Você está na página 1de 10

25/10/2022 14:43 Carta às 7 igrejas: Filadélfia

Carta às 7 igrejas: Filadélfia


reieterno.com.br/carta-as-7-igrejas-filadelfia/

By Site Rei Eterno - ADM 13 de julho de 2016

Como temos visto, em Apocalipse 2 e 3, o Senhor, através do apóstolo João, enviou


cartas às sete igrejas da Ásia Menor (hoje Turquia). Aparentemente, os pastores dessas
igrejas se reuniram na ilha de Patmos, para visitar o apóstolo exilado, receberam
exemplares do livro de Apocalipse, levaram para suas cidades e assim começou a
distribuição do livro de Apocalipse no final do primeiro século.

Apocalipse 3

7 E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é
verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e
ninguém abre:

8 Conheço as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a
pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu
nome.

9 Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não
são, mas mentem: eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e
saibam que eu te amo.

10 Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora


da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.

11 Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua
coroa.

12 A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e
escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a
nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.

13 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

É óbvio que não existe uma igreja perfeita, pela razão óbvia de que não há um
cristão perfeito. Uma igreja é um conjunto de cristãos imperfeitos e, por
consequência é, em si mesma, imperfeita.

Não existe um pastor perfeito. Todos nós somos imperfeitos. Nós todos ficamos
aquém do padrão absoluto de santidade que Deus estabeleceu.

Mesmo diante da realidade da imperfeição, é possível ser fiel, obediente, diligente,


e agradar ao Senhor como uma congregação.

https://www.printfriendly.com/p/g/H9Ukaw 1/10
25/10/2022 14:43 Carta às 7 igrejas: Filadélfia

É possível ser uma igreja que o Senhor abençoa por ser uma igreja que é
realmente fiel a Ele. Era o caso da igreja de Filadélfia.

Conforme o verso 8, era uma igreja com pouca força, no sentido de ser pequena,
com poucos cristãos, mas grande em fidelidade. Esta era uma pequena igreja no
primeiro século. Nesta carta, tal como a carta dirigida à igreja de Esmirna, não há
alertas, condenações, ameaças e julgamentos. Era uma igreja agradável e aceitável
ao Senhor.

Éfeso odiava as heresias e o mal, mas tinha abandonado o amor zeloso por Cristo.
Ela foi ameaçada de juízo.
Pérgamo perseverava diante da perseguição, mas também foi ameaçada de juízo
por se comprometer com o mundo, a idolatria e a imoralidade.
Tiatira teve reconhecidas as evidências de amor, fé e serviço, mas foi além de se
comprometer com o mundo, abrindo as portas e deixando o mundo entrar. O
pecado estava sendo aceito e defendido dentro da igreja. Jesus emitiu juízo contra
ela.
Sardes não teve reconhecido nada de bom. Estava espiritualmente morta. Havia
apenas um pouco de vida lá. O Senhor emite juízo e anima alguns a perseverarem.

Há uma progressão aqui. Há a perda do primeiro amor, depois vem o compromisso


com o mundo, e o mundo vem e o pecado é aceito, então a igreja começa a morrer.
Em última análise, acaba como Laodiceia, uma igreja que o Senhor vai vomitar de
Sua boca. Uma igreja onde Ele está do lado de fora, batendo na porta. Mas antes
deste trágico final, chegamos à igreja de Filadélfia, e há uma pausa nesta triste
progressão.

Filadélfia ficava a 48 km ao sudeste de Sardes, na Ásia Menor (atual Turquia). Foi


fundada por Eumenes, rei de Pérgamo, no século II A.C., tendo recebido nome de seu
irmão, Atalo, cuja lealdade lhe conquistou o título de “Filadelfo”. Então, ele foi apelidado
de Filadélfia, porque era conhecido como tendo um amor especial por seu irmão, e que
se tornou o nome da cidade que ele fundou. Significa “amor fraternal”.

A cidade de Filadélfia era rica em agricultura, devido ao depósito de cinzas vulcânicas,


mas sofria frequentemente com terremotos devastadores. Em 17 dC, um forte terremoto
destruiu 12 cidades na área, incluindo Sardes e Filadélfia. E, novamente, em 60 dC, um
terremoto destruiu Laodiceia. O imperador Cesar Tibério ajudou a reconstruir Filadélfia e
Sardes. Assim, um monumento foi feito para ele em sua adoração.

