excesso de atividades... É justamente aí que a intercessão por pastores
tem um enorme potencial.
Nós geralmente falhamos em reconhecer a profundidade da batalha espiritual que nós
estamos travando. O inimigo sabe que os pastores são severamente atacados; sabe que
eles são vulneráveis e os ataca em seu ponto mais fraco.
Oro para que aprendamos a usar as nossas armas espirituais mais efetivamente,
colocando um ponto final a esses espalhafatosos e até muito bem-sucedidos ataques do
diabo.
Adoração pessoal (devocional, tempo a sós) tem sido uma luta. O primeiro problema é
encontrar o tempo devido. Aquelas chamadas telefônicas nas manhãs sempre parecem
bloquear sua comunhão com Deus. Ou talvez sejam as crianças. Ou o doce aroma do café
que vem da cozinha.
Um dos primeiros itens na lista das frustrações é a distância entre a vida de oração que
sabemos que devemos ter e desejamos ter e que não conseguimos desempenhar na vida
real. Às vezes, penso que o diabo faz "horas extra” de esforço, trabalhando só para nos
manter afastado da oração. Sabendo o que nós sabemos a respeito do diabo, eu penso que
a última afirmação pode ser uma verdade muito grave.
Martinho Lutero disse: "Eu tenho tanto para fazer hoje, que terei de gastar as primeiras
três horas em oração, ou o diabo terá a vitória."
A questão do tempo
Quanto tempo deve ser gasto em oração? Quão importante é o fator tempo?
A oração precisa ser basicamente vista como um relacionamento. Ela é nosso
relacionamento pessoal e individual com Deus Pai. O meio para que isto aconteça foi
promovido por Jesus na cruz. Ele derramou seu sangue para a remissão dos pecados, o
pecado que nos separa de Deus. Através de Jesus, nosso pecado é perdoado e o nosso
relacionamento restaurado. Agora, nós amamos a Deus porque Ele nos amou primeiro e
pagou o preço de nos levar a si mesmo.
A oração é a principal maneira pela qual expressamos o nosso amor a Deus e a principal
maneira pela qual recebemos o amor de Deus por nós. Através da oração o nosso amoroso
relacionamento divino com o Pai é cultivado, nós poderemos avaliar mais o valor do tempo
de oração. Todos nós sabemos que os relacionamentos de amor humanos nos mostram
que o tempo junto é essencial se queremos que o relacionamento cresça.
O tempo de oração precisa ser regular. Há um consenso em matéria de oração, vida
devocional, espiritualidade e discipulado cristão de que deve haver um tempo de oração a
cada dia. É bom desenvolvermos hábitos de oração enquanto tomamos banho, dirigimos o
carro, na fila do ônibus ou lavando louça. Mas quando falo de período diário de oração,
refiro-me a blocos programados de tempo para Deus em nossas agendas. Nenhum dia deve
passar sem oração na agenda de qualquer cristão. Imaginar que algum dia nossa agenda
está tão carregada para termos tempo para Deus é, sem dúvida, fazer uma decisão de
profundas implicações.
Devemos ter, em geral, mais controle sobre nossos horários, mas alguns suas agendas
os controlam, devido à falta de gerência do tempo. Isto significa que, se nós sentimos que
não podemos agendar um tempo diário com Deus, precisamos admitir que nosso
relacionamento com Deus não seja uma de nossas altas prioridades pessoais. E, se isso é
verdadeiro, um desastre espiritual pode estar logo ali na esquina.
Algumas coisas são importantes para serem tomadas como certas, tais como nosso
relacionamento de amor com Deus e o nosso relacionamento de amor com a esposa.
Intencionalmente, devemos mantê-los entre as mais altas prioridades.
Imagino que alguns estejam dizendo que não devemos ser tão legalistas. Deus é Deus
de graça e não de lei, ele manterá o relacionamento conosco em sua iniciativa
independentemente de nós agendarmos ou não um período diário de oração.
Pergunte a si mesmo: Todas as atividades que clamam pelo meu tempo e atenção são
realmente essenciais? Estou me esquecendo da sarça ardente por tentar manter o gramado
cortado?
