Você está na página 1de 16

Literatura

Roteiro:

Aula1:
- Raul Pompeia
Aula 2:
- Júlia Lopes de Almeida
Contexto
Na última aula, vimos as influências da Belle
Époque na poesia, através de movimentos como o
Parnasianismo e o Simbolismo. Hoje veremos
como tal influência também se deu no romance.

Os escritores de romances da época foram


grandemente influenciados pelas estéticas
utilizadas na pintura impressionista e
expressionista.
Impressão, nascer do sol
(1872 – Claude Monet)
Crepúsculo em Veneza
(1908-1912 - Calude Monet)
A noite estrelada
(1889 – Van Gogh)

https://istoe.com.br/10-segredos-da-obra-mais-famosa-de-van-gogh/
Girassóis
(1888 – Van Gogh)

https://youtu.be/6E9BzpFpF8k - Girasoli - Emanuele Aloia


O grito
(1893 – Edvard Munch)
Cinco mulheres na rua
(1914 – Ernst Kirchner)
Raul Pompeia (1863-1895)
O romance O Ateneu (1888), de Raul Pompeia,
é um excelente exemplo de como os movimentos
realista, naturalista, impressionista, expressionista
e pré-modernista estavam influenciando a
produção do gênero na época.

A narrativa conta a história de


Serginho no Ateneu, um colégio
interno destinado aos filhos da
elite. Sua glória, no entanto, não
passa de propaganda.
O estilo de Pompeia se distancia da estética
realista e naturalista pelas descrições rebuscadas,
nas quais as expressões emocionais e os traços
físicos dos personagens aparecem destacados e
carregados, às vezes, pendendo para o grotesco e,
até mesmo, para a caricatura. Isso fica mais
evidente através das ilustrações feitas pelo próprio
autor.
A precisão documental realista e o compromisso
com teses científicas, como no naturalismo, não
são o enfoque do livro, mas a denúncia de um
mundo de aparência baseado nos privilégios
sociais.
De pé: Rodolfo Amoedo, Artur Azevedo, Inglês de Sousa, Bilac, Veríssimo, Bandeira, Filinto
de Almeida, Guimarães Passos, Valentim Magalhães, Rodolfo Bernardelli, Rodrigo Octavio,
Heitor Peixoto; sentados: João Ribeiro, Machado, Lúcio de Mendonça e Silva Ramos.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:A_Panelinha.jpg
Júlia Lopes de Almeida (1862-1934)

https://youtu.be/h9U7PyueDio
Júlia Lopes de Almeida foi a única mulher
integrante do grupo que veio a fundar a Academia
Brasileira de Letras. No entanto, nenhuma das 40
cadeiras da instituição pôde ser assumida por ela.

Além de abolicionista e grande romancista, foi


uma grande militante pelos direitos da mulher,
buscando, por muitos anos, o direito de voto
feminino – conquistado em 1932 no Brasil.
Júlia se aproximava mais da estética realista,
embora sua escrita fosse mais ágil, composta de
diálogos diretos e cenas cheias de movimento.
Sua principal obra é A falência (1901), centrada
na vida de Francisco, português que chega ao Rio
de Janeiro em situação de miséria, mas que
enriquece através do comércio de café. O sucesso
nos negócios, no entanto, esconde um fracasso
humano. O desastre o espera no futuro.
Um dos aspectos mais interessantes é o narrador
onisciente, que transparece muitas ideias e pontos
de vista femininos, como o de Camila, jovem de
origem pobre e esposa de Francisco.
- Para saber mais:
Sobre o expressionismo:
https://www.culturagenial.com/expressionismo/

Sobre Júlia Lopes de Almeida:


https://youtu.be/h9U7PyueDio
https://youtu.be/qM_7SzRKjrA
https://homoliteratus.com/elas-nas-letras-o-realismo-pelo-olhar
-feminino-a-falencia-de-julia-lopes-de-almeida
/

Livros de Júlia Lopes de Almeida em domínio público (PDF):


http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm

Você também pode gostar