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A igreja em Esmirna tinha um problema com os falsos judeus (Ap 2.9), a igreja em
Filadélfia também (Ap 3.9). As duas igrejas são provadas, e a promessa para ambas seria
receber a coroa (Ap 3.11). São duas igrejas muito semelhantes.
Cremos que as igrejas depois de Tiatira vão estar aqui por ocasião da volta do Senhor.
Qual é a base para essa afirmação? Porque em cada uma delas há uma menção da volta do
Senhor.
Na igreja em Tiatira, há a menção da Estrela da Manhã; na igreja em Sardes, o
Senhor vem como ladrão e na igreja em Filadélfia se menciona a hora da provação que há
de vir sobre todos que habitam sobre a terra, ou seja, a Grande Tribulação.
Essas três igrejas falam da volta do Senhor, portanto são igrejas que apontam para o
nosso tempo.
Não se deve desanimar se porventura uma porta se fechar. Conta-se que, certa vez,
um homem estava viajando num barco que naufragou, só ele escapou. Ele foi então parar
numa ilha deserta.
Ali, tentando sobreviver debaixo de chuva e sol, clamou a Deus, e pediu a graça de
poder construir uma choupana para se abrigar dos elementos da natureza. O Senhor o
capacitou e ele construiu uma choupana.
E lá vivia com tranqüilidade, mas o seu desejo era ir embora. Até que um dia ele orou
ao Senhor pedindo-O que enviasse alguém para resgatá-lo. Numa manhã, ele estava na
praia e começou a chover, quando de repente um raio caiu em cima da sua choupana
incendiando-a.
Aquilo o deixou desolado e chateado com Deus. Primeiro, o barco afundara e agora a
choupana tinha sido destruída. “Numa ilha tão grande o raio tinha que cair justamente em
cima da minha choupana?”, Lamentava ele.
Às vezes, para o barco da salvação chegar, Deus tem de queimar sua choupana. Esse
incêndio é só um sinal de que algo maior está vindo lá do mar. O Senhor tem as chaves.
Eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar. (Ap 3.8)
A igreja em Filadélfia tem prosperado e crescido. As igrejas que avançam nessa visão
de relacionamento intenso com Deus e de comunhão profunda são igrejas que crescem e
ninguém pode resisti-las.
a. Tem pouca força
Filadélfia, porém, é uma igreja de pouca força. Certamente, não se refere aqui à sua
força espiritual, mas à sua força política. Tiatira e Sardes são igrejas fortes, ambas são
mantidas por verbas de governos em muitos países europeus, mas as igrejas representadas
por Filadélfia são igrejas independentes, sem poder político.
Para elas, o nome vem antes de ser cristão. É comum ouvir as pessoas dizerem “eu
sou isso ou aquilo”, antes de se declararem cristãos. Mas Filadélfia não é assim. O nome
não importa, não faz diferença a placa que está na porta do prédio. Precisamos ter cuidado
para não negar o nome do Senhor amando o nome de uma denominação.
c. A Sinagoga de satanás
Alguns problemas são recorrentes entre as Igrejas. O primeiro foi a questão dos
nicolaítas que aparece nas Igrejas de Éfeso e Pérgamo. A segunda questão é o problema do
judaísmo.
O segundo elemento que caracteriza o judaísmo é a Lei. Essa lei era exterior, escrita
em tábuas de pedras. Hoje a lei do Espírito está escrita na tábua do nosso coração. Essa é
uma grande diferença.
O quarto elemento que caracteriza o judaísmo são as promessas. Hebreus 8.6 afirma
que as promessas da nova aliança são muito superiores.
No verso nove, o Senhor diz que fará com que alguns dos que são da sinagoga de
satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são, venham e prostrem-se aos
pés da Igreja e conheçam que o Senhor tem amado Filadélfia. A Igreja não tem nada a ver
com o judaísmo. Não temos que voltar para as práticas judaicas, devemos antes seguir as
práticas apostólicas.
A Igreja que será arrebatada é a de Filadélfia. A Igreja que ama o Senhor, que ama
uns aos outros, a Igreja do amor fraternal. Ela será guardada da hora da tribulação.
Nosso encargo é ser Filadélfia. Nosso anseio é ser qualificado como ela diante de
Deus.
Venho sem demora. Conserva o que tens para que ninguém tome a tua coroa. (Ap 3.11)
Esses irmãos de Filadélfia já possuem a coroa, todavia ela pode ser tomada. Por isso o
Senhor adverte: conserva o que tens, porque pode ser perdido.
A salvação é algo que já está definido na nossa vida. É eterna e ninguém poderá
tomá-la. A coroa, porém, é algo que pode ser tomado. A coroa ou o prêmio depende de
como nós terminamos a corrida.
Um atleta pode começar mal a corrida, mas no meio do trajeto pode se recuperar e até
vencê-la. O que importa é a maneira como ele finaliza. Algumas pessoas começam bem e
terminam mal, outros, porém, começam mal e terminam bem. Para Deus o que interessa é o
fim da carreira.
Por isso não podemos ficar acomodados pensando que a questão da recompensa já
está resolvida. A recompensa está em aberto. Salomão foi alguém que começou bem. Um
dia, o Senhor apareceu-lhe e disse: Salomão peça o que quiser, meu filho, eu lhe darei.
Salomão começou bem, pediu sabedoria. Mas como terminou? A Bíblia registra que ele se
casou com setecentas mulheres e se envolveu com idolatria por causa delas.
Jacó, por outro lado, começou mal, enganando o pai e o irmão, mas teve um fim
diferente. Depois de lutar com Deus, foi transformado em Israel — Aquele que lutou com
Deus e prevaleceu.
A nossa trajetória pode ter iniciado mal, mas o importante é o final da história. Não
devemos nos acomodar por causa de um bom começo, o que interessa é como concluiremos
diante de Deus a nossa carreira.
É por isso que Ele adverte sobre conservar o que temos (Ap 3.11). A coroa que você
tem pode ser passada para outro se você parar ou desviar-se do alvo no meio do caminho.
A coroa nos fala de uma posição que esta igreja já possui, mas que pode ser perdida.
Perde-se a coroa quando delega-se a outros o que não poderia ser delegado. Saul perdeu
definitivamente a coroa no dia em que delegou a Davi a responsabilidade de lutar com
Golias.
Quantos pastores têm perdido suas igrejas porque delegaram a direção a outros.
Quantas esposas delegaram para secretárias a sua responsabilidade para com o marido.
Quantos pais delegaram a educação dos filhos a outros. Todos eles perderam a sua posição,
porque passaram a coroa. Na verdade, a coroa não é forçosamente tomada, simplesmente a
entregamos.
Ao vencedor fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá. (Ap 3.12)
Ser coluna é uma grande glória. É ser sustentação e ornamento. Será coluna no futuro
aquele que já é coluna hoje na igreja. Deus nos deu um testemunho para sustentarmos.
Aquele que resiste é coluna.
Ser considerado coluna é ter primazia, posição de muito maior honra. Retire a coluna
e o prédio cairá. Uma coisa é ser parede, outra é ser coluna. Alguns são pedras de
edificação, outros são colunas de sustentação (1Pe 2.4,5). Sem coluna não há prédio.
Ninguém pode tocá-la indevidamente, ninguém pode furá-la inadvertidamente. É posição
de honra.
A cada igreja, o Senhor dá uma promessa para o vencedor. Seu propósito é a nossa vitória.
Ser um vencedor é responder em cada uma das advertências que o Senhor faz a cada uma
das igrejas.