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E QUOTIDIANO
Nos últimos séculos da Idade Média, a cidade era já um mundo à parte, um mundo onde se
processavam as mais profundas mudanças sociais, religiosas, culturais, artísticas. Aí se desenvolveu um
modo de vida especificamente urbano, orientado por novos valores. Aí se afirmaram novas formas de
sociabilidade, novas expressões de religiosidade, uma nova sensibilidade artística. Por ação do mundo
urbano, a época medieval encaminhou-se para o seu fim.
A EXPERIÊNCIA URBANA
UMA NOVA SENSIBILIDADE ARTÍSTICA: O GÓTICO
Na baixa Idade Média, os burgueses são homens orgulhosos de si próprios, mas também das
suas cidades, não se poupando a esforços para as embelezar e engrandecer.
Uma espécie de patriotismo urbano leva-os a comparar a sua cidade com as vizinhas e a não
querer ficar atrás. Para alimentar essa rivalidade, ou competição regional, acabavam por contribuir
generosamente para as grandes construções citadinas: muralhas, palácios comunais, igrejas, etc.
Nasce então um novo estilo artístico, enquanto expressão desse orgulho citadino – o gótico. Ao
combinar um conjunto de elementos arquitetónicos inovadores, a arte gótica vai possibilitar a elevação
das construções a alturas inimagináveis, de modo a poderem ser vistas de muito longe (torres dos
palácios comunais, igrejas) e, por essa forma, anunciarem a importância do burgo e das suas gentes.
Embora também ligada à construção de muitos edifícios civis (palácios comunais, sedes de corporações),
e abarcando todas as vertentes artísticas (arquitetura, pintura, escultura, artes decorativas), a arte
gótica ficou sobretudo ligada à arquitetura religiosa, sendo a catedral a sua melhor expressão.
No estilo gótico, é muito estreita a relação entre a arquitetura e a escultura. Uma sucessão de
imagens invade as fachadas, os portais e os telhados (ex: monstros diabólicos), destacando-se dos
elementos arquitetónicos a que se encontram unidas. Perfiladas de forma ordenada e simétrica,
revelam uma enorme qualidade de execução, há muito desconhecida do Ocidente.
Mas, para além do seu valor artístico, a decoração escultórica das catedrais tem um enorme
valor doutrinal, de resto já assumido no românico. É o “livro de imagens da cristandade”, com a função
de relatar a vida dos santos, mas sobretudo descrever os mais importantes passos do Antigo e Novo
Testamento (grande parte desta iconografia refere-se à Vida e à Paixão de Cristo). A lição das esculturas
completava-se com a do vitral. Ambas constituíam uma forma de ensinar à gente simples e analfabeta a
doutrina e os dogmas da religião cristã.
No final da Idade Média, a cidade era um lugar de múltiplos contrastes. À medida que a
economia crescia, os ricos tornavam-se mais ricos, rivalizando entre si no luxo, na opulência (grandeza)
e na ostentação. Este cortejo de riqueza tornava mais evidente a miséria que se fora alojando nas
cidades. Atraída pela cidade, a gente pobre do campo ia chegando em cada vez maior número, nem
sempre encontrando trabalho; desta forma, viviam pobres, sem família ou amigos a quem pedir ajuda,
em virtude do corte dos laços de entreajuda próprios do mundo rural. Foram-se assim estabelecendo,
espontaneamente, novos laços de união/cooperação e estruturando organismos de solidariedade
destinados a ajuda mútua e à prática de caridade. O seu êxito muito se ficou a dever à renovação
espiritual encetada pelas ordens mendicantes, cujo exemplo deu origem a uma mentalidade mais
fraterna e mais preocupada com o sofrimento alheio.
1182. Assis, Itália. Francisco, filho de um dos mais ricos mercadores da cidade, que até então
levara uma vida boémia, adoeceu. A convalescença fá-lo renunciar aos bens terrenos e tomar a decisão
de, doravante, dedicar a sua vida ao auxilio dos pobres e à pregação da palavra de Deus.
