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Eletricidade Basica
Eletricidade Basica
BÁSICA
Solange Alves Costa Andrade
© Unisociesc Editora, 2015
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer for-
mas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição na Web e
outros), sem permissão expressa da Unisociesc.
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IMPRESSO NO BRASIL
PRINTED IN BRAZIL
Apresentação
Para sua melhor compreensão, o livro está estruturado em cinco unidades. Na primeira
unidade, são apresentados os conceitos básicos de eletricidade. Na segunda unidade, as
principais técnicas de análises de circuitos. Na terceira unidade, noções de magnetismo e
eletromagnetismo. Na quarta unidade, o estudo do capacitor em corrente contínua. Por fim,
na quinta unidade, o estudo do indutor em corrente contínua.
Bons Estudos!
Sumário
Referências.......................................................................88
Unidade 1
Conceitos Básicos de Eletricidade
Nesta primeira unidade, você estudará alguns conceitos como tensão, corrente e resistência elétrica,
além de aprender como calcular o consumo de energia de aparelhos eletroeletrônicos.
Objetivos da
Objetivos da Unidade
Unidade
Conteúdosda
Objetivos daUnidade
Unidade
Estudo da Eletricidade;
Tensão elétrica;
Corrente elétrica;
Resistência elétrica;
Potência elétrica;
Consumo elétrico;
Exercícios propostos.
1 CONCEITOS BÁSICOS DE ELETRICIDADE
É difícil imaginar o mundo sem eletricidade, pois ela afeta nossas vidas de diversos modos. Vemos o
uso da eletricidade diretamente em nossos lares, para iluminação, funcionamento de aparelhos ele-
trodomésticos, telefone, televisão, rádio, equipamento de som, aquecimento, etc. A eletricidade tem
sido usada na fabricação da maioria das coisas que utilizamos diretamente ou para operar máquinas
que fazem ou processam os produtos de que necessitamos. Sem a eletricidade, a maior parte dos
instrumentos que usamos e equipamentos dos quais desfrutamos atualmente, não seria possível.
1.1 Tensão Elétrica
Para que uma carga se movimente, isto é, para que haja condução de eletricidade, é necessário que
ela esteja submetida a uma diferença de potencial, mais conhecida pela abreviatura ddp.
No sistema hidráulico (Figura 1), a água se desloca da caixa d’água 1 para a caixa d’água 2, por
causa da diferença de altura.
Portanto, a corrente de água existe por causa da diferença de potencial gravitacional entre as cai-
xas d’água.
A diferença de potencial elétrico entre dois pontos é denominada tensão elétrica, simbolizada pelas
letras V, U ou E, cuja unidade de medida é volt [V]. Tensão elétrica é a força necessária para movi-
mentar elétrons.
Eletricidade Básica
DEFINIÇÃO
Voltímetro é o instrumento que serve para medir a diferença de potencial ou tensão. Sua
unidade no Sistema Internacional é Volt (V).
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1.1.2 Tipos de tensões
Há dois tipos de tensões:
a) Tensão contínua, constante ou dc (do inglês, “direct current”, corrente direta): É a tensão que
não varia de valor e sentido com o tempo.
Simbologia:
Exemplos de tensão contínua ou constante: pilha, bateria, etc.
Simbologia:
Unidade 1
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Representação gráfica da Tensão Alternada:
mula:
O período da onda em segundos representa o tempo que o sinal leva para completar um ciclo com-
pleto, representado pela letra T.
A frequência da onda em Hertz (HZ) representa o número de ciclos por segundos, calculada a partir
da fórmula:
O fenômeno da corrente elétrica ocorre quando uma fonte externa de energia é aplicada sobre um
corpo (geralmente metálico), cujos elétrons passam a mover-se de maneira ordenada, com direção e
Eletricidade Básica
É interessante lembrar que, para muitas pessoas, não existe diferença entre tensão e corrente. Essa
confusão é comum porque a eletricidade é uma grandeza que não pode ser vista, ouvida ou tocada,
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embora seus efeitos possam ser facilmente percebidos. A diferença entre as duas grandezas pode
ser facilmente definida com uma única frase: tensão é a causa - corrente é o efeito.
A tensão sempre tenta fazer com que a corrente circule, mas a corrente somente fluirá quando rece-
ber a “força” de uma fonte de tensão e encontrar um circuito fechado através do qual possa circular.
Os primeiros estudos sobre a corrente elétrica foram feitos nos gases e nos líquidos, por isso o
sentido adotado convencionalmente baseia-se neles. Como nos condutores gasosos e líquidos, o
movimento de cargas elétricas livres ocorre por convenção, nos dois sentidos. Adotou-se que o sen-
tido da corrente elétrica deve ser o mesmo do deslocamento das cargas positivas, ou seja, o mesmo
sentido do campo elétrico que deu origem e mantém o movimento.
Porém, nos condutores sólidos metálicos, só há movimento de cargas negativas num único sentido
(figura 2). Assim, adaptando-se a convenção:
A vantagem dessa convenção está no fato de que, tanto no cálculo da intensidade da corrente elétrica
como na resolução de circuitos, salvo algumas condições específicas, os valores numéricos serão
Simbologia:
Unidade 1
9
1.2.3 Corrente elétrica no circuito eletrônico
A corrente elétrica, que é a movimentação de cargas elétricas, só pode existir se tivermos um cir-
cuito. Um circuito deve ter no mínimo uma bateria para fornecer energia elétrica e um receptor para
consumir (transformar) essa energia. No exemplo (figura 3), o receptor é a lâmpada que transforma
a energia elétrica em energia luminosa.
Fonte: http://www.etelg.com.br/downloads/eletronica/cursos/Aulas/Aula01.html#gerador
Não há corrente elétrica no circuito enquanto a chave estiver aberta, pois os elétrons não se movi-
mentam ordenadamente. E, se fecharmos a chave?
A tensão, que é a força necessária para movimentar os elétrons, irá gerar a corrente elétrica neces-
sária para acender a lâmpada.
Conclusões:
• Para haver corrente elétrica, é necessário: circuito fechado e tensão elétrica;
• A tensão DC gera corrente DC e a tensão AC gera corrente AC.
da corrente elétrica, que depende da natureza do material, de suas dimensões e da sua temperatura.
Embora todos os condutores ofereçam resistência, em muitas ocasiões desejamos que haja um de-
terminado valor de resistência em um circuito. Os dispositivos com valores conhecidos de resistência
são chamados resistores, designados com a letra R e representados nos circuitos com um dos sím-
bolos a seguir:
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resistência é representada pela letra “R” e sua unidade é: Ω (Ohm). Alguns fabricantes de resisto-
A
res adotaram uma codificação especial para informar valores nos resistores de filme. Na figura 4, os
resistores apresentam três faixas de cores para leitura do valor ôhmico, e mais uma para indicar a
tolerância.
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Exemplo de leitura:
Tolerância: Devido ao modo de fabricação dos resistores, os mesmos podem variar de valor dentro
de uma faixa pré-estabelecida, é a chamada tolerância, indicada através da quarta faixa.
