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Carlos A. Baccelli
(Domingas)
Revisão gramatical: Fausto De Vito
FICHA CATALOGRÁFICA
(Preparada na Editora)
Domingas (Espírito).
Eu, Espírito C om um / [pelo espírito] Domingas ;
[psicografado por] Carlos A. Baccelli, - Uberaba, MG :
Livraria Espírita Edições “Pedro e Paulo”, 2006.
256p. ; 14x21 cm.
ISBN 85-88429-27-6
Copyright 2006 by ©
LIVRARIA ESPÍRITA EDIÇÕES “PEDRO E PAULO”
Avenida Elias Cruvinel, 1202 - Bairro Boa Vista
Telefax (0xx34) 3322-4873 - 38070-100 - Uberaba, MG
E-mail: leepp@terra.com.br - www.leepp.com.br
Impresso no Brasil
P rinted in B razil
Logo que se reconheceu no M undo Espiritual, nossa
irmã Domingas - M a ria Rodrigues Salvador recém-
liberta do corpo físico, após cumprir laboriosa existência
na Terra, servindo com denodo à causa da Doutrina Espírita
por cerca de quatro décadas, solicitou-nos permissão para,
tanto quanto possível, continuar fazendo sentir-se junto
aos companheiros de Ideal, dos quais, obviamente, não
desejaria ter-se afastado.
E sta n d o a in d a em c o nvalescen ça, com a
espontaneidade que lhe é característica, indagou-nos
oportunamente:— “ Seria viável a um espírito comum como
eu algo escrever, através dos canais da mediunidade, dando
n o tíc ia s de m in h a chegada ao A lé m aos am igos
saudosos?” .
D a í, sob a tutela de diversos Benfeitores, ter nascido
este liv ro que ora fazem os v ir a lum e, esperando que ele
seja de real p roveito para os estudiosos das diferentes
facetas da V id a , que prossegue, sem alteração, para além
das fronteiras do tú m u lo .
U b e ra b a -M G , 17 de agosto de 2006.
O dilon Fernandes
ín d ic e /
1 - Primeiras Palavras.........................................................09
2 - Tomando Consciência.................................................. 15
3 - Entre A m ig o s.................................................................22
4 - Minha M ãe.....................................................................28
5 - Fisioterapia....................................................................34
6 - Pérolas aos Poucos....................................................... 40
7 - Melhorando................................................................... 46
8 - Sabendo M a is ................................................................53
9 - Espíritos Criadores........................................................59
10 - Amor e Evolução......................................................... 65
11 - Com D. Maria M odesto............................................... 71
12 - Outros Esclarecimentos................................................ 77
13 - Coligindo Anotações..................................................... 84
14 - Passeio M a tin a l............................................................ 91
15 - “Tia” Nair e D. Horizonta............................................. 97
1 6 - 0 Caso Benvindo...................................................... 103
1 7 - 0 Espírito é T u d o !.................................................... 109
18 - Passado Obscuro..................................................... 115
19 - M ediunidade............................................................. 12 j
20 - Ainda Mediunidade...................................................... 227
21 - Transcendência.............................................................
22 - Mentalização.................................................................
23 - Doutrinação e Prece................................................... 145
2 4 - 0 S onho..................................................................... 151
2 5 - 0 Primeiro C u lto ..................................................... 157
26 - Recreio Espiritual........................................................163
27 - “ Céu Espírita” ........................................................... 170
28 - “ Cigana” ...................................................................... 176
29 - Na Periferia da Caridade........................................... 182
30 - Conhecendo Labélius................................................. 188
31 - “ O Código Da Vinci” ................................................. 194
32 - Abrindo um Parêntese................................................. 200
33 - Os Elementais............................................................. 206
34 - Graças a Deus!............................................................ 212
35 - Importante Ousadia..................................................... 218
36 - Árvore da Mediunidade.............................................. 224
37 - Rumo ao “Liceu” ........................................................ 230
38 - A Natureza no A lé m .................................................... 236
, 943
39 - Convite Inesperado...................................................
249
40 - Singelo Depoim ento.....................................................
primeiras (Pafavras
9
c& a'doS' SÂ. ^ a c c e ííi/ / ^ b o m in g a s '
10
^§u/, cêsfiíútQ'C
^omum'
11
ci£(vdas' €Á. cfâaccelli / &)amin4as>
12
^ ia/, ^ s jtm io y <^o m u m '
13
c€s»'ilas' SÁ. cHacceÁÍÀy / ÇôaminciíiS'
14
gomando C onsc^ncia
15
c&m ia£t sA. cfà a c c e ili / ^bam ingas'
16
às reuniões no “ Grupo Espírita da Prece”, sendo que, às
vésperas de sua desencarnação, estivera, num sábado, em
visita aos irmãos carentes da periferia.
O Mundo Espiritual me socorreu de todas as formas
possíveis e imagináveis, só não me livrando do câncer,
que, afinal, era o meu carma. Mesmo assim, desencarnei
em conseqüência dele, mas não por ele... Eu sofrera muito
com a químio e com a radioterapia, nas poucas aplicações
às quais me submeti, e não mais queria me submeter àquele
tipo de tratamento - orava para que, neste sentido, não
tivesse que voltar ao hospital. Fui atendida - sem mérito
algum de m inha parte, reconheço, fu i atendida.
Compreendam, não era por preconceito ou vaidade... A
radioterapia me queimara o esôfago todo e a químio parecia
introduzir uma entidade estranha no meu organismo; o mal-
estar era tão grande, que, sinceram ente, eu teria
desencarnado antes, não tendo aqueles dois anos de forçosa
moratória pela frente.
Faço questão de registrar o fenômeno das vozes, ao
qual me referi, para que ninguém suponha que eu,
Domingas, espírita e médium de muitos anos, freqüentadora
de diversas casas espíritas em Uberaba, tenha merecido
algum privilégio. Os nossos fantasmas do passado, quando
não completamente exorcizados, um dia voltam para nos
atormentar... Se eu, por exemplo, tivesse me curado da
obsessão e da epilepsia, mas não tivesse abraçado a
Doutrina, a história, em seu desfecho, teria sido diferente:
com certeza, aquelas entidades oportunistas teriam me
arrebatado o espírito...
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c€tnlo& s4 . cfâacoeM í / S>am út^a s-
18
^SfiwMa’C&omunv
19
c€xt'tlo& sA . cí% a c o M i / ^Jòamiruia&
20
gosta de sofrer; eu também nao gostava e nâo gosto, mas
o sofrimento, sem contradita, tem as suas vantagens.
Espero estar sendo suficientemente clara e que vocês
possam me reconhecer nestas palavras, que, como médium,
eu estava longe de supor que ao espírito comunicante fosse
tão complexo transmitir.
(Entre y^miflos
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<=ê>lA/, ^SfíÚUlQy^Omum/
23
SÂ . cfà a c c M i/ / <
S b o m in (ía &
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c<c>w, <=èspMÁio/<:^amam/
— Eu nunca fumei...
— Mas, nos bons tempos, chegou a pesar quase uma
tonelada! - gracejou o admirável companheiro de tantas
lides no Sanatório.
Foi a primeira vez que sorri, depois de morta, a
saculejar-me toda.
— Cuidado, que você me quebra a cama, Domingas...