Uma consideração importante é a quantidade de tempo despendida em cada sessão de
oração. Quanto mais tempo gasto diariamente em oração, melhor!
Quando Deus chama alguém para determinada tarefa ou ministério, Ele o equipa de
acordo com a sua vontade, com o dom sobrenatural. Para aqueles que Ele chamou para
estar na sala do trono como intercessores, Ele providenciou o dom espiritual da intercessão.
Os que têm esse dom de intercessão oram regularmente de uma a cinco horas, eles
raramente deixam um dia passar sem orar pelo menos uma hora. Quem tem esse dom é
conhecido por muita intercessão diante de Deus, com muitos gemidos da alma, por se
prostrarem diante de Deus, pedindo coisas que são proveitosas para todos.
Há também o dom de oração e, quem tem esse dom, ora pelas pessoas. A característica
que vemos em quem têm o dom de intercessão é que gostam de orar e vêem os resultados
de suas orações.
Muitos que têm dom de intercessão também receberam o dom espiritual de profecia,
(incluindo o que alguns chamam de palavra de conhecimento) e discernimento de espírito.
Descobrindo a Intercessão
O poder da intercessão pode sustentar um ministério, através de poderosa oração
intercessória. Como intercessores, devemos considerar o ministério do pastor e de outros
líderes como sendo nosso, sorrimos quando eles sorriem e choramos quando eles choram,
porque, através da intercessão fiel a favor deles, estaremos cumprindo o ministério
juntamente com eles.
A intercessão é um ativador vital do sistema imunológico do Corpo de Cristo. Buscamos
os recursos dados por Deus, os quais precisamos desesperadamente. Liberando o poder de
Deus, através da intercessão, ele nos levará a um duradouro caminho, prevenindo-nos de
não cair pelo inimigo. Precisamos orar pela nossa própria vida e pelas de outros, para que
sejamos protegidos do ataque furioso do poder de Satanás.
Como intercessores freqüentemente recebemos informações diretamente do Senhor a
respeito de pastores ou líderes. Felizmente, Deus não confia tais informações a
intercessores, a menos que ele esteja certo de que seu nível de maturidade e sabedoria
pode lidar com elas, Deus mostra-nos coisas que não temos liberdade de compartilhá-la
com os pastores ou líderes pelos quais estamos orando. Porque os intercessores aos quais
Temos de buscar identificar e conhecer aqueles que trabalham entre nós. Não podemos
conhecê-los apenas superficial, mas profundamente - no que crêem, o que ouvem e o que
oram. "Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom ou a árvore ruim dá fruto ruim e seu fruto;
porque pelo fruto se conhece a árvore" (Mt.12:33).
O verdadeiro vigia é submisso às autoridades. E, submisso ao Espírito Santo, tem a
mesma atitude que Davi manteve enquanto serviu a Saul: de consideração e respeito pela
autoridade escolhida por Deus. "O Senhor me guarde de que eu estenda a mão contra o seu
ungido" (1Sm.26:11a).
O verdadeiro intercessor é motivado pelo amor em tudo o que faz. "O amor é paciente, é
benigno, não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz
inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do
mal, não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade, tudo sofre, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta" (1Co.13:4-7).
Deus faz coisas através de intercessores, com dons espirituais, que Ele não faz através
dos pastores e líderes. E faz coisas através destes que não faz através dos intercessores.
A comprometida e fiel intercessão trazem aumento de poder espiritual aos ministérios
cristãos.
Tipos de Intercessores
Deus provê a intercessão em várias formas. Há três tipos de intercessores pessoais
comprometidos a orar em uma base regular por certo pastor ou líder, mas precisamos
reconhecer que Deus move de outras maneiras também.
Deus pode tocar um intercessor especificamente por um evento. Às vezes, Deus designa
o que tenho chamado de intercessor de crises para uma tarefa em particular, por exemplo:
Podemos ser tocados a interceder por alguém e levá-lo diante de Deus, e Deus, que se
deleita em responder à oração, derrama seu Espírito em grande poder.
Curso de Intercessão - PARTE 3 [ 58 ]
Deus freqüentemente capacita ministros através de uma equipe de intercessores. "Em
uma cruzada evangelística no Havaí, enviaram uma equipe de intercessores por uma
semana antes da cruzada, jejuando e orando. A batalha espiritual foi intensa naquela
semana. Muitos da equipe foram afligidos com enfermidades de uma forma ou de outra.