EXEMPLO
Para um resistor de 1000 por 10%, temos uma variação no seu valor nominal de fabrica-
ção. O mesmo pode ter uma variação de 10% para baixo ou 10% para cima desse valor.
Então, ele pode ser de 900 até 1100 ohms.
Acontecem situações que precisaremos variar o valor da resistência no circuito eletrônico, por exem-
plo, quando aumentamos o volume do rádio, quando variamos a luminosidade da lâmpada através
do dimer, etc.
Existem diversos tipos de resistores cuja resistência pode variar, mas, basicamente, o princípio de
funcionamento é o mesmo, a variação da resistência é obtida variando-se o comprimento do condu-
tor. A Figura 5 mostra o aspecto físico de um resistor variável e o seu símbolo.
Fonte: http://www.eletronica24h.com.br/Curso%20CC/aparte1/aulas1/aula002.html
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1.3.2 Princípio de funcionamento do potenciômetro
De acordo com a segunda lei de OHM, a resistência de um condutor pode ser mudada se for variado:
a) O material (resistividade);
b) O comprimento;
c) A área da secção transversal.
A forma mais prática de mudar a resistência de um condutor é variar o comprimento, esse é o princí-
pio de funcionamento de um potenciômetro.
Fonte: http://dc153.4shared.com/doc/dsCpMXgu/preview.html
Sempre que uma força de qualquer tipo produz movimento, ocorre um trabalho. Quando uma força
mecânica, por exemplo, é usada para levantar um corpo, realiza um trabalho. Uma força exercida
sem produzir movimento, como a força de uma mola mantida sob tensão entre dois objetos que não
Unidade 1
Uma diferença de potencial entre dois pontos quaisquer de um circuito elétrico é uma tensão que
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(quando os dois pontos são ligados) causa movimento dos elétrons, portanto, uma corrente.
A potência elétrica é representada pela letra “P ” e sua unidade é W (Watt), em homenagem ao cien-
tista James Watt.
A potência elétrica fornecida por uma fonte de alimentação a um circuito qualquer é dada pelo produto
da sua tensão pela corrente gerada, ou seja: P = V x I
Toda potência da fonte será dissipada (absorvida) pelo resistor. O que está ocorrendo é que, a todo
instante, a energia elétrica fornecida pela fonte está sendo transformada pela resistência em energia
térmica (calor) por efeito Joule.
Para se transportar a corrente elétrica de um lugar para outro, devem-se utilizar condutores que ofe-
recem o mínimo de resistência, para que não haja perdas de energia por efeito Joule. Por isso, os fios
condutores são feitos principalmente de cobre ou alumínio. No entanto, existem situações nas quais
a resistência à passagem da corrente elétrica é uma necessidade, tanto pelo aquecimento que gera
(chuveiros, ferros de passar roupas, aquecedores, etc.) quanto pela capacidade de limitar a corrente
elétrica em dispositivos elétricos e eletrônicos.
Vimos que a potência dissipada é a energia consumida num intervalo de tempo, mas toda energia
tem um preço, portanto, nunca é demais aprender a quantificá-la.
14
EXEMPLO
Uma pilha comum pode fornecer energia de, aproximadamente, 10 Wh. Sabendo-se que
um aparelho Walkman consome 2W em média, por quanto tempo você poderá ouvir suas
músicas prediletas com uma única pilha?
No quadro de distribuição de energia elétrica de uma residência, prédio ou indústria, existe um medi-
dor de energia indicando constantemente a quantidade de energia consumida. Porém, como a ordem
de grandeza do consumo de energia elétrica em residências e indústrias é muito elevada, a unidade
de medida utilizada é em quilowatt.hora [kWh].
Dessa forma, é possível calcularmos o quanto gastamos diariamente com energia elétrica, para des-
frutarmos dos bens que a eletricidade nos oferece e o quanto desperdiçamos com luzes acesas
indevidamente.
Obs.: O valor da tarifa cobrada por kWh é estipulado pela fornecedora de energia elétrica.
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Dica
Aprenda a ler o medidor de energia elétrica (relógio de luz), acessando o site:
http://www.celesc.com.br/atendimento/auto_leitura.php
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Respostas:
a) Dados: P = 5400W e V = 220V
Considerando o chuveiro uma carga puramente resistiva, temos:
P = V x I, Logo:
I = P / V= 5400/220 = 24,54 A.
Resposta:
Sabemos que P = V x I, mas se substituirmos I por V/R, teremos:
P=VxI
P = V x (V/R)
Eletricidade Básica
P = V2 / R
1º circuito: P = (10)2 / 500 = 0,2 A
2º circuito: P = (25)2 / 500k
P = (25)2 / 500000 = 0,00125 A = 1,25 x 10-3 = 1,25 mA
3º circuito: P = (4)2 / 250k
P = (4)2 / 250000 = 0,000064 A = 64 x 10-6 = 64 mA
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3) Na lâmpada está escrito 100W/110V. Calcule a corrente consumida pela lâmpada.
Resposta: P = 100W
V = 110 V
Como: P = V x I
I = P / V = 100/110 = 0,9091 A
4) As características de um resistor são 220Ω / 0,25W. Qual a máxima tensão que pode ser
aplicada ao resistor para que não aqueça?
Resposta: R = 220Ω P = 0,25W
P = V2 / R
V2 = P x R = 55
V = 7,42 V
SÍNTESE DA UNIDADE
Vimos que, para que haja condução de eletricidade, é necessário que ela esteja subme-
tida a uma diferença de potencial, mais conhecida pela abreviatura ddp.
Vimos também que a diferença entre tensão e corrente pode ser facilmente definida com
uma única frase: tensão é a causa - corrente é o efeito.
Além disso, vimos que a corrente elétrica, que é a movimentação de cargas elétricas, só
Outro ponto de destaque é que, para se transportar a corrente elétrica de um lugar para
outro, devem-se utilizar condutores que oferecem o mínimo de resistência, para que não
haja perdas de energia por efeito Joule. Por isso, os fios condutores são feitos, princi-
palmente, de cobre ou alumínio. No entanto, existem situações nas quais a resistência
à passagem da corrente elétrica é uma necessidade, tanto pelo aquecimento que gera
(chuveiros, ferros de passar roupas, aquecedores etc.) como pela capacidade de limitar
a corrente elétrica em dispositivos elétricos e eletrônicos.
Unidade 1
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EXERCÍCIOS
b) O valor a ser pago por esse consumo, sabendo que a empresa de energia elé-
trica cobra a tarifa de R$0,13267 por k Wh.
Resposta: R$1,99.
3) Com relação ao circuito a seguir podemos afirmar que, para acender a lâmpada,
devemos ligar:
a) O ponto A ao ponto B.
Eletricidade Básica
b) O ponto A ao ponto C.
c) O ponto B ao ponto C.
d) Todas estão corretas.
e) Não tem como a lâmpada acender.
