TOMISMO

Define-se como um conjunto de doutrinas teológicas de São Tomás de

Aquino, que influenciado por Aristóteles, Platão e Santo Agostinho, criou o
sistema filosófico e teológico próprio e original.

Nascido em 1225, no reino de Sicília, filho de Landolfo e Teodora,

de família nobre de Lombardia. Aos 5 anos seus pais enviaram-no ao Mosteiro
beneditino de Montecassino, onde começou o seu desenvolvimento para ler,
escrever e ser introduzido a uma vida monástica. Aos seus 14 anos, foi enviado
para estudar artes e filosofia no Studium Generale de Nápoles.

Em Nápoles que conheceu a Ordem dos Pregadores (ordem religiosa

católica qual o objetivo é a pregação da palavra e mensagem de Jesus Cristo),
aproximando-o da vida dominicana. Em abril de 1244, recebeu o hábito
dominicano tendo como conflito seus próprios pais que não o aceitariam
dominicano, tenho ciência do fato, os frades da Ordem o levaram para Roma, e
de Roma para Bolonha. A mãe de Tomás, Teodora, descobriu o ocorrido e
junto com seus demais filhos, capturou Tomás em maio do mesmo ano.

Nenhuma queixa dos Dominicanos foi suficiente, pois, as autoridades

religiosas declararam que Tomás deveria ser levado por seus irmãos, e foi
levado ao castelo Rocasseca, qual ficou detido na torre durante 1 ano.
Enquanto detido, dedicava seu tempo aos estudos bíblicos, orações, e sobre a
lógica de Aristóteles. Foi o período de construção do plano espiritual na vida de
Tomás, fortalecendo diversos aspectos como sua fé, integridade, razão e
afinidade.

Em 1245, após a liberação de sua família, Tomás junto aos frades

dominicanos foram para Roma, devido ao medo que temiam que ele fosse
capturado novamente. Chegando em Roma, o Mestre da Ordem Dominicana o
enviou par Paris para assim poder terminar sua formação filosófica na
Faculdade de Artes de Paris e começar o início prático na teologia no convento
de Saint-Jacques. Tomás durante o período de seus estudos e após o termino
deles, se tornou Mestre em Sagrada Escritura, Teologia, produzindo diversos
opúsculos defendendo a vida religiosa, sendo em 1260 nomeado Pregador
Geral da Província romana de sua ordem.
 “Dentre as diversas contribuições desta época, Tomás colaborou para
assentar as bases intelectuais de uma reintegração das comunidades
cismáticas orientais à Igreja de Roma” (FAITANIN, 2011).

Em 1264, foi encarregado após a morte de Urbano IV a fundar um

Studium dominicano em Roma, nesse período Tomás estava intensamente
determinado nos estudos, orações e nas suas missas. Em Roma de 1265 à
1268 iniciou a escrita de sua maior obra; Summa Theologiae, considerada uma
das principais e importantes obras filosóficas da escolástica constituída numa
das bases dogmática do catolicismo, além de demais obras como; De potentia
Dei, Compendium Theologiae, entre outras.

Após longo período de intenso trabalho diário, Tomás mostrava-se

cansado junto com problemas de saúde, o impossibilitou de continuar suas
escritas e no dia 7 de maio de 1274, faleceu aos 49 anos de idade.

“Não há Tomistas sem o Tomismo e nem Tomismo sem Tomás. Por

isso, o primeiro e mais importante é entender o essencial da vida de Tomás, a
sua intenção filosófica e teológica” (FAITANIN, 2011).

Tomismo de um modo geral é uma doutrina legitimamente filosófica e

teológica desenvolvida por Tomás e seus discípulos. Sendo um dos princípios
centrais o julgamento de que o homem estaria propício a distinguir a verdade e
seguir as leis de Deus, com base no conceito de Direito Natural, qual as leis
humanas teriam sido criadas pelo homem, devendo agir de acordo com os
interesses religiosos representado pela Igreja. Sendo assim que a humanidade
teria conhecimento dos propósitos divinos e para reconhece-los seria
necessário o auxílio da Igreja, justificando a existência de uma Igreja visível e
jurisdicional, inspirada no espírito santo e controlada pelo Papa tendo a
necessidade do Papa com intermediário para a salvação humana.
(MAGALHÃES, 2013).

Essa concepção de um dos princípios centrais do Tomismo junto a obra

Summa Theologiae colaborou e reforçou fatos da Igreja durante a
Contrarreforma, tendo mais tarde a oficialização do Tomismo durante a
realização do Concílio de Trento e impactando ações durante a Companhia de
Jesus diante de seus princípios.