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de-musica-aleatoria

Publicado em NOVA ESCOLA 02 de Setembro | 2017

Arte

Composição de música
aleatória
novaescola

Objetivo(s)

- Conhecer a estética da produção musical moderna e contemporânea.


- Ampliar o repertório e o conceito de música.
- Desenvolver a autonomia para a composição musical.

Conteúdo(s)

- Apreciação, reflexão e composição musical.


- Procedimentos técnicos e estéticos da música de acaso de John Cage (1912-
1992).

Ano(s)

6º, 7º, 8º, 9º

Tempo estimado

Oito aulas.

Material necessário

Computador, aparelho de som, músicas variadas, instrumentos musicais


diversos, como flauta doce, xilofone, metalofone, escaleta, tambor, agogô,
chocalho, e jogos, como dominó, roleta, bingo e dados. Obras Imaginary
Landscape Nº 4 (for 12 Radios), Suite for Toy Piano e Sonata V , de John Cage.

Desenvolvimento

1ª etapa
Pergunte aos alunos o que é música e peça que elaborem uma frase que
sintetize o significado, contemplando os diversos estilos. Registre as
definições e contraponha as frases mais restritivas com exemplos musicais a
fim de propor reflexões reformuladas do conceito.

2ª etapa

Apresente à garotoada o compositor norte-americano John Cage e convide a


turma a apreciar a Suite for Toy Piano e a Sonata V . Comente a estética das
peças, como a peculiaridade do som do piano de brinquedo na suíte e do
som do instrumento preparado com parafusos e pregadores na sonata. Ouça
as impressões dos alunos. Em seguida, divida-os em grupos e instigue-os a
explorar os sons inusitados que os instrumentos podem produzir, com o
acréscimo de outros objetos ou se tocados de uma maneira não
convencional. Socialize as descobertas.

3ª etapa

Apresente o conceito de acaso na música de John Cage com Imaginary


Landscape Nº 4 (for 12 Radios). Ela é composta de 12 rádios ligados ao
mesmo tempo, manipulados por 12 intérpretes e um maestro, com
comandos de volume e de troca de estação definidos pelo compositor.
Identifique os elementos de acaso e as infinitas possibilidades de sons que
poderiam soar nos rádios no momento do concerto.

4ª etapa

Revele ao grupo a possibilidade de fazer o mesmo utilizando um jogo da


memória e instrumentos musicais. Crie algumas sequências de sons curtas e
defina uma carta para cada uma. Embaralhe as peças e convide um aluno
para organizar as figuras em pares, respeitando a ordem em que aparecem.
Proponha que toquem a música com base na sequência sorteada. Repita o
procedimento para comparar os resultados.

5ª etapa

É hora de a turma criar as próprias sequências de sons para compor outras


músicas. Deixe que todos escolham o procedimento de acaso,
disponibilizando os outros jogos indicados. Por exemplo: o bingo pode ser
utilizado para definir aspectos sonoros da criação. Com o sorteio de números
pares, se escolhem uma nota aguda para acrescentar à melodia e, a cada
ímpar, uma grave, ou vice-versa. Destaque a importância de registrar a
sequência de sons para que no fim da criação as produções sejam
apresentadas para a classe.

6ª etapa

Organize uma sessão de gravação das obras elaboradas na etapa anterior.


Recomende aos estudantes que retomem os registros. Grave o material e
disponibilize-o num blog.

Avaliação

Observe a expressividade e o engajamento da garotada durante a


experimentação dos sons. Como cada aluno participou das várias etapas do
processo de criação e da organização das ideias musicais e dos
procedimentos de acaso? Reúna o grupo para a apreciação das obras
gravadas e retome a questão inicial (o que é música?), comparando as
respostas com as formuladas na primeira etapa. Por fim, peça que todos
registrem suas impressões sobre a experiência de composição, adicionando
comentários no blog.

Flexibilização

Para trabalhar a percepção musical, o ritmo e as noções de composição com


alunos surdos vale aproveitar elementos visuais e a expressão corporal.
Mesmo que não possa ouvir, o aluno com deficiência auditiva poderá, assim
como os demais, significar a palavra música. Explique a ele o conceito de
música aleatória e contextualize a obra de John Cage. Caso o aluno não
consiga fazer a leitura orofacial, utilize esquemas escritos ou um intérprete de
libras. Estimule que o aluno com surdez produza, junto dos colegas, ritmos
com o próprio corpo ao longo dos jogos de memória, do bingo e das
atividades de composição. Ele pode "batucar" partes do corpo, levantar-se
para exprimir um som alto ou abaixar-se para ilustrar um som baixo, por
exemplo. Enquanto o aluno produz esses ritmos, os colegas podem transferir
as indicações corporais para instrumentos musicais. Uma alternativa é
posicionar o aluno surdo próximo das caixas de som ou de instrumentos
percussivos para que ele perceba as vibrações sonoras. Durante a gravação
das composições da turma é importante que ele visualize as barras de áudio
que aparecem na tela do computador, quando da utilização de softwares de
gravação.

Deficiências

Auditiva

Créditos: Áudrea da Costa Martins Formação: Mestre em Educação e


professora da EMEF São João Batista, em São Leopoldo, RS.

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