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4) Em relação ao circuito a seguir, analise as afirmações abaixo, marque V para as
verdadeiras e F para as falsas, em seguida, assinale a alternativa correta:
5) Com relação ao circuito a seguir, para que a lâmpada acenda, será necessário
que:
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6) No circuito, considerando que cada pilha gera 1,5V, podemos afirmar que a
lâmpada é alimentada por:
a) 0V.
b) 3V.
c) 4V.
d) 6V.
e) 5V.
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Unidade 2
Técnicas de Análise de Circuitos Elétricos
Nesta segunda unidade, você estudará como associar resistores. Aprenderá as leis e técnicas utilizadas
em análise de circuitos que estabelecem a relação entre tensão, corrente e resistência elétrica nos cir-
cuitos eletrônicos.
Objetivos da
Objetivos da Unidade
Unidade
Conteúdosda
Objetivos daUnidade
Unidade
Associação de resistores;
Lei de Ohm;
Leis de Kirchhoff;
Análise de Malhas;
Estudo do capacitor em Corrente Contínua;
Estudo do indutor em Corrente Contínua;
Exercícios propostos.
1 CIRCUITOS ELÉTRICOS
Um circuito elétrico simples, alimentado por pilhas, baterias ou tomadas, apresenta uma fonte de
energia elétrica, um aparelho elétrico, fios ou placas de ligação, e um interruptor para ligar e desligar
o aparelho. Estando ligado, o circuito elétrico está fechado e uma corrente elétrica passa por ele. Esta
corrente pode produzir vários efeitos, luz, movimentos, aquecimentos, sons e etc.
Num circuito elétrico, os resistores podem estar ligados em série ou em paralelo, em função da ne-
cessidade de dividir uma tensão ou corrente, ou de obter uma resistência com valor diferente dos
valores encontrados comercialmente.
Na associação série, os resistores estão ligados de forma que a corrente que passa por eles seja
a mesma. A resistência equivalente ou total na associação em série é calculada pela seguinte ex-
pressão:
Rtotal = Requivalente = R eq = R1 + R2 + R3
Na associação paralela, os resistores estão ligados de forma que a tensão total aplicada ao circuito
seja a mesma em todos os resistores e a corrente total do circuito esteja subdividida entre eles, de
forma inversamente proporcional aos seus valores.
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Outras formas de se determinar a resistência equivalente na associação paralela:
a) Resistências iguais:
b) No caso específico de dois resistores ligados em paralelo, a resistência equivalente pode ser cal-
culada por uma equação mais simples:
Dica
A associação mista é formada por resistores ligados em série e em paralelo, não existindo uma equa-
Unidade 2
ção geral para a resistência equivalente, pois depende da configuração do circuito. Assim, o cálculo
deve ser feito por etapas, conforme as ligações entre os resistores.
23
EXEMPLO
Alguns materiais oferecem resistência à passagem da corrente elétrica, consequência do choque dos
elétrons livres com os átomos da estrutura do material. A resistência elétrica, portanto, depende da
natureza do material, de suas dimensões e da sua temperatura.
A resistência elétrica é um bipolo, isto é, consome a energia elétrica fornecida por uma fonte de ali-
mentação, provocando queda de potencial no circuito, quando uma corrente passa por ela. A inten-
sidade dessa corrente i depende do valor da tensão v aplicada e da própria resistência r.
Em 1829, o físico George Simon Ohm realizou uma experiência (figura 8) demonstrando que, num
resistor, é constante a razão entre a diferença de potencial nos seus terminais e a corrente elétrica
que o atravessa, isso é, ao utilizar uma fonte de tensão variável, um valor de resistência fixa e um
amperímetro para monitoramento do valor da corrente, concluiu que:
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Figura 8: Experiência realizada por Ohm
Ou seja: Ao variar o valor da tensão, o valor da corrente também variava, mas o valor da resistência
se manteve constante.
DEFINIÇÃO
Enunciado da Lei de OHM:
A intensidade da corrente elétrica que percorre um condutor é diretamente pro-
porcional à diferença de potencial e inversamente proporcional à resistência do
circuito.
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Aplicando a Lei de Ohm ao circuito abaixo:
Se considerarmos uma tensão de 12V e uma resistência de 560Ω, então, determinamos a corrente
facilmente pela equação de Ohm.
Para resistência elétrica, é muito comum o uso dos seguintes submúltiplos de sua unidade de medida:
EXEMPLO
a) Numa resistência elétrica, aplica-se uma tensão de 90V. Qual o seu valor, sabendo-se
que a corrente que passa por ela é de 30 mA?
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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Resposta: Para cada caso, deveremos especificar a tensão em Volts (V) e R em OHMS (Ω).
a) I = 2V/1000 Ω = 0,002A = 2mA.
b) I = 100V/1000 Ω = 0,1A = 100mA.
c) I = 50mV/1000 Ω = 50.10-3V/1000W =50.10-3/103W = 50.10-6A = 50mA.
2) Qual deve ser a tensão em um condutor de 10KOhms de resistência, para que a corrente
tenha intensidade de:
a) 2mA.
b) 0,05ª.
d) 20mA.
Resposta: Para determinar a tensão dada à resistência e à corrente, usamos a 1ª Lei de OHM na
forma:
V = R.I se R é em OHMS e I em AMPERES, a tensão V será obtida em VOLTS.
a) V = 10.103.2.10-3 = 20V.
b) V = 10.103.5.10-2 = 50.101 = 500V.
c) V = 10.103.20.10-6 = 200.10-3V = 200mV = 0,2V.
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5) Calcule o valor da fonte nos circuitos abaixo:
A segunda lei de Ohm estabelece a relação que existe entre os parâmetros construtivos de um dado
condutor, um fio, por exemplo, e a resistência que esse apresenta. A partir de certas constatações
apresentadas por Ohm, é possível perceber que a resistência de um fio depende do material com que
é feito, do seu comprimento e da sua espessura.
Usando materiais de mesma natureza, George Ohm analisou a relação entre a resistência r, o com-
primento l e a área a da seção transversal, enunciando sua segunda lei:
DEFINIÇÃO
A resistência elétrica r de um material é diretamente proporcional ao produto de sua re-
sistividade elétrica ρ pelo seu comprimento L e inversamente proporcional à área A de
sua seção transversal.
Onde: L representa o comprimento do fio em metros (m); d representa o diâmetro em (mm2) e ρ re-
presenta a resistividade do material.
A tabela que segue mostra a resistividade elétrica de alguns materiais usados na fabricação de con-
dutores, isolantes e resistências elétricas:
28
Tabela 1: Valores médios de resistividade a 20oC
diâmetro(d )
Qual deles apresenta maior resistência elétrica? A= Π r
2
r=
2
29
Fio 1:
Fio 2:
Porque a resistividade do fio metálico é muito mais baixa que a encontrada nos materiais
citados.
Outra conclusão a respeito dessa lei está relacionada à bitola dos condutores que encon-
tramos nos mais diversos lugares: por que alguns fios são mais “grossos” que outros?
Porque sempre que se deseja permitir a condução de uma corrente de grande intensi-
dade, devem-se utilizar condutores de maior bitola, que apresentam menor resistência.
