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2
Indústria automóvel
Cadeia de abastecimento
A estrutura de abastecimento de um fabricante de automóveis (OEM) está dividida em vários
níveis, desde o nível 3 de fornecimento de matéria prima até ao produto final.
3
Exemplo da indústria aeronáutica
4
Exemplo da indústria aeronáutica
5
Exemplo Tesla
6
Exemplo Tesla
No entanto, é necessário uma enorme quantidade de capital para criar e manter fábricas com
cadeia de abastecimento vertical.
Para além das despesas, a integração vertical tem como consequências:
• menor flexibilidade às mudanças das tendências do mercado
• estrutura organizacional mais rígida e com maiores dificuldades de gestão
• menor diversificação de produtos
7
Introdução aos processos de fabrico
Materiais
Seleção de um material para uma aplicação específica:
• Requisitos de natureza técnica (propriedades físicas, químicas e mecânicas)
• Requisitos de natureza económica (custo – extração/transformação/processamento de
matérias primas)
8
Introdução aos processos de fabrico
Materiais - classificação
◼ Metálicos
◼ Poliméricos
◼ Cerâmicos
◼ Compósitos
9
Introdução aos processos de fabrico
Materiais – resumo aspectos económicos
10
Introdução aos processos de fabrico
Materiais – resumo aspectos económicos
1000 10000
Prata Implantes
Militar
Raquete Próteses
100 Cermets de ténis 1000
Civil
Custo (Euro/Kg)
Ligas de W Cerâmicos
Automóvel Biomedicina
Ligas de Ti de corrida
Bicicleta
Particular
de corrida
10 Ligas de Ni
Secador 100
Aço ferramenta
Iate de luxo Torradeira
Polímeros Skis de Aviação
Aço inoxidável neve
Ligas de Al Automóvel
Ligas de Zn
Familiar
1 Ligas de Pb Navio de 10
Aço baixa liga transporte Máquina Bicicleta Produtos de desporto
de lavar normal
Aço carbono Ponte
Madeiras
metálica Automóveis e electrodomésticos
-1 1
10
Materiais Produtos
12
Introdução aos processos de fabrico
Processos de fabrico e de alteração de propriedades
13
Introdução aos processos de fabrico
Categorias de processos de fabrico
Enformação
Ligação
Alteração de propriedades
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Introdução aos processos de fabrico
Categorias de processos de fabrico
Fundição
Deformação Plástica
Pulverotecnologia
Fabrico Aditivo
Corte
15
Deformação Plástica
Nos processos de deformação plástica a alteração de forma é feita no estado sólido,
conseguida com ferramentas que promovem o escoamento do material em regime plástico.
Esta característica torna os processos de deformação plástica muito eficientes no
aproveitamento da matéria-prima e na consequente diminuição dos desperdícios, em
oposição ao que se passa noutros processos tecnológicos.
Massa Chapa
Á𝑟𝑒𝑎 Á𝑟𝑒𝑎
↓↓ ↑↑
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒
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Deformação Plástica na massa
Forjamento
Permite fabricar peças com dimensões e formas geométricas muito diversificadas numa
gama muito variada de materiais metálicos. A alteração de forma é realizada através de
forças de compressão exercidas por ferramentas actuadas por martelos de queda ou por
prensas.
As principais características mecânicas dos componentes forjados são a excelente relação
entre a resistência mecânica e o peso e a elevada resistência à fadiga e aos esforços de
impacto.
Matriz fechada
Matriz aberta
19
Deformação Plástica na massa
Laminagem
Processo no qual o material é forçado a passar entre dois rolos (cilindros) que rodam em
sentido oposto, com a mesma velocidade periférica, e estão distanciados entre si de um
valor inferior à espessura do material que vai ser deformado.
A propulsão do material durante a laminagem é efectuada pelas forças de atrito, embora
possam também ser aplicadas forças exteriores criando tensões quer de propulsão quer de
contra-propulsão.
O material ao passar entre os dois rolos sofre deformação plástica, a espessura é reduzida e
o comprimento e a largura são aumentados. A laminagem é utilizada tanto na produção de
produtos planos, por exemplo, chapas finas e grossas, como no fabrico de produtos não
planos, como seja o caso de varões, tubos, barras e perfis estruturais.
20
Deformação Plástica na massa
Calandragem
Processo tecnológico que é utilizado para enformar chapas, barras, perfis ou tubos em
geometrias variadas, fazendo passar o material entre um conjunto de rolos
convenientemente posicionados.
21
Deformação Plástica na massa
Extrusão
Processo tecnológico onde o material submetido a pressões elevadas, aplicadas por
intermédio de um punção, é forçado a passar pelo orifício de uma matriz, de modo a reduzir
e/ou modificar a forma da sua secção transversal.
Permite produzir componentes de geometria muito variada, com aplicação em inúmeras
aplicações industriais e fazendo uso de um leque muito alargado de materiais metálicos.
Direta
Indireta
22
Deformação Plástica na massa
Trefilagem
A matéria-prima é forçada a passar através de uma fieira aplicando uma força de tracção à
saída. À medida que a matéria prima vai atravessando a fieira vai sofrendo deformação
plástica, dando origem a um produto de menor secção transversal e com maior
comprimento, com boa qualidade superficial e com excelente controlo dimensional.
A trefilagem aplica-se fundamentalmente no fabrico de peças que possuam simetria axial de
revolução, destacando-se a produção de arame e a redução de secção de componentes
tubulares (produzidos por extrusão ou laminagem).
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Deformação Plástica de chapa
Estampagem
Processo tecnológico que permite fabricar peças com uma superfície não planificável a partir
de chapa metálica plana. Trata-se de um dos processos de transformação de chapa metálica
mais importantes, cujo campo de aplicação abrange um leque muito alargado de indústrias,
de entre as quais se destacam como principais utilizadoras; a automóvel (painéis de portas,
‘capots’, depósitos, apoios, tampas de válvulas, etc.), a aeroespacial e aeronáutica
(fuselagem, apoios, etc.), a de produtos alimentares, domésticos e decorativos (taças,
panelas, tampas, tabuleiros, lava-louças, lavatórios, banheiras, candeeiros, etc.), a de
electrodomésticos (painéis de frigoríficos, de máquinas de lavar, de fogões, de micro-ondas,
de exaustores, etc.) e a de produtos hospitalares (reservatórios, tabuleiros, etc.).
24
Deformação Plástica de chapa
Quinagem
Processo de deformação plástica de chapa que permite o fabrico de superfícies planificáveis
de geometria cilíndrica, cónica ou prismática. A máquina ferramenta utilizada para realizar
estas operações designa-se por quinadora, sendo o seu princípio de funcionamento muito
semelhante ao de uma prensa hidráulica ou mecânica com movimento rectilíneo ou rotativo.
25
Deformação Plástica de chapa
Perfilagem
Processo de deformação plástica, no qual uma chapa vai sendo progressivamente dobrada
no sentido transversal, à medida que vai progredindo longitudinalmente por entre jogos
sucessivos de rolos.
A perfilagem é um processo de fabrico muito apropriado à produção de grandes séries
de perfis metálicos, destinados a aplicações decorativas e estruturais quer para a indústria
automóvel, aeronáutica, ferroviária e naval, quer para o fabrico de mobiliário metálico e para
a construção civil.
26
Deformação Plástica de chapa
Fluotorneamento
Processo tecnológico destinado fundamentalmente ao fabrico de peças axisimétricas,
semelhantes às que habitualmente se produzem por estampagem cilíndrica profunda. A
operação básica de fluo-torneamento consiste em fixar um disco de chapa na extremidade de
um mandril rotativo, com a forma desejada para o interior da peça, e deformá-lo de encontro
ao mandril através da acção de roletes compressores ou ferramentas rígidas. Os roletes
compressores e as ferramentas exercem pressões elevadas sobre o material, provocando
deformação plástica localizada (compressão e/ou flexão).
27
Deformação Plástica de chapa
Estampagem incremental
Processo de deformação plástica, no qual uma chapa vai sendo progressivamente
deformada por ação de uma ferramenta de ponta hemisférica.
A estampagem realiza-se num centro de maquinagem CNC convencional ou numa máquina
ferramenta especificamente desenvolvida para o efeito e que permita gerar as trajectórias
das ferramentas que são indispensáveis à deformação plástica da chapa.
28
Deformação Plástica de tubo
A deformação plástica de tubo pode realizar-se por:
Dobragem
Deslocamento
Expansão
29
Deformação Plástica de tubo
A deformação plástica de tubo pode realizar-se por:
Explosão
Forças
eletromagnéticas Fluidos sob pressão
30
Pulverotecnologia
Consiste em transformar pós de materiais ou ligas metálicas e não metálicas em peças
resistentes aplicando pressão e calor, sem que nunca se atinja a temperatura de fusão.