Com o seu exemplo granjeou numerosos seguidores. Na ordem que fundou (Ordem
Franciscana), estabeleceu que os irmãos deveriam viver numa pobreza absoluta, trabalhando e pedindo
esmola para garantir o sustento diário (dai o nome mendicantes; de mendigar = mendigar). Deveriam
ainda dedicar-se à pregação e à ajuda dos mais infelizes e necessitados, através da caridade. Assim se
conseguiu a reconciliação dos mais pobres com a Igreja.
A ordem fundada por Domingos de Gusmão (1170-1221) partilhar os mesmos ideais, embora os
dominicanos tenham dado maior ênfase à pregação como forma de combate às heresias. Alguns dos
seus membros dedicaram-se ao estudo da Teologia, atingindo fama internacional como teólogos ou
professores universitários (ex.: São Tomás de Aquino).
As ordens mendicantes contribuíram tanto para a renovação da vida religiosa medieval como
para alteração das vivências comunitárias, tornando efetivo o sentimento de solidariedade e amor para
com o próximo, o qual esteve na base da criação das confrarias e das associações de socorros mútuos.
Foi neste contexto de exclusão, solidão e carência que se procurou reforçar os laços de
cooperação, sendo desta altura o aparecimento das primeiras instituições de solidariedade social com
fins de socorro, beneficência, ajuda mútua e caridade, a maior parte delas de carácter religioso.
A maior parte das confrarias nasceu ligada aos ofícios, já que nas cidades medievais os vários
grupos profissionais se organizavam em corporações - associações profissionais que reuniam os
trabalhadores do mesmo ofício e regulamentavam todos os aspetos ligados ao exercício da profissão:
quem a podia exercer, salários, preços, qualidade dos produtos. Competia-lhes também promover a
solidariedade entre os seus membros, pelo que era vulgar associarem a si uma confraria onde, sob a
égide de um santo os colegas de profissão se ajudavam em situações difíceis.
Cada confraria tinha os seus estatutos, que os confrades se obrigavam a observar. Lá se definia
o tipo de ajuda e as ocasiões em que ela devia ser prestada e estabeleciam os atos de caridade pública a
desenvolver distribuição de esmolas, manutenção de hospitais, etc. O dinheiro para estas atividades
provinha de uma quotização anual obrigatória para todos os irmãos (confrades). Deste fundo se retirava
o dinheiro necessário à realização dos eventos religiosos, como missas pelos defuntos, procissões e
festas em honra do santo padroeiro. Estas atividades eram cuidadosamente organizadas na casa da
confraria onde os confrades periodicamente se reuniam para cumprimento das suas obrigações ou
simplesmente conviver.
Até ao século XI, as populações europeias viveram praticamente absorvidas por duas
realidades: a guerra e a sua sobrevivência. As condições para uma grande vivência cultural eram
praticamente inexistentes.
Mas a revitalização das cidades no século XIX conduziu à decadência das escolas monacais, que
pela localização dos mosteiros se inseriam em áreas predominantemente rurais.
No século XI, organizam-se já as primeiras escolas urbanas. Mantém-se a tutela da Igreja, mas o
local e os destinatários destas novas escolas são já outros. Junto das sés (e por isso também chamadas
de escolas episcopais ou catedrais), situam-se no centro das cidades e dirigem-se a um público mais
alargado, admitindo, além de clérigos, muitos leigos.
Mas a verdade é que, cada vez mais procuradas pelos burgueses, as escolas catedrais (muito
ligadas à Igreja) não satisfaziam as exigências dos estudantes laicos.
No decurso do século XII, algumas escolas catedrais obtiveram, pela qualidade dos seus
mestres, fama internacional. Atraiam numerosos estudantes e especializaram-se em áreas como o
Direito, a Teologia e a Medicina.
