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O ser invisível: um poema sobre o homem

Eu sou o homem que é, mas não é

Sou a força desprezível dos físicos,

Impureza ínfima dos químicos,

Irracionalidade negada por Samos,

Eu sou.

Não me confundam com desproporção,

Nunca me ponderem desarmônico;

Concebam-me permanente e alterado,

Prefeito e inqualificável; livre, mas indeterminado;

Preso, mas divino.

Ininteligível aos sábios

Permaneço ignorado pelos literatos

Sendo invisível aos governantes, e obscuro à Graça,

tenho como meus senhores moralistas.

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