Envolve a mistura prévia dos pós, para que se assegure um volume de material com
composição homogénea, a compressão da mistura, destinada à obtenção de uma peça
compactada com uma forma geométrica próxima da do produto final (designada por
compacto verde) e o aquecimento da peça compactada num forno sob atmosfera controlada
a uma temperatura inferior à do ponto de fusão do material (geralmente entre 0.7 e 0.9 Tfusão).
31
Fabrico Aditivo
Tecnologia de fabrico que permite obter uma peça através da construção camada a camada.
O processo inicia-se com a conceção da peça num software CAD que depois gera um ficheiro
STL. Esse ficheiro é posteriormente dividido em camadas e os parâmetros de fabrico são
definidos. A peça é depois fabricada através de um dos processos disponíveis.
32
Fabrico Aditivo
Fabrico Aditivo de
metais
Deposição
Fusão Laminagem
direta de
de chapa
energia
Feixe
Ligante Feixe Laser
electrões
Laminagem de chapa
Consolidação ultrassónica
A – soldadura ultrassónica
B – Maquinagem CNC 33
Fabrico Aditivo
Fusão
Material ligante Feixe laser Feixe eletrões
34
Fabrico Aditivo
Deposição Direta de Energia
Feixe eletrões Feixe laser
35
Processos de Corte
Os processos de corte são operações que removem os excessos de material da matéria
prima ou da peça inicial, de modo a que a forma resultante adquira a geometria desejada.
Numa classificação geral, podem incluir-se nestes processos de fabrico os processos de
corte por arranque de apara (maquinagem), corte por ação da temperatura (ou corte
térmico), corte por jato de água, corte por laser, corte por arrombamento, e corte por
electro-erosão.
Maquinagem
Torneamento Fresagem
36
Maquinagem
Corte por jato de água
37
Maquinagem
Retificação
Por fio
38
Processos de Corte
Corte por arrombamento
Processos que se aplicam na produção de peças ou recortes obtidos a partir de chapa, barra
ou perfis. Exemplos de aplicação são as carroçarias dos automóveis e dos camiões, as
fuselagens dos aviões, os painéis das carruagens de caminho de ferro, os móveis de
escritório, os computadores, os electrodomésticos e utensílios de cozinha ou os discos para
cunhagem de moeda. Usualmente encontra-se combinado com operações de deformação
plástica (quinagem, calandragem, estampagem, perfilagem, etc.).
39
Introdução aos Processos de Fabrico
Auto estudo
42
PROCESSOS DE FABRICO I
2
Seleção do processo de fabrico
3
Seleção do processo de fabrico
2) A geometria e dimensões do produto, designadamente a área, a espessura, o volume,
o peso e a complexidade geométrica.
4
Seleção do processo de fabrico
2) A geometria e dimensões do produto, designadamente a área, a espessura, o volume,
o peso e a complexidade geométrica.
Nota: Considerar apenas
os materiais metálicos
5
Seleção do processo de fabrico
2) A geometria e dimensões do produto, designadamente a área, a espessura, o volume,
o peso e a complexidade geométrica.
6
Seleção do processo de fabrico
2) A geometria e dimensões do produto, designadamente a área, a espessura, o volume,
o peso e a complexidade geométrica.
7
Seleção do processo de fabrico
2) A geometria e dimensões do produto, designadamente a área, a espessura, o volume,
o peso e a complexidade geométrica.
Nota: Considerar apenas
os materiais metálicos
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Seleção do processo de fabrico
3) A precisão dimensional (tolerâncias dimensionais, alinhamentos, planezas e
concentricidades) e o acabamento superficial (rugosidade) exigido ao componente.
Nota: Considerar apenas
os materiais metálicos
9
Seleção do processo de fabrico
3) A precisão dimensional (tolerâncias dimensionais, alinhamentos, planezas e
concentricidades) e o acabamento superficial (rugosidade) exigido ao componente.
Nota: Considerar apenas
os materiais metálicos
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Seleção do processo de fabrico
3) A precisão dimensional (tolerâncias dimensionais, alinhamentos, planezas e
concentricidades) e o acabamento superficial (rugosidade) exigido ao componente.
11
Seleção do processo de fabrico
4) A dimensão da série de fabrico e a cadência de produção. Recorda-se que
habitualmente se identifica série unitária, pequena série (até 100 unidades), série
média (até 10.000 unidades) e série grande ou produção em massa (superior a 10.000
unidades).
Nota: Considerar apenas
os materiais metálicos
12
Seleção do processo de fabrico
13
Seleção do processo de fabrico
14
Exemplo
Requisitos de Conceção
Função Criar a geometria do componente
da ferramenta
Constrangimentos
15
Exemplo
Triagem
Processo Aço 3D 3kg 0.5 mm 1 uni
Fundição em areia X X X X
Fundição injetada X X X
Forjamento X X X X
Extrusão X X
Deformação de Chapa X X X
Pulverotecnologia X X X X
Eletro-Maquinagem X X X X
Maquinagem convencional X X X X X
16
Exemplo
Triagem
Processo Aço 3D 3kg 0.5 mm
Fundição em areia X X X
Fundição injetada X X X X
1) Forjamento X X X X X
Extrusão X X
Deformação de Chapa X X X X
2) Pulverotecnologia X X X X X
Eletro-Maquinagem X X X
Maquinagem convencional X X X X
17
Posicionamento
Revisão do
Planeamento Conceito Projeto Testes Produção
Produto
ISO/TR 14062:2002
Design for Manufacturing
4 - 40%
Redução de Custo
18
Design for Manufacturing
Revisão do
Planeamento Conceito Projeto Testes Produção
Produto
ISO/TR 14062:2002
19
Design for Manufacturing
1) Garantir a produção de um determinado produto
2) Simplificar todo o processo produtivo
20
Design for Manufacture [Guidelines]
21
Design for Assembly [Guidelines]
22
Design for Assembly [Guidelines]
23
Design for Assembly [Guidelines]
24
Design for Assembly [Guidelines]
25
Design for Manufacturing [Guidelines]
26
Design for Manufacturing [Software]
27
Design for Manufacturing
Citroen ami
28
Indústria de HOJE
29
Indústria de AMANHÃ
30
Seleção do Processo de Fabrico
Auto estudo
■ Rodrigues J. e Martins P., Tecnologia Mecânica vol. 1 e 2, Escolar Editora, 2010 (Capítulos 1
e 2)
■ Ashby M.F., Materials Selection in Mechanical Design, Elsevier Science & Technology,
2016 (Capítulos 2, 13, 14, 15)
31
PROCESSOS DE FABRICO I
Dependem do quê?
Determina:
2
Custos e impactos ambientais de um produto ou peça
Dependem do quê?
Processos de fabrico
Determinam:
3
Custos e impactos ambientais de um produto ou peça
Dependem do quê?
Determinam: Determinam:
4
Análise de custos e IA de processos
Peça A
Processos
Possíveis?
Maquinagem Forjamento
Fabrico Aditivo
Custos associados?
5
Impacto Ambiental?
Características dos processos fabrico
Maquinagem
(+) Não necessita de molde ou matriz (ferramentas dedicadas)
(+) Flexibilidade de geometrias
(-) Elevado desperdício de material
(-) Elevado tempo de produção
Forjamento
(+) Baixo desperdício de material
(+) Flexibilidade de geometrias
(+) Baixo tempo de produção
(-) Necessita de matriz (ferramenta dedicada)
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎ൗ
𝑝𝑒ç𝑎 = 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 ∗ 𝑆𝐸𝐶𝑝𝑟𝑜𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜 ∗ 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑝𝑟𝑜𝑐𝑒𝑠𝑠𝑎𝑑𝑜
Custo/hequip[€/h] 20 30 40
8
Custos por peça
Volume produção anual de 10 unidades:
Maquinagem Forjamento Fabrico aditivo
Custo material: 7.46 € 1.94 € 33.04 €
Custo energia 0.82 € 0.24 € 1.57 €
Custo MOD 3.25 € 1.67 € 7.40 € *Valores em Euros/peça produzida
custo ferramenta 0.00 € 9,900.00 € 0.00 €
custo equipamento 65.00 € 5.00 € 148.00 €
Total 76.53 € 9,908.85 € 190.01 €
9
Impactos ambientais
𝐼𝐴 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎ൗ
𝑝𝑒ç𝑎 = 𝐼𝐴𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 ∗ 𝑆𝐸𝐶𝑝𝑟𝑜𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜 ∗ 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑝𝑟𝑜𝑐𝑒𝑠𝑠𝑎𝑑𝑜
𝐼𝐴 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑝𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜ൗ
𝑝𝑒ç𝑎 − 𝑔𝑒𝑟𝑎𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑝𝑟𝑒𝑧á𝑣𝑒𝑙
*Notas:
IA – existem vários métodos, no projecto podem usar o indicador simplificado de CO2e (ver tabela seguinte)
Despreza-se aqui por motivos de simplificação o fim-de-vida do material
10
Indicador de gases com efeito de estufa (CO2e)
tirar embodied energy
11
12
PROCESSOS DE FABRICO I
3 – Teoria da Plasticidade
Tensão
Uma tensão é definida como a intensidade de uma força aplicada sobre uma superfície, tendo
por isso, unidades de força por unidade de área.