Mas, medida que a estrutura da escola se la tornando mais complexa, mestres e alunos
sentiram necessidade de uma organização mais rígida de tipo corporativo. que definisse as matérias a
estudar, o modo de obtenção dos graus académicos (licenciado, bacharel, doutor) e que defendesse os
seus membros de pressões externas, nomeadamente do bispo e da elite dirigente comunal. A esta nova
organização chamou-se Universitas.
Duas das escolas catedrais que primeiro se organizaram estes moldes foram a de Paris (Notre-
Dame) e a de Bolonha. Em Paris, o desejo de autonomia lançou professores e estudantes em acesas
lutas com as autoridades laicas e eclesiásticas, até que, em 1231, o Papa Gregório IX autorizou a
universidade a estabelecer as suas regras colocando-a sob a sua direta Jurisdição. Notabilizou-se pelo
ensino da Teologia ao passo que a de Bolinha se especializou no do Direito (a ambas afluíam todos os
anos milhares de estudantes, entre 3 a 4 mil).
Em Paris, por esta altura nascia um bairro exclusivamente estudantil – o Quartier Latin - em
virtude de esta ser a língua comum aos estudantes das várias nacionalidades. Mestres e alunos, aliás,
agrupavam-se por nações, correspondendo ao seu lugar de origem. O estudo organizava-se em
faculdades, termo que designa o grupo de professores e alunos ligados por um mesmo ramo do saber.
Todas as universidades tinham a Faculdade de Artes (Trivium: Gramática, Logica e Retórica; Quadrivium:
Aritmética, Geometria, Astronomia e Musica), o Estudo Geral, a base de qualquer curso. O curso de
Artes durava 6 anos; inicia-se em regra aos 14/16 anos e conferia o grau de licenciado (licencia
docendi). Só então o estudante se podia especializar em Medicina, Direito ou Teologia. Os dois
primeiros duravam mais 6 anos; o ultimo podia estender -se até aos 15! O ensino baseava-se na leitura e
comentário pelo mestre dos escritos das autoridades no assunto - método conhecido por Escolástica. Os
alunos escolhiam o reitor (rethor); tinham o direito de usar espada e traje de clérigo e só ser julgados
em tribunal eclesiástico; adquiriram fama de arruaceiros e boémios. A lição dos mestres no podia ser
posta em causa ("Magister dixit"). Na falta de acesso fácil aos livros, utilizavam-se sebentas.
A partir do século XIII, a criação de universidades ganha uma feição nacional, mais ligada ao
Estado, uma vez que era entre os legistas (estudantes de Direito) que os reis recrutavam os seus
colaboradores. Fundar universidades tornou-se uma tarefa régia, embora sempre dependente do aval
da Igreja. É neste contexto que se enquadra e nascimento da primeira universidade portuguesa, o
Estudo Geral de Lisboa, criado em 1290, em resultado de um esforço conjunto de vários prelados e do
rei D. Dinis. Funcionou com as Faculdades de Artes, Direito Canónico, Leis e Medicina. O ensino de
Teologia não foi autorizado e continuou a ser ministrado nas escolas dos Mosteiros de Sta. Cruz de
Coimbra e de Alcobaça. Em 1308, após vários incidentes entre os estudantes e os burgueses de Lisboa, o
rei transferiu o Estudo Geral para Coimbra, cidade destacada no panorama cultural português (por via
da Escola Episcopal da Sé e da ação dos monges de Sta. Cruz). Após 1537, e depois de ter voltado mais
uma vez para Lisboa, a Universidade fixou-se definitivamente na cidade do Mondego.
Enquanto nas universidades e nos mosteiros se desenvolveu uma cultura erudita (assente no
estudo e na reflexão), nas cortes dos reis e da nobreza senhorial, o convívio entre nobres contribuiu
para o aparecimento de uma cultura leiga e profana, especificamente ligada aos interesses e gostos
deste grupo - a cultura cortesã. Para além destas, havia ainda a cultura popular, com os seus
cancioneiros e folclore.