As leis de Kirchhoff são utilizadas para análise de circuitos eletrônicos, baseadas no Princípio da
Conservação de Energia.
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DEFINIÇÃO
A tensão aplicada a um circuito fechado é igual à soma das quedas de tensão naquele
circuito..
VA = V1 + V2 + V3
Introduzindo um símbolo novo, ∑ (sigma - letra grega) que significa “somatório de”, temos:
∑V = VA - V1 - V2 - V3 = 0
∑V é a soma algébrica de todas as tensões ao longo de qualquer circuito fechado, e essa soma é
igual a zero. Atribuímos um sinal positivo (+) para o polo maior da representação de tensão e um sinal
negativo (-) para o polo menor da representação de tensão. Observe o esquema seguinte:
∑V = 0
-VA + V1 + V2 + V3 = 0 -100 + 50 + 30 +20 = 0 0=0
Unidade 2
31
EXEMPLO
Determine a tensão VB no circuito abaixo:
∑V = 0
-VA + V1 + V2 +VB + V3 = 0
Podemos agora determinar o valor de VB:
VB =+VA - V1 - V2 - V3 = 15 – 3 – 6 – 2 = 4 V
A soma das correntes que entram numa junção ou nó é igual à soma das correntes que
saem dessa junção ou desse nó. Ou seja:
∑Entram = ∑ Saem
Se considerarmos as correntes que entram numa junção como positivas (+) e as que saem da mesma
junção como negativas (-), então, a lei afirma também que a soma algébrica de todas as correntes
que se encontram numa junção comum é zero.
Curiosidade - História
Gustav Robert Kirchhoff (1824-1887)
Eletricidade Básica
32
EXEMPLO
Considere o circuito abaixo:
RESOLUÇÃO:
a) Para acharmos a resistência equivalente do circuito calcularemos, inicialmente, as
duas resistências centrais (250Ω e 500Ω) como sendo em série, em seguida, as três
resistências superiores (750Ω, 250Ω e 15Ω) como paralelas, assim obtemos:
33
Ao fazermos os três últimos resistores em paralelo, obtemos:
IT = 59,43mA.
Sabemos que o resistor de 613,89 Ω possui uma queda de tensão de 15V (facilmente
deduzido ao observarmos a segunda imagem da resolução da letra “a”), assim podemos
calcular qual é a corrente que circula por esse resistor.
A corrente pode ser calculada utilizando a lei de Ohm para o resistor de 15 Ω. Para isso,
faremos:
Eletricidade Básica
IX = 22,6262mA
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2 DIVISOR DE TENSÃO
Um divisor de tensão é um circuito série, conforme mostra o esquema a seguir. Se a tensão de en-
trada é a tensão da bateria, E, e a tensão de saída é obtida em uma das resistências, R2, o seu valor
será dado por:
Caso seja conectada uma resistência entre A e B, de valor RL, o valor da tensão entre A e B diminuirá
pelo efeito de carga exercido por essa resistência, pois o valor efetivo da resistência entre A e B agora
será R2//RL.
Existem várias possibilidades de cálculo, em todas elas é necessário entrar com 3 variáveis para
obter as outras.
EXEMPLO
Para calcular a tensão medida pelo voltímetro utilizando divisor de tensão, faremos:
Unidade 2
35
2.2 Análise de Malhas
Ao resolver um circuito, utilizando as correntes nas malhas, precisamos escolher previamente quais
os percursos que formarão as malhas. A seguir, designamos para cada malha a sua respectiva cor-
rente. Por conveniência, as correntes de malha são geralmente indicadas no sentido horário. Esse
sentido é arbitrário, mas é o mais usado. Aplica-se, então, a lei de Kirchhoff para a tensão ao longo
dos percursos de cada malha. As equações resultantes determinam as correntes de malha desconhe-
cidas. A partir dessas correntes, pode-se calcular a corrente ou a tensão de qualquer resistor (Figura
07).
Observe na figura um circuito com duas malhas, chamadas malha 1 e malha 2. A malha 1 é formada
pelo percurso abcda, e a malha 2 é formada pelo trajeto adefa. São conhecidas todas as resistências
e todas as fontes de tensão. O procedimento para se determinar as correntes das malhas I1 e I2 é o
seguinte:
1º passo: Depois de escolher as malhas, deveremos indicar as correntes das malhas I1 e I2 no sentido
horário. Indique a polaridade da tensão através de cada resistor, de acordo com o sentido adotado
para a corrente. Lembre-se de que o fluxo convencional de corrente num resistor produz uma polari-
dade positiva, é a polaridade por onde entra a corrente.
2º passo: Aplique a lei de Kirchhoff para a tensão, ∑V = 0, ao longo de cada malha. Percorra cada
Eletricidade Básica
malha no sentido da corrente da malha. Observe que há duas correntes diferentes (I1 e I2) fluindo em
sentidos opostos no mesmo resistor, R2, que é comum a ambas as malhas. Por esse motivo, apare-
cem dois conjuntos de polaridades para R2.
36
Análise da malha 1: (sentido abcda).
- VA + I1 . R1 + R2 (I1 – I2) = 0
- VA + I1 . R1 + I1 . R2 – I2 . R2 = 0
+ I1 . (R1 + R2) - I2 . R2 = VA
No resistor R2 circulam duas correntes em sentidos contrários, por esse motivo, deveremos fazer a
diferença entre i1 e i2. Como estamos analisando a malha 1, a corrente i1 vem primeiro.
R2 (I2 – I1) + I2 . R3 + VB = 0
I2 . R2 – I1 . R2 + I2 . R3 + VB = 0
+ I2 . (R2 + R3) – I1 . R2 = - VB
- I2 . (R2 + R3) + I1 . R2 = + VB
No resistor R2 circulam duas correntes em sentidos contrários, por esse motivo deveremos fazer a
diferença entre i1 e i2. Como estamos analisando a malha 2, a corrente i2 vem primeiro.
4º passo: Quando as correntes das malhas forem conhecidas, calcule todas as quedas de tensão
através dos resistores utilizados da lei de Ohm.
Unidade 2
37
1º passo: Escolha as duas malhas conforme a indicação da figura. Mostre a corrente da
malha no sentido horário. Indique as polaridades através de cada resistor
Malha 1, abcda:
- 58 + 2 . I1 + 3 (I1 – I2) = 0
+ 5 . I1 – 3 . I2 = 58
Malha 2, adefa:
3 . (I2 – I1) + 4 . I2 + 10 = 0
- 3 . I1 + 7 . I2 = - 10
Observe que as correntes das malhas I1 e I2 passam através de R2, resistor comum às
duas malhas.
5 I1 – 3I2 = 58
- 3I1 + 7I2 = - 10
+ 15 . I1 – 9 . I2 = 174
- 15 . I1 + 35 . I2 = - 50
+ 26 . I2 = 124
I2 = 4,76A
5 I1 - 3 I2 = 58
5 I1 – 3 (4,76) = 58
5 I1 = 58 + 14,31
Eletricidade Básica
I1 = 72,31 = 14,46A
5
38
4º passo: Calcule todas as quedas de tensão.