z dy
zz
zy
zx xx xy xz
yz ij = yx yy yz
yy zx zy zz
xz
yx
xx
dz
xy y
dx
Índices:
1º - direção normal ao plano em que
x a tensão atua
2º - eixo segundo o qual a tensão se
exerce
7
Tensor das Tensões
Generalizando os conceitos anteriores para casos 3D, temos que a tensão de um ponto
material tem nove componentes e é definida pelo tensor das tensões σij.
z dy
zz
Equilíbrio de momentos em relação ao eixo z:
zy
zx 𝝈𝒛𝒛 , 𝝉𝒚𝒛 e 𝝉𝒙𝒛 não contribuem porque estão aplicadas num
eixo paralelo ao eixo z
yz
yy
xz
yx
xx
dz
xy y
dx
𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑑𝑧
σ 𝑀𝑧 = 0 ֞ 𝜎𝑥𝑥 𝑑𝑦𝑑𝑧 − 𝜎𝑥𝑥 𝑑𝑦𝑑𝑧 + 𝜎𝑦𝑦 𝑑𝑥𝑑𝑧 − 𝜎𝑦𝑦 𝑑𝑥𝑑𝑧 +
2 2 2 2
𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝜏𝑥𝑦 𝑑𝑦𝑑𝑧 𝑑𝑥 − 𝜏𝑦𝑥 𝑑𝑥𝑑𝑧 𝑑𝑦 + 𝜏𝑧𝑦 𝑑𝑥𝑑𝑦 − 𝜏𝑧𝑦 𝑑𝑥𝑑𝑦 +
2 2
𝑑𝑦 𝑑𝑦
𝜏𝑧𝑥 𝑑𝑥𝑑𝑦 − 𝜏𝑧𝑥 𝑑𝑥𝑑𝑦 =0
2 2
8
Tensor das Tensões
Generalizando os conceitos anteriores para casos 3D, temos que a tensão de um ponto
material tem nove componentes e é definida pelo tensor das tensões σij.
z dy
zz
Equilíbrio de momentos em relação ao eixo z:
zy
zx 𝝈𝒛𝒛 , 𝝉𝒚𝒛 e 𝝉𝒙𝒛 não contribuem porque estão aplicadas num
eixo paralelo ao eixo z
yz
yy
xz
yx
xx
dz
xy y
dx
𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑑𝑧
σ 𝑀𝑧 = 0 ֞ 𝜎𝑥𝑥 𝑑𝑦𝑑𝑧 − 𝜎𝑥𝑥 𝑑𝑦𝑑𝑧 + 𝜎𝑦𝑦 𝑑𝑥𝑑𝑧 − 𝜎𝑦𝑦 𝑑𝑥𝑑𝑧 +
2 2 2 2
𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝜏𝑥𝑦 𝑑𝑦𝑑𝑧 𝑑𝑥 − 𝜏𝑦𝑥 𝑑𝑥𝑑𝑧 𝑑𝑦 + 𝜏𝑧𝑦 𝑑𝑥𝑑𝑦 − 𝜏𝑧𝑦 𝑑𝑥𝑑𝑦 +
2 2
𝑑𝑦 𝑑𝑦
𝜏𝑧𝑥 𝑑𝑥𝑑𝑦 − 𝜏𝑧𝑥 𝑑𝑥𝑑𝑦 =0
2 2
9
Tensor das Tensões
Realizando o equilíbrio de momentos para os três eixos.
z dy
zz
zy 𝜏𝑥𝑦 = 𝜏𝑦𝑥
zx
yz 𝜏𝑦𝑧 = 𝜏𝑧𝑦
yy
xz
yx
𝜏𝑥𝑧 = 𝜏𝑧𝑥
xx
dz
xy y
dx
xx xy xz
ij = yx = xy yy yz
zx = xz zy = yz zz
10
Tensões Principais
As direções principais resultam de uma reorientação do elemento de volume de tal modo
que as tensões de corte atuantes em cada uma das suas faces sejam nulas e,
consequentemente, a tensão normal e o vetor tensão total sejam coincidentes.
z dy
zz
zy
zx
xx xy xz
yz
xz
yy ij = yx yy yz
yx zx zy zz
xx
dz
xy y
dx
1
3
2
14
Invariantes do Tensor das Tensões
Os invariantes são quantidades cujo valor não varia com o sistema de eixos considerado.
z dy
xx xy xz
zz
zx
zy ij = yx yy yz
zx zy zz
yz
yy
xz
yx
xx
dz
xy y
Determinar vetores e valores próprios
dx
1 para i = j
x ij − ij = 0 ij =
0 para i j
1
xx − xy xz
3 yx yy − yz = 0 3 − I1 2 − I2 − I3 = 0
zx zy zz − Equação do 3º grau
2
I1 = ii = xx + yy + zz = 1 + 2 + 3
I2 = −
1
2
( ii jj − ij ij ) =
= − ( x y + y z + x z ) + xy
2
+ yz
2
+ zx2 = − ( 1 2 + 2 3 + 3 1 )
I3 = ij = x y z + 2 xy yz zx − x yz
2
− y zx2 − z xy
2
= 1 2 3
15
Tensões Principais
Tensor das tensões referido às direções principais é uma matriz diagonal.
z dy
zz 3 − I1 2 − I2 − I3 = 0
zy
zx
as raízes da equação são as
yz
yy tensões principais
xz
yx
xx
dz
xy y
dx i = i
x
1
( ij − i ij ) ni = 0
3
cos i + cos i + cos i = 1 i = 1,2, 3
2 2 2
1 0 0
ij = 0 2 0 1 2 3
0 0 3
16
Tensões Hidrostáticas e Desviadoras
O tensor total das tensões σij pode ser decomposto num tensor hidrostático/esférico ou de
tensões médias σm envolvendo somente estados puros de tração ou de compressão, e num
tensor desviador σ’ij onde as componentes normais são o remanescente da tensão esférica
para a total e as tensões de corte são as do tensor das tensões.
z dy
zz
xx xy xz
zx
zy
xx + yy + zz
ij = yx yy yz m =
yz
zx
3
xz
yy
zy zz
yx
xx
dz
xy y
dx
m 0 0 xx xy xz
1
ij = ij kk + ij = 0 m 0 + yx yy yz
3
0 0 m zx zy zz
17
Tensões Hidrostáticas e Desviadoras
O tensor total das tensões σij pode ser decomposto num tensor hidrostático/esférico ou de
tensões médias σm envolvendo somente estados puros de tração ou de compressão, e num
tensor desviador σ’ij onde as componentes normais são o remanescente da tensão esférica
para a total e as tensões de corte são as do tensor das tensões.
z dy
zz
zy
x = x − m
zx
y = y − m xx + yy + zz
m =
yz 3
xz
yy z = z − m
yx
xx
dz
xy y
dx
2 xx − yy − zz
xy xz
3
2 yy − zz − xx
ij = ij − ij m = yx yz
3
2 zz − xx − yy
zx zy
3
18
Invariantes do Tensor Desviador das Tensões
Os invariantes do tensor desviador das tensões principais obtém-se do mesmo modo que os
invariantes do tensor das tensões.
xx xy xz J1 = 1 + 2 + 3
ij = yx yz
yy
J 2 = −(12 + 2 3 + 3 1 )
zx zy zz
J3 = 1 2 3
I1 = 1 + 2 + 3
= ( 1 + m ) + ( 2 + m ) + ( 3 + m )
= ( 1 + 2 + 3 ) + 3 m
= J1 + I1
J1 = 0
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Plano de Möhr das Tensões
Ensaio de tração
uniaxial
Corte puro
Estampagem
Trefilagem
20
Ferramenta online para construção de círculo de Möhr
Condição de Incompressibilidade
A deformação plástica dos materiais metálicos é incompressível.
V1 xyz
V0 = V1 = 1 1 1 1 = 1
V0 x0 y 0 z0
x y z x y z
ln 1 1 1 = ln 1 ln 1 + ln 1 + ln 1
x y z
=0
x + y + z = 0
x 0 y 0 z0 0 0 0
( )
x + y + z = ln (1 + e x ) + ln 1 + e y + ln (1 + ez ) = 0 (1+ ex )(1+ ey )(1+ ez ) = 1
e x + e y + ez 0
24
Critérios de Plasticidade
Se as deformações fossem do tipo uniaxial, como é −
por exemplo o caso do ensaio de tracção, seria fácil Força máxima Verdadeira
determinar o início da deformação plástica do
−
material. R
Correcção da
No entanto, a generalidade dos processos R estricção
(i) Os estados hidrostáticos de tensão não só não provocam deformação plástica, como
também não influenciam a entrada em domínio plástico.
