Geografia
Principais fatores que influenciam no clima.............. 11
Sumário
Movimentos da Terra ................................................. 2
Pontos cardeais e subdivisões ..................................... 2
Fusos horários ............................................................ 2
Tipos de projeções cartográficas ................................. 2
Classificações .............................................................. 3
Mercator .................................................................... 3
Peters ......................................................................... 3
Goode ........................................................................ 3
Anamorfose ................................................................ 3
Escalas ........................................................................ 3
Formação do planeta .................................................. 3
Composição química ................................................... 3
Composição física ....................................................... 3
Teoria da deriva continental ....................................... 4
As correntes de convecção ......................................... 4
Dinâmica interna ........................................................ 4
Escudos Cristalinos ..................................................... 5
Bacias sedimentares ................................................... 5
Dobramentos modernos ............................................. 5
Terrenos cristalinos .................................................... 5
Bacias sedimentares ................................................... 5
Rochas magmáticas ou ígneas..................................... 6
A exploração mineral no Brasil .................................... 6
Os projetos minerais ................................................... 6
Principais jazimentos minerais .................................... 6
Questão ambiental e mineração ................................. 7
Planaltos..................................................................... 7
Planícies ..................................................................... 7
Depressões ................................................................. 8
Classificações do relevo brasileiro ............................... 8
Solos........................................................................... 8
Fatores que influenciam na formação de um solo ....... 9
O perfil de um solo ..................................................... 9
Latossolos ................................................................... 9
Argilosos..................................................................... 9
Cambissolos................................................................ 9
Litossolos.................................................................... 9
Vertissolos ................................................................ 10
Preservação, conservação e correção dos solos ........ 11
Estudo dos gases ...................................................... 11
Elementos do tempo ................................................ 11
Precipitações mais comuns no Brasil ........................ 12
As massas da atmosfera ........................................... 12
Massas de ar no Brasil .............................................. 12
El Niño ..................................................................... 12
La Niña ..................................................................... 12
Ciclones tropicais ..................................................... 12
Furacões .................................................................. 13
Tornados .................................................................. 13
Intensificação do efeito estufa ................................. 13
Intensificação da chuva ácida ................................... 14
Desertificação .......................................................... 14
Desmatamento ........................................................ 14
Coluna de gases ....................................................... 15
Camadas .................................................................. 15
Bacias hidrográficas ................................................. 15
Biomas das Savanas ................................................. 16
Amazônica ............................................................... 17
Mata Atlântica ......................................................... 18
Mata dos Pinhais/Florest a de Araucárias ................. 18
Mata de Cocais......................................................... 18
Matas ciliares/galeria ............................................... 18
Cerrado .................................................................... 18
Caatinga................................................................... 18
Campos .................................................................... 19
Pantanal................................................................... 19
Mangues .................................................................. 19
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Geografia
Orientação e localização
Movimentos da Terra
1. Rotação: movimento que a Terra faz ao girar em torno
do seu próprio eixo, do Oeste para o Leste, em 24
horas, definindo os dias e as noites.
2. Translação: movimento que a Terra e os outros
planetas fazem ao redor do Sol, no sentido Oeste para
Leste, em um percurso de 365 dias, definindo as
estações do ano.
Solstícios
 Momentos que o Sol incide perpendicularmente sobre
um dos trópicos, de Câncer ou Capricórnio.
 Causa distribuição irregular da luz e do calor do Sol nos
Hemisférios Norte e Sul.
 Os dias e as noites apresentam duração desigual.
Mês 6: no Hemisfério Sul inicia o inverno e tem o dia mais curto
do ano, e no hemisfério norte inicia o verão, com o dia mais
longo do ano.
Mês 12: no Hemisfério Sul inicia o verão e no Hemisfério Norte
inicia o inverno.
Equinócio
 Momentos que o Sol incide perpendicularmente sobre
a língua equatorial.
 Causa distribuição igualitária da luz e do calor pelos
Hemisférios Norte e Sul.
 Os dias e as noites apresentam igual duração em toda
a Terra.
Mês 3: início do outono no Hemisfério Sul e da primavera no
Hemisfério Norte.
Mês 9: início da primavera no Hemisfério Sul e do outono no
Hemisfério Norte.
 Periélio: ponto da órbita do planeta está mais próximo
ao sol, próximo ao dia 4 de janeiro.
 Afélio: ponto da órbita está mais afastado do sol,
tendo menor velocidade de translação em toda a sua
órbita, no dia 4 de julho.
Pontos cardeais e subdivisões
 O sol nasce no Leste e se põe no Oeste.
 Norte: setentrional, setentrião
 Sul: meridional, meridião
 Leste: levante, oriente, nascente
 Oeste: poente, ocidente, ocaso
Meridianos
 Cortam a Terra no sentido longitudinal. O de origem é
o de Greenwich, a partir do qual pode ser definido as
longitudes.
 Longitude: de 0º até 180º, a partir do Meridiano de
Greenwich (L ou O).
Paralelos
 Latitude: 0º até 90º, a partir do Equador (N ou S).
 Círculos que cruzam os meridianos
perpendicularmente, com origem no Equador, de onde
determina as latitudes.
Fusos horários
 As horas aumentam para o leste e diminuem para o
oeste.
 Ao se ultrapassar a linha internacional de data, deve-se
alterar a data para o dia anterior (a leste) ou seguinte
(a oeste).
Projeções cartográficas
1. Mapa: representação de fenômenos físicos, bióticos
ou socioeconômicos, sem uma finalidade específica.
Exemplos: mapa dos Estados do Brasil, mapa de relevo,
mapa de municípios.
2. Carta: representação de fenômenos espaciais com
uma finalidade prática. Exemplos: cartas topográficas
(para avaliar altitudes), cartas de navegação, cartas
geotécnicas (para o planejamento urbano).
3. Planta: um caso particular de carta, que se restringe a
uma área muito limitada e a escala é grande,
consequentemente, com um número maior de
detalhes.
Tipos de mapas
1. Gerais: quando se destinam ao público em geral,
normalmente com pequena escala, como mapas de
grandes regiões, países, continentes, mapas-múndi.
2. Especiais: destinam a determinados profissionais,
sendo mais específicos, mais técnicos, e geralmente
com grande escala, como em mapas econômicos,
científicos, cartas náuticas.
3. Temáticos: quando se destinam ao estudo, análise e
pesquisa de determinados temas, como geologia,
pedologia, demografia.
Tipos de projeções cartográficas
Cônicas
 É tangente às médias latitudes, a partir das quais as
deformações aumentam, tanto em direção ao polo
quanto ao Equador.
 Apresentam meridianos retos e paralelos curvos.
 Representam regiões de médias latitudes.
Azimutais
 Plano de projeção tangente às altas latitudes (um dos
polos), a partir das quais as deformações aumentam
em direção às menores latitudes.
 Mais utilizados em regiões polares.
Cilíndricas
 Projeção tangente ao Equador, a partir de onde as
deformações aumentam em direção às altas latitudes.
 Deformam exageradamente as regiões polares.
 Representam regiões de baixa latitude.
 A mais utilizada é a de Mercator, com o planeta
centralizado na Europa.
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Geografia
Classificações
1. Equidistantes: não representam deformações lineares
para algumas linhas, sendo em escala uniforme.
2. Conformes: representam, sem deformação, todos os
ângulos em torno de quaisquer pontos, não
deformando pequenas regiões.
3. Equivalentes: não alteram as áreas, conservando a
mesma relação com a área de todo o mapa.
4. Afiláticas: não conservam nenhuma das propriedades.
Projeções mais importantes
Mercator
 Projeção cilíndrica conforme, elaborada no século XVI,
para os navegadores.
 Apresentam meridianos e paralelos em linhas retas.
 Manteve as formas dos continentes, mas não
respeitou as proporções reais.
 Regiões polares de maneira exagerada.
 É excelente para navegação.
 Dispõe a Europa no centro do mapa.
Peters
 Cilíndrica e tangente ao Equador.
 Aproximasse da realidade, a proporção de tamanho
entre os continentes sem se preocupar com a
equivalência das distâncias.
 Alteram as formas para manter as reais proporções
dos continentes.
 Destaca o continente africano no centro do mapa.
 Propõe a valorização do mundo subdesenvolvido,
mostrando sua área real.
Goode
 Tenta eliminar várias áreas oceânicas.
Anamorfose
 Mapas esquemáticos, sem escala cartográfica.
 As áreas sofrem deformações matematicamente
calculadas, tornando diretamente proporcionais a um
determinado critério considerado.
Convenções cartográficas
Curvas de nível: método utilizado para representar o relevo
terrestre, permitindo um valor aproximado da altitude em
qualquer ponto do mapa.
 Mias próximas significam declives mais elevados.
 Com valores elevados no centro, representam
montanhas ou montes.
Escalas
 E = dimensão no mapa/ Dimensão no terreno real
1. Escala numérica: relação entre comprimento no mapa
e a distância no terreno.
2. Escala gráfica: segmento de reta graduada.
 Numa pequena escala, o mais importante é mostrar as
estruturas básicas dos elementos e não a exatidão de
detalhes.
 Numa grande escala, existe uma maior preocupação
com os detalhes.
Formação do planeta
 A explicação científica mais aceita é a Teoria da Grande
Explosão, o Big Bang, a qual considera que nosso
Universo começou entre 14 e 14 bilhões de anos, a
partir de uma “explosão” cósmica.
 Embora tenha se esfriado, a Terra continua em
transformação constante, visto que atividades
geológicas, como vulcanismo e terremotos, estão
sempre se manifestando na crosta.
 Essas atividades são geológicas são determinadas por
mecanismos térmicos: um interno e outro externo.
Mecanismo interno: conduzido pela energia térmica
aprisionada durante a origem do planeta e gerada pela
radioatividade em seus níveis mais profundos.
 O calor interno controla os movimentos no manto e no
núcleo, suprindo energia para fundir rochas, mover
continentes e soerguer montanhas.
Mecanismo externo: conduzido pela energia solar.
 O calor do Sol energiza a atmosfera e os oceanos e é
responsável pelo nosso clima e pelas condições
meteorológicas do tempo.
 Chuva, vento e gelo erodem montanhas e modelam a
paisagem.
Estrutura interna da Terra
 Baseada pela composição química e as propriedades
físicas.
Composição química
Crosta terrestre: contém os materiais mais leves e com baixas
temperaturas de fusão, que constituem diversos compostos de
sílica, alumínio, cálcio, magnésio, ferro, sódio e potássio,
combinados com oxigênio.
 Continental: é a mais espessa, composta por rochas
“graníticas”, fortemente deformada e influi as rochas
mais antigas do planeta.
 Oceânica: menos espessa, composta por rochas
vulcânicas densas chamadas de basalto e, menos
deformada e geologicamente mais jovem.
Manto: constituído pelos materiais de densidade intermediária
deixados na porção mediana da Terra, após os mais pesados
terem mergulhado para o centro e os mais leves terem
ascendido para a superfície.
 É composto por rochas de densidade fluida formadas
por compostos de oxigênio com ferro, magnésio e
sílica.
Núcleo: composto basicamente por ferro, é a massa central do
planeta, sendo muito denso, responsável por 32% da massa.
Composição física
1. Litosfera: camada externa rígida, resistente e sólida.
Influi a crosta e a porção mais externa do manto
superior.
2. Astenosfera: abaixo da litosfera, ainda no manto
superior, existe uma zona na qual a temperatura e a
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Geografia
pressão são muito elevadas, com material
parcialmente fundido, em que as rochas perdem sua
resistência, tornando-se plásticas e fluidas.
3. Mesosfera: camada de estrutura interna da Terra, que
se situa entre a astenosfera e o núcleo.
4. É constituída por materiais rígidos, com rochas mais
resistentes e mais rígidas, devido as elevadas pressões
que compensam assaltas temperaturas.
5. Núcleo terrestre: subdividido em externo líquido e
interno sólido.
Dinâmica das placas tectônicas
 A litosfera é dividida em doze placas principais que
realizam três tipos de movimento: convergência,
divergência e tangencial.
 Ao longo do tempo geológico, os continentes
encravados na litosfera deslocam-se, juntamente com
as placas em movimentos.
Teoria da deriva continental
 Teoria de que há milhões de anos, a Terra se tratava
de um supercontinente, a Pangeia, rodeada por um
enorme oceano.
 Esses foram se fraturando e seus fragmentos
constituíram os continentes que hoje existem
 Para comprovar a existência de um supercontinente,
em que seria possível agrupar todos, Wegener
fundamentou sua hipótese em diversos dados:
Paleológicos: semelhança na fauna e na flora antiga em regiões
separadas hoje por oceanos.
Paleontoclimáticos: existência de climas idênticos, que
ocorrem simultaneamente, em diferentes zonas.
 As correntes de convecção do manto poderiam
promover a movimentação das placas, ocasionando a
formação de uma nova crosta oceânica.
As correntes de convecção
 É o movimento da astenosfera, em que faz os
continentes de moverem.
 É decorrente das diferenças de temperatura do
material viscoso que a compõe
Isostasia: resulta da flutuação das placas tectônicas sobre o
material mais denso da astenosfera, cujo equilíbrio depende das
suas densidades relativas e do peso da placa.
 Caso ocorra um aumento do peso da placa, esta
afundará, ocorrendo uma elevação quando o peso
sobre ela diminuí.
A teoria da tectônica de placas
1. Verificação do fato de que o assoalho oceânico é
jovem e contém muitas feições fisiográficas.
2. Comprovação científica da distribuição de terremotos
e vulcanismo ao longo das trincheiras oceânicas e
cadeias de montes submarinos.
3. Constatação de que o magnetismo das rochas da
crosta continental demonstra a mobilidade dos
continentes.
 Essa teoria comprovou o movimento da litosfera sobre
a astenosfera.
 De acordo com a teoria, a litosfera é dividida por placas
e estas deslizam por razão da movimentação das
correntes de convecção no interior da Terra.
 O calor oriundo do núcleo da Terra esquenta o manto
e faz os materiais nele presentes subirem. Essas partes
resfriam e voltam a descer. São essas correntes que
movimentam lentamente as placas que formam a
crosta da Terra.
Os três tipos básicos de limites de placa
Limites divergentes: uma nova crosta é formada. O movimento
de divergência pode ocorrer pela separação de placas tanto no
oceano quanto no continente.
 Continentes: essas áreas são marcadas por vales em
atividade vulcânica e terremotos.
Limites convergentes: a crosta é destruída, enquanto uma placa
“mergulha” sob a outra.
 Colisão entre duas placas oceânicas: uma mergulha
em plano inclinado sob a outra, provocando uma
depressão ou fossa no fundo do mar.
 Colisão de uma placa oceânica com uma placa
continental: a placa oceânica, como é menos espessa
e mais densa, mergulha sob a continental, provocando
uma deformação na placa continental que enruga,
criando-se, na sua margem, uma cadeia de montanhas
associadas à atividade vulcânica. Ocasionam sismos,
vulcanismo e formação de cadeias montanhosas.
 Colisão de duas placas continentais: o mergulho de
uma sobre a outra é dificultado, por terem espessuras
e densidades parecidas. Assim, sofrem uma
compressão crescente, originando enrugamentos em
suas bordas, dando origem a extensas cadeias
montanhosas marcadas por forte atividade sísmica.
Esses limites estão atrelados a violentos terremotos,
devido à natureza quebradiça das placas continentais.
Limites transformantes: as placas deslizam horizontalmente
uma em relação a outra, assim, a crosta não é destruída nem
produzida, ocasionando forte atividade sísmica.
Dinâmica interna
 As diversas formas da crosta terrestres se encontram
em constante modificação em razão da atuação de
forças internas (agentes endógenos) e externas
(agentes exógenos).
Agentes endógenos
 Forças que atuam de forma lenta e prolongada na
superfície da Terra.
1. Epirogênese: forças internas atuam verticalmente em
áreas da crosta terrestre que possuem rochas
resistentes e com pouca plasticidade, os blocos
rochosos podem fragmentar-se, deslocar-se, sofrer
rebaixamento ou soerguimento, dando origem às
falhas-rupturas e aos desnivelamentos das camadas
rochosas.
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Geografia
 São lentos na escala geológica.
2. Orogênese: representada por esforços internos
horizontais da crosta terrestre, de curta duração
geológica, mas de grande intensidade, gerando
desdobramentos, fraturas e falhas.
Vulcanismo
 Atividade de expulsão do material magmático do
interior da crosta terrestre para a superfície.
 Vulcões são pontos de saúda do magma que ascende
até a superfície por meio de aberturas ou fendas na
crosta em regiões instáveis.
 No oceano, onde o magma ascende nas bordas
tectônicas divergentes, o material magmático cria um
novo assoalho oceânico.
 A maior parte dos vulcões do mundo está concentrada
no Círculo de Fogo do Pacífico.
 Ao liberar enorme quantidade de energia, podem
provocar violentos tremores.
Hot spots em regiões oceânicas: as erupções são geralmente
calmas e caracterizadas pelo escoamento de lava basáltica.
 Origem do Havaí.
Hot spot em regiões continentais: as erupções são mais
violentas, do tipo explosivo.
Os gêiseres
 Jatos intermitentes e periódicos de água a vapor de
água a elevadas temperaturas.
 Típicos de regiões vulcânicas.
Abalos sísmicos
Acomodação das camadas: os desmoronamentos internos
podem ser provocados pela dissolução das rochas, pela
circulação da água subterrânea ou pela acomodação dos
sedimentos compactados.
Tectônica de placas: responsável pelos grandes abalos da crosta
terrestre, ligadas ao movimento das placas nos limites, gerando
um grande acúmulo de energia nas bordas tectônicas.
 As rochas, quando estão no limite de resistência,
sofrem faturamento ou deslizamentos, com emissão
de vibrações e liberação de energia.
Estruturas geológicas
 Base rochosa sobre a qual se assentam as formas de
relevo.
 Caracterizadas pelos tipos de rocha predominantes,
pelo seu processo de formação e pelo tempo geológico
em que surgiram.
Escudos Cristalinos
 Formados na Era Pré-Cambriana.
 Constituídos por rochas cristalinas ou metamórficas
bastante antigas, como a gnaisse.
 Correspondem aos terrenos mais atingidos pelos
processos erosivos e também tectonicamente estáveis.
 Abrigam grandes reservas de minerais metálicos, como
ouro, ferro, manganês, bauxita.
Bacias sedimentares
 Áreas côncavas existentes no embasamento cristalino
recobertas por sedimentos de diferentes origens que
foram transportados e depositados ao longo do
tempo geológico.
 Datam da Era Paleozoica, da Mesozoica e da
Cenozoica.
 Formadas por grandes pacotes de rochas
sedimentares e são marcadas pela presença de
combustíveis fósseis, como carvão mineral, petróleo,
gás natural e minerais não metálicos, como calcário.
Dobramentos modernos
 Origem no entrechoque de placas em recentes
acomodações tectônicas do final da Era Mesozoica.
 Regiões de terrenos mais recentes, produzidos pela
tectônica das placas e, por isso, instáveis, nos quais
predominam uma intensa atividade sísmica e
vulcanismos.
Estrutura geológica do Brasil
 O território brasileiro está localizado no centro da
Placa Tectônica Sul-Americana, distante da borda
ocidental e oriental.
 Está menos susceptível aos abalos sísmicos de grande
magnitude e às manifestações vulcânicas ativas.
 A estrutura é formada por escudos cristalinos e as
bacias sedimentares.
Terrenos cristalinos
 Dividido em Escudo das Guianas e Escudo Brasileiro.
 São constituídos por rochas magmáticas intrusivas e
rochas metamórficas que formam o embasamento
cristalino brasileiro.
 Apresentam grande importância econômica pois nelas
se encontram as principais jazidas de minerais
metálicos.
 Ex: Quadrilátero Ferrífero, Serra dos Carajás, Maciço
do Urucum.
Bacias sedimentares
 Formadas em épocas diversas do tempo geológico.
 Importância econômica ligada à presença de recursos
minerais energéticos, como o petróleo e o carvão
mineral.
 Ex: Amazônica, Meio-Norte, Paraná, São Francisco,
Pantanal Mato-grossense.
A coluna geológica – história da evolução terrestre
1. Cenozoico
 Último período glacial, mudanças climáticas globais.
 Aparecimento do homem.
 Formação das bacias sedimentares recentes.
 Formação dos desdobramentos modernos.
 Continentes assumiram atual contorno.
 Formação das bacias sedimentares.
 Formação da calota polar Antártica.
 Formação das ilhas oceânicas brasileiras.
2. Mesozoico
 Formação das bacias sedimentares e do petróleo.
 Surgimento e extinção dos dinossauros.
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Geografia
 Intensa atividade vulcânica.
 Fragmentação da Pangeia dando origem a duas massas
continentais: Gondwana e Laurásia.
3. Paleozoico
 Formação da Pangeia.
 Formação das grandes florestas de coníferas.
4. Pré-Cambriano
 Formação das rochas mais antigas.
 Formação dos escudos cristalinos.
 Formação das jazidas de minerais metálicos.
 Surgimento da vida.
 Formação da atmosfera.
 Formação da Terra.
Clico das Rochas
Rochas magmáticas ou ígneas
 Resultam da consolidação e da cristalização do magma.
 Intrusivas ou plutônicas: como se formam no interior
da crosta, são rochas que se resfriam lentamente,
como o granito.
 Extrusivas ou vulcânicas: formam-se na superfície do
planeta e o seu arrefecimento é rápido, como o
basalto.
1. Rochas sedimentares
 Compostas de sedimentos transportados pela água e
pelo vento, acumulando em áreas rebaixadas.
 Formam-se pela deposição de partículas originadas
pela erosão de outras rochas, pela deposição dos
materiais de origem biológica e pela precipitação de
substâncias em solução.
 Clásticas ou detríticas: formadas pela agregação dos
fragmentos de outras rochas, como o arenito.
 Orgânicas: formadas a partir da agregação de
materiais orgânicos, como o carvão mineral.
 Químicas: formadas por sedimentos cujas estruturas
foram modificadas a partir de reações químicas.
2. Rochas metamórficas
 Surgem quando altas temperaturas e pressões do
interior da Terra atuam em qualquer outro tipo de
rocha, alterando sua constituição.
 Exemplo: visto e mármore.
Recursos minerais do Brasil e do mundo
 Em alguns países, como no Chile, a atividade extrativa
mineral responde por mais de 20% do PIB, e em 5% no
Brasil.
 Apesar da importância do extrativismo mineral para o
mundo moderno, essa atividade tem sido vista como
uma das responsáveis pela degradação ambiental.
A exploração mineral no Brasil
 O Brasil está entre os cinco países com maior potencial
de descobertas minerais, ao lado da Austrália, do
Canadá, dos EUA e da Rússia, porém, é apenas o oitavo
país em investimentos em exploração mineral.
 Na década de 1990, o Brasil aderiu ao Neoliberalismo
e deu início às privatizações nos setores petroquímicos
e de extrativismo mineral.
 7 grandes empresas respondem por 94% da produção
de ferro nacional, sendo elas a Vale S.A., Minerações
Brasileiras Reunidas, Mineração da Trindade, Ferteco
Mineração, Samarco Mineração, Cia. Siderúrgica
Nacional e Itaminas Comércio de Minérios.
Áreas mineralógicas do Brasil
 Reservas abundantes: ferro, manganês, cníquel,
bauxita, cristal de rocha, berilo, Magnesita, calcário.
 Reservas suficientes: ouro, cobre, zinco, potássio,
xisto.
 Reservas deficientes: chumbo, prata, platina, cromo,
enxofre, petróleo, carvão e gás natural.
Os projetos minerais
1. Quadrilátero Ferrífero (MG)
 Uma das principais regiões de exploração de minério
de ferro do país, atendendo ao mercado interno e
externo, possuindo também na região jazidas de
manganês, cobre, níquel e bauxita.
 A produção é escoada por meio de dois corredores: a
Estrada de Ferro Vitória-Minas, que liga a região do
Quadrilátero aos portos de Vitória e Tubarão – ambos
no ES, e a Estrada de Ferro Central do Brasil, que liga o
Quadrilátero ao Porto de Sepetiba, RJ.
2. Projeto Grande Carajás (PA)
 Foi lançado em 1979 com o objetivo de tornar viável a
exploração mineral na região da Serra de Carajás, uma
grande província mineralógica que contém a maior
reserva mundial de ferro de alto teor, além de
manganês, cobre e ouro.
 Atraiu grandes contingentes populacionais para o sul
do Pará e o impacto socioambiental foi inevitável.
Projeto Trombetas (PA)
 Extração de bauxita da Serra do Oriximaná junto ao
Vale do Rio Trombetas, no noroeste do Pará.
 A bauxita é destinada ao abastecimento de um
complexo industrial onde é transformada em alumínio,
sendo exportada depois para o mercado japonês.
Serra do Navio (AP)
 Foi até a década de 1990 a principal mina de manganês
do Brasil.
 A exaustão dessa mina foi compensada com a definição
de novas reservas no sul do Pará.
Maciço do Urucum (MS)
 Corresponde a uma área produtora de minério de ferro
e manganês.
 A produção oriunda dessa área abastece,
principalmente, países como Paraguai, Argentina e
Bolívia.
Principais jazimentos minerais
Minério de ferro
 Minera mais abundante no mundo, com jazidas em
poucos países, sendo que apenas 5 detém 77%.
 O Brasil possui 8,3% do total, a quinta maior do mundo.
 As reservas do Brasil e da Austrália apresentam o maior
teor de ferro.
 Ocupamos o 2º lugar na produção mundial, perdendo
apenas para a China.
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Geografia
 Os maiores produtores: EUA, Brasil, China e Austrália.
Manganês
 Importante para a industrialização devido á
empregabilidade na indústria (química, cerâmica,
baterias elétricas, fertilizantes).
 É encontrado em terrenos antigos do Proterozoico,
geralmente associado ao minério de ferro.
 O Brasil é o terceiro produtor mundial, sendo o
primeiro a África do Sul.
 Internamente, é utilizado nas siderúrgicas compondo
ligas com o ferro na produção de aço.
 A produção brasileira está concentrada no estado do
Pará, na Serra dos Carajás, em Minas Gerais, no
Quadrilátero Ferrífero e no Amapá, na Serra do Navio.
 No mundo, as mais importantes reservas estão na
Rússia, África do Sul, Austrália, índia, México, Gana,
Hungria e Marrocos.
Alumínio
 Abundante, mas não encontrada de forma isolada, e o
processo de industrialização desse metal exige alto
consumo de energia elétrica.
 O minério bauxita é a principal fonte para a obtenção
de alumínio, e a sua extração é realizada no Vale do Rio
Trombetas, no Pará.
 No mundo, os principais produtores são China, Rússia,
Canadá, EUA e Austrália.
Estanho
 Obtido da cassiterita, utilizado na composição das ligas
metálicas.
 Mundo: China, Malásia, Tailândia, Indonésia, Bolívia.
 As principais áreas de produção estão nos estados do
Amazonas, Rondônia, Minas Gerais, Pará, Mato Grosso
e Goiás.
Cobre
 Mercado dominado pelo Chile e pelos EUA, tanto na
reserva e na produção.
 No Brasil, concentra-se nos estados da Bahia, do Pará
e de Goiás, sendo insuficiente para atender ao
consumo interno e, importando do Chile e do Peru.
 Mundo: EUA, Peru, China, Austrália e Peru.
Ouro
 A produção brasileira atende ao mercado interno e
externo, sendo Minas Gerais o principal produtor
nacional, seguido do Pará.
 Os maiores produtores são África do Sul, EUA,
Austrália, Canadá, Rússia e Brasil.
Nióbio
 Utilizado na composição de ligas metálicas que
requerem resistência e leveza.
 O Brasil detém grande parte das reservas e da
produção mundial (maior produtor seguido da Rússia),
se concentrando em Minas Gerais, Amazonas e Goiás.
Chumbo
 Produção brasileira em Minas, Rio Grande do Sul,
Paraná e Bahia, com reduzida participação na
produção e em reservas.
 As maiores reservas estão na Austrália, China, EUA,
Canadá, Peru e México.
Lítio
 Os maiores produtores mundiais são a Bolívia, o Chile
e a China.
Questão ambiental e mineração
 Os minerais são considerados matérias-primas não
renováveis e, os efeitos ambientais negativos estão
associados às diversas fases de exploração, como a
abertura de cavas, com retirada da vegetação,
escavação, movimentação de terra e modificação da
paisagem local, o uso de explosivos no desmonte de
rocha, provocando a vibração do terreno e o
lançamento na atmosfera de fragmentos, gases,
poeira, al[em do transporte que afeta a água, o solo e
o ar.
 A Constituição de 88 determina que a utilização dos
recursos mineiras deixa o empreendedor obrigado a
recuperar o meio ambiente degradado.
 RIMA, uma empresa interessada na exploração mineral
exige a apresentação de um relatório de impacto
ambiental e um plano de recuperação da área
degradada pela mineração.
As formas de relevo
 São resultado da interação dos fatores endógenos e
exógenos.
Planaltos
 Área de topografia irregular, com altitudes superiores
à 300m, na qual predominam os processos erosivos.
 Cristalinos: constituídos de rochas cristalinas, ígneas e
metamórficas, que são o embasamento de antigos
terrenos que foram desgastados pela erosão.
 Sedimentares: originados de áreas de rochas
sedimentares, as quais eram baixas e foram erguidas
por movimentos internos da crosta ou tornam-se
relativamente elevadas em razão da erosão adjacente.
 Basálticos: formados por rochas ígneas extrusivas ou
vulcânicas.
Formas de relevo planálticas
Chapadas: forma planáltica de superfície aplainada, ou seja,
tubular, e encostas de declive acentuado ou quase verticais.
 Origem sedimentar, com camadas horizontais
estratificadas.
 Apresentam topos aplainados.
Cuestas: forma assimétrica e ocorre em bacias sedimentares
sob a forma de mesas inclinadas.
Inselbergs: relevos residuais que surgem em áreas pediplanadas
em paisagem árida ou semiárida.
 Originados de intenso processo erosivo, típico de
ambientes secos.
Planícies
 Área de topografia suave na qual predominam os
processos de sedimentação.
 Apresentam altitudes inferiores à 100 metros.
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Geografia
 São comumente encontradas nas porções mais
rebaixadas das bacias hidrográficas ou nas regiões
litorâneas.
Tipos
 Costeiras: situadas próximo ao litoral.
 Continentais: situadas no interior dos continentes.
 Fluviais: formadas por depósitos fluviais.
 Lacustres: formadas por lagos.
Depressões
 Área de topografia suave, na qual predominam
processos erosivos.
 Absolutas se localizam abaixo do nível do mar.
 Relativas, quando estão acima do nível do mar.
 Periféricas, quando se formam em zona de contato
entre terrenos sedimentares e estruturas cristalinas.
 Marginais, quando margeiam as bacias sedimentares.
Relevo brasileiro
 O Brasil apresenta um relevo modesto no que se refere
à altimetria, sendo apenas o Pico da Neblina, em
Roraima, que ultrapassa os 3 mil metros.
 Isso se explica pela inexistência de dobramentos
modernos e a intensa ação erosiva ligada ao clima e às
temperaturas.
Classificações do relevo brasileiro
Aroldo de Azevedo
 Planaltos e planícies.
 Baseada na altimetria do relevo, em que as planícies
são áreas que alcançam 100m de altitude e os
planaltos, superam.
Aziz Nacib Ab’Saber
 Critérios relacionados à geomorfologia e à estrutura
geológica, ou seja, levaram em consideração as formas
de relevo, tomando como base a sua estrutura
geológica.
Jurandyr Ross
 Proposta atual, em que Ross baseou-se nos trabalhos
anteriores, introduzindo uma nova unidade de relevo:
as depressões.
O relevo submarino
 As profundidades são modestas, o que proporciona
uma boa penetração da luz solar.
 Há condições propícias para que a vegetação marinha
se desenvolva, o que torna essa área muito importante
para atividades ligadas à pesca.
 As depressões tornam-se, ao longo do tempo
geológico, bacias sedimentares importantíssimas para
a exploração de petróleo em águas oceânicas.
Agentes exógenos
 Atuam em conjunto na superfície terrestre, modificam
suas formas, originando novas paisagens no decorrer
da história geológica do planeta.
 A intensidade da ação estará relacionada ao clima e ao
tipo de rocha presente na crosta terrestre.
Intemperismo ou meteorização
 Processo pelo qual as rochas são desgastadas na
superfície do globo terrestre, podendo ser influenciado
por vários fatores:
1. Clima: a variação de temperatura e da distribuição das
chuvas determina o tipo e a velocidade.
2. Relevo: o tipo de inclinação pode favorecer ou não a
penetração de água.
3. Tempo: velocidade a qual a rocha intemperiza.
4. Constituição mineralógica: os tipos de minerais e a
forma com que eles estão agregados influencia no
intemperismo.
5. Estrutura da rocha: as rochas que possuem muitos
poros ou fraturas podem permitir uma maior
percolação das soluções.
O intemperismo químico ou decomposição
 Promove a quebra da estrutura química dos minerais
que compõem a rocha.
 Seu principal agente é a água, que provoca uma reação
química nas rochas.
 Ocorre quando os minerais de uma rocha são
quimicamente alterados ou dissolvidos.
 Nas áreas equatoriais e tropicais, quentes e úmidas, é
mais intenso e produz formas de relevo mais
arredondadas, como os mares de morros.
Intemperismo físico ou desintegração mecânica
 Ocorre quando a rocha é fragmentada por processos
mecânicos que não alteram a sua constituição química.
 É típico de áreas sujeitas a climas polares, áridos ou
semiáridos.
 Em áridas, por exemplo, durante o dia, as rochas são
submetidas a elevadas temperaturas e, com isso,
dilatam-se; já à noite, as rochas se contraem devido à
diminuição das médias térmicas. Como a dilatação e a
contração não ocorrem por igual, pois os minerais
apresentam diferentes coeficientes, a rocha
desintegra-se.
Intemperismo biológico
 Ocorre devido à ação dos seres vivos, atreladas ao
intemperismo físico e químico.
 Bactérias e algas que adentram fraturas presentes na
rocha produzem ácidos que, ao desgastarem a rocha,
estão realizando intemperismo químico.
 As raízes, por sua vez, são responsáveis pelo desgaste
das rochas, mas em maior proporção, já que, para
crescerem, demandam maior espaço, manifestando
intemperismo físico.
Pedologia: formação e tipos de solo
Solos
 São considerados fatores essenciais à formação de um
solo a presença da rocha-matriz em decomposição,
presença de ar, água e matéria orgânica.
Elementos formadores de um solo
Minerais: determinam a textura de um solo e sua composição
físico-química, a qual determina a fertilidade.
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Geografia
Matéria orgânica: os materiais decompostos de origem animal
e vegetal constituem os húmus, essencial à liberação de
nutrientes, como nitrogênio e o fósforo.
Ar: pode ser encontrado nas partes de maior porosidade e que
ainda não foram atingidas pela água.
 É fundamental para o crescimento de vegetação, pois
as raízes das plantas precisam de oxigênio para realizar
sua respiração.
Água: essencial para o desenvolvimento de vegetais devido ao
gás carbônico, ao oxigênio e aos sais minerais nela presentes.
Fatores que influenciam na formação de um solo
O clima: determina a morfologia do solo, já que a temperatura
e a umidade são fatores que estabelecem o grau de
intemperismo da rocha matriz.
Presença de organismos vivos: determina a presença dos
húmus e a consequente fertilidade do solo.
O relevo: condiciona o movimento superficial da água, o que
influencia na profundidade do solo e nos processos erosivos que
podem ocorrer.
O tempo: a evolução do solo está diretamente ligada à
decomposição da rocha-matriz.
 A formação do solo é resultado de reações químicas
que necessitam de um determinado período para se
manifestarem.
O perfil de um solo
1. Horizonte O: camada superficial, com “O” de orgânico.
 Praticamente constituído por húmus.
 Possui cor escura e é rico em nutrientes.
2. Horizonte A: mistura de húmus e matéria mineral:
argila e areias.
 Rico em nutrientes e possui cor escura.
 É o primeiro a ser atingido pela ação do intemperismo,
acarretando na perda de minerais.
3. Horizonte E: marcado pela perda de argilas, óxidos de
ferro, matéria orgânica e alumínio.
4. Horizonte B: é rico em sais minerais solúveis na água.
 Apresenta coloração vermelha, com alta concentração
de ferro, ou amarela, com baixa.
5. Horizonte C: ausência de matéria orgânica, sendo
constituído por material mineral resultante da erosão
da rocha mãe.
6. Horizonte R: corresponde à rocha-mãe, que está em
processo de alteração.
Classificação dos solos: quanto à origem
 Eluviais: solos provenientes da desagregação e da
decomposição de rochas existentes na região de
formação.
 Aluviais: solos formados em função do acúmulo de
material transportado por meio da ação da água e do
vento.
Quanto à influência da vegetação
 Zonais: solos maduros, cujos horizontes são bastante
diferenciados.
 Intrazonais: solos parcialmente desenvolvidos.
 Axonais: pouco desenvolvidos, ou seja, rasos.
Principais solos férteis
 Tchernozion (orgânico): o mais fértil.
 Loess (azonal): forma-se pelo acúmulo de sedimentos
pela ação eólica, constituindo-se basicamente de argila
e calcário.
 Massapê (zonal): composto basicamente de calcário,
comumente encontrado no litoral nordestino
brasileiro, indicado para o plantio de cana-de-açúcar.
 Terra Rocha (zonal): formado da decomposição
basáltica, material magmático, indicado par ao plantio
de café.
Classificação e características dos brasileiros
Latossolos
 Solos minerais, homogêneos, com pouca
diferenciação entre os horizontes ou camadas,
reconhecido facilmente pela cor quase homogênea do
solo com a profundidade.
 São profundos, bem drenados, com textura média ou
mais fina (argilosa, muito argilosa) e, com mais
frequência.
 Na Amazônia, recobertos em grande parte pela
Floresta Equatorial, apresentam-se como o solo
denominado “solo de várzea”, frágil e vulnerável à
ação antrópica.
Argilosos
 Solos com profundidades variadas de ampla variedade
de texturas.
 Grande diversidade de fertilidade, enfrentando
problemas sérios de erosão, devido à grande
diferença de textura entre os horizontes A e B.
Cambissolos
 Poucos profundos e, muitas vezes, encascalhados.
 Solos “jovens” que possuem minerais primários.
 Alto teor de silte (material sedimentar composto de
pequenas partículas de minerais diversos, menores do
que areia fina e maiores do que argila) e pouca
profundidade, fazendo com que tenham
permeabilidade baixa.
 O maior problema é o risco de erosão, visto que os
sulcos são facilmente formados nesses solos pela
enxurrada.
Litossolos
 Ocorrem principalmente no serão nordestino e no
norte de Minas Gerais.
 O clima semiárido inibe a formação de solos
profundos, devido às limitações hídricas das regiões
onde ocorrem, reduzindo assim o intemperismo
químico.
 São solos rasos e duros, mas muito ricos em minerais
em função da baixa lixiviação.
 Como a pecuária predomina nessas regiões, esse solo
pode ficar comprometido com o pisoteamento do
gado, sofrendo compactação e dificultando ainda
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Geografia
mais o desenvolvimento de raízes e penetração de
água.
Vertissolos
 Conhecidos como massapé, são solos compostos de
material mineral com cerca de 30% de argila.
 Ocorrem na Xona da Mata nordestina.
Processos para o empobrecimento do solo
Lixiviação
 Varredura dos nutrientes minerais leves pela adição de
água, favorecendo o processo de empobrecimento do
solo.
 Minerais hidrossolúveis, como sódio, potássio e o
cálcio são “levados”, aumentando a concentração
relativa e o afloramento de minerais mais pesados,
com o hidróxido de alumínio e o ferro.
 A concentração alta de ferro no solo pode ser
constatada por meio da cor avermelhada, aumento do
pH e pela diminuição da usa fertilidade.
Exploração intensiva
 O solo utilizado intensivamente, principalmente para
monocultura, sem técnicas de manejo adequadas,
tende a perder nutrientes, pois os vegetais consomem
do solo esses elementos.
Salinização
 Acumulação de sais solúveis de sódio, magnésio e
cálcio nos solos, reduzindo sua fertilidade.
 Acontece quando há excesso de evaporação da água
existente no solo, trazendo os sais das camadas mais
profundas para as camadas mais superficiais.
 O lançamento de sal nas estradas acometidas por neve,
de modo a torna-las transitáveis, e a exploração
excessiva de águas subterrâneas, contribuem para a
diminuição do nível dos lençóis freáticos.
Desertificação
 Degradação típica dos solos de regiões de clima
semiárido, resultante de diversos fatores, inclusive de
variações climáticas e de atividades humanas.
 Afeta cerca de 1/6 da população mundial e,
acrescentada à pobreza generalizada, caracteriza baixo
potencial de sustento para homens e animais.
 No Brasil, as áreas mais vulneráveis a esse processo
estão na região Nordeste e no norte de Minas.
Arenização
 Utilizada como sinônimo de desertificação
erroneamente.
 Processo em que são formados imensos areais, o que
acarreta o empobrecimento e o aumento da erosão,
provocados pelo desmatamento de áreas que são lugar
à agricultura e à pecuária, porém, nessas áreas não é
verificado a redução das chuvas como nas regiões
desertificadas.
Compactação
 Ocorre quando o solo é sujeito a uma pressão
mecânica devido ao uso de máquinas ou ao pisoteio
excessivo do gado, sendo muito difícil reverter a
compactação das camadas mais profundas.
 Reduz o espaço poroso entre as partículas do solo,
deteriorando a sua estrutura e, consequentemente,
dificultando a penetração e o desenvolvimento de
raízes, reduzindo a atividade biológica e a fertilidade, o
arejamento e a estabilidade do solo.
 As águas superficiais encontram dificuldades para se
infiltrar no solo, comprometendo a capacidade de
percolação e armazenamento, aumentando os riscos
de erosão e de cheias.
Erosão
 Fenômeno de desgaste da superfície que resulta na
modificação das formas de relevo.
 É de caráter exógeno e tende a rebaixar as formas de
relevo mediante o desgaste dos materiais rochosos.
 Pode ser natural ou intensificado pela ação humana,
como no desmatamento de matas ciliares para o
plantio de monoculturas, a retirada de cobertura
vegetal de áreas de encostas e a não utilização de
curvas de nível.
 Desgaste: degradação dos materiais das rochas
preexistentes.
 Transporte: arraste dos materiais arrancados na fase
de desgaste.
 Acumulação: deposição dos materiais transportados
em áreas de baixas latitudes.
Erosão hídrica
 Fluvial: rios promovem a escavação dos leitos pelo
turbilhonamento das águas e, ao longo do curso, os
rios formam vales, destroem rochas e promovem o
transporte de sedimentos.
 Pluvial: retirada e transporte de material da parte
superficial do solo pelas águas da chuva, sendo mais
intensa quando a água das chovas encontra o solo
desprovido de vegetação.
1. Laminar: quando a água corre uniformemente pela
superfície, transportando as partículas sem formar
canais definidos, causando grande prejuízos por
transportar grandes quantidades de sedimentos que
vão assorear os rios.
2. Ravinamento: causada pela concentração do
escoamento superficial.
