Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Abstract: The “caxeta” [Tabebuia cassinoides (Lam.) DC., Bignoniaceae] is exclusive of Brazil, where it occurs
in flooded areas of the coastal plains, between the states of Pernambuco and Santa Catarina, forming large
populations called “caxetais”. Bryophytes collections were made in 1988, 1993 and 1995, in the “caxetal” of
Ubatuba, SP, Brazil. The material is deposited in the Herbaria SP and HRCB. This paper lists two divisions of
bryophytes, with the total of 25 families, 61 genera, 109 species, one subspecies and four varieties. Lejeuneaceae
totals the largest numbers of genera, species and of collected samples. The bryophytes were usually found on
bark of living phorophytes and in a single kind of substrate. The bryoflora from “caxetal” is similar to that one
reported for the Atlantic rain forest of the State of São Paulo. The liverworts Colura cylindrica and
Leptolejeunea obfuscata are new records for the State of São Paulo.
Resumo: A caxeta [Tabebuia cassinoides (Lam.) DC., Bignoniaceae] é exclusiva do Brasil, onde ocorre em
áreas alagadas da planície litorânea, entre os Estados de Pernambuco e Santa Catarina, formando grandes
populações denominadas de caxetais. Coletas de briófitas foram realizadas em 1988, 1993 e 1995, no caxetal de
Ubatuba, SP, Brasil. O material encontra-se depositado nos herbários SP e HRCB. O trabalho lista duas divisões
de briófitas, com o total de 25 famílias, 61 gêneros, 109 espécies, uma subespécie e quatro variedades.
Lejeuneaceae totaliza os maiores números de gêneros, espécies e de amostras. As briófitas foram geralmente
encontradas em casca de forófitos vivos e num único tipo de substrato. A brioflora do caxetal é semelhante
àquela registrada para a Mata Atlântica do Estado de São Paulo. As hepáticas Colura cylindrica e Leptolejeunea
obfuscata são citadas pela primeira vez para o Estado de São Paulo.
Segundo classificação de Köppen, a área situa-se sob O presente trabalho lista duas divisões de briófitas,
clima Af, tropical chuvoso, com chuvas durante todo com o total de 25 famílias, 61 gêneros, 109 espécies,
o ano, onde as geadas são raras, geralmente de uma subespécie e quatro variedades para o caxetal,
intensidade baixa e não causam danos à vegetação em Ubatuba, SP, Brasil.
(César & Monteiro 1995).
Gradstein, S. R., S. P. Churchill & N. Salazar-Allen Valente, E. B. & K. C. Pôrto. 2006b. Hepáticas
2001. Guide to the bryophytes of Tropical America. (Marchantiophyta) de um fragmento de Mata Atlântica
Memoirs of the New York Botanical Garden 86: 1– na Serra da Jibóia, Município de Santa Teresinha, BA,
577. Brasil. Acta Botanica Brasilica 20: 433–441.
Gradstein, S. R. & D. P. Costa. 2003. The Hepaticae and Vanini, A. 1999. Estudo comparativo de dois métodos de
Anthocerotae of Brazil. Memoirs of the New York amostragem fitossociológica em caixetais (floresta
Botanical Garden 87: 1–318. ombrófila densa permanentemente alagada).
Herzog, T. & A. Noguchi. 1955. Beitrag zur Kenntnis der Dissertação de Mestrado, Escola Superior de
Bryophytenflora von Formosa und den benachbarten Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São
Inseln Botel Tobago un Kwashyoto. The Journal of the Paulo, Piracicaba, 120p.
Hattori Botanical Laboratory 14: 29–70. Veloso, H. P. & L. Góes-Filho. 1982. Fitogeografia
Huttunen, S., M. S. Ignatov, K. Müller & D. Quandt. brasileira. Classificação fisionômico-ecológica da
2004. Phylogeny and evolution of epiphytism in the vegetação neotropical. Ministério das Minas e
three moss families Meteoriaceae, Brachytheciaceae, Energia/Secretaria Geral. Boletim Técnico, Projeto
and Lembophyllaceae. In B. Goffinet, V. Hollowell & RADAMBRASIL, Série Vegetação 1: 1–85.