𝐹(𝜎𝑖𝑗) = 𝐹(𝜎𝑖𝑗′ ) = 𝐹( 𝐽2 , 𝐽3 ) = 𝐾
26
Critério de Plasticidade de Tresca
O critério de plasticidade de Tresca (1864) considera que a deformação plástica tem início
quando a tensão de corte máxima, max, ultrapassar um valor crítico, k.
1 − 3 e
max = k k=
2 2
tracção uniaxial
deformação plástica
+k
−e e
-k
1 = e
2 = 3 = 0 27
Critério de Plasticidade de Tresca
Representação no plano de Möhr
tracção-compressão
compressão uniaxial
deformação plástica deformação plástica
tracção uniaxial
deformação plástica
+k
−e e
-k
compressão tracção
deformação elástica 28
deformação elástica
Critério de Plasticidade de Tresca
Representação no plano das tensões principais
Este tipo de representação efetua-se a partir de um tensor das tensões orientado segundo as
direções principais.
1 0 0
j ij = 0 2 0 1 2 3
0 0 3
deformação elástica
e
i j k = 0
1 = i 2 = j 3 = k = 0
1 − 3 = i − k = e i = e
−e i
e
29
Critério de Plasticidade de Tresca
Representação no espaço tridimensional das tensões principais
Generalizando este tipo de representação ao espaço tridimensional das tensões principais
(espaço de Haig-Westergaard), verifica-se que a intersecção da superfície limite de
elasticidade de Tresca por um plano 𝒌 = 𝟎 dá origem a um hexágono distorcido, conforme
se mostrou no caso bidimensional analisado anteriormente.
Este resultado permite então inferir que a forma geométrica da superfície limite de
elasticidade de Tresca no plano das tensões principais é representada por um hexágono
regular infinito, cujo eixo coincide com a diagonal espacial do sistema de eixos, definida
por 𝟏 = 𝟐 = 𝟑 .
Tresca
von Mises
k
j
deformação elástica
e Corte por um plano
i + j + k = Cte.
j
−e i e
e
k= e
−e i = j = k Corte por um plano
k =
30
i
Energia de Deformação Elástica
A energia de deformação elástica 𝑾𝒆 é a energia que é consumida pela ação das forças
exteriores na deformação elástica de um corpo sólido.
dx + u u
x = ln
dx dx
W e = F u = ( x A)( x dx ) = x xV
1 1 1
2 2 2
energia de
deformação elástica
por unidade de
volume
We 1 1 x2 1 2
w =e
= x x = = x E
V 2 2 E 2
Generalização para as restantes direções (3D):
J 2 m2 m2
w = ij ij = ( x x + y y + z z + xy xy + xz xz + yz yz ) =
1 1 3 2
e
+ = oct +
2 2 2G 2K 4G 2K
E Módulo de elasticidade
K=
3(1 − 2 ) volumétrico Energia elástica de Energia elástica de
distorção por unidade dilatação ou contração
de volume volumétrica
E
G= Módulo de elasticidade (variação de forma) (variação de volume)
2(1 + ) transversal 31
Tensões octaedrais
São as tensões que atuam em planos particulares, os planos octaedrais e apresentam
especial interesse na teoria da plasticidade.
Os planos octaedrais são superfícies que coincidem com as faces de um octaedro regular,
cujas normais fazem ângulos iguais com cada uma das direções principais.
𝛼 = 𝛽 = 𝛾 = 54.74°
cos 1 0 0 3
1 1
3
1 = ij n = 0 2 0 13
noct = cos = 3
Toct
cos
1 0 0 3 1
3 3
1 I
Tensão normal octaedral oct = Toct
T
ni = ( 1 + 2 + 3 ) = m = 1
3 3
1 2
Tensão de corte octaedral oct Toct − oct ( 1 − 2 ) + ( 1 − 3 ) + ( 2 − 3 ) =
2 2 2 2
= 2
= J2
3 3
32
Critério de Plasticidade de von Mises
O critério de plasticidade de von Mises (1913) considera que a deformação plástica tem
início quando o valor da energia elástica de distorção por unidade de volume, 𝒘𝒆𝒅 , atinge
um valor crítico.
J2 3 2
w de = = oct w crítico
2G 4G
1
J 2 = − ( 1 2 + 2 3 + 3 1 ) = ( 1 − 2 ) + ( 2 − 3 ) + ( 1 − 3 )
2 2 2
6
oct =
1
( 1 − 2 ) + ( 2 − 3 ) + ( 1 − 3 )
2 2 2
33
Critério de Plasticidade de von Mises
1 1 1
( 1 − 2 ) + ( 2 − 3 ) + ( 1 − 3 ) = 12 = e2
2 2 2
J2 =
6 3 3
1 2 12 2 e2
oct ( 1 − 2 ) + ( 2 − 3 ) + ( 1 − 3 ) =
2 2 2
= =
3 3 3
2
1 = e J 1 2 3 2 3 1
w crítico = 2 = e w crítico = oct = 2 e2
2 = 3 = 0 2G 6G 4G 4G 3
1 1
J 2 = e2 oct = 2 e2
3 3
(1 − 2 )2 + ( 2 − 3 )2 + (1 − 3 )2 = 2 e2
( x
− y ) + ( y − z ) + ( z − x ) + 6 ( 2xy + 2yz + 2xz ) = 2 e2
2 2 2
34
Critério de Plasticidade de von Mises
A tensão limite de elasticidade em corte puro k que se encontra associada ao critério de
plasticidade de von Mises obtém-se substituindo as tensões principais características do
estado de corte puro.
1 = k
2 = 0
3 = −k
=k
( 1
− 2 ) + ( 2 − 3 ) + ( 1 − 3 ) = 2 e2
2 2 2
corte puro
deformação plástica
+k
e
k=
3
−e e
-k
( 1 − 2 ) + ( 2 − 3 ) + ( 1 − 3 ) = 2 e2 = 6k 2
2 2 2
35
Critério de Plasticidade de von Mises
( i − j ) + ( j − k ) + (k − i ) = 2 e2
2 2 2
2i + 2j − i j = e2
j Tracção
k =
i
j Tresca
p=0
e
^
i
j
i i
j
^
j
von Mises
Compressão −e e i
Tracção
i i
j
i
i −e
j Máximo desvio ~15.5%
j
i
36
Compressão
Trabalho Plástico
Os processos de deformação plástica são processos irreversíveis, em que grande parte do
trabalho despendido na deformação é convertido em energia térmica.
Este trabalho, designado por trabalho plástico, contrasta com a energia armazenada durante
a deformação elástica, por não ser recuperável.
w0
Incremento de trabalho plástico por unidade de volume (1D)
F dl
t0 dw p = = x d x
z wtl
y w
l0 t
F
x
Incremento de trabalho plástico por unidade de volume (3D)
l dl
dw p = ij d ijp
= x d x + y d y + z d z + xy d xy + yz d yz + zx d zx
= 1d 1 + 2 d 2 + 3 d 3
w p = ij d ijp
37
Tensão e extensão efetiva
Os processos de deformação plástica envolvem geralmente estados complexos de tensão
de natureza multiaxial mas a teoria da plasticidade desenvolve-se apoiada em ensaios
experimentais simples com características uniaxiais ou quanto muito biaxiais.
Neste contexto existe a necessidade de se definirem variáveis que permitam efetuar esta
equivalência entre estados complexos de deformação e estados de deformação
unidirecionais, surgindo, assim, os conceitos de tensão e extensão plástica equivalente ou
efetiva.
w p = ij d ijp = d p
von Mises
(
1
− 2 ) + ( 2 − 3 ) + (1 − 3 )
1
=
2 2 2 2
1
2
1
(d = (d12 + d 22 + d 32 )
2
1
− d 2 ) + (d 2 − d 3 ) + (d1 − d 3 )
2 2
d p =
2 2 2 2
1
3 3
38
Tensão e extensão efetiva
w p = ij d ijp = d p
Tresca
= 1 − 3
d p = d i max
i = 1, 2, 3
39
Encruamento
Evolução da superfície limite de elasticidade
A continuação da deformação plástica, regra geral, exige um nível de tensões diferente do
inicial, dependente do grau de deformação plástica entretanto sofrida pelo material.
Este fenómeno designa-se por encruamento e determina que a superfície limite de
elasticidade varie com a progressão da deformação plástica em função das extensões
plásticas entretanto experimentadas pelo material.
e
(1 − 2 )2 + ( 2 − 3 )2 + (1 − 3 )2 = 2 e2 J2 =
1
6
( 1 − 2 ) + ( 2 − 3 ) + ( 1 − 3 ) = k 2
2 2 2
k=
3
Superfície limite de
F(ij - ij ) =
1 e2
elasticidade F(ij ) =
1 2 3
e
3
F ( ij ) = K e2
1
j F(ij ) = j j
3
Critério de plasticidade de
ij
von Mises i i i
F ( ij ) = J 2 J2 = k 2
1 F(ij ) =
1 e2
F ( ij ) = e2 3
3 F(ij ) =
1 2
3
F ( ij )
Carregamento plástico dF ( ij ) = d ij 0
ij 40
Encruamento
Evolução da superfície limite de elasticidade
A condição de deformação plástica estável está na base do tratamento matemático da evolução
da superfície limite de elasticidade.