— Doutor, vim parar no seu hospital - no hospital
dos médiuns loucos?...
— Uns mais, outros menos, mas todos igualmente
loucos, inclusive os médicos e os enfermeiros. O único
sadio aqui é o Odilon...
— Doutor, que alegria - disse, apertando-lhe a mão
de encontro ao peito sempre tive pelo senhor um carinho
muito grande...
— Epa! Declaração de amor na frente de seu marido!
Por favor, não me comprometa...
— O Dr. Inácio, Domingas... - começou a explicar o
Dr. Odilon, participando da descontração.
— O tiro me saiu pela culatra!
— ...depois que vem escrevendo para a Terra,
arranjou uma legião de admiradoras.
— Quase todas da 3.a ou da 4.a idade; todo dia chega
uma aí me procurando... O hospital está entupido de gente
- até quem nunca foi médium quer vir para cá. Não sei
mais o que fazer...
— O nosso caro Irmão José já disse ao senhor...
— É, vou ter que abrir filiais; estou recrutando gente...
Você trate de melhorar logo, minha irmã. Meu Deus, antes
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'Oadafr s4. ^ZacceUí /
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^U/, ^s-pJAÍlO'C€Àxmunv
27
ÇAQtiFia
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^Sf2MÀlO'<:&QmunV
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C€cvda&' s4 . cfàacaMÀ// Oíornàuias'
30
c§u/, ^spMÃÍO/c^atnum/
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cQaila&> s 4 . cfô a c c e lti'/ Çbom im aS'
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C(oiA/, ^SflúiM&^êomiwp
33
fisioterapia
34
<^§u>, ^s-pÁ/ilto; c^amufn/
35
rEazia& s 4 . ^ a c c e U l/ (3b am im as'
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— Não se preocupe: está segura...
— Se eu cair, posso me machucar?
— Pode, mas não acontecerá. O A frânio e eu não
deixaremos.
— Quem são vocês?
— Fisioterapeutas.
— Eu nunca pensei...
— Nem eu - disse, fazendo-me mergulhar numa
banheira de água fria, que, gradativamente, esquentava e
voltava a esfriar.
— Está quente... Está frio... - ia reclamando, quando
a temperatura oscilava demais.
— O choque térmico é importante para o seu melhor
e mais pronto refazimento.
— Qual é o seu nome? - perguntei, tendo o corpo
todo trêmulo.
— Celina!
— O Afrânio?...
— É meu esposo.
— Esposo.
— E, casamo-nos aqui.
— Casaram-se aqui?
— D. Domingas, respire pela boca e solte pelo nariz.
Vamos contar 30 vezes... Hoje, serão duas sessões; amanhã,
mais duas. Depois de amanhã, caminharemos pelo jardim.
— Pegue leve comigo, minha filha! - pedi, quase
morta de novo.
— A frâ n io , pressione-lhe as costas à altura dos
pulmões; precisamos desencarcerá-los...
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cEa'do$' & t. c$)accellt’/ ! <
3b om im as'
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^u/, ^SfUAltO'cêomcun/
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ÇPérotas aos Ttoucos
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^§>tA/, ^sf2ÁútO'C@omum'
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cEai£a&' £Á. ctíaccM l / ÇôamUiQaS'
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— Não sei; sou espírito!...
— Ótimo! Porém melhor ainda se tivesse respondido:
“ Sou essência!”
— Quer dizer que este meu estado de debilidade,
após a desencarnação...
— ...significa que, mentalmente, você se fixo u em
demasia nas coisas que aparentam ser, inclusive no seu
corpo.
— N a minha obesidade, na cor morena da m inha
pele, dos meus olhos...
— ...nos pontos de referência que nos “ garantem” a
identidade.
— Dr. Odilon, eu não tenho cabeça para isto, não!...
— Tem e, se não tiver, tem que ter.
Efetuando ligeira pausa, prosseguiu:
— Por isto, Domingas, quando desencarnamos, temos
que encontrar uma cidade edificada, sendo que, alguns -
para não dizermos, a m aioria — carecem de pontos de
referência ainda mais sólidos, palpáveis, onde se deparem
com condições de existência em quase tudo semelhantes à
vida que deixaram...
— Dizendo isto a m im - redargüi com um sorriso -
, o senhor está atirando pérolas aos porcos...
— Pérolas aos poucos!...
— Que expressão linda - pérolas aos poucos!...
— Não se menoscabe... Você é um espírito antigo,
que possui uma vivência extraordinária! De fato, perto do
que somos, não estamos sendo nada, mas não é todo o
mundo que tem cabeça para assimilar as coisas que o
Espiritismo nos ensina, não.
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cdaalos> s 4 . cíia c c e iib / ÇÂiamúigas-
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^U/, ^spváL&^fjamum/
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ÇMçKiorancío
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<=§>u>, cèsjxíãÁlo/c^amum/
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c€atloS' s4. cfà a c e M i/ ! ^ a m in o a s /
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^u/, ^spM ÍlO '(:&Qmunv
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c& a'ilaS' sA. cljacceJilv / Q)amUuia&
50
A Terra está parecendo uma casa em reforma, um campo
todo revolvido.
— Por aqui, as coisas não estão diferentes, mormente
nas regiões espirituais inferiores.
— E x is te m e sp írito s - in d a g u e i - sendo
deportados?...
— Sim, o grande êxodo espiritual já começou e há
de se acentuar gradativamente.
De súbito, embora recostada em confortável poltrona,
experimentei rápida vertigem e, assustada, vomitei uma
substância escura.
— Dr. Odilon...
— Não se preocupe; você se esforçou muito... É
natural.
— Será ainda o tumor em atividade?
— Não, minha filha. Digamos assim: são toxinas
remanescentes que o seu organism o espiritual está
expelindo...
— Que coisa ruim! Voltam todas as lembranças de
meus tempos últimos...
— Pelo menos, você já começa a se referir ao corpo
como uma experiência passada.
— E mesmo; um sonho ou um pesadelo não poderia
durar tanto... Estou convencida de que morri.
— Se você não se convenceu - disse o Dr. Inácio,
adentrando os aposentos onde me encontrava
confortavelmente instalada-, poderemos providenciar uma
visita ao cemitério; você é minha vizinha de quadra...
51
c(iaãlo& éA. cfâ a e c e lli / <
3bam inga&
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cda vtaS' SÁ. cif& a c c e lli/ d o m in g a s -
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C^)U/, ^S4z0iito/C€ximim)/
56
^sfzínU&c&omum/
57
c(La>tJLo&SA. c$>accelló/ <
ãbominqas'
58
(Espíritos C r*adores
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c€a'UoS' sA. cfàaccell(/ / ÇÈominqaS'
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a£>iv, ^SjíOviÍQyC€xxmum/
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’'(janlafv £Á. c$>accMi/ / 'òbamu^a^
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^sp,ÍMÀ&cQomum/
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c€a?ito& s ft. c^)accalló / ’^ bam iruja^
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^\m or e (E \’ofução
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çêaãlos> sA. ^acceMl / <
Ê)omincw&
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^w , ^sfztyUtO'C€omiwv
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c€a'daS' SÁ. ctia c c e ll<s/ <
S bomi*uiaS'
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c$oU/, (^sfiOM &c&amuin'
— A caridade...