Nós não sabemos nada sobre a igreja em Filadélfia. Era uma daquelas igrejas
fundadas a partir da difusão do Evangelho em Atos 19:10.

Poucos anos depois que João escreveu o Apocalipse, no final do primeiro século, um
dos pais da igreja primitiva, Inácio, passou por Filadélfia em seu caminho para o martírio
em Roma.

https://www.printfriendly.com/p/g/H9Ukaw 2/10
25/10/2022 14:43 Carta às 7 igrejas: Filadélfia

Sabemos que alguns dos crentes de Filadélfia foram martirizados com Policarpo de
Esmirna. Essa igreja durou firmemente por muitos séculos, até que toda a região foi
invadida pelos muçulmanos no século XIV.

A carta começa dizendo: “E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz
o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e
ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre” (v.7). É a primeira descrição do autor que
não é retirada a partir da visão no capítulo 1, mas que se encaixa bem nessa igreja fiel.

O autor descreve a si mesmo de quatro maneiras distintas. Usa um estilo bastante


hebraico, típico do Antigo Testamento: “Aquele que é santo”. Refere-se a nenhum
outro, senão Deus. Jesus Cristo, que é a cabeça da igreja, é o autor da carta, e
Jesus é Deus.

Os anjos proclamaram: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra
está cheia da sua glória” (Isaías 6:3). Os quatro animais no Apocalipse diziam
ininterruptamente: “Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que
era, e que é, e que há de vir” (Apocalipse 4:8).

Deus é santo, Jesus Cristo é Deus e, portanto, igualmente santo. Então, Jesus se
apresenta como “Aquele que é santo”. Até os demônios, ao serem repreendidos por
Jesus, declararam: “Bem sei quem és: o Santo de Deus”. (Marcos 1:24). Sobre sua
santidade, Pedro declarou: “Como é santo aquele que vos chamou, sede vós
também santos em toda a vossa maneira de viver” (I Pedro 1:15).

Poderia ser uma introdução assustadora numa carta, porque a santidade divina não
pode tolerar o pecado e olhar para a iniquidade e para o mal. Ele é verdadeiro, e Sua
verdade é um padrão absoluto. Ele é o verdadeiro Deus, em quem não tem lugar o erro
ou a falsidade. Mas, o Santo se apresenta como tal, e não dá nenhuma repreensão,
ameaça, alerta, condenação e julgamento sobre esta igreja. É o Santo que fala bem
dessa igreja.

Ele diz que é “o que tem a chave de Davi” (v.7). Ele é chamado “a raiz de Davi”
(Apocalipse 5:5; 22:16). Aqui, Ele possui a chave de Davi. Dizer que Jesus é a raiz de
Davi significa dizer que Ele é Deus. Ele é a fonte de Davi. Davi lhe chama Senhor e
também o identifica como Filho (Salmo 2:6-7).

Ele tem a chave de Davi. O que isso significa? Ele tem a autoridade messiânica. Na
linhagem de Davi, Ele é o Messias. Ele possui a chave. A chave é o emblema da
autoridade, controle final, a soberania. É uma referência direta a Eliaquim, filho de
Hilquias, que tinha a chave de todos os tesouros do rei, que tinha autoridade sobre o
tesouro real.

https://www.printfriendly.com/p/g/H9Ukaw 3/10
25/10/2022 14:43 Carta às 7 igrejas: Filadélfia

E será naquele dia que chamarei a meu servo Eliaquim, filho de Hilquias; E vesti-
lo-ei da tua túnica, e cingi-lo-ei com o teu cinto, e entregarei nas suas mãos o teu
domínio, e será como pai para os moradores de Jerusalém, e para a casa de Judá.
E porei a chave da casa de Davi sobre o seu ombro, e abrirá, e ninguém fechará; e
fechará, e ninguém abrirá” (Isaias 22:20-22).

Jesus Cristo é, então, o Santo, o Verdadeiro, e quem tem acesso a todos os


tesouros do céu, e que os derrama por Sua própria vontade soberana sobre Seu
povo. Soberania e autoridade para abrir as riquezas do céu a qualquer pessoa.

