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A Espiritualidade Cristã

nos séculos VI-XVI: a


Espiritualidade
ortodoxa
Séculos VI-VIII
• Nestes séculos, os mosteiros se desenvolveram como centros
centros de vida litúrgica e educação cultural, e suas maiores
produções consistiam em orações e cânticos.
• No inicio deste período a ignorância afeta mais o povo que os
pastores, bispos e abades.
• Na celebração, o clero separa-se cada vez mais do povo. Os
ritos não são celebrados pela comunidade, mas pelo
sacerdote em favor da comunidade.
• O Deus dos povos cristão-germânicos é um senhor que se faz terrível, juiz
dos humanos, protege contra a força do mal, castigador quando se rompe
com as atribuições no que compete a fidelidade. A fé significa fidelidade
mutua: Deus ajuda aqueles que são fiéis a Ele, e se comprazem da graça
pelas boas obras.
• Com as orações dirigidas a Cristo surge a devoção aos anjos protetores
dos seres humanos e das cidades. Além disso, passaram a incrementar o
culto das relíquias, visitas a santuários e as transladações de corpos.
Século IX-X
• O renascimento cultural e espiritual se construía nas catedrais e abadias, pois se
constituíam como centros de piedade, estudo e arte, sem contar que depois da
queda do império, elas foram as únicas luzes nas noites profundas dos séculos
IX e X.
• Nos tempos Carolingios, unificando a regra de São Bento, foram escritos
alguns tratados de vida espiritual de caráter mais moralizantes. Jonas, bispo de
Orlíans, escreveu o primeiro tratado se dirigindo aos leigos: De institutione
Laicorum (830) e instituitine regia em 842. Dhuoda escreveu o Manual para
meus filhos (SC 225).
• Nesse catolicismo a ética prevaleceu: os escritores reduziram ao máximo
as exposições doutrinais e insistiram nas regras de comportamentos. E no
início do século X, os monges lançaram uma reforma: a reforma se
resume em viver integramente o evangelho.
Séculos XI-XIV
• No século XI, surge uma nova classe social: a burguesia. Com isso, a
cultura se universaliza e se torna mais leiga. Como protesto ao
enriquecimento da igreja e dos burgueses, surgem os movimentos
pauperísticos e anticlericais.
• Ainda neste mesmo século, as obras de caridade vão se solidificando em
alguns grupos religiosos e leigos. Aparecem então, congregações
hospitaleiras com o intuito de acolher aqueles que passavam pelas estradas
ruins e perigosas.
• Nos séculos XI e XII, começou o renascimento da literatura espiritual que
procedia a partir da ideia de “desapegar-se de si e das coisas”. Nesta literatura,
os exercícios espirituais ocupam mais lugar do que as virtudes. Nestes
exercícios é preciso nutrir as virtudes e manter a união com Deus.
• Daí vem alguns escritores como Bernardo (1112-1153), foi polifacético:
místico, poeta organizador, pregador popular, escritor combativo, controversista
e polemista, monge, fundador de mosteiros, teólogo e mestre espiritual; se em
teologia foi um compilador dos Padres, em espiritualidade foi um inovador
• Para Bernardo, duas opções se apresentam ao ser humano no caminho da perfeição:
humildade verdade, que conduz ao amor de Deus e ao desprezo de si mesmo, e
soberba-mentira, que conduz ao amor de si e ao desprezo de Deus. O ser humano
ama a Deus por ele mesmo; e amor místico: o ser humano somente ama a si mesmo
por Deus, um amor que Deus infunde no coração humano.
• Os franciscanos e dominicanos lançam-se ao mundo deixando a vida de claustro.
Fundados para combater a heresia, os dominicanos valorizam o estudo e orientam-se
para a especulação e a busca da verdade. A espiritualidade dominicana teve um
caráter doutrinal, contemplativo e apostólico, expresso na formula tomista.
• A vida de Francisco significou uma reação religiosa contra os males e perigos da
cultura urbana. Francisco foi uma das pessoas mais abertas as alegrias da vida:
cantou e exalou todas as criaturas com transparência da gloria e do amor de Deus.
• O movimento de volta ao evangelho penetrou todas as classes da sociedade.
Motivou muitas mulheres ao abandono do mundo e à vida de meditação e
contemplação, vivendo em casas, mas sem votos. Os dominicanos aturam neste
meio e acolheram as mulheres piedosas que outras ordens recusavam, assumiram
sua direção e procuraram, com a ajuda da dialética elaborar uma teoria de
experiência espiritual.
• Os irmãos da vida comum, denominação autônoma dos amigos de Deus
provinham de uma comunidade referida a Gerard Groote; para eles foi
escrita a Imitação de Cristo, atribuída a Tomás de Kempis, para a piedade
do leigo consagrado.
Espiritualidade ortodoxa

• Teodoro Studita, falecido em 826, reformou os mosteiros segundo o


espirito brasiliano, estabelecendo-os como comunidades de oração,
trabalho, Beneficência, cultura e missão. Já o movimento hesicasta tinha
um método de oração que era transmitido por via oral, foi escrito somente
em princípios do século XI por Simeão o novo teólogo. Onde o hesicasmo
organizou como método rígido de contemplação.
• A natureza da iluminação na contemplação hesicasta foi objeto de ásperas
discussões: segundo Gregório Palamás.

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