— A caridade - pontificou o Dr. O dilon - é a nossa
iniciação espiritual no aprendizado do A m or; é exercício
de desprendimento gradativo, porque sem crescente
desapego não há quem, por fim , consiga se doar por inteiro.
— A gente começa doando ín fim a parte do que tem
no bolso; Deus, no entanto, não se contenta - E le quer
tudo: o que temos no bolso, o próprio bolso, o coração...
— Doutor!...
— Estou mentindo, Odilon? Ora, quantas vezes eu
enfiava a mão no bolso, escolhendo a cédula de menor
valor para o pedinte que me interceptava na rua... — “Inácio
- a consciência me questionava, mal tinha virado as costas
- , você não se envergonha?” Não, respondia. — “Pois,
deveria...” Quando dava uma cédula um pouco maior - eu
fazia o teste! - , era a mesma coisa. — “ Inácio, você não se
envergonha?” Não - tomava a responder. — “Pois, deveria;
você mora num sobrado, tem carro na garagem, conta no
banco...”
— Sorri, sem conseguir me controlar.
— O senhor me desculpe... Com igo também era a
mesma coisa: Deus queria até a minha cama... Eu já não
tinha nada dentro de casa, só alguns poucos móveis velhos...
— E Ele queria, não é?
— Queria, mas eu não dava...
— E com você, Odilon?
— Inácio, eu não tinha nada - tudo era de minha
esposa e de meus filh o s ... A g o ra , vocês dois eram
praticamente sozinhos, não? A Domingas casou-se, ficou
viúva, sem filhos...
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S jW o a - SA. c$ > a c c e lló / & )om in<ia&
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Com (J). ÇHaria ÇKptíesto
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^dailoa sA. accelli / ’^òanümas'
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^u/, ^sj2ÍúÍQ /C&xmum/
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<-(ía'do& éA. cíja a o M il (5 bom im aS'
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C(oiA/, ^sjzUUo/^^omunv
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c& a-ilo& s 4 . c$>acad lv / Çè>otmn^aS'
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Outros <Esc[arecimentos
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c€a'ita& s4 . c$>ac celli// 'Sbominqas'
78
^spm lQ 'C^omwn/
— D . M o d e s ta , eu era “ p io lh o ” de centro em
Uberaba...
— Eu sei.
— De repente, se todo m édium amigo me quiser
“receber” , estarei frita...
— Precisamos, filha, ponderar quanto ao seu atual
estado de fragilidade psíquica - você aprenderá a se isolar...
Se nós, os desencarnados, incomodamos os médiuns, é
natural que eles nos incomodem. Estamos dentro de nosso
“m étier” ...
— Nossa! - exclamei. — D e mediunidade, a gente
não sabe nada...
— Nem a gente lá embaixo nem a gente aqui em
cimal
— Fico pensando no quanto aborreci os espíritos: o
Dr. Odilon, o Dr. R udolf, Irmão José e mesmo a senhora...
— Existem espíritos que dão procuração aos médiuns
ou a outros espíritos, e pronto.
— Procuração?
— Força de expressão. Os nossos irmãos entendam
como puderem ou quiserem!
— Que irmãos? - questionei, ingênua.
— Os irmãos aos quais você irá escrever!
— Eu?!...
— Você mesma, M a ria Rodrigues Salvador, mais
conhecida por Domingas. Você adora escrever, minha filha!
— Adorar, adoro, mas... escrever para a Terra!...
— Orientações são orientações - disse D. M aria
Modesto, entregando-me como se fosse um calhamaço.
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c€ a 'd o S '£ /(. cfôacc& lló / Q )am uiq(t&
80
^sm üto/^^om unv
81
r~&a'ilo-S' éA. ^fyaocetto / ÍÒummcms
82
^spíiUo/^&im um ,
84
<~i§u/, ^spMUO'C^omunv
85
sA. c$>accM i/ / Çbomwujas-
86
^w , ^sw uio/^íam um
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cd a 'ila s> S 4. c$ )a c c M i ! ^ a m in g a &
88
^ w , ^spM Uo/c&amum/
89
c€a^loS' éÂ. ^fâaccelli// S)<k w i ^ h>
91
c&a'itoS' sA. c!f&accelli j dom ingas’
92
^ u /, ^ sizíú t& cQomu4ri/
93
<
iía/Uaíy éÂ. cfhaccMo/ ÇÉomuuiU-s.
94
<
~èiA', ^spíwA&^ÇLomiwi
95
cHa'tlo&' £Á. c$>accelÍL / domingas'
96
“(Jia” (]% ir e <J). (Horigonta
— D. Geralda, conte-me...
— Domingas, não é preciso estar me chamando de
D. Geralda! Essas convenções ficaram por lá...
— É força do hábito; vai ser d ifíc il eu me acostumar
- respondi.
— Somos esp írito s, sem idade, sem q ualquer
formalidade no relacionamento, até, para dizer a verdade,
sem uma face definida, sem lado...
— O corpo de carne continua nos assombrando, não
é?
— E como nos assombra, m in h a filh a ! - disse
simpática companheira se aproximando, envolta num halo
de suave luminosidade.
— Quem é? - perguntei, curiosa.
— Vam os ve r se a d iv in h a ... C o lo q u e a sua
mediunidade para funcionar.
— A sua fisionomia não me é estranha...
97
c(la'iloj&> SA. cí$acce£li' / (s£>aminqaS'
98
^SfiOdLo/^ftamum/
99
c€xi%la&' SÁ. cfâ a c c e lli/ / <
Sbamincia&>
100
c<oiA/, ^ s jiíú la 'C^am unu
101
cQw ito& <s4. cífb a c c M i / ÇJbomiruiaS'
102
O C aso ^Benvintfo
103
c(La'ilo& s4 . cH%accelíí/ / ’j& om inqas'
104
<=&u/, ^sfzí)Uto'ClEamum/
105
c(lanla& SÁ. cfàaecellL / Ç&aminqas'
106
^spMMa/^&xmunv
107
cfía'das' s4 . cí& accM i/ / SÒomin^os-
108
O (Espírito *Qpdoí
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<~&w I qS'£Á . cÍç>acoe£lo / ^òam úujas'
110
<~á?u/, '^sp.íxitO' cftamum/
111
<~Oa'ilo&' €Á. cfâacceltõ / <
^arninqa&
112
culpa, consciente ou in c o n sc ie n te , age, de m an eira
determinante, sobre as leis biológicas; trata-se de um
reajuste transitório...
— Nem sempre - falei - filhos de pais inteligentes
são inteligentes.
— O carma é predominante, o mérito, a necessidade...
— Benvindo...
— Carece de uma instrumentação física que lhe
favoreça o aprendizado: um cérebro em condições de ser
mais bem utilizado, notadamente no campo da memória...
— Um atleta?...
— Reencamará, de preferência, descendendo de uma
família que, ao longo das vidas sucessivas, vem cuidando
dos reflexos, do desenvolvim ento motor, da explosão
muscular...
— Um músico...?
— É a mesma coisa.
— Um médium...?
— Também.
— Todavia o espírito de vontade firm e poderá se
impor sobre possíveis adversidades genéticas?
— Sem dúvida. O espírito é tudo!