Calcule todas as correntes das malhas, as quedas de tensão e potência dos resistores
no circuito abaixo.
U2,2k = 49,456 mV
Unidade 2
39
U10K= =R10K ∙ I10K
U10K = 98,52mV
U22=50,732mV
P100= 15,936nW
P10K = U10K ∙ I1
P2,2k = 1,112µW
P1K = -14,934 ∙ I3
P1M = 97,06µW
Eletricidade Básica
40
Determine I1, I2 e R, sabendo que a corrente que passa no resistor de 4Ω é de 2A.
I1 = 5A
Unidade 2
41
SEGUNDA MALHA
R = 4Ω
Dados:
R1 = 100 Ω
R2 = 220 Ω
R3 = 22 Ω
R4 = 33 Ω
R5 = 47 Ω
R6 = 56 Ω
R7 = 870 Ω
Eletricidade Básica
V1 = 12V
V2 = 24V
42
PRIMEIRA MALHA: SEGUNDA MALHA:
I1 = 34,896mA
I2 = -2,971mA
I3 = -26,324mA
Considerações:
• Para anular fontes de tensão, fazemos V=0, o que equivale a um curto-circuito.
• Para anular fontes de corrente, fazemos I=0, o que equivale a um circuito aberto.
EXEMPLO
Utilize os conceitos de superposição para encontrar V no circuito da figura a seguir:
Unidade 2
43
1o Passo: Analisando o circuito, considerando somente a fonte de tensão:
V = V1 + V2 2 + 8 = 10V
Eletricidade Básica
V=10V
44
2.4 Teorema de Thevenin
O Teorema de Thevenin é uma ferramenta muito aplicada quando se deseja realizar o estudo de um
circuito elétrico que possui um componente variável, chamado de carga, enquanto os demais elemen-
tos são fixos.
As demais ferramentas mostram-se ineficazes neste caso porque quando a carga varia é necessário
analisar o circuito inteiro novamente.
O Teorema de Thevenin diz que “uma rede linear com dois terminais (a-b), formada apenas por fon-
tes de energia e elementos passivos, pode ser substituída por um circuito equivalente, que consiste
em uma única fonte de tensão independente (VTH) em série, com uma impedância (ZTH)”, conforme a
figura 08.
EXEMPLO
Determine o circuito equivalente de Thevenin do circuito mostrado na figura a seguir, à
esquerda dos terminais a-b.
Em seguida, determine o valor da corrente na carga, quando RL for 6Ω, 16Ω e 36Ω.
Unidade 2
45
Solução:
Para determinar Vth, consideramos o circuito inicial sem a carga. Aplicando a análise de
malhas aos dois laços, obtemos:
Eletricidade Básica
46
Resolvendo a equação em , obtemos . Portanto,
Quando RL = 16 Ω:
Quando RL = 36 Ω:
Unidade 2
47
2.5 Teorema de Norton
Por sua vez, o Teorema de Norton nos diz que podemos substituir todo o circuito, por circuito equi-
valente contendo uma fonte de corrente em paralelo com um resistor.
EXEMPLO
Determine o equivalente de Norton do circuito abaixo:
Req = RNorton = 2k + 3k = 5 kΩ
48
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Resposta:
1º Passo: Calcular a resistência equivalente (Req):
Req = 40 + 60 + 20 = 120 Ohms.
^
Unidade 2
49
Resposta:
Quando o potenciômetro estiver no mínimo, ou seja, sua resistência for zero, a tensão medida pelo
voltímetro será de 4 V.
Quando o potenciômetro estiver no máximo, ou seja, sua resistência for 1 k Ohms, a tensão medida
pelo voltímetro será de 6 V.
Resposta:
1º Passo: Calcular a resistência equivalente das duas resistências que estão em paralelo.
Como são resistências de mesmo valor, a Req = 500 Ohms.
2º Passo: Utilizar divisor de tensão para determinar o valor medido pelo voltímetro.
Resposta:
1º Passo: Calcular a resistência equivalente das resistências que estão em série.
Req = 330 + 220 + 470 = 1020 Ohms.
50
2º Passo: Determinar a corrente total.
I total = V/Req = 15/1020 = 14,71 mA (Corrente medida pelo amperímetro)
Observe que:
V1 + V2 + V3 = 15V
SÍNTESE DA UNIDADE
Vimos que, num circuito elétrico, os resistores podem estar ligados em série ou em pa-
ralelo, em função da necessidade de dividir uma tensão ou corrente, ou de obter uma
resistência com valor diferente dos valores encontrados comercialmente.
Além disso, vimos que a tensão aplicada a um circuito fechado é igual à soma das que-
das de tensão naquele circuito. E que a soma das correntes que entram numa junção ou
nó é igual à soma das correntes que saem dessa junção ou desse nó.
E, por último, aprendemos algumas técnicas de análises de circuitos que nos permitem
determinar o valor da tensão, corrente e potência de qualquer resistor do circuito ele-
trônico.
Unidade 2
51
EXERCÍCIOS
a) 13,3k Omhs.
b) 2,2k Omhs.
c) 10k Omhs.
d) 22,3k Omhs.
e) 1k Omhs.
52
a) I1 = 66,67 mA e I2 =0,488A.
b) I1 = 10 mA e I2 =1 A.
c) I1 = 0,5 A e I2 = 100 mA.
d) I1 = 66,67 mA e I2 = 30mA.
e) I1 = 10 mA e I2 = 2A.
53
Unidade 3
Noções de Magnetismo e Eletromagnetismo
Nesta terceira unidade, você estudará os conceitos básicos em relação ao magnetismo e eletromagne-
tismo.
Objetivos da
Objetivos da Unidade
Unidade
Conteúdosda
Objetivos daUnidade
Unidade
Campo magnético;
Linhas de força magnética;
Fluxo Magnético;
Eletromagnetismo;
Permeabilidade magnética;
Exercícios propostos.
1 MAGNETISMO
Os ímãs naturais, conhecidos como magnetita, foram descobertos na China, por volta de 2600 A.C,
natural com propriedade de atração do ferro. O campo magnético produzido por um imã em forma de
barra tem o aspecto da figura abaixo, onde se indicam os dois polos: NORTE e SUL.
Fonte: http://www.brasilescola.com/fisica/campo-magnetico.htm
Quanto mais forte o imã, mais linhas de forças compõe o circuito fechado magnético. Além disso, é
importante observar que as linhas de campo de indução magnética geradas por imã “nascem” no polo
O conceito de polo magnético é análogo ao da carga elétrica. Polos magnéticos (norte e sul) e cargas
elétricas (positivas e negativas) de nomes contrários atraem-se, e os de mesmos nomes repelem-se.
Assim, muitos dos elétrons dos átomos dos ímãs, girando ao redor de seus núcleos em direções de-
terminadas e em torno de seus próprios eixos, produzem um efeito magnético em uma mesma dire-
ção. Resulta, então, na resultante magnética externa, a qual é conhecida como Campo Magnético,
representado pelas Linhas de Campo. Devido ao campo magnético que percebemos os fenômenos
magnéticos.
