*ERNAO LOPES ‘CONCEGiO DA HISTORIA E METODO HISTORIOGRAFICO +O cardter acre obra de Feo Lopes doves, em rane pate, 2 eg- ralidace Ga sua concegte ca Hist, tnt em reaga0 8 Yasha istoropcs ‘corm ce autores cotarporseas «tes caso cronista, ndos os tens cue se renrtassem a ezartesimestos do passedo—Indeperdertamert de stem lends, conic radonel, romances de covaisenaratves de crénica ede lacs de Inhagens — eam ecetes ‘como els histras sem que a sua veracidace ose everguad. «+ Aesperdrisproisonal de Frm Lopee como noir arquivita 802 he inca a conseignle necessitade ce fundar a verdade histtica num oeumento esrit, coro também he proporconou @ acess» dacumentos ‘vais testemurhos as que, cso conti, ne era vedo «No preogo da Grénca ce O. Joo auor expe o sau pont devia sobre ‘tatiana do histor, dscrevendoo todo tian par ener mente krpaciaidase 2) Recterinforagio de mumerarstetemunhos estos, ce modo a assequ- aro rigor dos fotos hse evancatos, by Apes seguir istrograta aera ro proceso de labret go do tea, procedendo ao cate errvagem de tnos de curs autores, you 25 or- ‘esa une andi tei, procu'ano verificar qual sara mis ers co 2 ais adeaueds& centre dos fects vertccu tab a erdade ces: {estesiemonnoseectns eaves co se conera com dacuments ofc AATORES INDIVIDUAIS E COLETIVOS + com ates Ani Jost Saraiva (2968), a hist que Fatndo Lopes tinh de contr era beslantecomplesa, pala ivsidace ds ratureza de canas Que ‘deve incu. No eran, ocronste nar os avers hisrzos em cause com by Quanto 9 esire de Avs — e ao contri do que sera de esperar —, carcireato camo um hemem vg, hesitant vloréel frauen, como posse etc, por neo, pes cstlabes no sau comportement ‘quand ca eorza conta 0 conde Andeito (depois dese mostar Inde, dere 8 cori, geo em seid para o Aero, de onde egesse queda sp aporcebe 62 que 2 consprao sar noatevelreniedesccberte).Apesar ‘estes defts — que o tore ume perscnagem prfuncement reat —, ‘este de Avs rest tambsm sr capaz de ates espentnaos de tlare- dade, oqueo convert na igure catant, «9 Finalnante, Nun Aares Perera Beaacteado rum ovr eit, nd eo"- ‘ero num her halon (soe, com tapes de sandade) , ao mesmo ‘emgo, rum grande guerre. 2. Atores coletvos «Ns ronieas ce Fenso Lopes, 68 petsonagen coletas ico, por expo, ‘pense de sa) imum papel al e deka, eterminando o crs dos acontsiments. «+ Com ee, sempre que é neade umn eerto important, o cons fz questo eexporo que peasara dee a pig pica, coma sucede squared do cero (2 Lebae, moreno en que a pocul;éo de cidede osia ene aesperenga Je (qx 3 fa cathe fosse cect rece de qu 0 cstelancs sae ‘orane,errendo ua ingen cus sobre cs stiaces. «+ Eat expresso de sentenis da cltiade& or ves, resumid aes de Lm to que sa ds uma mulid80 — como sucede com as cantigas enloadas ‘renie a caco do soc, que masran a pounds determina dos hebtntes co ciese, «+ importinela confers a una entdade eats nos suns histo oom sucede squand da cerote dos catltanss no cero de Lisboa, cu meta init’ populagdoda dade) toa Frréo Lopes um crensta neo ene os seus congenaras made. ‘pane resi, alernanco fo da naraia cm instantineesintonsarventew AFIRMAGAO DA CONSCIENCIA COLETIVA tamiticos, monenics er que, so deseo’ stusgos aan do contento de enages (uo, ar exempo, no eaisio do essassntn do cone Arce, nota fearless de um verses amature + Fer anes lum dos as fecurdos epoca crores de aac taro indcuas como caoivs, vo par est mai, a infuence poets, romanes- tase dramatrgs de épocas pseraes. 1. Atores individuals + As personage invidunt cada px Faro Lopes 820 vrndas 9 eamples, ena cerasadae na su innidee por um oar ico. + Ne Gra de Deo {rs personages se destacam pelo sev potagarsrn: , Leonor Teles, o Mestre de Aus oD. Nuno Aare Pers 2) Arisa aracterzada de foma prfundamente negara, na media em ‘que deri cama cede urd pound por pete do pve, sara isso, he cos acer co pido cue quia a independ do ton pa {guts Apeser lta, oer no cua a sua wander e fea, cue Fe re ‘in meni pues rassinas, como 0. Fernanda D Joao de Cast ino {ego de D.Pedoe de Fes de asin) eo pra Mec da is, cert, ‘retro aps cores ora de Costs, recusando-e hess num