Ele é a raiz de Davi, aquele que trouxe Davi para a existência. Ele é filho de Davi,
nascido na linhagem de Davi. Ele é o Rei Ungido, o Messias. Ele tem toda a
autoridade para dispensar todas as bênçãos do céu.

Por isso a Palavra diz: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual
nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo”
(Efésios 1:3);

Ele tem o controle completo do reino e seus recursos. Quando Ele abre, ninguém
fecha. E quando Ele fecha, ninguém abre.

Ele é o único que decide quem entra no reino. Ele possui as chaves. Ele tem as
chaves para o céu e tem as chaves da morte e do inferno (Apocalipse 1:8).

Ele é o Senhor, Santo, Verdadeiro, aquele que dispensa todas as bênçãos do céu,
aquele que abre a porta do reino, a porta da salvação, à Sua escolha soberana.
Somente Ele faz isso. Ele disse: “Eu sou a porta”. “Eu sou o caminho, a verdade e a
vida, ninguém vem ao Pai se não for por mim”.

No versículo 8, Ele diz para aqueles em Filadélfia: “Eis que diante de ti pus uma porta
aberta, e ninguém a pode fechar”. Ou seja, “Eu abri o reino para vocês”, “Eu dei-lhe
acesso a tudo no reino”. Temos aqui a graça de nosso Senhor em direção àqueles
verdadeiros crentes. O Senhor não os repreende em nada. Isso é encorajador, porque
eles não eram uma igreja perfeita.

Não pode haver uma igreja perfeita. Mas eles eram uma verdadeira e fiel igreja. E,
consequentemente, o Senhor abriu o reino a eles e todas as suas bênçãos, e todos
os seus tesouros. Ele diz: “Conheço as tuas obras”. Ele sabe tudo que há para saber
sobre eles. Ele nunca diz nada específico sobre a igreja em Filadélfia. Só afirma que eles
são uma igreja que Ele abençoará.

E o que os caracteriza? Primeiro de tudo, Ele diz: “Tendo pouca força” (v.8). Não era
uma igreja fraca espiritualmente, mas uma pequena igreja, um pequeno grupo de
pessoas. Era uma pequena igreja de verdadeiros adoradores, que amavam a Cristo e
estavam sustentando a verdade, e vivendo em obediência a ela.

https://www.printfriendly.com/p/g/H9Ukaw 4/10
25/10/2022 14:43 Carta às 7 igrejas: Filadélfia

“Tendo pouca força guardaste a minha palavra” (v.8). Eles estavam vinculados à
Escritura. Eles não se afastaram da obediência ao Senhor.

A obediência é uma marca de um verdadeiro crente: “Se alguém me ama, guardará a


minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada”
(João 14:23). Eles também foram caracterizados pela lealdade: “E não negaste o meu
nome” (v.8). Isto indica que eles viviam sob pressão.

Eles não se dobraram diante da perseguição. Não deixaram o seu primeiro amor,
não absorveram o mundo e não toleraram o pecado. Quando se diz: “Não negaste o
meu nome”, quer dizer que nunca negaram qualquer aspecto do que Jesus é. A
pregação do evangelho no livro de Atos foi a pregação do nome de Cristo, tudo o que
Ele é.

Portanto, esta era uma igreja caracterizada por poder, obediência, resistência e
perseverança. O Senhor disse: “Guardaste a minha palavra, e não negaste o meu
nome” (v.8) e “guardaste a palavra da minha paciência” (v.10). Isso indica que eles
enfrentavam perseguições e eram odiados pelos gentios e por falsos judeus, “que se
dizem judeus, e não são” (v.9). Mas eles tinham mantido a obediência ao Senhor e
suportavam pacientemente todas as coisas. Isto é perseverança.

Foi o que João disse no início do Apocalipse: “Eu, João, que também sou vosso
irmão, e companheiro na aflição, e no reino, e paciência de Jesus Cristo…”
(Apocalipse 1:9). Através de provas e perseguições, aqueles cristãos fiéis
pacientemente nunca vacilaram em seu compromisso com Cristo. Esta é a
verdadeira igreja, a igreja fiel. Há igrejas como essa hoje.

