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Humberto de Silva Candida 

ou de
Moyenmoutier (em latim: Humbertus Silvae Candida; c. 1015 – 5 de
maio de 1061 (46 anos)), também aparece
como Mourmoutiers ou Marmoutier, foi um prelado francês, um cardeal e
um oblato beneditino, doado por seus pais ao mosteiro de Moyenmoutier,
na Lorena. Ele foi convidado para ir a Roma em 1049 pelo papa Leão IX,
que o fez arcebispo da Sicília (mesmo sendo impedido pelos ítalo-
normandos de desembarcar na ilha) e, posteriormente, cardeal-bispo de
Silva Candida (1050 d.C.).
Sob Leão, ele se tornou o principal secretário do papa e, numa viagem
pela Apúlia em 1053 d.C., ele recebeu de João, bispo de Trani, uma
carta de Leão de Ácrida (atual Ohrid), criticando os costumes e as
práticas litúrgicas ocidentais. Ele traduziu a carta do grego para o latim e
a entregou ao papa, que ordenou que uma resposta fosse composta.
Esta troca fez com que Humberto fosse enviado como chefe de uma
missão, que tinha também Frederico de Lorena, futuro papa Estêvão IX,
e Pedro, arcebispo de Amalfi, a Constantinopla para confrontar
o patriarca Miguel I Cerulário. Ele foi cordialmente recebido
pelo imperador bizantino Constantino IX Monômaco, mas foi ignorado por
Miguel. Eventualmente, em 16 de julho de 1054, apesar de Leão ter
morrido e seus atos a partir da morte serem inválidos, ele deixou
uma bula de excomunhão no grande altar da Igreja de Santa
Sofia durante a celebração da liturgia. Este evento cristalizou
oficialmente o gradual cisma que vinha se formando entre o cristianismo
oriental e o ocidental e sua data marca o início do Grande Cisma do
Oriente.
Nos anos seguintes, Humberto se tornou o responsável pela biblioteca
da Cúria Romana a pedido de Estêvão IX, seu antigo companheiro na
missão, e ele escreveu o tratado reformador Libri tres adversus
Simoniacos ("Três livros contra os simoníacos", de 1057), que ajudou a
iniciar o movimento que viria a ser chamado de Reforma Gregoriana.
Acredita-se também que ele tenha sido o mentor por trás do decreto
eleitoral de 1059, que afirmava que os papas seriam, dali em diante,
eleitos pelo Colégio de Cardeais.

Eckhart de Hochheim, O.P. (Tambach, Turíngia, 1260 – Colonia, 1328),
mais conhecido como Mestre Eckhart, em reconhecimento aos títulos
acadêmicos obtidos durante sua estadia na Universidade de Paris, foi um
frade dominicano, reconhecido por sua obra como teólogo e filósofo e por
seu misticismo. Ele é considerado como um dos grandes símbolos do
espírito intelectual da idade média.
Mestre Eckhart foi um dos mais fecundos pensadores da filosofia
medieval e é considerado um grande expoente do neoplatonismo e
do misticismo.
Eckhart era conhecido por seus sermões eloquentes e improvisados, e
também pelo uso de paradoxos e linguagem incomum em sua obra, algo
que facilmente causava (e ainda causa) erros de interpretação em suas
obras e polêmicas. Por conta disso teve sua ortodoxia questionada e no
final da vida foi julgado pela inquisição. Ele morreu de causas naturais
antes de receber o veredito, e apesar de em sua defesa ter aceito
renegar os 28 argumentos seus "suspeitos de heresia" se isso fosse
necessário em reconhecimento da autoridade do tribunal, seu status
como teólogo ortodoxo é questionado até hoje dentro da Igreja Católica.

Portal de Mestre Eckhart, na igreja de Erfurt, Turíngia.

O papa João Paulo II citou sua obra algumas vezes. O mestre dos


dominicanos, Timothy Radcliffe, chegou a questionar a congregação para
a doutrina da fé no final da década de 90 acerca do status canônico de
Eckhart. Joseph Ratzinger, que na época presidia tal congregação,
respondeu que Eckhart deve ser considerado ortodoxo com base no fato
de que ele reconheceu qualquer erro em suas obras, não ter sido
condenado, e principalmente pelo fato das acusações contra ele serem
baseadas em documentos não mais existentes e que portanto são
impossíveis de verificar.
Grande parte das polêmicas acerca de Mestre Eckhart envolviam sua
suposta autoria da obra Theologia Germanica, considerada umas das
principais influências da reforma protestante. Hoje é sabido que a obra foi
escrita décadas após sua morte e que ele não pode ser o autor.
Apesar de seu julgamento pela inquisição ter afetado seu status e
reputação antes de sua morte, estudantes de Eckhart, tais como o
beato Henrique Suso e Johann Tauler através do seus "Amigos de Deus"
continuaram a difundir sua obra e o seu pensamento dentro da Igreja,
com reconhecida influência e reverência ao mestre.