Mas eles persistiram e sentiram que estavam ganhando a batalha".
A grande questão era: será que encheria o salão? Nas primeiras três noites, atraíram três
mil pessoas, as últimas duas noites o salão esteve lotado com quatro mil. Muitas conversões
e curas milagrosas aconteceram. A batalha espiritual foi feita e a cruzada em si mesma foi
fácil.
"No ano seguinte alugaram o salão de novo, mas ia ficar muito caro enviar a equipe
intercessória para lá, então não enviaram. O Havaí geralmente tem uma atmosfera aberta
para a pregação do evangelho, mas neste ano foi um desastre! A maior audiência foi de
1800 pessoas, vários problemas aconteceram".
A. Intercessores 1-1
Deus chama intercessores 1-1 para terem um relacionamento íntimo especial com o
pastor ou líder. Algumas vezes isto envolve um relacionamento social íntimo, outras
vezes é um grande relacionamento espiritual. A maior parte, senão todos os
intercessores 1-1, tem o dom espiritual de intercessão. Através dele, eles desenvolveram
uma intimidade com o Pai que lhes permite ouvir a sua voz e conhecer os seus
propósitos mais claramente que a maioria dos outros.
Exemplo: um intercessor 1-1 é alertado de perigos que pode vir acontecer muito antes
de acontecer, no espírito ele identifica o que é, pode ser espírito de morte, de destruição,
seja o que for, o Espírito Santo vai lhe revelar. Sem hesitação, esse intercessor vai
começar a orar, muitas vezes vai sentir dor, mas vai continuar orando no espírito, até
sentir total liberação de que a batalha foi acabada, de que a nuvem maligna foi embora.
A oração ou intercessão pessoal de um intercessor 1-1, pode mudar a direção de
vidas e ministérios. Isso é ter o dom de intercessão, às vezes recebem impressões
internas de pessoas que estão em perigo ou de situações que estão para acontecer.
B. Intercessores 1-2
O intercessor 1-2 típico terá com o pastor ou líder, pelo qual ora um contato regular,
mas de certa forma casual. Pastores dos intercessores 1-2 os vêem do púlpito todo
domingo e abanam as mãos quando vão embora da igreja no final do culto. Eles se
cruzam de tempos em tempos em outros eventos da igreja.
Uma equipe de intercessores 1-2 bem desenvolvida gosta de um contato de duas
mãos com o seu pastor. Eles obviamente precisam ser mantidos mais bem informados do
que os intercessores 1-3. Eles também precisam se deixar disponíveis para serem
chamados para oração especial quando surgir uma necessidade.
Entenda que nem todos os que intercedem têm o dom de intercessão, mas, os que
não têm o dom, são tão essenciais e preciosos como aqueles que o têm. Alguns dos que
não têm o dom são de fato mais comprometidos em sustentar o pastor e os líderes em
oração, dia a dia, do que alguns que o têm. O centroavante e a defesa não são menos
importantes em um time de futebol do que os que correm atrás ou pelas pontas. É
necessário todo o grupo como uma equipe para ganhar.
A parábola dos talentos de Mateus 25 deixa está claro que é Deus quem decide quem
recebe quais talentos e quantos. Tudo que Deus espera é que usemos os recursos que
Ele nos deu. À medida que formos fiéis e obedientes para usar o que Ele nos deu, Ele
fica livre para nos dar mais se quiser.
Curso de Intercessão - PARTE 3 [ 59 ]
Se não valorizamos os dons que nos são dados e os negligenciamos por causa de não
parecerem que são tão bons quanto os que vemos nos outros, estamos então
efetivamente amarrando as mãos do Senhor em nossa vida e nos colocamos do lado de
fora, olhando com inveja e ressentimento.
Intercessores 1-3
Podem estar mesmo distante do pastor ou líder pelo qual eles oram. A maior parte dos
intercessores 1-3 tem um relacionamento de mão única. O líder geralmente não sabe que
o intercessor 1-3 é aquele que está orando por ele ou por seu ministério.