— Eu - observei, quase em tom de lamento - não fui
muito favorecida fisicamente, não: um corpo desengonçado,
obesa, memória falha, d ificuld ad e para me fix a r nos
estudos...
— Às vezes, Domingas, a L e i nos protege de maneira
diferente, não é? Já imaginou se tivesse tido um corpo de
modelo?...
113
cd m la& S /l. cfà a c c e lli' / Ç èam inaa&
— U m desastre!
— Ou fosse muito inteligente?...
— Vaidosa do jeito que era...
— Há certas coisas que, prim eiro, a gente precisa
aprender a usar, para depois ter!
— Concordo. A m inha existência parece ter sido
programada para m exer com E spiritism o: eu só tinha
alguma facilidade para as coisas da Doutrina.
— Voltando ao nosso Benvindo, ele, possivelmente,
reencamará tendo um cérebro que lhe permita fixar lições,
prontidão intelectual... E, ao desencarnar, trará consigo
maior lucidez. Existem níveis de despertamento que são
ou não consentidos pelo cérebro.
— Eu conheço gente de bom coração, de raciocínio
prático, que, no entanto, não é capaz de guardar o número
de um telefone - às vezes, do próprio telefone!
— Bem - despediu-se o Sr. M anoel - , espero que
você aproveite a caminhada... Preciso ir. O Dr. Inácio está
à minha espera e não devo me atrasar.
— A conversa com você fo i interessante.
— Estou admirado de seu vocabulário, Domingas,
se expressando bem, sem tantos erros de concordância...
— Deu para notar?
O Benfeitor sorriu e arrematou:
— Nada se perde; vai ficando tudo arquivado, não
é? Quando a gente, ao desencarnar, não sai de uma camisa-
de-força para outra que nos tolhe mais ainda os movimentos,
tudo melhora.
— A gente fica até mais inteligente - brinquei.
114
^Passado O&scuro
115
cfíaiJLo& SÃ. cfâ a c c e llb / <
S bam ingú&
116
''êu/, ^sf2MUo'C^tamunv
117
cfla/iho& sA. cfâ a c c M <// <
zèatm nqa&
118
*7%u/,
119
c4tailo& sA. c$>accM i /
120
ffigdiunidade
121
c(Lanlo& éA. cfâaccxMó/ ’SbamingaS'
122
^u/, ^spÁúL&^ttamunv
123
ç(La'JLQ& éA. c!f&acceÁló / <
Sbam Uuja&
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^êu/, cêsf2trilo/cêomum'
125
cêaita& s 4 . acceíli>/ Çbaminqa&
126
y\intfa ffipdiu
127
c
Í
íaa
la
sy€
Á.c
fâa
cce
lt
ò / Ç
ôomin
oas
'
128
c~êiv, ^sfM ilo/^o m u n v
129
c€ziila&' sA. cfâacceMv / Sóominqas.-
130
é a soma do mensageiro espiritual com o m édium e as
influências do m eio” !
— Excelente lembrança - endossou o Dr. Inácio.
— Kardec, em “ O L iv ro dos M é d iu n s” , dedicou um
capítulo inteiro, o X X I , à questão da “ influência do m eio” .
— Não é só ficar na expectativa de colher...
— Colher sem semear, como?! O m édium é produto
final do m eio - das e xp e cta tiva s, dos anseios, dos
interesses.., O médium é o ponto de contato que o m eio
oferece à Espiritualidade, para o serviço de intercâmbio.
— Se o meio duvida e se retrai...
— O médium se retrai e duvida!
— E, conseqüentemente, o espírito...
— Literalmente, bate com a cara na porta!
— A h - disse, lamentosa - , o nosso pessoal não está
preparado... E uma pena! Cum ula o médium de exigências
e... oferece pouco; transfere, para o médium e para o espírito
- mais para o medianeiro - , toda a responsabilidade do
comunicado. A influência do meio...
— ...direta e indiretamente, é decisiva, Domingas -
enfatizou o antigo Presidente da “ Casa do Cinza” . — Ele
tanto acrescenta, motiva e inspira, quanto retira, desalenta
e anula. Se o médium e o espírito são chamados a operar
em um meio doutrinário e culto, sentem-se, naturalmente,
requisitados a se esmerarem na produção. Comunicações,
digamos, sofríveis, denotam um meio pouco exigente e
esclarecido, dando azo às mistificações.
— Perm ita-m e perguntar - solicitei. — O m eio
interfere in te le c tu a l e m o ra lm en te no conteúdo da
131
c&»/ito& éA. c!fbaccelL>/ Shom inoas>
132
transcendência
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r(la'ila& éA. cHacceHi / <
dharnintja&
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<=<aw, ^spPdU v^^am um /
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c&vila& £Á. cHaccMi/ / <
ifL)omitufa&
136
C(oLt/, ^sfM ÍtO 'CEomum/
137
c€a'itos/ SÁ. cfâaccellò / Ç òam infas'
138
ÇHpntafização
139
cfLanla&' c$>accelli / ^a trxlng a ^
140
— Começando a ver em m im mesma que, com a
desencarnação, apenas perdi aquele corpanzil - aquela
“entidade” que me obsidiava...
— Nos presídios de segurança m áxim a...
— Eu sei, os bandos se o rg a niza m , corrom pem
policiais, comandam o trá fic o , p la n e ja m assassinatos,
destroem, matam, fa lam uns com os outros através de
celulares...
— Sabemos de espíritos de alto poder de mentalização
para o mal que vibram o tem po todo sobre a Instituição:
muitos de nossos pacientes caem em transe natural e...
— Chegam a ficar mediunizados?
— Sim, potencializando o seu grau de agressividade.
Temos feito o p o ssíve l: instalam os m úsica ambiente,
improvisamos cascatas, no sentido de atrair um número
maior de pássaros, melhoramos a iluminação ambiente...
— Tudo com o propósito...
— ...de dificultar a conexão mental com as trevas. O
Dr. Inácio determ inou que os internos sejam sempre
remanejados de seus aposentos, que não permaneçam
inativos, enfim, que se ocupem e sejam ocupados em sua
atenção, inviabilizando a sintonia com as entidades que se
opõem...
— ...ao Cristo!
— Sem dúvida, porque se trata de estabelecer o
império do caos. N ão temos, em nossa Causa, inimigos
pessoais: toda oposição é direcionada ao Evangelho e,
evidentemente, ao que ele representa para a Humanidade.
141
cEa'tlas/ €Á. c!fòaccelli / Q tom ingas’
142
^spíztíO 'Cl£amum'
143
cQm lo& sA. cfà a c c M i / ÇbamituiaS'
144
<J)outnnflção e CP
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<~(Laãko& SÁ. c!fiaocM Á/ ! Q)om inga&
146
corpo, não importa; o que me interessa é o prazer!... Acaso,
não terei o direito que tem um cachorro de madame? Não
terei pediatras, enquanto tantos cães têm veterinários e
são tratados em salões de beleza?... Ora!...
— M eu irmão, as coisas não são exatamente assim...