1
1
dF = d d 0 dF = d d = 0 dF = d d 0
2 2
dF = d ij d ij 0
41
Potencial Plástico
k
d pij
dij
dnij dtij
j
d jij
m ij' d iij
Curva limite
de elasticidade ij d kij
O
i = j = k d pij
i
F ( ij )
d =
p
d F ( ij ) é o potencial plástico
ij
ij
42
Equações constitutivas de Levy-Mises
A evolução da superfície limite de elasticidade no ensaio de tracção uniaxial (em regime
plástico) permite concluir que o incremento de extensão plástica seja proporcional à tensão
desviadora.
2 1
1 0 1 = 1 − m = 1 2 = 3 = − 1
3 3
2 = 3 = 0
1 = −2 2 = −2 3 d1p = − 2 d 2p = −2 d 3p
1
m =
3
d1p d 2p d 3p
= = = d
j 1 2 3
F(ij ) =
1 e2 tangente
3
e
i
d ijp = d ij
-1
2
d ij
A constante de
F(ij ) =
1 2 proporcionalidade designa-se
3
‘multiplicador plástico’
1 e
( 1 − 2 ) + ( 2 − 3 ) + ( 1 − 3 ) = k 2
2 2 2
J2 = k=
6 3 43
Equações constitutivas de Levy-Mises
O multiplicador plástico pode ser determinado a partir da noção de incremento de trabalho
plástico por unidade de volume 𝒅𝒘𝒑 em condições de tração uniaxial.
dw p = ij d ijp = x d px = x d px
1
x d px = d px d px x = x − m m d px = 0
d
2 1
x d px = d px d px
3 d
2 1
d p = d p d p
3 d
x 0
y = z = 0
3 d p
d =
2
3 d p
Equações constitutivas de Levy-Mises
d = d ij =
p
ij
2
para comportamento rígido-plástico ij
44
Equações constitutivas de Levy-Mises
O potencial plástico é uma função potencial a partir da qual se pode obter o incremento de
𝒑
extensão plástica 𝒅𝒊𝒋 por derivação parcial em relação às componentes da tensão 𝒊𝒋 .
F ( ij ) =
1
6
( 1 − 2 ) + ( 2 − 3 ) + (1 − 3 )
2 2 2
F ( ij ) =
1
6
( x
2 2 2
− y ) + ( y − z ) + ( z − x ) + ( 2xy + 2yz + 2xz )
F ( ij )
d ijp = d
ij
d ijp = d ij
Exemplos
d x − ( y + z )
2 1 2 1
d 1p = d 1 = d 1 − ( 2 + 3 ) d xp = d x =
3 2 3 2
45
Equações constitutivas de Levy-Mises
d p
x − 2 ( y + z )
1
d px =
3 d p d p
d = d ij =
p
ij d yp = −
1
( + )
2
ij y z x
2
d
z − ( x + y )
p
1
d zp =
2
𝑑
d pxy 3 d p
𝑑𝑡 d p
= = xy
2
xy
2
d yzp 3 d p
d yzp = = yz
2 2
d zx
p
3 d p
3 p d zx = = zx
p
=
p
ij 2 2
2
ij
3 d
d ijp = ij
2 H
46
Auto Estudo
Capítulo 3 e 4
47
PROCESSOS DE FABRICO I
4 – Métodos de Análise
Métodos de análise
2
Método da energia uniforme
O método da energia uniforme baseia-se na determinação do trabalho total necessário à
realização da operação e aplica-se na análise de processos de fabrico de materiais metálicos
sujeitos a deformação plástica. É o método mais simples de prever a força e trabalho total.
y
Hipóteses simplificativas: 𝜎 = 𝜎𝑦 + 𝐾𝜀 𝑛
F l
W = V ij d ij = F dl
W = V axial d axial = F dl
l
l 0
0 l0
l
= ln
F l0
K n
unif =
n +1
F
1
W = V ij d ij = F dl
l
1
W = V axial d axial = F dl
0 l0
l A
= ln = ln 0
l0 A
= 0.5 ~ 0.65
K n
unif =
n +1
1
A0 dl 0 unif = pA0 dl 0
1 1
p= unif F= unif A0
5
Método da energia uniforme
Aplicação – trefilagem
1
W= V ij d ij = T dl
l
1
W= V axial d axial = T dl
0 l0
l A
= ln = ln 0
l0 A
= 0.55 ~ 0.7
K n
unif =
n +1
1
Adl unif = t Adl
Tensão de tracção Carga de trefilagem
1 1
t = unif T= unif A
6
Método da energia uniforme
Limite de enformabilidade na trefilagem
Quantificar a máxima redução de secção que é possível efetuar numa única operação
1
t = unif
= Kn
K n
unif =
n +1
1 1 K n
t = unif = = K n
( n + 1)
Extensão máxima
admissível
adm ( n + 1)
7
Método da energia uniforme
𝐹𝑥 = 0
9
Método da fatia elementar
Hipóteses simplificativas
• O material é homogéneo e isotrópico 𝜎 = 𝜎𝑦 = 𝑘
Load
y
• O material tem um comportamento rígido Unload
perfeitamente plástico
• A deformação plástica é uniforme - as secções
ou fatias da peça inicialmente planas assim
permanecem após deformação
10
Método da fatia elementar
Coeficiente de atrito - Modelo de Amonton-Coulomb
Os picos e vales levam a que o contacto entre duas superfícies seja, na maioria das vezes,
limitado aos picos mais elevados, ou asperezas, de cada uma das superfícies.
P F
P
F pr pr
ferramenta lubrificante
a r r
peça
A ri A ri
Aa
P= p Ari F
F
= =
r
i A r ri
r P p
= = i
= = r
P p A pr
0,0.5 − 0.577
r ri
F=
i
r
Ari i
𝜏 = 𝑚𝜏max = 𝑚𝑘
𝑚 ϵ 0,1
O fator de atrito m poderá ser aplicado sempre que as pressões de contacto sejam muito
elevadas, onde o coeficiente de atrito começa a deixar de ter significado
12
Método da fatia elementar
Compressão em deformação plana de uma barra (atrito Prandtl)
1
𝜀𝑧 = 0 → 𝜎𝑧 = 𝜎 + 𝜎𝑦 = 𝜎2
2 𝑥
13
Método da fatia elementar
Compressão em deformação plana de uma barra
1
𝜀𝑧 = 0 → 𝜎𝑧 = 𝜎 + 𝜎𝑦 = 𝜎2
2 𝑥
𝐹𝑥 = 0 → 𝜎𝑥 + 𝑑𝜎𝑥 ℎ𝑤 − 2𝜏𝑤 𝑑𝑥 − 𝜎𝑥 ℎ 𝑤 = 0
𝜎𝑥 + 𝑑𝜎𝑥 ℎ − 2𝑚𝑘𝑑𝑥 − 𝜎𝑥 ℎ = 0
𝜎𝑥 = 𝜎1
𝜎𝑦 = −𝑝 = 𝜎3 → Tresca
𝜎1 − 𝜎3 = 𝜎𝑥 − −𝑝 = 2𝑘
⇔ 𝜎𝑥 = −𝑝 + 2𝑘
ℎ 𝑑𝑝 = −2𝑚𝑘 𝑑𝑥
14
Método da fatia elementar
Compressão em deformação plana de uma barra
ℎ 𝑑𝑝 = −2𝑚𝑘 𝑑𝑥
නℎ 𝑑𝑝 = − න2𝑚𝑘 𝑑𝑥 ⇔ ℎ𝑝 = −2𝑚𝑘𝑥 + 𝐶
Condição fronteira
𝐿
𝑥= ⇒ 𝜎𝑥 = 𝜎1 = 0 𝜎𝑦 = 𝜎3 = −𝑝 = −2𝑘
2
𝑝 𝑚 𝐿
=1+ −𝑥
2𝑘 ℎ 2
15
Método da fatia elementar
Compressão em deformação plana de uma barra
𝑝 1 𝐿
𝑚=1 → =1+ −𝑥
2𝑘 ℎ 2
𝑝 𝐿
=1+
2𝑘 𝑚á𝑥 2ℎ
p 𝐿Τ2
2k
𝑝 1 𝑝
= න 𝑑𝑥 =
2𝑘 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝐿Τ2 0 2𝑘
3
𝐿Τ2
1 1 𝐿 𝐿
pmédia= 4k න 1+ −𝑥 𝑑𝑥 = 1 +
2 𝐿 Τ2 0 ℎ 2 4ℎ
1
𝐿 = 4ℎ
-L/2 0 L/2 x
16
Método da fatia elementar
Compressão em deformação plana de uma barra (atrito máximo)
𝑝 1 𝐿
𝑚=1 → =1+ −𝑥
2𝑘 ℎ 2
1 𝐿 1 𝐿
𝜎𝑥 = −2𝑘 −𝑥 𝜎𝑦 = −2𝑘 1 + −𝑥
ℎ 2 ℎ 2
1 1 1 𝐿
𝜎𝑧 = 𝜎𝑥 + 𝜎𝑦 = −2𝑘 + −𝑥
2 2 ℎ 2
-L/2 2k L/2
x /2k 0 x
p =mk 2k
z /2k
x x 0 0
p 2k y /2k -1
h/2 y
-2
O x
L/2 17
-3
Método da fatia elementar
Forjamento em deformação plana (atrito de Coulomb)
2 L
− x
p = e exp h 2
L
L
pmédia = Le exp h
− 1 e 1 +
h 2h
18
Método da fatia elementar
Forjamento axisimétrico (atrito de Coulomb)
2
p ( R −r )
= exp h
e
2 R
pmédia e 1 +
3h
R
O r
h
p
p e
z
r +d r e
p r
r dr O O
O
r
d
2 d
2
d
O
19
Método da fatia elementar
Extrusão axisimétrica
pe 1 + B D0
2B
= 1−
e B Df
B=
tan
Trefilagem axisimétrica
t 1 + B Df
2B
= 1 −
e B D0
B=
tan
20
Auto Estudo
Capítulo 6 e 7
21
PROCESSOS DE FABRICO I
5 – Forjamento
Forjamento
2
Classificação dos processos de forjamento
Tipo de
Ferramenta
Matriz
Matriz Aberta Outros
Fechada
Temperatura
3
Forjamento em matriz aberta
As ferramentas possuem geometrias simples e aplicam forças de compressão localizadas.