R. Magill (eds.), Molecular systematics of bryophytes, Veloso, H. P., A. L. R. Rangel Filho & J. C. A. Lima.
pp. 328–361. Missouri Botanical Garden, St. Louis. 1991. Classificação da vegetação brasileira adaptada a
IBGE. 1992. Manual Técnico da Vegetação Brasileira. um sistema universal. Ministério da Economia,
Secretaria de Planejamento, Orçamento e Fazenda e do Planejamento. IBGE, Diretoria de
Coordenação. Fundação Instituto Brasileiro de Geociências, Departamento de Recursos Naturais e
Geografia e Estatística — IBGE. Diretoria de Estudos Ambientais, Rio de Janeiro, 124 p.
Geociências. Departamento de Recursos Naturais e Vilas Boas-Bastos, S. B., C. J. P. Bastos & J. Ballejos.
Estudos Ambientais, Rio de Janeiro, Série Manuais 2006. Novas ocorrências de hepáticas
Técnicos em Geociências, n.1, 92 p. (Marchantiophyta) para o Estado da Bahia. Boletim do
Joyce, M. V., Z. R. Mello & O. Yano. 2006. Briófitas da Instituto de Botânica: homenagem ao briólogo D. M.
Ilha de Palmas, Guarujá, São Paulo, Brasil. Boletim do Vital 18: 141–147.
Instituto de Botânica: homenagem ao briólogo D. M. Visnadi, S. R. 2004a. Briófitas de praias do Estado de São
Vital 18: 101–109. Paulo. Acta Botanica Brasílica 18: 91–97.
Lisboa, R. C. L., A. C. C. Tavares, & S. V. Costa Neto. Visnadi, S. R. 2004b. Distribuição da brioflora em
2006. Musgos (Bryophyta) e hepáticas diferentes fisionomias de cerrado da Reserva Biológica
(Marchantiophyta) da zona costeira do Estado do e Estação Experimental de Mogi-Guaçu, SP, Brasil.
Amapá, Brasil. Boletim do Instituto de Botânica: Acta Botanica Brasílica 18: 965–973.
homenagem ao briólogo D. M. Vital 18: 163–171. Visnadi, S. R. 2005. Brioflora da Mata Atlântica do estado
Mello, Z. R. & O. Yano. 1991. Musgos do manguezal do de São Paulo: região norte. Hoehnea 32: 215–231.
Rio Guaraú, Peruíbe, São Paulo. Revista Brasileira de Visnadi, S. R., D. R. Matheus & D. M. Vital. 1994.
Botânica 14: 35–44. Occurrence of bryophytes in areas polluted with
Oliveira, J. R. P. M., L. D. P. Alvarenga & K. C. Pôrto. organopollutants and on nearby vegetation, preliminary
2006. Briófitas da Estação Ecológica de Águas notes. The Journal of the Hattori Botanical Laboratory
Emendadas, Distrito Federal, material coletado por 77: 315–323.
Daniel Moreira Vital. Boletim do Instituto de Botânica: Vital, D. M. & R. A. Pursell. 1992. New or otherwise
homenagem ao briólogo D. M. Vital 18: 181–195. interesting records of Brazilian bryophytes. The
Patrus, P. & M. F. V. Starling. 2006. Briófitas da Serra do Journal of the Hattori Botanical Laboratory 71: 119–
Curral, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Boletim 122.
do Instituto de Botânica: homenagem ao briólogo D. Vital, D. M. & S. R. Visnadi. 1994. Briófitas de um trecho
M. Vital 18: 123–129. de restinga da Estação Ecológica da Juréia, Peruíbe,
Pôrto, K. C., S. R. Germano & G. M. Borges. 2004. Estado de São Paulo, Brasil. In S. Watanabe (coord.),
Avaliação dos brejos de altitude de Pernambuco e Anais do III Simpósio de Ecossistemas da Costa
Paraíba, quanto à diversidade de briófitas, para a Brasileira. Aciesp, São Paulo, v. 3, p. 153–157.
conservação. In K. C. Pôrto, J. J. P. Cabral & M. Vital, D. M. & S. R. Visnadi. 2000. New records and notes
Tabarelli (orgs.), Brejos de altitude em Pernambuco e on Brazilian bryophytes. The Journal of the Hattori
Paraíba: história natural, ecologia e conservação, pp. Botanical Laboratory 88: 191–197.