0 mal termina por punir a si próprio! Você acha que os
seus superiores haverão de favorecê-lo com privilégios -
de privilégios que disputam, acirradamente, entre eles? O
dinheiro fácil o levaria à droga, e o vício à conseqüente
suicídio... Recue! H á sempre um abismo mais profundo
no qual podem os nos p recip itar. Somente em Jesus
conheceremos a verdadeira paz! Depois que lhe sugarem
todas as energias, você será abandonado... Veja a situação
dos que aqui se encontram, em tratamento e, o que é pior,
daqueles que ja z e m caídos lá fora, rentes aos que os
observam com indiferença... H á algum bom samaritano
por aí? Porventura, existem hospitais em que vocês se
tratam uns aos outros?...
— Não, não temos hospital algum! Não precisamos,
não somos doentes!
— Não negue o que os seus olhos constatam...
— Estou indo embora... Cale-se! Não me prenda...
Solte-me! Que sortilégios fez contra mim? Veneno, veneno
- eis o que está inoculando na m inha mente. Casa de
loucos... Isto aqui é um hospício, uma Sodoma sob disfarce!
Vadios... D eixe-m e ir ou estouro a cabeça deste infeliz...
— Senhor Jesus - começou a orar o experiente
doutrinador, erguendo a fronte para o A lto - , que as Tuas
bênçãos se façam sobre nós neste instante... Todos
147
c(La'ito£' c$ba<xel!À/ / ^bominqas/
148
a elevação do fenômeno é uma questão de onde se nos
situa o pensamento.
— O espírito comunicante, ao que constatei, não
estava aqui...
— E nem haveria necessidade - esclareceu. — Uma
notícia viaja milhares de quilômetros e nos influencia...
Uma pessoa conversa com outra pelo telefone e se faz
presente. A mediunidade, por assim dizer (desculpe-me se
não sou claro), é a globalização do pensamento.
— E um universo, não?
— Ainda a ser convenientemente desbravado.
— O espírito, ou melhor, o médium não precisa sentir
o espírito ao seu lado...
— Fisicamente, o espírito nunca está ao lado do
médium; a menos, é óbvio, que se apresente materializado.
— Quer dizer que eu, na condição de médium, quando
anunciava a presença do Dr. Odilon ou do Dr. Rudolf?...
— Não estava faltando com a verdade; apenas não
se expressava bem...
— Preciso rever muitos conceitos.
Saindo, agora, dos aposentos de Richard, que se
entregara a profundo estado de sonolência, continuamos a
conversar.
— Sr. M anoel, a comunicação que presenciamos...
Richard, espírito, incorporou...?
— U m espírito!
— Habitante desta Dimensão?
— Sim, como se fosse intercâmbio mediúnico entre
encarnados...
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cfla'ilo & s 4 . cfç>accelli / ÇÈaminqas'
150
O iSonh°
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c€a4ÍaS' s4. ctfbaccM i / <
Sbomin^aS'
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^u/, ^spíúl&^&amum'
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r~fíaãlo& sA. cH a c c M i/ / ^)cumn^as>
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^u/, ^spúUt&<REomunv
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cttm lo & s 4 . cfô a c c e lli' / Q>om inqa$'
156
O (prim
eiroC u^o
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c€ a ila S ' s 4 . c^acceííO / ÇÈafnúuja&
158
cèu/, ^spúUi&^&Qmum/
159
% a d o *,£ A . ct%)accMó / ‘S bam ituia^
160
^spXãüo/c^amuni/
161
cE m los' s4 . cfà a c c e ltl / d om ing as'
162
(J^ecmo ^Espiritual
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% m lo * sA. c$>aac<dló / ÇèomUufaS'
164
^CotA/, ^Sf2vut(>c^am um /
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c€a^íoS' & i. cíi)a c c e lli/ / r3òaminxia&
166
caracteriza propriamente pela sua condição de macho da
espécie - os seus espíritos já começam a transcender os
limites da forma...
O Dr. O d ilo n e o Sr. M a n o e l Roberto permaneciam
em silêncio, tocados, tanto quanto nós, pelas enérgicas
palavras do Dr. Inácio.
— M esm o e n tre os e s p írita s , im p e ra certo
machismo... Cita-se, com ffeqüência, o nom e de veneráveis
Mentores, esquecendo-se, por exem plo, de se relacionar
Anália Franco, Ism én ia de Jesus, Benedita Fernandes,
Yvonne do A m a ra l P ereira, A d e la id e Câm ara, C orina
Novelino, Antusa Ferreira M artins... A lista é infindável.
Para mim , D . A m é lie B oudet sempre esteve no mesmo
patamar do Prof. R iv a il, o nosso A lla n Kardec! A renúncia
daquela senhora é com ovente, a sua defesa da Doutrina,
inclusive sentando-se no banco dos réus, no famigerado
processo m ovido contra os espíritas na França... Esquece-
se isto com facilidade. N ão podemos! A m ulher espírita é
a alma da própria D outrina. Se os homens que estão no
poder, corrom pendo-se e fazendo guerra, destruindo a
Natureza e com prom etendo o futuro da Hum anidade,
cedessem lugar às m ulheres, tudo haveria de ser diferente
- a paz seria re a lid a d e na T erra e não sonho que,
infelizmente, nos parece cada vez mais distante.
— Obrigadas, Doutor, pela defesa veemente que o
senhor está fazendo de nós...
— N ão, D om ingas... A in d a há pouco brincamos;
agora, porém estou falando sério. Nós, os homens, é que
167
<&zalas' s 4. ^ a c c e é li// Çèomuigas'
168
c%u/, ^sfzm ta'C€cmunv
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^sfíM cta'ClEamum/
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'"dailoS' s4. cfâ a c c e lli / ^>ominaa&’
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‘j %vu, ^spÍM to/c&)mum/
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c(ía>iLa& sA. cfâaecelli/ / ^bcurUnga»
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C(oU/, ^sp M À io /c&om um /
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11
ana
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^sfiM ito^^om unv
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c(ía<ilo& £Á. cifh a c c M i/ / Çòaminqa&'
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^spí/úlo/^Qomum/
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c^mlos> é>4. cfâ>acceMÀ/ / <
3Ê>amincja&
180
E , vendo passar, rente a nós, um senhor bem
aparentado, Cigana se despediu e fo i atrás dele com as
mãos estendidas, oferecendo-se com insistência:
— Quer ler a sorte? Cigana enxerga o seu futuro...
Aprendi com a m inha avó. O preço é barato... D eixa ver
as linhas da mão, deixa!
C e lin a e A fr â n io o lh a ra m -m e in trig a d o s , na
expectativa de meus comentários subseqüentes.
— Recordo-me dela e de tantos outros... É uma pena!
Recrimino-me por não ter conversado mais, explicando-
lhes as coisas do M und o Espiritual. A gente ajudava, sim,
mas estava sempre com pressa... Doava comida, roupa,
remédio, algum dinheiro, e se ju lg a va quite com a caridade;
sob o pretexto de não forçar ninguém ao nosso modo de
crer, ignoramos a carência espiritual de nossos irmãos... A
prática do bem integral é façanha que, de fato, nos é quase
inacessível ainda! A s nossas lim itações são tantas, as
nossas mazelas e inferioridades tantas, que nos encontramos
impedidos de amar... É um a prova para o coração!