convents, «Na Grn 0. Jaa emerge um sentimentocoletve do pve potu- ule que setae. ra corscencia dos prtancer a ume mesmi nag. ‘Reanscitne'a nacional dos parugvees adven, en garde medida, de temerem a imaso esangea (cesehara) ede sentvem a independén- (cs doreino es ea Ibewade amaaradas durante Crise de 1283-1385, +O sentimento clonal afima-se porque, rassaameapa, se foie 2 nogdo de comunldade. O pov de Listos maniestese canta a regete Dy Loner e cara a infuincla exes (cep. 11) sore em conunto «a curds ea prhagoes do cerc que Jou Ue Cicer 3 cag (cap. M48). Cantus, sio também portuguese de ves terse reides ‘que se moblizm par prerarar a resincia a esaimvasboe qu etre Jamo enero cestlhana ns btahes de Atios edo Alunarct. 1 Rida de se portugues enralzada na «aramid (opal; mes dele comungam também a burguesa @ a nobreza cue se mantim fel 2 ezusa patie. De acto, 0 poo gana 2 consciéneeeoetve da que tem um papel mas ata ecucrparteigar na vida pica ¢o reno e ne conduc dos dstins de nag: nlm para wsivero Neste, mob lane para enfene 0s casterancs quer decd quem seré 0 prio raice Portal «+ Em ters nerves, concitncia de grupo eo serimento nacional to repre- serlados alts ds roo de pesonagem coletva (cf. . 87), quendo satata do Trulia, que evle ume vetade comum (3p. 11), que e gene fm conjunto pare defender a capital (cap, 115) e que sofre em conjunto ‘cero imposo (cap, LM). Wes a enumeracéo de gros sacs profssonals (codados) chars a tengo tembém para facto dea una acon = tzer 8 pani da matvogéo 8 do emperto dos grupos qe 2 comosem, 1 Nopleno da escrta da ise, a sréria Crénica dO Jo conti, 20 mesmo temco, pera reneseniaroseniment coli vvéo durare 2 Crise de 1383-1385 «para afrmar esse conseléncia nacional. A cba fi encomendacs pelo rei D. Dusit iho de D. Jat I Um dos objets de Fendo Lopes fi demonstror petite dos potuqueses e valorizaro pape do Mestre de Avis, funcedor 1 Case de fi, na dlesa do independéncla co reine o na consruggo do nove orga, que nesca re egunda crass, Fedo Lopes ajuda a legitimar(just= Fear o dete de . Jo I 20 trono de Reino portugus. ESTILO E ARTE NARRATIVA DE FERNAO LOPES «As encase Ferndo Loeststemurham um esto da lingua portuguesa que se costa casiiear come partuguas antigo enor consrugbes slices, froreases e vecabulrio com marcas da lingus de um period de emacuee~ ‘mento. Asst dos arcalsce (alnte,«asdar,xagalmamento) ede const (ies aries («Ca enue esoncepodiaautra causa euler, & claro cue 2 lingua pevtuguesa é ste uma evlugio que a dtngue dos seus primis. 1 No texto da Crdnea dD, Jao I, @nawagio alterna com a desergBo © com ‘lag para incutrvvcidad ocnargiana relate dos epislos mais elevantes ‘e Cise de 1383-1285, (Io surreende que os campos exeas damirantes ‘ef o mile. da reaitode soci) FemBo Loves conseque cr ro ten- ‘520 na forma express de rrr os acartecimentose com a nvoaugzo ce 8- uso deo no rlata(e— U mato o Meese?) «+ Aivecidade, 0 ritmo e a ero das personagens séo também conseguides strats de cracterisess da ctcurso como as marcas de oraidade ea simpli fade da linguazam (eile coranee vocabuiro tei), os vtbos de mov ‘ment, o5vebositedores do cscurso (ebradars, as teretes © as ets trfes («0 Sento). dinerismo a agae resulta da uso ds tempos, formes expats verte como oimperfto do irezat,o gare eo aspeto drat. (us ce rearscs express ¢ratizmenta para pouco vai alem da coma rao, da metfoa es persanifiacio. + As descrigdes se pautedes pel ore apela visual. O naar desempentia ‘0 pane da festemunna dos acontecimentos;percore os espagos @carectei sugars, os omblontese os gras (rcs ou grupos) que encanta. O v0 Ge vrboseosciacs 20 Ger (ecoaa,«¥eedes ]u0a a salen o visuals es stages deers, Px ves, as sonsagoes visuns sto assciades 8s aud ‘as (ap, 18 + Numa tonleasemstnate& do cinema ou de repoiagem, onaradorpercore ‘es esos, detendo-s an igurasindcuals ou erm gruzos, como suzede na ‘Sescrigo do sotimento €o pove de Lisboa (cap. 148). Em colatvoraga cam ‘25 outras écnicas antavormente desrtas, asim se consegue cir um estlo ‘taressho que pte em cesiaque parrences patios Cou sj, de sotimento) a stagéo desria