A diminuição das guerras o clima de prosperidade do século XIII trouxeram uma alteração
radical às maneiras de sentir e pensar da sociedade senhorial, bem como aos comportamentos.
A partir do século XIII, pese embora a violência e crueldade inerentes à vida guerreira, os
nobres passam a identificar-se com um novo ideal: o de perfeito cavaleiro.
Para aspirar a cavalaria era necessário ser nobre (todos os que não o fossem eram
automaticamente excluídos); era igualmente necessário possuir certas virtudes militares, como a honra,
a coragem, a lealdade, mas também a virtude e a piedade, porque a cavalaria era um ideal profano,
mas ao mesmo tempo religioso: "o cavaleiro combate por Cristo”.
É curiosa a persistência do ideal de cruzada nos séculos XIII e XIV, mesmo depois da perda dos
territórios da Palestina, mantendo-se vivo o sonho cavaleiresco de reconquistar Jerusalém.
São desta época as novelas e os romances de cavalaria, que relatavam a vida, os feitos
heroicos, as aventuras desses cavaleiros lendários. As mais importantes sagas cavaleirescas foram:
As Novelas Arturianas (ex: Rei Artur e os Cavaleiros da Távola Redonda, Excalibur). Da corte da
Bretanha, Artur e os seus cavaleiros partem na nobre missão da busca do Santo Graal, cálice
místico onde José de Arimateia teria recolhido o sangue de Jesus Cristo na hora da Paixão.
Os Romances (ex: Amadis de Gaula). Amadis, jovem virtuoso, destemido e profundamente
apaixonado, é o modelo de cavaleiro andante que percorre o mundo em defesa das causas
mais nobres e no fim é recompensado com o amor da sua dama, Oriana, o seu par.
Para atingir o estatuto de cavaleiro era necessária uma educação rigorosa. Só depois de
transpor todas as etapas e ler dado provas da sua destreza e valentia, se podia ter a honra de ser
armado cavaleiro e desta forma passar a integrar a ordem da cavalaria.
O nobre era enviado moço para a casa de um senhor com estatuto superior, onde ficava até à
idade adulta. Aí, durante 7 anos servia como pajem, iniciando-se na arte de cavalgar e no manejo das
armas. Já adolescente, tornava-se escudeiro. Nessa qualidade, servia durante mais 7 anos um cavaleiro,
a quem tratava do cavalo e armas e dava assistência. Durante esse período era sujeito a um treino
intensivo, de modo a adquirir a mestria técnica essencial a sua futura condição. A sua destreza era com
frequência posta à prova, pois a maior parte do seu tempo era ocupado em "desportos" que contribuem
para o seu vigor físico: a caça, com as montarias (perseguição de animais de médio porte) e as cetrarias
(utilização de aves de rapina, falcões, gravidez, águias, para captura de outras espécies); os torneios e as
justas, combates simulados nos quais se defrontavam dois grupos de cavaleiros, no primeiro caso, ou
apenas dois homens, no segundo, eram igualmente essencial para a melhoria da destreza.
O AMOR CORTÊS
A partir do século XII, nas cortes régias e senhoriais, passa a haver um convívio mais mundano
entre homens e mulheres; as relações amorosas adquirem uma nova dimensão; nasce o amor cortês.
O código de cavalaria, aliás, integrava um código de amor, que dizia quem e como se
podia/devia amar, e que lembrava que o cavaleiro era um herói que servia por amor.
O cavaleiro devia mostrar-se delicado e tímido perante a sua amada, agir com contenção nos
gestos e nas palavras. A espera paciente, o empenho e a persistência na conquista da dama, se possível
com vários atos de bravura pelo meio, elevavam-no perante Deus e os homens. Devia igualmente
apresentar-se como um exemplo de educação e refinamento, em contraponto à rusticidade, à grosseria,
à boçalidade e à violência do período anterior.