181
(]% ^periferia áa Qaridade
182
^spíútQycEomum'
183
c&a'UoS' «S
*1
?. cjfhaoceltb / ÇèomUi4a&’
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*~(oU/, ^SfOiUo/^^omunj/
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c€a/doS' s4. c$>accellb / Ç&aminpa&
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^ u /, ^sfzfoU&^&Qmum/
187
Conhecendo
188
se não provid enciarm os um a cesariana na cabeça do
médium, a criança não nasce...
— Deus me liv re ! E stou escolhendo palavras e
assuntos com a prudência necessária, para não magoar,
não escandalizar...
— A verdade, m in h a cara, quando não estamos
totalmente preparados para ela, sempre soará aos nossos
ouvidos de m aneira ofensiva. Por mais tente abordar a
realidade com a preocupação de não ferir suscetibilidades,
você não evitará o m elindre dos que preferem viver na
ilusão.
— Quem é o com panheiro? - indaguei curiosa, ante
a figura simpática e extremamente cativante do anãozinho,
que não tirava de m im o olhar.
— Você o conhece; trata-se de Labélius...
— Labélius, o elem ental?! - redargüi. — Sim, eu sei
quem é você na obra do D r. Inácio, “ D o Outro Lado do
Espelho” ... P aulino Garcia, em “ Espíritos Elementais” ,
também faz referências a você. Que alegria! Eu tinha muita
vontade de conhecê-lo... D á-m e um abraço!
A quele - p e rm ita m -m e a expressão carinhosa -
pequeno “ E T ” , com os olhos brilhando, avançou na minha
direção e, com os seus braços de criança tema, estreitou-
me de encontro ao coração, que senti pulsar junto ao meu.
— Há m uito não sou abraçada assim...
— Labélius - brincou Dr. Inácio - , a nossa irmã é
comprometida e o m arido fo i soldado. V á com calma...
— É abraço de irm ão, não é, D . Dom ingas? -
respondeu, sorrindo, aquele entezinho que, sinceramente,
tive ímpetos de segurar no colo e não soltar.
189
c€.a ila & £Á. cfà a c c e lli / ÇôaminqaS'
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^ u /, ^sf2Íw i& c&xmuni/
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cE aiia s' sA. ctH accelíi / ^éamin^as^
192
^spMÀlo^^omum/
193
o Código <J)a (Oinci
194
periodicamente, provindos de Dimensões superiores, não
endossam a tese do corpo fluídico...
— A tese roustainguista?
— Sim . Pessoalmente, compreendo que os nossos
irmãos adeptos de Roustaing talvez pretendam homenagear
o Senhor, atribuindo-lhe uma condição sobre-humana...
Desnecessária, diga-se de passagem, porque o maior mérito
Dele foi o de se submeter às condições de vida vigentes
no Planeta - da M anjedoura ao Calvário, não assistimos a
uma encenação!
— Os roustainguistas que ficaram furiosos com o
senhor da prim eira vez, quando abordou o assunto em suas
obras, haverão de ficar uma segunda vez...
— Que fiquem pela terceira, pela quarta, pela quinta,
não importa! Eu os respeito; que eles me respeitem! Eu
não consigo entender a encarnação de Jesus de maneira
diferente... Pode escrever isto, Domingas.
— Eu também não creio que Ele tivesse sido um
agênere, desde o berço!
— E você, L a b é liu s? - perguntou o Dr. Inácio,
incentivando o amigo, que permanecia em silêncio.
— Quem sou para entrar numa discussão de tamanha
transcendência?! Nós, os dementais, gostamos de pensar
que o Mestre se identificava e se identifica igualmente
conosco, os que nos encontramos nos últimos lugares da
escala e vo lu tiva ... E le não nos hum ilharia com a sua
angelitude, como m uitos humanos nos humilham com a
sua humanidade! Ora, vocês, para nós, não são agêneres:
são feitos de carne e osso... Por que, para vocês, Jesus
195
s 4. cü a c c e íli / <
3 bom in/ias/
196
^sfiíuA&^íam um /
197
c&»'do& & í. cfôaccell</ / <
3bomincia&
198
— O senhor me in c lu i em quê, Doutor? - perguntou
o próprio, acabando de chegar.
— N a lista...
— Que lista?
— N a lista, cor-de-laranja, que eu e a Domingas
estávamos elaborando.
— Lista cor-de-laranja?!
— M anoel, você dê à lista a cor que você quiser... A
lista dos espíritas que não são humanos - são divinos!
Médiuns, dirigentes, oradores, enfermeiros...
— M édicos, dentistas, psicólogos, advogados...
— M eu Deus!
— Pedreiros, ourives, alfaiates...
— Então, escapa pouca gente!
— Nós, os espíritas, somos tão personalistas, que
quem escapar vai reclam ar - observei. — Quero defender
a minha turma: a dos pedagogos!
— M u ito bem defendido, minha filha...
— Os autodidatas, Doutor, não podem ficar de fora...
— Não, de form a nenhuma, não podem; seria uma
grande injustiça, M an o el! Os autodidatas espíritas são dos
mais lídim os representantes da classe...
199
^brindo um (Parêntese
200
estender a mão, dá-me a impressão de que se habituou a
gracejar, com o propósito de ocultar a própria timidez.
Faço questão de efetuar esta ressalva, para que
ninguém se iluda quanto à nobreza de seus sentimentos de
verdadeiro cristão. N o Sanatório Espírita de Uberaba,
comovia-me vê -lo no trato com os pacientes e funcionários,
como se cada um deles se lhe integrasse a fam ília do
coração. Enérgico, sim , quando precisava, mas, se com
uma mão lhes puxava as orelhas, com a outra lhes afagava
a cabeça, sem que n in g u ém lhe ousasse contestar as
decisões.
— Dom ingas - disse-me ele, ao correr os olhos sobre
estas linhas - , não se preocupe, minha filha, em fazer a
minha defesa.
— D o u to r - e xp liq u e i-m e - , temo que algumas
pessoas possam distorcer as suas palavras ou interpretá-
lo de maneira errônea... Só quem conversa com o senhor,
olhando-o nos olhos, para saber quem, de fato, é o senhor!
— Eu tenho receio de quem me olhe nos olhos... Vou
lhe contar um segredo. O assédio afetivo sobre mim sempre
foi muito grande. N ão sei o m otivo - com certeza, devia
ser realmente um galã, não é? Ou será porque lidava com
gente atrapalhada da cabeça?...
— Doutor, não querendo ofendê-lo...
— A segunda hipótese é a mais provável?
— É , os seus dotes in telectuais e morais são
inegáveis...
— Eu nunca me propus ser nenhum Clark Gable!
Fez um m uxoxo, em lamento, e continuou:
201
c€/vila& SÃ. cifhacceUl / ^ a m iru ia »
202
^ sjiviito fQ o m u n v
203
cdaãla& s4 . ctü a c c M i / ^am inqúS '
— Carência!
— Sexual?...
— N ã o ; sinceram ente, não creio; as mulheres
procuram um relacionam ento estável, anseiam por
proteção, companheirismo... O homem é de natureza mais
vo lú vel. A m ulher é romântica, sonhadora... O sexo é
complemento! Ponto final. A ratoeira não quer o queijo; a
ratoeira quer o rato... Desculpe-me a comparação, mas é
por aí. O sexo é pretexto. O prazer é efêmero; o amor
perdura...
— O senhor acha que ninguém está atrás de sexo?