3. Voçoroca: estágio avançado de degradação e ocorrem
em regiões de encostas ou em áreas de topografia mais
plana. Podem se tornar bastante profundas e, com
isso, atingir o nível freático.
 Marinha: realizada pelo movimento constante das
ondas, provocando a abrasão dos paredões rochosos
do litoral, com a formação das falésias.
 Glacial: as geleiras, quando degelam, acumula-se
sedimentos e o relevo é aplainado, formando vales
profundos em forma de “U” ou “V”.
 Eólica: causada pela destruição, em que o vento retira
e transporta as partículas mais finas das rochas, e, ao
lança-las, com violência, contra outras rochas, acaba
escavando-as (corrasão ou abrasão eólica) e também
pela acumulação, quando o vento diminui de
velocidade e deposita os materiais que carrega,
podendo esculpir arcos naturais ou formar desertos
pedregosos.
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Geografia
 Deslizamentos: movimentos gravitacionais de massa,
mobilizando sedimentos, solos e/ou rochas, que
ocorrem de modo brusco em decorrência de rupturas
nesses materiais, deixando uma cicatriz de geometria
plana ou ligeiramente côncava.
Preservação, conservação e correção dos solos
1. Curvas de nível: para que a infiltração da água seja
favorecida e o escoamento superficial dificultado,
evitando o desgaste prematuro do solo.
2. Terraceamento: constrói terrações em regiões de
topografias inclinadas como forma de evitar processos
erosivos nas áreas de encostas, utilizando
principalmente na rizicultura.
3. Rotação de cultura: para evitar adubação química e a
exaustão do solo, troca as culturas a cada novo plantio
de forma que as necessidades de adubação sejam
diferentes em cada ciclo, ou seja, alterando espécies
vegetais numa mesma área.
4. Adubação orgânica: constituem-se de resíduos de
origem vegetal, animal, com elevados teores de
componentes orgânicos, lignina, celulose,
carboidratos, lipídios e outros, para promover e
restaurar a harmonia entre os componentes biológicos
do solo.
5. Consórcio de culturas: plantio de diversas espécies
vegetais ou mesmo tempo em um terreno. Assim, a
diversidade diminui o risco de pragas ou de doenças.
6. A prática da policultura: cultivo de várias plantas numa
mesma área provoca a diminuição de praga, evitando
a utilização de agrotóxicos em excesso.
7. Plantio direto: plantação diretamente sobre os restos
da colheita anterior.
8. Calagem: adição de calcário a solos considerados
ácidos como forma de torna-los propensos à
agricultura.
Composição atmosférica
Estudo dos gases
Por que os gases não escapam?
 Os gases presentes no planeta praticamente não
conseguem se dissipar para o espaço exterior por
conta de alguns fatores, dentre os quais:
 Interação gravitacional entre os gases e o planeta.
 Campo geomagnético terrestre.
 Condições de temperatura e pressão planetárias.
Nosso planeta azul
 A aparência azulada da Terra pode ser atribuída a
fatores como:
 Dispersão da radiação solar: ao interagirem com os
gases da atmosfera, os fótons da radiação solar
difundem comprimentos de onda nas bandas do azul e
do violeta (dispersão de luz).
 Presença de ozônio (O3): as interações dos fótons com
as moléculas de ozônio interferem na deflexão da luz
nos comprimentos de onda na faixa do azul.
Elementos do tempo
Temperatura: estado de agitação molecular na atmosfera.
Precipitação: quantidade total de chuvas ou a queda de outros
meteoros similares formados por água (neve, granizo) ao longo
de um período (diário, mensal, anual).
Amplitude térmica: diferença entre a temperatura máxima e a
temperatura mínima ao longo de um período, geralmente
diário.
Umidade relativa: porcentagem do vapor de água em
suspensão na baixa troposfera.
Pressão atmosférica: volume da coluna de ar sobre uma região,
medido em hPa (hectopascal). A pressão atmosférica no nível
do mar é de 1.013,25 hPa ou 1 atm.
Zonas climáticas
Polares: entre os polos e os círculos polares, com temperaturas
negativas.
Temperadas: entre os círculos polares e os trópicos, com
temperaturas médias moderadas.
Tropical: entre os trópicos, com temperaturas elevadas.
Clima
 É a sucessão habitual do tempo meteorológico.
Principais fatores que influenciam no clima
1. Latitude: relacionada à inclinação terrestre e à
incidência da radiação solar em diferentes latitudes.
Esse fator também tem relação com as estações do
ano, e, portanto, com a translação.
2. Maritimidade e continentalidade: influência das
distâncias entre as áreas terrestres e marítimas. As
regiões mais próximas aos oceanos e mares recebem
mais influência da maritimidade. A regiões mais
distantes de oceanos e mares, e que também estejam
em extensas áreas terrestres são mais influenciadas
pela continentalidade.
3. Circulação atmosférica: diferenças de pressão, volume
e temperatura das massas de ar, correntes marinhas e
outros fenômenos de circulação.
4. Altitude: distância entre o nível do mar e as camadas
mais elevadas da troposfera. A cada 100m de altitude,
a temperatura diminui 0,65º C.
5. Biótico: influências da evapotranspiração e de outros
processos responsáveis pela emissão de gases e vapor
d’água por seres vivos.
6. Antrópico/antropogênico: influência das atividades
humanas.
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Geografia
Precipitações mais comuns no Brasil
Chuvas convectivas/de convecção: associadas à rápida
ascensão do ar quente e úmido, comum no verão em parte do
país.
Chuvas frontais: associadas ao contato entre massas de ar com
temperaturas e pressões diferentes
Fenômenos climáticos
Fronteiras
 As frentes são regiões de contato ou transição entre
massas de ar com propriedades diferentes
(temperaturas, pressão, volume etc.). A formação das
frentes ocorre quando há uma convergência entre
essas massas de ar.
A formação dessas fronteiras entre frentes pode ser percebida
através de algumas pistas:
Mudanças repentinas das temperaturas: em situações como a
da aproximação de uma frente fria em uma área que está com
temperaturas mais elevadas, ocasionando chuvas frontais e as
temperaturas podem cair rapidamente, por exemplo.
Movimento: deslocamento das massas de ar com propriedades
diferentes, como ocorre, por exemplo, com o ar mais frio e
denso se deslocando em direção e sentido contrário a uma
massa de ar quente e mais leve.
Inclinação: o deslocamento vertical, que pode variar de acordo
com as propriedades de pressão, temperatura e volume de cada
massa no período de choque.
As massas da atmosfera
 As massas de ar são porções da atmosfera terrestre
que possuem propriedades de pressão, volume e
temperatura distintas. Em função dos elementos do
tempo e de fatores do clima, as massas de ar podem
variar no comportamento.
Os principais tipos são:
 De ar quente
 De ar frio
 De ar úmido
 De ar seco
Massas de ar no Brasil
mEc: massa Equatorial continental
 Quente e instável.
 Originada na Amazônia Ocidental, atuando
praticamente em todas as regiões do país.
 Apesar de ser continental, é uma massa úmida, em
razão da presença de rios caudalosos e da intensa
evapotranspiração da massa vegetal da Floresta
Amazônica, que provocam chuvas abundantes e quase
diárias na região.
mEa: massa Equatorial atlântica
 É quente e úmida.
 Originária do Atlântico Norte.
mTc: massa Tropical continental
 É quente e seca.
 Barra o avança das frentes frias e de nuvens
responsáveis por chuvas, servindo como um bloqueio
atmosférico.
mTa: massa Tropical atlântica
 Origina no Oceano Atlântico.
 Atua na faixa litorânea do Nordeste ao Sul.
 É quente e úmida.
 Provoca as chuvas frontais de inverno no Nordeste
quando encontra a massa polar atlântica.
MPa: massa Polar atlântica
 Forma-se no Oceano Atlântico Sul.
 É fria e úmida, atuando no inverno.
 É responsável pelas ondas de frio no Centro-Sul do
país, podendo provocar geadas e neve no Sul.
Fenômenos climáticos
 Os fenômenos cíclicos El Niño e La Niña, gerados em
algumas áreas do Oceano Pacífico, contribuem para
influenciar periodicamente o clima terrestre.
El Niño
 Aquecimento anormal das águas das porções central e
leste do Oceano Pacífico, nas mediações da América do
Sul.
 Quando atual, ocorrem diversas mudanças no clima,
que se manifestam de várias maneiras pelo mundo,
como secas no sudeste asiático, invernos mais quentes
na América do Norte e temperaturas elevadas na costa
oeste de América do Sul.
 As médias em cada evento podem variar entre 0,5ºC e
10ºC de aumento nas temperaturas.
 Ocasiona a elevação e o deslocamento dos núcleos
tropicais de baixa pressão no Oceano Pacífico,
acarretando uma mudança drástica de direção e de
velocidade dos ventos em nível global, fazendo com
que as massas de ar mudem de comportamento em
várias regiões do planeta.
 Consequência: há alteração na distribuição de chuva,
nebulosidade, mudanças na temperatura de países
como Equador e Peru, além de secas na Amazônia
Oriental e no Nordeste do Brasil.
La Niña
 Resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico
Equatorial Central e Oriental.
 Quando ocorre, os ventos alísios ficam mais intensos
que a média.
Ciclones tropicais
 Movimentos turbilhonares do ar em larga escala
espacial, ao redor de centros de baixa pressão, por
vezes acompanhados de ventos muito rápidos,
formados sobre os oceanos.
 Ocorre devido a liberação de calor latente para o ar no
momento de condensação em condições de convecção
(processo muito intenso nas áreas tropicais).
 Quanto mais aquecidas forem as águas superficiais dos
oceanos, maior será a potência desses eventos.
 Durante o movimento de um ciclone, o nível do mar
pode subir de 3 a 8 metros, o que resulta em séries
danos a embarcações e a regiões litorâneas.
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Geografia
Furacões
 Origina-se, geralmente, devido a um distúrbio tropical
com ventos relativamente fracos, com uma fraca área
de baixa pressão, muita nebulosidade a alguma
precipitação.
 São formados quando ocorre o aquecimento do
oceano acima de 26oC, afetando o processo natural de
evaporação.
 O ar que está acima dessas superfícies absorve o vapor
d’água, tornando-se mais quente e úmido. Com a
temperatura mais elevada, o ar tende a subir,
formando uma coluna de baixa pressão atmosférica
em volta da qual se inicia uma corrente de ventos.
 Com a subida de ar quente, o vapor d’água também
sobe, o que forma nuvens com chuvas. Se os ventos
que estão em torno da coluna de ar quente atingirem
maior velocidade (em torno de 130 km/h), a pressão
atmosférica dentro da coluna cairá rapidamente,
formando o olho do furacão.
Tornados
 Fenômeno que se origina na base de nuvens do tipo
Cumulum Nimbus, estendendo-se até o solo com uma
intensa coluna de ar giratória e normalmente visível
como uma nuvem funil.
 São formados sobre o ambiente terrestre e, a grande
velocidade associada à baixa pressão em seu interior,
causa uma forte sucção, que é responsável por uma
série de danos materiais e humanos.
Climas
Tropical
 Alternância entre uma estação chuvosa e outra seca,
com chuvas no verão.
 Clima quente, com temperatura média do mês mais
frio > 18 ºC.
 Inverno pouco definido ou ausente.
 Forte precipitação anual (superior à evapotranspiração
potencial anual).
Equatorial
 Possui as maiores médias térmicas anuais do planeta,
devido à intensidade de insolação que as baixas
latitudes recebem.
 Pequena amplitude térmica anual.
 Possuem grande quantidade de chuva resultante do
mecanismo da convecção dos ventos alísios.
 Massas de ar quentes e úmidas.
Árido
 Climas secos (precipitação anual inferior a 500 mm).
 Evapotranspiração potencial anual superior à
precipitação anual).
 Não existem cursos d’água permanentes.
Semiárido
 Baixas precipitações.
 Apresentam elevadas amplitudes térmicas anuais.
Desértico
 Carência de chuvas.
 Amplitudes térmicas diárias mais elevadas do que as
anuais, pois a perda de calor noturna é elevadíssima
por causa da baixa umidade do ar, fazendo a
temperatura baixar muito em relação às altas
temperaturas diurnas.
Temperado ou Temperado Quente ou Subtropical
 Climas mesotérmicos.
 Temperatura média do ar nos três meses mais frios
entre -3 ºC e 18 ºC.
 Temperatura média do mês mais quente maior que 10
ºC.
 Estações de verão e inverno bem definidas.
 Os efeitos da maritimidade e da continentalidade
podem atenuar ou acentuar as amplitudes térmicas.
Mediterrâneo
 Verões quentes e secos e invernos amenos e chuvosos.
Subtropical
 Área de transição entre os climas das Zonas
temperadas e tropical.
 Apresentam altas temperaturas no verão e inverno
ameno, controlado pela atuação das massas de ar
polares.
 Com chuvas bem distribuídas, não ocorrendo estação
seca.
Continental ou Temperado Frio
 Climas microtérmicos.
 Temperatura média do ar nos três meses mais frios
menor que -3 ºC.
 Temperatura média do ar no mês mais quente maior
que 10 ºC.
 Estações de verão e inverno bem definidas.
Glacial
 Climas polares e de alta montanha.
 Temperatura média do ar no mês mais quente menor
que 10 ºC Verão pouco definido ou ausente.
Relatório sobre mudanças climáticas
ECO – 92
 Foi estabelecido datas para a avaliação do controle da
emissão de gases causadores do efeito estufa.
 Protocolo de Kyoto: estabelece prazos para a redução
dos patamares de emissão de gases poluentes na
atmosfera, porém, os países mais poluidores não
aderiram.
 Apesar disso, com grande adesão dos países
signatários, há registros de redução nas emissões de
gases em escala mundial, fruto também da evolução da
tecnologia nos processos produtivos.
Intensificação do efeito estufa
 O efeito estufa é indispensável para a vida humana na
terra. Esse fenômeno decorre da ação bloqueadora
dos gases da atmosfera sobre o calor emitido pela
superfície terrestre, possibilitando a manutenção da
temperatura da Terra.
 Ele foi m fator determinante para a expansão da vida,
pois consegue gerar, pela retenção de calor, uma
média térmica vital para as diversas espécies que
habitam a Terra.
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Geografia
 Quando os raios solares são absorvidos pela superfície
do planeta, parte deles é liberado como irradiação
infravermelha. Alguns gases presentes na atmosfera,
como metano e gás carbônico, aprisionam esses raios,
mantendo, assim, a temperatura do ambiente em
valores que propiciam a vida.
 Aquecimento global: deriva de um aumento da
temperatura da Terra em decorrência da intensificação
do efeito estufa.
Rarefação da camada de ozônio
 A decomposição do ozônio absorve a radiação solar
ultravioleta, que ajuda a proteger a Terra de danos
produzidos pela radiação, pois rompe as ligações C-H
nos compostos orgânicos.
 Os CFCs (clorofluorcarbonetos), usados em aerossóis,
em líquido de refrigeração de geladeiras e de ar
condicionados, são fases nocivos ao ozônio, visto que
os CFCs não se dissolvem na água e sobem para a
estratosfera, onde se dissociam e formam átomos de
cloro.
 Esses compostos contribuem também para a
intensificação do efeito estufa, por absorverem as
radiações infravermelhas que deveriam retornar ao
espaço.
Impactos do aquecimento global nos oceanos
Crédito de carbono
 Pelo acordo firmado em Kyoto, os países ricos vão
dispor de uma cota de emissão de gases estufa, e o gás
terá sua emissão controlada.
 Se excederem esse limite, terão de patrocinar projetos
de despoluição em países em desenvolvimento.
Como é possível retirar o carbono do ar?
1. Camadas de carvão: nos depósitos de carvão
localizados em grandes profundidades, o gás pode ser
armazenado. Isso pode ser economicamente lucrativo,
já que no processo de injeção de CO2 o carvão libera o
gás natura, que pode ser comercializado.
2. Campos de petróleo: poços, em fim de produção, já
rotineiramente recebem injeção de CO2 para, por meio
dessa pressão, terem seu potencial de extração
aumentado.
3. Aquíferos salinos: grandes mantos de água salobra,
imprópria para consumo, podem ser uma alternativa
para a estocagem de grande quantidade de carbono.
Intensificação da chuva ácida
 As chuvas são naturalmente ácidas devido à presença
de CO2 no ar atmosférico. Porém, com a intensificação
do lançamento na atmosfera de dióxidos de nitrogênio
e enxofre por ação da queima de combustíveis fósseis,
as precipitações têm se tornado cada vez mais
agressivas ao ambiente, em razão do aumento da
acidez.
 A colocação de conversores catalíticos nas chaminés de
indústrias e nos canos de descargas dos veículos
automotores e, principalmente, a utilização de fontes
mais limpas de energia figuram como alternativas para
se amenizar o problema.
Desertificação
 Corresponde à redução da vegetação e da capacidade
produtiva do solo, causada pelas variabilidades
climáticas e pela ação antrópica.
 Áreas suscetíveis a esse processo são aquelas de clima
árido, semiárido e subúmido.
 O corte indiscriminado de madeiras para a produção de
carvão e lenha, a inexistência de técnicas agrícolas
adequadas e o assoreamento correspondem a agentes
causadores e potencializadores do processo.
Desmatamento
 A grande exploração madeireira e a expansão
agropecuária têm sido responsáveis pela intensificação
do desmatamento nos últimos anos.
 Como importantes causadores estão o crescimento
das cidades, a construção de estradas e de hidrelétricas
e a prospecção mineral.
 Os desmatamentos e as queimadas reduzem a
vegetação rasteira, deixando o solo exposto e lançando
na atmosfera grandes quantidades de CO2 e, além
disso, o fogo consome nutrientes do solo, e a chuva
carrega seus componentes superficiais, contribuindo,
dessa forma, para o seu empobrecimento.
 Os oceanos funcionam como sequestradores de
carbono, assim como as florestas. O CO2, ao interagir
com os oceanos, é transformado em gás carbônico,
aumento a acidez das águas.
 Tem sido verificada uma acelerada acidificação desses
ambientes nos últimos anos devido ao aumento das
emissões de CO2 pela queima de combustíveis fósseis.
 Os efeitos da grande acidez serão a dificuldade de
respiração e reprodução de algumas espécies
marinhas, o que pode afetar a indústria de pescadores,
impactando a economia e milhões de pessoas que
dependem dessa prática, além da redução
considerável dos recifes de corais.
 A grande emissão de materiais oriundos de rejeito
industrial e domésticos ricos em nutrientes favorece a
proliferação de algas que, em níveis muito elevados,
podem desestruturar a vida oceânica. Ao passo que se
desenvolvem rapidamente, a competição leva à morte
das algas, que, em estágio de decomposição,
favorecem o aumento das bactérias que exigem muito
oxigênio do ambiente. Com a intensa disputa pelo
oxigênio, pode existir uma queda de biodiversidade e
gerar as chamas “zonas mortas” nos oceanos e mares.
 Algas em grandes quantidades levam à diminuição dos
corais, pois bloqueiam a luz solar essencial para a
manutenção e desenvolvimento dos recifes.
 A maré vermelha, gerada pelo desenvolvimento
rápido e descontrolado de algas vermelhas em regiões
próximas ao litoral (mangues e pântanos), degrada a
vida nessas áreas.
 O branqueamento de alguns recifes de corais é devido
ao bloqueio da luz pelas algas e a acidificação das águas
pelos CO2, como na grande barreira da Austrália.
 Os corais são importantes para reserva de alimento
marinho, abrigo para espécies diversas (cerca de 25%
da vida marinha), além de representarem um atrativo
fator turístico.
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Geografia
Coluna de gases
 A atmosfera terrestre possui diferentes gases em sua
composição, com estrutura e altura variáveis, que
acabam por ser divididas em camadas.
Principais gases: nitrogênio (N2): 78%; oxigênio (O2): 20,9%;
Argônio (Ar): 0,9%
Impacto ambiental e suas consequências
Poluição atmosférica
 Podem ser prejudiciais para a atmosfera, pois podem,
inclusive, alterar sua composição.
 Gases de combustíveis.
 Processos industriais.
 Incineração.
 Substâncias voláteis. Podem ser prejudiciais às formas
de vida.
Ozônio (alterações)
 Naturalmente, O3 é formado a partir da radiação solar.
CFCs: podem interromper processo.
Inversão térmica
 Concentração de ar frio perto do solo. Chuva ácida pH
< 7,0 (acidez).
Ilhas de calor
 Aumento de temperatura do ar em áreas sem
cobertura natural.
Efeito estufa
 Concentração de poluentes: retém parte da radiação
infravermelha.
 Uma parte da radiação que atinge a superfície terrestre
consegue permanecer por conta da presença de alguns
gases.
 Parte da radiação não é perdida para o espaço,
contribuindo para as características atuais de
temperatura terrestre.
 Processo natural: importante para a manutenção da
vida como conhecemos.
 Efeitos negativos: a interferência humana na
atmosfera tem sido apontada como responsável pelo
aumento anormal das temperaturas nas últimas
décadas.
 CO2 > CFCs > N2O > CH4.
Atmosfera
 Concentra a maioria dos gases segurados pela
gravidade, pelo campo magnético e pela temperatura.
Camadas
1. Troposfera: em que acontecem os principais
fenômenos atmosféricos ligados ao clima e ao tempo.
2. Estratosfera: apresenta concentração elevada de
ozônio, gás que absorve grande parte dos raios
ultravioletas enviados pelo Sol.
3. Mesosfera: é a camada mais fria, sem nuvens nem
gases para absorver a energia do Sol.
4. Termosfera: apresenta íons resultantes da baixa
densidade do ar e da intensidade da radiação solar,
sendo também chamada de ianosfera, e é onde que se
produzem as auroras boreais e austrais, além de ser
onde transitam os satélites.
5. Exosfera: densidade extraordinariamente baixa do ar.
Hidrografia
 Dos 3% de água doce restante: apenas 21% estão
disponíveis para consumo.
 Água doce não disponível (em geleiras, glaciares e
outros lugares de difícil acesso): 79%.
 A agricultura é a que mais consome água.
Mares: aberto, continental, com pequenas saídas para os
oceanos e fechado.
Poluição hídrica
 Lançamento de efluentes (indústrias, residências,
comércio).
 Uso de pesticidas e fertilizantes.
 Radiação (vazamentos de material radioativo).
 Resíduos (lixo).
 Atividade marítima (navegação).
Conceitos
 Rio de planície: rios mais calmos, favoráveis a
navegação, pesca e irrigação.
 Rio de planalto: potencial hidrelétrico.
 Regime do rio: pluvial, ou seja, com volume de chuva
suficiente, nival, com derretimento das geleiras, ou
misto.
 Partes do rio: leito, a superfície do rio, a margem, que
é as laterais e a talvegue, a parte mais profunda.
 Perene: não seca.
 Intermitente: em algum período, o rio seca.
 Endorréico: corre para dentro do continente,
desaguando em outro rio, ou em um lago.
 Exorréico: desaguam no próprio oceano.
Bacias hidrográficas
Amazônica
 Maior do mundo (em volume de águas). Influenciada
pela grande quantidade de chuvas.
 Área de drenagem: cerca de 60%.
Tocantins Araguaia
 Drenagem alimentada por nascentes nas chapadas do
Brasil Central.
 Ilha do Bananal: maior ilha fluvial do mundo.
 Grandes projetos energéticos (Tucuruí e Belo Monte,
por exemplo).
São Francisco
 Área de drenagem em MG e Estados do Nordeste.
 Drenagem perene e exorreica (a foz fica entre os
Estados de Sergipe e Alagoas, no Oceano Atlântico).
 Ligado à interiorização do país.
 Recentes projetos de transposição.
Paraná
 Rios de planalto (formam-se nas serras).
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Geografia
 Densa ocupação e povoamento (navegação,
urbanização, agropecuária).
Paraguai
 Rios de planície.
 Influência da sazonalidade das chuvas.
Uruguai
 Brasil, Uruguai e Argentina.
 Subtropical.
Vegetação
Grau de umidade
1. Halófitas: ambientes salgados.
2. Xerófitas: climas áridos ou semi áridos.
3. Higrófilas: ambientes úmidos.
4. Hidrófitas: dentro d’água.
Formação
1. Arbórea: árvores de grande porte.
2. Herbácea: vegetação de campos.
3. Litorânea: submetida à ação do mar.
4. Arbustiva: árvores de pequeno e médio porte.
5. Desértica: vegetação descontínua.
Folhas
1. Caducifólias: as folhas caem em determinada estação.
2. Perenifólias: sempre com folhas.
3. Aciculifoliadas: forma de ponta.
4. Latifoliadas: com folhas largas.
Formações vegetais no brasil
 Florestais/arbóreas.
 Arbustivas/herbáceas.
 Complexas.
Biomas tropicais
Florestas Tropicais e Equatoriais
 A área de ocorrência é delimitada pelos dois trópicos e
é atravessada pelo Equador, determinando, portanto,
altas temperaturas e grande pluviosidade,
 São heterogêneas, perenes, higrófilas, latifoliadas e
heliófilas, com a existência de ombrófilas nas áreas de
formação mais densas.
 É onde encontra-se a maior biodiversidade da Terra.
 Nas áreas mais próximas ao Equador, as florestas são
mais fechadas e densas, com árvores de vários estratos
entrelaçadas com cipós.
 Exemplo: Floresta Amazônica, Floresta do Congo
(África) e a Floresta da Indonésia (Ásia).
 Mais afastadas do Equador, recebem menor
quantidade de calor e de chuva e, por isso, são menos
exuberantes.
 Ocupavam grande parte da faixa tropical da América
do Sul, da América Central, do norte da Austrália e do
Sudeste Asiático. Porém, são as mais devastadas pela
facilidade de penetração do homem.
 Os solos são profundos devido ao intemperismo
intenso, porém, a alta pluviosidade provoca lixiviação
e a perda de grande parte dos nutrientes.
Biomas das Savanas
 Caracterizadas por uma pequena quantidade de
árvores ou de arbustos dispersos.
 Os arbustos são quase sempre espinhosos, e as árvores
são, na sua maioria, de folha caduca, com troncos
resistentes e revestidos de casca espessa.
 As raízes são profundas e ramificadas, a fim de
poderem captar o máximo de água em profundos
lençóis freáticos.
 Desenvolvem-se em regiões de alta temperatura, com
marcada diferença entre as estações secas e úmidas.
 As tropicais cobrem áreas extensas na América do Sul,
África e Austrália setentrional.
Biomas das regiões temperadas
 Localizam-se em latitudes médias, entre os trópicos e
os círculos polares.
 Apresentam grande extensões no Hemisfério Norte, ao
contrário do que ocorre no Sul.
Floresta de coníferas
 Surgem nas proximidades dos 50o de latitude até as
proximidades do Círculo Polar, predominantes no
Canadá e na Eurásia, sendo quase inexistente no
Hemisfério Sul.
 Clima com verões curtos e intensa queda de neve.
 O desenvolvimento da diversidade biológica é restrito,
formando uma vegetação homogênea com baixa
diversidade.
 São florestas sempre verdes (perenifólias) e possuem
adaptações para ambientes de inverno longo.
 Folhas acicufoliadas, solo podzol de coloração clara e
pouco favorável à agricultura.
Florestas Temperadas
 Características das zonas temperadas úmidas.
 Abrangem o oeste e o centro da Europa, leste da Ásia
(Coreia, Japão e partes da China) e o leste dos EUA,
áreas densamente povoadas, tornando o bioma
vulnerável ao intenso desmatamento.
 Latitude de 40o, na qual ocorre o clima temperado,
com chuvas bem distribuídas durante o ano.
 O solo é muito rico em nutrientes devido ao processo
natural de decomposição das folhas, principalmente.
 Acumula-se matéria orgânica nos primeiros horizontes
do solo, possuindo cor mais escura.
 Devido à queda das suas folhas no período de inverso,
também são chamadas de Florestas Caducifólias.
Biomas das Estepes e das Pradarias
 Vegetação constituída principalmente de plantas
herbáceas, havendo poucos arbustos e quase
inexistindo vegetação de porte arbóreo.
 Encontrada nas planícies centrais dos EUA e no centro-
sul do Canadá.
 As chuvas são menos abundantes que nas florestas,
porém mais do que nos desertos, estando sujeita a
períodos de estiagem prolongados.
 O estresse hídrico dificulta a transpiração das plantas,
deixando o ar mais seco.
 Os solos são geralmente secos, há pouca drenagem e a
água disponível é insuficiente para sustentar o bioma.
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Geografia
 A pouca lixiviação favorece a formação de um solo
castanho-escuro favorável ao desenvolvimento de
culturas.
 Estepes: compõem um tipo de vegetação formada por
herbáceas predominantes nas planícies da Rússia, da
Hungria e da Ucrânia, com solo de grande fertilidade
(tchernozion).
 Pampas Platinos: surgem na porção central da
Argentina, do Uruguai e no sudoeste do RGS.
Vegetação mediterrânea
 Formada por bosques de árvores esclerófilas (duras) e
de arbustos, apresentando uma formação aberta.
 Localiza-se em regiões de clima com verões quentes e
secos e invernos amenos e chuvosos.
 Surge ao sul da Europa, nos extremos norte e sul da
África, oeste da América do Norte e ao sul da Austrália.
 A vegetação é bastante variada e nela predominam
arbustos, moitas altas e baixas.
Biomas das regiões áridas e semiáridas
Desertos
 Nas grandes faixas de altas pressões subtropicais,
predominam um clima quente e muito seco: o
desértico quente.
 A enorme acidez é a característica principal do bioma.
 A falta de umidade no ar provoca uma grande
amplitude térmica, com temperaturas próximas aos
45oC durante o dia e -2oC durante a noite.
 O solo é composto principalmente de areia, que forma
dunas – é originado pela ação de grande intemperismo
físico, revelando paisagens típicas, de solos rochosos,
com desenvolvimento reduzido e vegetação seca.
 Quando há o afloramento de lençóis subterrâneos,
surgem os oásis (manchas férteis no meio do deserto,
muito utilizadas para o cultivo de alimento).
 Sudoeste dos EUA, norte do México e a Península
Arábica no Hemisfério Norte, e no Hemisfério Sul está
a Patagônia e a Atacama na América do Sul e o Kalahari
na África, além de grande parte do território
australiano.
 A vegetação apresenta-se em grupos, espaçadas e
composta por poucos arbustos xerofíticos,
extremamente adaptados para conservação da pouca
umidade disponível.
Semidesertos
 Vegetação também chamada de semiárida, representa
a transição entre as savanas e os desertos.
 Há predominância de vegetação rasteira, que não
chega a cobrir todo o solo.
Biomas das Zonas Polares e de Altas Montanhas
Tundra Ártica
 Surge no sul da região dos gelos polares do Ártico,
entre os 60o e os 75o de latitude Norte, estendendo-se
pela Sibéria, Alasca, Canadá e Groenlândia.
 Situada próximo ao Polo Norte, no Círculo Polar Ártico,
essa região possui pouca luminosidade e baixa
pluviosidade, apresentando um clima polar, frio e seco.
 O solo permanece congelado e coberto de neve
durante a maior parte do ano (permafrostII).
 Em algumas áreas desenvolvem-se pequenos arbustos,
musgos e líquens, pois o inverno longo e a duração
muito curta do dia não favorecem a existência de um
bioma heterogêneo.
Altas montanhas
 O fator climático caracterizado é a altitude. Assim, em
plena zona tropical, encontramos neve em montanhas
altas, como na parte central da Cordilheira dos Andes.
 Possui um clima muito frio, com temperaturas de 10oC
a 15oC no verão e abaixo de zero no inverno.
 Aparece nas grandes cadeias montanhosas, como os
Andes e os Alpes.
 A cobertura vegetal é composta, predominantemente,
de um estrato herbáceo, porém, acima de 3000m não
há cobertura vegetal.
 Conforme a altitude aumenta, encontra-se a Floresta
Temperada, a Floresta de coníferas e os Campos
Alpinos.
Ecossistemas brasileiros
 O Brasil concentra 23% de todas as espécies vegetais
do planeta.
Formações florestais
Amazônica
 Abrange a Bolívia, a Guiana, a Venezuela, o Peru, a
Colômbia, o Equador, a Guiana Francesa e o Brasil.
 Clima equatorial úmido, com padrões térmicos e
pluviométricos extremos (altas temperaturas e
elevado índice pluviométrico, com chuvas bem
distribuídas ao longo do ano).
 Latifoliada: folhas largas e grandes.
 Higrófita: vegetação adaptada à presença de elevada
umidade e pluviosidade.
 Perene: tem folhagens durante todo o ano, sem
períodos de queda de folhas.
 Ombrófila: desenvolvida em climas chuvosos.
 Heterogênea: elevada diversidade vegetal.
1. Mata de igapó: localiza-se em terrenos alagados
permanentemente, próximo aos rios. Com espécies de
menor porte e, por isso, é uma mata de difícil acesso
devido à incidência de árvores baixas que não superam
20 metros de altura.
2. Mata de várzea: em áreas um pouco mais elevadas,
sujeita às inundações periódicas, com árvores de
alturas de 25 a 30 metros.
3. Mata de terra firme: floresta densa e de grande porte
arbóreo, desenvolvendo em áreas que não estão
sujeitas a inundações por estarem situadas em relevos
mais elevados. Nessa área não se desenvolve grande
quantidade de plantas rasteiras, porque as folhas das
copas entrelaçam-se, impedindo a penetração da luz.
 A hidrografia amazônica é riquíssima, com rios
volumosos e perenes que também apresentam
igarapés (com vegetações de até 20m, muitos
arbustos, cipós e raízes). Alguns secam durante o
período de estiagem, dando origem as praias arenosas.
 O solo amazônico é bastante pobre, contendo apenas
uma fina camada de nutrientes. No entanto, a flora e a
fauna mantêm-se em virtude do estado de clímax
atingido pelo ecossistema.
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Geografia
 A manutenção da flora se dá por meio da formação, no
solo, de uma camada de decomposição de folhas,
galhos e animais, rapidamente convertidos em
nutrientes e aproveitados antes da lixiviação.
Problemas ambientais do ecossistema amazônico
Desmatamento
 Cerca de 15% da floresta já foi devastada pelo
desmatamento.
 Apesar de seu solo ser considerado pobre, a atividade
agrícola e a pecuária destruíram, por derrubada e
queimada, mais de 320 000 km2 da Amazônia Legal.
 Os garimpos de outro e estanho, no Pará, Rondônia,
norte do Mato Grosso e no Amapá, abriram enormes
clareias na floresta e poluíram os rios.
 A construção de usinas hidrelétricas com imensos lagos
provocou o desaparecimento de grandes áreas de
mata nativa.
Biopirataria
 Para alertar a comunidade internacional sobre o fato
que os recursos biológicos e conhecimentos indígenas
estavam sendo apropriados e parenteados por
empresas multinacionais e instituições científicas.
 As comunidades que, durante séculos usaram esses
recursos e geraram esses conhecimentos não estavam
participando dos lucros.
 Assim, é um envio ilegal de elementos da fauna e da
flora de um determinado país para o exterior com fins
industriais ou medicinais, sem que haja pagamento por
isso.
 Concentra-se na Amazônia, na Caatinga, no Pantanal e
na Mata Atlântica.
Queimadas
 O fogo é utilizado para limpar o terreno e prepara-lo
para a atividade agropecuária ou para controlar o
desenvolvimento de plantas invasoras.
 Normalmente, as queimas são realizadas no final da
estação seca, quando é obtido o maior volume de
cinzas e quando a vegetação está mais vulnerável ao
fogo.
 Provoca a extinção de espécies nativas, com grandes
prejuízos à biodiversidade.
 São responsáveis pela emissão de gases estufas, como
o gás carbônico.
Garimpo e extração mineral
 Essa atividade funciona, frequentemente, com
infraestrutura precária, agredindo o meio ambiente e
liberando grandes quantidades de mercúrio nos rios,
no ar e no solo.
Mata Atlântica
 Cobria grande faixa do Brasil próxima ao litoral (norte
do RS até RN).
 O grande desmatamento resultou no desaparecimento
da maior parte do ecossistema, restando apenas
algumas manchas.
 Os solos estão expostos a grande umidade e sujeitos ao
intemperismo químico, responsável pelo desgaste das
matérias orgânicas e dos sais minerais.
 Características semelhantes à floresta amazônica
 Antropismo: redução da área original.
Mata dos Pinhais/Floresta de Araucárias
 Está presente desde o sul do Estado de São Paulo até o
norte do RGS.
 Aberta.
 Aciculifoliada: as folhas das árvores possuem formato
semelhante ao de agulhas.
 Solos de boa fertilidade (latossolos e terra roxa).
 Mais homogênea: não possui a mesma diversidade de
áreas como a Mata Atlântica ou a Amazônia.
 Ameaçada de extinção, sofrendo grande
desmatamento pela agricultura (soja e trigo) e pela
exploração predatória de madeira por indústrias
moveleiras e de celulose.
Mata de Cocais
 Transição entre os domínios da Amazônia, e da
Caatinga, além de áreas de transição com o Cerrado.
 Espécies como o babaçu, a carnaúba, o buriti e a
oiticica são característicos.
 Tem grande importância regional, tendo em vista que
sua economia está baseada no extrativismo vegetal.
Matas ciliares/galeria
 Vegetação que ocupa margens dos cursos d’água.
 O nome ciliar faz analogia aos cílios, que protegem os
olhos.
 A densidade e a diversidade da vegetação estão
associadas aos ricos solos das margens dos cursos
d’água.
Formações arbustivas e herbáceas
 Pluviosidade e porte arbóreo.
 As formações arbustivas e herbáceas estão associadas,
além de outros fatores, à menores taxas de
pluviosidade e menor porte arbóreo.
Cerrado
 Segundo ecossistema mais extenso do país,
correspondendo as Savanas.
 Clima tropical com duas estações bem definidas – uma
seca, o inverno e a outra úmida, o verão.
 Vegetação herbáceo-arbustiva.
 Apesar de parecer pobre, tem grandes diversidades
florísticas e faunísticas.
 Solos ácidos e pobre em sais minerais apresentam
elevado potencial agrícola se corrigidos com calagem e
adubação.
 Troncos e galhos retorcidos Troncos e galhos
retorcidos.
 Diferentes níveis/portes arbóreos: campo limpo,
campo sujo, campo cerrado, cerradinho, cerradão.
Caatinga
 Sertão do Nordeste e partes de MG (norte do Estado).
 Menores índices pluviométricos do país: entre 500 mm
e 1000 mm/ano.
 Temperaturas elevadas: médias acima de 25ºC, com
clima semiárido.
 Vegetação com porte arbóreo e arbustivo, com
vegetação caducifólia, plantas xerófilas, folhas
atrofiadas, caules grossos e raízes profundas, devido
aos rigores hídricos.
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Geografia
 Densamente povoado.
 Problemas socioambientais: redução da vazão,
irrigação em grandes propriedades, transposição de
rios como o São Francisco.
Campos
 Aparecem em todos os ecossistemas brasileiros, sendo
mais extensa na região Sul do país.
 Formação arbustiva: gramíneas e arbustos.
 Associada à topografia: acompanhando o relevo de
áreas como as colinas da Campanha gaúcha, por
exemplo.
 Prática de pecuária extensiva, ou seja, com pisoteio do
gado que provoca arenização no solo.
 Problemas socioambientais: erosão e assoreamento.
Formações complexas
 Ecótonos.
 As formações complexas possuem faixas de transição
entre diferentes biomas, pois podem conter espécies
de diferentes formações vegetais.
Pantanal
 Brasil, Paraguai e Bolívia.
 Apresenta áreas mais baixas e alagadas,
desenvolvendo gramíneas, apresenta várzeas
inundáveis, desenvolvendo vegetação arbustiva e
arbórea médio porte e apresenta áreas mais altas do
relevo, libres da inundação periódica do Rio Paraguai,
com a presença de palmáceas.
 A agropecuária, o garimpo e a construção de rodovias
e hidrovias são os impactos sofridos.
 Planícies extensas e inundáveis no centro do
continente. Altitude média de 200 m.
 Troncos e galhos retorcidos.
 Presença de vários corpos d’água.
Mangues
 Compõe as formações vegetais típicas das áreas
litorâneas tropicais e subtropicais, compondo um
ecossistema de transição entre os ambientes
terrestres e aquáticos, sujeito ao regime das marés.
 Vegetação de linha costeira em quase todo o Brasil,
com raízes pneumáticas, ou seja, adaptadas para as
trocas gasosas com o ambiente.
 Halófitas: adaptadas às condições ambientais da
maritimidade (salinidade e baixo nível de oxigênio, por
exemplo).
 Temperaturas elevadas: médias acima de 25ºC.
 Área importante para a reprodução e alimentação da
fauna marinha.
 Degradação ambiental: ocupação urbana, lançamento
de esgoto e resíduos urbanos, empreendimentos
imobiliários, falta de fiscalização governamental.
Desmatamento
 Grandes áreas naturais do planeta acabaram por ser
destruídas para dar lugar às atividades do cotidiano
moderno das sociedades humanas.
 Rápida interiorização e expansão dos eixos
populacionais.
Causas e consequências dos modos de ocupação
 Extinções em massa e perda de biodiversidade.
 Queimadas e derrubadas de áreas florestais. o
Agropecuária.
 Mineração.
 Silvicultura.
 Processos erosivos.
 Poluição do ar, hídrica e dos solos.
 Grandes projetos. Hidroelétricas.
 Mineração.
 Especulação imobiliária.
 Turismo predatório.
Biodiversidade e devastação: vegetação
Conceito de biodiversidade
 Após a ECO – 92, Conferência Mundial para o Meio
Ambiente e Desenvolvimento, no RJ, em 1992, a
biodiversidade foi reconhecida como o mais
importante patrimônio da humanidade.
 Significa grande variedade de organismos vivos de
todas as origens, compreendendo os ecossistemas
terrestres, aquáticos e os complexos ecológicos.
 Para classificar a biodiversidade de uma área, são
levadas em consideração:
1. A genética: a variação dos genes dentro das próprias
espécies.
2. As espécies: a variedade de espécies existentes em
uma determinada região ou bioma.
3. A diversidade de ecossistemas: diz respeito ao
número de diferentes tipos de vegetação, paisagens e
biomas.
 O desmatamento é um dos grandes responsáveis pela
degradação ambiental e é intenso, principalmente em
país mais desenvolvidos ou em desenvolvimento.
 As áreas são derrubadas por madeireiras, pelo
processo de urbanização, ou são eliminadas por
queimadas promovidas por agricultores e pecuaristas.
 Essas práticas são responsáveis pela extinção de várias
espécies vegetais e animais.
 A devastação inibe a atividade extrativa vegetal e
aumenta a possibilidade de incidência de pragas e
doenças, pois reduz o equilíbrio e a estabilidade entre
os ecossistemas ao provocar alteração na cadeia
alimentar.
 A vegetação atua no processo de captura do carbono
presente na atmosfera, reduzindo a intensidade do
efeito estufa. Além disso, o desmatamento deixa os
solos expostos, favorecendo o aumento da irradiação
de calor para o ambiente.
 A ausência de cobertura vegetal também acarreta uma
redução das taxas de evapotranspiração, diminuindo a
quantidade de água para a atmosfera, o que pode
resultar em menores índices pluviométricos na região.