O constrangimento lateral é diminuto ou, muitas vezes, inexistente.
A forma final da peça é obtida por intermédio da manipulação da matéria-prima entre golpes
sucessivos.
Vantagens:
i) Baixo custo de operação
ii) A geometria das ferramentas não depende das peças a
forjar:
a) Aplicabilidade adequada ao fabrico de pequenas séries
b) Adequabilidade ao fabrico de peças com dimensões,
geometrias e pesos muito variados
iii) Assegura o fabrico de peças com excelentes propriedades
mecânicas (resistência mecânica, ductilidade, tenacidade e
resistência à fadiga)
Desvantagens e limitações:
i) Apenas pode ser aplicado a formas geométricas
simples
ii) Não permite obter tolerâncias de fabrico apertadas. A
geometria final das peças é obtida por forjamento em
matriz fechada ou maquinagem
iii) Possui uma cadência de produção baixa
iv) Necessita de operários especializados e com algum
grau de perícia
5
Forjamento em matriz fechada
O material é disponibilizado na forma de varão ou barra.
A pré-forma obtém-se por corte do varão ou barra e a sua geometria tem de assegurar o
enchimento completo das cavidades das matrizes.
As matrizes possuem a forma negativa das peças a fabricar de modo a constrangerem a
deformação plástica da pré-forma.
Convencional Precisão
(fabrico de peças na forma final
(fabrico de peças com rebarba) sem rebarba)
Dowel
Die insert Anvil bolster
Die notch
Dowel slot
Flash Die wing
Anvil bolster key
Die insert
Die shank
Lower die block Die key
7
Forjamento em matriz fechada convencional
Evolução típica da força com o deslocamento da ferramenta durante o forjamento em matriz
fechada com rebarba.
energia de forjamento
Deslocamento
A força pode ser calculada através dos métodos da energia uniforme e da fatia elementar.
8
Forjamento em matriz fechada de precisão
Elementos da Ferramenta
Activo Passivo Estrutural
9
Comparação forjamento matriz fechada
Forjamento em matriz fechada – convencional vs. precisão (vs. maquinagem)
O forjamento de precisão permite reduzir ou eliminar as operações secundárias de
acabamento e tratamento térmico, otimizar o consumo de matéria-prima, reduzir o consumo
de energia, e diminuir ou anular os custos associados à transformação de desperdícios.
No. Classe ISO 1302
Processo de fabrico
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Forjamento a quente
Forjamento de precisão
Torneamento/Fresagem
Rectificação
95 Pulverotecnologia 29 Terminologia
ISO 1302 económicos
antiga
R (2.80 a 27 m)
R a (0.8 a 6.3 m)
100% 50% 0% 0 25 50 75 100 MJ/kg
( N8 - N10)
N10 - N11 Grosseiro
Aproveitamento de material Consumo de energia por kg de produto final
R (55 a 120 m) ~ 10
R a (12.5 a 25 m) ( N10 - N11)
Outros tipos de Forjamento
Compressão axial ou recalcagem Cunhagem de moedas
11
Outros tipos de Forjamento
Orbital
Rotativo
12
Forjamento a frio e a quente
Frio Quente
Fabrico de peças forjadas na forma
final ou quase-final Precisão dimensional média a baixa
Boas tolerâncias dimensionais Tensões e forças baixas, encruamento
inexistente ou baixo
Bons acabamentos superficiais
Elevada enformabilidade
Boas propriedades mecânicas
Necessidade de operações de
Tensões, encruamento e forças
acabamento – oxidação superfícial
elevadas
Temperaturas:
Menores custos de produção em
séries de fabrico elevadas • Aços: 850ºC-1150ºC
Custos adicionais com a preparação • Aço inox: 1100ºC-1250ºC
da matéria-prima – decapagem,
lubrificação (fosfatação e • Ligas de Alumínio: 400ºC-550ºC
ensaboamento) e tratamentos
térmicos • Ligas Cobre: 600ºC-900C
Enformabilidade limitada
Máquinas-ferramenta de maior
capacidade
13
Forjamento a morno
14
Materiais das Ferramentas
O material a ser deformado, a temperature de funcionamento, o tipo de máquina-ferramenta a
ser utilizado e a distribuição de tensões e deformações nos elementos ativos da ferramenta
são fundamentais para selecionar o material das ferramentas mais apropriado
Resistência e dureza
Tratamentos
superficiais
Resistência ao desgaste e revestimentos
Maquinabilidade
15
Materiais das Ferramentas
Stress-Relief
Annealing Pre-heating Austenitizing Quenching Tempering
Finish-machining
Pre-machining
Hardening Temperature
Matrizes/punções frios extraem mais calor da peça forjada e conduzem ao aumento das
pressões e das cargas de forjamento. Matrizes/punções frios e com temperaturas inferiores
à temperatura de transição podem inclusive apresentar um comportamento frágil e serem,
portanto, muito suscetíveis a fenómenos de fissuração.
Temperaturas críticas no
aquecimento e funcionamento das
matrizes:
(i) Temperatura crítica de revenido
que no caso dos aços ferramenta
para trabalho a quente varia entre
425 e 600 ºC
(ii) Temperatura de transformação
ferrite-austenite (723 ºC)
17
Matrizes para forjamento
Principais tipos de desgastes e avarias que podem ocorrer em matrizes para forjamento a
quente com rebarba:
• Abrasão
• Fadiga mecânica
• Deformação plástica da superfície
• Fadiga térmica
18
Matrizes para forjamento
Representação esquemática dos principais elementos constitutivos de uma matriz de
forjamento.
19
Metodologia Conceção e Projeto
20
Projeto de ferramentas - MEU
V
hm =
Ap
hm v
média = ln média =
h0 hm
3. Determinação da tensão efetiva
𝜎 = 𝐾𝜀 𝑛 𝜎 = 𝜎𝑒 + 𝐾𝜀 𝑛 𝜎 = 𝐾(𝜀0 + 𝜀)𝑛
= f ( média , média )
𝜎 = 𝐶 𝜀ሶ𝑚
21
Forjamento
Cálculo de peças forjadas em matriz fechada – método da energia uniforme
p = Qp
F = Qp Ap Forma geométrica Qp Qe
22
Projeto de ferramentas - MFE
x
z
=p
dx
= p
y
h h x+ d x x
O x
( x + d x ) h − 2 p dx − x h = 0
=p
Plano xy
p
x = 1 1 − 3 = x + p = 2 k
y = −p = 3 d x = −dp
dp 2
p =− dx
p h
=p
L
h h x+ d x x
x= x = 0 y = − p = −2 k
2
2 L
− x
=p
p = 2k exp h 2
Plano xy
p 24
Projeto de ferramentas - MFE
Pressão máxima
p L
h
2k pmax = 2k exp
Campo de tensões
y
2 L
− x
x = 2k 1 − exp
h h 2
O x
2 L
− x
y = − p = −2k exp h 2
Plano xy
x + y
z =
L/2 2
2 L
Força
− x
p = 2k exp h 2
F = pmédia Lw
L
1 2
2k L
L
pmédia = L
2
0 p dx = exp
L
h
h
− 1 2k 1 +
2h
Projeto de ferramentas
A estrutura dos componentes forjados permite uma maior resistência à fadiga e uma
maior ductilidade do que os componentes fundidos ou maquinados
26
Auto Estudo
Capítulo 14
Capítulo 7
Exercícios complementares
27
PROCESSOS DE FABRICO I
O corte por arrombamento é um processo tecnológico muito utilizado para cortar chapa,
embora também seja empregue no corte de varão, de barra, de tubo ou de perfis estruturais.