Tomás de Kempis, também conhecido como Tomás de


Kempen, Thomas Hemerken, Thomas à Kempis ou Thomas von
Kempen (Kempen, Renânia, 1379 ou 1380 - Zwolle, 24 de julho de 1471)
foi um monge e escritor místico alemão.

Biografia
Tomás de Kempis nasceu em 1380, em Kempen, na Renânia do Norte
(perto de Colónia) e faleceu a 24 de julho de 1471, no Mosteiro de Santa
Inês.
Aos 12 anos, foi estudar para a escola de Deventer, na Holanda. Durante
os seus estudos em Humanidades, Tomás de Kempis revelou muito
talento na transcrição de manuscritos. Concluída a sua formação, em
1399, o jovem foi admitido no grupo Irmãos Regulares da vida em
Comum que, ainda sem instalações definitivas, viviam no Monte de
Santa Inês (ou St. Agnès), perto de Zwolle, na Holanda, onde o seu
irmão era prior. Sob a direção do prior Florêncio Radewijn, Tomás de
Kempis iniciou uma vida de pobreza, castidade, devoção e obediência,
em comunidade, tendo feito votos de noviço apenas em 1406 e, sido
ordenado padre em 1413, um ano depois de ter sido edificada a igreja
daquela comunidade religiosa. Mais tarde, foi eleito subprior, mas devido
a um exílio da comunidade, entre 1429 e 1432, Tomás de Kempis
exerceu durante pouco tempo essa função. Durante esse período, esteve
com o irmão num convento perto da cidade holandesa de Arnhem, o qual
falecera em novembro de 1432. De regresso ao Monte de Santa Inês,
Tomás de Kempis foi reeleito subprior, em 1448, permanecendo nessas
funções até ao final da sua vida.
Tomás de Kempis produziu cerca de quarenta obras representantes da
literatura devocional moderna. Destaca-se o seu livro mais
célebre, Imitação de Cristo, composto por quatro volumes, no qual apela
a uma vida seguida no exemplo de Cristo, valorizando a comunhão como
forma de reforçar a fé.

Devotio Moderna ou Devoção Moderna foi um movimento de


renovação apostólica do final do século XIV até o XVI, onde homens e
mulheres procuravam orientar suas vidas pelos ideais do cristianismo
primitivo, despojando-se de bens materiais e praticando exercícios de
ascese espiritual.[1] associado principalmente aos irmãos de vida comum,
seu fundador foi Gerhard Groote e seu escritor mais famoso o Monge
Tomas de Kempi[2]. Ocorreu inicialmente nos Países Baixos (Deventer,
Holanda atualmente) e sua ramificação a congregação dos
cânones agostinianos de Windeshein [3], criando uma forte e convencional
forma para a vida devota, fazendo-se conhecer os seus devotos por seus
movimentos calmos e calculados, sua postura curvada e suas roupas
remendadas propositalmente.[4]

Gerardus Magnus (Geert Groote, Gerhard Groet, Geert De Groote)


(* Deventer, 1340 - † Deventer, 20 de Agosto de 1384),
foi humanista, teólogo, místico e pregador holandês. Foi também
fundador da Irmandade da Vida Comum, e figura chave no movimento
religioso da Devoção Moderna[1], que tinha entre seus membros Thomás
de Kempis, autor da obra A Imitação de Cristo.
Nascimento e Educação
Groote nasceu na cidade Hanseática de Deventer, diocese de Utrecht,
onde seu pai desfrutava de confortável posição social. Estudou
em Aachen, depois, foi para a Universidade de Paris quando tinha ainda
quinze anos. Lá ele
estudou filosofia escolástica e teologia em Sorbonne quando foi aluno
de Guilherme de Ockham, de quem absorveu a concepção nominalista
de filosofia; além disso, estudou Direito
Canônico, medicina, astronomia e até magia, além de um pouco
de hebraico. Depois de um curso brilhante formou-se em 1358, tendo
continuado seus estudos ainda em Colônia.

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