Este documento apresenta uma introdução sobre Tomás de Kempis e sua obra mais famosa, A Imitação de Cristo. Descreve a vida e obra de Kempis, membro da ordem religiosa Irmãos da Vida Comum. Também explica os princípios da Devotio Moderna e como a Imitação de Cristo se alinha com esses princípios, enfatizando uma vida interior baseada na imitação de Cristo.
Este documento apresenta uma introdução sobre Tomás de Kempis e sua obra mais famosa, A Imitação de Cristo. Descreve a vida e obra de Kempis, membro da ordem religiosa Irmãos da Vida Comum. Também explica os princípios da Devotio Moderna e como a Imitação de Cristo se alinha com esses princípios, enfatizando uma vida interior baseada na imitação de Cristo.
Este documento apresenta uma introdução sobre Tomás de Kempis e sua obra mais famosa, A Imitação de Cristo. Descreve a vida e obra de Kempis, membro da ordem religiosa Irmãos da Vida Comum. Também explica os princípios da Devotio Moderna e como a Imitação de Cristo se alinha com esses princípios, enfatizando uma vida interior baseada na imitação de Cristo.
Tomás de Kempis, Devotio Moderna e a Imitação de Cristo
Tomás de Kempis vida de pobreza, castidade, devoção e
obediência, em comunidade, tendo feito votos de noviço apenas em 1406 e, sido ordenado padre em 1413, um ano depois de ter sido edificada a igreja daquela comunidade religiosa. Mais tarde, foi eleito subprior, mas, devido a um exílio da comunidade, entre 1429 e 1432, exerceu durante pouco tempo essa função. Durante esse período, esteve com o irmão num convento perto da cidade holandesa de Arnhem, o qual falecera em novembro de 1432. De regresso ao Monte de Santa Inês, Tomás de Kempis nasceu em 1380, Tomás de Kempis foi reeleito subprior, em em Kempen, na Renânia do Norte (perto de 1448, permanecendo nessas funções até o Colônia) e faleceu a 24 de julho de 1471, final da sua vida. no Mosteiro de Santa Inês. Aos 12 anos, foi Tomás de Kempis produziu cerca estudar para a escola de Deventer, na de quarenta obras representantes da Holanda. Durante os seus estudos em literatura devocional moderna. Destaca-se o Humanidades, Tomás de Kempis revelou seu livro mais célebre, Imitação de Cristo, muito talento na transcrição de manuscritos. composto por quatro volumes, no qual Concluída a sua formação, em 1399, o apela a uma vida seguida no exemplo de jovem foi admitido no grupo Irmãos Cristo, valorizando a comunhão como Regulares da vida em Comum que, ainda forma de reforçar a fé. sem instalações definitivas, viviam no Monte de Santa Inês (ou St. Agnès), perto Obras de Tomás de Kempis de Zwolle, na Holanda, onde o seu irmão era prior. Para a formação religiosa dos Sob a direção do prior Florêncio noviços escreveu o Diálogo dos noviços, Radewijn, Tomás de Kempis iniciou uma onde traça as devotas biografias dos fundadores da Devotio moderna; e uma O ideal da devotio moderna se série de pequenos tratados, como o Livro do fixou na obra Imitação de Cristo, escrita exercício espiritual, Doutrinal dos jovens, entre 1420 e 1440, por Tomás de Kempis, Manual dos párvulos, Hospital dos pobres, padre nascido em Colônia, na atual Da solidão e do silêncio, Sermões aos Alemanha, em 1380. A obra divide-se em noviços, etc. quatro livros, sendo o primeiro chamado de Da vida monástica e suas Avisos úteis para a vida espiritual; o virtudes trata o Livro dos três segundo Exortações à vida interior; o tabernáculos, Da verdadeira compunção, terceiro Da consolação interior; e o último Da disciplina claustral, Horto de rosas e Do sacramento do altar. Vale de lírios. O movimento da devotio Quanto aos Sermões da vida e moderna influenciou Lutero e outros Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, não reformadores e místicos, como Teresa têm nada de sermões propriamente d'Ávila e João da Cruz, sendo todos leitores predicáveis; são o mesmo que da obra de Kempis. as Meditações da vida e benefícios do A Imitação de Cristo reafirma Salvador Jesus e as Orações da Paixão do temas caros à devoção, como a humildade, Senhor e da bem-aventurada Virgem, a obediência, a simplicidade, a devoção, a suaves considerações, afetuosos colóquios e piedade, a oração individual e a meditação. preces mais ternas que profundas. Um dos Como a devotio enfatiza constantemente a mais belos livros de Kempis é vida interior, procura expor uma vida de o Soliloquium animae, nostalgia da pátria devoção disciplinada, centralizada na celeste, gemido da alma que busca a seu meditação do seguimento da vida de Cristo. amado ausente, abrasado desejo de união Certos ritos continuavam com Deus; mas não passa as cancelas da necessários na devotio moderna, tais como mística, porque a consideração dos pecados a missa e a eucaristia. Houve uma o detém. Onde Tomás de Kempis voa mais redescoberta das Sagradas Escrituras, do alto é no pequeno tratado De elevatione Cristo, dos Evangelhos e dos escritos dos mentis ad inquirendum sumum bonum. Santos Padres, dando ênfase a uma religião Em nenhuma