55
1.1 Campo Magnético
Campo Magnético é a região ao redor de um imã, na qual se observa um efeito magnético, o qual é
percebido pela ação de uma Força Magnética de atração ou de repulsão. O campo magnético pode
ser definido pela medida da força que o campo exerce sobre o movimento das partículas de carga,
tal como um elétron.
O fluxo magnético (Ø) é um conjunto de todas as linhas de campo que atingem perpendicularmente
uma dada área, como mostra a figura 10.
Fonte: http://www.mundoeducacao.com/fisica/fluxo-magnetico.htm
A unidade de Fluxo Magnético é o Weber (Wb) e, por ter uma dada orientação (direção e sentido), o
fluxo magnético é uma grandeza vetorial.
B= φ
A
Eletricidade Básica
Onde:
B – Densidade de Campo Magnético ou Densidade de Fluxo Magnético, Tesla (T);
φ – Fluxo Magnético, Weber (Wb);
A – área da seção perpendicular ao fluxo magnético, m2.
56
EXEMPLO
Um fluxo magnético de 10.10-6 Wb atinge perpendicularmente uma superfície de 1cm2.
Determine a densidade de fluxo B.
1cm2 = 1.10-4 m2. Substituindo na equação:
Considerações importantes:
• A direção do vetor Densidade de Campo Magnético B é sempre tangente às linhas de
campo magnético em qualquer ponto;
• O sentido do vetor Densidade de Campo Magnético é sempre o mesmo das linhas de
campo.
Se diferentes materiais com as mesmas dimensões físicas são usados na proximidade de um ímã, a
intensidade das linhas de campo magnético com que as linhas são concentradas varia. Esta variação
μo = 4.π.10-7
A propriedade de um material pela qual ele muda a indução de um campo magnético, em relação ao
seu valor no vácuo, é chamada Permeabilidade Magnética Relativa (μR).
A Permeabilidade Magnética Relativa (μR) é dada pela relação entre a permeabilidade de um dado
material e a permeabilidade do vácuo:
μr =
Onde:
Unidade 3
57
2 ELETROMAGNETISMO
Em 1819, um professor e físico dinamarquês, chamado Hans Christian Oersted, observou que uma
corrente elétrica era capaz de alterar a direção de uma agulha magnética de uma bússola.
Fonte: http://aprendereletricidade.com/direcao-da-corrente/
Quando havia corrente elétrica no fio, Oersted verificou que a agulha magnética movia-se, orientan-
do-se numa direção perpendicular ao fio, evidenciando a presença de um campo magnético produ-
zido pela corrente.
Este campo originava uma força magnética capaz de mudar a orientação da bússola. Interrompendo-
-se a corrente, a agulha retornava a sua posição inicial, ao longo da direção norte-sul. Observou-se,
então, a existência de uma relação entre a Eletricidade e o Magnetismo.
Todo condutor percorrido por corrente elétrica, cria em torno de si um campo eletromag-
nético.
Além disso, os experimentos concluíram que, se uma corrente elétrica é capaz de gerar um campo
magnético, então, o contrário é verdadeiro, ou seja, um campo magnético é capaz de gerar corrente
Eletricidade Básica
elétrica.
58
II. Campo magnético provoca ação de uma força magnética sobre um condutor percorrido por cor-
rente elétrica.
III. Fluxo Magnético variante sobre um condutor gera (induz) corrente elétrica.
A Regra de Ampère, também chamada de Regra da Mão Direita, é usada para determinar o sentido
das linhas do campo magnético, considerando o sentido convencional da corrente elétrica.
Fonte: http://www.fisica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1149
Com a mão direita envolvendo o condutor e o polegar apontando para o sentido convencional da
corrente elétrica, os demais dedos indicam o sentido das linhas de campo que envolvem o condutor.
Magnetizante (H) é o campo magnético induzido (gerado) pela corrente elétrica na bobina,
independentemente da permeabilidade magnética do material do núcleo (meio).
Os vetores Densidade de Campo Magnético e Campo Magnético Indutor se relacionam pela equação:
Onde:
B é o vetor densidade do campo magnético.
H é a Força Magnetizante (Campo Magnético Indutor).
Unidade 3
μ é a permeabilidade magnética.
59
SÍNTESE DA UNIDADE
Vimos que, quanto mais forte for o imã, mais linhas de forças compõe o circuito fechado
magnético, além disso, é importante observar que as linhas de campo de indução mag-
nética geradas por imã “nascem” no polo NORTE e “morrem” no polo SUL dos ímãs.
Vimos também que o fluxo magnético (Ø) é um conjunto de todas as linhas de campo que
atingem perpendicularmente uma dada área.
E, por último, vimos que, se uma corrente elétrica é capaz de gerar um campo magnético,
então, o contrário é verdadeiro, ou seja, um campo magnético é capaz de gerar corrente
elétrica.
EXERCÍCIOS
60
2) (PUC-RS) Três barra, PQ, RS e TU, são aparentemente idênticas.
Está(ão) correta(s):
a) II e III.
b) I e IV.
c) somente II.
d) somente III.
e) somente IV.
61
6) Para ser atraído por um ímã, um parafuso precisa ser:
a) Mais pesado que o ímã.
b) Mais leve que o ímã.
c) De latão e cobre.
d) Imantado pela aproximação do ímã.
e) Formado por uma liga de cobre e zinco.
a)
b)
c)
d)
e)
Eletricidade Básica
Resposta: Letra b.
62
9) Quatro bússolas estão colocadas no tampo de uma mesa de madeira, nas po-
sições ilustradas na figura. Elas se orientam conforme é mostrado, sob a ação
do forte campo magnético de uma barra imantada, colocada em uma das cinco
posições numeradas. O campo magnético terrestre é desprezível.
A partir da orientação das bússolas, pode-se concluir que o ímã está na posição:
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.
a) Somente em A ou D.
b) Somente em B ou C.
c) Somente em A, B ou D.
d) Somente em B, C ou D.
e) Em A, B, C ou D.
Unidade 3
63
12) As linhas de indução de um campo magnético são:
a) O lugar geométrico dos pontos, onde a intensidade do campo magnético é constan-
te.
b) As trajetórias descritas por cargas elétricas num campo magnético.
c) Aquelas que em cada ponto tangenciam o vetor indução magnética, orientadas
no seu sentido.
d) Aquelas que partem do polo norte de um ímã e vão até o infinito.
e) Nenhuma das anteriores é correta.
Eletricidade Básica
64
Unidade 4
Estudo do Capacitor em Corrente Contínua
Nesta quarta unidade, você estudará alguns conceitos, características e comportamento do componente
eletrônico, chamado capacitor.
Objetivos da
Objetivos da Unidade
Unidade
Conteúdosda
Objetivos daUnidade
Unidade
Definição de capacitor;
Características Construtivas do Capacitor;
Comportamento em Corrente Contínua (CC);
Representação Gráfica da Corrente e Tensão no Capacitor;
Análise matemática;
Exercícios propostos.