ECO – 92 e a Convenção da biodiversidade
 A Convenção foi um acordo aprovado por 156 países e
sancionado pelo Congresso Nacional Brasileiro,
entrando em vigor em 1993.
 Os objetivos eram a conservação da biodiversidade, o
uso sustentável de seus componentes e a divisão
equitativa e justa dos benefícios gerados com a
utilização de recursos genéticos, destacando o
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Geografia
protocolo de biossegurança, que permitiu que os
países deixassem de importar produtos contendo
organismos geneticamente modificados.
 Também foi elaborado medidas destinadas à
preservação da flora e da fauna. Dos 175 signatários da
Agenda 21, 168 confirmaram sua posição de respeitar
a Convenção, implantando ações de combate à
pirataria de espécies e o pagamento de royalties a
países fornecedores de matéria-prima biológica
utilizada nas pesquisas.
 O Brasil é o país de maior diversidade do planeta,
reunindo quase 12% de toda vida do planeta.
Os países megadiversos
 É o termo usado para designar os países mais ricos em
biodiversidade do mundo.
 O número de plantas endêmicas, aquelas que só
existem em determinada região, é o principal critério.
Outros são o número total de mamíferos, pássaros,
répteis e anfíbios.
 O Brasil possui 7 biomas, entre os quais estão a maior
planície inundável (Pantanal) e a maior floresta tropical
úmida do mundo (Amazônia).
A degradação dos biomas brasileiros
 A expansão urbana, a exploração econômica
predatória da vegetação nativa e a substituição da
cobertura vegetal em função do crescimento da
agropecuária provocaram grandes devastações na
cobertura vegetal brasileira, que reduziu a 60% da área
original.
Amazônia
 A pecuária, a utilização das queimadas para atender ao
avanço da agricultura e o desmatamento para
madeiras são as principais causas da destruição das
florestas, que também sofre devastação em razão da
atividade mineradora.
 A porção sul é a mais atingida, denominada “arco do
desmatamento”.
 O “Arco do desmatamento” designa uma ampla faixa
do território brasileiro paralela às fronteiras das
macrorregiões Norte e Centro-Oeste, onde há a
transição entre o Cerrado e a Floresta Amazônica.
 É a área das frentes pioneiras de ocupação
agropecuária, processo que ocasionou a destruição de
milhares de quilômetros de vegetação para dar lugar
aos pastos e às áreas de culturas comerciais, como
soja, arroz e milho.
 Inicia-se no sul do Pará, percorre todo o norte do
Tocantins e do Mato Grosso, penetra em Rondônia e
termina no Acre.
 Essa é a área onde se identifica o maior número de
queimadas. Além disso, recebeu investimentos do
governo para a abertura de estradas, de modo a
integrar a região amazônica com as outras regiões do
país, o que deu origem à ocupação predatória.
Cerrado
 Até meados do século XX, era considerado uma área
improdutiva.
 A partir da década de 1970, estudos feitos pela
Embrapa permitiram o desenvolvimento de um
processo de adubação química: calagem.
 Essa técnica permitiu a correção dos solos e tornou
viável a produção agrícola na região, intensificando o
desmatamento para dar lugar às novas áreas de
agropecuária.
 As queimadas, as atividades agrícolas, o garimpo e a
contrução de rodovias e de cidades intensificadas com
a transferência da Capital Federal para o DF, foram
responsáveis pela grande devastação do ecossistema,
reduzido dos 2 milhões de km2 para 800 mil km2
atuais.
 A boa adaptação da soja nesse bioma tem sido
responsável pelo avanço da degradação.
Pantanal
 A agropecuária, o garimpo e a construção de rodovias
e hidrovias são responsáveis pela grande degradação.
 Essa área sofre também com impactos ambientais das
regiões situadas em seu entorno, uma vez que o
Pantanal é drenado pelos rios que percorrem a área do
“planalto central brasileiro”, região bastante
impactada pela expansão da fronteira agrícola do país.
Caatinga
 Possui hoje metade da cobertura vegetal original.
 Tem sido atingido pela agricultura irrigada e pelo
pastoreio.
Mata Atlântica
 A área da Mata coincide com a área de maior
adensamento populacional do território brasileiro,
sendo o ecossistema mais degradado e ameaçado do
país.
 A industrialização, a grande urbanização, a agricultura
comercial, a criação de gado e a exploração da madeira
são atividades econômicas que mais impactam.
 Atualmente, possui apenas 5% da cobertura original.
Mata de Araucária
 A retirada da madeira para a indústria moveleira e de
celulose e a expansão da agricultura foram as
atividades que mais contribuíram para sua devastação.
 Possui menos de 5% da sua cobertura original.
Formações litorâneas
 A urbanização favoreceu a devastação das formações
litorâneas, sobretudo nos mangues.
 A intensa ocupação do litoral, em função da
especulação imobiliária e do turismo desordenado,
levou à substituição de vários mangues por aterros,
portos e palafitas, causando grandes desequilíbrios
ecológicos.
Campos
 As áreas foram intensamente ocupadas pela criação de
gado de corte.
 O pisoteio do solo pelo gado e a utilização de
queimadas para a limpeza do terreno provocaram
impactos, levando à arenização do solo (formação de
dunas a partir da erosão do solo frágil).
Matas ciliares
 Também conhecida como mata de várzea.
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Geografia
 É localizada nas margens dos rios, córregos, lagos,
represas e nascentes.
 É considerada como “área de preservação
permanente”, possuindo diversas funções ambientais,
devendo-se respeitar uma extensão específica de
preservação nas margens dos corpos-d’água de acordo
com sua largura.
 O uso do solo para agricultura, pecuária, loteamentos
e construções de hidrelétricas contribuiu para a
redução da vegetação original em diversos corpos-
d’água, chegando a extinguir a mata ciliar em alguns
casos.
 A ausência dessa vegetação pode provocar a escassez
de águas, uma vez que, sem as matas, reduz-se a
infiltração e o armazenamento da água no lençol
freático, diminuindo o aporte de vazão das nascentes.
 A degradação também possibilita a ocorrência da
erosão e do assoreamento dos rios, já que a mata é
uma proteção natural contra esses problemas. Sem
ela, a erosão das margens leva sedimentos para dentro
do rio, tornando seu leito menos profundo.
Biodiversidade e devastação no mundo
 A América do Norte e a América Central mantêm,
atualmente, 74,6% de suas florestas originais.
 A Oceania, 64,3%. A Europa (incluindo a parte da
Rússia no continente asiático), 58,5%. A África, 33,8%
e a Ásia, 28,5%.
 A cobertura original vegetal de cerca de 64 milhões de
km2 no mundo foi reduzida para 33,4 milhões.
 A destruição dos ecossistemas está relacionada
principalmente ao desaparecimento de várias espécies
de fauna e flora, devido a causas meramente
econômicas, pelas alterações climáticas, e pela
introdução e extinção de espécies.
 Na África, o desmatamento avança em razão da
retirada de madeira para exportação. Muitas empresas
estrangeiras, sobretudo europeias, estadunidenses e
asiáticas, instalam-se no continente com o intuito de
atuarem no ramo de extração madeireira.
 Ao sul do deserto do Saara, a retirada de vegetação
nativa para dar lugar a novas lavouras tem resultado na
expansão da área deserta, já que, ao retirar a cobertura
vegetal, o solo fica exposto e vulnerável.
 Na Ásia, o desmatamento empreendido em razão da
expansão das áreas destinadas à agricultura, à
urbanização e à industrialização tem sido responsável
pela extinção de diversas espécies.
 Na Oceania, a porção sudoeste da Austrália é marcada
por grande endemismo de espécies e, na tentativa de
protege-las, o governo tem empreendido um rigoroso
programa de preservação dessa área, porém, as
mudanças climáticas que têm provocado o aumento
do nível dos oceanos colocaram a região em risco.
 Na América, o desflorestamento erradicou enormes
trechos de vegetação. Antes, as florestas tropicais se
estendiam desde o México até o Brasil, hoje, estão
reduzidas.
 Nas regiões polares, o aumento da temperatura tem
provocado derretimentos em algumas áreas e
colocado em risco várias espécies de focas, leões
marinhos, pinguins, baleias e ursos polares. Além disso,
a caça predatória também figura como grave
problema.
 Os recifes de corais passam por uma situação de risco
semelhante. As mudanças climáticas que ocasionam o
aumento da temperatura das águas oceânicas têm
promovido o branqueamento de muitos corais e
ameaçado a biodiversidade marinha. A pesca
predatória, a poluição e o mergulho indiscriminado
aceleram a degradação desses ambientes.
Hidrografia
Hidrosfera
 Corresponde à camada líquida presente no planeta
Terra. Sendo os oceanos, rios, lagos, calotas de gelo,
águas subterrâneas e vapor-d’água presentes na
atmosfera.
 A água, por uma movimentação constante, é deslocada
de uma área do planeta para outra através da ação da
energia solar e/ou da gravidade: ciclo da água.
 A água é um recurso renovável graças a esse ciclo
interminável.
 Apenas o Brasil, a Rússia, o Canadá, a Indonésia, a
China e a Colômbia concentram cerca da metade da
quantidade de água doce disponível em todo planeta.
 Oceanos: ocupam grandes extensões e envolvem as
massas continentais.
 Mares: ocupam áreas mais reduzidas, localizando-se
entre limites continentais, e são considerados parte
dos oceanos, apresentando menores profundidades e
maiores variações de salinidade, de densidade e de
temperatura do que os oceanos.
Mares
 Porções de água salgada que circundam continentes.
 Em alguns casos, aparecem no interior dos continentes
grandes corpos-d’água que, em função de sua
extensão, recebem denominação de mar (Ex.: Mar de
Aral, Mar Morto), quando, na verdade, são trata-se de
grandes lagos.
 Abertos ou costeiros: são encontrados ao longo das
regiões costeiras e apresentam ampla comunicação
com os oceanos, como o Mar da China.
 Interiores ou continentais: encontram-se no interior
dos continentes, porém, mantendo comunicação com
os oceanos através de pequenas aberturas,
denominadas canais, como o Mar Mediterrâneo, o Mar
Vermelho e o Mar Negro.
 Fechados ou isolados: não mantêm nenhuma
comunicação com os oceanos ou com outros mares,
sendo bastante influenciados pelas características das
áreas continentais em que se encontram, como o Mar
Morto.
Oceanos
 São grandes extensões de água salgada que circundam
as massas de terra dos continentes, preenchendo as
grandes depressões da superfície da Terra.
 Sua importância está no fornecimento de alimentos e
no fato de proporcionaram a umidade que chega aos
continentes sob a forma de chuva.
 As diferenças de temperatura e pressão dão origem
aos ventos, que influenciam na circulação atmosférica.
 Eles apresentam diferenças regionais de salinidade,
fato que interfere diretamente na capacidade de
retenção de calor e no processo de evaporação.
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Geografia
 Eles têm plataformas continentais formando suas
margens, e bacias costeiras e fossas nas áreas mais
profundas.
 São mais afetados pelos movimentos da crosta
terrestre do que as massas continentais, já que a
maioria das bordas entre as placas estão sob o oceano.
 As formas de relevo são semelhantes ao relevo
continental, sendo compostas por inúmeras cadeias
montanhosas, fossas e planaltos.
 No Hemisfério Norte, 61% de sua superfície é
composta por oceanos. No Hemisfério Sul, 81%.
Oceano Pacífico
 É o maior. Banha a Ásia, a Oceania e a América.
 Possui intensa atividade tectônica, o que explica a
presença de grande quantidade de ilhas de origem
vulcânica. Portanto, é também o local em que se situa
o Círculo de Fogo do Pacífico.
 Na zona do Equador, é baixa a salinidade da água
superficial, devido às chuvas relativamente
abundantes e à escassa evaporação, limitada pela
ausência de ventos fortes e pela nebulosidade.
 A temperatura das águas é mais elevada no norte.
Oceano Atlântico
 Localizado entre a América, a Europa e a África, é o
segundo com maior extensão.
 Apresenta-se fechado ao norte e muito aberto ao sul.
 Ao centro está a dorsal do Atlântico em forma de “S”,
consequência do movimento divergente de placas
tectônicas nessa área.
 Suas águas apresentam salinidade média superior aos
demais oceanos.
Oceano Índico
 Estende-se entre a África, a oeste; a Ásia, ao norte; e a
Oceania, a leste.
 Tem grande influência nos climas do sul asiático.
 A salinidade das águas é menor a nordeste a maior a
noroeste.
 São abundantes em recursos minerais e, no fundo do
Mar Vermelho, apresenta depósitos de ferro e cobre,
além disso, no leito oceânico, acumulam-se grandes
quantidades de manganês e de cromo.
Oceanos e clima
 O clima da Terra recebe grande influência dos
oceanos, pois a presença de grande quantidade de
água age como moderadora do fornecimento de calor
oceânico.
 A movimentação de águas quentes na superfície atua
diretamente sobre a temperatura atmosférica,
auxiliando a distribuição do calor proveniente do Sol,
por toda a superfície terrestre.
 O movimento das águas oceânicas se dá
continuamente em volta do globo, sendo controladas
pelo vento, pela salinidade e pela temperatura da
água.
 Os oceanos absorvem grande quantidade de dióxido
de carbono atmosférico, sendo considerados os
maiores sumidouros de carbono da Terra, absorvendo
cerca de 90% de todas as emissões de CO2.
 Ao mesmo tempo, produzem 70% do oxigênio da
atmosfera e abrigam 80% das espécies vegetais e
animais existentes no planeta.
Movimentos das águas oceânicas
Marés
 A movimentação das marés é desencadeada pela
atração gravitacional exercida pela Lua e pelo Sol sobre
a Terra.
 Os campos gravitacionais desses dois corpos celestes
desencadeiam ondulações cujas intensidades e
consequências dependem das formas das bacias
oceânicas, que são extremamente variadas.
 As águas do mar deverão subir ou descer em função da
aproximação ou do afastamento da Lua, bem como a
posição desta em relação ao sol.
Ondas
 Devido ao vento que sopra sobre a superfície dos
oceanos e transfere a energia do movimento do ar para
a água, criando, assim, forças de pressão e fricção que
perturbam o equilíbrio da superfície oceânica.
 Atuam como importantes agentes de energia, sendo a
principal causa de erosão e gerando diversos tipos de
correntes
Correntes marítimas
 Porções de água que se deslocam pelos oceanos,
apresentando características de temperatura, de
salinidade, de pressão, de velocidade e de direção
próprias.
 Resultam dos ventos superficiais, do movimento de
rotação terrestre e das diferenças de temperatura e
salinidade das águas.
 Correntes quentes: originam-se nas zonas equatoriais
e amenizam as temperaturas quando passam em áreas
de altas latitudes.
 Correntes frias: originam-se nas regiões polares e
podem provocar uma redução da temperatura da água
oceânica local, aumentando a pressão atmosférica e
diminuindo as precipitações, dando origem à formação
de desertos costeiros.
 As principais são a Corrente do Golfo, a Corrente do
Brasil, a Corrente de Humboldt e a de Benguela.
Águas continentais
Lagos
 Depressão do relevo coberta de água, geralmente
alimentada por cursos-d’água e mananciais que variam
em número, extensão e profundidade.
Águas subterrâneas
 As águas que se infiltram no solo e que penetram,
devido à ação da gravidade, em camadas profundas do
subsolo atingindo o nível da zona de saturação, ou seja,
o lençol freático.
 O solo são grandes reservatórios de água, os chamados
aquíferos, que abastecem a vazão dos rios e são
susceptíveis de extração e utilização.
 Aquíferos: depósitos de águas constituídos por rochas
e solos que, em razão de particularidades da estrutura
geológica, permitem a circulação e o armazenamento
de água no subsolo.
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Geografia
 Lençóis freáticos: superfícies que delimitam a zona de
preenchimentos dos espaços porosos e permeáveis
entre partículas do solo e das rochas, determinando a
zona de saturação, a partir da qual a água não mais
infiltra no perfil do solo.
 Regime pluvial: quando as águas do rio são
alimentadas pela chuva.
 Regime nival: quando as águas do rio são alimentadas
pelo derretimento das neves.
 Fluxo laminar: quando escoa ao longo de um canal
reto, suave e de baixa velocidade.
 Fluxo turbulento: velocidade maior e movimentos
caóticos, com muitas correntes secundárias contrárias
ao fluxo principal.
 Alto curso: trecho do rio próximo à nascente, com
grande velocidade de escoamento e predomínio do
processo erosivo.
 Médio curso: coexistem processos de sedimentação e
de erosão.
 Baixo curso: trecho localizado próximo à foz, em áreas
de menor altitude e de topografia geralmente mais
plana.
Bacias hidrográficas e as grandes questões hídricas
Recursos hídricos brasileiros
 O Brasil possui a maior reserva hídrica do mundo e
abriga uma vasta e densa rede hidrográfica, com rios
extensos e grande volume de água.
 A maior parte dos rios são de planalto. O elevado índice
pluviométrico, aliado aos desníveis topográficos,
contribui para torna-los as fontes mais importantes de
geração de eletricidade.
 Apenas o Amazonas e o Paraguai são de planície
predominantemente e largamente utilizados para
navegação.
 O Brasil não possui lagos tectônicos, pois as depressões
favoráveis a essa formação tornaram-se bacias
sedimentares.
 A rede hidrográfica brasileira é proveniente de três
centros dispersores de água: a Cordilheira dos Andes,
onde nascem os tributários formadores do Rio
Amazonas, o Planalto das Guianas, que dá origem aos
rios da margem esquerda da Bacia Amazônica e o
Planalto Central Brasileiro, de onde se originam os rios
das mais importantes bacias brasileiras: a Bacia
Amazônica, a Bczia Platina e a Bacia do Rio São
Francisco.
Bacia hidrográfica do Amazonas
 Situa-se entre o Planalto das Guianas (ao norte) e o
Planalto Central Brasileiro (ao sul).
 Localiza-se além do Brasil, no Peru, Bolívia, Colômbia,
Equador, Guiana e Venezuela.
 A alta densidade da rede hidrográfica da Bacia
Amazônica criou uma rede de canais que propiciam
maior penetrabilidade e são utilizados como hidrovias.
 Os afluentes correm em áreas planálticas, o que lhe
confere grande potencial hidrelétrico, apesar de pouco
explorado.
Problemas ambientais da Bacia hidrográfica do Amazonas
 Principalmente pela ocupação humana na região.
 A mineração potencializou o assoreamento dos rios e
a contaminação das águas.
 A construção da usina hidrelétrica de Balbina,
localizada no Rio Uatumã, foi considerada o maior
desastre ecológico da região.
 Construída para fortalecer energia elétrica para
Manaus, a usina é apontada como emissora de dez
vezes mais metano e gás carbônico do que uma
termelétrica movida a carvão mineral com o mesmo
potencial energético.
 Isso é explicado por ela ter sido construída em uma
área florestada, o que provocou intensa decomposição
do material orgânico no fundo do lago. Esse, com 30
metros de profundidade, não permite a existência de
oxigênio no fundo, o que favorece o aumento de
bactérias anaeróbicas (eutrofização).
 A usina de Balbina é considerada um erro histórico
devido à baixa geração de energia em relação à área
alagada, uma vez que a energia produzida pela usina,
além de ter custo altíssimo, é insuficiente para
abastecer Manaus, além de ter inundado uma grande
área florestal.
 Os habitantes das margens do rio não podem mais usar
a água, que ficou ácida e polúida.
Bacia hidrográfica do Tocantins-Araguaia
 Maior bacia localizada inteiramente no território
brasileiro.
 Nasce no Mato Grosso e une-se ao Rio Tocantins.
 Destaca-se pelo potencial hidrelétrico, ado seu grande
volume de água, apesar de estar localizada em área de
clima tropical com estação seca prolongada.
 A barragem da hidrelétrica de Tucuruí (a segunda
maior do país e uma das cinco maiores do mundo)
extinguiu a navegação entre Belém e Palmas,
submergindo solos agricultáveis e áreas florestadas,
apresentando os mesmos problemas de eutrofização
que Balbina.
Bacia hidrográfica do Rio São Francisco
 O Rio nasce em Minas e sua bacia drena a Bahia,
Pernambuco, Alagoas e Sergipe, atravessando o sertão
semiárido mineiro e baiano, possibilitando a
sobrevivência da população ribeirinha de baixa renda,
a irrigação de pequenas propriedades e a criação de
gado.
 O Rio São Francisco possui acentuados declives em seu
leito, apresentando, assim, grande potencial
energético, o que possibilita uma produção
hidrelétrica que abastece tanto a região Sudeste, como
a Nordeste.
 É um rio perene e, em grande extensão, navegável.
 A Bacia vem sofrendo degradações com sérios
impactos sobre suas águas, desde as nascentes ao
longo de seus rios.
 Os garimpos, a irrigação e as barragens hidrelétricas
são responsáveis pelo desvio do leito dos rios, redução
da vazão, alteração da intensidade e épocas das
enchentes.
Transposição das águas do Rio São Francisco
 O projeto surgiu com o argumento de sanar a
deficiência hídrica na região do Semiárido com a
transferência de água do rio para o abastecimento de
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Geografia
açudes e rios menores no Nordeste, com o objetivo de
diminuir a seca no período de estiagem.
 As polêmicas a respeito do projeto são grandes e há
quem defenda posições contrárias a ele,
argumentando que a obra equivaleria a uma
“transamazônica hídrica”, que, além de cara, não será
capaz de suprir a necessidade da população da região,
uma vez que o problema não seria o déficit hídrico.
Bacias hidrográficas dos rios Paraná, Uruguai e Paraguai –
Bacia Platina
 O Rio Paraná é formado pela junção dos rios Grande e
Paranaíba e faz a fronteira entre os estados de São
Paulo e Paraná com Mato Grosso do Sul, além de servir
como fronteira também entre Argentina, Brasil e
Paraguai, na foz do Rio Iguaçu.
 A Bacia do Paraná é essencialmente planáltica,
ocupando o primeiro lugar em potencial hidrelétrico
do país.
 A Bacia do Paraguai é típica de planície, destacando-se
pelo seu aproveitamento como hidrovia interligada a
outras bacias, especialmente à do Paraná.
 Na Bacia do Uruguai, o Rio Uruguai forma a fronteira
entre a Argentina e Brasil e, mais ao sul, a fronteira
entre Argentina e Uruguai.
Bacias secundárias
Trecho Norte-Nordeste: formado pelos rios Mearim, Turiaçu e
Itapecuru no Maranhão, Parnaíba, Beberibe e Capibaribe.
Apresenta rios intermitentes, por estar situado nas regiões
semiáridas.
Trecho Leste: destacam-se o Rio Jequitinhonha, Rio Doce e Rio
Paraíba do Sul. Os três atravessam áreas muito pobres, de
mineração e de grande urbanização, respectivamente.
Trecho Sul-Sudeste: formados pelas bacias dos rios Ribeira do
Iguape, Itajaí e Tubarão, ocorrem terrenos acidentados e
pedregosos, banham áreas de grandes contrastes sociais de
importante industrialização, além de área de extração de carvão
mineral.
Principais bacias hidrográficas do mundo
América do Norte
Bacia hidrográfica do Rio São Lourenço – Canadá
 O Rio liga os Grandes Lagos e o Oceano Atlântico e, em
sua foz, no Golfo de São Lourenço, forma-se o maior
estuário do mundo.
 Atua como fronteira para Canadá e Estados Unidos,
sendo navegável em toda a sua extensão.
Bacia do Rio Mississippi – EUA
 Classificada como terceira maior bacia hidrográfica do
mundo, é superada em tamanho apenas pela do
Amazonas e do Congo.
 Esse importante recurso hídrico corta o território
estadunidense no sentido norte-sul e, por isso,
chamado de rio de integração nacional, foi de
fundamental relevância no processo de ocupação do
país.
 O Rio é muito utilizado para navegação. Foi construída
no alto de seu curso uma série de represas para o
tráfego de embarcações comerciais e de turismo.
África
 O continente africano possui poucos rios, porém os
existentes são extensos e volumosos, como o Rio Nilo
(segundo maior do mundo em extensão). Destaca-se
também as bacias do Rio Níger e do Rio Congo.
 O conflito da água no continente é uma das questões
socioambientais mais preocupantes do mundo. O Nilo,
por exemplo, percorre regiões com sérios problemas
sociais e políticos e é importante para a agricultura do
Norte.
Bacia hidrográfica do Rio Nilo
 O Nilo possui importância história. Sua bacia banha
vários países e, um dos grandes impactos ambientais
sofridos por esse rio está na construção da barragem
de Assuã, no Egito, em 1971, para a geração de
energia, o que alterou seu regime, acarretando a
perda dos períodos de cheias e vazantes.
 Isso impediu o processo natural de fertilização do solo,
levando à utilização de adubos químicos, por parte dos
agricultores ribeirinhos, o que resultou em cursos mais
elevados na produção de alimentos e no
comprometimento da qualidade da água do rio.
Bacia hidrográfica do Rio Níger
 Principal rio da África Ocidental e o terceiro mais longo
do país.
 Tem importância história, pois era o principal
fornecedor de água para as caravanas que
atravessavam o deserto do Saara.
 Sua bacia apresenta grandes reservas petrolíferas.
Bacia hidrográfica do Rio Congo ou Rio Zaire
 Segundo mais volumoso da África. Banha a parte
equatorial do continente, drena ampla área de
florestas pluviais e é utilizado para o transporte.
Europa
 Apresenta um conjunto de rios relativamente
pequenos quanto a seu curso e volume, porém, grande
parte é navegável.
 Em geral, são rios de planícies, favorecendo o
escoamento de produtos.
 Os Alpes e Pirineus são aproveitados como formadores
de quedas-d’água, utilizadas na geração de energia em
usinas hidrelétricas.
 Rios: Volva, Reno, Danúbio, Sena, Tejo e Pó.
Ásia
 Os rios asiáticos influenciaram bastante a ocupação do
continente pelo homem.
 Possui grandes lagos, que formam bacias hidrográficas
fechadas.
 Rios: Jordão (termina no Mar Morto), Tigre e Eufrates
(perenes e extensos), Ganges.
Utilização dos recursos hídricos
 Embora a água seja um recurso renovável, grande
parte dela não se encontra disponível para as mais
variadas formas de consumo.
 Os problemas derivam da diminuição da água potável
em razão da poluição das fontes de água disponíveis.
 As reservas disponíveis são limitadas e encontram-se
distribuídas de forma bastante desigual.
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Geografia
 O aumento do consumo e a dificuldade de muitas Estratégias de despoluição das águas
nações em criar estratégias para o armazenamento e  A dessalinização é uma estratégia para reaproveitar a
para proteção são problemas a serem solucionados. água e corresponde ao processo em que se retira sal da
 A suspensão de áreas verdes em regiões urbanas tem água do mar, porém, necessita de elevados custos e,
feito com que o processo de evapotranspiração por isso, poucos países utilizam.
diminua e, com isso, o ar se torne mais seco.  A reutilização de águas residuais também é uma
 A infiltração da água no solo desses ambientes é menor alternativa, em que os detritos são separados e
em função da grande impermeabilização, que é uma tratados, e a água é devolvida aos rios, sendo
das responsáveis pelo risco eminente de inundações aproveitada para irrigação e indústrias, técnica
durante períodos de chuva. utilizada por Israel, EUA, México e França.
 Na agricultura, muitas nações necessitam irrigar suas
terras para aumentar a produção de alimentos. O Regionalização brasileira
principal problema se deve ao fato de que as taxas de  A primeira divisão por regiões no Brasil foi proposta em
desperdício são enormes, em razão do emprego de 1913, realizada com fins didáticos, com 5 regiões e
técnicas pouco eficientes.
considerando apenas os aspectos físicos do Brasil.
 A diminuição dos estoques de água potável ocorre em  Em 1945, o IBGE propôs outra divisão, essa com 7
escalas diferentes e a maior dificuldade atualmente é
regiões brasileiras.
realizar uma eficiente gestão, de forma que a escassez  A atual divisão foi estabelecida em 1988, com a criação
não seja generalizada. do estado do Tocantins e a divisão do Mato Grosso em
Mato Grosso do Sul e do Norte.
Exploração indiscriminada dos aquíferos
 Com o avanço da industrialização, da urbanização e da
modernização da agricultura, a disponibilidade de
água presente na superfície terrestre está diminuindo,
pois corre intensa contaminação dos cursos-d’água,
além do elevado consumo. Assim, o homem vem
explorando águas subterrâneas.
 Essas são menos contaminadas já que estão
protegidas por uma cobertura rochosa, porém, sua
retirada indiscriminada oferece situações de risco.
 Há casos de reservatórios subterrâneos que
apresentam elevados teores de substâncias naturais
que comprometem o seu uso direto devido a questões
de saúde pública, como o arsênio, o flúor, os nitratos
ou sulfatos.
 A atividade agrícola é a maior consumidora de
recursos hídricos do mundo, e a intensificação da
utilização da água subterrânea para irrigação tem
colocado em risco a longevidade desses reservatórios.
 Além disso, a utilização de insumos agrícolas tem sido
responsável pela contaminação dos aquíferos.
Região Sul
A geopolítica da água
 Região com menor área, ocupando apenas 7% do país.
 Há várias áreas de instabilidade e se é especulado por
 Sua população é duas vezes maior que o número de
analistas que a principal motivação para guerras no
habitantes das regiões Norte e Centro-Oeste.
século XXI será a questão da água.
 Formada pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa
 As águas dos rios Tigres e Eufrates constituem um foco
Catarina e Paraná, essa é caracterizada pelo clima
de instabilidade entre a Turquia, a Síria e o Iraque, visto
subtropical, exceto na porção norte do estado do
que a Turquia tem investido na construção de
Paraná, onde predomina o clima tropical de altitude.
barragens e sistemas de irrigação, o que tem diminuído
 Praticamente toda a sua área está contida na zona
de forma substancial a vazão dos rios.
subtropical.
 O Rio Colorado, na América do Norte, sofre grande
 Constitui um grande polo turístico, econômico,
exploração estadunidense e, os mexicanos passaram a
industrial e cultural do país, tendo sofrido grande
contar com um rio de pouca água e muito salinizado.
influência europeia, principalmente de origem italiana
Para remediar a situação, foi assinado um consenso no
e germânica.
qual os EUA construiriam uma usina de dessalinização
 Possui os menores indicadores referentes à
e forneceria água potável para os mexicanos.
mortalidade infantil e os melhores de educação e
 O Rio Nilo apresenta cerca de 85% do seu volume na
saúde do país.
Etiópia e, nos últimos anos, eles iniciaram obras para
 Tem a terceira maior renda per capita do Brasil, sendo
conter o fluxo das águas que se deslocavam em direção
a primeira o Centro-Oeste, seguido do Sudeste.
ao Egito, colocando o rio em situação de risco.
 Apresenta os mais altos índices de alfabetização
registrados no Brasil.

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Geografia
 Faz fronteira com o Uruguai ao sul, com o Paraguai e
com a Argentina a oeste e com o Oceano Atlântico ao
leste.
História
 Durante muitos anos, os portugueses e os espanhóis
lutaram pela posse de terras do sul. Os conflitos só
foram resolvidos após a assinatura de tratados que
limitavam as terras.
 A população sul cresceu exponencialmente com a
chegada dos primeiros imigrantes europeus, seguidos
por alemães e italianos, além de árabes, poloneses e
japoneses.
Aspectos humanos e econômicos
 O comércio e a indústria absorvem muita mão de obra,
tanto eu mais de 80% da população sulina vive nas
cidades.
 A partir da década de 1960, a modernização do campo
intensificou o êxodo rural nessa região.
 A construção de Brasília e os projetos de colonização
da Amazônia foram responsáveis pelo deslocamento
de muitos paranaenses e gaúchos.
Economia
 Inicialmente baseada na agropecuária, hoje dispõe de
um importante parque industrial.
 A produção agrícola utiliza modernas técnicas de
cultivo, destacando-se o trigo, a soja, o arroz, o milho,
o feijão e o tabaco.
 A indústria se destaca nos setores metalúrgicos,
automobilísticos e têxtis.
 Em Santa Catarina, existem reservas de carvão mineral
e indústrias de processamento de carnes, que
produzem para o mercado interno e externo.
Extrativismo
 O vegetal é praticado na Mata de Araucárias, sendo
aproveitada para indústrias moveleiras construtoras,
serrarias e fábricas de papel e celulose.
 O animal é mais praticado ao longo da costeira, com
destaque para a sardinha e o camarão.
 No mineral se destaca o carvão, o caulim e louças.
Agropecuária
 A região sul, que produz quase metade de toda safra
nacional de grãos, cultiva milho, arroz, feijão, trigo e
tabaco.
 A pecuária ocupa maior parte do território, porém, a
agricultura emprega mais trabalhadores e gera maior
rendimento.
 É realizado a policultura (em pequenas propriedades
que desenvolvem a agricultura de base familiar,
cultivando milho, feijão, mandioca, batata, maça,
laranja e fumo) e a monocultura comercial (em grandes
propriedades, onde se cultivam soja, trigo, girassol,
arroz, algodão, soja, laranja, trigo, café, cana-de-
açúcar).
 O Paraná é o maior produtor brasileiro de suínos,
seguido pelo Rio Grande do Sul.
Indústria
 O Sul é a segunda região no Brasil em número de
trabalhadores e em valor e volume da produção
industrial, o que se deve a boa rede de transportes
rodoviários e ferroviários, ao potencial hidrelétrico, ao
aproveitamento de energia térmica, ao grande volume
e variedade de matérias primas e ao mercado
consumidor com elevado poder aquisitivo.
 As indústrias se localizam próximas às áreas
produtoras de matérias-primas.
Energia
 A região é muito rica em xisto betuminoso e carvão
mineral, este utilizado para produzir energia elétrica
nas termelétricas.
 Possui a Hidrelétrica de Itaipu, segunda maior do
mundo, aproveitando os recursos hídricos do Rio
Paraná (imediações das cidades de Foz do Iguaçu).
Transportes
 É uma das regiões mais bem servidas no setor de
transportes, dispondo de condições naturais e
financeiras que facilitam a implantação de uma boa
malha rodoviária e ferroviária.
 O fato de sua população ser bem distribuída, sem
grandes vazios populacionais, permite que sua rede de
transportes seja mais eficiente e lucrativa.
 Atrás do Sudeste e de Brasília, o sul possui os mais
movimentados e modernos aeroportos do Brasil.
 Possui, ainda, o porto de Paranaguá, principal terminal
graneleiro do país e exporta, principalmente, café e
soja.
Turismo
 Apresenta índices consideráveis, sendo a Foz do
Iguaçu, Florianópolis, Porto Alegre e Camboriú as
cidades mais visitadas do país.
 O Parque Nacional do Iguaçu, onde se localizam as
Cataratas, é uma unidade de conservação brasileira.
Região Norte
 Apresenta o maior conjunto de terras de baixas
altitudes do país, a maior bacia hidrográfica do mundo
– a Bacia do Rio Amazonas, e a mais densa e extensa
área florestal do globo: a Floresta Amazônica.
 Possui clima quente e úmido, extensos e caudalosos
rios e relevo predominando planícies e depressões.
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Geografia
 Onde está localizado os dois maiores estados
brasileiros: o Amazonas e o Pará, além do Acre, Amapá,
Rondônia, Roraima e Tocantins.
Amazônia legal
 Região que engloba 9 estados brasileiros e que
corresponde à área de atuação da Superintendência
para Desenvolvimento da Amazônia – a Sudam, órgão
criado com a missão institucional de promover o
desenvolvimento includente e sustentável da
Amazônia, assegurando a erradicação da miséria e a
redução das desigualdades regionais.
 Corresponde à totalidade dos estados do Acre, Amapá,
Amazonas, Mato Grosso, Para, Rondônia, Roraima,
Tocantins e o oeste do Maranhão.
Aspectos humanos e econômicos
 Possui o segundo menor grau de urbanização do país.
 Grande parte dos estados da região enfrentam
problemas relativos à falta ou à insuficiência das redes
de esgoto e até de água tratada, o que resulta em uma
situação de risco à saúde das populações.
 A economia regional tem crescido à custa da constante
degradação ambiental, como a intensificação das
ações ilegais de madeireiros.
 O Pará é o que possui a economia mais dinâmica e
diversificada, destacando-se a criação do gado bovino
e a mineração.
 No Amazonas, destaca-se a Zona Franca de Manaus,
que atraiu empresas pela isenção de impostos de
importação de componentes para montagem de bens
de consumo duráveis. Contando também com a
exploração petrolífera em terra e com uma importante
reserva de gás natural.
 Em Rondônia, o setor que se destaca é o agropecuário.
 Nos demais estados predominam o setor terciário.
Povoamento
 A Amazônia era conhecida pelas expedições, que
visavam aprisionar os índios ou buscar as drogas do
sertão – guaraná, castanha, cravo, baunilha, - que eram
vendidas à Europa e lucravam os exportadores.
 No século XVII, a instalação de uma fortificação
portuguesa na Foz do Rio Amazonas deu origem à
cidade de Belém.
 No século XVIII, chegaram as missões religiosas, com o
objetivo de catequisar os índios, e várias expedições
militares, organizadas para defender o território.
 A intensificação da exploração da borracha levou a
extração de látex das seringueiras nativas, visto que
essa era muito usada na Europa e nos EUA.
Integração regional
 O Estado instituiu medidas sem se preocupar em
atender aos interesses das comunidades locais,
sobretudo dos indígenas, o que ocasionou vários
conflitos socioambientais, como os que opõem
indígenas, fazendeiros, garimpeiros e posseiros, já que
os objetivos e o modo de ocupação territorial variam
conforme os diferentes interesses: desmatar ou não,
represar ou não os rios, demarcar ou não as reservas
indígenas.
Agricultura
 A agropecuária tem crescido bastante no Norte,
principalmente a agricultura comercial monocultura e
a pecuária extensiva. Porém, ainda apresentam baixa
produtividade se comparadas à produção das regiões
mais desenvolvidas do país.
 O cultivo de produtos voltados para a alimentação
ocorre, principalmente, em propriedades de pequeno
porte, com mão de obra familiar e técnicas agrícolas
consideradas rudimentares, fator responsável por
uma menor produtividade.
 Nos últimos anos, tem-se verificado um avanço da
plantação de soja, milho e feijão.
Pecuária
 Geralmente de forma extensiva, ou seja, os animais são
criados soltos, em grandes propriedades rurais, com
tratamento inadequado do rebanho, o que acarreta
em baixa produtividade.
 Embora o principal rebanho da região seja o gado
bovino, a criação de bufalinos também se destaca.
Extrativismo mineral
 A região é rica em recursos minerais, sendo as duas
principais áreas produtoras a Serra dos Carajás e a
Serra do Navio, no Amapá. Quase todo manganês
produzido no local é exportado, principalmente, para a
América do Norte e para a Europa, porém, hoje as
reservas estão praticamente esgotadas.
 Na Serra dos Carajás – sudeste do Pará, foi descoberta
uma importante jazida de ferro, cobre, manganês,
bauxita, níquel, estanho e ouro. Para desenvolver
infraestruturas que facilitassem a exploração e a
exportação dos minérios, foi lançado o Projeto Grande
Carajás.
 O ouro e o diamante, de diversas áreas da Amazônia,
são explorados pelos garimpos, o que atrai muitos
imigrantes e provocando grandes danos ao ambiente,
como o desmatamento e a contaminação pela ação do
mercúrio. Essa atividade contamina os rios e prejudica
a qualidade do ar, quando o amálgama (mistura do
ouro com o mercúrio) é aquecido para separar os
metais, o mercúrio sublima e contamina a atmosfera,
além de contaminar os peixes e animais silvestres,
alimentos da população local.
Extrativismo vegetal
 Destacava-se a busca pelas “drogas do sertão” e depois
o “ciclo da borracha”.
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Geografia
 O declínio da borracha na Amazônia é marcado por
uma biopirataria mundial, visto que, em 1875, o inglês
Henry Wickham contrabandeou sementes de
seringueiras para a formação de plantations nas
colônias asiáticas da Inglaterra e a extração de látex em
escala industrial.
 Anos depois, o látex da Ásia, com alta qualidade e
preço competitivo, dominou o mercado internacional
e levou a Amazônia, cuja economia baseava-se na
exploração da borracha, à ruína.
Indústria
 A região é a com menor porção industrializada do país.
 Para integrar a Amazônia ao restante do país, o
Governo Federal adotou uma política que previa a
instalação de indústrias, com grandes investimentos,
ou seja, foi preciso melhorar o abastecimento de
energia, o sistema de transportes e de comunicações,
os portos e os aeroportos.
 O governo passou a fornecer uma série de incentivos
fiscais que se traduziram na isenção de impostos e na
doação de terrenos para as indústrias nacionais.
Energia
 A baixa densidade demográfica e a pequena geração
de renda justificam o baixo consumo de energia
elétrica no país.
 As características naturais do espaço geográfico
comprometeram a extensão das redes de transmissão
e de distribuição de energia, porém, transformaram o
Norte na região com maior potencial para hidrelétricas
do país.
 Destacam-se três características geográficas que
comprometeram a ampliação da oferta de energia da
região: topografia plana, baixa densidade demográfica
e elevada taxa de população rural.
 Formada principalmente por rios de planície, a opção
pela construção de usinas hidrelétricas, normalmente,
acarreta mais prejuízos que benefícios.
 Como evidência, tem-se o caso da Usina de Balbina,
que ficou conhecida como “a vergonha nacional”.
Localizada no Rio Uatumã (AM), a usina é avaliada
como um dos maiores erros da engenharia no Brasil,
por causa da grande área alagada e a pouca eficiência
energética.
 O lago formado pela represa da usina é responsável
pela liberação de gás metano em níveis superiores aos
de uma usina térmica de mesmo potencial energético,
contribuindo, assim, para a emissão de gases de efeito
estufa, causadores do aquecimento global.
Transportes
 O fluvial constitui um dos principais meios de
circulação de pessoas e de cargas na região e possui
grande importância para Manaus e outras localidades
 A péssima conservação das vias terrestres faz com que
se necessite de investimentos na melhoria das
infraestruturas de estradas, responsáveis pela conexão
com outras cidades ou países vizinhos.
 O transporte de passageiros via fluvial enfrenta
problemas em virtude da péssima conservação das
embarcações, da pouca fiscalização por parte dos
órgãos competes e da superlotação dos barcos.
 Os cursos de maior navegação são os rios Amazonas e
Madeira
Turismo
 A distância da região em relação às outras regiões
dificulta, de certo modo, o desenvolvimento da
atividade turística, já que, em algumas localidades, só
é possível chegar por meio de barcos ou aviões.
 A Floresta Amazônica, os casarios erguidos durante o
auge do “ciclo da borracha” e o Festival Folclórico de
Parintins são apenas alguns dos muitos atrativos.
 O ecoturismo e o turismo de aventura são as
modalidades que atraem grande número de turistas
para a região.
 A pobreza de muitas áreas constitui um estímulo à
exploração de jovens, que são oferecidos aos turistas
como um atrativo à parte, apresentando uma das
principais rotas do turismo sexual e do tráfico de
mulheres.
População
 A descoberta de minérios, a instalação de garimpos e a
derrubada de grandes extensões da floresta, para o
estabelecimento de projetos agropecuários e para a
construção de rodovias, são os responsáveis pelo
crescimento populacional das últimas décadas.