— Em essência, não! O homem, minha filha, quer ser
amado - o homem e a mulher. O verdadeiro amor transcende
qualquer tipo de conjunção carnal. O sexo é primitivismo
- é bom, mas é p rim itivism o ! Estamos a caminho de
sensações superiores...
— Quão longe!
— Não importa; a evolução não admite retrocessos...
Um dia, chegaremos.
— O que teria a dizer aos nossos irmãos que se
encontram expostos a tantas tentações?
— A única coisa que posso dizer: Evitem o carma!
U m relacionam ento a fe tivo conturbado pode ser um
problema para muito tempo... A promiscuidade é doença.
Evitem-na!
— O senhor, algum dia, esteve a ponto de sucumbir?
— M uitas vezes.
— A Doutrina o salvou?
— Não coloquemos as coisas assim... Agente é salvo
da gente mesma, não dos outros. Ora, por que nunca nos
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‘'êu/, ^ s fM Íto /c^omum
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O s ©ementais
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^ u /, ^sfiOiLto/^am um
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c€a<ilos' sA . cü ia c c M l / S5)om Uuias>
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^ u /, ^spCuio/^^om unu
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c&>'da& s4. cfôaccelli/ / d o m ing as'
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C(3Lt/,
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Graças a <J)eus/
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^swMlos^tíamwn/
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c€a'do& s4 . cfâ>accelli / Q)om uui(i&
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— Voltaremos a elas, Dom ingas, a elas e a eles, os
espíritos que a nós se v in c u la ra m p elo s laços da
consangüinidade — não os evitarem os!
— N ão?...
— De form a algum a! Se não conseguimos suportar-
lhes a convivência, haverem os de nos preparar melhor, a
fim de que nos disponham os a ser para os de casa o que,
de hábito, somos para os de fora.
— Não haverá - perguntei - nenhuma valvulazinha
de escape? - perguntei. — C om o, por vezes, nos pesa o
fardo que os nossos fam iliares nos impõem! A gente luta,
peleja... N ão nos com p reend em , nos ironizam , não
acreditam em nós...
— Nenhum a v á lvu la de escape, minha irmã, por mais
insignificante: teremos que amá-los e ensiná-los a nos amar!
A fam ília é a nossa H um anidade a ser redimida!... E,
pensando bem...
— O quê?...
— O problem a é que sempre consideramos as nossas
lutas e provas maiores que as dos outros. A convivência
não é fácil para ninguém . E m fam ília, nós já estamos no
acerto dos detalhes de nosso reajuste - conhecemos e somos
conhecidos. V iv e r ao lado de estranhos nos parece mais
agradável, porque nós não os conhecemos e nem eles a
nós; mas espírito im perfeito é tudo igual - com o tempo,
começam a surgir as arestas... Não nos iludamos!
— Sr. M anoel, o senhor tem razão: no centro espírita,
formamos um a pequena fa m ília e, volta e meia...
— E ninguém passa m uito tempo, um ao lado do
outro!
215
ç@a'ilo& éA. cfàaccM b / Ç&omUuta&
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^lA/,
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importante Q usa^ a
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^ u /, <~&Sfiúáta' ^^tanuim/
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c& i'do& éÂ. cí% acceili / Ç&amwyaS'
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^U/, ^Sf2MÍUX'CfíoMUm/
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cda'ila&SÁ. cK>accMv! '^ÔaminqaS'
— Domingas...
— E, eu sei... De mediunidade, não raro, o próprio
médium é quem mais ignora.
— O trabalho de um ator que vive um personagem é
maior...
— ...fora do palco que no palco!
— O médium mais afinado é o que se faz médium
em tempo integral - pelo pensamento e pelo coração!
— O médium que é médium só na hora em que está
à mesa...
— Veja: estamos, por assim dizer, nós duas, jogando
conversa fora... N ão pretendemos com isto qualquer
revelação. Você é médium, eu sou médium...
— Com a possibilidade atual de enxergar as coisas
dos Dois Lados, quase simultaneamente.
— Por isto, minha irmã, é que seu depoimento recente
é importante... Depois de um tempo aqui, a gente, mesmo
não querendo, perde certas conexões com a realidade física.
— O M undo dos Espíritos não é mágico...
— Não, não é. Nós, os desencarnados, acabamos
vivendo por aqui como vivíam os lá embaixo... Por este
motivo, muitos passam a não mais dar tanta importância
às coisas que deixaram.
— As coisas e aos afetos?
— Não, os afetos sempre nos interessam. Quando
encarnados, nos preocupamos com os que nos antecedem
ao Além , mas... o que podemos fazer? Acabamos nos
habituando à idéia da distância, não é? Passamos a viver
na expectativa de um possível reencontro...
222
^êu/, ^S f2M ÍiO 'C€xxnumv
223
y ^ r v o r e da tyfyá\VL\\\áaáz
224
— São inam ovíveis!
— Correto.
— E u , na c o n d iç ã o de m é d iu m psicofônica e
psicógrafa, sentia, não raro, que os nossos Benfeitores
desejavam enlarguecer horizontes, porém...
— A senhora lhes oferecia resistência?
— Aquelas idéias perpassavam, de leve, a minha
cabeça e eu as re je ita v a - cria-as m uito avançadas,
tendentes à mistificação, e, assim, não lograva sair do lugar-
comum.
— E os espíritos?
— N ão tin h a m o u tro recurso, a não ser se me
submeterem intelectualmente. Não se consegue extrair ouro
de onde existe apenas cascalho, concorda?
— D . Modesta, as perguntas são tantas... Bem, a
senhora acha que o m édium pode reencamar com áreas da
memória mais sensíveis no cérebro? Prefiro outras palavras:
mediunidade tem a ver com reminiscência?
— E claro, tem, principalmente com lembranças da
Vida Espiritual! O espírito comunicante, muitas vezes, nada
mais faz além do que a tiva r o campo mnemónico do
médium... E tão d if íc il, Dom ingas, e tão complexo,
transmitir coisas - não vou usar o termo “revelações” -
daqui para a Terra, que...
D. Modesta fez uma pausa mais longa, como quem
estivesse procurando palavras que lhe retratassem com
maior fidelidade o que pretendia falar.
— ...que —continuou, por fim - temos nos esforçado,
especialmente junto ao “ Liceu” , para que os nossos irmãos
225
'~(lanto& êA. cfâacceH i / ÇÉ)anún<ia&
226
C(c>u/, <^ S {ií/iU x ^ c^X)m um
— Sem dúvida.
— Não se trata de inteligência comum, de cultura,
de erudição, não.
— A senhora sabe como eu sentia o meu cérebro na
hora do transe m e d iú n ic o ? C heio de cancelas, que os
espíritos não conseguiam levantar...
— Voltemos a falar de Chico Xavier. Embora não
tivesse ido além do 4.° ano primário, ele era um sábio em
potencial; ficava relativam ente fácil para os espíritos...
Nele, em seu espírito abençoado, todos os gêneros de
literatura, em prosa e verso...
— E dizem que o m édium é só médium...
— Nós nem isto somos, Domingas - somos, eu, você
e tantos outros, arremedos de médium - porém, ele...
— Extrapolava!
— Como m édium e como gente!...
— Então, a senhora acha?...