Exemplo: Billy Graham, muitos intercessores têm orado fielmente por seu ministério
por anos, sem terem jamais visto o evangelista em pessoa.
Deus tem levantado muitos intercessores 1-3, para estarem orando pelos pastores e
líderes, pela igreja, etc. Alguns deles muitas vezes são conhecidos somente pelos
nomes.
Satanás não ignora a ameaça que a intercessão por pastores e líderes representa para
os seus planos malignos. Ele quer lançar os pastores e líderes na confusão a fim de
neutralizar sua influência espiritual em suas igrejas e comunidade no mais alto grau
possível. Mas intercessores, quando em ação, fazem retroceder a obra do inimigo de um
modo definitivo.
A primeira maneira que o inimigo usa para desencorajar a intercessão é fazer com que os
pastores escolham os intercessores errados, os quais acabam fazendo mais mal do que
bem. O intercessor errado vai diferir do pastor ou líder em alguns pontos teológicos, estará
insatisfeito, sempre cansado, vai tornar-se irritado, e a ira leva à frustração, e a frustração à
depressão. Começam a perder o amor pelo ministério, não é submisso ao ministério do
pastor ou líder, não é aberto à sua autoridade espiritual e quer mudar tudo no pastor ou líder
através da oração naquilo que ele crê ser correto.
A influência negativa desse intercessor espalha-se entre os outros intercessores, para
que fiquem contra o pastor ou líderes, e acaba causando descontentamento, desunião, ira, e
até mesmo rebelião entre os membros da igreja.
Intercessores corretos irão orar pelos mesmos objetivos, serão submissos, estarão
abertos às autoridades espirituais, não tentarão mudar o pastor ou líder através da oração
naquilo que ele crê, mas sim naquilo que Deus revela, orarão pela união da igreja, orarão
para que haja amor na igreja e repreenderão toda rebeldia e descontentamento na igreja.
Sob a oração dos guerreiros escolhidos por Deus, a igreja cresce em números de membros,
há crescimento nos dízimos e ofertas e permanece sempre alta.
Há um risco de cometer um erro, mas podemos aprender com as experiências dos outros
e reduzir tais equívocos a um mínimo se ouvir a voz de Deus.
Intercessores 1-2 e 1-3 não oram por pastores e líderes em uma base regular ou em
base diária, por exemplo, mas, oram quando há uma necessidade especial. Intercessor 1-2
lidera o ministério de oração, reunião de oração, identifica e recruta aqueles que têm um
desejo especial de orar por pessoas e necessidades, organizam pedidos de oração, cadeias
de oração e jejum por necessidades especiais, correntes de oração.
> Recrutando Intercessores 1-3: Intercessores 1-3 são parceiros de curto prazo,
teoricamente não há um limite para o número de intercessores 1-3 necessários para dar
suporte a dado ministério. A única limitação que devemos estar cientes é da capacidade de
mantê-los informados.
INTERCESSÃO PROFÉTICA
PESSOAS DISCRETAS
A grande maioria dos intercessores são pessoas discretas, não gostam de estar na frente,
não desejam que seus nomes sejam conhecidos por todos. A solidão é um dos preços que
os intercessores geralmente pagam. Como intercessor, esteja preparado para passar
algumas horas bem a sós.
Outras pessoas nem sempre saberão ou mesmo entenderão a respeito de que um
intercessor está orando, eles serão postos em calmas esquinas, onde ninguém saberá o
que eles estão fazendo e Deus selará seus lábios de forma que não se vangloriaram ou
falaram a cerca do que estão fazendo.
O apóstolo Paulo certamente teve os intercessores em mente quando disse: "Os membros
do corpo que parecem ser mais fracos são necessários, e os que reputamos serem menos
honrosos no corpo a esses honramos muito mais" (1Co.12:22-23).
Embora pareça que não o vemos muito, o corpo de Cristo precisa de intercessores para
uma vida saudável tanto quanto o nosso corpo físico precisa de glândulas pituitárias, a qual
vê muito menos.