 Núcleos populacionais concentram-se às margens dos
rios, e muitas cidades e povoados mantêm as
características iniciais do processo de ocupação.
Projeto Calha Norte
 Idealizado durante o Governo Sarney e previa a
ocupação militar de uma faixa do território nacional
situado ao norte da calha do Rio Solimões e do Rio
Amazonas.
 “Fortalecer a presença nacional” ao longo da fronteira,
tida como um ponto vulnerável do Brasil, foi o
argumento usado, apontando também a necessidade
do desenvolvimento socioeconômico dessa área,
inclusive com o estímulo á imigração.
Sistema de Vigilância da Amazônia – Sivam
 Uma rede de coleta e de processamento de
informações, implantado com o objetivo e monitorar
cerca de 60% do território nacional.
 É composto de satélites, radares, aviões, estações de
recepção de imagens e mais de 200 plataformas de
coleta de dados, possibilitando uma fiscalização mais
eficiente das atividades predatórias, como o garimpo,
o desmatamento e as queimadas, além de contribuir
para o combate ao narcotráfico.
Região Nordeste
 Constitui a terceira maior região do Brasil em extensão
territorial, abrangendo os estados do Maranhão, Piauí,
Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco,
Alagoas, Sergipe e Bahia.
 Sua população é mal distribuída e seu padrão de vida é
inferior à média nacional, constituindo-se em uma
tradicional área de emigração.
 É a região que apresenta a maior costa litorânea do
país. O estado com maior costa litorânea é a Bahia,
com 932km.
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Geografia
Zonas geográficas – os quatro nordestes
 A região Nordeste possui paisagens naturais muito
diferentes, dando origem a áreas com características
econômicas e sociais peculiares.
Meio-norte: área de transição que abrange o Maranhão e a
porção oeste do Piauí. Possui muitas características do Norte,
mas também do Sertão semiárido, caracterizando-se, por isso,
como uma área de transição.
 A mata de cocais é característica da região, em que se
pode encontrar a palmeira-babaçu, da qual é extraído
o óleo utilizado na fabricação de doces, cosméticos,
margarinas, sabões e lubrificantes.
 A região é marcada pelas altas temperaturas médias.
Sertão: área de domínio do clima semiárido.
 É caracterizado pela ocorrência de chuvas irregulares e
escassas, sendo constantes os períodos de estiagem, o
que prejudica a agricultura de subsistência.
 Vegetação típica caatinga. Os solos são rasos e
pedregosos, e as atividades agrícolas sofrem grande
limitação.
 Apresenta muitos rios temporários, e o Rio São
Francisco, que drena parte da região, constitui a única
fonte perene de água para as populações que
habilitam as suas margens.
 As bases da economia são a pecuária extensiva e o
cultivo de algodão em grandes propriedades de terra,
com baixa produtividade.
Agreste: localizado no alto do Planalto da Borborema, constitui
uma área de transição entre a Zona da Mata, região úmida e
cheia de brejos, e o Sertão semiárido.
 Os terrenos mais férteis são ocupados por minifúndios,
onde predominam as culturas de subsistência e
pecuária leiteira.
Zona da mata: é a área mais urbanizada e povoada, e a que
concentra o maior número de indústrias.
 As chuvas são abundantes. Possui clima tropical úmido.
 Devido às praias e ao clima quente, atrai muitos
turistas.
 O solo é fértil e a vegetação natural é a Mata Atlântica,
que desde o início da colonização do país está
praticamente extinta e substituída por lavouras de
cana-de-açúcar.
O polígono das secas
 Criado em 1936 como área prioritária de combate aos
efeitos da seca no Nordeste, abrange praticamente
todos os estados da região.
 A construção de açudes e a distribuição de verbas aos
prefeitos dos municípios atingidos fazem parte do
combate tradicional às secas, porém, muitas das vezes
as obras sofrem corrupção.
Aspectos humanos e econômicos
 A economia vem se mostrando mais dinâmica do que
a média do país, devido ao impulso da indústria e do
setor de serviços e, ainda, à concessão de benefícios
fiscais pelos governos estaduais, com o objetivo de
atrair investimentos para a região.
 O Nordeste é rico em recursos minerais, destacando-
se o petróleo e o gás natural, produzidos na Bahia, em
Sergipe e no Rio Grande do Norte.
 É a segunda maior produtora de petróleo do Brasil
(atrás do RJ), e é a maior no quesito extração em terra,
oriunda do RGN.
 O turismo é uma das mais importantes atividades
econômicas, beneficiado pela grande extensão de
praias e pelas temperaturas elevadas o ano todo.
 A agricultura centraliza-se no cultivo de cana-de-
açúcar, com o Alagoas em destaque.
A criação e a atuação da Sudene
 A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste
foi criada durante o governo de JK. É uma entidade de
fomento ao desenvolvimento econômico brasileiro,
destinada a promover soluções socioeconômicas para
a região Nordeste do Brasil, periodicamente afetada
por estiagens e com populações de baixo poder
aquisitivo e baixa instrução.
 O objetivo era encontrar soluções que permitissem a
diminuição gradativa das desigualdades verificadas
entre as regiões brasileiras.
 Fomentaram de ações como a ocupação do Maranhão,
projetos de irrigação em áreas afetadas por estiagens
e o cultivo de plantas resistentes às secas.
 Após uma sucessão de escândalos de corrupção, o
órgão foi extinto por Fernando Henrique Cardoso que
criou a Agência de Desenvolvimento do Nordeste –
Adene, até que Lula retomou a nova Sudene, em 2007.
 A Sudene atuou nos setores industrial, agropecuário e
mineral, realizando obras e financiando vários projetos
de desenvolvimento.
 O industrial foi o centro da atuação, já que, na época,
acreditava-se que a industrialização seria a base do
desenvolvimento econômico de um país. Assim, a
isenção de impostos para atrair impressas foi uma
medida adotada pelo governo.
 As fábricas cuja produção se destinava ao Nordeste
eram praticamente de bens de consumo, como
alimentos, calçados e vestuário.
 Fábricas de bens intermediários, que beneficiavam
matérias-primas, atuavam no mercado internacional e
nacional.
 A atual missão Sudene é promover desenvolvimento
includente e sustentável do Nordeste, a preservação
cultural e a integração competitiva da base econômica
da região nos mercados internacionais e nacionais.
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Geografia
Agricultura
 A Sudene Também teve por objetivos a implantação e
a modernização da agricultura regional.
 As áreas onde antes havia apenas caatinga e pobres
lavouras de subsistência estão cobertas por frutas
(melão, manga, uva, melancia, laranja). O principal
produto é a cana-de-açúcar, destacando-se também o
algodão, o caju, uvas finas, acerola, feijão, soja e outros
para consumo interno e para exportação.
 A falta de chuva é vista por muitos como um elemento
positivo, já que eles podem controlar as condições de
umidade para obter melhores resultados, com a
irrigação.
Pecuária
 Cria-se principalmente rebanho bovino para corte,
destacando-se a Bahia, Pernambuco e Ceará.
 A criação também tem grande importância regional, já
que fornece couro, leite e carne.
Recursos minerais e energéticos
 O Nordeste é responsável pela produção de cerca de
95% do sal marinho consumido no Brasil, destacando-
se também a produção de gesso no Pernambuco.
 Possuem jazidas de granito, pedras preciosas,
semipreciosas, magnesita, sal-gema (soda cáustica),
xelita (lâmpadas), amianto (telhas e caixas-d’água),
cobre, chumbo e cromo.
Indústria
 Com a construção da Usina de Paulo Afonso, no Rio São
Francisco, entre Alagoas e Bahia, a produção de
energia elétrica foi viabilizada e abriu espaços para a
industrialização.
 Destaca-se no Nordeste a produção de aços especiais,
produtos eletrônicos, equipamentos para irrigação,
barcos, chips, softwares, baterias e produtos
petroquímicos, calçados de couro e de lona, tecidos de
todos os tipos e sal marinho.
Turismo
 Devido à diversidade de praias, paisagens e pela
própria cultura, está entre as grandes rotas de turismo
no mundo.
 Há investimentos na melhoria da infraestrutura e na
criação de atrativos, que traduzem na instalação de
polos turísticos, na construção de parques aquáticos,
de complexos hoteleiros e de rotas voltadas para o
ecoturismo.
 As danças e hábitos seculares preservados e um risco
artesanato são atrações à parte.
 São patrimônios culturais da humanidade pela Unesco
Olinda, São Luís e Salvador.
 O evento que mais atrai turistas é o Carnaval, em
Olinda, Salvador e Recife, além das festas juninas de
Caruaru (PE) e Campina Grande (PB).
 Como ponto negativo é a visitação desenfreada, na
qual a capacidade de carga dos ambientes naturais não
é respeitada, com a grande especulação imobiliária,
que em muitos casos representa risco aos ambientes
naturais, como mangues e falésias, e ainda a prática do
turismo sexual, sendo um dos maiores polos mundiais
dessa prática.
 Há agências italianas e alemãs que, de maneira velada,
vendem pacotes a turistas que já chegam ao Brasil para
encontros, muitas vezes pré-agendados, com garotas
de programa que, muitas das vezes, são crianças e
adolescentes.
 A falta de planejamento turístico tem levado áreas de
recifes de coral e falésias a uma grande degradação.
 O setor imobiliário, empreendido a construção de
muitas obras cada vez mais próximas ao mar, coloca
em risco várias espécies e a biodiversidade regional.
Transporte
 O Piauí e a Bahia possuem vias de pior qualidade,
encarecendo os fretes.
 A malha ferroviária é privatizada.
 A maioria dos portos apresentam subaproveitamento
em razão de deficiências infraestruturais.
 Apresenta um sistema de hidrovias comerciais viáveis.
 Os aeroportos internacionais de Recife, Fortaleza,
Natal, Salvador e Maceió estão entre os melhores e
mais modernos.
População
 É a segunda região mais populosa do país, superada
apenas pelo Sudeste.
 Está mal distribuída pelo território, sendo as mais
elevadas densidades na Zona da Mata, que, além de
concentrar as principais cidades e capitais, apresenta o
maior número de atividades econômicas, como
agricultura comercial e indústrias.
 Tem o maior índice de população rural.
Migração nordestina: a seca no Sertão vem beneficiando
políticos locais e os grandes latifundiários em detrimento da
população mais necessitada – a grande concentração fundiária
e a antiga desigualdade de renda.
 A emigração foi destaque devido à grande oferta de
empregos, principalmente no Sudeste, em 60, 70 e 80.
 O ideal imaginário se formou em relação ao Sudeste,
que prometia uma melhor qualidade de vida, fácil
oportunidade de emprego e salários mais altos, porém,
encontraram ao contrário e sofreram preconceito.
 Na década de 1990, a maioria que migrou para as
grandes cidades continuou a viver em meio à pobreza,
pois as metrópoles enfrentavam crises econômicas
que geraram queda na oferta de empregos, na
qualidade da educação e uma má distribuição de
renda.
Desenvolvimento humano
 Indicadores sociais indica índices abaixo dos
apresentados por outras regiçoes.
 A mortalidade infantil reduziu e houve um aumento da
esperança de vida, além do incremento da população
alfabetizada.
 Apresentam os menores Índices de Desenvolvimento
Humano (IDH) do Brasil, que se baseiam nos
indicadores de escolaridade, esperança de vida e
distribuição de renda.
Região Centro-Oeste
 É formada por Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul
e Distrito Federal.
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Geografia
 É a única região que faz limites com as outras quatro,
além de fazer divisa com a Bolívia e com o Paraguai.
 A região apresenta planaltos, chapadas, depressões e
serras.
 A vegetação predominante é o Cerrado e, o equilíbrio
ecológico da região tem sido ameaçado,
principalmente pela expansão da lavoura de soja.
 O clima é tropical semiúmido, com frequentes chuvas
de verão.
Aspectos humanos e econômicos
 A região é pouco povoada, sendo Goiás o estado mais
populoso.
Povoamento
 Foi intensificado a partir de meados do século XX,
desenvolvendo uma produção agropecuária
direcionada para atender ao grande mercado
consumidor do Sudeste, atendendo também ao
externo atualmente.
 A construção de Brasília em 1960 e a abertura de
estradas, como a Rodovia Belém-Brasília, atraíram
contingentes de migrantes de todo o Brasil.
 Atualmente, o principal movimento migratório se
origina do Nordeste e do Norte.
 O Distrito Federal possui mais habitantes que o Mato
Grosso do Sul, sendo o norte da região com maior vazio
demográfico.
Economia
 A primeira atividade econômica foi em Goiás, com a
exploração do ouro e diamante, que foram sendo
substituídos, gradativamente, pela pecuária e pela
agricultura.
 O setor agropecuário é um dos mais relevantes da
região, embora o extrativismo mineral também se
destaque.
 No DF, a atividade terciária predomina.
Agricultura
 Cultivam milho, mandioca, abóbora, café, algodão,
soja, amendoim, feijão e arroz por meio de técnicas
primitivas, com agricultura de subsistência.
 O desenvolvimento da agricultura comercial tem
aumentado devido ao crescimento populacional, à
melhoria das vias de comunicação e ao mercado
consumidor expressivo no Sudeste.
 O Pantanal Mato-Grossense (MS) se destaca pela
tradicional pecuária extensiva, com numerosos
rebanhos.
 A região é a maior produtora de soja, cuja colheita
responde por grande parte da produção nacional,
além do algodão em pluma e do girassol.
 A região também é a segunda maior produtora de
arroz e terceira maior de milho do país.
 Apresentam dificuldade com a preservação ambiental,
visto que grande parte da vegetação local foi
devastada, devido à adaptação da soja ao solo do
Cerrado.
 Apresentam o maior rebanho bovino do Brasil, com
destaque para o Mato Grosso, sendo, portanto, uma
das atividades econômicas mais importantes a
pecuária de corte.
 O gado bovino, geralmente solto, é praticamente todo
destinado ao corte e absorvido pelo Sudeste.
Indústria
 São maioria de setores alimentícios, de produtos como
adubos, fertilizantes, rações, frigoríferos, abatedouros,
de minerais não metálicos e madeireiros.
 A área mais industrializada está de Goiânia a Brasília,
onde as indústrias alimentícias, têxtis, de produtos
minerais e de bebidas se destacam.
 O estado mais industrializado é Goiás.
Extrativismo mineral
 A região apresenta grande concentração de minério de
ferro, além do ouro e do diamante.
 O calcário, a água mineral, o core e o amianto são
também minerais importantes.
 Apresentam no maciço do Urucum e no Pantanal as
maiores reservas de manganês do país, porém, são
pouco exploradas devido a carência de infraestrutura
de transportes na região.
Extrativismo vegetal e animal
 A madeira é o principal produto de extrativismo
vegetal, principalmente em Mato Grosso, devido à
Floresta Amazônica presente.
 Extraem-se látex e madeiras de lei, além da exploração
da castanha-do-pará, da erva-mate, do palmito, do
urucum e da piaçaba (para fabricar vassouras).
 O extrativismo animal, como a caça e a pesca, é
praticado intensamente, mas não possui expressão
comercial regular e oficializada.
 A matança indiscriminada de jacarés, a pesca
predatória e a extinção de inúmeras espécies de aves e
de animais terrestres ocasionam grave desequilíbrio
ecológico e resultam da fiscalização negligente.
 Peles de jacarés são utilizadas para fabricação de
cintos, bolsas, calçados, além das peles de lontras
vendidas no exterior e das penas das garças.
Urbanização
 A mecanização provocou o êxodo rural e intensificou o
fluxo migratório de outras regiões para os centros
urbanos do C-O.
 O preço da terra mais baixo que do Sul e do Sudeste, o
desenvolvimento de técnicas de correção dos solos do
Cerrado, a construção de Brasília com o consequente
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Geografia
desenvolvimento da infraestrutura de transportes e
oportunidades de progresso favoreceram essa ação.
 A região registra indicadores sociais e de qualidade de
vida abaixo da média brasileira, além de aglomerados,
deficiências referentes aos meios de transporte, à
saúde, à escolaridade e à carência habitacional.
Turismo
 A atividade cresceu rápido e acarretou desequilíbrios
ambientais na região.
 Bonito, no MS, busca implantar bases para o
desenvolvimento de práticas turísticas apoiadas na
sustentabilidade, de modo a preservar a longevidade.
 O Pantanal Mato-Grossense corresponde à maior bacia
inundável do mundo e com grande diversidade de
fauna e flora, sendo uma das áreas mais conhecidas.
Transportes
 Tem uma rede pouco desenvolvida, mas que está em
expansão, motivada pelo crescimento do espaço
econômico regional.
 Apresentam vários aeroportos com movimento
crescente.
 A hidrovia Araguaia-Tocantins liga o Mato Grosso e
Goiás a Tocantins, Pará e Maranhão.
Região Sudeste
 Corresponde à porção mais dinâmica e desenvolvida
do país, composta por São Paulo, Minas Gerais, Rio de
Janelo e Espírito Santo.
 A paisagem é constituída por formações de relevo
arredondadas, conhecidas como “mares de morros” e
por “pães de açúcar”.
 Por ter um relevo predominantemente planáltico, a
região dispõe de um grande potencial hidrelétrico,
destacando-se o complexo de Urubupungá, que reúne
três usinas na divisa de SP e Mato Grosso do Sul.
 Em Minas Gerais, localizam-se as nascentes de duas
importantes bacias hidrográficas do país: a do Rio
Paraná e a do Rio São Francisco.
 O clima predominante nos planaltos é o tropical de
altitude. No litoral, predomina o tropical litorâneo.
 A Mata Atlântica que existia no litoral foi devastada
durante o povoamento, no período de expansão do
cultivo do café, da urbanização, da construção de
rodovias e da industrialização.
Aspectos humanos e econômicos
 O Sudeste é a região de maior população, maior
densidade demográfica e mais alto índice de
urbanização.
 A maior concentração populacional está localizada no
trecho Rio-São Paulo, onde estão situadas as maiores
regiões metropolitanas do país.
 É a região responsável pela maior parte da riqueza
gerada no país, mas também é acometida de
problemas de desemprego e altos índices de violência.
 O setor agropecuário é marcante, onde o cultivo de
laranja se destaca (noroeste paulista).
Economia
 É uma das mais diversificadas, se destacando o
desenvolvimento industrial da região, onde estão
abrigadas as maiores montadoras nacionais e
multinacionais, siderúrgicas e os setores de tecnologia
de ponta do país.
 A indústria perde lugar para o setor terciário no que diz
respeito à concentração econômica na região.
Agricultura
 É desenvolvido devido a existência de vastos solos
férteis –como a terra roxa no Oeste Paulista-, capital
para investimentos em tecnologia, boa infraestrutura
para escoamento da produção e a proximidade dos
postos.
 É cada vez maior na região o suo de máquinas e
produtos químicos, como fertilizantes e agrotóxicos.
 Em SP é bem modernizado, destacando-se a produção
de cana-de-açúcar, laranja, algodão, soja, café,
amendoim, com poucas áreas de agricultura de
subsistência.
Pecuária
 Destaca-se o número de rebanhos bovinos e suínos,
além da sua qualidade.
 As raças são selecionadas, o gado é vacinado e a
produtividade é elevada, com diversas indústrias
leiteiras e de carne bovina na região.
 É a região que mais produz leite no país, destinado ao
consumo direto da população e às indústrias de
laticínios.
Regiões de criação bovino em Minas Gerais
1. Triângulo mineiro, com gado para corte.
2. Vale do Rio São Francisco, Norte de Minas, para corte.
3. Sul de minas, com gado leiteiro.
4. Zona da Mata mineira, com gado leiteiro.
Indústria
 A partir de 1950, começaram a se instalar no Brasil
grandes indústrias automobilísticas, químicas, de
máquinas e equipamentos, em geral multinacionais
estrangeiras. Elas foram as principais responsáveis pelo
avanço industrial do país, contribuindo para que as
exportações brasileiras deixassem de ser baseadas
apenas em produtos primários.
 Condições favoráveis à industrialização: concentração
de capital, mão de obra disponível, infraestrutura.
Megalópole entre São Paulo e Rio de Janeiro
 O crescimento econômico vivenciado pelas duas
capitais tem extrapolado o limite dos dois estados.
 Com o desenvolvimento industrial e o surgimento de
polos de produção nas áreas interioranas, os espaços
rurais e residências das cidades pequenas e médias
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Geografia
vêm sendo transformados em distritos industriais e
centros de distribuição.
 A criação de um trem bala facilitaria o escoamento de
produtos e a melhor dinâmica nas interações
comerciais.
Transportes
 Apresenta uma das maiores redes rodoviárias e
ferroviárias e com os portos de maior movimento no
Brasil.
 A Rodovia Presidente Dutra é um dos principais
corredores de movimentação de cargas e de
passageiros do país.
 Sua rede ferroviária se desenvolveu em razão da
expansão do café e representa as estradas de ferro.
 A navegação fluvial é pouco explorada, sendo a
principal a hidrovia Tietê-Paraná, que liga São Paulo ao
Paraná e ao Mato Grosso.
Energia e matéria prima
 A região necessita de bastante energia por concentrar
quase metade da população nacional, além de possuir
o maior e mais diversificado parque industrial do país,
bem como um amplo sistema de transporte.
 A maioria é produzida em hidrelétrica, nas usinas como
Furnas, Ilha Solteira, Três Marias e Marimbondo que se
aproveitam do relevo acidentado e da presença de rios
caudalosos.
 A Bacia do Paraná apresenta o maior potencial e
aproveitamento da região.
 Angra I e Angra II são usinas termonucleares da região.
 Em 2006, a Petrobras descobriu o pré-sal e o poço de
Tupi, localizada no Espirito Santo e em Santa Catarina.
 Destaca-se ferro, manganês, alumínio, níquel, zinco,
chumbo e fósforo, porém, há também ouro, pedras
preciosas e diamantes.
 Cabo Frio, no RJ, é o segundo maior produtor de sal
marinho do Brasil, superado apenas pelo RGN.
Turismo
 O Rio é atrativo no carnaval, porém, São Paulo é o que
mais fatura, já que, além de centros culturais e de
entretenimento, possui o turismo de negócios.
 Minas Gerais apresenta cidades históricas que atraem
visitantes, como Ouro Preto, Tiradentes e Diamantina.
 O Espirito Santo atrai milhares de turistas devido às
suas praias e à região das montanhas capixabas.
População
 Intensificada com a imigração e com a industrialização,
principalmente de europeus, como poloneses e
alemães, e de asiáticos, como os japoneses,
destacando-se também a migração interna, sobretudo
do Nordeste.
 É a região mais povoada do Brasil.
Crescimento e distribuição da população
 Há alguns anos, na maioria das novas famílias, os novos
casais optam por poucos filhos ou até mesmo por
nenhum.
 Apesar da redução do número de filhos, a população
mundial continua a crescer e poderá atingir 9bilhões
antes de começar a diminuir, segundo estudos.
 Para alguns cientistas, a população máxima que a Terra
poderá alcançar está entre 10 e 12 bilhões de pessoas.
Principais variáveis demográficas
1. Tamanho da população.
2. Distribuição por sexo.
3. Idade.
4. Estado civil.
5. Distribuição segundo a região geográfica de residência
atual, anterior e de nascimento.
6. Índices de natalidade, fecundidade e mortalidade.
Conceitos
População absoluta
 Número total de habitantes de uma unidade espacial.
 Região populosa possui um grande número de
habitantes.
População relativa
 Distribuição da população de um dado recorte espacial
pela sua área, ou seja, a densidade demográfica da
região, resultado da média de habitantes por km 2.
 Nem sempre o país populoso é densamente povoado.
 Países mais populosos: china, índia, EUA, Indonésia,
Paquistão, Brasil.
Superpovoamento
 Quando o número de habitantes ultrapassa o limite até
o qual o Estado garantiria o bem-estar socioeconômico
da população.
 Pode resultar de um aumento de nascimentos, de um
declínio na taxa de mortalidade devido a avanços da
medicina, de um amento na imigração ou de um
esgotamento de recursos.
 São considerados superpovoados: Índia, Brasil, em
virtude do nível de desenvolvimento econômico e
tecnológico insuficiente de suas populações.
Crescimento natural ou vegetativo
 Diferença entre as taxas de natalidade e de
mortalidade de uma população.
 Quanto maior for a diferença, com valores positivos no
que tange o número de nascimentos, maior será o
crescimento vegetativo da população.
Taxa de natalidade
 Relação que há entre o número de nascimentos e o
número total de habitantes de um determinado lugar,
em um determinado intervalo de tempo.
número de nascimentos * 1000/número de habitantes
Taxa de mortalidade
 Relação entre o número de óbitos ocorridos e o
número total de habitantes de um determinado local
em um determinado intervalo de tempo.
número de óbitos * 1000/número de habitantes
Crescimento demográfico ou total
 Diferença existente entre o crescimento vegetativo e o
saldo migratório.
Taxa de fecundidade
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Geografia
 Estimativa do número médio de filhos que uma mulher
teria até o final de sua idade reprodutiva.
 A queda na taxa de fecundidade acelera o
envelhecimento da população e, como consequência,
o sistema previdenciário do país estará, daqui a alguns
anos, sobrecarregado, posto que haverá mais
dependentes do que contribuintes.
Crescimento populacional
 No século XIV, um acontecimento foi responsável pela
diminuição de forma intensa da população mundial: a
peste bubônica, ou peste negra, que dizimou mais de
1/3 da população europeia na Baixa Idade Média.
 Os grandes avanços tecnológicos ocorridos a partir da
Primeira Revolução Industrial e suas repercussões em
todo o mundo conduziram a população mundial a
melhores condições de vida.
 Os progressos no campo da medicina se intensificaram
desde o século XIX, o que possibilitou o aumento da
expectativa de vida e a diminuição da mortalidade em
diversas regiões do mundo.
 Com o advento da vida moderna, da urbanização, da
inserção da mulher no mercado de trabalho, do maior
acesso aos métodos contraceptivos e do aumento de
custos para se criar um filho, a população mundial
continua crescendo, mas sem taxas menores.
 O envelhecimento populacional, que no passado era
uma característica marcante dos países desenvolvidos,
passou a ser em diversos países subdesenvolvidos uma
experiência crescente desde a segunda metade do
século XX.
 O grande contingente de idosos intensifica os gastos do
poder público com a previdência social e com a saúde.
 A diminuição do número de adultos é responsável pela
diminuição do estoque de mão de obra, que pode
conduzir os países à necessidade de se abrirem à
imigração.
 A diminuição da população economicamente ativa, os
maiores gastos do governo com aposentadorias e com
a saúde, além da redução do mercado de consumo,
podem conduzir diversos países a uma diminuição do
crescimento econômico ou mesmo a uma crise.
 Muitos países ricos já estão incentivando a natalidade
por meio de políticas que estimulem as pessoas a
terem filhos.
 A fome e a subnutrição são responsáveis pela perda de
um grande contingente populacional. Além disso, a
persistência de migrações em massa de áreas pobres
para regiões mais desenvolvidas também representa
um novo desafio, pois elas têm gerado preconceitos
raciais, étnicos, religiosos e culturais.
Transição demográfica
 Resulta da queda das taxas de mortalidade e de
natalidade e da influência da alteração desses índices
sobre a estrutura etária dos países.
 A chamada “bomba demográfica”, que tantos países
temiam, já foi desativada e, atualmente, a transição
demográfica é uma realidade mundial.
Relação de dependência
 Relação estabelecida entre a parcela economicamente
ativa e a não produtiva da população.
 A redução da taxa de mortalidade geral, que
acompanhou a transferência da população para as
cidades, promoveu maior acesso às vacinas, à
assistência médica e a uma melhor qualidade de vida.
 A redução da taxa de mortalidade infantil é devido aos
maiores cuidados com a gestante, com o parto, com os
recém-nascidos.
Transição demográfica no Brasil
 O resultado é devido a redução do ritmo de
crescimento da população.
Fases do crescimento populacional
1. Primeira fase ou fase de equilíbrio primitivo
 No início da humanidade, o crescimento vegetativo foi
muito baixo, resultado de uma alta natalidade
acompanhada por uma mortalidade também alta.
 A expectativa de vida era muito baixa devido às
grandes epidemias, às constantes guerras e
conquistas, aos períodos de fome e às precárias
condições sanitárias e higiênicas da população.
 A população era tipicamente rural, não havendo ainda
o desenvolvimento da medicina nem da indústria
farmacêutica.
2. Segunda fase ou fase da expansão demográfica
 Caracterizada por elevadas taxas de natalidade e
baixas de mortalidade, marcando um grande
crescimento da população.
 A Revolução Industrial contribuiu e muito para a
melhoria das condições higiênico-sanitárias, médico-
hospitalares e alimentares no combate às epidemias
na Europa ao longo do século XIX.
 A expectativa da população aumentou e contribuiu
para um maior crescimento demográfico, porém, nas
áreas coloniais, o crescimento foi lento pois as taxas de
natalidade e de mortalidade mantiveram-se elevadas.
3. Terceira fase ou fase do envelhecimento
 Ocorrência de baixas taxas de natalidade e de
mortalidade, resultando em baixíssimo crescimento e
até em estagnação do crescimento populacional nos
países desenvolvidos.
 Urbanização, aumento da escolarização e inserção das
mulheres no mercado de trabalho contribuem para a
redução da fecundidade.
4. Quarta fase ou fase de implosão demográfica
 Taxas de fecundidade abaixo da taxa de reposição
populacional.
 A maioria dos países europeus e alguns da Ásia Oriental
têm, agora, as taxas de mortalidade mais elevadas do
que as taxas de natalidade.
 O envelhecimento e o declínio da população acabarão
por ocorrer, ou seja, haverá uma implosão
demográfica.
 Assim, diversos países europeus já fizeram campanhas
de incentivo à natalidade, como a França.
Distribuição espacial da população
1. Meio físico
 O home possui limitações e preferências quanto à
temperatura, vegetação, disponibilidade de água,
qualidade dos solos, tipo de relevo, etc.
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Geografia
 Assim, áreas ecúmenas (propícias à ocupação e à
permanência) e áreas anecúmenas (ambientes hostis à
ocupação humana).
2. Econômicos
 Áreas de agricultura mecanizada ou de pecuária
apresentam baixa densidade populacional, pois ambas
requerem pequena quantidade de trabalhadores.
 Atividades industriais e de prestação de serviços
exigem maior concentração populacional e são
exercidas nas áreas urbanas.
3. Históricos
 Áreas de ocupação antiga tendem a apresentar maior
adensamento populacional.
Teorias demográficas
Teoria Malthusiana
 Feita pelo economista e sacerdote anglicano Thomas
Robert Malthus (1766-1843), que estava preocupada
com os problemas enfrentados por seu país durante a
Revolução Industrial, como êxodo rural, desemprego e
o aumento populacional.
1. A população tende a crescer segundo uma progressão
geométrica, dobrando a cada 25 anos, caso não
ocorram epidemias ou guerras.
2. Fatores de subsistência, ou seja, alimentos, na melhor
das hipóteses, crescem segundo uma PA.
 Segundo ele, o ritmo de crescimento populacional era
muito superior ao ritmo de crescimento dos recursos
alimentares necessários ao atendimento de todo o
contingente populacional.
 Para corrigir tal descompasso, seriam necessárias
medidas de controle do crescimento populacional, a
fim de se evitar uma crise de superpovoamento.
 Epidemias, guerras, catástrofes naturais: constituiriam
um “mal necessário” para frear tal crescimento
indesejável.
 Caberia ao homem tentar conter o crescimento por
meio do princípio da “sujeição moral do indivíduo”, ou
seja, casamentos tardios, abstinência sexual, etc.
 Ele propunha e erradicação da pobreza e da fome por
meio do controle de natalidade.
Teoria Neomalthusiana
 A explosão demográfica do período Pós-Segunda
Guerra Mundial ressuscitou as ideias de Malthus.
 Atribuíam a culpa pela situação de miséria dos países
subdesenvolvidos ao acelerado crescimento
populacional.
 Concordavam que a agricultura não era capaz de
produzir alimentos suficientes para todos.
 Defendiam programas rígidos e oficiais de controle da
natalidade, em geral rotulados de planejamento
familiar, com o emprego de pílulas anticoncepcionais,
ligadura das trompas, DIU, aborto e vasectomia.
 Muitos governos de países ricos passaram a investir
mais em políticas antinatalistas do que em políticas
econômicas para resolver a pobreza e o desajuste
entre a população.
 Embora criticadas, a política antinatalista foi adotada
por países como índia, Egito, México e China. Sendo só
a China obtentora de resultados satisfatórios.
Teoria reformista ou marxista
 Se opõem aos neomalthusianos e argumentam que a
miséria é a responsável pelo intenso crescimento
populacional.
 Defendem reformas de caráter socioeconômico que
permitam a melhoria das condições de vida dos
indivíduos dos países subdesenvolvidos.
Estrutura etária
1. Jovens: até 19 anos.
2. Adultos: de 20 até 59.
3. Idosos: de 60 anos ou mais.
 Dados do IBGE referentes ao Censo Demográfico de
2010 apontam que o Brasil possui 68,5% de sua
população em idade economicamente ativa.
 A proporção de idosos, embora ainda pequena,
apresenta um crescimento constante, enquanto a
população de crianças está se reduzindo.
A estrutura por sexos
 Atualmente, a mulher possui maior expectativa de
vida em praticamente todos os países do mundo.
 Com o advento da vida moderna, se intensificou os
casos de doenças cardiovasculares, que atingem
principalmente os homens, além de serem também
mais expostos a situações de violência, como
homicídios, acidentes de carro, alcoolismo e drogas.
 Apesar de viverem mais, as mulheres ainda não
conquistaram o mesmo status social e político dos
homens, sendo, ainda, vítimas de preconceito e de
discriminação. São comuns os casos de mulheres com
maior qualificação profissional que recebem salários
menores que o dos homens, em uma mesma função.
 Na última década, a população brasileira apresentou
um homem a menos para cada grupo de 100
mulheres.
Estrutura social
População em idade ativa
 Conjunto de todas as pessoas teoricamente aptas a
exercer uma atividade econômica.
 No Brasil, é composta pela população com 15 anos ou
mais de idade e abrange a população economicamente
ativa e a não economicamente ativa.
1. População economicamente ativa
 Potencial mão de obra disponível para o setor
produtivo, isto é, a população ocupada, que está
empregada, de maneira formal ou informal, e a
população desocupada, que está desempregada, mas
disposta a trabalhar.
2. População economicamente inativa
 Pessoas desempregadas sem buscar um emprego,
como crianças menores que 15 anos, estudantes que
não trabalham, donas de casa que exercem apenas
funções domésticas não remuneradas, incapacitados
para o trabalho, os que não querem trabalhar ou que
desistiram de buscar trabalho, os desalentados.
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Geografia
 Desalentado: não procurou emprego no mês anterior
à pesquisa, mas procurou nos 6 meses anteriores.
Setores de atividades
1. Primário: trabalhadores do campo (agricultura, pecuária
ou extrativismo mineral, vegetal e animal).
2. Secundário: todos os que trabalham em indústrias e em
construção civil.
3. Terciário: setor da prestação de serviços (comércio,
transportes, setor público, educação, telecomunicação).
4. Quaternário: setor ligado a alta tecnologia, pesquisa,
biotecnologia, informática.
5. Quinário: setor da economia que engloba serviços sem
fins lucrativos, como organizações não governamentais.
 Nos países subdesenvolvidos, o grande surto de
urbanização não foi acompanhado de um processo de
modernização que gerasse industrialização e expansão
do comércio e dos serviços, proporcionando emprego
nos setores secundário e terciário. Dessa forma, o
desemprego disfarçou-se em subemprego nas cidades.
 Nos países desenvolvidos, mais industrializados, até a
década de 1970, o setor secundário era considerado o
mais importante. Com a robotização e a automatização
das tarefas de maneira intensa, houve diminuição da
população nesse setor, sendo o terciário que,
atualmente, mais cresce e absorve a mão de obra.
A distribuição de renda
 Países pobres apresentam maior concentração de
renda em relação aos países ricos.
 O Brasil destaca-se como um dos campeões de
concentração de renda no mundo.
Migrações
 Os movimentos horizontais da população são
considerados internacionais quando grupos de pessoas
se deslocam deum país para o outro e internos quando
ocorrem dentro do próprio país.
 Emigração: saída de pessoas de um país.
 Imigração: entrada de pessoas em um país.
 Grupos humanos migram devido a perseguições
religiosas, étnicas ou político-ideológicas, guerras e
causas naturais, como a seca. Atualmente,
predominam as causas econômicas, entre elas, a busca
por emprego, melhores salários e melhores condições
de vida.
Migrações internacionais
 A demanda por mão de obra sem qualificação fez com
que até a década de 1970 muitos países estimulassem
a imigração.
 Após a estabilização da economia Pós-Guerra, muitos
países, visando à restrição da entrada de imigrantes,
passaram a estabelecer regras rígidas para dificultar e
coibir a entrada de estrangeiros, além de
intensificarem a vigilância nas fronteiras (construindo
muros e investindo na instalação de dispositivos de
segurança).
 Para solucionar o problema da entrada ilegal, os EUA
iniciaram a construção do muro de Tijuana, que separa
o México dos Estados Unidos, já que essa área é
considerada o maior corredor de imigração do mundo.
 Buscando cessar a imigração de africanos em direção à
Europa, foi construído um outro muro segregacional na
região de Ceuta e Melilla.
Os refugiados e o seu drama
 O rápido crescimento está associado aos conflitos
étnico-culturais e políticos que emergiram no norte da
África e no Oriente Médio a partir de 2011, com a
chamada Primavera Árabe.
 Na Síria, onde tais conflitos se intensificaram para além
de 2011, houve o maior crescimento do número de
refugiados.
 O grande volume de migrantes gerou atos de repúdio
e xenofobia por parte da comunidade europeia,
principalmente após os ataques terroristas em Paris,
2015.
 Refugiados ambientais: catástrofes naturais, aumento
do nível do mar e a desertificação serão responsáveis
por uma grande crise ambiental e climática, causados
pelo aquecimento global, o que tornará inevitável o
deslocamento de milhares de pessoas buscando
sobrevivência. Tuvalu e Kiribati encontram-se em
estado de alerta, pois correm risco de desaparecerem
do mapa.
Migrações internas
 Ocorre dentro dos limites territoriais de um país.
 Geralmente, é causada pelos desequilíbrios regionais
do país, tornando algumas áreas polos de atração e
outras, polos de repulsão.
1. Êxodo rural: saída de pessoas do campo para morar na
cidade, onde supostamente encontrarão melhores
oportunidades. É causado pela mecanização do campo,
baixos salários, fascínio urbano, o que traz graves
consequências para as regiões urbanas, como o
crescimento desordenado, o aumento dos índices de
desemprego e subemprego, a violência urbana, o
favelamento, entre outros.
2. Transumância ou migração sazonal: deslocamentos
temporários ou periódicos de uma determinada
população de uma região para outra. Sertanejo:
pequeno proprietário de terra que, no auge da seca,
migra para a Zona da Mata do Nordeste para trabalhar
com a colheita de cana-de-açúcar, ou com turismo, ou
em alguma atividade informal (vendendo redes,
sorvete, coco). Pantaneiro: época de cheia do Pantanal
Mato-grossense leva seu gado para regiões mais
elevadas, retornando após o período das chuvas.
3. Migração pendular: movimentos diários que ocorrem
no sentido periferia-centro-periferia nas grandes
cidades, principalmente em volta das metrópoles.
Migrações inter-regionais
 São realizadas de uma região para outra, sendo,
normalmente, a região de origem em que o
desenvolvimento econômico é menor.
Nordeste
 Região tipicamente emigratória devido à miséria
gerada pela seca, à má distribuição de renda e,
também, ao contexto histórico e político.
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Geografia
Sudeste
 Região imigratória.
 A cultura do café, a industrialização e o rápido
desenvolvimento, principalmente de São Paulo,
contribuíram decisivamente para essa condição.
Centro-Oeste
 Região passou a figurar como área de imigração a
partir da construção de Brasília e do avanço da
fronteira agrícola.
Imigração para o Brasil
 Até 1808, a imigração para o Brasil era muito restrita,
excesso para cidadãos portugueses, colonizadores.
 Com a independência, no Brasil Império, a imigração
para o Brasil foi liberada e incentivada, tornando-se
significativa.
 Visando obter mão de obra para as atividades
econômicas, foram adotadas algumas políticas de
estímulo à imigração.
 A maior parte chegou ao Brasil entre 1830 e 1934,
cerca de 5 milhões, sendo que grande parte era de
italianos (a Itália vivia sob uma crise econômica e
guerras internas pela unificação).
 A crise cafeeira, a Crise de 1929, a Revolução de 1930
e a criação das Leis de Cotas da Imigração contribuíram
para o declínio progressivo da imigração após 1934.
Fatores que contribuíram para a intensificação da imigração a
partir de 1850
1. Lei Eusébio de Queiroz, que proibia o tráfico negreiro a
partir de 1850.
2. Expansão da cefeicultura (trabalho assalariado).
3. Incentivos governamentais (custeio das despesas
como transporte do imigrante) e particulares (os
fazendeiros assumiam as despesas do primeiro ano de
trabalho do imigrante).
4. Implantação de diversas leis abolicionistas,
culminando com a abolição da escravidão.
 O Brasil possui, atualmente, características que o
tornam mais emigratório do que imigratório, apesar de
o salgo migratório do país ficar muito próximo de zero.
 Como motivos principais para a saída de brasileiros do
país pode-se citar as questões econômicas, relativas
aos baixos salários pagos e a fuga da escalada de
violência existente no país.
 Dekasseguis: filhos e netos de imigrantes japoneses –
que, nas décadas de 1980 e 1990 tentaram um retorno
ao Japão em busca de maior renda e novas
oportunidades e dos brasiguaios (desde sem-terra a
grandes proprietários), que vivem na área de fronteira
com o Paraguai, ambos levados por vantagens de
custeio daquele país, o que provocou sentimentos
nacionalistas e xenófobos entre os brasileiros e os
paraguaios.
Indicadores sociais
Índice de Desenvolvimento Humano
 Foi criado pela ONU em 1990 para conhecer o grau de
desenvolvimento humano de um país.
 É composto, basicamente, de três dimensões: saúde,
educação e renda, indicando que o desenvolvimento
de uma nação não pode, e nem deve, ser mensurado
apenas pelo seu desenvolvimento econômico, mas
também por avanços sociais da população.
 Quanto mais próximo de 1, melhor é considerado o
indicador do país.
 Maiores: Noruega, Austrália, Suíça, Países Baixos, EUA,
Alemanha, Nova Zelândia, Canadá, Cingapura,
Dinamarca.
 Apesar do Brasil ser um dos países que apresentaram
o maior crescimento do IDH desde 1970, também é
citado como um dos países em que a concentração de
renda é mais evidente.
 É na área da educação que o Brasil precisa se
concentrar mais intensamente para avançar.
O IDH no Brasil
 Na última década, a expectativa de vida aumentou 3,3
anos, a média de escolaridade cresceu 1,7 anos, e o
tempo de escolaridade recuou em 0,7 anos.
 Regiões do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o Distrito
Federal e os estados do Amazonas e do Amapá
possuem o IDH mais elevado. O Alagoas é o estado
nordestino brasileiro com menor IDH.