— Acho, não: tenho certeza - acredite quem o queira
Chico, dos mensageiros espirituais que se expressavam
por ele, era o maior! Os romances que Emmanuel escreveu
estavam na alma dele...
— As obras de André Luiz?...
— Na alma dele!
— Os poemas do “Parnaso de Além-Túmulo”?...
— Na alma dele!...
— Concordo com tudo, que me parece lógico, mas
estou pasma.
— D a í a necessidade de afastarmos fanatismo e
preconceito do campo da mediunidade. Definitivamente,
227
S ^tulo s. éA. cfâ>accM i / <
SÊ)ofninqaS'
228
^ u /, ^s^iOiitQ'Cflarmuri/
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Q^umo ao “‘Jiceu"
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‘'êspúáta/c{[omum
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c€a'UoS' sA. cfâ>aacML / <
3i>omuupa&
232
^ u /, ^sj2ÍtilosC&omum/
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c€m 'iÍ os>s 4. ctíbaccMÁ/ / <
3bam incw&
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— Não, não é nada disto - expliquei a rir.
— Estou m elindrado; espírita que se preza é “casca
de ferida” ...
— A respeito do espírito-m édium ... Quem é ele?
— Na m aioria das vezes, um espírito familiar, um
protetor, e n fim , um a entidade que esteja procurando
serviço...
— M uitos médiuns “ recebem” o senhor, Dr. Odilon...
— Sinto-me homenageado; sinceramente, não mereço
tanta credibilidade!... O m eu é um nome apagado. Se
pudesse, anelaria, sim, estar pessoalmente com cada um
deles, correspondendo-lhes às expectativas.
— E, a gente, quando na carne - redargüi, em
penitência - , não tem m u ito discernimento...
— Ora, Dom ingas, discernimento é para os outros,
não para nós - sentenciou o Dr. Inácio.
— Nós, os médiuns...
— Deixe-m e falar, m inha filha: tem médium que vê
os Espíritos Protetores no banheiro, a qualquer hora, dentro
de casa, no trânsito, quando estão dirigindo, nas festas a
que comparecem para beber e comer, nos clubes de
campo... Arranjam cada lugar para o Odilon estar!
— M eu caro, quem me dera!...
— O zombeteiro aqui sou eu!
— Certa ve z, D r. In á c io , um médium vidente
portentoso me garantiu ter visto o senhor - o seu espírito!
- sentado à mesa de uma churrascaria, acompanhando-os,
na hora do almoço, a ele e aos familiares...
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(T%tu reza no y^fcm
236
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c€azlaS' s4. cfàaccMb/ ÇÉomUuiaS'
238
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239
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240
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241
c&nto£' s4. cfâaccMó / <
Sbamincia&
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c(íaãlo& s4 . cfà a e c M i / ^bominctas'
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mesmo: muitos espíritas dão a impressão de que estão
piorando - em vez de melhorarem, estão piorando! Tive
oportunidade de conversar sobre o problema com diversos
confrades. Eu não sei se a gente quanto mais se cavouca
por dentro, mais podridão encontra...
— O “ hom em v e lh o ” não quer ser desalojado -
concluiu o Mentor, evitando outros comentários.
— Q uantas ve ze s , c o n fe sso , v o lte i para casa,
aborrecida com igo m esma, por não ter conseguido me
conservar em silêncio diante de certas situações.
— Impaciência conosco, com as nossas imperfeições
e mazelas acaba por se traduzir em impaciência com os
outros.
— Como sempre, o senhor vai ao cerne da questão!
A nossa melhora não vem depressa e...
— E, não vindo, m inh a filha, apontamos os erros
alheios, com a finalidade de justificar a própria demora
em assimilar as lições do Evangelho.
— Dr. O d ilo n - indagou Paulino - , qual a receita
para não consentirmos o exacerbar do personalismo em
nós?
— Trabalho e boca fechada!
— Sinceramente - comentei - , acho que fechar a
boca é mais d ifíc il que trabalhar... Porque faz alguma
coisinha, a gente se ju lg a no direito de deitar falatório. O
espírita tem se especializado em criticar; às vezes, a crítica
é feita de maneira tão sutil, que chega a se confundir com
elogio... Se há alguma coisa de que me arrependo deste
Outro Lado, é da palavra leviana.
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c€a'das' s4. <=fâ>accMi/Ç&amingas'
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C(oio, ^s^2JyiUO'C€ximunv
247
cf£w tos' éA. c$>acaelti/! QiomUufas^
248
gingefo <J)epoimento
249
c€avloS' s4. cfôaccelli / ^bomingas'
250
^spínitosc^x)mjum
251
c€a'do& éÂ. cHiaccMÁj! ^)ommgas>
252
cêu/, ^sp£/dto/c^omum'
253
rQanlo&' sA. <=H acceiiv ! d o m in g a
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^ S EDITORA f if GRÁFICA
(V)ITORIA
TELEFAX: (0**34) 3336-5155 - 3336-6588
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B. Bom Retiro - Cep: 38022-290 - Uberaba - MG
Outrossim, portadora de
dons mediúnicos de psicofonia,
psicografia e clarividência, a irmã
Domingas vinha consagrando-se a
serviço da Causa Espírita, tal qual na
elaboração mediúnica do romance
“ Nosso Álbum de
L e m b ra n ç a s ”, te n d o por
personagem principal o médico
alemão Dr. Rudolph von Müller, em 2
volumes, publicação da Minas
Editora, de A raguari - MG.
Igualmente, psicografou outro livro
narrativo: o “Despertar de Um
A lc o ó la tra ” , que tem por
protagonista o próprio esposo, Abel
Salvador, em publicação da Editora
LEEPP, tal como a obra: “Eu,
Espírito Com um ”,
J U B I L O S A M E N T E ,
S A L IE N T A M O S SE R E S T E
O 1 0 0 0 L I V R O
P S IC O G R A FA D O POR
C A R L O S A N T Ô N IO
B A C C E L L I!
A Câmara Municipal de
Uberaba, em novembro de 2003,
concedeu-lhe o Título de Cidadã
Uberabense.
In fe lizm e n te , fazendo
cessar, aos 65 anos, tão proficiente
existência espírita, Domingas foi
a c o m e t i d a de i n s i d i o s a
enfermidade, que ela procurou
suplantar, sempre trabalhando, com
todo o conhecido bom ânimo e
cordialidade, veio a desencarnar, na
mesma cidade de Uberaba, no dia 22
de setembro de 2005, ocasião em
que a comunidade espírita local lhe
testemunhou sentidas e calorosas
despedidas para o meritório
ingresso na espiritualidade.
Domingas, desencarnada em 22 de setembro
de 2005, era assídua frequentadora do Lar
Espírita "Pedro e Paulo", entre outras
instituições congêneres de Uberaba.
Neste livro sui-generis, ela nos narra os seus
primeiros m om entos na Vida Espiritual - as
impressões da chegada, os pensam entos que
lhe ocorreram, os am igos com os quais se
encontrou, os benefícios do conhecim ento
espírita, a sensação de ainda se sentir dividida
entre duas realidades...
Eu, E s p írito C o m u m talvez seja, na verdade,
um livro escrito do Além para a Terra, que, em
outras circunstâncias, poderia levar o seu
nome, caro leitor, em seu frontispício!