A igreja de Filadélfia, por causa do seu poder, obediência, lealdade e resistência,


recebeu alguns privilégios surpreendentes. Após o elogio, chegamos ao que poderíamos
chamar de compromisso divino: “diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a
pode fechar” (v.8).

Em outras palavras: “Eu estou te dando acesso total ao reino e ninguém pode
alterar isso. Eu estou te dando uma porta aberta para o reino”. Esta ‘porta aberta’
tem uma conotação de oportunidade de avançar, testemunhar e pregar o evangelho, tal
como vemos em I Coríntios 16:9, II Coríntios 2:12 e Colossenses 4:3.

Agora, o Senhor promete: “Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se
dizem judeus, e não são, mas mentem: eis que eu farei que venham, e adorem
prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo” (V.9). Aparentemente havia uma
população judaica grande o suficiente para ter uma sinagoga, formada por pessoas que
se diziam judeus, mas não eram.

Os judeus sempre tinham sido uma sinagoga de Deus. Eles comemoravam o fato de que
eles adoravam o único Deus verdadeiro. Mas, eles rejeitaram o seu Messias; e em
rejeitar seu Messias, o Senhor Jesus Cristo, o Judaísmo realmente se mostrou tão

https://www.printfriendly.com/p/g/H9Ukaw 5/10
25/10/2022 14:43 Carta às 7 igrejas: Filadélfia

satânico quanto o culto ao imperador, ou o culto de qualquer outro deus falso, ou


qualquer religião falsa. Eles blasfemavam contra Cristo; portanto, eles odiavam Deus.

Eles se diziam ser judeus, mas não eram. Eles não eram verdadeiros filhos de Deus.
Eles não eram verdadeiros filhos de Abraão. Eles podiam ser judeus geneticamente,
legalmente, cerimonialmente, mas eles não eram judeus espiritualmente. Foi o que
Jesus disse aos líderes que se diziam judeus: “Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as
obras de Abraão… Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de
vosso pai” (João 8:39,44).

Paulo diz que nem todo o Israel é Israel. Nem todos os judeus são verdadeiros judeus
(Romanos 2:28-29). Naquela época tínhamos os judeus, que não eram verdadeiros
judeus, perseguindo os cristãos. Ao longo da história, até nossos dias, temos também
cristãos, que não são verdadeiros cristãos, perseguindo os judeus.

O Senhor diz: “Vou fazê-los vir e se prostrarem a seus pés, e os farei saber que eu
te amo”. Essa é a postura de um inimigo humilhado e derrotado. É uma situação
semelhante aos relatos de Isaias 45:14; 49:23 e 60:14, quando inimigos de Israel se
prostraram diante dele por causa do Senhor.

Penso que, no caso de Filadélfia, Deus havia aberto portas que ninguém poderia fechar,
para a pregação do evangelho, e muitos judeus se converteram. Muitos perseguidores
foram salvos e puderam contemplar a obra de Deus naquela igreja.

Isto, naturalmente, faz-nos pensar no fato de que, através de igrejas fiéis, ao longo da
história, Deus salvou judeus e gentios. E, no futuro, no final dos tempos, os judeus
crerão e “todo o Israel será salvo” (Romanos 11). Eles virão e se curvarão dizendo:
“Bem-aventurados são os pés dos que anunciaram o evangelho”.

Os judeus verão que a bênção de Deus tem estado na igreja. Eles vão ver que Deus
amou sua igreja. E eles estão vendo isto. Aqui mesmo, em nossa igreja, temos muitos
judeus que se converteram a Cristo, mas no final, toda a nação se curvará à verdade do
evangelho proclamado pelos santos remidos.

E então o Senhor diz: “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te


guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os
que habitam na terra”.