Coeficiente de Gini
 Mede a desigualdade de renda em um determinado
local.
 Valores variam de 0 a 1, sendo um coeficiente baixo um
indicativo de uma distribuição de riqueza mais
igualitária.
 O Brasil tem o terceiro pior índice de Gini do mundo
(2010).
Organização do espaço urbano
 Em meados do século XIX, a Inglaterra já tinha a maior
parte de sua população vivendo nas cidades, e daí em
diante o processo de urbanização começou a ocorrer
em outras localidades onde a industrialização se
desenvolvia.
 Na atualidade, um rápido processo de urbanização tem
ocorrido em países subdesenvolvidos com baixo nível
de industrialização, como Equador, Bolívia e diversos
países africanos. Os fatores motivadores do intenso
fluxo de pessoas do campo para as cidades foram a
miséria, a concentração de terras, os conflitos
etnorreligiosos e a falta de terras e de água.
Espaço urbano no mundo contemporâneo
 Quando as cidades surgiam, apresentavam grande
dependência do meio rural. A partir da Revolução
Industria, quando se inicia o processo de urbanização,
isso se inverte. As cidades passam a ser as regiões mais
importantes, e é o campo que depende delas, as quais
fornecem máquinas e equipamentos que possibilitam
a produção agrícola e a apropriação do espaço rural.
 A urbanização ocorre quando o crescimento urbano
em um determinado local é superior ao rural, ou seja,
trata-se de um processo que pressupõe a ocorrência de
migração rural-urbana.
 O crescimento urbano corresponde à simples
expansão da população residente nas cidades,
ocorrendo, principalmente, devido à natalidade, sem
que haja, necessariamente, urbanização.
 A forma lenta como ocorreu nos países desenvolvidos,
com revoluções tecnológicas, favoreceu o
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Geografia
desenvolvimento das infraestruturas urbanas e, uma
melhor organização do meio urbano.
 No mundo subdesenvolvido, a urbanização ocorreu e
está ocorrendo de forma bastante acelerada, fato que
tem sido responsável por uma série de problemas. A
grande concentração de terras e a dificuldade de
pequenos produtores em produzir e se manterem no
campo acabam estimulando o êxodo rural.
 Como esses fluxos não se distribuem igualmente pelo
território dos países, algumas cidades rebem muito
mais pessoas oriundas do meio rural do que outras, o
que ressalta a incapacidade de o poder público
assegurar o bem-estar de toda a população de uma
determinada região.
 Com isso, como nem todos conseguem arrumar
empregos ao chegarem aos centros urbanos,
problemas como o surgimento de moradia precárias,
proliferação de cortiços e de aglomerados que
colaboram para a intensificação da violência.
Sítio urbano, situação urbana e função urbana
 O sítio urbano corresponde à base física da cidade e,
com isso, está diretamente associado à topografia do
terreno sobre o qual está assetado.
 A situação urbana corresponde à posição geográfica
da cidade no espaço, em relação a outros fatos e às
regiões próximas a ela.
 A função urbana corresponde à atividade econômica
predominante na cidade e da qual a maior parte de sua
população depende.
Rede urbana e hierarquia urbana
 As cidades pequenas são influenciadas ou polarizadas
pelas cidades maiores e mais importantes.
 Dentro de uma rede urbana, as metrópoles
representam o nível máximo de poder e de influência
econômica, e as vilas, o nível mais baixo, sofrem
influência ou polarização das demais cidades.
 Metrópole: cidade de grande dimensão territorial e
elevado contingente populacional, a qual concentra a
maior parte das atividades terciárias de sua
região/país. É a cidade mais equipada e polarizada,
onde se encontram os mais altos níveis hierárquicos de
uma rede urbana.
1. Metrópole mundial ou cidade global: sua influência se
estende não só sobre seu território, mas sobre boa
parte do mundo, como NY, SP, RJ, Tóquio, etc.
2. Metrópole nacional: sua influência abrange todo o
território nacional.
3. Metrópole regional: polo para variados centros
regionais menores. Sua atuação geralmente se
restringe aos limites estaduais ou aos provinciais.
Metropolização e desmetropolização
 O grande incremento populacional urbano foi
responsável pelo surgimento das principais metrópoles
mundiais, caracterizadas pelo expressivo contingente
populacional, pela concentração de capitais e da
produção e por uma grande infraestrutura de serviços.
 Em geral, a metropolização dá origem à formação de
regiões metropolitanas, pois, com o passar do tempo,
a grande valorização de terrenos, imóveis, aluguéis,
construções e impostos nas metrópoles foi
responsável por deslocamentos de pessoas e de
serviços para as áreas periféricas, ou menos para
municípios adjacentes, atraídos, sobretudo, por
incentivos fiscais e por impostos e custo de vida mais
baixos.
 Atualmente, a principal tendência do processo de
urbanização diz respeito à participação decrescente
das regiões metropolitanas na população de diversos
país (desmetropolização ou involução metropolitana),
fato que tem gerado melhor distribuição da população
pelas áreas urbanas.
 Esse processo ocorre, principalmente, em função da
desconcentração produtiva, que leva as empresas, em
especial as indústrias, a se retirarem dos grandes
centros, onde os custos de produção são maiores, e se
dirigirem para cidades de médio e pequeno portes, nas
quais o custo da produção é menor. Nestas, além dos
vários incentivos fiscais, a mão de obra normalmente é
mais barata e muitos sindicatos são menos
organizados e influentes do que nas grandes
metrópoles.
Megalópoles
 O crescimento horizontal de tais áreas metropolitanas
pode resultar na conturbação de duas metrópoles,
originando uma megalópole.
Megacidades
 São cidades que possuem um contingente
populacional de mais de 10 milhões de habitantes,
independentemente de seu tamanho e do seu grau de
desenvolvimento econômico.
 Exemplos: Tóquio, Cidade do México, São Paulo, Nova
Iorque, Los Angeles, Pequim.
Cidades globais
 São aquelas que se encontram no alto da hierarquia
urbana, em nível mundial.
 Nelas, estão concentradas as sedes das grandes
corporações multinacionais e são tomadas algumas
das mais importantes decisões políticas e econômicas.
 Independentemente do tamanho de sua população,
em decorrência desse relevante papel econômico-
financeiro e também por concentrarem grandes
prestadores de serviço altamente especializadas, as
cidades globais exercem uma influência que rompe as
barreiras nacionais e se estende por todo o mundo.
 A influência e o papel dessas cidades são proporcionais
ao volume de fluxos (circulação de capitais,
informações, mercadorias e indivíduos) e ao maior
número de sedes de grandes empresas industriais,
comerciais, financeiras e de serviços.
Cidades-gêmeas
 Núcleos urbanos situados em países distintos, mas que
fazem fronteira entre si.
 Em alguns casos, formam um núcleo conturbado ou
estão separadas apenas por vias ou pontes.
A mobilidade urbana
 É o resultado de um conjunto de políticas de transporte
e circulação que visam a proporcionar o acesso amplo
e democrático do espaço urbano, por meio da
priorização dos modos de transporte coletivo e não
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Geografia
motorizados de maneira efetiva, socialmente inclusiva
e ecologicamente sustentável.
 A ausência de um sistema de transporte eficiente
promove exclusão social, segregação espacial e deixa
as cidades menos atraentes para investimentos devido
à redução progressiva da mobilidade das pessoas e das
riquezas produzidas.
 Os problemas relacionados trazem prejuízos
econômicos e impactam diretamente sobre a saúde e
a qualidade de vida das pessoas.
Principais problemas da mobilidade urbana
 Ausência de uma política pública de planejamento
urbano que priorize a infraestrutura e a urbanização de
forma integrada.
 Má qualidade do transporte público coletivo.
 Congestionamentos devido à opção pelo transporte
individual.
 Prejuízos econômicos.
 Aumento das emissões de gases poluentes.
 Queda na qualidade de vida e consequentemente na
saúde da população.
Soluções adotadas
 Uma das iniciativas mais comuns é o alargamento de
avenidas e a construção de pontes e viadutos. Essa
solução possui caráter paliativo e de curto prazo, uma
vez que essas mudanças estimulam a utilização de
transporte individual.
 Em algumas cidades, como São Paulo, foi instituído o
rodízio para reduzir em 20% o volume de automóveis
em circulação em determinados horários. Essa medida
não resolve a situação, pois muitos motoristas acabam
adquirindo um segundo veículo.
 A implantação de ciclovias, ciclofaixas e vias
sinalizadas, bem como o estímulo à utilização de
bicicletas, é uma política vista com simpatia, mas de
difícil adesão em massa, por questões culturais e de
segurança.
 Uma das soluções mais polêmicas já implantadas em
Londres, por exemplo, é a cobrança do pedágio urbano
no centro expandido, restringindo a circulação de
automóveis em certos trechos da cidade e
arrecadando recursos a serem aplicados na melhoria
do transporte público.
 A maioria dos analistas consideram que a expansão da
malha ferroviária urbana, com investimentos em linhas
de metrô, seria uma das soluções. Porém, sua maior
desvantagem está no preço.
Problemas sociais e ambientais urbanos
 A urbanização nos países pobres tem apresentado um
ritmo bastante acelerado, o qual inviabiliza que o
crescimento econômico e social ocorra a mesma
intensidade.
 A criação de grandes centros urbanos, associada à falta
de planejamento urbano por parte do poder público e
às ocupações irregulares e desorganizadas, originou
vários problemas socioambientais, gerando uma
precária qualidade de vida.
 Esse processo é acompanhado pelo desemprego
crescente, pela degradação ambiental, pela
precariedade dos serviços urbanos, pela sobrecarga da
infraestrutura existente, pela intensificação da
desigualdade social, pelo déficit habitacional, pela
favelização e pela violência crescente.
 As cidades industrializadas e suas periferias são as que
mais contribuem para a degradação do meio
ambiente.
 O aumento populacional urbano e a falta de recursos
financeiros, políticos e legais em países
subdesenvolvidos, principalmente, acarretam uma
grande degradação do ambiente urbano e uma queda
na qualidade de vida de milhões de pessoas.
Problemas sociais
Moradia, favelização e segregação urbana
 O processo de favelização promove o surgimento de
submoradias sem adequadas condições de
infraestrutura, de equipamentos e de serviços – como
saneamento básico e transporte público – e ausência
de energia elétrica, iluminação pública, transporte,
lazer, equipamentos culturais, segurança pública e
acesso à justiça.
 Esses problemas se associam à especulação
imobiliária, à concentração de renda, ao desemprego e
à falta de planejamento urbano.
 A segregação socioespacial urbana ocorre quando as
classes sociais se apartam, ocupando diferentes
regiões ou bairros de uma cidade. O surgimento e a
expansão dos condomínios fechados são um grande
exemplo de segregação socioespacial urbana, já que as
pessoas detentoras de maior renda, em busca de
segurança e proteção, constroem muros, que as
distanciam ainda mais das classes de baixa renda (o
que tende a aumentar a intolerância e a sensação de
desigualdade e exclusão social, podendo contribuir
com o agravamento da violência urbana).
Violência urbana
 Mais frequente nas periferias, onde o crime consegue
se instalar facilmente, pois são espaços segregados,
com baixa segurança pública e reduzida presença do
poder público.
 Atinge todos os habitantes, sem distinção de classe
social.
Ocupação desordenada, deslizamento de encostas,
desmatamentos e enchentes
 A enorme especulação imobiliária faz com que um
grande contingente populacional necessite residir em
regiões que se constituem como áreas de risco, como
em encostas de muros e nas proximidades de rios e
córregos.
 A ocupação indiscriminada nessas áreas sem o
adequado planejamento do uso do solo e sem a adoção
de técnicas adequadas de estabilização das encostas
está tornando cada vez mais recorrentes acidentes
associados ao desmoronamento de encostas, que
muitas vezes atingem dimensões desastrosas.
 Para evitar danos, devem ser realizadas medidas
preventivas que envolvem obras de engenharia, tais
como obras de contenção de encostas, implantação de
sistemas de drenagem, além de desenvolvimento de
políticas públicas voltadas ao planejamento do uso do
solo e a planos preventivos.
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Geografia
Macrocefalia urbana
 Caracterizada pelo crescimento acelerado das áreas
urbanas, sobretudo nas metrópoles. É típica de países
periféricos, nos quais uma localidade concentra grande
porcentagem da população.
 Como esse processo ocorre de forma bastante rápida,
é responsável pelo surgimento de cidades com sérios
problemas infraestruturais, que resultam em
marginalização, submoradia, aumento da violência, da
criminalidade, do desemprego e de doenças
provocadas pelo inadequado saneamento básico.
Mobilidade urbana
 Conjunto de sistemas que possibilitam a locomoção
dos cidadãos de uma cidade, incluindo todos os modais
de transporte.
 O congestionamento gera impactos ambientais e
grandes atrasos na economia das cidades.
 O grande número de veículos, a falta de obras
infraestruturais nas vidas e o transporte público
inadequado são fatores que contribuem para que as
pessoas percam, todos os dias, inúmeras horas no
trânsito nas grandes cidades.
Problemas ambientais
Lixo urbano
 Os resíduos sólidos apresentam um grave problema
ambiental em razão do grande potencial de se
tornarem fontes de doenças, de contaminação dos
solos e da água.
 O lixo pode ocasionar o entupimento de redes de
drenagem urbana, provocando alagamentos e
contribuindo para a depreciação imobiliária.
 O contínuo crescimento da população aliado a uma
sociedade cada vez mais consumista, são
determinantes para a grande quantidade de resíduos
gerados diariamente.
 O descarte do lixo eletrônico (e-waste) é um enorme
problema, pois, quando ele é eliminado de forma
inadequada, é responsável por uma série de danos ao
ambiente.
Lixão
 Método mais utilizado no Brasil para descartar
resíduos produzidos pelas atividades humanas e é o
que mais causa danos às pessoas e ao meio ambiente.
 É uma área onde resíduos de diversas origem são
simplesmente descartados sobre o solo, sem medidas
de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública.
 Não há separação prévia de materiais nem qualquer
tipo de controle ambiental.
 Esse tipo de descarte permite que substâncias tóxicas
infiltrem-se no solo e poluam a água subterrânea com
chorume.
 Muitas pessoas vivem da coleta, ficando sujeitas a
doenças, além dos incêndios que podem ocorrer por
ação dos gases gerados pela decomposição dos
resíduos.
Aterro sanitário
 Local preparado de modo a proteger a população e o
ambiente, com o solo devidamente impermeabilizado
para receber os resíduos.
 Consiste basicamente na compactação dos resíduos
sobre o solo, na forma de camadas que são
periodicamente cobertas com terra.
 A impermeabilização é eficiente para impedir a
infiltração do chorume no solo. O gás metano liberado
pela decomposição deve ser queimado no local ou
pode ser aproveitado como combustível.
Incineração
 Queima do lixo em fornos e usinas próprios.
 Apresenta a vantagem de reduzir bastante o peso e o
volume, além de eliminar agentes patogênicos.
 O principal problema é a poluição do ar por gases
liberados e por resíduos que passam pelos filtros e não
são capturados.
 Como acontece, em geral, em usinas, o calor dissipado
pode ser utilizado na produção de energia elétrica e no
aquecimento de água.
Reciclagem
 Materiais usados ou descartados são coletados e
transformados em novos produtos para uso ou venda.
 Evita o desperdício de materiais potencialmente úteis,
reduz o consumo de matérias-primas e de energia,
ameniza a poluição do ar e da água, atenua a
necessidade de eliminação de resíduos e emite menos
gases do efeito estufa.
A questão do necrochorume e a contaminação do solo e das
águas
 O necrochorume é o principal resíduo de
contaminação oriundo de corpos em decomposição,
que, ao penetrar no solo, pode gerar poluição das
águas subterrâneas.
 É basicamente o líquido liberado pelos caáveres em
processo de putrefação.
 De cor amarelada e consistência viscosa, ele é muito
malcheiroso e pode conter agentes patogênicos.
 O produto penetra no solo e, como é muito solúvel, se
mistura à água subterrânea na forma de plumas de
contaminação, percorrendo quilômetros no subsolo.
Chuvas ácidas
 A acidez da chuva é formada pela combinação de gás
carbônico e água presente na atmosfera, produzindo o
ácido carbônico (H2CO3), que, mesmo em pouca
quantidade, torna as chuvas naturalmente ácidas.
 O problema é que as chuvas têm se tornado cada vez
mais ácidas devido à grande quantidade de óxidos de
enxofre (SO2) e nitrogênio lançados na atmosfera.
 Esse problema é frequente em áreas de maior
potencial industrial.
 As águas dessas chuvas têm efeito corrosivo, o que
causa sérios transtornos quando atingem construções,
rios, lagos e seres vivos, além de destruírem a
cobertura vegetal das florestas;
 No Brasil, o fenômeno é mais comum nas regiões Sul e
Sudeste.
Ilhas de calor
 As grandes cidades são, em geral, recobertas por
partículas sólidas em suspensão, oriundas das diversas
atividades ali desenvolvidas. Assim, essas regiões
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Geografia
tendem a receber menos radiação solar, pois esta é
absorvida e refletida antes que atinja a superfície.
 Entretanto, as diversas construções urbanas acabam
compensando essa perda devido à propriedade de
conservação de energia.
 As atividades antrópicas interferem diretamente nesse
processo, uma vez que o consumo intensivo de
combustíveis fósseis em aquecedores, automóveis e
indústrias transformou a cidade em uma fonte
inesgotável de calor.
 A substituição da cobertura vegetal por grande
quantidade de casas, prédios, avenidas e viadutos,
aumenta significativamente a irradiação de calor.
 As ilhas de calor correspondem ao aquecimento
anormal das áreas centrais das grandes cidades que
apresentam temperaturas médias maiores do que as
zonas adjacentes dominadas pelo mesmo tipo
climático.
 É comum em grandes centros urbanos.
 Dentro das “ilhas de calor”, as temperaturas
aumentam da periferia em direção ao centro, podendo
atingir até 10oC de diferença.
 À noite, a poluição do ar impede a dispersão de calor,
uma vez que as áreas centrais de uma grande cidade
concentram a mais alta densidade de construções. A
massa de ar quente carregada de material particulado
que se forma sobre essas áreas tende a subir até se
resfriar. Quando se resfria, retorna à superfície, dando
origem a intensos nevoeiros na periferia da mancha
urbana (um verdadeiro círculo vicioso de fuligem e
poeira).
 São também responsáveis pela maior ocorrência de
chuvas sobre as grandes cidades. Ao atrair ventos
úmidos das áreas em seu entorno, causam
instabilidades atmosféricas que levam à ocorrência de
grandes tempestades.
 Ao se aproximar de uma grande metrópole, nota-se
uma camada acinzentada e fosca de fumaças e
poluentes recobrindo-a (smog), que impede a
visualização do Sol ou faz com que ele seja visto na cor
laranja-avermelhado, além de causar diversos
problemas à saúde da população local.
Inversão térmica
 Fenômeno natural que pode ocorrer em qualquer
parte do globo e é caracterizado pela inversão das
camadas de ar, ou seja, o ar frio fica em baixo, e o ar
quente, acima. Normalmente, o ar quente que fica na
parte inferior.
 É muito comum no Brasil durante o inverno, quando o
ar está muito seco e existe muita poluição na
atmosfera, pois a estabilidade atmosférica favorece a
concentração dos poluentes.
 Costuma aparecer no final da madrugada e no início da
manhã, quando ocorre a perda de calor do solo por
irradiação.
 O ar frio, impossibilitado de aquecer e elevar-se, fica
retido em baixas altitudes, enquanto nas camadas mais
elevadas o ar se encontra relativamente mais quente e
não consegue descer.
 Há uma estagnação momentânea da circulação
atmosférica em escala local, ou seja, a inversão
térmica.
 Os ambientes mais favoráveis para a ocorrência são as
grandes cidades, por apresentarem uma grande área
desmatada e solos cobertos com construções. Com
isso, as grandes cidades absorvem uma grande
quantidade de calor durante o dia, no entanto, à noite,
perdem calor rapidamente.
 A concentração do ar frio próximo à superfície impede
sua dispersão e faz com que haja uma concentração de
toneladas de poluentes e de material particulado nas
camadas mais baixas da atmosfera, constituindo um
sério problema ambiental nos centros urbano-
industriais.
 A concentração de ar poluído junto à superfície afeta
diretamente a saúde humana, ocasionando doenças
associadas ao sistema respiratório.
 Quando ela ocorre durante o verão, em cidades que
estão cercadas por muros ou montanhas, as massas de
ar quente provenientes de outros locais impedem a
ascensão do ar mais frio que está próximo ao solo,
causando uma inversão própria da natureza (efeito
tampão), que é muito comum em São Paulo.
Urbanização brasileira
 Entre as décadas de 1940 e 1980, a população
brasileira passou de predominantemente rural para
majoritariamente urbana.
 Os primeiros centros urbanos surgiram sobretudo no
litoral, em razão das atividades econômicas
desenvolvidas nessa região.
 No século XVIII, a atividade mineradora foi responsável
pelo surgimento de diversos núcleos urbanos e, no
século XIX, a produção cafeeira teve papel
fundamental no processo de urbanização.
 Com o início da industrialização na primeira metade do
século XX, as péssimas condições de trabalho no
campo e no início da mecanização agrícola foram
responsáveis por uma intensificação do êxodo rural.
 Pelo movimento migratório ter sido acelerado e
constituído, em maioria, por pessoas pobres, tal
modelo de urbanização não conseguiu proporcionar a
esses imigrantes condições básicas de urbanidade e de
inserção social na cidade.
 A urbanização brasileira ocorreu de forma desigual, de
modo que poucas cidades acabaram concentrando a
maior parte da população e da riqueza.
1. Sudeste: região que possui a maior proporção de
população urbana.
2. Centro-Oeste: ocupa a segunda posição devido à
Revolução Verde e à expansão agrícola, sendo
desvinculada do processo de industrialização.
3. Nordeste: possui a menor proporção de população
residindo nas áreas urbanas. Isso se deve, sobretudo,
ao grande número de pessoas que vivem no campo
desenvolvendo atividades voltadas para a subsistência.
 No Sul e Sudeste, a rede urbana foi bem elaborada,
refletindo o dinamismo e o maior desenvolvimento
industrial, que lhes asseguram uma rede urbana mais
intensa e complexa.
Principais tendências da urbanização brasileira
Desmetropolização
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Geografia
 O Censo 2010 aferiu a tendência de crescimento das
cidades médias como sendo um dos principais fatores
responsáveis pela atração de imigrantes, o que ajuda a
explicar o saldo migratório negativo de algumas
regiões metropolitanas do país, principalmente a de
São Paulo.
 Apesar da continuidade dos fluxos migratórios inter-
regionais, o volume das migrações entre as regiões
brasileiras tem diminuído nos últimos anos.
 Atualmente, a maior tendência urbana do Brasil é o
processo de desmetropolização. Isso ocorre por
fatores como o alto custo de vida e a fuga da violência,
assim como por fatores atrativos das pequenas e
médias cidades, como a boa infraestrutura produtiva e
de serviços, menor custo de vida e melhores condições
ambientais.
 Assim, as cidades de médio porte tiveram o seu ritmo
de crescimento populacional muito intensificado nas
últimas três décadas.
Expansão das áreas de ocupação irregular e de condomínios
fechados
 Nas grandes cidades brasileiras, se percebe tendência
de ocupações de áreas ambientalmente vulneráveis
pelas classes sociais menos favorecidas.
 As ocupações irregulares precárias realizadas pela
população de baixa renda, como consequente
aumento da degradação ambiental, têm se tornado um
dos graves problemas urbanos.
 A especulação imobiliária concentra sua atuação na
faixa de alta renda, apropriando-se de áreas com
características paisagísticas singulares, nas quais a
natureza é utilizada para a valorização dos
empreendimentos, estabelecendo condomínios
fechados e contribuindo para o aumento da
segregação socioespacial.
Processos de industrialização no mundo
Evolução da indústria
 A indústria corresponde ao setor secundário da
economia e é responsável por transformar a matéria-
prima bruta em produtos acabados ou semiacabados.
 No Período Medieval, a produção era doméstica e
dependia da habilidade manual dos produtores. Os
artesãos eram bastante limitados, pois, além de serem
responsáveis por todas as fases de produção,
necessitavam, ainda, da força humana ou de animais
para realizar o trabalho.
 A introdução da manufatura, no final da Idade Média,
foi a primeira grande mudança. Nesse tipo de
produção, a mão de obra era artesanal e o trabalho era
dividido. Cada artesão era responsável por uma etapa
do processo de produção.
 A indústria moderna nasceu entre os séculos XVIII e
XIX, quando surgiu a máquina a vapor. Primeiramente,
usava-se lenha para movimentar as máquinas. Logo,
passaram a ser utilizados o carvão mineral, o petróleo,
a energia elétrica.
 Os empresários, os trabalhadores, as matérias-primas
e as máquinas concentraram-se, então, nos centros
urbanos que deram origem aos grandes centros e
regiões industriais.
 A produção em larga escala, a queda dos preços, o
aumento do consumo e dos empregos nas cidades
resultaram no crescimento da população e na
urbanização.
 A produção passou a se apoiar no trabalho assalariado.
Assim, os trabalhadores não estavam mais ligados à
terra, mas sim ao capital, podendo vender pelo melhor
preço a sua força de trabalho.
 As cidades começaram a crescer rapidamente, e o
meio rural foi sendo, aos poucos, influenciado pelas
formas de produção industrial.
As revoluções industriais
 A partir do século XIX, a indústria deixou de ser restrita
à Inglaterra e estabeleceu-se em países europeus.
Principais fatores que levaram à RI na Inglaterra
1. Transformações na estrutura fundiária, que
promoveram intenso êxodo rural e liberaram mão de
obra para a cidade.
2. Rápido crescimento da população, disponibilizando
mão de obra barata.
3. Grande acúmulo de capitais provenientes da expansão
comercial e da política mercantilista.
4. Rápido processo de urbanização.
5. Emergência da burguesia.
6. Desenvolvimento da indústria mecânica e utilização do
carvão mineral.
 Etapas: surgimento de novas tecnologias, de novos
processos fabris e da organização da mão de obra, bem
como de novas relações trabalhistas.
Primeira Revolução Industrial 1750 – 1870
 Marca a supremacia da Inglaterra como potência
mundial.
 Com o desenvolvimento da máquina de vapor a sua
incorporação ao processo produtivo, ocorre uma
grande revolução dos transportes e da movimentação
das máquinas.
 O carvão surge como principal fonte energética, assim,
as indústrias são instaladas próximas a minas.
 A indústria predominante é a têxtil, com emprego
intensivo de mão de obra mal remunerada e sem
qualificação.
 Os operários, inclusive mulheres e crianças, eram
muito explorados e submetidos a longas jornadas de
trabalho. Na maioria das vezes, eles se amontoavam
em habitações precárias próximas às fábricas.
 O aumento da produção industrial na Inglaterra e a
necessidade de expandir o mercado além das
fronteiras deram origem ao liberalismo econômico,
uma doutrina que considerava nociva a intervenção do
Estado na economia e defendia a livre concorrência.
Segunda Revolução Industrial – até a década de 1970
 A produtividade e a capacidade de produção
aumentavam de forma acelerada, a divisão do trabalho
se acentuava, e a fabricação em série crescia.
 Cada vez mais, os EUA e a Alemanha aumentavam sua
produção industrial. Assim, a hegemonia antes da
Inglaterra passou por um processo gradual de
descentralização.
 Nessa fase se descobriu a eletricidade e se desenvolveu
o motor a explosão. As jornadas de trabalho foram
reduzidas pela pressão dos sindicatos, a mão de obra
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Geografia
teve aumento salaria, foram expandidas as indústrias,
as siderúrgicas, metalúrgicas e petroquímicas, o que
dinamizou a indústria automobilística e, com isso,
ocorreu a substituição do carvão pelo petróleo.
 Muitas empresas surgiam e cresciam rapidamente. A
concorrência acirrada favoreceu as grandes empresas,
levando-as à realização de fusões e incorporações que
resultaram na monopolização de muitos setores.
 O capitalismo foi passando da fase concorrencial para
a monopolista e financeira, sendo consolidada depois
da Primeira Guerra Mundial.
 Após a Crise de 29, a eficiência do capitalismo foi
questionada e ficou claro que o liberalismo clássico não
era capaz de manter a economia estável.
John Maynard Keynes
 Em 1926, postulou uma teoria que rompia com a ideia
de mecanismos autorreguladores do capitalismo.
 Defendia que o Estado deveria interferir nos campos
social, econômico e nas demais áreas em que fosse
preciso: Welfare State.
 Esse modelo foi adotado por vários países no fim da 2ª
Guerra, pois muitas nações estavam fragilizadas, e o
Estado se tornava vital para a recuperação delas.
Terceira RI ou Revolução Técnico – Científica (pós 1970)
 Seus efeitos estão relacionados à expansão das
telecomunicações e dos transportes, além do
desenvolvimento e da utilização da informática.
 Surgem os grandes conglomerados industriais e
multinacionais. As empresas que utilizavam mão de
obra intensiva e consumiam grande quantidade de
energia passaram a se instalar em países de Terceiro
Mundo, em regiões mais pobres de alguns países ricos
da Europa e, principalmente, em ex-países socialistas.
 O Japão, a China e os “Tigres Asiáticos” tornaram-se
novas potências industriais e passaram a disputar
mercados com os EUA.
 O processo produtivo foi revolucionado com a adoção
do Modelo de Acumulação Flexível ou pós-fordismo,
que apresenta tais características:
1. Aumento do uso de novas fontes energéticas e o
declínio relativo do uso do petróleo.
2. Necessidade de mão de obra qualificada/escolarizada.
3. Modernização do setor terciário (informática, turismo,
telecomunicações).
4. Robotização da produção, aumentando o desemprego.
5. Substituição da linha de montagem por uma produção
mais flexível, com a participação dos trabalhadores nas
decisões da empresa.
6. Diminuição da jornada de trabalho.
7. Declínio relativo do poder do Estado-Nação em relação
a organizações internacionais modernas (ONU, ONGs).
8. Desconcentração industrial possibilitada pelo
desenvolvimento de tecnologias de comunicação e de
transportes mais eficientes.
Processos de industrialização no mundo
Industrialização clássica
 Típica dos atuais países desenvolvidos, se iniciando na
Inglaterra.
 Esse modelo foi pioneiro e consistiu em um longo
processo de evolução e de aperfeiçoamento
tecnológico, partindo das máquinas mecânicas para as
movidas a vapor, e destas para as máquinas elétricas.
 Exemplo: têxtil, alimentos, utensílios, siderúrgicas,
metalúrgicas, mecânicas.
 Locais: Europa, América do Norte, Japão e Rússia.
Industrialização tardia ou retardatária
 Típica dos países subdesenvolvidos.
1. Substituição de importações
 Países como a África do Sul, Argentina, Brasil, Índia e
México iniciaram sua industrialização por meio desse
modelo e buscavam produzir internamente produtos
que antes eram importados.
 A produção era voltada para o mercado interno.
 Apresentava um grande protecionismo estatal, dessa
forma, os padrões de tecnologia, qualidade e
diversidades de produtos ficaram limitadas ao nível de
renda e à pouca competitividade.
 Não havia investimento na qualificação da mão de
obra.
 Havia participação extensiva do Estado na construção
de hidrelétricas, indústrias de base e na infraestrutura
de transportes para atender às necessidades nas novas
indústrias.
2. Plataforma de exportações
 Nos Tigres e nos Novos Tigres Asiáticos, a
industrialização se baseou na criação de plataformas
de exportação de mercadorias.
 Estimulavam à competitividade externa.
 Havia ausência de barreiras de proteção às indústrias
nacionais.
 Havia investimentos no desenvolvimento de
tecnologias e na qualificação de mão de obra, para
atender o mercado externo, mais exigente.
3. Industrialização planificadora
 Ocorreu nos países que adotaram o socialismo.
 Esse modelo priorizou o desenvolvimento das
indústrias de base e das indústrias bélicas, o que
resultou no crescimento vertiginoso da absorção de
mão de obra no setor secundário.
 Quase todas as fábricas eram governamentais ou
estatais. Normalmente, as indústrias de base tiveram
prioridade, deixando a indústria de bens de consumo
em plano secundário.
 Típico da União Soviética, Polônia, Bulgária, Hungria e
China.
Classificação das indústrias
Quanto ao fator histórico
1. Artesanato: indústria doméstica, praticada em âmbito
familiar, por uma ou mais pessoas, que produzem
objetos para o uso próprio ou para a venda.
 O produtor executa todas as fases do trabalho
utilizando suas próprias ferramentas, em sua própria
residência.
 São sapatos, vestuários e utensílios domésticos.
2. Manufatura: quando as primeiras máquinas surgiram.
 Corresponde a um nível mais avançado da produção
manual, no qual o artesão produzia bens destinados a
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um maior número de consumidores locais ou de
cidades vizinhas.
 O comerciante fornecia matéria-prima, local de
trabalho e as ferramentas para a produção.
 O artesão vendia sua força de trabalho em troca de um
salário. Para aumentar a produtividade, o trabalhador
executava apenas uma fase do processo de produção.
 Assim, cada um se torna especialista em determinado
setor de produção.
3. Maquinofatura: a energia humana foi substituída pela
energia a vapor e, mais tarde, pela elétrica.
 A produção passa a ocorrer em série, resultando um
volume cada vez maior de mercadorias.
 As fábricas são os locais de trabalho e o número de
empregados aumenta bastante.
 As indústrias se expandem e os lucros dos patrões
aumentam, potencializando sua capacidade
competitiva.
 A relação entre a burguesia e o operariado torna-se
desigual.
 Como a divisão do trabalho se torna muito específica,
o trabalhador tende a perder a noção de todo o
processo de produção ou do produto final.
 Hoje, está tão modernizado que, em muitos casos, já
não existe mão de obra humana.
Quanto ao desenvolvimento tecnológico
 A tecnologia utilizada reduz a força empregada pelo
homem e automatiza o processo produtivo.
 As indústrias tradicionais têm origem familiar e são as
mais antigas. Não se modernizam tanto quanto as
outras, portanto, empregam muita mão de obra em
relação ao valor da produção e não incorporam novas
tecnologias. São as de alimento, móveis, tecidos,
bebidas.
 As modernas ou dinâmicas apresentam um elevado
grau de automação. Elas racionalizam o serviço,
realizam produção em série e em grande escala,
qualificam os produtos, etc. Geralmente estão
associadas a grandes mercados nacionais ou
internacionais, sendo as de automóveis, máquinas e
eletroeletrônicas
Quanto ao grau de acabamento dos produtos
 As indústrias de base produzem bens que servirão de
base para outras indústrias. Elas estão associadas aos
setores siderúrgico, petroquímico, de cimento, de
máquinas e de ferramentas.
 As indústrias de derivados têm como matéria-prima
bens já beneficiados ou semiacabados, para serem
transformados em um novo produto. São as que
confeccionam sapatos, as de vestuário, de móveis,
eletrodomésticos, etc, sendo destinados ao consumo e
ao uso.
Quando à quantidade de consumo de matéria-prima e energia
 As indústrias pesadas ou de equipamentos consomem
grande quantidade de energia e de matérias-primas,
produzindo itens acabados ou semiacabados.
Empregam mão de obra pouco numerosa em relação
ao seu volume de produção, como as siderurgias,
fabricação de máquinas, navios, veículos automotores.
 As indústrias leves ou de consumo apresentam uma
maior dispersão pelo espaço territorial ou estão
concentradas nos grandes centros urbanos. Possuem
produção bastante diversificada e usam grande
quantidade de mão de obra em relação ao volume de
produção. Objetivam criar produtos acessíveis ao
consumo, como alimentos, tecidos, roupas, fumo,
bebidas, calçados, medicamentos, etc.
Quanto à finalidade ou destino dos bens produzidos
 As indústrias de bens de consumo são aquelas que
produzem artigos acabados que se destinam ao
consumo individual ou familiar. As de consumo não
durável ou de consumo imediato produzem bens
consumidos em curto prazo, como alimentos,
calçados, cigarros, etc. As de consumo durável
produzem bens consumidos a médio e longo prazo,
como móveis, eletrodomésticos, veículos, etc.
 Indústria de bens intermediários: produzem bens que
auxiliam no processo produtivo de outras indústrias.
 Indústria de transformação: fornecem máquinas e
equipamentos.
 Indústria extrativa: tem importância fundamental no
desenvolvimento econômico, como a mineração.
 Indústria de construção: casas, rodovias, pontes,
túneis, hidrelétricas, aeroportos, etc.
Fatores de produção na indústria
1. Capital: dinheiro necessário para a construção de uma
indústria, podendo ser particular ou estatal.
2. Energia: carvão mineral e vegetal, petróleo, gás, água,
sol, combustíveis nucleares, etc.
3. Matéria-prima: será transformada em produto e é a
base do funcionamento de uma indústria.
4. Mão de obra: áreas intensamente povoadas oferecem
vantagem de mão de obra braçal ou especializada e,
também, mercados consumidores.
Tecnopolos: área que possuem grandes centros universitários e
de pesquisa, que fornecem mão de obra altamente qualificada.
Concentração da atividade industrial
Concentração geográfica
 Atualmente, a concentração geográfica das atividades
industrias necessita de disponibilidade de mão de obra
especializada ou braçal, de uma melhor rede de opções
energéticas, além de se reduzirem os cursos com a
prestação de serviços por terceiros (comércio,
escritórios), com o transporte de operários e de
matérias-primas e com o escoamento de produtos.
 Distritos: parques ou complexos industriais. Áreas
previamente escolhidas para instalação de indústrias.
Para atraí-las, as prefeituras locais, normalmente,
oferecem incentivos fiscais, preços reduzidos de
terreno e infraestrutura.
 Parques industriais: localizados também dentro dos
limites municipais, reúnem um menor número de
indústrias dentro de uma área. Apresentam grande
variedade de indústrias.
 Consequências: intenso crescimento populacional
nessas áreas, gerando urbanização desorganizada,
com problemas de moradia, falta de saneamento
básico, problemas de transporte coletivo, formação de
favelas, desemprego, aumento da criminalidade, etc.
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Geografia
Concentração financeira  O sistema é caracterizado por “puxar” a produção a
 Grandes empresas se fortalecem em uma disputa cada partir da procura, produzindo o necessário nas
vez maior pelo mercado consumidor. quantidades necessárias e no momento necessário.
 Devido à falta de condições de disputa e  A eliminação dos estoques, dos defeitos, da burocracia
competitividade dos produtos, as empresas menores e da perda de tempo na linha de produção são as
tendem a ser absorvidas pelas maiores ou a ficar com metas.
uma pequena parcela do mercado.  Em cada etapa do processo, produzem-se na
quantidade e no momento exato, somente os produtos
Principais modelos de organizações empresariais necessários para a fase posterior.
1. Conglomerado: empresas de um mesmo grupo  São esperados, também, ganhos de produtividade,
econômico atuando em diferentes setores da aumento da qualidade e maior capacidade de
economia para evitar prejuízos totais em um setor. adaptação às novas condições.
2. Truste: várias empresas do mesmo setor, que se  Para funcionar corretamente, é necessário um
fundem e formam uma dinâmica organização eficiente sistema de logística, utilizando-se caminhões
financeira, com a finalidade de controlar e dominar o para conectar as áreas de produção e de montagem.
mercado, suprindo a livre concorrência.
3. Holding: empresa criada para controlar as atividades Fordismo Toyotismo
de outras indústrias. Defeitos no produto só eram Os operários interrompem a
4. Cartel: associação entre empresas de um mesmo identificados no final da linha produção a qualquer
setor, de modo a conseguir controlar o mercado. de produção. momento para consertar
5. Joint venture ou empreendimento conjunto: união de falhas.
risco entre empresas de nacionalidades ou regiões A empresa fabricava muitas A maioria das peças é feita
diferentes, mas do mesmo ramo de produção, que têm das peças que compunham por fornecedores.
como objetivo operar em um mesmo mercado e dividir seu produto.
o lucro, sem que cada uma perca sua identidade. Para não faltar pelas, elas O estoque é mínimo. Os
eram produzidas em excesso, fornecedores entregam as
Sistemas de produção gerando estoque. peças quando a companhia
Taylorismo e fordismo as solicita.
 No taylorismo, controlavam-se os movimentos e o O operário-modelo era O operário modelo é aquele
tempo para a execução das tarefas com a finalidade de aquele que melhor obedecia que identifica problemas e
aumentar a produtividade das linhas de produção. às diretrizes de seus propõe soluções.
 O trabalhador passou a realizar procedimentos superiores.
repetitivos e especializados, para os quais foi treinado, O funcionário devia se O funcionário deve se
funcionando como uma máquina: o trabalho manual preocupar apenas com preocupar com a aplicação
foi reduzido a gestos e movimentos. tarefas imediatas. que o produto terá depois de
 O trabalho intelectual era realizado separadamente vendido.
pelos dirigentes e funcionários mais qualificados, ou A empresa devia executar os A empresa deve planejar a
seja, o planejamento era separado da execução. problemas feitos pelos seus produção de modo a atender
 Surgiu na fábrica de automóveis Ford, em 1913, em engenheiros. aos desejos dos seus clientes.
que cada trabalhador seria especializado em executar
uma tarefa, gerando uma linha de montagem.
 Henry Ford utilizou as ideias de Taylor e inseriu Industrialização brasileira
esteiras rolantes que deslocavam as matérias-primas e Histórico
fixava os operários em postos de trabalho: fordismo. Segundo Reinado 1840 – 1889
 Ele é marcado pela concentração industrial, produção  Tarifa Alves Branco – 1844: taxava os produtos
em série e especialização da mão de obra. importados.
 O crescimento da produtividade era acompanhado  Lei Euzébio de Queirós – 1850: proibia o tráfico de
pelo aumento dos salários, visando a estimular o escravos para o Brasil.
consumo e a produção.  Esses dois fatores levaram a uma intensa liberação de
 Ford acreditava que seus empregados era um mercado verbas que puderam ser aplicadas na modernização de
consumidor potencial, e, para que pudessem adquirir infraestruturas básicas do país: bancos, fábricas,
os automóveis produzidos, aumentava o valor dos setores de transporte e de comunicação.
salários.  Esse período ficou conhecido como Era Mauá (1845-
1864).
Just in Time e toyotismo  A indústria nacional pôde competir com maior
 A necessidade de adaptar a produção de automóveis facilidade, já que estava protegida pela taxação de
ao mercado e às condições de produção disponíveis no produtos importados.
Japão Pós-Guerra demandou a elaboração dos  O fim do tráfico negreiro resultou em uma intensa
processos produtivos implantados pelo engenheiro liberação de verbas para investimento em outras
japonês Taiichi Ohno na Toyota Motors. áreas.
 O sistema Just in Time foi elaborado na década de 1950
e buscava rápida adaptação às variações de mercado. República Velha 1889 – 1930
 Destacou-se o desenvolvimento das indústrias têxtis.

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Geografia
 Com a colaboração da mão de obra imigrante
expandida, sobretudo com o fim da escravidão em
1888, essas indústrias, localizadas principalmente no
Rio de Janeiro e em São Paulo, incentivaram a
formação de vilas operárias e sindicatos.
 Formou-se o anarcossindicalismo, bastante influente
até a fundação do Partido Comunista Brasileiro, em
1922.
