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Prefácio

Um fenômeno bastante interessante está ocorrendo em nosso país. A


principal figura de autoridade que nossas crianças conhecem, do
nascimento até quase os vinte anos, é delineada quase totalmente por
mulheres. Vez por outra, a figura masculina aparece nesse quadro, mas
com presença pouco marcante.
No hospital, são as enfermeiras que se encarregam de quase todos os
aspectos relativos ao cuidado do recém-nascido. Em casa, geralmente, a
figura dominante é a mãe. E 90% dos professores do curso primário são -
todo mundo sabe - mulheres. Em alguns casos, o policial que auxilia a
criança na travessia da rua em frente à escola é uma mulher.
E há muitas outras situações como, por exemplo, supermercados,
lojas, lanchonetes, escola dominical, em que são mulheres que atendem,
orientam e ensinam as crianças a respeito de Deus. (A exceção vem de
algumas igrejas, onde um homem prega para uma congregação
constituída, na sua maioria, de mulheres).
Quem instrui a criança sobre que roupa deve vestir , quem lhe inculca
os primeiros bons hábitos, quem a ajuda com os deveres de casa, quem
faz as compras da família? Em suma, quem é que manda? Não é de se
admirar, portanto, que o rapaz de hoje esteja se esforçando ao máximo
para demonstrar que é homem de verdade - como a mamãe.
E é por isso que em nossos dias os homens aderiram ao uso de
pulseiras, colares, e até de brincos. Têm cabelo comprido, camisas justas
desabotoadas em cima lembrando um "decote". Ou então são "machões",
que têm uma atitude irresponsável com a mulher e os filhos, ou que
levam uma vida sexual desregrada e vivem como bem querem. Em
qualquer dos casos, o homem se acha "liberado", ou pelo menos é o que
lhe dizem as feministas, cujo objetivo é minar sua posição como homem.
Por outro lado, as mulheres estão usando o cabelo bem curto, calças e
blazers masculinos, e algumas, até gravatas. No desejo de se "auto
afirmar" ou "castigar seus opressores", muitas vêm dando vazão a uma
raiva até então reprimida, e agindo de forma violenta contra os homens
que elas acreditam serem os culpados de tudo.
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Enfim, os homens e mulheres de nossos dias não sabem exatamente


como devem agir, desconhecem sua função como homem ou mulher, e
por causa disso sentem-se confusos e ansiosos.
A tendência da mentalidade prevalente hoje é anular as diferenças
básicas entre homem e mulher, em especial no que diz respeito às suas
funções. De modo geral, os homens não assumem uma posição clara,
preferindo omitir-se. Simplesmente vão vivendo a vida sem assumir seu
papel. E como o natural é que quando alguém se omite, outro acabe
preenchendo seu espaço, as mulheres estão sendo levadas a ocupar as
áreas que eles abandonam. O resultado de tudo isso são homens, mulheres
e crianças Ilustrados, irritados, e um número cada vez maior de
indivíduos em "crise de identidade".
E agora, em meio a toda essa "descaracterização", surge a ressonante
tese do Homem ao Máximo, que ressoa como um sonoro tapa numa crise
de histeria, um grito de desafio aos homens, ou um jato de água gelada na
pele. Este livro não se limita a uma simples discussão retórica: entra em
confronto direto com as questões que acabamos de levantar.
Sem fazer concessões e sem pejo algum, é um livro dirigido aos
homens. Sabemos de muitas obras escritas sobre nós. Mas são muito raras
as dirigidas a nós. Ele lembra a velha "conversa de homem pra homem",
em que se discutiam questões como as virtudes masculinas; o
cavalheirismo, o respeito às mulheres e crianças, questões essas
associadas ao que se entendia por “homem feito”. Ele nos ajuda a
descobrir todo o nosso potencial para vivenciarmos ao máximo nossa
condição de homem. E chega em muito boa hora.
Com uma mensagem direta e penetrante, é um livro que chama às falas
o homem moderno. É possível que alguns leitores fiquem tão irritados
com as afirmações aqui feitas que provavelmente fecharão o livro com
raiva, e o porão de lado. Outros terão vontade de mandar uma carta
"malcriada" para o autor, dizendo-lhe certas verdades "que ele precisa
ouvir".
Alguns ainda irão concordar com parte dos conceitos e princípios aqui
esposados, mas não atenderão ao apelo dele, já que exige sacrifícios. Se
esses não tomarem a decisão de modificar-se, continuarão com os
mesmos problemas. E ainda outros, apesar de lá no fundo concordarem
com sua mensagem, vão se sentir intimidados pela "dura realidade a tual",
visto que as posições defendidas pelo autor batem de frente com os
conceitos mais populares de nossos dias. Por causa disso, não encararão a
verdade nele contida.
Entretanto alguns homens lerão este livro, concordarão com ele e
porão em prática os princípios aqui apresentados. Isso vai revolucionar a
vida deles, a de sua esposa e sua família. E poderá revolucionar até toda a
nação.
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A Bíblia diz: "Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de


Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e lhes
disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a;
dominai... E assim se fez".
Ser do sexo masculino é questão de nascimento; ser homem é questão
de decisão. Obrigado, Senhor, por nos teres feito da maneira como
somos. E muito obrigado a você, Ed, por ter se empenhado em nos
lembrar isso.

- Ben Kinchlow Apresentador do programa Chibe 700

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