2
Corte por arrombamento
O campo de aplicação do corte por arrombamento abrange um leque muito alargado de
indústrias, de entre as quais se destacam a dos transportes (automóvel aeroespacial e
aeronáutica) a do mobiliário metálico, a dos electrodomésticos e utensílios de cozinha e a da
cunhagem de moeda ou medalhas (fabrico dos discos).
3
Corte por arrombamento
Tipos
Direito
Inclinado
4
Corte por arrombamento
O corte com punçonadora combina a tecnologia CNC com a do corte por arrombamento
convencional permitindo, desta forma, alargar o campo de aplicações ao fabrico de
protótipos e de séries de produção de pequena e média dimensão.
5
Mecanismo de corte
6
Mecanismo de corte
Corte por arrombamento convencional – mecanismo de corte
h
A C
Ft Fn
F
D B
Fn F sen F
CD = = = sen 2
CD h 2h
O estado de tensão característico do
cos
( CD )máx = k processo é o corte puro.
A tensão de corte máxima está localizada na
Ft F cos F
CD = = = cos 2 = 0º secção vertical AB e deverá ter um valor igual
CD h h à tensão limite de elasticidade em corte puro,
cos k, do material. 7
Mecanismo de corte
O modelo de corte por arrombamento que foi apresentado anteriormente pode ser
substancialmente melhorado através da incorporação da folga radial ‘j’ existente entre o
punção e a matriz.
Folga j
Material
(% espessura do arco)
dm = d p + 2 j Aço macio 9
Aço inoxidável 10
Alumínio duro 10
Alumínio macio 7
dm = d p + 2 j
Latão duro 7
Latão macio 6
8
Mecanismo de corte
A C 1
F F
A' F 3
C A C
A'
max
D B D
B'
Repuchamento
Penetração
Início da
fissuração Secção resistente
Secção resistente
Cone de rotura
9
Mecanismo de corte
A morfologia da superfície de uma peça obtida por corte por arrombamento é constituída por quatro zonas
distintas:
i) Repuchamento
ii) Zona de penetração
iii) Cone de rotura
iv) Rebarba
Repuchamento
Penetração
Cone de rotura Rebarba
Cone de rotura
Penetração
Repuchamento
10
Mecanismo de corte
O valor da folga radial j que existe entre o punção e a matriz determina a dimensão final dos
recortes (furos) e das peças.
dp = D d p = dm − 2 j
dm = d p + 2 j dm = D
11
Força e trabalho de corte
Força
Fmax = R p h Fmax = C R p h
Repuchamento
Penetração
Deslocamento
Secção resistente
Início da
fissuração
W = Qw Fmax h = 0.8 R p h 2
3
Material C Qw
Aços 0.7 a 0.8
12
Força e trabalho de corte
A influência da folga não se reduz à alteração da morfologia da superfície cortada, o seu valor
afeta igualmente o valor máximo e a própria evolução da força de corte com a penetração do
punção.
Rebarba
Cone de rotura
Penetração
Repuchamento
13
Redução da força de corte
Desvantagens:
14
Redução da força de corte
Inclinação das arestas de corte do punção ou da matriz - Esta técnica consiste em efetuar o
corte progressivamente através da inclinação dos punções ou das matrizes
Vantagens:
Desvantagens:
• A penetração dos punções nas matrizes é maior do
que na decalagem de punções
15
Redução da força de corte
Exemplo guilhotina
Lâmina Superior
A B C
Chapa
A B C
p
act Lâmina Inferior
AA BB CC
16
Corte por arrombamento
Exemplo guilhotina
Lâmina Superior 1
2 h
3 (p tan - h)
4
5 h
pact
Lâmina Inferior
17
Corte fino ou de precisão
O corte fino é um processo de corte por arrombamento de precisão que permite fabricar
peças na forma final com superfícies lisas e polidas, sem as irregularidades características
do corte por arrombamento convencional.
18
Corte fino ou de precisão
Movimentos dos elementos ativos de uma ferramenta de corte fino durante um ciclo de
corte.
Os elementos construtivos principais de uma ferramenta de corte fino são o punção, a matriz,
os encostadores e o anel de retenção. A folga entre o punção e a matriz é bastante mais
reduzida do que no corte por arrombamento convencional.
20
Corte fino ou de precisão
m
m m
P
m
corte fino
arrombamento
Pólo convencional
3 m 1
21
Corte por arrombamento
A força máxima no corte fino é superior à do corte por arrombamento convencional quer
pelo facto da folga ser muito mais pequena, quer por o estado de compressão induzido
pelos encostadores aumentar o valor da tensão de corte crítica.
3
W f = Q f Fmax h = Fmax h
4
22
Ferramentas típicas
Progresivas Compostas
porta-punções
punções
piloto
arco
matriz
base
arco
23
Aproveitamento da matéria-prima
Sp nm
Pu = 100%
Sm
Pu % utilização da banda
Sp área de uma peça
nm nº peças por m2
Sm área total por m2
24
Auto Estudo
Capítulo 17
Capítulo 10
Exercícios complementares
25
PROCESSOS DE FABRICO I
7 – Estampagem
Estampagem
Vantagens:
• Elevada produtividade, com
cadências médias de produção até
5000 unidades / hora
• Componentes produzidos num curto
espaço de tempo, e usualmente com
um ou poucos golpes da prensa
Desvantagens:
2
Deformação plástica de chapa
Estampagem Expansão
deformação da chapas sem variação deformação da chapa com variação da
significativa da espessura da chapa espessura da chapa
3
Nomenclatura
Cunho/Punção
Força do
Encostador
Encostador
Estampa plana h
Matriz
4
Estampagem múltipla
A estampagem pode realizar-se numa única fase ou, quando as peças a obter forem muito
profundas, numa sequência de fases ou seja estampagem múltipla.
5
Estampagem
6
Estampagem Cilíndrica
Mecanismo básico de deformação
7
Estampagem Cilíndrica
Mecanismo básico de deformação
8
Estampagem Cilíndrica
Mecanismo básico de deformação
9
Estampagem Cilíndrica
10
Estampagem Cilíndrica
Equações gerais de equilíbrio
Elemento de volume infinitesimal característico da análise de membrana:
Eixo de Revolução
( Corte Axial )
h+dh
E
r2
G
H
D r +d r
F d
C
A r1
B r
r
h
dr
As equações gerais de equilíbrio são obtidas através da
aplicação do método da fatia elementar em que as
tensões r , z e são alinhadas segundo as direções
principais do elemento de volume infinitesimal (eixo
d
local de tensões).
F espessura = Fradial = Ftangencial = 0
11
( Planta )
Estampagem Cilíndrica
Equações gerais de equilíbrio
E
C
A
B
Fespessura =0
r +d
r
d
z d/2
d d - z
z r d r1 d + 2 r r d h + 2 r1 d h cos = 0 sen d cos
2 2 r 2
1 (h r d r1 d ) sen d
2
r2 = r cos
d/2 sen d sen
2
z r d/2
+ + =0 Pormenor
h r1 r2
12
Estampagem Cilíndrica
Equações gerais de equilíbrio
E
C
A
F
B
radial =0
r +d
r
d
z d/2
d dh - z
r + r dr (r + dr ) d h + dr − r r d h + sen d cos
dr dr r 2
d
+ z r d r1 d − 2 r1 d h sen = 0
2 sen d
2
1 (dr r d h )
d/2 sen d sen
dr = r1 d sen 2
d/2
Pormenor
d r r − z dh
+ + + r =0
dr r h sen h dr
13
Estampagem Cilíndrica
Equações gerais de equilíbrio
Eixo de Revolução
( Corte Axial )
F espessura =0
r2
h+dh
z r r +d r
+ + =0 d
h r1 r2
r1
r
r
Fradial =0 h
d r r − z dh
+ + + r =0 dr
dr r h sen h dr
r cilindricidade
d
r1 esfericidade
r2 conicidade
( Planta )
14
Estampagem Cilíndrica
Estudo das tensões e deformações na 1ª fase
z r
+ + =0
h r1 r2
r1 = r2 =
z r
+ + =0 z = 0
h r1 r2
Este resultado revela que não existe contacto entre a zona do fundo da taça e o cunho.
Esta conclusão vem reforçada pelo facto de existir folga na ferramenta e de surgir um
momento fletor que tende a afastar a zona do fundo da taça do cunho e a concentrar a ação
deste na zona do canto do cunho.