A dama também devia corresponder ao tipo idealizado de mulher: bela, serena, bem-falante,
mas ao mesmo tempo recatada, capaz de alimentar a tensão amorosa com um sorriso, a dádiva de um
lenço ou até de um beijo!
Esta poesia lírica, chamada de trovadoresca, de influência provençal (porque originária do Sul
de França), foi trazida para Portugal pelos primeiros cavaleiros francos que vieram ajudar na reconquista
cristã.
Cantigas de amor: de origem aristocrática; o poeta exprime os seus sentimentos pela dama;
Cantigas de amigo: circunscritas à Península Ibérica; o poeta exprime-se no feminino,
lamentando a ausência do amado (amigo);
Cantigas de escárnio e maldizer, de cariz humorístico e intuitos satirizantes
A Outras manifestações literárias deram grande projeção à temática amorosa. Foi o caso do
Romance da Rosa (c.1240), uma alegoria ao amor em que a rosa simbolizava a amada, que só após
duras provas podia ser colhida.
O amor cortês foi uma componente essencial da cultura e sociabilidade cortesãs medievais.
Entre os séculos XIII e XIV, sob o impulso do comércio, as barreiras geográficas que durante
séculos tinham fechado a Europa sobre si mesma começam a ceder. Um grande número de viajantes
(mercadores, peregrinos, missionários, diplomatas, cavaleiros, desenraizados) percorre agora, com
frequência, os "caminhos". Surge o gosto pelo relato de viagens.
No século XIII, alguns viajantes europeus aventuram-se a viajar até ao Oriente. Os italianos
foram os pioneiros destas expedições, ousando percorrer o continente asiático.
Os irmãos Matteo e Niccolo Polo, de Veneza, foram os primeiros europeus a chegar a Pequim
(China), onde realizaram negócios e foram recebidos na corte do imperador Kubilai Khan (neto de
Gengis Khan, chefe mongol que iniciou a conquista da China). Em 1271, empreenderam nova viagem
desta vez acompanhados de Marco Polo, 21 anos, a quem as narrativas do pai haviam entusiasmado.
Graças à sua facilidade em falar línguas e habilidade diplomática, Marco Polo recebeu imensas honrarias
do Imperador, sendo nomeado governador de uma província. Ao fim de 20 anos, os Polo regressam
Veneza, ricos. Marco elabora então o relato das suas extraordinárias aventuras, escrevendo o mais
famoso livro de viagens de todos os tempos, O Livro das Maravilhas, no qual, misturando o real e o
imaginário, inventando prodígios e exagerando alguns acontecimentos, descreve o longínquo Oriente.
Durante dois séculos, até os Portugueses demandarem a Índia, foi este livro que alimentou a imaginação
dos europeus.
Nesta época, as relações diplomáticas não se estabeleciam apenas entre soberanos, mas
também entre grandes senhores e até entre cidades.
ROMARIAS E PEREGRINAÇÕES
Na Idade Média, a vivência religiosa implicara a prática de certos hábitos: oração, assistência
aos serviços religiosos, confissão, penitência, jejuns, peregrinações.
Por todo o lado abundavam capelas, igrejas, ermidas - lugares de devoção A especial, fosse
pelas relíquias sagradas que guardavam, fosse pelo poder milagreiro do seu santo patrono. A elas
acorriam milhares de pessoas em busca de alivio para as suas doenças, pagamento de promessas,
penitência dos seus pecados ou simples satisfação da sua fé.
Estas deslocações assumiam âmbito regional (implicando uma curta jornada) ou âmbito
internacional (exigindo uma longa viagem de meses anos).
A peregrinação mais redentora era a primeira, já que redimia todos os pecados. Foi para
garantir a continuidade da sua realização que em 1095 se realizou a 14 cruzada.