 Essa organização resultou em greves expressivas,
como as de 1907 e 1909, quando os sindicalistas
garantiram os primeiros ganhos trabalhistas.
 O primeiro grande surto industrial ocorreu no período
da 1ª Guerra, durante o governo de Venceslau Brás,
que implantou uma política de substituição das
importações, resultando no alavancamento da
industrialização nacional.
Era Vargas 1930 – 1945
 O Brasil começou a estruturar o seu parque industrial
com Vargas, que construiu as bases da industrialização
nacional.
 Antes os investimentos concentravam-se na produção
de bens de consumo imediato e o excedente de capital
era empregado nas indústrias têxtis.
 Getúlio construiu as indústrias de base: CSN –
Companhia Siderúrgica Nacional, em 1941, e a
Companhia Vale do Rio Doce, em 1942.
 Como realização do governo, destacam-se a criação do
Ministério do Trabalho, em 1931, e a promulgação da
CLT (consolidação das leis trabalhistas), em 1943.
República Populista 1946 – 1964
 Teve início com Dutra, que implementou um rápido
desvio da política nacionalista empreendida por
Vargas.
 No 2º governo de Vargas (1951-1954), criou a
Petrobras (1953), e o petróleo passou a ser visto como
fundamental para a soberania do país.
 Com o suicídio de Vargas, JK assumiu (1956) e deu
continuidade ao processo de industrialização de
Vargas.
 JK apresentou o Plano de Metas, com o lema
“cinquenta anos em cinco”. O país ganhou novas
estradas, indústrias automobilísticas, uma nova
capital e um grande aumento das dívidas externas.
Ditadura Militar 1964 – 1985
 Após destituírem João Goulart do governo, os militares
passaram a investir na Transamazônica e na ponte Rio-
Niterói, mediante empréstimos internacionais.
Também desenvolveram ainda mais o setor de bens de
consumo duráveis.
 A classe média teve acesso a televisores e carros.
 Foi desenvolvido durante os governos de Médici,
Geisel e Figueiredo, o Plano Nacional de
Desenvolvimento (PND), que tinha objetivo de
alavancar a indústria nacional, áreas de pesquisa
tecnológica e outros setores.
 O auge do Regime foi no governo de Médici,
caracterizado pelo Milagre Econômico, que
possibilitou ao país se tornar a 8ª economia do mundo.
 O processo de desenvolvimento acabou devido à
elevação do preço do petróleo (guerra de Yom Kippur,
1973).
 Geisel começou a tentar resolver com o programa
Proálcool, que objetivava diminuir a dependência
brasileira junto aos exportadores de petróleo.
Década de 1980 – década perdida
 Houve baixo crescimento econômico e elevadas taxas
de inflação.
 Aconteceu a passagem para o período democrático,
com a eleição e morte de Tancredo Neves, assumindo,
portanto, José Sarney (Planos Cruzados, Bresser e
Plano Verão: resultados momentâneos).
Década de 1990
 Fernando Collor assumiu e implantou o modelo
neoliberal que já vinha sendo lançado por toda
América Latina.
 Esse projeto retirava o Estado da economia, deixando-
o apenas nas áreas de educação, saúde e segurança,
ocasionando intensas privatizações.
 Com Itamar Franco, lançou-se o plano Real, para
assegurar a estabilidade econômica.
 As importações eram maiores eu as exportações, o que
causava grandes dificuldades para manter a balança
comercial favorável e, para evitar o aumento dos
índices de inflação, o governo estabeleceu altas taxas
de juros para atrair os especuladores externos e
diminuindo os índices de produção devido aos baixos
investimentos em bens de capital, como as máquinas.
 Resultado: país estável, mas com baixas taxas de
produtividade e desemprego elevado.
Recursos energéticos
A evolução do consumo de energia
 A industrialização foi a grande responsável pelo
aumento e pela diversificação do consumo de energia.
 O desenvolvimento do uso da energia elétrica ocorreu
no início do século XX.
 A invenção dos motores elétricos, que transformaram
a energia elétrica em mecânica, tornou possível a
fabricação de motores mais potentes.
 O petróleo, o carvão mineral, o urânio e a água dos rios
são as fontes mais utilizadas para a obtenção de
energia.
 Apenas 8% do petróleo extraído do mundo destina-se
à produção de energia elétrica.
1. Termelétricas: utilizam o carvão mineral, o gás natural
e o petróleo.
2. Termonucleares: utilizam, principalmente, o urânio.
3. Hidrelétricas: utilizam a água dos rios.
Matriz energética
 A produção de energia em um local está diretamente
relacionada ao seu grau de desenvolvimento.
 As economias altamente industrializadas são grandes
consumidoras de energia e, por isso, precisam
frequentemente importar recursos energéticos para
suprir suas necessidades.
 O racionamento de energia enfrentado pelo Brasil em
2011, provocado pela escassez de chuvas e pela grande
dependência do país em relação à energia hidrelétrica,
foi um caso histórico: houve intenso debate a respeito
da necessidade de flexibilização da matriz nacional.
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Geografia
Fontes de energia
 Primárias ou naturais: petróleo, carvão mineral, gás
natural e energia nuclear.
 Os EUA são os maiores produtores de energia do
mundo, entretanto, como o seu consumo supera sua
produção, o país tem de importar energia primária, o
que o torna um dos maiores importadores mundiais
desta, ao lado do Japão.
 Secundária: resultados de um ou mais processos de
transformação de fontes primárias e são utilizadas
para a obtenção de um outro tipo de energia (como a
produção de eletricidade com base na fissão do urânio
ou na queima de carvão e gás). Exemplo: carvão
vegetal e álcool etílico.
 Convencionais: são as fontes tradicionais de energia
que compõem a base da sociedade industrial, tais
como o petróleo, o carvão mineral, o gás natural, a
energia nuclear e a hidroeletricidade.
 Alternativas: são aquelas que surgem como possíveis
substitutas às fontes tradicionais, como a energia solar,
eólica, geotérmica e a advinda da biomassa;
 Renováveis: sol, água dos rios, vento.
 Não renováveis: petróleo, carvão mineral e urânio.
Energias não renováveis
 Quando as fontes disponíveis são finitas e seu tempo
de formação dura milhões de anos.
 São o petróleo, o gás natural, o carvão mineral e o
urânio.
 São as mais utilizadas atualmente, por sua extração, na
maioria das vezes, ser menos dispendiosa e ser
transportada mais facilmente.
 O grande problema, além de sua disponibilidade cada
vez mais reduzida, é a grande quantidade de poluentes
liberados.
1. Petróleo
 É formado pela alteração da matéria orgânica vegetal
(fitoplânctons) ou animal de origem oceânica
depositada em bacias sedimentares.
 É encontrado nos subsolos oceânicos ou em locais que
estiveram cobertos por mares em outros períodos
geológicos, sendo sempre terrenos sedimentares,
datados, principalmente, do Período Terciário da Era
Cenozoica, iniciada há cerca de 70 milhões de anos.
 Em alguns casos, também pode se encontrar do
Paleozoico, durante os períodos Permiano e
Carbonífero, há 290 e 350 milhões de anos.
 Sua exploração pode ser feita no mar e no continente.
Principais reservas e países produtores
 Destaca-se as do Oriente Médio (55%), as do Golfo do
México e as do sul dos EUA, além de algumas regiões
na Venezuela, na Rússia e no nordeste da China.
 O Oriente Médio possui grandes reservas, grande
produção e baixo consumo.
 A América do Norte dispõe de pequenas reservas, uma
produção relativa e o maior consumo mundial.
 A América Latina apresenta relativo equilíbrio entre
produção e consumo, com produção pouco maior,
tornando a balança comercial superavitária, criando
possibilidade de crescimento econômico.
Utilidades
 Para obter derivados, é necessário aquece-lo, a fim de
se isolar os elementos que o compõe. Esse processo é
o refino, realizado na refinaria.
 A qualidade do petróleo varia de acordo com as
condições de armazenamento e o tempo de origem.
 O de melhor qualidade (leve) demanda menor
quantidade de etapas para seu fracionamento, o
oposto do petróleo pesado, mais viscoso e mais denso
do que o leve.
 A destilação do petróleo produz os seguintes
derivados:
1. Óleo diesel.
2. Óleos combustíveis.
3. Produtos especiais.
4. Gasolina.
5. GLP.
6. Querosene.
 A duração do recurso depende do consumo, da
produção e das reservas disponíveis.
As “sete irmãs”, a criação da Opep e os choques do petróleo
 Grande parte da produção e do refino do petróleo,
bem como da distribuição e da comercialização atual
de produtos refinados no mundo, é denominada por
oito empresas privadas: cinco estadunidenses, uma
anglo-holandesa, uma britânica e uma russa.
 Em 1960, as sete irmãs reinavam absolutas no mundo
do petróleo, determinando o aumento ou a redução de
preços de acordo com suas conveniências.
 Por meio do Acordo de Bagdá, foi criada a Organização
dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), formada
por 13 países, entre eles: Iraque, Irã, Líbia, Venezuela,
Indonésia, Nigéria, Arábia Saudita e Equador.
 A Opep foi se fortalecendo politicamente, no decorrer
dos anos 1960, e estabeleceu como objetivo fazer uma
política comum de preços e estabelecer cotas de
produção, a fim de evitar uma situação de
superprodução que acarretaria uma baixa nos preços
do petróleo.
 Esses países membros passaram a pensar em um
aumento de preço devido à enorme importância do
petróleo para a sociedade atualmente e o fato de, no
futuro, esse produto poder se esgotar.
 Esses aumentos nos preços dos barris ocorreram de
forma excessiva por duas vezes, ocasionando as duas
grandes crises do petróleo: 1973 e 1979.
 Em 73, com a guerra do Yom Kippur entre árabes e
israelenses, na qual os EUA e as potências capitalistas
apoiaram Israel, o preço do barril foi aumentando
demasiadamente pelo cartel formado.
 Utilizando-se o petróleo como arma política, a OPEP
reduziu o fornecimento e aumentou seu preço, de 3
para 12 dólares o barril.
 A maior parte das economias mundiais entrou em um
período de recessão a partir de 1974 e, como
consequência desse fato, houve uma retração do
comércio e da economia internacional.
 Os países industrializados subdesenvolvidos foram os
mais afetados, pois dependiam da exportação.
 Nesse momento, houve o investimento maciço na
busca de novas fontes energéticas.
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Geografia
 No segundo choque, em 1979, o preço médio do barril
foi elevado novamente devido a paralização da
produção petrolífera no Irã, decorrente da Revolução
Islâmica.
 Desde o primeiro choque do petróleo, as oscilações no
preço são decorrentes do fato de a maior produção vir
de uma região politicamente instável, o Oriente Médio.
 Com esses choques, as irãs acabaram sendo
favorecidas, pois, cada vez mais, foram levadas a
explorar jazidas de alto custo.
 Essas empresas, esperando esse grande aumento de
preço, vinham investindo desde os anos 1960 em
outras fontes de energia, sobre as quais apresentavam
elevado domínio tecnológico – especialmente no
campo da energia nuclear.
 Apesar de dependentes de grande quantidade de
petróleo importado, os EUA também foram
beneficiados com o choque, pois bilhões de dólares
arrecadados com a comercialização do petróleo foram
aplicadas em bancos estadunidenses.
 Os países exportados, especialmente os
subdesenvolvidos industrializados, foram os mais
prejudicados em 73.
 O Brasil foi um dos que mais sentiram o efeito da crise.
 Em decorrência desses aumentos, as nações mais
industrializadas, bastante dependentes, passaram a
racionar o produto e a investir maciçamente em outras
fontes energéticas.
Escalada do preço
 O preço do petróleo no mercado internacional
continuou a subir durante julho de 2008, em meio a
preocupação com o nível dos estoques nos EUA e
receios de que uma nova elevação nos juros europeus
desvalorizasse ainda mais o dólar.
 Os estoques estadunidenses de petróleo diminuíram
em um momento em que os analistas esperavam um
aumento.
O petróleo no Brasil
 O marco da exportação foi a criação da Petrobras em
1953. Desde então, diversos avanços tecnológicos
permitiram que o país alcançasse a autossuficiência na
produção de petróleo em 2006.
 A maioria do petróleo explorado no país é de origem
marinha (offshore). Sendo feita, principalmente, na
Bacia de Campos, no RJ, e na Bacia de Santos, em SP.
 A exploração terrestre (onshore) ocorre no Recôncavo
Baiano e nos estados do Rio Grande do Norte, Sergipe
e Espirito Santo.
 A intensificação das atividades da Petrobras deu-se na
década de 1970, após a crise do petróleo. Até então, o
país importava 85% do que consumia, gerando um
déficit comercial significativo.
 O Brasil também é autossuficiente no refino do
petróleo e mantém a maior parte das refinarias na
região Sudeste, onde é maior o consumo dos seus
derivados, e no litoral, de modo a facilitar o
recebimento de petróleo importado.
A exploração
 A primeira fase durou até 1938, com as explorações
sob regime da libre iniciativa.
 Em 1953, a Petrobras foi criada no governo de Vargas,
com a intenção de estabelecer o monopólio estatal.
O pré-sal
 Refere-se a camadas de rochas localizadas em regiões
oceânicas brasileiras com potencial para a formação e
o acúmulo de petróleo.
 O termo “pré” é utilizado porque, na formação do
depósito sedimentar, essas rochas foram depositadas
antes de uma camada irregular de sal que, em certas
áreas da costa, atingem espessuras de até 2000m.
 A descoberta das reservas de óleo na camada pré-sal
representa o início de uma importante fase para o
setor petrolífero no Brasil, e é vista como a segunda
mais importante província petrolífera mundial
encontrada nos últimos anos.
 Além do volume, a qualidade do óleo também é
positiva.
 O Brasil ainda depende da importação de petróleo,
pois não havia encontrado em seu território jazidas
contendo petróleo leve, com baixos teores de enxofre
e pouco ácido.
 A maior parte das reservas brasileiras é de petróleo
pesado e as descobertas do pré-sal envolvem óleo
leve, proporcionando uma perspectiva de redução das
importações de óleo leve e gás natural pelo país.
 A camada se distribui pelas bacias de Santos, Campos
e do Espírito Santo e vai desde o litoral de Santa
Catarina até o Espírito Santo.
2. Gás natural
 Pode se formar do mesmo modo e por se acumular no
mesmo tipo de rocha.
 É uma composição de hidrocarbonetos em estado
gasoso, e frequentemente encontrado associado às
jazidas de petróleo.
 Vantagens: é menos poluente, as reservas podem
durar cerca de 60 anos e estão distribuídas em diversos
continentes.
 Desvantagens: os custos de exportação e de
transporte (construção de gasodutos) são maiores do
que os despendidos com o petróleo.
 O custo de geração de energia elétrica, com base no
gás natural, é bem menor em relação às outras fontes,
recomendando-se sua utilização.
 Somente nos EUA, há 550 mil km de gasodutos.
 No Brasil, ele é utilizado como fonte energética por
indústrias e automóveis, sendo obtido na Bolívia e
transportado via gasoduto para a região Centro-Sul do
território nacional.
3. Carvão mineral
 Fundamental para a 1ª Revolução Industrial, ocorrida
na Grã-Bretanha no século XVIII.
 Foi utilizado como fonte de energia básica para o
desenvolvimento de dois setores industriais
importantes: o têxtil e o siderúrgico.
 Ele foi formado pelos restos soterrados de florestas
tropicas e subtropicais, especialmente durante os
períodos Carbonífero e Permiano.
 Do ponto de vista geológico, ele designa qualquer
rocha que possua alto conteúdo de carbono não
cristalizado, formada por sedimentação e
decomposição de organismos vegetais soterrados há
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Geografia
mais de 300 milhões de anos, em condições de baixa
quantidade de oxigênio.
Classificação quanto ao poder calorífero e à quantidade de C
1. Turfa: formada na Era Cenozoica, sendo 59% de C e
menor poder calorífero.
2. Linhita: formada na Era Mesozoica, com 65 a 75%.
3. Hulha: formada na Paleozoica, é o tipo mais abundante
e mais consumido, com 82 a 90%.
4. Antracito: formado na Paleozoica, é o tipo mais raro e
possui 90 a 98%, com maior poder colorífero.
A exploração pode ocorrer:
 A céu aberto: sendo necessário que as camadas que
contêm o mineral encontrem-se próximas da
superfície terrestre, o que facilita a extração e o
emprego de máquinas modernas, barateando o custo
da produção.
 Em minas subterrâneas: as rochas que contêm o
mineral são encontradas em maiores profundidades, o
que ocorre na maioria das minas de carvão. Requer
maior quantidade de instalações na superfície e no
fundo das minas, sendo mais dispendiosa.
 Em virtude do encarecimento do petróleo na década
de 1970, a produção e o consumo de carvão
aumentaram sensivelmente.
 China, EUA, Austrália, Índia, África do Sul, Rússia e
Indonésia eram responsáveis, em 2008, por mais de
85% da produção mundial de carvão, que é o mais
abundante dos combustíveis fósseis.
 Reservas: EUA, Rússia, China e Austrália.
 Desvantagens: alto custo do transporte e elevado
índice de poluição, tanto na sua extração quanto em
seu consumo.
 A construção de ferrovias pode contribuir para o
barateamento final do produto, tornando-o ainda mais
competitivo.
 A poluição pode ser reduzida com a instalação de filtros
e outros equipamentos antipoluidores nas usinas
termoelétricas, grandes responsáveis pela emissão de
gases poluentes.
 EUA, Alemanha, França e Grã-Bretanha já dominam a
tecnologia para a utilização limpa do carvão.
 A redução da emissão de poluentes justifica-se
também por ele ser utilizado nas indústrias
siderúrgicas para a produção de aço e nas indústrias
químicas para fabricar benzinas, amoníaco, gás de
iluminação, óleo, anilina, etc.
O carvão brasileiro
 Praticamente todo procedente da região Sul.
 O Rio Grande do Sul detém as maiores reservas, mas
Santa Catarina é o maior produtor.
 As reservas catarinenses, diferentemente do que
ocorre no RGS, aparecem em camadas pouco
profundas, facilitando a extração e tornando-a menos
onerosa.
 Como possui elevados teores de cinza e enxofre, o
carvão nacional, de tipo hulha, não é de boa qualidade.
 Para ser usado na siderurgia, é necessário um processo
de lavagem, que acarreta a diminuição do seu poder
calorífero. Assim, o Brasil necessita importar a maior
parte do carvão que consome.
3. Nuclear
 É produzida por meio da fissão nuclear, que
corresponde à quebra do átomo de urânio em átomos
menores liberando grande quantidade de energia, que
será utilizada para mover o gerador de energia.
 Foi descoberta em 1938 e, inicialmente, utilizada para
fins militares durante a 2ª Guerra.
 Atualmente, não é vista como uma energia viável, pelo
alto custo de produção, pelos rejeitos radioativos
formados e por causa dos acidentes nucleares em
Chernobly (Ucrânia – 1986) e Fukushima (Japão –
2011).
 Mesmo assim, ainda há países que dependem muito
dela. Em termos de produção, os EUA lideram,
seguidos pela França e pelo Japão.
 Em relação ao uso da eletricidade produzida por meio
da fissão nuclear, a França é a maior dependente,
seguida da Lituânia e a Eslováquia.
 No Brasil, a expansão do parque nuclear faz parte do
Plano Decenal de Expansão de Energia Elétrica
(2006/2015). Angra I, entrou em operação em 1985.
Angra II, em 200. A construção de Angra III foi
paralisada durante muitos anos.
Energias renováveis
 São aquelas que não se esgotam na natureza, como a
solar, hidráulica, geotérmica, eólica ou de origem
vegetal (biomassa, carvão vegetal, cana-de-açúcar).
 Vantagem: liberação de menor quantidade de
poluentes do que as fontes não renováveis.
 Seu uso é cada vez mais crescente por causa da
redução das fontes de energia convencionais.
Contudo, sua produção ainda demanda maiores
investimentos.
1. Hidrelétrica
 Utiliza a água que flui diretamente através das turbinas
para converter a energia potencial gravitacional e,
posteriormente, a energia cinética em energia elétrica.
 Seu uso é bem mais aproveitado quando há a
existência de rios caudalosos e planálticos.
 Vantagem: fonte renovável e de baixo custo, com
tempo de vida longo e com custo de manutenção
relativamente baixo.
 O consumo de eletricidade no Brasil é maior no setor
industrial, seguido do residencial e do agropecuário.
 O estado de São Paulo consome, sozinho, mais de 30%
de toda eletricidade produzida no Brasil.
 EUA, Canadá, Brasil, Rússia, Noruega e China são países
que possuem grande potencial hidrelétrico. Sendo a
China a que mais aproveita.
 Países onde predomina a hidrelétrica: Noruega, Brasil
e Venezuela.
 A construção de uma hidrelétrica implica em uma série
de impactos ambientais: o lago formado pelo
represamento do rio pode inundar e destruir extensas
áreas de vegetação, afetando também a vida animal
presente no local.
 Quando não há a retirada da vegetação ad área
inundada, há liberação de gás metano vindo da
decomposição das plantas (intensificando o efeito
estufa).
 Além disso, é necessária a remoção das comunidades
que habitam as proximidades dos rios represados, as
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Geografia
quais, na maioria das vezes, dependem do rio para sua que diminui a oferta de alimentos, provando o
sobrevivência. aumento dos preços no mercado internacional.

2. Eólica 6. Biodiesel
 Quando intenso e regular, o vento é ideal para produzir  É renovável e biodegradável, fabricado para ser
energia elétrica a preços relativamente competitivos. utilizado em carros ou caminhões, podendo substituir
 Atualmente, o preço ainda é elevado. o óleo diesel de petróleo (total ou parcialmente).
 Ela depende das condições naturais para seu  É produzido com óleos vegetais como a palma, soja,
aproveitamento, sendo favorável, no Brasil, o Sertão mamona, amendoim, girassol e com gordura animais,
nordestino e o litoral norte. como o sebo bovino e a gordura suína.
 O início da sua exploração foi durante a crise do
petróleo, na década de 70. Os EUA lideraram, porém, a 7. Etanol
Alemanha já ultrapassou e é hoje, o maior produtor  O álcool é produzido, principalmente, da cana-de-
mundial de energia elétrica. açúcar, do milho, do eucalipto e da beterraba.
 No Rio Grande do Sul está a maior usina eólica do país.  Ele pode ser utilizado para movimentar motores de
veículos ou para produzir energia elétrica.
3. Solar  Como combustível para automóveis, tem vantagem
 Além de não poluir, é renovável e pode ser obtida pois é renovável e menos poluente que a gasolina.
durante todo o ano em grande parte da Terra.  A partir da década de 1970, o Brasil adotou esse
 Seu aproveitamento ainda não é muito intenso, pois a recurso e implantou o Programa Nacional do Álcool
tecnologia dos painéis solares ainda não é bem (Proálcool).
desenvolvida e possui custo elevado.
 A obtenção direta é feita da transformação da energia Energias convencionais
solar em elétrica diretamente, sendo necessária a
presença de painéis fotovoltaicos, que são caros e Tipo Prós Contras
pouco acessíveis. Não é renovável,
 Há também através do aquecimento de fluidos ou do Boa relação custo-benefício emite gases
ar de maneira indireta, gerando vapor para acionar Petróleo e é matéria prima de vários poluentes e as
turbinas. produtos. reservas
 A Alemanha é o maior produtor mundial, seguida pelo disponíveis são
Japão e pelos EUA. poucas.
Possui boa distribuição por É o mais
4. Geotérmica Carvão todo planeta. poluente, produz
 É gerada pelo calor proveniente do interior do planeta, mineral gases e partículas
em centrais geotérmicas (de aproveitamento do calor sólidas.
da Terra).
 Esse calor é transformado, na usina geotérmica, em Polui menos que o carvão e Exige uma boa
eletricidade. Gás natural o petróleo, com grandes infraestrutura de
 Uma vez concluída a instalação, os seus custos de reservas. gasoduto.
operação são baixos, pois não há necessidade de Emite baixíssima Demanda alto
aquisição de uma fonte primária de energia. quantidade de CO2 e outros investimento,
 A maioria das centrais geotérmicas estão localizadas gases do efeito estufa, produz lixo tóxico
em áreas vulcânicas, onde a água quente e o vapor Nuclear além de haver grande ainda sem destino
afloram à superfície ou se encontram em pequena disponibilidade de reservas 100% seguro,
profundidade. de urânio. com risco de
 Não existe no Brasil, pois não há condições geológicas acidentes.
para isso. Pode remover a
 Nova Zelândia, EUA, México, Japão, Filipinas, Quênia, É renovável e o custo de população que
Itália, Costa Rica e Islândia são os país que mais Hidrelétrica produção é baixo. vive do rio e
utilizam. também altera as
condições de
5. Biocombustíveis vivência da fauna
 Originados principalmente da biomassa vegetal. e da flora.
 Com o processamento da cana-de-açúcar, da mamona,
do milho, do girassol, obtêm0se a produção de Energias alternativas
biodiesel e etanol, que são utilizados para substituir os
derivados do petróleo, como gasolina e diesel. Tipo Prós Contra
 Poluem menos a atmosfera, aumentam a quantidade Não polui, não tem Alto custo e depende
de empregos no setor primário e são renováveis.
Eólica custo para a de condições naturais.
 Desvantagem: desmatamento e ocupação de áreas
obtenção.
extensas para sua produção, uso de grande quantidade
de água e a substituição de cultivos alimentares por
vegetais utilizados para produzir biocombustíveis, o

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Geografia
Custo de produção Só é economicamente
Geotérmica estável. viável em regiões onde
a manifestação das
forças internas da
Terra está mais
próxima à superfície.
Solar Não produz resíduos Alto custo de
ou gases. produção.
Resíduos orgânicos Provoca aumento do
em geral podem ser preço de alimentos no
utilizados na produção mercado, além de
Biomassa e o álcool consegue depender do clima e
substituir a gasolina do solo.
de modo satisfatório.
Subordinação do campo à cidade e os sistemas agrícolas
 Nos continentes africano e asiático, grande parcela da
população reside nas áreas rurais e está empregada
nas lavouras.
 Nos países subdesenvolvidos, a agricultura representa
boa parte do Produto Interno Bruto e emprega um
gigantesco número de trabalhadores.
 A tecnologia e a mecanização usada pelos países ricos
otimizam a atividade e colocam muitos deles, entre os
maiores produtores e exportadores mundiais do setor,
como os EUA.
Histórico
 Alguns povos primitivos da África, das Américas, da
Oceania e as sociedades que precisam das matérias-
primas para industrialização e comercialização ainda
praticam a economia da coleta.
 Para o abastecimento alimentar das populações, foi
necessário promover um plantio em escala maior.
 Os agricultores primitivos eram nômades e, sem
técnicas nem instrumentos adequados, não
conseguiam obter grandes produções. Sem as técnicas
modernas de adubação, o solo perdia sua capacidade
produtiva rapidamente, obrigando os camponeses a
mudarem constantemente o local de cultivo e
moradia.
 Os agricultores modernos são fixados em suas terras e
utilizam técnicas e instrumentos que permitem uma
maior produção.
A subordinação do campo à cidade
 O crescimento do consumo e a busca por
produtividade cada vez maior na agricultura fortaleceu
o seguimento que reestruturou as técnicas e o
escoamento de produtos.
 A agroindústria tem transformada o campo em um
espaço produtivo, como das fábricas e linhas de
montagem, visando ao mercado interno dos país e,
principalmente, à exportação.
 O agrobusiness é uma modalidade da agricultura
moderna que recebe intensos investimentos de
capitais e de tecnologia.
 As commodities, nome que os produtos primários
recebem no mercado financeiro, são negociadas em
bolsas de mercadorias e futuros. Nessas negociações,
os países desenvolvidos levam vantagem sobre os
subdesenvolvidos no comércio exterior dos produtos
agrícolas.
 Os mais ricos, reunidos em blocos econômicos, têm o
protecionismo de seus setores agrícolas (subsídios,
dificuldade para as importações e facilidade para as
exportações, assim, aumentam o seu poder de
competição no mercado internacional = desigualdade
econômica.
 Na União Europeia, essa prática é chamada de Política
Agrária Comum, em que foi dada preferência de
compra aos produtos europeus, uma tarifa comum
para exportações para fora do bloco foi fixada, a
unificação do mercado agrícola europeu foi adotada e
um único preço foi estabelecido.
Evolução da agricultura
Agricultura arcaica
 Praticada pelos povos primitivos de forma rudimentar
até o século XVII, com ferramentas antigas e manuais.
 A força de trabalho humano e a tração animal são
predominantes, possui baixas produtividade e
produção e é considerada agricultura de subsistência,
baseando-se nos alimentos básicos da população:
arroz, milho, feijão, mandioca, inhame e na criação de
pequenos animais.
 Ainda hoje é encontrada em povos tribais na África,
Ásia e Américas.
Agricultura moderna
 Surgiu com o desenvolvimento da Rev. Industrial.
 Uso de instrumentos mais modernos, como máquinas
no campo (ainda que rudimentares), sistema mais
racional de plantio com rotação de cultura e aplicação
de corretivos químicos e adubação, gerando maior
produção e produtividade.
 As máquinas ocuparam em parte o lugar dos
trabalhadores, gerando desemprego no campo e
fazendo com que eles se dirigissem para as cidades em
busca de ocupação nas indústrias.
Agricultura contemporânea
 Fase mais evoluída da agricultura, com grandes
máquinas agrícolas, como semeadeiras, colheitadeiras,
etc.
 Utilização de produtos químicos como inseticidas,
pesticidas, fungicidas e adubos químicos.
 Uso da biologia e da química, com mão de obra
especializada dos agrônomos.
Problemas agrários:
 Diminuição da população rural.
 A mão de obra rural torna-se cada vez mais composta
de operários agrícolas.
 O tamanho das propriedades rurais tende a aumentar
em função da concentração de renda.
 Crescente especialização da produção, com tendência
à monocultura, determinada pela mecanização e pelas
técnicas.
 O preço dos produtos para o produtor está, em geral,
cada vez mais baixo, devido ao aumento da oferta.
 Crescimento maior dos produtos destinados às
indústrias, com prejuízo para os produtos alimentícios.
 A agricultura torna-se cada vez mais um negócio
financeiro, muitas vezes, especulativo.
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Geografia
 Permanente intervenção do Estado na economia
agrícola, seja com protecionismo ou com incentivos
fiscais e econômicos.
Sistemas agrícolas
 Terra: local de fixação das sementes e é o que define o
tamanho das propriedades.
 Capital: o que define se o sistema agrícola é atrasado,
moderno, intensivo ou extensivo.
 Trabalho: utiliza pouca mão de obra, podendo ser
qualificada ou não.
1. Intensivo: o elemento principal é o capital. Seu uso
torna-se mecanizado, havendo a utilização de mão de
obra qualificada, com intensa adubação e correção de
solo. Aumento da produção destinada ao mercado
externo.
 Rotacional culturas, selecionam sementes, são
mecanizadas, com grande rendimento e uso
permanente do solo.
2. Extensivo: o elemento principal é a terra, com pouco
uso de tecnologia. Produção destinada ao consumo
familiar ou ao comércio local.
 Utilizam queimada, esgotam o solo, desmatam,
realizam rotação de terras, é feita por produção
familiar, com mão de obra escassa e não qualificada.
Técnicas de cultivo
Rotação de culturas
 É plantada, em uma parte do solo, uma cultura mais
exigente, como cereais, e, em outra, uma leguminosa,
como feijão.
 Após cada colheita, os produtos de cada lado do
terreno são alternados. As leguminosas melhoram as
condições do solo, enriquecendo-o de nitrogênio,
muito importante para o desenvolvimento da raiz.
Pousio
 Agricultor preserva parte de seu terreno a fim de
proporcionar à terra um período de repouso,
mantendo propriedades importantes do solo.
 A coesão entre grãos do solo e maior presença de
nutrientes são mantidas, o que é essencial para uma
maior produtividade do terreno.
Agricultura em curvas de nível
 A semeadura é feita sobre as linhas que ligam pontos
de mesma cota altimétrica, estabelecendo fileiras de
plantas que permitem que a água escorra mais
lentamente, preservando o solo.
Plantio direto
 Visa diminuir o impacto da atividade agrícola sobre o
solo.
 Consiste no plantio direto sobre restos vegetais, como
a palha, que permaneceram sobre a superfície após a
colheita anterior e que servem como adubo, garantido
ao solo sua cobertura e proteção, além de menor perda
de nutrientes e controle da erosão.
Classificação das atividades agrícolas
Agricultura de subsistência ou itinerante
 Plantações que os empregados de fazendas e
pequenos proprietários desenvolvem em torno de suas
moradias.
 São usadas pequenas ou médias propriedades,
predominando milho, feijão, mandioca e árvores
frutíferas.
 A mão de obra é familiar, numerosa, desqualificada,
com técnicas rudimentares, como a queimada e a
rotação de terras.
 Contribui para o desgaste do solo, que perde
produtividade em alguns anos, ocasionando o abando
precoce da terra (itinerante).
 Os produtos agrícolas são cultivados em pequena
escala e se destinam ao grupo produtor, quase nunca
entrando em círculo comercial.
Derrubada da mata > queimada > preparo da terra > plantio >
colheita > após alguns anos de uso, abandono do solo.
 Os nutrientes do solo são rapidamente consumidos
quando se utilizam queimadas, perdendo também
parte da matéria orgânica, que se põe ao fogo no mato,
e o nitrogênio deixado pelas cinzas é levado pelas
enxurradas das chuvas tropicais, eliminando a
fertilidade dos solos.
Jardinagem
 Típica da Ásia das Monções devido ao clima local, que
apresenta abundância de chuva nos meses de verão.
 Está associada a pouca disponibilidade de terra e
grande concentração populacional.
 Apresenta técnicas mais aprimoradas, com uso intenso
de adubação e irrigação e com a divisão do espaço
agrícola em pequenas propriedades.
 Destaca-se a China, o Vietnã, a Tailândia, as ilhas da
Indonésia, Bangladesh, Filipinas, etc.
 O terreno é dividido em três partes para aproveitar a
água acumulada durante os meses da chuva.
 O principal produto cultivado é o arroz, empregando-
se muita mão de obra e com grandes cuidados no
cultivo.
 Após utilizar os vales fluviais, o cultivo é praticado nas
encostas das montanhas e nos morros, onde são feitos
terraços, ou seja, degraus, para permitir o melhor
aproveitamento da água e proteger o solo contra
erosão.
 Há quase nenhuma utilização de máquinas, com
intenso trabalho manual e alta produção.
Plantation
 Teve origem na colonização europeia, sendo cultivado,
no início, açúcar, café, chá e outros produtos.
 A finalidade era que a produção ocorresse nas colônias,
a baixo custo, e fosse exportada para as metrópoles da
Europa.
 Cultivava-se apenas um determinado gênero de
produto (monocultura).
 Visava diretamente ao lucro, exigindo força de
trabalho barata ou até o trabalho escravo.
 Ainda é utilizado na África e na América Latina,
causando estratificação da sociedade, revoltas pelo
uso da terra, destruição ou ocupação das culturas de
subsistência, concentração de terras, criação de
latifúndios, etc.
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Geografia
Agricultura comercial
 Voltada para o mercado e para suas exigências.
 Típica das economias modernas, predominando na
Europa e na América Anglo-Saxônica.
 O agricultor, que se preocupava com seu
autoabastecimento, torna-se especialista na produção
de um determinado produto.
 Tende a desaparecer a pequena empresa agrícola e
familiar, face à grande empresa que explora grandes
extensões de terra, cultivando e colhendo
determinado produto com máquinas apropriadas e
conservando a produtividade do solo com intensos
adubos.
 Torna-se um negócio especulativo comandado pela
grande empresa, podendo ser intensiva científica ou
comercial empresarial.
1. Intensiva científica
 Em grandes e médias propriedades.
 Cultivo intenso com uso de adubos químicos, o que
dificulta o desgaste do solo.
 Uso constante de pesticidas, fungicidas, inseticidas.
 Grande mecanização.
 Grande produção e produtividade.
 Visa, principalmente ao lucro e ao mercado externo.
 Ocorre em países desenvolvidos e subdesenvolvidos:
Brasil, Argentina, México, Chile, Uruguai, Colômbia.
2. Comercial empresarial
 Em grandes propriedades e latifúndios de uso
intensivo.
 Cultivo intenso e com especialização de cultura.
 Elevado uso de produtos químicos, conhecimentos
científicos e agronômicos e seleção de sementes.
 Grande produção e elevada produtividade.
 Visa ao mercado interno (nos países ricos) e ao
mercado externo (em subdesenvolvidos).
 Visa altos rendimentos, porém, corre o risco de
superprodução e consequente desvalorização do
produto, salvo quando os governos garantem a compra
da safra e a garantia de preços mínimos.
Revolução Verde e transgênicos
 Criada após a 2ª Guerra, pelos países desenvolvidos,
sendo uma estratégia de elevação da produção
agrícola mundial.
 Concebida nos EUA, buscava combater a miséria e a
fome nos países subdesenvolvidos, além de aumentar
o consumo e a utilização de produtos e técnicas criadas
pelos países desenvolvidos.
 A mais importante inovação foram as sementes
híbridas de cereais, com variedade de alto
rendimento.
 A princípio, houve aumento da produção, mas,
verificou-se que não erradicou a fome, apenas
intensificou a desigualdade.
 Os grandes produtores tiveram acesso ao “pacote
tecnológico”, e os pequenos ficaram distantes dos
benefícios.
 O aumento da produção desencadeou a redução dos
preços das mercadorias agrícolas a valores
impraticáveis para os pequenos agricultores.
 Contribuiu para que ocorresse a venda ou mesmo
abandono de pequenas propriedades, que, aos
poucos, foram agregadas pelos latifundiários às suas
terras.
Os transgênicos
 Alteração da composição genética dos seres vivos, que
ocorre quando são inseridos genes de outros
organismos vivos no DNA dos vegetais, ou quando um
organismo é modificado geneticamente sem receber a
sequência de DNA de outro organismo, criando um
OGM.
 Assim, é possível alterar o tamanho das plantas,
promover retardo de deterioração após a colheita,
torna-las mais resistentes a pragas e mais adaptadas às
diferenças pedológicas e climáticas.
 Críticos afirmam haver necessidade de se realizarem
mais testes em relação ao seu uso e, principalmente,
quando ao seu impacto em áreas próximas aos
cultivos.
 Na medida em que o número de beneficiados por essa
tecnologia fica reduzido, além de ficar mais acentuada
a dependência tecnológica dos países mais pobres em
relação aos mais ricos, isso se torna um problema.
 A comercialização de alimentos transgênicos exige a
rotulagem do produto.
Pontos positivos
 Aumento da produção de alimentos.
 Menor custo de produção.
 Melhoria do conteúdo nutricional e desenvolvimento
de nutricêntricos (alimentos que teriam fins
terapêuticos).
 Maior resistência e durabilidade na estocagem e no
armazenamento.
Pontos negativos
 Aumento das reações alérgicas.
 As plantas que não sofreram modificações genética
pode ser eliminadas pelo processo de seleção natural,
pois as transgênicas possuem maior resistência às
pragas e aos pesticidas.
 Aumento da resistência aos pesticidas, gerando maior
consumo desse produto.
 Apesar de eliminar pragas prejudiciais à plantação,
pode matar, também, populações benéficas, como
abelhas, minhocas, etc.
Países que cultivam
 EUA: melão, soja, tomate, algodão, batata, milho.
 União Europeia: tomate, soja, algodão.
 Argentina: soja, milho, algodão.
Agricultura orgânica
 Visa promover e realçar a saúde do meio ambiente,
com objetivo de preservar a biodiversidade, os ciclos e
as atividades biológicas do solo.
 Enfatiza as práticas naturais de manejo, com
administração de conhecimentos agronômicos,
biológicos e até mecânicos.
 Exclui a adoção de substâncias químicas.
 São cultivados visando aos cuidados com o meio
ambiente e com a saúde.
 Sua produção é mais cara, e, por isso, destinada a um
grupo específico de consumidores.
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Geografia
Prática da agricultura orgânica
 Proteção da fertilidade dos solos a longo prazo,
estimulando sua atividade biológica.
 Intervenção mecanizada cautelosa.
 Fornecimento de nutrientes ao solo de uma forma
natural, sem processos químicos.
 Autossuficiência em nitrogênio pelo uso de
leguminosas e inoculações com bactérias fixadoras.
 Controle de doenças, pragas e ervas pela rotação de
cultura, diversidade genética e adubação orgânica.
 Garantia do bem-estar das espécies exploradas na
criação animal, por meio de nutrição de tratamento
sanitário e de condições de vida que respeitem.
 Atenção especial ao impacto do sistema produtivo
sobre o meio ambiente, protegendo a fauna e a flora.
 Condições de trabalho que representem
oportunidades de desenvolvimento humano aos
envolvidos.
 Processo limpo e controlado.
 Extrativismo sustentável.
Agricultura mundial
 Higiene alimentar: produção de alimentos deve estar
livre de contaminações de qualquer natureza.
 Segurança alimentar: a quantidade de alimento
produzida deve estar de acordo com as necessidades
da população.
 Qualidade alimentar: os alimentos produzidos sempre
devem ter uma qualidade conhecida.
Política agrícola e mundial
 Os EUA defendem a redução do protecionismo e dos
subsídios, apesar de não agirem nessa direção.
 A União Europeia e o Japão defendem uma política
agrícola fortemente subsidiada e o protecionismo de
seus mercados.
Subsídio agrícola e protecionismo
 Para cada dólar ganho, um fazendeiro estadunidense
recebe cinquenta centavos a mais em subsídio do
governo sobre o valor real do que foi produzido, ao
passo que um japonês recebe dois dólares a mais.
 Os países subdesenvolvidos são os maiores
prejudicados por esse apoio aos produtores dos países
desenvolvidos, pois não possuem uma política
semente de subsídio à agricultura.
 Os desenvolvidos protegem os produtores locais,
adotando elevada tarifação de produtos agrícolas
importados.
 As políticas têm sido duplamente prejudiciais para
consumidores em países de primeiro mundo, visto que
boa parte dos recursos destinados aos agricultores é
paga indiretamente por todos os contribuintes e
porque a tarifação excessiva às importações eleva o
preço das mercadorias agrícolas.
Decisão da rodada do Uruguai – GATT 1994
 Série de metas que deveriam ser cumpridas em até 10
anos.
 Elas apontaram para maior liberação dos mercados,
com a redução do protecionismo e dos subsídios aos
produtos agrícolas.
 A importação de alguns produtos poderia sofrer
restrições, caso não fossem cumpridas determinadas
normas referentes à higiene e ao processo de
produção, como o uso de determinados agrotóxicos ou
de hormônios nas atividades de criação.
 A UE estabeleceu normas rígidas em relação à
qualidade das mercadorias colocadas no mercado.
 As resoluções do GATT não foram suficientes para
eliminar a vantagem comparativa aos países
desenvolvidos. Mesmo com a redução da tarifação e
dos subsídios nesses países, os mercados ainda serão
bastante restritivos.
Política agrícola japonesa
 O Estado desenvolve uma espécie de protecionismo
ofensivo na política industrial: uma presença seletiva
apoia as indústrias com capacidade para disputar o
mercado externo e garante a proteção da indústria
destinada ao mercado interno mediante as restrições
à importação.