de suas obras Kempis mais intimista e menos ritualista, porém que revela uma mente lógica, nem um propósito não excluía totalmente o padre por ser ele de dispor organicamente os temas que toca. ordenado para celebrar a missa e o único Dão a sensação de serem formadas em que poderia consagrar o corpo de Cristo. retalhos, seguindo o ímpeto da inspiração Nem no movimento da devotio particular em cada momento, sem ordem moderna e nem na obra Imitação de nem plano previamente estabelecido. Cristo há um descaso em relação aos sacramentos, principalmente a Eucaristia; o A Devotio Moderna matrimônio e a penitência foram também valorizados. Os santos, tais como os A devotio moderna foi uma apóstolos, São Lourenço, São Francisco e corrente de pensamento e prática cristã que Santa Águeda, por exemplo, são venerados surgiu entre os Irmãos e Irmãs da Vida tanto na devotio moderna comona Imitação, Comum, no século XIV. Os Irmãos e Irmãs e, embora Cristo seja o padrão maior, da Vida Comum eram uma comunidade alguns são citados como modelos a serem religiosa católica fundada por Gerard seguidos. Groote (1340-1382), que pregava uma piedade pessoal e reflexiva usando a Bíblia Sobre o livro A Imitação de Cristo como recurso e base. O livro mais famoso de Tomás de lapidares. Proclama a necessidade de seguir Kempis, mundialmente conhecido e a Cristo, a nulidade dos valores humanos e apreciado como uma das joias mais das coisas terrenas (honras, ciência, preciosas da literatura cristã de todos os prazeres, longevidade). Deve-se buscar a tempos, é intitulado Imitação de Cristo. compunção do coração, a humildade, a Sua importância e influência na história da obediência, meditar na morte, nos pecados, espiritualidade é enorme. reformar a vida. É um manual de Conservam-se dele 355 manuscritos desenganos, com típica mentalidade e 292 edições de incunábulos ou semi- monacal. incunábulos. Desde 1617 até 1862 foram O segundo é um chamamento à feitas, segundo Becker, 2.214 reimpressões. interioridade: Regnum Dei intra vos Atualmente calcula-se que passam das est. Deve-se renunciar a todo conforto 6.200. O que supõe que tenham sido externo, não amar senão a Jesus e segui-lo lançadas à luz pública cerca de quarenta pelo caminho real da Santa Cruz. milhões de exemplares. Foi traduzida para O terceiro são falas suavíssimas e mais de 65 línguas e dialetos (cf. penetrantes do Mestre interior ao discípulo, Becker, Essai bibliographique sur le livre interrompidas com súplicas deste último. “De imitatione Christi”. Liège: 1864). Exalta-se a abnegação, a vitória sobre si Este livro genial foi lido por mesmo, a paciência, a humildade, a paz, a inumeráveis santos, entre os quais consta confiança e, sobretudo, o amor: “os expressamente São Thomas More, Santo admiráveis efeitos do amor divino”; se Inácio de Loyola, São Felipe Neri, São Luíz descrevem os sutis “movimentos da Gonzaga, São Francisco de Sales, São natureza e da graça”. Carlos Borromeu, São Roberto Belarmino, O quarto, sobre a devoção à Santa Teresa d’Ávila, Santa Bernadete Eucaristia, parece encerrar em si um tratado Sourbirous, Santa Teresa de Lisieux e mais breve (c. 6-9), de preparação para a reformadores protestantes. Comunhão. Foi recomendado por muitos Papas, Todo o livro está escrito em um como Alexandre VI, Paulo IV, Pio V, Pio latim claro, vigoroso e doce, com alguns XI, João XXIII. Literatos, homens de germanismos ou neerlandismos e com ciência, teólogos de todas as escolas e frequência cadências rítmicas, com outras insignes personalidades encheram-no assonâncias e rimas; raras vezes se dilui em de elogios. Alguns lhe consideraram o fáceis e floridas amplificações ou em melhor livro do mundo depois da Bíblia. reiterações afetuosas, que tanto abundam É doce e efusivo. Carece de ordem em outros escritos de Kempis. lógica e de uma estruturação dialética A doutrina exposta por Kempis é metódica. Uns livros podem ser separados enormemente positiva, profundamente de outros, pode-se alterar a ordem, sem que evangélica, simples, sólida e maciça. Não por isso o todo perca a unidade estrutural se esqueça, no entanto, que foi escrita e que não tem. O próprio fenômeno se dá na concebida para religiosos e monges, razão distribuição dos capítulos. Mais ainda: se pela qual alguns de seus conselhos não pode alterar ou suprimir muitos parágrafos, podem ser levados materialmente à prática muitas sentenças, e o livro permanece. pelos seculares. ainda que todos possam É, como já vimos, dividido em aproveitar de seu magnífico espírito quatro livros, acerca dos quais falaremos transbordante de piedade. rapidamente. O primeiro livro é de estilo mais _________________________ conciso, austero, forte, de sentenças Fontes: https://ecclesiae.com.br/index.php?route=product/ author&author_id=5565
Patrística - Comentário às Cartas de São Paulo 1 - Vol. 27 1: Homilias sobre a epístola aos Romanos, Comentários sobre a epístola aos Gálatas, Homilias sobre a epístola aos Efésios