79–97 (Série Biodiversidade, 9). Ministério do Meio Yano, O. 1981. A checklist of Brazilian mosses. The
Ambiente, Brasília. Journal of the Hattori Botanical Laboratory 50: 279–
Resolução SMA no. 11 de 13 de abril de 1992. Estabelece 456.
normas para exploração da caixeta (Tabebuia Yano, O. 1984. Checklist of Brazilian liverworts and
cassinoides) sob regime de rendimento auto-sustentado hornworts. The Journal of the Hattori Botanical
no Estado de São Paulo. Sítio do Portal do Governo do Laboratory 56: 481–548.
Estado de São Paulo, Coordenadoria de Licenciamento Yano, O. 1989. An additional checklist of Brazilian
Ambiental e de Proteção de Recursos Naturais, Sigam - bryophytes. The Journal of the Hattori Botanical
Sistema Integrado de Gestão Ambiental Laboratory 66: 371–434
(http//sigam.ambiente.sp.gov.br). Yano, O. 1995. O. A new additional annotated checklist of
Stephani, F. 1912–1917. Species Hepaticarum. Bulletin de Brazilian bryophytes. The Journal of the Hattori
L’ Herbier Boissier 5: 1–1022. Botanical Laboratory 78: 137–182.
Valente, E. B. & K. C. Pôrto. 2006a. Novas ocorrências de Yano, O. 2002. Lejeuneaceae (Marchantiophyta) do
hepáticas (Marchantiophyta) para o Estado da Bahia, manguezal do litoral sul de São Paulo, Brasil. In Anais
Brasil. Acta Botanica Brasilica 20: 195–201. do II Congresso Brasileiro de Pesquisas Ambientais
(em CD CBPA/2002), p. 1–11.
Yano, O. 2004. Novas ocorrências de briófitas para vários Yano, O. & D. F. Peralta. 2005. Hepáticas
estados do Brasil. Acta Amazonica 34: 559–576. (Marchantiophyta) de Mato Grosso. Hoehnea 32 (2):
Yano, O. 2005. Adição às briófitas da Reserva Natural da 185–205.
Vale do Rio Doce, Linhares, Espírito Santo, Brasil. Yano, O. & D. F. Peralta. 2006a. Briófitas coletadas por
Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão 18: 5–48 Daniel Moreira Vital no Estado da Bahia, Brasil.
(Nova Série). Boletim do Instituto de Botânica: homenagem ao
Yano, O. 2006a. Novas adições ao catálogo de briófitas briólogo D. M. Vital 18: 33–73.
brasileiras. Boletim do Instituto de Botânica 17: 1–142. Yano, O. & D. F. Peralta. 2006b. Novas ocorrências de
Yano, O. 2006b. Novas adições às briófitas brasileiras. briófitas para os Estados de Alagoas e Sergipe, Brasil.
Boletim do Instituto de Botânica: homenagem ao Arquivos do Museu Nacional 64: 287–297.
briólogo D. M. Vital 18: 229–233. Yano, O. & D. F. Peralta. 2007. Flora dos Estados de
Yano, O. & A. B. Carvalho. 1994. Musgos do manguezal Goiás e Tocantins – Criptógamos: Musgos
do Rio Itanhaém, Itanhaém, São Paulo. In S. Watanabe (Bryophyta). Universidade Federal de Goiás, Série
(coord.), Anais do III Simpósio de Ecossistemas da Criptógamos: Bryophitas 6: 1–333.
Costa Brasileira. Aciesp, São Paulo, v. 1, p. 362–366. Yano, O. & K. C. Pôrto. 2006. Diversidade das briófitas
Yano, O. & Z. R. Mello. 1999. Frullaniaceae dos das matas serranas do Ceará, Brasil. Hoehnea 33: 7–39.
manguezais do litoral sul de São Paulo, Brasil.
Iheringia, Série Botânica 52: 65–87.