15
Estampagem Cilíndrica
Estudo das tensões e deformações na 1ª fase
d r r − z dh j Tracção
+ + + r =0
dr r h sen h dr
Tresca k =
z = 3 = 0 e
r = 1
1 − 3 = r − z = e r
dh −e e i
0 von Mises
dr Tracção
d r r −
+ =0 r = = e
dr r −e
d d 1
d r = −
1
( + z ) d r = e
2
r
2
d d 1
1
d = −
1
( + ) d = e
z
2
r
2
d d
d z = −
1
( + ) d z = (− e )
z r
2 1 CLE
-1/2
D
z = 0 C E F 1
r = = e G
H 1
1/2 B
-1
d d 1
I 2
−
1
( + ) d r = e
A
2
r z
2
d d 1
− ( r + z )
1 Este resultado revela que a zona do fundo está sujeita a um
d = e
2 2 estado de deformação caracterizado por uma expansão
homotética com perda de espessura, contribuindo, desta
d d
−
1
( + ) d z = (− e ) forma, para a alteração geométrica da peça.
z r
2 17
Curva Limite de Estampagem
A curva limite de estampagem à estricção define a deformação limite admissível a partir da
qual ocorre o fenómeno de estricção.
1
pressão
pressão
CLE
Deformação
Tracção uniaxial plana Expansão biaxial
2
18
19
Curva Limite de Estampagem
Ensaio Nakajima
=−1/2 =1
20
Estampagem Cilíndrica
Estudo das tensões e deformações na 1ª fase
z r h
+ + =0 z = − r
h r1 r2 r cc
r1 = rcc
r , r2 h
Este resultado revela que o cunho promove uma tensão de compressão contra a chapa, cujo
valor em módulo é menor do que o da tensão radial uma vez que o raio do canto do cunho
rcc é geralmente superior à espessura h da chapa.
r = 1 e
( ) =
1 − 3 = r − z = e r exp
h
1 +
z = 3 0 rcc
Este resultado permite obter o valor da tensão radial que está associada ao processo de
expansão na zona do canto do cunho. 22
Estampagem Cilíndrica
Estudo das tensões e deformações na 1ª fase
d r r − z dh
+ + + r =0
dr r h sen h dr
z = 3 0
r = 1
e
( ) =
h
r exp
1 +
rcc
d r dh
=0 0 0
dr dr
d r r − z dh
+ + + r =0
dr r h sen h dr
z = 3 0
Cunho
r = 1
d (r ) C
e
( ) =
h
r exp
1 + z
rcc
z dl
C
(r ) B
d r dh
=0 0 0
dr dr B dr
r − z
+ =0 r = ( r )exp + ( r )atrito + r dobragem
r h sen
Este resultado revela que a maior das tensões que atua no canto do cunho é a tensão r 24
devido ao incremento de tensão devido ao atrito e à dobragem com forças de tração.
Estampagem Cilíndrica
Estudo das tensões e deformações na 1ª fase
d d 1
d r = −
1
( + ) d r = e
2
r z
2
d d 1
1
d = −
1
( r + z ) d = e
2 2
d d
d z = −
1
( + ) d z = (− e )
r
z
2 1 CLE
-1/2
D
z 0 C E F 1
r 0 G
H 1
1/2 B
-1
d
I 2
d r = −
r 2
1
( + )
z
0
A
d Este resultado revela que a zona do canto do cunho está
− ( r + z ) 0
1
d = sujeita a um estado de deformação caracterizado pela
2 expansão biaxial do material no sentido dos raios
d crescentes, com a consequente redução de espessura.
d z = −
1
( + )0
z r 25
2
Estampagem Cilíndrica
Estudo das tensões e deformações na 1ª fase
z r
+ + =0 r 0
h r1 r2
r1 = z = = 0
d r r − z dh d r r
+ + + r =0 + =0 ( ) =
rC
( r )C
dr r h sen h dr dr r r D
rD
Este resultado revela que a zona cónica assegura a transmissão das solicitações da zona do
canto do cunho para as regiões superiores da estampa plana (zona do canto da matriz e aba).
O resultado obtido permite ainda concluir que a zona cónica permanece sempre em regime
elástico (quando no limite ( r )C = e então ( r )D < e ) . 26
Estampagem Cilíndrica
Estudo das tensões e deformações na 1ª fase
r =
1
r − ( + z )
E
1
= − ( r + z )
1
E
z = z − ( + r )
1
E 1 CLE
-1/2
D
r 0 C E F 1
z = = 0 G
H 1
1/2 B
-1
1 A
I 2
r = r 0
E
Este resultado revela que a zona cónica deverá estar
= z = − r sujeita a um modo de deformação característico da
E tração uniaxial com valores muito reduzidos de
extensão.
27
Estampagem Cilíndrica
Estudo das tensões e deformações na 2ª fase
z r
+ + =0
h r1 r2
r1 = r2 =
z r
+ + =0 z = 0
h r1 r2
28
Estampagem Cilíndrica
Estudo das tensões e deformações na 2ª fase
j
d r r − z dh k=
Tracção
+ + + r =0
dr r h sen h dr p=0
Tresca
r = 1 0 e
r
z = 2 = 0
von Mises
= 3 0
1 − 3 = r − = e −e e i
dh
0 Tracção
dr
d r e −e
+ =0 r = − e ln r + C
dr r
Este resultado revela que a zona da aba se encontra sujeita a um estado
de tensão plano z = 0, característico do segundo quadrante do espaço
das tensões principais.
29
Estampagem Cilíndrica
Estudo das tensões e deformações na 2ª fase
d r e
+ =0 r = − e ln r + C
dr r
r = rF ( )
r F
=0
rF r
r = e ln z = 0 = ( r − e ) = e ln F − 1
r r
e
r
( )
r E
r
= e ln F = e rE = e −1 rF
rE 0.37 z
0
rE 0.37 rF 0 0.2 0.4 0.6 0.8 r/r
F
1
Este resultado permite definir o quociente rE/rF = 0.37
como a relação teórica mínima abaixo da qual não é
possível efetuar a operação de estampagem. −e 30
Estampagem Cilíndrica
Relação e coeficiente limite de estampagem
d
m= M
D0
d d 1
d r = −
1
( + ) d r = e
z
r
2
2 1
d d 1
d = −
1
( + ) d = e
2
r z
2
d d
z − ( + r ) (− e )
1
d z = d z =
2 1 CLE
-1/2
D
r = 1 0 C E F 1
G
z = 2 = 0 H 1
1/2 B
= 3 0 -1
A
I 2
d 1
d = − r 0
2
Este resultado revela que o incremento da extensão
d 1 tangencial é negativo, o incremento da extensão radial é
d r = − 0
2 positivo e que o incremento de extensão segundo a
r
d 1 E
d r = r − 0 (estado uniaxial de tensão)
2 r
r = rF
d 1
d z = − ( + r )
2
(r ) 1 (r ) (r F )t
1
2
= ln F t z = − ln F t ht = h0 0
(r F )t 2 (rF )t (r F )t
0 0
d r e e
+ =0 r = − e ln r + C
dr r r
Sem encostador r
r = rF
2 Fenc Fenc z (r )F
( ) = = 0 0.37
2 rF h rF h
r F
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
r/r
F
r = e ln F + ( r )F , z = 0
r Com encostador
r (r )F
−e
r
= ( r − e ) = e ln F − 1 + ( r )F
r
Seguindo uma metodologia de análise semelhante à que tinha sido utilizada no estudo das
zonas da aba e do canto do cunho (1ª fase) pode-se afirmar que na zona do canto da matriz
intervêm os seguintes fenómenos:
( ) r D
= ( r )ret + ( r )E + ( r )D + ( r )atrito
z r
+ + =0 r 0
h r1 r2
r1 = z = = 0
37
Estampagem Cilíndrica
Estudo das tensões e deformações na 2ª fase
Evolução das tensão radial e tangencial na aba e no canto da matriz com encostador
Encostador
Cunho
E F
D
Matriz
e
(r )
(r )D D
(r )
at (r )
E
r
r
(r )F
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
( )D r/r
F
(r )F
−e 38
Estampagem Cilíndrica
Variação de espessura numa taça cilíndrica
A análise de tensões e deformações que foi realizada anteriormente permite concluir que a
espessura de uma taça não permanece constante durante a estampagem.
C
A B
39
Estampagem Cilíndrica
Força e trabalho
A força de estampagem é calculada a partir do valor da tensão radial no canto do cunho
(ponto C)
F = ( r )C 2 rC h sen
West = Fmax l t Qw
90º
rc = rm
( )
r D
R
Fmax = 2 rm h R Qf
ri/r0 0.55 0.575 0.6 0.625 0.65 0.675 0.7 0.725 0.75 0.775 0.8
Qf 1 0.93 0.86 0.79 0.72 0.66 0.6 0.55 0.5 0.45 0.4
Vf = V0 Af = A0
hf = h0 = C te
P
l rG
Q
A = 2 rG l
Em termos práticos pode efetuar-se o cálculo da estampa plana com base na igualdade entre
a área da peça estampada e a da chapa inicial.
Capítulo 22
Capítulo 11
Exercícios complementares
42