A cena se passa no Reino Inventado de Antenoria. Data:
1887.
Cena Única
Uma sala no palácio de um rei chamado Astolfo.
Presentes estão quatro condenados e o conselheiro real ao lado do rei. Rei Astolfo- O que vocês acham que eu faço com infelizes que atracam em minhas praias e não avisam sua chegada a mim?
Condenado I- Vossa Majestade é conhecido por entregar
esses condenados aos crocodilos e hipopótamos.
Condenado II- Vossa Majestade também tem éguas que
comem carne humana.
Condenado III- E Vossa Majestade também deixa a pão e
água os condenados.
O Rei se sente orgulhoso ao ouvir tudo isso.
Rei Astolfo- Bom, pelo menos vocês sabem de meus bons
atos. Condenado I- Sabe, Majestade, o senhor não ganharia muito nos condenando.
Rei Astolfo- Não ganharia por quê?
Condenado II- Porque já somos homens velhos e nossa
morte irá realmente acontecer mais cedo ou mais tarde.
Rei Astolfo- Mas vocês são estrangeiros. E todos sabem
que não gosto de estrangeiros em meu reino.
Condenado III- Mas Vossa Majestade, nós não temos
culpa de ter parado em vosso reino.
Condenado- Sim, nosso barco naufragou em seu reino.
Rei Astolfo- Mas eu não gostei de vocês. Não sei porque vocês me fazem lembrar de alguém.
Condenado II- Por favor, Vossa Majestade, não nos
condene.
Rei Astolfo- E por que não? Eu iria me divertir fazendo
isso.
Condenado III- Majestade, ouça nossos apelos. Nós somos
apenas homens velhos querendo uma morte pacífica.
Rei Astolfo- Vou deixá-los presos e depois ver o que faço
com vocês.(Ao Conselheiro)- Chame os guardas para levar esses homens velhos. Conselheiro- Guardas! Guardas!
Três guardas entram em cena.
Conselheiro- Levem os três condenados à prisão.
Os guardas saem escoltando os velhos condenados.
Rei Astolfo- Ainda não sei o que faço com estes pobres diabos, a minha inspiração o dirá. Agora quero sair um pouco e tomar sol no jardim. Acompanhe-me, conselheiro.
Conselheiro- Como quiser, Majestade.
O Rei Astolfo e o Conselheiro saem. Ouvimos barulho de vozes falando. São os três condenados. O pano desce rapidamente.