 As rendas derivadas dos impostos de importação são
revestidas ao apoio dos agricultores japoneses.
 A agropecuária é pouco diversificada.
 O país atingiu autossuficiência com o arroz.
União Europeia e política agrícola comum (PAC)
 Tem o objetivo de assegurar o abastecimento regular
de gêneros alimentícios, manter um equilíbrio entre a
cidade e o campo, valorizar os recursos naturais,
preservar o ambiente e garantir aos agricultores um
rendimento em conformidade com seus
desempenhos.
 Criação de um grande mercado único, dentro do qual
os produtos agrícolas possam circular livremente.
 Preferência pelos produzidos na União Europeia.
 Financiamento comunitário da política agrícola
comum.
 Mecanismo de proteção agrícola por meio da tarifação
aos produtos importados e de subvenção à produção
comunitária.
 Subsídios à exportação para garantir a venda dos
excedentes.
 Cada importação agrícola é taxada diferencialmente,
de modo a igualar o preço do produto importado ao
preço do mesmo produto cultivando internamente,
são as “tarifas variáveis de importação”.
Produção agrícola na Europa
 Cultura predominante de cereais, se destacando o
trigo, a aveia e a cevada.
 Apresentam solos férteis, técnicas modernas e elevada
produtividade.
 Devido às condições de solo e clima, alguns tipos de
vinho e de azeite só podem ser produzidos nesses
países.
Política agrícola nos Estados Unidos
 São grandes produtores agrícolas e líderes mundiais na
produção e na comercialização de diversos produtos.
 Isso em razão de possuírem um setor agrícola
altamente competitivo devido ao elevado grau de
modernização de suas atividades, bem como uma
política de subsídios governamentais à sua produção.
 Destacam no cultivo de milho (para produção de
álcool), algodão, soja, trigo, laranja.
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Geografia
 Na pecuária, destaca-se a produção de carne bovina,
carne de frango, carne suína e leite.
 É um dos maiores importadores de madeira, sendo os
fornecedores o Canadá, a China e o Brasil.
A agricultura no Brasil
Caracterização da atividade agropecuária no Brasil
 A agropecuária foi a principal atividade econômica do
país até o início do processo de industrialização, na
década de 1950.
 Essa importância se intensificou por parte da produção
que tem sido destinada à agroindústria.
 A utilização de agrotóxicos e a comercialização de
máquinas agrícolas têm contribuído para o aumento da
produtividade, porém, há falta de alimentos e de terras
para produzir.
 Isso é motivado pelo injusto modelo agrícola e
econômico, para comprar alimentos de subsistência,
devido aos baixos salários ou aos trabalhos informais
mal pagos.
História brasileira
 A herança colonial de produção agrícola em grandes
propriedades monocultoras com comercialização
voltada para o exterior.
 A desorganização do comércio com o aparecimento
dos atravessadores, a falta de armazéns de estocagem
e as péssimas condições das rodovias.
 As propriedades não representem um bem social que
tem função de produzir, e sim um bem pessoal que tem
a finalidade de valorização.
 Os altos custos de agrotóxicos, responsáveis pelos
baixos índices de produção por hectare.
 A ausência de uma reforma agrária capaz de alterar a
injusta distribuição das terras.
 Assim, são necessárias medidas como: mudança na
distribuição de renda nacional, oferecendo salários
mais juntos, criação de empregos no meio rural,
realização de uma melhor distribuição de terras, com
uma reforma agrária mais ampla, melhoria da
produtividade agrícola, melhores preços para os
implementos e os insumos agrícolas, energia elétrica
mais barata para as áreas de irrigação artificial, etc.
Atividade rural
 Nos solos brasileiros mais férteis, as máquinas
agrícolas e outros recursos técnicos são mais utilizados
nas agriculturas de exportação e na agroindústria do
que na produção de alimentos para o mercado interno.
 A produção de produtos de subsistência que
abastecem o mercado interno, como a mandioca e o
feijão, perdeu em área de cultivo para a soja e para a
laranja, que são voltadas para o mercado externo.
 A exportação de soja e laranja cresceu com a demanda
do mercado internacional nas décadas de 1980 e 1990.
 O aumento da mecanização e do uso de agrotóxicos
ocorre, principalmente, nas lavouras de cana-de-
açúcar, café, laranja e soja. Ou seja, está concentrado
nos cultivos de gêneros para exportação e para as
matérias-primas utilizadas na indústria.
Estrutura agrária
Estrutura fundiária
 Modo como as propriedades agrárias privadas ou
estabelecimentos rurais de uma área são organizados,
isto é, seu número, tamanho e distribuição social, de
acordo com todo o processo histórico da região.
 Minifúndios: imóveis rurais menores que o módulo
rural estipulado para o respectivo município. São
predominantes no Brasil, de gestão familiar e não
podem ser incluídos na reforma agrária.
 Pequenas propriedades: imóveis rurais com área de 1
a 4 módulos rurais que, se forem produtivos, são
chamados de Empresas Rurais e estão livres de
reforma agrária.
 Médias propriedades: com área de 4 e 15 módulos
rurais que, se forem produtivos, também são
chamados de Empresas Rurais e também estão livres
da reforma.
 Latifúndios: áreas acima de 15 módulos rurais que
ocupam cerca de 60% do espaço agrário brasileiro.
Estrutura fundiária brasileira
 É a maneira como as propriedades rurais estão
distribuídas, segundo seu tamanho.
 A Lei de Terras (1850) foi responsável pela
consolidação do domínio do latifúndio no Brasil, uma
vez que novas terras só poderiam ser vendidas pelo
governo, que sempre estabelecia preços muito
elevados, comercializava apenas grandes extensões e
exigia dos compradores pagamento à vista.
 Desde 1970, a concentração de terras vem se
agravando devido, principalmente, à expansão na
Amazônia das fronteiras agrícolas.
 Além da derrubada de matas, essa expansão gera
poucos empregos em comparação com o grande
número de brasileiros que migrou para a Amazônia, na
esperança de encontrar terras para trabalhar.
 Enquanto isso, milhões de famílias sem-terra são
impedidas de produzir alimentos para si e para outros.
 Os minifúndios são proporcionalmente mais bem
aproveitados que os latifúndios, pois são menos
ociosos e tratam das culturas de alimentação ou de
subsistência, além de gerar cerca de 80% dos
empregos na área rural.
 Devido ao pequeno tamanho das propriedades, à
ausência de uma política de incentivos e de fixação do
homem a terra e ao fato de ser difícil assegurar a
subsistência da família, os pequenos agricultores têm
abandonado esse tipo de atividade.
 O processo de concentração de terras não eliminou a
pequena propriedade, que é passada por herança.
 À medida que os grandes proprietários compram as
propriedades menores, os pequenos vão para as
cidades ou para fronteiras agrícolas, se tornando
assalariados mal pagos ou arrendatários.
Regime de exploração do solo
Diretamente
 Trabalho familiar: praticado em pequenas e médias
empresas, nas quais os trabalhadores cultivam a
própria terra, sem possuírem remuneração direta.
Indiretamente
 Parceiros: agricultores que trabalham na terra de
determinado proprietário e, depois, pagam-no com
parte da colheita.
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Geografia
 Arrendatários: proprietários que alugam as terras para
determinado valor em dinheiro.
Relações de trabalho
 Gestão familiar: trabalho “não remunerado”
realizados pelos filhos e pela esposa do proprietário.
 Assalariados permanentes: são trabalhadores que
mantêm vínculo empregatício com registro
profissional.
 Assalariados temporários ou boias-frias ou volantes:
são empregados pelas fazendas, geralmente, nas
épocas de plantio e de colheita. Normalmente, migram
em busca de emprego, realizando movimento
pendular ou sazonal.
 Escravidão por dívida ou “branca”: caracterizada pela
suspensão do direito de ir e vir. O empregado se vê
forçado a trabalhar para pagar por equipamentos de
trabalho, moradia e alimentos fornecidos pelo patrão.
 Trabalho forçado infanto-juvenil: crianças de 10 a 13
anos trabalhando, uma prática degradante e
condenável.
Pecuária brasileira
 Destaca-se o gado bovino, suíno e ovino, além de
cabras, búfalos, asnos e jumentos.
 O Brasil possui um dos maiores rebanhos bovinos e é o
maior exportador de carne bovina.
 A criação de bovinos é feita principalmente no Centro-
Oeste, Sudeste e Sul, os suínos e as aves no Sudeste e
no Sul.
Agronegócio brasileiro
 Se expandiu devido ao aumento da produtividade
agrícola, conservação dos solos, disponibilidade de
terras a custo competitivo, melhor administração dos
recursos e da mão de obra, além de assistência técnica.
 Devido à falta de infraestrutura para escoar a
produção, a capacidade de expansão agrícola brasileira
passa por limitações no mercado.
Produção agropecuária: principais cultivos no Brasil
 Destaca-se Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo,
Minas Gerais, Mato Grosso e Mato grosso no Sul, que
produzem cereais, oleaginosas e leguminosas.
Café
 Procedente de países africanos, é o maior símbolo do
Brasil no exterior.
 Plantado no Vale da Paraíba do Sul (RJ), se estendeu
até o interior de SP e para o norte do Paraná durante o
século XX.
 É mais cultivado em Minas Gerais e no Espírito Santo.
 O Brasil é o maior produtor e maior exportador
mundial de café.
Cana-de-açúcar
 Introduzida no século VXI, destinava-se à exportação.
 Foi cultivada inicialmente na Zona da Mata nordestina.
 Hoje, o mercado consumidor interno de açúcar é
abastecido pelas plantações do interior de SP, maior
produtor nacional, MG e Alagoas.
 Em 1970, os grandes canaviais se expandiram ainda
mais com a transformação do álcool em combustível
de automóvel.
 Algodão
 É exportado e empregado pelas indústrias têxtil e
alimentícia.
 Pode ser arbóreo ou herbáceo.
Soja
 Inicialmente cultivada no Brasil nos estados do Rio
Grande do Sul e Paraná, após ser introduzida pela
Argentina, em 1960.
 Se expandiu nas terras do Cerrado, a partir dos anos
1970. Atualmente, MG, Goiás, Mato Grosso do Sul,
Mato Grosso e parte oeste da Bahia são áreas de
cultivo.
 É o principal grão do agronegócio brasileiro, chegando
a competir com a produção do café.
 O Brasil é o segundo maior produtor, perdendo apenas
pelos Estados Unidos.
Laranja
 Teve um grande impulso no Brasil devido à exportação
de suco de laranja sob o controle de multinacionais.
 A principal área produtora encontra-se no oeste de São
Paulo.
 Cacau: maior produção na Bahia.
 Pimenta-do-reino: originária da Ásia, introduzida no
Pará.
 Uva: introduzida por italianos, tendo destaque no Rio
Grande do Sul.
 Fumo: destaca-se no interior de Sergipe.
 Banana: no Vale do Ribeira (SP), litoral paranaense e
Bahia se destina à exportação.
 Feijão: corresponde à lavoura de subsistência.
 Milho: produzido em todo território nacional.
 Mandioca: lavoura de subsistência.
 Arroz: cultivado em todo país.
Territórios e a Guerra Fria
 Na antiguidade, bastava um país invadir o outro e a
guerra se instalava. Atualmente, os conflitos estão
mais centrados em aspectos econômicos do que em
políticos, havendo disputa pelo controle de um estado
nacional ou por territórios fronteiriços.
 As causas dos conflitos são muitas, pois, a geopolítica
internacional é cada vez mais complexa, envolvendo
múltiplos interesses, tornando difícil até distinguir
inimigos de aliados.
 Nem todos os países perdem com esses conflitos, uma
vez que a indústria armamentista lucra bilhões de
dólares com o comércio de armas. Sendo as mais
beneficiadas: EUA, Rússia, França, Alemanha, China,
Inglaterra e Itália.
Noções básicas das categorias geoespaciai
 Espaço: local onde ocorrem as relações econômicas,
políticas e sociais, sendo formado por elementos
naturais ou artificiais construídos pelo homem.
Natural: não modificado pelo homem. Geográfico:
modificado.
 Paisagem: representação visível de vários aspectos do
espaço geográfico, sendo definida como tudo que é
possível ver.
 Lugar: é o nosso espaço de vivência afetiva, sendo
constituído de locais familiares.
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Geografia
 Território: está ligado a poder, dominação e conquista.
 Nação: comunidade de pessoas que compartilham
linguagem, cultura, étnica, descendência ou história,
ou um território e um governo.
 Estado: território definido e unificado formando uma
comunidade política organizada, vivendo sob um
determinado governo, que exerce soberania sobre
determinado território. Precisa de um território
delimitado, de uma população residente, de um
governo e da capacidade de estabelecer relações
diplomáticas com outros estados.
 Estado-nação: área em que as fronteiras culturais
coincidem com fronteiras políticas, ou seja, é um
estado ou país que definiu fronteiras e território, com
pessoas que compartilham de mesma etnia e cultura
(na teoria).
As zonas de tensão
 Possuem como principais motivadores as rivalidades
étnicas, religiosas, nacionais e ainda questões
fronteiriças e a disputa por recursos naturais.
Guerra fria
 Nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, os dois únicos
ataques atômicos da humanidade, às cidades de
Hiroshima e Nagasaki, no Japão, puseram fim à 2ª
Guerra e deram início da Guerra Fria.
 Embora não tenham partido para uma guerra
declarada, as duas potências chegaram muito perto,
como na crise dos mísseis em Cuba, em 1962, sendo o
momento de maior tensão da Guerra Fria.
As crises do leste europeu
Insurreição húngara
 A Hungria foi o primeiro país a buscar a libertação, em
1956, numa rebelião que durou 12 dias.
 O partido comunista local incentivou a sociedade
húngara a fazer severas críticas ao stalinismo e a se
opor à ex-URSS, criando expectativas de que
importantes reformas poderiam ocorrer no interior do
sistema socialista.
 Húngaros lutavam por maiores liberdades individuais,
pelos direitos humanos e pela independência política
do país, mas foram duramente oprimidos pelas tropas
do Pacto de Varsóvia e pela própria polícia húngara,
provocando milhares de mortes e exílios.
 O resultado foi contrário: houve instauração de um
governo pró-soviético ainda mais repressor e
ditatorial.
Primavera de Praga
 Em 1968, na Tchecoslováquia, ocorreu uma grande
manifestação popular, que tinha como objetivo apoiar
ideias de abertura política que visavam um “socialismo
com uma face humana”.
 Tentaram implantar um sistema liberal, com
autonomia sindical e garantia de liberdades
individuais.
 O movimento começou a promover transformações
internas e incentivou críticas abertas à URSS.
 Atingiram o resultado esperado, tanto que a censura
foi abolida e os direitos civis começaram a ser
restabelecidos.
 Temendo o clima de liberdade política que se iniciava
no país, Leonid Brejnev, líder da URSS, ordenou a
invasão de Praga pelas tropas do Pacto de Varsóvia,
reprimindo o movimento popular e colocando um fim
à experiência liberalizante da Primavera de Praga, com
o massacre de dezenas de civis.
Polônia e o sindicato solidariedade
 Movimento polonês que não foi proposto pela elite do
partido comunista do país, surgindo dos trabalhadores.
 O movimento ganhou força rapidamente, o que
obrigou o governo a legalizar o sindicato. No entanto,
sua influência se espalhou para outros segmentos
trabalhistas e outros países socialistas, obrigando o
governo a tomar medidas para controlar a situação
interna, ameaçando uma intervenção das forças do
Pacto de Varsóvia, o que nunca aconteceu.
Crise soviética e o fim da guerra fria
 O Estado da URSS planejava e determinava o que,
quando, onde e como produzir.
 A partir da década de 1970, a economia começou a
estagnar e não conseguia mais acompanhar as
inovações técnico-científicas (3ª RI) que ocorria no
mundo capitalista.
 A URSS possuía uma estrutura de poder muito
centralizadora, com um controle estatal excessivo,
corrupção e falta de motivação para o trabalho,
levando ao encarecimento dos custos de produção.
 A elevada burocracia e a falta de democracia
contribuíram para dificultar o desenvolvimento.
 Em meados dos anos 80, o país apresentava metade do
PIB estadunidense e mantinha a manutenção dos
elevados gastos militares, característicos da corrida
armamentista.
 Assim, ao assumir o poder em 1985, Mikhail
Gorbatchev propôs reformas que visavam transformar
o socialismo soviético por meio da reestruturação
econômica e da abertura política.
 Essas reformas levaram a uma profunda crise. A
eliminação dos subsídios às empresas estatais e a
abertura aos produtos estrangeiros provocaram
desemprego de milhares de pessoas, a alta dos preços
dos bens de consumo e do custo de vida para a
população.
 As repúblicas socialistas do Leste Europeu foram,
gradativamente, abandonando os regimes comunistas:
Tchecoslováquia, Hungria, Romênia, Polônia e
Bulgária.
 Em 1993, a Tchecoslováquia se dividiu, após uma série
de protestos e reivindicações populares, mas sem
nenhum conflito armado, e criou dois novos países: a
República Tcheca e a Eslováquia.
 O processo se encerrou com a dissolução do Pacto de
Varsóvia e da União Soviética, em 1991.
 As repúblicas que formavam a URSS, reuniram-se na
Comunidade dos Estados independentes e se
desligaram do bloco soviético.
Nova Ordem Mundial
 Ordem Mundial é a maneira pela qual se estabelecem
as relações de poder e força entre as potências
mundiais em cada contexto da história.
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Geografia
 A Nova Ordem Mundial representou a mudança nas
relações de poder e força internacionais estabelecidas
entre as principais potências mundiais após o final da
Guerra Fria.
 Ela marcou a transição da ordem bipolar, que vigorou
entre 1947 e 1991.
 O poderio militar passou a não ser mais o principal
critério para determinar a potencialidade global de um
país, mas, sim, sua capacidade econômica.
Países do Norte: ricos e desenvolvidos.
Países do Sul: subdesenvolvidos e emergentes.
 A divisão norte-sul não coincide com a divisão
cartográfica de referência pela linha do Equador, pois
seu critério é econômico.
Área de influência
 Área ou região sobre a qual um Estado possui
significativa influência cultural, econômica, comercial,
militar ou política.
Estados Unidos
 Do ponto de vista bélico, os EUA se tornaram a única
potência militar do mundo atual, não existindo
nenhum outro país capaz de rivalizá-lo nesse quesito.
 Todos os outros países do sistema internacional se
dividem em duas categorias: aqueles que poderiam
evitar ser conquistados pelos EUA (potências médias)
em caso de uma invasão, mas sem vencê-lo, e todos os
outros (potências menores).
Neoliberalismo
 Mudança gerada pela NOM, uma política que prega a
autorregulação do mercado, ou seja, não há
necessidade de intervenção do Estado, e, sim, total
liberdade de comércio (livre mercado), já que esse
princípio garantiria o crescimento econômico e o
desenvolvimento social de um país.
 Surgiu graças à globalização.
 O Estado se distancia da economia e da regulação de
fluxos de capital, cedendo esse papel à iniciativa
privada, ou seja, à elite econômica e política.
 Porém, essa parcela da sociedade está preocupada em
lucrar, negligenciando os investimentos sociais,
promovendo assim intensa concentração de renda e
acentuando as desigualdades sociais.
Princípios do neoliberalismo
 Mínima participação estatal nos rumos da economia de
um país.
 Flexibilização das leis trabalhistas.
 Privatização de empregas estatais.
 Livre circulação de capitais internacionais e ênfase na
globalização.
 Abertura da economia para a entrada de
multinacionais.
 Adoção de mediadas contra o protecionismo
econômico.
 Desburocratização do Estado: leis e regras econômicas
mais simplificadas para facilitar o funcionamento das
atividades econômicas.
 Diminuição do tamanho do Estado, numa tentativa de
torná-lo mais eficiente.
 Posição contrária aos impostos e tributos excessivos.
 Aumento da produção, como objetivo básico para
atingir o desenvolvimento econômico.
 A lei da oferta e demanda é suficiente para regular os
preços.
 A base da economia deve ser formada por empresas
privadas.
 Defesa dos princípios econômicos do capitalismo.
Críticas
 Afirmam que essa política beneficia somente os países
desenvolvidos, que são mais competitivos e
preparados para o comércio global, e as empresas
multinacionais.
 Os países subdesenvolvidos ou emergentes teriam
resultados sociais terríveis, como elevados índices de
desemprego, baixos salários, aumento das
desigualdades sociais e grande dependência do capital
internacional.
Defensores
 Afirmam que tal política proporciona prosperidade e
desenvolvimento social e econômico em um país.
 Asseguram que ele torna a economia mais competitiva,
estimula o desenvolvimento tecnológico e, por meio
da livre concorrência, faz os preços e a inflação caírem.
Globalização
 Processo de aprofundamento internacional de
integração comercial, industrial, financeira, social,
cultural e tecnológica entre os países.
 Foi um processo impulsionado pelo barateamento dos
meios de transporte e comunicação dos países no final
do século XX.
 O desenvolvimento tecnológico parece encurtar as
distâncias e tende a aproximar todo o planeta, numa
condição análoga à que ocorre em uma aldeia: um
mundo em que todos estão, de certa forma,
interligados.
 Para os críticos, esse fenômeno representa um
obstáculo que causa tropeço no caminhar da
humanidade.
 Ela não é apenas econômica, pois pode ser considerada
um fenômeno que tende a aproximar culturas e
costumes sociais e políticos.
 Inclui a informação instantaneamente globalizada até
o predomínio do inglês, o que tende a deixar o mundo
cada vez mais homogêneo.
 A modernização e o barateamento dos sistemas de
transporte permitiram que as pessoas chegassem a
lugares que antes só eram alcançados com muito
tempo de viagem e a um custo muito elevado. Assim,
expandiu-se o turismo.
 A criação de blocos econômicos estreitou as relações
econômicas, comerciais e diplomáticas entre os países
que compõe uma determinada região do globo.
 Cada país passa a buscar parcerias regionais para o
fortalecimento de seus setores produtivos e de sua
economia, o que leva ao surgimento dos blocos
econômicos.
Blocos econômicos
 NAFTA (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio.
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Geografia
 União Europeia (união política e econômica da
Europa).
 Mercosul (Mercado Comum do Sul).
Redes e transporte
Matriz de transporte
 O desenvolvimento econômico e social de qualquer
território depende da intensidade, da densidade e da
qualidade de sua rede de transportes.
 Aquele que permite o deslocamento no menor tempo
e com preços melhores, torna os produtos e os serviços
mais competitivos.
 A matriz do Brasil é ineficiente, devido as dimensões
territoriais do país, o grande volume de commodities
transportadas e o alto custo da manutenção do
transporte rodoviário.
 No Brasil, deveria privilegiar os sistemas ferroviários e
aquaviário – bem mais baratos e capazes de
transportar mais produtos, com menor índice de
poluição.
 O alto custo dos transportes no Brasil não interfere
apenas nas exportações, uma vez que também é
repassado ao consumidor final, mas vendemos menos,
diminui o consumo, e, consequentemente, o comércio
demite, a indústria corta e produção e também demite,
assim, cai a produção de matéria-prima, que será cada
vez menos necessária.
Competição ou complementariedade?
 As vantagens dos modais hidroviário e ferroviário
desaparecem quando as distâncias são menores, com
clara vantagem para as rodovias, mais baratas em
pequenos trajetos.
 Os modais devem atuar em conjunto. Os
carregamentos que constituem grandes volumes e
possuem baixo valor agregado são transportados, em
geral, por meio das hidrovias, em razão de seu custo
unitário menor.
 Quando representam bens de maior valor agregado, o
transporte hidroviário, por seu maior tempo de
percurso, torna-se menos indicado.
Transporte rodoviário
 Detém o primeiro lugar no deslocamento de
mercadorias e pessoas.
 Apresenta grande flexibilidade nos itinerários, uma vez
que permite o transporte porta a porta.
 O caminhão é o grande rival do trem no transporte de
mercadorias, devido à sua grande flexibilidade e aos
progressos efetuados que possibilitam um crescente
aumento da velocidade e da capacidade de carga no
modal ferroviário.
 O automóvel é o meio de transporte individual que
permite maior autonomia e mobilidade, sendo o mais
utilizado no deslocamento individual entre as áreas
residenciais e o trabalho ou a escola, além de viagens
de férias.
 Apresenta inconvenientes, como a grande área
ocupada pelas rodovias, o grande consumo de
combustível, a maior poluição do meio ambiente entre
as formas mais comuns de transporte, o desgaste das
estradas e a constante necessidade de reparos.
Transporte rodoviário no Brasil
 Entre 1860-1920, as estradas brasileiras ficaram em
segundo plano, com grande desenvolvimento das
ferrovias (ligavam áreas produtoras agrárias aos portos
no litoral). Porém, JK implementou a indústria
automobilística no país, na década de 1950, sendo o
modal rodoviário estabelecido e consolidado,
ocasionando a queda de investimentos públicos no
setor ferroviário.
Crise do rodoviarismo
 Na década de 1970, o transporte rodoviário sofreu
duros golpes: duas crises do petróleo.
 Nessa época, o sistema ficou muito abalado e foi
questionado, fazendo com que surgissem várias
pesquisas visando desenvolver novas formas de
energia.
 Problemas: excesso de vegetação nos acostamentos,
animais na pista, buracos e rachaduras no asfalto, falta
de pavimentação, problemas de sinalização horizontal
e vertical, etc.
 A precariedade das rodovias reduz a vida útil das peças
de caminhão, aumenta o tempo de viagem e encarece
o frete. Assim, os custos das mercadorias aumentam,
comprometendo as exportações e a competitividade
dos produtos brasileiros no exterior e no mercado
interno.
Concessões
 Para modernizar e conservar as estradas e rodagens, o
governo brasileiro privatizou, a partir de 1990, diversas
estradas, por meio do sistema de concessões.
 Foram promovidas diversas melhorias nas rodagens
(manutenção da pavimentação, sinalização, socorro
médico e mecânico) financiadas pela arrecadação de
pedágio.
Transporte ferroviário
 Seu desenvolvimento está atrelado ao advento da 1ª
Revolução Industrial, quando surgiu na Inglaterra, em
1830, a primeira estrada de ferro.
 Seu rápido desenvolvimento acelerou a
industrialização, reduziu o isolamento das áreas rurais
e contribuiu para o crescimento e muitas urbanas.
 Apresenta capacidade de transportar cargas de
grandes volumes, como as commodities, elevada
eficiência energética (sendo mais barato a médias e
grandes distâncias), além de ser pouco poluente.
 É muito adequado para o transporte de produtos
siderúrgicos, grãos, minério de ferro, cimento e cal,
adubo e fertilizantes, derivados de petróleo, calcário,
carvão mineral, contêineres, etc.
 Seu grande inconveniente é o caráter fixo dos
itinerários, sendo, portanto, necessária e integração
com outros meios de transporte, diminuindo a
flexibilidade.
Transporte ferroviário no Brasil
 Começou a ser implantado no país em 1854, quando
Barão de Mauá inaugurou a primeira ferrovia, ligando
a Baía de Guanabara a Petrópolis, no RJ.
 A vinculação do café às ferrovias era evidente,
principalmente em São Paulo, entre 1850 e 1930.
 Houve um progressivo desenvolvimento da indústria
automobilística, e os investimentos na malha
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Geografia
ferroviária praticamente cessaram, tornando a rede
obsoleta.
 É o segundo mais barato para médias e longas
distâncias, atrás apenas do hidroviário, o que reduz
significativamente o custo do frete, tornando os
produtos mais competitivos.
Concessões
 A Rede Ferroviária Federal (RFFSA) foi a estatal que
controlou o sistema ferroviário brasileiro até 1996,
quando ocorreu a privatização de todo o sistema.
 Nesse período, suas malhas foram transferidas à
iniciativa privada, por meio de concessões, e a
empresa foi liquidada.
 O objetivo remete à desoneração da União, à busca
pela atração de investimentos e ao aumento da
eficiência operacional do setor.
Transporte aquático
Marítimos
 É compreendido pelos transportes hidroviário,
aquaviário ou aquático. Utiliza como vias os mares
abertos, fechados, lagos e rios para o deslocamento de
cargas e passageiros.
 É o mais utilizado para transportar grandes
quantidades de mercadorias a longas distâncias, sendo
fundamental nas relações comerciais entre
continentes.
 Desvantagens: lentidão e necessidade de integração,
além de dependerem das condições físicas, como a
existência de regiões mais ou menos planas, o débito
do rio e a sua extensão.
Transporte marítimo no Brasil
 Um dos modais mais importantes para a economia, a
indústria e a logística no Brasil (mais de 7400km de
litoral), que é voltado para o mais importante oceano,
o Atlântico, com grande parte da economia
concentrada a poucos quilômetros do litoral.
 O sistema marítimo brasileiro, que possui grande
potencial para desenvolvimento, constitui um dos
gargalos de nossa economia, havendo muitos
problemas: embarcações velhas (média 44 anos de
uso), ineficiência e deficiência das instalações
portuárias, problemas tarifários e grande burocracia.
Navegação de longo curso ou internacional
 Atende uma mínima parte da demanda de transportes
marítimos nos portos brasileiros, sendo o restante
executado por navios estrangeiros fretados.
Navegação de cabotagem
 Realizada entre portos dos países pelo litoral ou por
vias fluviais.
 Se contrapõe à navegação de longo curso e, no Brasil,
só pode ser realizada por embarcações construídas no
país, o que deu origem aos atuais cartéis.
 As empresas que detêm a propriedade desses navios
são protegidas pela competição dos navios
estrangeiros, maiores e mais eficientes, o que permite
que elas cobrem fretes elevados.
Principais portos brasileiros
 O problema dos postos é que eles não têm
acompanhado o ritmo de crescimento do comércio
internacional.
 Os principais entraves são os investimentos
insuficientes, o volume de carga, a enorme burocracia,
o valor elevado das taxas alfandegárias, os problemas
de infraestrutura e os altos custos que os terminais
possuem nas principais zonas portuárias do país.
 Em razão do maior volume de cargas, o tempo médio
de espera dos navios carregados para atracar no Brasil
cresceu de 13 para 20 horas, podendo chegar até 55
em Vitória.
 A ineficiência e a burocracia fazem com que a
exportação de um produto em contêiner pelo porto de
Santos (SP) demore, em média, 18 dias.
 Além disso, o Brasil perde também no setor turístico,
pois os navios transatlânticos acabam desistindo de
temporadas no Brasil, em razão do custo elevado para
se permanecer na costa.
 Porto de Santana, junto a Macapá – minério de
manganês.
 Porto de Areia Branca (RN) – sal marinho.
 Porto de Malhado, em Ilhéus (BA) – cacau.
 Porto de Itajaí (SC) – pescado.
 Porto de São Sebastião (SP) – petróleo.
 Porto de São Francisco do Sul (SC) – madeira.
 Porto de Maceió (AL) – açúcar e petróleo.
 São Luís – Itaqui (MA) – ferro de Carajás (PA).
 Paranaguá (PR) – soja.
Navegação fluvial no Brasil
 O brasil possui um dos maiores sistemas aquaviários do
mundo, constituído de oito bacias hidrográficas, nas
quais existe movimentação de quase meio milhão de
toneladas de cargas.
 Os rios de planalto não impedem definitivamente a
navegação, porém, a navegabilidade deles depende da
construção de canais laterais (eclusas), comportas e
outros engenhos de construção que exigem programas
de financiamento.
 Brasil transporta em navios 700000 contêineres por
ano, podendo transportar 1,4 milhões.
Corredor de exportação
 Estabelecido por intermédio do Ministério dos
Transportes para melhorar a infraestrutura viária,
desde áreas de produção até certos portos
selecionados, visando à redução dos custos de
transportes de bens destinados à exportação.
 O do Paranaguá é, atualmente, é o maior corredor
exportador de produtos agrícolas do Brasil, tendo
como principais produtos de exportação o café, soja,
milho, algodão, congelados e madeira.
 O de Santos atende à principal região econômica do
país e está diretamente relacionada ao porto de
Santos, compreendendo todo o estado de São Paulo,
além de Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
 Entre as commodities voltadas para exportação, se
destacam o café, açúcar, milho, algodão e carne, além
de produtos manufaturados, atendendo à grande
concentração de indústria da região Sudeste.
Transporte aéreo
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Geografia
 É o meio mais rápido, confortável e seguro, além de
oferecer grande liberdade de movimento, pois não
está limitado por barreiras físicas, já que se movimenta
em grande altitude.
 Deslocam mercadorias perecíveis, que não ocupam
muito espaço e que tenham alto valor agregado,
capazes de pagar um valor de frete maior.
 Desvantagens: elevado custo, fraca capacidade de
carga, grande consumo de combustível, etc.
Os problemas da crescente expansão do tráfego aéreo
 É muito frequente os aviões terem de sobrevoar os
aeroportos enquanto esperam a sua vez para
aterrissar. O perigo de colisões em ar ou terra é real,
ainda que a possibilidade de ocorrência seja muito
reduzida, devido à intervenção dos controles aéreos.
Transporte por dutos: oleodutos e gasodutos
 O petróleo e o gás natural podem ser transportados
por tubos cilíndricos, geralmente constituídos em aço.
 Esses dutos podem estar total ou parcialmente
enterrados no solo, sendo o melhor tipo de transporte
utilizado para esses recursos energéticos.
 É um meio muito econômico, rápido e seguro.
Oleodutos
 Nos países exportadores de petróleo, estabelecem a
ligação entre as jazidas e os portos de embarque.
 Em seguida, o transporte é efetuado por petroleiros
até os portos dos países consumidores, por meio dos
quais é conduzido por uma extensa rede de oleodutos
até as áreas de consumo.
Gasodutos
 Ótima solução para o transporte de fás natural, sob
baixa pressão e bombeado por meio de compressores.
Transporte da informação
 Com a revolução tecnocientífica e a globalização
econômica e industrial, as telecomunicações têm
influenciado cada vez mais a gestão e a localização de
uma empresa, superando em importância a localização
dos recursos naturais ou a presença de mão de obra.
 O Distrito Federal é a região mais bem servida em
telecomunicações do país, seguida por São Paulo e Rio
de Janeiro.
O comércio multilateral
 O comércio internacional é a atividade econômica
representada pela compra (importação) e venda
(exportação) de produtos e serviços entre os países.
 Pode ocorrer de duas maneiras, simultaneamente:
regionalizada, entre países de um mesmo bloco
econômico, ou multilateral, entre países que não
fazem parte de um mesmo bloco.
 Há um aumento acelerado das transações comerciais
mundiais entre todos os países que compõem o
sistema financeiro e comercial do planeta.
 Um dos grandes responsáveis por esse crescimento foi
a redução das barreiras protecionistas em vários
países. Com a diminuição de alguns impostos que
incidiam sobre as mercadorias comercializadas, foi
facilitando o trânsito de peças e equipamentos entre
as filiais das grandes corporações, instaladas em
diversos locais e, consequentemente, aumentando o
comércio e o acesso aos mais diversos mercados
consumidores.
 Normalmente, a participação dos países na corrente de
negócios mundial está diretamente relacionada ao
tamanho de sua economia.
Divisão internacional do trabalho – DIT
 Atualmente, não existe mais nenhum país
autossuficiente, ou seja, que produz em seu território
tudo aquilo de que necessita.
 Assim, o comércio tende a se tornar uma atividade que
complementa as necessidades nacionais, além de ser
altamente dependente de uma eficiente rede de
transporte.
 Devido à grande divisão espacial dos recursos naturais
e financeiros, além das possibilidades tecnológicas,
cada região acaba se especializando produtiva,
financeira e comercialmente, procurando obter mais
rendimento e menor custo, na chamada DIT.
 Assim, a atividade comercial torna-se um dos
indicadores do nível econômico das nações.
 Ao se especializar na venda de commodities, alguns
países permaneceram subdesenvolvidos, enquanto os
desenvolvidos, exportadores de produtos de alto valor
agregado, crescem e acumulam capital.
 A Divisão Internacional do Trabalho corresponde à
divisão das atividades econômicas entre os países do
mundo. Acentua as desigualdades econômicas
existentes entre os países desenvolvidos e os
subdesenvolvidos.
 A DIT constitui a relação econômica estabelecida entre
os países a partir das Grandes Navegações e do Período
Colonial. Nesse período, as práticas mercantilistas de
acumulação de riquezas, a fase pré-capitalista da
economia, construíram e moldaram as relações que
cada país desempenharia na economia mundial.
 A metrópole seria fornecedora de produtos
manufaturados, de maior valor, e a colônia, de
produtos primários, de menor valor.
 Com a nova DIT, a partir dos anos 1950, esse cenário
mudou e não separou apenas os países em
exportadores de manufaturados e exportadores de
matéria-prima.
 Atualmente, os desenvolvidos exportam, além dos
investimentos produtivos (multinacionais aproveitam
mão de obra barata e vantagens fiscais para instalarem
suas montadoras), os investimentos especulativos (na
forma de empréstimos e investimentos no sistema
financeiro dos outros países – commodities).
 Exportam, ainda, tecnologia, marcas e patentes e
recebem royalties – valores cobrados pelo proprietário
de uma patente de produto para permitir seu uso.
Criação da OMC – Organização Mundial do Comércio
 O comércio multilateral surgiu com a criação do Acordo
Geral de Tarifas e Comércio assinado em 1947, que foi
uma reação ao excesso de protecionismo do comércio
internacional, predominante no período entre as duas
guerras mundiais.
 Devido à crise de 29, houve uma queda de mais de 35%
na produção mundial e gerou grande desemprego nos
países industrializados, os quais adotaram políticas
protecionistas na tentativa de salvar seus mercados.
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Geografia
 Em 1944, na Conferência de Bretton Woods,
definiram-se os princípios do sistema financeiro
internacional com a criação do Fundo Monetário
Internacional e do Banco Mundial. Com a expectativa
de crescimento do comércio mundial, sugeriu-se a
criação da Organização Internacional do Comércio,
formando um tripé que disciplinaria o comércio de
bens e serviços em escala mundial.
 No entanto, a OCI não chegou a ser formada, pois o
Senado dos EUA alegou que sua criação
comprometeria o comércio internacional do país.
Assim, ela foi substituída pela Organização Mundial do
Comércio.
Funcionamento da OMC
 Ela tem a função de administrar os acordos
comerciais, funcionando como um foro para
negociações comerciais; solucionar as controvérsias
comerciais levadas à Organização pelos membros;
supervisionar as políticas comerciais nacionais;
fornecer assistência técnica e cursos de formação para
os técnicos dos países em desenvolvimento e
promover cooperação com outras organizações
internacionais.
 Desde sua criação, foram realizadas 5 conferências. A
mais marcante ocorreu em Seattle (EUA, 1999), que
definiu os rumos no novo milênio, ficando conhecida
como Rodada do Milênio.
 Porém, foi um fracasso devido aos protestos de
ambientalistas, sindicatos e ONGs contrárias ao
modelo de globalização econômica representado e
defendido pela OMC.
 Rodada do Desenvolvimento: conferência na qual
China e Taiwan aderiram à OMC e três grandes
decisões marcaram: permissão para quebra de
patentes para produção de remédios genéricos nos
países subdesenvolvidos, proposta de aliar o
desenvolvimento econômico com cuidados
ambientais e um acordo entre os EUA e a União
Europeia que objetivava discutir maneiras de acabar
com subsídios e com as medidas protecionistas
praticadas.
 A maior dificuldade atual é a preocupação de cada
país nos efeitos de uma política liberalizante que
poderia gerar desemprego em países que não estão
aptos a concorrer de forma igual.
Princípios da OMC
 Não discriminação dos países-membros. Um país deve
estender aos demais qualquer vantagem ou privilégio
concedido a um deles.
 Concorrência legal: a OMC tenta garantir um comércio
justo, legal e sem distorções, inibindo práticas
comerciais desleais como o protecionismo, o dumping
e os subsídios agrícolas ou industriais.
 Proibição de restrições quantitativas: impede o uso de
restrições como meio de proteção. O único meio de
proteção admitido é a tarifa, por ser o mais
transparente.
 Tratamento preferencial: não se pode tratar de forma
diferenciada as mercadorias nacionais em detrimento
das estrangeiras.
Protecionismo na OMC
 Protecionismo é toda medida tomada para favorecer
as atividades comerciais de um país, reduzindo ou
dificultando ao máximo a importação de produtos e a
concorrência estrangeira. A teoria contrária é o livre-
comércio.
 São utilizadas praticamente todos os países,
geralmente sob a forma de tarifas impostas à
importação. Mas existem meios mais sutis para
impedir a entrada de determinados produtos, como o
sistema de cotas e as barreiras sanitárias.
 Em 2001, a União Europeia impôs uma barreira
sanitária à carne brasileira, proibindo a compra do
produto, alegando que estre estaria contaminado com
o vírus que transmite febre aftosa.
 Podemos conceituar como barreiras todas as medidas
ou exigências de natureza técnica que de fato afetam
as exportações:
Barreiras tarifárias: há cobrança de tarifas aduaneiras de
produtos importados. Os produtos de menor valor agregado
pagam tarifas mais baratas.
Barreiras não tarifárias: são as barreiras sanitárias, exigências
de requisitos técnicos, as ambientais, etc.
Subsídios agrícolas
 Como o custo de produção no Brasil é menor, o
governo dos EUA adota o subsídio agrícola para reduzir
artificialmente o custo de produção e permitir que os
produtores americanos sejam competitivos no
mercado internacional, além de reduzir a dependência
externa quanto aos alimentos.
 As barreiras comerciais prejudicam especialmente os
países mais pobres, devido à deficiente infraestrutura
nos transportes, nas comunicações e à falta de mão de
obra especializada.
Comércio brasileiro e os emergentes
 O Brasil vem acumulando sucessivos superávit em sua
balança comercial nos últimos anos. Em 2006, o país
bateu o quarto recorde consecutivo no saldo da
balança comercial.
 Com a globalização, o Brasil procurou se tornar um
Global Trade, isso é, um país que seja parceiro e que
faça comércio com todo o mundo.
 Para alcançar esse objetivo, o Governo adotou uma
política externa agressiva, abrindo novos mercados ao
país, o que fez com que os produtos nacionais
chegassem em maior volume a vários locais onde o
Brasil não atuava.
Balança comercial: é a diferença entre o valor total exportado
por um país e o valor total das importações que são realizadas
ao longo de um ano, podendo ser positivo ou negativo.
Superavit comercial: ocorre quando os valores referentes à
exportação são maiores do que os valores relativos à
importação de bens e serviços, ou seja, a balança comercial
apresenta saldo positivo.
Deficit comercial: quando um país importa mais do que exporta,
ou seja, a balança apresenta saldo negativo.
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Geografia
Corrente de comércio: soma entre exportações e importações
de certo país ao longo de um ano.
Câmbio: operação de troca de moeda de um país pela moeda
de outro, normalmente baseada no valor do dólar.
Inflação: aumento generalizado e persistente dos preços. Se
poucos preços sobem, mas os demais permanecem estáveis,
não há um processo inflacionário, ainda que o incide de preços
mostre valores positivos.
Custo país: expressão que descreve o conjunto de obstáculos
estruturais, burocráticos e econômicos que afastam os
investidores de um país.
