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4. A mutação naturalista
Quando se faz teatro, não se está fazendo química ... Seria absurdo
acreditar que se pode transportar a natureza tal e qual para o palco,
plantar árvores verdadeiras, ter casas verdadeiras iluminadas por sóis
verdadeiros. A partir do momento em que as convenções se impõem, é
preciso aceitar ilusões mais ou menos perfeitas no lugar das realidades.
Mas isso é de tal maneira indiscutível que é inútil mesmo falarmos na
questão. É o próprio fundo da arte humana, sem o qual não existe
produção possível. Não se critica o pintor por suas cores, ou o roman-
cista por sua tinta e seu papel, ao autor dramático sua ribalta e seus
pêndulos que não funcionam. (O naturalismo no teatro)
m Antoine
É o quadro que prefiro. Todas as minhas idéias estão aí, nessa reprodu-
ção exata da vida. Os atores não representam mais, vivem seus papéis.
A encenação é uma maravilha de verdade; aqueles homens que entram,
que saem, que consomem sentados em mesas ou em pé no balcão, nos
transportam para um verdadeiro botequim. (Prefácio de A taberna)
m Stanislavski
O palco naturalista:
balanço e conseqüências
Claro, o palco naturalista oferece o flanco a um bom número de
críticas. Será criticado por se perder na acumulação quase documen-
tária ou pitoresca de efeitos de real que acabam por se chocar, se
acavalar e falhar na função que lhes era atribuída. Mas sua exigência
O princípio de realidade 119
5. Devaneios simbolistas