Nós não temos certeza a que se refere especificamente isto. Poderia ser algo que
ocorreu, algum desastre natural, uma guerra, alguma perseguição elevada das quais
aquela igreja foi preservada. Algo que viria sobre todo o mundo. A palavra “mundo” pode
estar expressando algo dentro da perspectiva deles, ou seja, algo muito forte dentro do
mundo em que eles viviam.

https://www.printfriendly.com/p/g/H9Ukaw 6/10
25/10/2022 14:43 Carta às 7 igrejas: Filadélfia

Mas, pode haver algo mais aqui, porque a linguagem é muito, muito abrangente. Não
parece soar como uma angústia presente apenas na cidade de Filadélfia. Não é um
julgamento permanente ou eterno. Não parece ser apenas local. É algo que vem em
todo mundo, mas não sobre a igreja fiel.

Olhando para o fim da história da redenção, quando um tempo de julgamento severo virá
sobre a terra, algo que a Bíblia chama de a grande tribulação, a septuagésima Semana
de Daniel, é um tempo que é descrito a nós, de Apocalipse 6 a 18, em sequências de
julgamentos.

Poderia ser este o tempo da grande tribulação mencionado por Daniel, Ezequiel,
Zacarias, o Apocalipse? Isso pode significar que os cristãos fiéis não vão passar por
esse teste final? Esta é uma das passagens que é usada para ajudar a entender o
arrebatamento Pré-Tribulação.

Igrejas infiéis experimentarão julgamentos. Ele disse para a igreja em Éfeso que
removeria seu castiçal. À igreja em Pérgamo, Ele disse que batalharia contra ela com a
espada de sua boca. À igreja em Sardes, Ele disse que “virei sobre ti como um ladrão,
e não saberás a que hora sobre ti virei”.

Mas aqui Ele diz: “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te
guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os
que habitam na terra. Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que
ninguém tome a tua coroa”.

Você pode acumular recompensa celestial (galardão) como um crente fiel. Ter um
tesouro no céu, colocando, por assim dizer, ouro, prata, pedras preciosas lá. Os
verdadeiros crentes em Cristo, os vencedores, conforme descritos em I João 5,
manterão sua salvação, mas poderão perder a recompensa celestial.

Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é
Jesus Cristo. E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro,
prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará;
na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará
qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte
permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá
detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo” (I Coríntios 3:11-15).

Não podemos afirmar, mas é bastante consistente nas Escrituras quanto aos
acontecimentos finais. Poderia muito bem estar nos dizendo que vamos ser retirados
desta terra em um arrebatamento descrito na Palavra:

https://www.printfriendly.com/p/g/H9Ukaw 7/10
25/10/2022 14:43 Carta às 7 igrejas: Filadélfia

“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e
com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.
Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas
nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor”
( I Tessalonicenses 4:16-17).

Ele faz uma promessa final, onde quatro bênçãos eternas são dadas:

Primeiro: “A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca
sairá” (v.12).

O que isso significa? Exatamente o que Pedro disse:

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua
grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela
ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível,
incontaminável, e que não se pode murchar, guardada nos céus para vós, que
mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação, já prestes
para se revelar no último tempo, em que vós grandemente vos alegrais, ainda que
agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com
várias tentações, para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro
que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na
revelação de Jesus Cristo. (I Pedro 1:3-7)

Nos tempos antigos, os templos eram construídos com pilares. As pessoas importantes
eram homenageadas pela colocação de um pilar em um dos grandes templos. Eles
doavam o dinheiro para a construção da coluna e seu nome era colocado em cima desse
pilar.

Muitas vezes esses pilares eram cobertos com mármore, e, em seguida, com ouro e o
nome da pessoa estava lá. Era feito assim para ser um memorial perpétuo àquela
pessoa.

Filadélfia era uma cidade localizada perto de um grande campo vulcânico, sujeita a
muitos terremotos que destruíam os templos e suas colunas, onde eram gravadas
as honrarias humanas.

Mas os vencedores daquela cidade celestial terão seus nomes eternamente


gravados em colunas eternas.

Segundo: “E escreverei sobre ele o nome do meu Deus” (v.12).

É o equivalente a posse, a propriedade. Uma coluna nesse templo terá seu nome nela, e
Deus vai escrever Seu nome em você. É algo incrivelmente gracioso. Nós seremos
para sempre de Deus, para sempre honrados.