Fatores gargalos ao desenvolvimento brasileiro
 Burocracia excessiva para criação e manutenção de
uma empresa;
 Corrupção administrativa pública elevada.
 Elevado spread bancário.
 Carga tributária alta.
 Manutenção de taxas de juros reais elevadas.
 Infraestrutura deficiente (saturação de portos,
aeroportos, estradas e ferroviais).
 Baixa qualidade educacional e falta de mão de obra
qualificada.
 O modesto desempenho do Brasil no comércio
mundial pode ser explicado, também, pelo tipo de
produto que o país vende, de baixo valor agregado, e
pelos produtos que o país compra, de maior valor.
Principais blocos econômicos
 A principal tendência do mundo globalizado é a
formação de blocos regionais, que são criados para
aumentar o comércio entre os países-membros por
meio da redução ou eliminação das tarifas
alfandegárias.
 São formados por países que se localizam na mesma
região, como em um mesmo continente (NAFTA), ou
são banhados por um mesmo oceano (APEC).
 Os blocos apresentam alguns estágios de integração:
1. Zona de livre-comércio
 Busca-se apenas o crescimento comercial entre os
países-membros com a redução ou a eliminação de
vários impostos das importações e das restrições
quantitativas, o que ocorre com a eliminação das
barreiras tarifárias dentro do bloco.
 Exemplo: NAFTA.
2. União aduaneira
 Estágio intermediário, havendo a definição da TEC
(tarifa externa comum) com relação ao comércio com
o resto do mundo.
 Exemplo: Mercosul.
3. Mercado comum
 Permite o libre trânsito dos meios de produção
(capital, servidões e mão de obra) entre os países-
membros e busca a unificação das legislações fiscais,
monetárias, ambientais e trabalhistas, para
estabelecer um mercado realmente comum.
 Alguns países da União Europeia, como o Reino Unido,
a Dinamarca, a Bulgária e a Polônia estão nesse estágio
de integração, pois ainda não adotaram o euro, a
moeda única.
4. União ou integração econômica e monetária
 Há a criação de um Banco Central e a
institucionalização de uma política monetária
única para todos os países-membros.
 Dezesseis países da União Europeia estão nesse
estágio: França, Alemanha, Eslovênia, Chirpe, etc.
5. Integração política e institucional
 Integração total entre os países-membros.
 Ocorre quando há unificação de diversas instituições
sociais, políticas, econômicas e militares.
 Ainda não há nenhum bloco esse estágio.
 Acredita-se que a União Europeia possa ser o primeiro
a atingir esse patamar de integração.
União Europeia
 Em 1957, foi criado o Mercado Comum Europeu que
mais tarde deu origem à União Europeia.
 Foi criada pelo Tratado de Maastricht, assinado em
1992.
 Em 2002, o euro (moeda única) entrou em circulação
em doze países do bloco, entre elas a Áustria, Bélgica,
Finlândia, França, Grécia, Portugal, Espanha, etc.
 Em 2004 foi adicionado mais 10 membros, entre eles
Hungria, Polônia, República Tcheca, Eslovênia,
Lituânia, etc.
 Turquia, Macedônia, Islândia e Montenegro são
nações candidatas ao ingresso.
Novos candidatos
 Diversos países manifestaram o desejo de entrar no
bloco. Para efetivarem suas candidaturas, precisam
melhorar suas condições sociais, econômicas e
políticas.
 Turquia é um dos mais antigos candidatos, sendo vista
como um modelo de democracia islâmica a ser seguido
pelos países autoritários do Oriente Médio, porém,
possui vários problemas relacionados aos Direitos
Humanos, como a forte repressão à minoria curda.
 Nos últimos anos, houve uma forte pressão dos EUA
para que a Europa aceite a Turquia, pois o país é um
dos maiores aliados muçulmanos dos EUA no Oriente
Médio, o que fizeram discordar ainda mais dessa
adesão.
 Contudo, um dos maiores entraves é a questão
religiosa. Ao contrário de todos os outros países da
União Europeia, que são cristãos, a Turquia é de
maioria islâmica.
Os PPIGS
 Cinco países que compõe a UE (Portugal, Itália, Irlanda,
Grécia e Espanha).
 Ironicamente, faz-se a relação com a palavra porcos,
em inglês.
 A formação desse grupo é baseada no mau
desempenho econômico apresentado por essas
nações desde o início da década de 2000.
 A economia desses países tem apresentado contínuos
aumentos do déficit público (gastos maiores que
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Geografia
arrecadações), principalmente na Grécia, que durante
a crise de 2008, possuía um déficit relativo a 148% do
valor total de seu PIB.
 O bloco anunciou, portanto, que sanções seriam
aplicadas aos países que não cumprissem as normas
fixadas e não equilibrassem suas contas.
Crise econômica na Europa
 Ocorreu por problemas fiscais em economias pouco
competitivas.
 Alguns países, como Grécia e Itália, gastaram mais do
que conseguiram arrecadar por meio de impostos nos
últimos anos.
 Para se financiar, buscaram empréstimos a juros cada
vez mais elevados e, com isso, passaram a acumular
dívidas.
 A desconfiança de que os governos da região teriam
dificuldades para honrar suas dívidas fez com que os
investidores passassem a temer possuir ações e títulos
públicos/privados europeus.
NAFTA – Acordo de livre comércio da América do Norte
 Criado em 1992, começou a funcionar em 1994 e
oferece aos países-membros (EUA, México e Canadá)
vantagens no acesso aos seus mercados.
 O acordo prevê a instalação de uma zona de livre-
comércio entre os três países.
 Essa área está baseada na livre circulação de
mercadorias e serviços entre os países-membros, por
eliminação das barreiras legais das tarifas
alfandegárias.
 Não há, entre seus objetivos, a busca de uma maior
integração.
 Como obstáculos, há a diferença socioeconômica entre
os países, a questão da imigração clandestina do
México para os EUA e o narcotráfico.
Mercosul – Mercado Comum do Cone Sul
 Iniciou-se em 1991, com a assinatura do Tratado de
Assunção pelos presidentes do Brasil, Argentina,
Paraguai e Uruguai.
 O bloco começou a operar em 1994, com uma zona de
livre-comércio, com eliminação/redução das tarifas
alfandegárias e das restrições quantitativas.
 Com o Protocolo de Ouro Preto, em 1994, foi fixado a
Tarifa Externa Comum, tornando-se uma união
aduaneira.
 A padronização e a utilização da TEC para produtos
importados de países de fora do bloco, e que já são
produzidos internamente, fixaram uma política
comercial conjunta entre os países-membros, e têm
por objetivo de integrar e fortalecer o comércio do
bloco.
 Em 2006, Venezuela entrou e Bolívia solicitou sua
adesão ao bloco.
 Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e Chile são países que
atuam como membros associados, que não estão
aderidos à TEC, o que lhes permite negociar livremente
com demais mercados e países.
 Está atualmente no estágio de união aduaneira, sendo
uma área de livre-circulação de bens, serviços e capital.
Crise no Mercosul
 Em 2012 o bloco enfrentou a pior crise, que, diante
dela, Brasil e Argentina, líderes, criaram bloqueios para
a entrada e saída de suas mercadorias no importante
mercado bilateral para ambos.
 A crise culminou com o impeachment do ex-presidente
paraguaio Fernando Lugo, em julho de 2012, fato que
colocou o Brasil na presidência semestral do bloco,
além da suspensão temporária do Paraguai e adesão
da Venezuela.
 A oposição paraguaia acusou o ex-presidente de ter
agido inadequadamente no episódio e de governar de
maneira imprópria, negligente e irresponsável. Lugo
aceitou e seu vice, Federico Franco, assumiu o
mandato.
 O retorno de Paraguai estava previsto para depois da
posse de Cartes, eleito democraticamente, porém,
Paraguai ainda não deu o passo formal para sua
reintegração, visto que o país ainda não resolveu o
imbróglio político que representou a entrada de
Venezuela.
 Como apenas o Congresso paraguaio relutava o aval
para Venezuela, os demais países aprovaram sua
entrada. Assim, a capital paraguaia decidiu não
retornar durante a gestão venezuelana.
ALCA – Área de libre comércio das américas
 Proposta no Fórum das Américas, em Miami, em
1994, deveria ser formada por todos os países
americanos, exceto cuba (considerado não
democrático).
 O objetivo seria a formação de uma área de libre
comércio no continente americano, em 2005, o
que não ocorreu.
 O poderio econômico dos EUA é muito superior
que o restante da América. Assim, acreditavam
que até 2004 o desenvolvimento industrial de
outros países da América poderia ser considerado
mais estabilizando, podendo, assim, suportar,
sem grandes dificuldades, o livre-comércio com os
EUA.
ALBA – Alternativa bolivariana para as américas
 Criada em 2004, tem como principal objetivo integrar
diversos países da América Latina e também do Caribe,
que têm como base a ideologia de Simón Bolívar.
 A Alba tem intenção de ser uma alternativa em relação
à Alca.
 Os EUA visam implantar a Alca para abrir totalmente as
fronteiras comerciais entre todos os países
americanos, limitando-se, desse modo, somente às
relações econômicas.
 Atualmente, a Alba é formada pela Venezuela, Cuba,
Bolívia, Dominica, Equador, São Vicente, etc.
Aliança do Pacífico
 A crise e o enfraquecimento do Mercosul abriram
brechas para acordos unilaterais e formação de novos
blocos na América do Sul e Latina.
 Fundada em 2012, no Chile, sendo formado por Chile,
México, Peru e Colômbia, que representam cerca de
40% do PIB da América Latina.
 O Brasil vive em isolamento, pois no estatuto do
Mercosul consta que nenhum dos sócios podem
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Geografia
celebrar aliança comercial sem que todos os membros
estejam de acordo.
 O bloco já possui tratado de livre-comércio com mais
de 50 países, incluindo China, EUA e países da UE.
BRICS
 Formado por Brasil, Rússia, Índia e China, e a África do
Sul, que aderiu em 2011.
 Juntos, formam um grupo político de cooperação,
desde 2009.
 Apesar de não formarem um bloco econômico, deseja,
atuar em uma “aliança diplomática”.
 Quando o grupo foi criado, era mais homogêneo a
economia entre os países, mas, como o passar dos
anos, as diferenças se acentuaram, com destaque para
China.
Foco de tensão: Ásia
 O continente asiático é o maior do mundo, com quase
30% das terras emersas do planeta.
 Abriga quase 60% da população mundial em uma
miscelânea de etnias, regiões e culturas.
 Apresenta grandes desigualdades econômicas e
sociais, com grandes centros industriais e financeiros e
regiões de miséria.
 No subcontinente indiano (Índia, Nepal, Paquistão,
Bangladesh, Sri), grande parte da população vive com
menos de 1 dólar ao dia.
 Encontra-se os dois mais populosos países do mundo,
China e índia, ambos com mais de 1bilhão.
 Estima-se que a Índia deverá passar a China, em 2050,
visto que os chineses veem empreendendo um rígido
controle de natalidade e, com isso, diminuindo seu
crescimento populacional.
 Dados mostram um grande desequilíbrio de sexos na
China, em que, há 12,7 milhões de meninos a mais que
meninas, resultado do abandono de meninas e da
multiplicação de abortos seletivos, o que geraram
condenação da comunidade internacional.
 Geopolítica: ascensão econômica da China, o
crescimento da índia, o aumento do papel político do
Japão, o aumento progressivo dos orçamentos de
defesa na região, e, ainda, inúmeros focos de tensão,
como no Afeganistão e no Iraque, quase todas em
áreas de interesse das grandes potências.
China
 A China localiza-se no leste do continente asiático,
possui dimensões continentais e é marcada pela
presença de planaltos do leste a oeste.
 O sudeste está localizado no Himalaia, a maior cadeia
de montanhas do mundo.
 É o país mais populoso do mundo, estimando-se que
esse número de 1,4 bilhões seja superior em razão de
muitos pais não registrarem o segundo filho, temendo
repressão por parte do Estado, devido à política do
filho único.
 Atualmente, a China está na quarta geração de
comandantes pós-Revolução Chinesa e continua com
um desafio: sustentar o espantoso crescimento
conquistado desde a abertura da economia na década
de 1980, e ainda manter vivos os princípios defendidos
por Mao Tsé-Tung.
 Se avançou bastante em muitos aspectos, porém, em
dezenas de outros pontos a sociedade chinesa
continua bastante parecida com a que viu Mao Tsé-
Tung assumir o poder há mais de meio século.
O novo gigante mercado
 A República Popular da China é umas nações de maior
crescimento econômico do mundo.
 Também é campeã no recebimento de investimentos
externos.
 Apesar do acelerado crescimento econômico, o maior
desafio dos chineses é a desigualdade sociais. Dois
terços dos chineses vivem em áreas rurais muito
pobres, e a renda per capita é compatível com as piores
do terceiro mundo.
Cenário geopolítico da Ásia
 São formadas novas alianças, como ocorreram entre
Rússia e China, em que a China promovia Pequim com
o abastecimento de armas, recursos energéticos
(petróleo e gás natural) e, para a Rússia, promove o seu
caráter asiático.
 Na aliança China-índia, os motivadores deveriam das
críticas que os dois países fazem ao unilateralismo
estadunidense, de ambos serem a favor do
multilateralismo e do fato de suas economias serem
complementares em termos de segurança.
Coreia do Norte
 Apresenta relevo mais acidentado e elevado, dando-se
rebaixamento ao sul, onde aparecem colinas e morros
separados por vales estreitos e profundos.
 Os principais rios são Tumem e Yalu.
 Submetida ao longo de sua história milenar a diversas
ocupações estrangeiras, a região já foi dominada por
russos, japoneses, chineses e mongóis.
 No final do século XIX, os coreanos se rebelaram contra
a dominação da China. Os japoneses aproveitaram e
entraram no país, derrotaram e expulsaram a China,
anexando a península, em 1910.
 A dominação japonesa foi marcada pela imposição de
seus padrões culturais e produtivos, substituindo a
língua coreana pela japonesa nas escolas.
 Os coreanos rebelaram-se em 1919, mas foram
reprimidos, sendo presos mais de 50 mil pessoas.
 Durante a 2ª Guerra Mundial, milhares de coreanos
foram levados para o Japão submetidos a trabalhos
forçados. Eles lutaram ao lado das tropas chinesas
contra o Japão e isso resultou no apoio dos aliados à
independência da Coreia.
 Ao final da Guerra, as duas conferências em Yalta e
Potsdam decidiram a divisão da Coreia em duas áreas
de influência, sendo o norte da URSS e o sul dos EUA.
 A CN, comunista, atualmente tem um programa
nuclear que preocupa o mundo, particularmente a
vizinha do sul e o Japão.
 A CS, capitalista, conseguiu, em poucas décadas,
grande desenvolvimento econômico, transformando-
se em um dos Tigres Asiáticos.
A guerra entre as duas Coreias – Guerra da Coreia (1950-1953)
 Após a divisão, os governos não reconheciam um ao
outro e cada um reivindicava a reunificação do país sob
seu domínio.
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Geografia
 Dessa forma, eclodiu a guerra. A CN, com apoio
soviético indireto e com o apoio da China, mais
explícito, invadiu a CS (aliada dos EUA) para tentar
reunificar a região.
 Os EUA e a ONU reagiram e interviram. Os soldados
estadunidenses invadiram a Coreia do Norte, mas a
China entrou na guerra e impediu que os
estadunidenses a tomassem.
 Em 1953, um armistício foi assinado e é válido até hoje,
sem que um acordo de paz formal tenha sido assinado.
 Criou-se uma zona desmilitarizada entre as duas
Coreias.
 As duas nações permanecem tecnicamente em guerra,
e sua fronteira, além de ser uma das mais fortes do
mundo, é considera da última da Guerra Fria.
Crise econômica e isolacionismo
 Kim Il-Sung, líder político da CN, era chamado de
Grande Líder. Ele morreu em 1994. Após a guerra,
introduziu no país sua filosofia JUCHE, que funciona
como uma religião no país.
 Significa autossuficiência ou “ter controle sobre seu
próprio destino”. Na prática, significa que o país se
mantém fechado a estrangeiros, e, assim, a imprensa
internacional tem dificuldades para saber o que ocorre
em seu interior.
 O rígido controle estatal sobre praticamente todos os
aspectos da vida do país o levou a uma estagnação
econômica sem precedentes e fez com que o governo
dependesse da ajuda econômica soviética.
 Estima-se que até 2 milhões de pessoas morreram
durante a década de 1990, devido à falta de alimentos,
causada por desastres naturais (inundações e secas) e
descontrole da economia.
 A situação complicou após a dissolução da União
Soviética, quando, sem apoio político e econômico da
potência, a economia estagnou.
 A partir de 1991, a Rússia passou a exigir o pagamento
em moedas conversíveis por suas exportações à CN, o
que, na prática, significou o fim dos subsídios
oferecidos ao país. A China fez o mesmo no ano
seguinte.
 Em 1993, o país torna-se foco de atenção da Agência
Internacional de Energia Atômica, por suspeita de ter
desenvolvido um programa militar nuclear. O pretexto
foi a presença de soldados e de armamento nuclear
estadunidense na CS, desde o final da década de 1950.
 Em 2000, a CN fez profundas mudanças orientadas
para a economia de mercado: câmbio, preços, tarifas e
salários foram reajustados drasticamente.
Coreia do Sul – Tigre Asiático
 Pode ser classificada como TA graças ao crescimento
econômico alcançado a partir de 1960.
 Sendo o principal TA, o país atingiu um rápido
crescimento econômico com a exportação de
manufaturados, setor que move a economia do país.
 Seus principais produtos exportados são eletrônicos,
computadores e automóveis.
 Tem PIB per capita 15x maior que o norte-coreano.
 Após a Guerra da Coreia, a CS se tornou muito
dependente do auxílio estadunidense e, após a década
de 1960, a economia foi direcionada para o comércio
exterior, tendo como modelo industrial o de
plataforma de exportações.
 O governo sul-coreano adota a política de encorajar o
crescimento de grandes e competitivas companhias
intercostais por meio do financiamento fácil e
inventivos fiscais.
Índia hoje
 É um país em que o novo convive ao lado do antigo e
em que mais de 60% da população é rural e depende
da agricultura.
 A enorme população (2ª maior do mundo) contribui
para a existência de grandes contrastes, pois, embora
seja uma das maiores economias do mundo, conta com
um dos piores IDHs do planeta.
 Possui uma infraestrutura ineficiente e insuficiente,
por uma grande burocracia social, elevadas taxas de
juros e uma “dívida social” elevada (pobreza,
corrupção, analfabetismo residual, clientelismo, etc.).
 O país se destaca na produção científica, farmacêutica
e informática. É um dos países mais bem situados no
ranking mundial das principais empresas tecnológicas.
 É o maior exportador mundial de softwares. O país tem
tradição no ensino das ciências exatas.
 Apresentou um crescimento econômico ainda mais
forte depois de 1991, quando abandonou políticas
socialistas e adotou o neoliberalismo, porém, mais de
um terço da população ainda vive abaixo da linha da
pobreza.
Focos de tensão: Oriente Médio
Caracterização da região
 É uma área que vivem, predominantemente, os povos
árabes.
 Na antiguidade, inúmeras culturas conviveram no
mesmo espaço (judeus, greco-romanos, greco-
bizantinos, persas, egípcios, etc.), porém, desde os fins
do século XIX, o retorno dos judeus à Palestina rompeu
o antigo e frágil equilíbrio da região.
 Constitui um elo entre os continentes europeu, asiático
e africano, sendo os países: Turquia, Egito, Jordânia,
Iraque, os da Península Arábica, Irã, Afeganistão.
 É o berço das três maiores religiões monoteístas do
mundo: judaísmo, cristianismo e islamismo.
 A pretensão de combater as diferenças tribais por meio
da propagação de uma fé que fosse comum aos povos
tornou-se realidade com o surgimento da região
difundida por Maomé, o islamismo. Foi expandida de
uma forma rápida devido à simplicidade de seus
ensinamentos. O livro sagrado dos muçulmanos é o
Corão, escrito após a morte do profeta.
 A civilização muçulmana foi resultado de uma fusão de
árabes, turcos, sírios e persas, que estavam
condicionados pelo islamismo.
 Após a 1ª Guerra, o OM já era o maior produtor
mundial de petróleo, tornando-se, então alvo de
cobiça por grandes potências.
 Após esse conflito, a região foi dividida entre França e
Inglaterra, que passaram a comandar as empresas de
exploração petrolífera.
 Esse imperialismo criou uma série de problemas na
região e, com a qualidade de vida deteriorando, além
da crescente migração de judeus, houve um
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Geografia
sentimento de nacionalidade e de independência que
se intensificou na região.
 A criação do Estado de Israel, em 1948, contribuiu para
que o frágil equilíbrio estabelecido na região fosse
rompido.
Os conflitos na região
 O Oriente Médio apresenta grande diversidade étnica,
cultural, religiosa (extremismos), além de governos
autoritários monárquicos ou republicanos.
 O clima é semiárido/árido, o que torna a água e os
solos férteis recursos valiosos.
 Há problemas de concentração de renda e péssima
qualidade de vida da maioria da população.
 É uma das áreas mais instáveis do mundo atual, em
razão da contestação das fronteiras traçadas pelo
colonialismo e a criação do Estado judeu na Palestina.
 Esse fato, de imediato, provocou a primeira guerra
árabe-israelense. Israel saiu vitorioso e conhece a
guerra como Guerra de Independência.
O petróleo
 Foi responsável por muitas guerras, pela concentração
de renda e pelo aumento das desigualdades sociais.
 Além de ter excelente qualidade, o petróleo do Golfo
tem custo de produção por barril menor do que de
outras regiões e pode ser encontrado próximo à
superfície, o que é economicamente vantajoso.
Islamismo
 Região fundada por Maomé, no século VII, na região da
Arábia Saudita, onde se situam Meca e Medina, duas
cidades sagradas do islamismo.
 A AS mantém uma interpretação muito conservadora
das leis islâmicas.
 O corão é um código de justiça e moral. O islã impõe
aos fiéis 5 obrigações: fé em Alá e na missão de
Maomé, prece cinco vezes ao dia, jejum durante trinta
dias do Ramadã, a esmola e a ida a Meca ao menos
uma vez durante a vida.
 Maomé não deixou herdeiros e, após sua morte, houve
grande disputa de poder. Assim, a religião sofreu uma
cisão, sendo os xiitas que reconhecem o direito de
liderança apenas dos descendentes diretos do profeta,
sendo os mais radicais, e os sunitas, o grupo
majoritário na região mulçumana, sendo moderados.
A questão da água
 Disputadas por áreas que contenham cursos-d’água
permanentes têm sido, também, causa de conflitos
armados.
 O domínio da área que o Rio Jordão drena é alvo de
disputa entre Israel, Líbano, Síria e Jordânia.
A questão palestina
 Antes da 1ª Guerra, o movimento sionista, que lutava
pela criação de um estado judeu, incentivou a
migração para a Palestina, e os judeus compraram
terras dos árabes na região.
 Grande parte da Península Arábica estava sob o
domínio do imperialismo inglês. Pedidos foram feitos
para que a Inglaterra destinasse um espaço para
formação do Estado judaico, porém, durante o período
entreguerras, nada foi resolvido.
 Após a 2ª Guerra, com o enfraquecimento inglês e sua
retirada da região, novos movimentos surgiram e o
apoio internacional ganhou mais força, principalmente
em função do Holocausto,
 Após a criação da ONU, em 1945, a fundação do Estado
de Israel foi colocada em pauta. Em 1948, foi
determinada sua criação e implantação, que não saiu
do papel.
 Durante a oficialização do Estado de Israel no território
demarcado pela ONU, grandes desconfianças avivaram
os vizinhos árabes que se opunham à criação da nação
judaica.
 A partir de então, as terras têm sido disputadas por
árabes e palestinos que se julgam com direitos
adquiridos pela longa ocupação.
 Os judeus, mesmo com o direito adquirido, precisaram
se armar para defender sua terra, alegando direitos
históricos.
Guerra de independência de Israel 1948 – 1949
 Quando foi fundado, iniciou-se os confrontos entre
árabes e judeus, sendo que os judeus promoveram a
ocupação dos espaços destinados aos palestinos e a
ampliação das fronteiras israelenses para além dos
territórios estabelecidos pela ONU.
 Foram instaladas colônias judaicas e acampamentos
precários destinados aos palestinos.
 Guerra do Canal de Suez – 1956: liga o Mar Vermelho
e o Mediterrâneo, que encurtavam distâncias entre as
metrópoles da Europa e suas colônias da Ásia, em vez
de contornar toda a África.
 Teve como causa a nacionalização do Canal por parte
do Egito. Israel aliou-se às antigas potências coloniais e
disparou um ataque ao Egito, porém, o presidente,
Nasser, ganhou o direito de manter o canal sob
controle egípcio.
 Houve também a guerra dos seis dias, a guerra do Yom
Kippur.
Afeganistão
 Em 1979, foi invadido pela União Soviética, que
buscava sustentar o regime comunista implantado em
recente golpe de estado, no contexto da Guerra Fria.
 Foi quando um dos filhos de um dos maiores
milionários da Arábia Saudita se mudou para as áreas
tribais do Paquistão, desejando lutar contra a
ocupação soviética: Osama Bin Laden, que abriu mão
de sua fortuna e financiou a resistência afegã.
 Ele criou a Al-Qaeda, em 1988. Durante a ocupação
soviética, Ronald Reagan, presidente dos EUA, apoiou,
financiou, treinou e armou o grupo de Osama. Esse
governo visava reduzir a influência ocidental.
 Os soviéticos se retiraram, em 1989, e Bin Laden se
voltou contra os estadunidenses e a cultura ocidental,
o que foi acentuado com a 1ª Guerra do Golfo (1990),
quando os EUA invadiram o Iraque, governado por um
aliado de Osama, e ocuparam locais sagrados para o
islamismo, como Meca e Medina.
 Bin Laden mudou-se para o Sudão e deu início ao seu
projeto de transformar a AQ em uma unidade
multinacional e multiétnica de disseminação do
terrorismo, e diversos atentados foram atribuídos ao
grupo.
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Geografia
 Em 11 de setembro de 2001, houve um atentado em
Nova Iorque, em Washington.
 Os talibãs se recusaram entregar Osama, então, as
forças estadunidenses e britânicas iniciaram uma
invasão ao Afeganistão, à revelia das Nações Unidas,
que não autorizaram.
 Os ataques destruíram a infraestrutura do país e, em
uma procura incessante, em primeiro de maio de 2011,
Bin Laden foi encontrado e morto no Paquistão.
Focos de tensão: Américas
Região de contrates
 A América Latina, com destaque para a América do Sul,
foi marcada, durante as décadas de 1960 e 1970, por
inúmeras ditaduras militares. A população vivia sob
grande repressão política e risco de prisões arbitrárias.
 Somente na década de 1980, os regimes militares
foram, lentamente, sendo substituídos por governos
democráticos eleitos com voto direto pelo povo.
 Os EUA apresenta grande desejo de dominação sobre
o continente, desde 1820, com a Doutrina Monroe,
que pregava “a América para os americanos”.
 Após vencerem a Guerra Hispano-Americana, os
Estados Unidos anexaram Porto Rico, Havaí e Cuba,
marcando o início do imperialismo estadunidense pelo
mundo.
 Bolivarismo: foi uma tentativa de se implantar uma
política de coalizão entre os países latino-americanos,
recentemente emancipados do processo de
colonização, contra práticas de dominação promovidas
por países europeus ou pelos EUA.
Colômbia
 No noroeste da América do Sul, é banhada pelo Mar do
Caribe, a norte, e pelo oceano pacífico, a oeste.
 Associa a riqueza de seus recursos naturais a uma
estrutura econômica ainda não desenvolvida e
baseada, principalmente, na agricultura e na pecuária.
 É considerado o 3º mais rico do AS, perdendo apenas
para o Brasil e Argentina.
 Seu produto mais importado é o café, exportado
principalmente para os EUA e para a Europa. Sofrendo
abalos quando a cotação internacional do café cai,
devido à importância que a exportação desse produto
tem.
 Se destaca na produção de banana, voltada,
principalmente, para a exportação. Cultivam também
cacau, arroz, milho, mandioca, cana-de-açúcar, tabaco
e algodão.
 A pecuária se beneficia das grandes planícies, onde são
criados os gados caprino, bovino e equino, além das
várias áreas de produção de suínos e aves.
 É a maior produtora mundial de esmeraldas,
comercializando cerca de 90% das esmeraldas de alta
qualidade do planeta.
 Possui, também, as maiores reservas de carvão da
América Latina, além de exportarem ouro e petróleo.
 Se destaca no narcotráfico, com exportações de
maconha, heroína e cocaína.
 É o maior processador de cocaína, maior exportador
para os EUA e maior produtor de maconha.
Venezuela
 País da América do Sul que se encontra há mais tempo
sob um regime democrático.
 O país foi dominado por regimes autoritários durante
a 1ª metade do século XX, período também marcado
pelo crescimento da indústria e do petróleo, principal
setor da economia venezuelana.
 Além da corrupção do dinheiro adquirido nas
exportações do petróleo, várias outras atividades
realizadas no país estão ligadas ao setor petrolífero,
sendo a 5ª maior exportadora desse minério.
 Em 1973, com a 1ª crise internacional do petróleo,
passou a vivenciar um aumento expressivo de sua
riqueza, porém, o país passou a amargar seu fraco
crescimento econômico combinado com indicadores
sociais bastante negativos.
 Apesar de possuir a maior reserva de petróleo do
mundo, a Venezuela vem enfrentando uma grave crise
energética, que se arrasta desde 2009, devido a um
sistema de produção elétrica em colapso e a uma forte
seca que reduziu a níveis críticos o volume de água nas
represas do Sistema Gui, responsável por 70% da
energia consumida pelos venezuelanos.
Bolívia
 Viveu, recentemente, um quadro de profunda
convulsão política, social e econômica. A pobreza
compromete a sobrevivência de quase metade da
população total, ou 75% da indígena.
 A elevada taxa de analfabetismo e, assim, o quarto
menor IDH do continente colaboraram com
manifestações que derrubaram dois presidentes.
México
 Chiapas é o estado mais pobre e apresenta a maior
desigualdade social. É uma região predominantemente
agrícola, no sul do México.
 As autoridades consideram que o aumento da
violência nos últimos anos é resultado do sucesso da
política de repressão contra o narcotráfico.
 Cerca de 90% da cocaína que entra nos EUA passam
pelo México.
Cuba
 Teve seu processo de independência da Espanha
apoiado pelos EUA.
 Como forma de compensação ao apoio dados aos
cubanos, os estadunidenses aprovaram a Emenda Platt
(1903), que legitimava decisões do seu governo em
relação à ilha.
 Em 1959, Fidel Castro e Guenava lideraram a revolução
que derrubou do poder o ditador Fulgêncio Batista,
membro da elite política cubana e leal aos interesses
estadunidenses.
 Fidel promoveu reforma agrária e nacionalização de
empresas, a maioria estadunidense, dando início ao
afastamento entre os dois países.
 Em 1960, a recusa estadunidense à compra do açúcar
cubano abriu as portas para a aproximação comercial
com a URSS. Além disso, o petróleo soviético
subsidiado, trocado pelo açúcar, foi recusado pelas
refinarias de bandeiras estadunidenses, levando à
nacionalização das empresas e ao aprofundamento do
fosso entre as nações.
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Geografia
 Os EUA decretaram o embargo econômico a Cuba,
sendo expulsos da Organização dos Estados
Americanos, aliando aos soviéticos.
 Fidel se tornou o ditador de Cuba, implantando o
regime socialista com o apoio da URSS. Após 40 anos,
Cuba desenvolveu um importante sistema educacional
e um sistema de saúde bastante avançado. Porém, o
embargo econômico e a interrupção da ajuda
econômica provocada pelo fim da URSS acarretaram
séricas consequências econômicas, levando o regime
de Fidel a promover reformas tímicas, mas que
apontaram para a flexibilização do modelo econômico.
 O afastamento de Fidel por problemas de saúde levou
a sua renúncia, em 2008, passando o poder para seu
irmão, Raúl Castro.
 Libertação de presos políticos: a primavera negra de
Cuba foi uma série de detenções de críticos e
opositores ao governo de Fidel Castro em 2003. Porém,
em 2010, o governo cubano anunciou a libertação de
52 prisioneiros, o que é o resultado mais concreto do
inédito diálogo entre o governo comunista e a Igreja
Católica da ilha. Eles foram soltos e viajaram para a
Espanha.
Focos de tensão: África
 O território é limitado ao norte pelo Mar
Mediterrâneo, a oeste pelo oceano Atlântico e a leste
pelo Mar Vermelho e pelo Oceano índico.
 Até hoje, persistem rivalidades étnicas entre
populações de países cujas fronteiras foram criadas
artificialmente pelas nações europeias no século XIX.
 Há razões étnicas, religiosas e políticas. Vários povos
procuram conquistar autonomia diante de governos
autoritários.
 A precariedade das condições de vida, a falta de
informações e as guerras são responsáveis pelo
alastramento sem precedentes dos casos de AIDS em
todo continente.
 Apresenta menos de 2% do PIB mundial e quase
metade da população vive abaixo da linha da pobreza.
 Criaram, em 2002, a União Africana, prevendo a
implementação de programas com o objetivo de
promover o desenvolvimento econômico no
continente.
 Nos últimos anos, a África tem atraído cada vez mais o
interesse dos EUA, que aumentaram sua presença
militar na região e procuraram garantir acesso aos
recursos naturais (petróleo).
A colonização africana
 A ocupação do continente pelos europeus apresentou,
inicialmente, um caráter mercantilista e, depois,
imperialista.
 A fase mercantilista caracterizou-se pela ocupação de
algumas áreas litorâneas que funcionavam como
entrepostos de comércio de mercadorias e de
escravos.
 No período imperialista, ocorreu a ocupação plena e
efetiva do território, que foi repartido entre as
potências europeias.
 Os colonizadores encaravam o continente como uma
fonte de matérias-primas minerais e agrícolas,
ignorando as complexas divisões étnicas e tribais
históricas existentes ali.
 Como consequência a demarcação de fronteiras
políticas pelas potências europeias no Congresso de
Berlim (1884-1885), grupos étnicos foram separados
em diferentes colônias, constituindo Estados-Nações
independentes. Assim, tribos rivais ficaram na mesma
colônia.
 Uma parte da população convive com a fome crônica,
sendo mais alarmante no sul do Saara.
A descolonização
 O enfraquecimento econômico e político das potências
europeias no pós-guerra diminuiu seu poder sobre as
colônias. Consequentemente, rebeliões pela
independência surgiram em todo continente,
alcançando o objetivo entre 1940 e 1970.
 Porém, a independência não trouxe paz, visto que a
África se tornou um “barril de pólvora”.
 Com a descolonização, as rivalidades étnicas
afloraram.
 Novos países foram criados em bases territoriais
definidas pelos colonizadores, causando guerras e
mortes.
 Sem unidade nacional, eclodem inúmeros e sangrentos
conflitos envolvendo diferentes etnias em disputa pelo
poder em diversos países.
 O quadro se agravou devido à Guerra Fria, que levou
aos EUA e a URSS a interferirem constantemente no
processo de descolonização. Na disputa por áreas de
influência, forneciam armas, dinheiro e apoio político
aos aliados, transformando o continente em um
campo de batalha.
 Com o fim da Guerra Fria, terminava também o
interesse das superpotências em ajudar seus aliados
no continente.
 Esse abandono das superpotências determinou o
enfraquecimento dos países recentemente
independentes e estimulou os rivais lutarem pela
conquista do poder.
 Eclodiram inúmeros conflitos que, por sua violência e
duração, desestruturaram por completo a política e a
economia desses países.
 EUA tem interesse em diversificar seus fornecedores
de petróleo, abundante em vários países africanos.
 A China é o principal parceiro comercial do Sudão e seu
maior investidor estrangeiro
África do Sul
 Até 1994, a maioria negra do país ainda não possuía
direitos políticos, em razão da política do Apartheid.
 Esses direitos começaram a ser retomados em 1990,
com a libertação, mediante pressões internacionais, do
ativista político e ex-presidente sul-africano, Nelson
Mandela.
 Atualmente, as leis do país garantem igualdade política
a toda, porém, o país ainda é marcado por enorme
desigualdade social, com altos índices de pobreza e
com a maior parte da riqueza concentrada nas mãos de
maioria branca.
 O Apartheid foi instituído em 1948, com a ascensão do
Partido Nacional, de cunho racista, no poder. O novo
governo decretou uma série de proibições aos negros,
como o acesso à propriedade de terra, participação
política e o casamento entre raças diferentes.
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Geografia
 Os sujeitaram à utilização de meios de transportes e
zonas residenciais segregadas, os bantustões, de forma
a manter os negros fora dos bairros e terras brancas,
mas suficientemente perto para servirem de mão de
obra barata.
 A oposição cresceu nas décadas de 1950 e 1960,
quando o Congresso Nacional Africano, uma
organização negra, laçou a política da desobediência
civil.
 O maior líder da CNA, Nelson Mandela, iniciou sua luta
em 1947, como ativista, sendo considerado por muitos
um guerreiro em luta pela liberdade dos negros, mas
foi considerado terrorista pelo governo.
 Mandela foi preso em 1962 e condenado à prisão
perpétua, persistindo a repressão aos negros.
 Em 1989, Frederik de Klerk foi eleito presidente e
declarou que o Apartheid havia fracassado, revogou as
proibições aos partidos políticos, incluindo a CNA, que
recuperou legalidade. Nelson foi liberto após 28 anos.
Em 1994, se candidatou e venceu as eleições.
 Em deu governo, Mandela herdou uma economia
precária devido aos longos anos de conflito interno,
porém, anos depois a África do Sul se consolidou e
expandiu seu peso político e econômico.
 Apesar dos esforços, mais da metade da população
vive abaixo da linha da pobreza, o desemprego é
extremamente elevado e a desigualdade de renda é
semelhante à do Brasil.
 A expectativa de vida não ultrapassa 49,2 anos,
havendo criminalidade, corrupção e a epidemia de
HIV-AIDS, principal causa de mortalidade.
Focos de tensão: Europa
Federação Russa
 É a maior nação do mundo, com 11 fusos horários.
 Abriga os mais diversos povos, com governo local e
autonomia parcial no interior do Estado.
 Sua área está dividida em Europa e Ásia, que são
delimitadas pelos Montes Urais.
 A parte europeia possui 4/5 da população e as suas
principais cidades, como Moscou e São Petersburgo.
 As planícies da Sibéria, na porção asiática, concentram
as reservas minerais que fazem do país um dos líderes
mundiais na produção de carvão, petróleo e gás
natural.
 Após quase duas décadas do fim da URSS, a Rússia
continua lutando para manter a integridade do seu
território, sufocando, política e militarmente, as
insurreições em uma das áreas mais conturbadas do
planeta: o Cáucaso.
Cáucaso
 Região que abriga várias repúblicas da Rússia europeia.
Sua posição estratégica favoreceu a chegada de vários
povos.
 As montanhas e os vales serviam de abrigo e refúgio
para as mais diversas minorias étnicas, que, protegidas
das perseguições, mantiveram suas culturas, religiões
e língua praticamente intactas.
 Assim, originou-se a maior diversidade etnolinguística
do mundo, com cerca de 100 etnias para 21 milhões de
habitantes.
Crise econômica do século XXI na Europa
 O colapso financeiro mundial surgiu após a crise
imobiliária dos EUA em 2008, atingindo imensamente
o bloco econômico mais sólido do mundo (UE).
 A União Europeia foi palco das consequências dessa
crise, com destaque para nações que já passavam por
momentos econômicos delicados e que sofreram um
maior abalo na produção interna, como Portugal, Itália,
Grécia e Espanha.
 Os resultados diretos atingiram a produção industrial,
que declinou, gerando uma onda de desempregos e
manifestações contra as medidas de contenção, a
legitimidade dos governos e a entrada de imigrantes
nesses países.
 As economias arrasadas se tornaram totalmente
dependentes de ajudas financeiras do bloco e
alteraram sua dinâmica econômica em contexto social.
Separatismo espanhol
 Existem na Espanha diversos movimentos políticos de
posição separatista, ligados a nacionalismo, que
reclamam a independência da Espanha dos territórios
em que são ativos.
 Assim como vários países, é multinacional, com vários
grupos étnicos que possuem coesão cultural e social e,
assim, a convivência gera manifestações, protestos,
violência e instabilidade política, principalmente entre
catalães e bascos.
 A criação de uma nova nação envolve, teoricamente, a
delimitação de um território, no qual uma população,
dotada de um conjunto mínimo de características
culturais e históricas comuns, expressa um sentimento
de unidade.
11 se março de 2004 – o 11 de setembro europeu
 Às vésperas das eleições para o Parlamento espanhol,
um grande atentado colocou o ETA e a questão basca
mais uma vez em evidência.
 Uma série de explosões em Madrid, praticamente
simultâneas, em quatro trens lotados, marcou o dia do
atentado mais grave da história da Espanha.
 O primeiro-ministro José Maria Aznar responsabilizou
o ETA, um grupo armado separatista, pela autoria.
 Porém, o jornal árabe recebeu uma carta em que outro
grupo, em nome da rede terrorista AI-Qaeda, de
Osama Bin Laden, assumiu a autoria.
 José Luís Zapatero, candidato socialista, ganhou as
eleições pois seu concorrente, Aznar, apoiou a invasão
estadunidense no Iraque.
 Zapatero tentou amenizar a possibilidade de novos
atos de terrorismo por meio de negociações de paz
com o grupo separatista basco. Em 2006, líderes do
ETA anunciaram o fim da atuação terrorista do
movimento.
 Porém, em 2007, o ETA anunciou o fim do cessar-fogo
e o rompimento com o governo, havendo, portanto,
outros ataques.
Separatismo da Catalunha
 O desejo vem desde a Idade Média, quando Barcelona
era um centro de comércio do mediterrâneo, com um
parlamento próprio.
 Atualmente, o ímpeto popular está mais forte do que
nunca.
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Geografia
 A Catalunha é o estado mais rico da Espanha e abriga
16% dos espanhóis. O impacto de sua independência
seria o mesmo que retirar São Paulo do Brasil. Cerca de
25% do PIB seria perdido. Isso sem considerar a força
de seu turismo, capitaneado pela belíssima Barcelona,
sua capital.
 Para uma já abatida economia espanhola, a perda da
Catalunha deixaria a Espanha em uma posição
bastante instável. Para a Catalunha, do ponto de vista
econômico, a independência traria sérias dificuldades,
pois, como país novo, a região teria de passar por todo
um processo de incorporação à União Europeia, o que
deveria ser aprovado pela Espanha.
 Durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), os
catalães aproveitaram para se declararem
independentes e proclamar uma república. A reação
espanhola foi imediata e violenta. Após o fim da Guerra
Civil, os catalães passaram mais de 40 anos reprimidos
pela ditadura franquista, que proibiu a difusão da
cultura catalã, incluindo o idioma.
 Atualmente, as crianças são educadas em catalão, e o
espanhol é tratado como língua estrangeira na região.
 Em 2017, um plebiscito realizado na região aprovou a
independência da Catalunha, fato não admitido pelo
governo espanhol, que considerou a consulta ilegal e
interviu na região, impedindo o prosseguimento do
processo.

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