1 ESTUDO DO CAPACITOR EM CORRENTE CONTÍNUA (CC)
Inicialmente, cabe aqui uma rápida explicação sobre a diferença entre dispositivos resistivos e reati-
vos.
Um dispositivo resistivo é aquele que resiste à passagem de corrente, mantendo seu valor ôhmico
constante, tanto para corrente contínua como para corrente alternada, como é o caso do resistor.
O dispositivo reativo reage às variações de corrente, o valor ôhmico muda, conforme a variação de
corrente nele aplicada. Essa reação às variações de corrente é denominada reatância capacitiva
(Xc) e sua unidade de medida é dada em ohm (Ω).
O capacitor (figura 13) é formado por duas placas condutoras paralelas A e B, denominadas armadu-
ras, separadas por um material isolante, denominado dielétrico.
Aplicando uma diferença de potencial (tensão) entre as placas, com potencial positivo na placa A e
potencial negativo na placa B, a placa A começa a ceder elétrons para o polo positivo da fonte, car-
regando-se positivamente, enquanto a placa B começa a atrair elétrons do polo negativo da fonte,
carregando-se negativamente, formando, desse modo, um fluxo de elétrons (corrente i).
O fluxo de elétrons não consegue atravessar as placas por causa do material isolante existente entre
ambas, fazendo com que as cargas fiquem armazenadas nas placas. Conforme o aumento dessa
carga, a diferença de potencial entre elas aumenta, fazendo com que o fluxo de elétrons diminua.
Após um determinado tempo, a carga armazenada atinge seu valor máximo, isso ocorre quando a
diferença de potencial entre as placas se iguala à tensão da fonte.
Eletricidade Básica
66
Simbologias para o capacitor:
Conforme descrevemos no item anterior, o capacitor é um dispositivo usado para armazenar energia
elétrica, na forma de campo elétrico. É constituído de duas placas metálicas planas de áreas S, se-
paradas por um isolante (dielétrico) de espessura d.
Onde:
C é a capacitância do capacitor Unidade: F (Faraday)
ε é a permissividade do dielétrico Unidade: F/m
S é a área das placas Unidade: m2
d é a distância entre as placas Unidade: m
Unidade 4
67
1.2 Associação de Capacitores
Num circuito, os capacitores podem estar ligados em série e/ou paralelo, em função da necessidade
de dividir a tensão ou obter uma capacitância diferente dos valores comerciais.
Cequivalente = CTotal = C
n
Cequivalente = CTotal = C1 x C2
C1 + C2
Ceq = c1 + c2 +.... + cn
Ceq = n . C
Eletricidade Básica
No circuito RC, a tensão sobre o capacitor tende ao valor máximo (tensão da fonte), conforme o tem-
po passa, enquanto a tensão sobre o resistor tende a zero. Isso acontece porque o capacitor estará
68
se carregando pela fonte de tensão conforme o tempo passa, formando um circuito aberto, quando
estiver totalmente carregado.
Com a chave S aberta e com o capacitor inicialmente descarregado, a tensão no capacitor é zero,
isto é: Vc = 0V.
Fechando a chave no instante t = 0s, a tensão entre as placas do capacitor cresce, exponencialmen-
te, até atingir o valor máximo, ou seja, a tensão no capacitor se torna igual à tensão da fonte (Vc = E),
conforme mostra o gráfico seguinte:
69
O período entre o fechamento da chave e a estabilização da tensão é rápido, mas não instantâneo, a
tensão cresce exponencialmente, por isso esse período de tempo é denominado transitório.
O circuito RC estabelece uma relação entre níveis de tensão e um intervalo de tempo definido pelos
valores do resistor e do capacitor. Ou seja, ligando um resistor em série com o capacitor, pode-se re-
tardar o tempo de carga, fazendo com que a tensão entre os seus terminais cresça mais lentamente.
O produto RC resulta na grandeza tempo [segundo], o qual é denominado constante de tempo,
representado pela letra grega (tau). Matematicamente: = R. C
Onde:
E é a tensão da fonte dada em volts (V); t é o tempo de carga em segundos (s), tal ou τ = R. C é a
constante de tempo dada em segundos (s).
Imáx é a corrente máxima no circuito, ou seja, I = E/R.
EXEMPLO
Considere o circuito:
Onde:
E = 6V; C = 2 μF; R = 100 Ω.
70
Onde: t= 460 μs = 0,00046 s e τ = R. C = 100 x 2μ = 0,0002 s
Vc(t) = 6.(1 - e-0.00046/0,0002 )
Vc(t) = 6.(1 - e-2,3 )
Vc(t) = 6.(1 – 0,100258 )
Vc(t) = 6.(0,89974) = 5,3984V
Considere um circuito RC série, ligado a uma fonte E, a uma chave S inicialmente na posição 1, com
o capacitor já completamente carregado. Dessa forma, a corrente inicial é nula (i = 0 A) e a tensão no
capacitor é o valor máximo (Vc = E).
Unidade 4
Nesse caso, o capacitor comporta-se como uma fonte de tensão, cuja capacidade de fornecimento
de corrente é limitada pelo tempo de descarga.
71
A corrente i flui no sentido contrário, decrescendo exponencialmente, desde -I = - E/R até zero, devido
à descarga do capacitor.
Vc (t) = E . e-t/τ
Ic (t) = - I . e-t/τ
Onde:
E é a tensão inicial de descarga do capacitor dada em volts (V);
t é o tempo de descarga em segundos (s)
tal ou τ = R. C é a constante de tempo dada em segundos (s);
I é a corrente inicial de descarga.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1) Dois capacitores C1=0.1µF e C2=0.4µF são ligados em paralelo. Calcule o valor do capacitor
equivalente.
Solução:
Como é uma associação paralela, então CE = C1 + C2 = 0,1 + 0,4 =0,5µF.
2) Para um circuito RC é dada a curva de Vc x tempo. Sabendo-se que a fonte vale 10V e que R =
2K, qual o valor de C?
Eletricidade Básica
72
Solução:
Como a constante de tempo pode ser determinada a partir da curva (é o tempo necessário para que
a tensão no capacitor atinja 6,3V), então, tendo R poderemos determinar C. Do gráfico obtemos que:
= R.C = 8ms (aproximadamente).
Curiosidade – História
Michael Faraday (1791-1867)
Unidade 4
73
SÍNTESE DA UNIDADE
Vimos que, no circuito RC, o capacitor totalmente descarregado comporta-se como um
curto-circuito, por isso, Vc= 0v (tensão nula) e i =i (corrente máxima). Já o capacitor car-
regado comporta-se como um circuito aberto, por isso, Vc = E (tensão máxima) e i = 0 a
(corrente nula).
EXERCÍCIOS
74
a) 2,34 uF
b) 4,34 uF
c) 6,24 uF
d) 2 uF
e) 1 uF
4) Considere o circuito:
Condições iniciais após o fechamento da chave: Vc = 0 V para t = 0s
Determine:
a) A corrente no capacitor (Ic) após o tempo de 40 segundos (t=40s);
b) A tensão no capacitor (Vc) após o tempo de 30 milisegundos (t = 30 ms).