ESTAÇÕES DE SECA
Os intercessores também são humanos como os outros, eles também têm seus altos e
baixos, têm seus dias bons e seus dias maus, podem sair da poderosa experiência no alto
da montanha e mergulhar para dentro do vale. Eles precisam de líderes que entendam isso
e que os ajudem a guiá-los através dos períodos de dificuldades.
Intercessores têm um tempo de seca muito difícil diante do Senhor. Isto não é uma
experiência incomum, porque intercessores têm de ter um tempo de afinação espiritual de
vez em quando para ver se estão orando pelos benefícios, ou se realmente estão orando e
se agradando do Senhor pelo o que Ele é.
Aqui está novamente o coração de um verdadeiro intercessor, o qual não tem desejo
maior do que ter um relacionamento íntimo com Deus. Logo esse tempo de seca se acabará
e as coisas voltam ao normal. Enquanto isso Deus dará tarefas extras para alguns
intercessores.
De tempos em tempos precisaremos de ajuda dos Arão e Hur, os quais Deus envia para
suster os intercessores em tempos de necessidade, nos períodos de seca, o Senhor
determinará intercessores para permanecerem na brecha por nós.
Muitos intercessores não entendem que precisam de parceiros de oração permanente tanto
quanto os pastores e líderes precisam. Precisam de pessoas que orem por eles. Uma
pessoa que possa compartilhar problemas secretos e necessidades de sua vida. Alguém
que se importe e que nunca vai divulgar seus segredos e suas necessidades. Então se
cumpre a lei de Cristo "de levar as cargas uns dos outros" (Gl.6:2).
Josué derrotou Amaleque e ganhou a batalha de Refidim, mas, para isso, precisou da
intercessão de Moisés. Josué venceu, mas Moisés se alegrou da mesma forma. Os
intercessores realmente sentem que são amplamente recompensados por seus ministérios,
uma recompensa substancial pela intercessão é ver dar à luz os propósitos de Deus, na vida
de outros pelos quais estão orando.
Intercessores experimentados vêem muitas coisas acontecendo em suas igrejas e
ninguém tem nenhuma idéia de que eles estão orando por isso. A maior recompensa deles
é o seu íntimo relacionamento com o Pai, eles experimentam a plenitude do amor de Deus
dia a dia.
O intercessor se move até a presença de Deus, é através da adoração e do louvor que
tem uma comunhão íntima com o Pai, suas orações são consistentes com a Palavra de
Deus e deixam ser usados com o fluir do Espírito Santo.
O Espírito Santo ajuda aqueles que reconhecem que não sabem orar como convém (Rm
8.26). O Espírito Santo supre essa deficiência porque ele é quem adéqua as nossas
petições ao propósito de Deus, Ele conduz as expressões, motiva e dirige os pensamentos
do intercessor. Ele é o nosso ajudador.
"As coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus... Mas Deus nos
revelou pelo Espírito". "Nós temos a mente de Cristo" (1Co.2:10, 11 e 16). O Pai sabe qual é
a intenção do Espírito em sua obra intercessória, e ele intercede em nós com gemidos
inexprimíveis.
Orar no Espírito é orar a vontade de Deus. O Espírito Santo assegura que o pedido está
de acordo com a vontade do Pai e garante a resposta porque Ele também é o executor
desta vontade. Segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos (Rm.8.27). O
Espírito Santo intercede por nós e em nós; ele dá a forma certa às nossas orações.
A oração intercessória é a expressão do amor e da compaixão de Deus a favor do outro,
é tomar a carga do irmão. "Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de
Cristo" (Gl.6:2).
"Não parem de chorar as meninas de teus olhos! Levanta-te, clama de noite no princípio
das vigílias; derrama como água, o teu coração perante o Senhor; levanta a ele as mãos,
pela vida de teus filhinhos, que desfalecem de fome à entrada de todas as ruas" (Lm.2:18-
19).
Como intercessores precisamos expressar clamor e choro pelo mundo perdido e Deus
derramará um espírito tão forte de intercessão e súplicas pelas almas perdidas. Se nos
conservarmos juntos a Jesus, Ele é quem atrai as almas, por nosso intermédio. Mas é
necessário que Ele seja levantado em nossa vida, isto é, devemos ser crucificados com Ele.
E multidões cairão de joelhos diante do Nosso Deus. Amém!