Terceiro: “[Escreverei] o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que


desce do céu, do meu Deus” (v.12).

https://www.printfriendly.com/p/g/H9Ukaw 8/10
25/10/2022 14:43 Carta às 7 igrejas: Filadélfia

Teremos uma coluna com o nosso nome, mostrando que seremos cidadãos
permanentes do céu. Deus vai colocar Seu nome em nós. Nós pertencemos a Ele.

E também teremos o nome da nova Jerusalém, que desce de Deus do céu, o que indica
a nossa pátria eterna. Sempre seremos cidadãos do céu, com todos os direitos e
privilégios na Cidade Eterna.

Quarto: “[Escreverei] também o meu novo nome” (v.12).

Ele vai escrever sobre nós o Seu novo nome. O que poderia ser esse nome? Bem,
quando Ele morreu, o Pai O ressuscitou dentre os mortos e Lhe deu um nome que está
acima de todo nome. Não sabemos qual é este novo nome, mas é um nome que
expressa a plenitude de Sua majestade eterna.

Esta era uma pequena igreja com poder, lealdade, obediência, resistência e
fidelidade. O Senhor disponibilizou a ela as riquezas do seu reino. Foi uma igreja
que foi usada pelo Senhor para alcançar muitos, inclusive muitos que a
perseguiam.

Ela foi livre de uma tribulação final que vem em todo o mundo. E quando o Senhor
vier, não será para julgar, mas para recompensá-la.

Ele lhe dará uma coluna com seu nome nele no templo celestial, escreverá o Seu
próprio nome nele, escreverá o nome da cidade santa, indicando a sua cidadania.

E até mesmo escreverá o novo nome que pertence a Cristo. Um nome que
expressa a plenitude de Sua majestade eterna.

Nós somos de Deus, somos de Cristo somos cidadãos do céu, seremos para
sempre honrados lá.

Este é o conforto além da imaginação. Qual a liderança, verdadeiramente espiritual, que


não gostaria de ler algo assim sobre sua igreja? Qual igreja não gostaria de ouvir esta
avaliação de si mesma? Ele diz: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às
igrejas” (v.13).

O santo, verdadeiro, soberano, poderoso Senhor sabia tudo sobre esta igreja. Eles
não eram perfeitos, mas eram fiéis. E Ele derramou privilégios eternos do céu
sobre eles.

https://www.printfriendly.com/p/g/H9Ukaw 9/10
25/10/2022 14:43 Carta às 7 igrejas: Filadélfia

Pai, nós somos gratos pela Tua Palavra. Esta é uma parte poderosa e
enriquecedora da Escritura. Sentimo-nos um pouco esmagados por todas essas
verdades; isso é tão incrível! Agradecemos-Te. Obrigado do fundo de nossos
corações por Tua bondade para conosco. Vivemos na esperança, uma esperança
viva, que temos ao olhar para o futuro. Senhor, fazei-nos continuar a sermos fiéis,
leais, obedientes, amorosos, perseverantes em meio à perseguição.

E que os nossos perseguidores se curvem diante de nós, ao ouvirem o Evangelho,


e que sejam quebrantados em arrependimento e fé em Cristo. Continue a usar
esta igreja, como Tu tens feito, a derramar Tuas bênçãos. E nós Te agradecemos
pelo privilégio. O que estamos desfrutando agora é uma pequena amostra do que
Tu tens preparado para nós em glória. Estamos tão ansiosos para ver a realidade
de tudo isso. Maranata, vem, Senhor Jesus. Amém.

Este sermão é uma série de 7:

Carta às 7 igrejas: Éfeso

Carta às 7 igrejas: Esmirna

Carta às 7 igrejas: Pérgamo

Carta às 7 igrejas: Tiatira

Carta às 7 igrejas: Sardes

Carta às 7 igrejas: Filadélfia

Carta às 7 igrejas: Laodiceia

Este texto é uma síntese do sermão “The Lord’s Word to His Church:
Philadelphia”, de John MacArthur em 18/10/2015.

Você pode ouvi-lo integralmente (em inglês) no link abaixo:

http://www.gty.org/resources/sermons/90-477/the-lords-word-to-his-church-
philadelphia

Tradução e síntese feitos pelo site Rei Eterno

https://www.printfriendly.com/p/g/H9Ukaw 10/10

Você também pode gostar