Resposta: A) 19,19 V.
B) 0,221 mA.
75
6) As placas de um capacitor plano a vácuo apresentam área S = 0,20 m2 e estão
situadas a uma distância d = 2,0 cm. Esse capacitor é carregado sob ddp de 1000
V.
Assinale o valor da capacitância do capacitor.
(Obs.: K = 1 para o vácuo).
a) 1F.
b) 10F.
c) 2F.
d) 20F.
e) 5F.
7) Dois capacitores C1= 2µF e C2= 5µF são ligados em paralelo. Calcule o valor
do capacitor equivalente.
a) 2µF.
b) 5µF.
c) 7µF.
d) 3,5µF.
e) 1µF.
Eletricidade Básica
76
Unidade 5
Estudo do Indutor em Corrente Contínua
Nesta unidade, você estudará os conceitos, características e comportamento do componente eletrônico
chamado indutor.
Objetivos da
Objetivos da Unidade
Unidade
Conteúdosda
Objetivos daUnidade
Unidade
Definição de Indutor;
Características Construtivas do Indutor;
Comportamento em CC;
Representação Gráfica da Corrente e Tensão no Indutor;
Análise Matemática;
Exercícios propostos.
1 ESTUDO DO INDUTOR EM CORRENTE CONTÍNUA (CC)
Outro dispositivo reativo é o indutor, cuja reatância indutiva () e sua unidade de medida é dada em
ohm (Ω). O indutor, ou bobina, é um dispositivo formado por um fio esmaltado enrolado em torno de
um núcleo.
Ao passar uma corrente pelas espiras (número de voltas), cada uma delas cria ao seu redor um cam-
po magnético, o indutor fica polarizado magneticamente.
O indutor é um dispositivo usado para armazenar energia elétrica na forma de campo magnético, a
sua indutância depende, basicamente, de suas dimensões físicas, do número de espiras e do mate-
rial empregado no núcleo (figura 15).
A fórmula abaixo é utilizada para o cálculo aproximado de indutâncias com espiras enroladas em uma
única camada (CIPELLI, 1999):
78
Onde:
L é a indutância do indutor Unidade: H (Henry).
µ é a permeabilidade magnética do núcleo Unidade: T.m/A (Tesla.metro/ampère).
N é o número de espiras ou voltas.
d é o diâmetro das espiras Unidade: m (metros).
c é o comprimento da bobina ou indutor Unidade: m (metros).
A permeabilidade magnética do vácuo vale: µo =4.π x 10-7 T.m/A. Para os demais materiais, essa
característica pode ser dada em relação à permeabilidade magnética do vácuo, conforme a tabela
seguinte:
79
1.2.2 Associação paralela
Lequivalente = L
n
Lequivalente = LTotal = L1 x L2
L1 + L2
A tensão no indutor em um circuito RL tende a zero conforme o tempo passa, enquanto a tensão
sobre o resistor tende ao valor máximo (tensão da fonte). Isto acontece porque o indutor terá ape-
nas tensão entre seus terminais, enquanto o circuito estiver com mudanças de corrente, conforme
o circuito atinge seu estado estacionário, não existem mais mudanças de corrente e praticamente
nenhuma tensão sobre o indutor.
Considere o circuito :
Eletricidade Básica
80
Com a chave S aberta e com o indutor inicialmente descarregado, a tensão no indutor é zero (VL=0V).
Fechando a chave no instante t= 0s, a tensão entre os terminais do indutor decresce, exponencial-
mente, até atingir o valor nulo (VL= 0 volts), conforme mostra o gráfico:
Com a corrente acontece o contrário. Inicialmente, a corrente é nula, porque, como o indutor está
descarregado, se comporta como um circuito aberto, não permitindo que haja corrente elétrica no
circuito. À medida que o indutor carrega, a corrente cresce exponencialmente, até o valor máximo (i
= E/R). Nesse instante o indutor se comporta como um curto-circuito, permitindo corrente no circuito,
como mostra o gráfico:
O circuito RL estabelece uma relação entre níveis de tensão e um intervalo de tempo, definido pelos
valores do resistor e do indutor. Ou seja, ligando um resistor em série com o indutor, pode-se retardar
o tempo de carga, fazendo com que a corrente entre os seus terminais cresça mais lentamente. A
razão entre L e R resulta na grandeza tempo [segundo]. Esse produto é denominado constante de
tempo, representado pela letra grega (tau).
Matematicamente:
Unidade 5
81
Agora, podemos representar matematicamente a tensão e corrente de carga do indutor :
Onde:
E é a tensão da fonte dada em volts (V); t é o tempo de carga em segundos (s).
tal ou = L/R é a constante de tempo dada em segundos (s).
é a corrente máxima no circuito, ou seja,
Considere um circuito RL série ligado a uma fonte E, a uma chave S, inicialmente na posição 1, com
o indutor já completamente carregado. Dessa forma: i = Imáx = E/R e VL = 0V.
Nesse caso, o indutor comporta-se como uma fonte de corrente, cuja capacidade de fornecimento
é limitada pelo tempo de descarga.
Pela Lei de Kirchhoff para as tensões, no instante t=0s, temos: VL + VR = 0, portanto, VL= - VR. Isso
82
significa que, no instante da abertura da chave, a tensão no indutor inverte a sua polaridade, iniciando
com tensão - E até atingir zero, conforme demonstra o gráfico:
Curiosidade - História
SÍNTESE DA UNIDADE
Vimos que, no circuito RL, o indutor totalmente descarregado comporta-se como um
circuito aberto, por isso, VL = E (tensão máxima) e i = 0 A (corrente mínima). Já o indutor
totalmente carregado comporta-se como um curto-circuito, por isso, VL = 0v (tensão nula)
Unidade 5
83
EXERCÍCIOS
Indutor
Determine:
a) 100 uH.
Eletricidade Básica
b) 30 uH.
c) 130 uH.
d) 230 uH.
e) 70 uH.
84
3) Um indutor de 68 μH, com 32 mm de diâmetro, possui 100 espiras. Sabendo
que possui núcleo de ar, qual deve ser seu comprimento?
a) 0,01485m.
b) 0,02485m.
c) 0,05485m.
d) 0,04485m.
e) 0,06485m.
85
6) Qual é o símbolo de indutância? Desenhe os símbolos usados nos circuitos
para indutores com núcleo de ferro e com núcleo de ar.
e) Potenciômetro
11) O fluxo magnético que passa por um dada seção transversal é chamado de:
a) Campo magnético
b) Indução magnética
86
c) Intensidade de campo
d) Linhas de força
e) permeabilidade magnética
87
REFERÊNCIAS
EDMINISTER, Joseph A.. Circuitos elétricos. 2.ed. SÃO PAULO: McGraw-Hill, 1985.
NILSSON, James W.; RIEDEL, Susan A.. Circuitos elétricos. 8.ed. SÃO PAULO: Pear-
son Prentice Hall, c2009.
88