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QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DA 1ª GUERRA

MUNDIAL?

A Primeira Guerra Mundial foi um conflito mundial que aconteceu entre 1914 e 1918,
na Europa. Esta ficou conhecida como a “Grande Guerra”, porque até aquele momento,
nenhum outro confronto tinha assumido proporções tão devastadoras. Para além disso
esta guerra foi profundamente diferente de todas as outras devido á sua tecnologia.
Vários foram os fatores que deram origem a este conflito como se pode ver no livro
“Historia Universal del Siglo XX” (pág.90). Desde o século XIX que as potências
europeias rivalizavam entre si o domínio das colónias da África e da Ásia (imperialismo
económico). O rápido crescimento económico da Alemanha ameaçava outras potências
como a França, Inglaterra e a própria Rússia. Os alemães queriam, ganhar a posição que
a Inglaterra tinha, sendo esta a “Rainha dos Mares”. O nacionalismo exagerado foi
também um dos principais motivos que deram origem a este acontecimento assim como
a corrida ao armamento (as nações correram para se armar á medida que a tensão
aumentava). Mas, o estopim da guerra foi quando um estudante Sérvio assassinou o
herdeiro do trono da Áustria-Hungria. Devido a este clima de tensão foi criada uma
política de alianças: A Tríplice Aliança da qual faziam parte a Alemanha, Itália e o
Império Austro-Húngaro e a Tríplice Entente formada pela Inglaterra, Estados Unidos,
França e Rússia. Este conflito terminou então com a derrota dos Aliados.
Após a primeira guerra mundial foi assinado a 28 de junho de 1919 o tratado de
Versalhes que foi um acordo de paz assinado pelos países europeus. Neste tratado a
Alemanha assumiu a responsabilidade pelo conflito mundial, comprometendo-se a
cumprir uma série de exigências políticas, económicas e militares. Esta comprometeu-se
a pagar indeminizações aos países vencedores causadas pela guerra, perdeu territórios,
foi obrigada a entregar todo o material de guerra alemão entre outras.
O fim da Primeira Guerra Mundial provocou grandes alterações no mapa político da
Europa tal como é referido no livro “Historia Universal del Siglo XX” (pág.91).
Derrotados, os impérios autocráticos foram desmembrados e deram lugar a novos
Estados que, na sua maioria, se constituíram como repúblicas parlamentares, segundo o
princípio das nacionalidades. O Império Russo, dá lugar á URSS e perdeu territórios
para a Polónia e Ucrânia; o império alemão abandonou os territórios polacos, perdeu a
Alsácia e Lorena, e entregou territórios á Bélgica Dinamarca e Checoslováquia; o
império Austro-Húngaro desapareceu e deu lugar a novos estados como a Áustria,
Hungria e Checoslováquia e por fim o império Otomano que viu o seu espaço reduzido
á atual Turquia.

Com o objetivo de instituir uma nova ordem internacional marcada pela preocupação
em salvaguardar a paz e promover a cooperação internacional, foi instituída a Sociedade
das Nações. Esta tinha como objetivo fundamental desenvolver a cooperação entre as
nações e garantir a paz e segurança. Contudo esta acabou por não conseguir os seus
objetivos, dada a incapacidade de suster os novos focos de instabilidade que foram
surgindo.
A Grande Guerra pôs também fim á chamada “belle époque”. Esta expressão designava
o clima intelectual e artístico do período marcado por profundas transformações
culturais que se traduziram em novos modos de pensar e viver o quotidiano. Estava-se a
entrar naquilo que se veio a chamar de sociedade de bem-estar e o que lhes parecia é
que o futuro só podia ser melhor. Este período foi marcado pela euforia provocada pelo
progresso tecnocientífico da segunda metade do século XIX. Os meios de comunicação
tornaram-se cada vez mais importantes transmitindo uma europa feliz. E quando a belle
époque acaba começam a surgir repórteres de guerra.
Para além das alterações geopolíticas referidas acima, a Primeira Guerra Mundial
provocou profundas transformações na situação económica e financeira do velho
continente como podemos ver através do livro “Historia Universal del Siglo XX”
(pág.103). As enormes perdas humanas (aproximadamente 10 milhões de mortes),
materiais, a inflação galopante assim como o agravamento do défice provocados pela
guerra tornaram a Europa dependente dos EUA que, passando a contar com um amplo
mercado consumidor externo que juntam ao seu já forte mercado interno, vivem, nos
anos 20, tempos de grande prosperidade económica.

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