Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Educação na Modernidade
3
1. OBJETIVOS
• Reconhecer a importância da época moderna para a edu-
cação.
• Examinar a reestruturação da escola moderna.
• Conhecer as principais vertentes pedagógicas da Moder-
nidade.
• Investigar a relação entre o processo de formação indivi-
dual e o de formação social.
2. CONTEÚDOS
• Época moderna.
• Reformismo religioso e educação.
• Modernidade.
• Iluminismo.
94 © Fundamentos Históricos e Filosóficos da Educação
4. INTRODUÇÃO
Na unidade anterior, você teve a oportunidade de familia-
rizar-se com os problemas pedagógicos presentes na época me-
dieval. Vimos que seu caráter opressivo e dogmático não propor-
© U3 - Educação na Modernidade 97
6. RENASCIMENTO
O primeiro traço específico da cultura renascentista é o rom-
pimento da hierarquia medieval, manifestada em graus divinos e
terrestres. Isso ocorreu pela aproximação gradativa do homem a
Deus, uma vez que o homem pretendia criar mundos e até corri-
gir as falhas da construção divina. Rafael, por exemplo, costumava
dizer que o artista deve apresentar, em suas obras, não o mundo
como foi criado (por Deus), mas como deveria ter sido criado. As-
sim, pode-se entender que, segundo a visão renascentista, o ho-
mem é o que faz de si mesmo, e não aquilo que tinha herdado via
sangue nobre, isto é, propriedade ou status.
Essa nova visão, que rompeu com a tradição medieval, indica
que o ser humano possui valor por si mesmo. Tal era a essência do
humanismo renascentista. Apesar do golpe que a teoria de Copér-
nico infligiu no orgulho humano, destituindo-o da posição central
do universo, a nova visão de homem impôs-se como posição cen-
tral do humanismo. Este, por sua vez, inspirou-se na ideia de Pro-
tágoras, segundo a qual o homem é a medida de todas as coisas.
Desse modo, o homem é criador e denominador do mundo; tudo
passa a ser avaliado por seu caleidoscópio.
Em sentido literal, "Renascimento" significa ressurreição dos
ideais greco-romanos da arte, da moral, da política e da educação.
No entanto, não podemos reduzir essa época gloriosa da história
humana a, apenas, uma réplica do mundo antigo. O Renascimento
é o anúncio de uma nova época – uma época de descobertas cien-
Studia Humanitatis
O Renascimento tem mérito por ter forjado um novo ho-
mem e uma nova virtude. O novo homem é o cidadão, alguém
© U3 - Educação na Modernidade 101
Erasmo de Roterdã
Erasmo é considerado o representante mais ilustre do Hu-
manismo do século 16. No âmbito pedagógico, Erasmo se propõe
o desafio de renovar o sistema educacional. Seu ponto de partida
são as críticas que dirige ao modelo escolástico de educação e sua
própria esterilidade.
As novas condições históricas impuseram a necessidade de
superação dos modelos antigos, e Erasmo, mais do que qualquer
outro, sente as influências dessa época de transição. Por volta de
Martinho Lutero
Outra figura proeminente no processo de renovação cristã
na educação é Lutero, quer partindo de seu postulado protestan-
te, segundo o qual a salvação do homem só ocorre pela fé, sem a
mediação da Igreja, Lutero prepara o solo para um entendimen-
to novo de educação: caso a fé seja a base da salvação humana,
inspirando-se nos textos sagrados, então, para se ter acesso a tais
textos, o indivíduo necessita ser alfabetizado.
Essa é a razão que fundamenta a proposta luterana de alfabe-
tização geral do povo. Assim, vem à tona a importância das escolas
públicas, das quais, segundo Lutero, a salvação humana depende.
© U3 - Educação na Modernidade 105
Contrarreforma
A divisão do mundo cristão, operada por Lutero e sua pro-
posta protestante, causou a reação da Igreja católica em termos
Companhia de Jesus
Fundada em 1539, por Ignácio de Loyola, a Companhia de
Jesus foi um dos instrumentos desse novo intuito. Segundo tal es-
tratégia pedagógica, a formação do homem deveria suprir o de-
senvolvimento dos seus dons naturais e alcançar o fim para o qual
ele foi criado.
A princípio, a Companhia de Jesus seguiu o modelo huma-
nista de educação, baseado nas leituras dos clássicos e, sobretudo,
de Aristóteles na versão tomista. Inicialmente, a Companhia era
frequentada pelos que pretendiam dedicar sua vida ao sacerdó-
cio, aplicando-se aos estudos de retórica, lógica, ética, metafísica,
teologia, língua grega e hebraica. Mais tarde, por volta de 1548,
suas escolas abriram as portas também àqueles que não neces-
sariamente dedicariam sua vida ao sacerdócio. Em sua missão
educativa, a Companhia inaugurou várias instituições de ensino,
espalhadas por toda Europa, tornando-se a instituição pedagógica
mais difundida no continente.
Os planos de ensino da Companhia de Jesus contemplavam
rigorosamente a disciplina escolar, horários de aula, exercícios,
© U3 - Educação na Modernidade 107
8. A EDUCAÇÃO NA MODERNIDADE
A partir da Modernidade, a pedagogia ganha status de obje-
to de saber científico. A educação moderna ocupa cada vez mais
o papel de primeira importância na sociedade, que é, por assim
dizer, a formação do cidadão.
Como Foucault (apud CAMBI, 1999) sublinha, uma das ca-
racterísticas da visão moderna de educação é a do controle. Ela
visa a formação de um indivíduo formal e normativo. Obviamente,
tal educação é fortemente marcada pelo aspecto social, em detri-
mento do aspecto individual e subjetivo. Para funcionar o organis-
mo estatal, cada membro deste deve passar por devida instrução,
que é a educação. Em virtude desse aspecto social, a pedagogia
moderna altera profundamente os papéis dos principais promoto-
res da educação, a saber, a família e a escola.
Conforme Cambi (1999), a família é, por assim dizer, o in-
cubatório no qual os filhos se tornam aptos para o exercício da
vida social. À escola, por sua vez, cabe a promoção do papel ideo-
lógico, uma vez que ela é o aparato ideológico do Estado, como
diz Althusser, aparato que produz força de trabalho, mas também
ideologia (CAMBI, 1999). Contudo, a Modernidade revela-nos uma
escola que também promove a emancipação do sujeito, para que
este se torne ativo e crítico. Assim, a ideologia estatal e a crítica
pessoal convivem dialeticamente na sociedade moderna.
A Modernidade, em sua versão inicial, isto é, na época do
Renascimento, retoma o modelo clássico de Paideia, ou seja, o
modelo de Isócrates, de Platão e dos estoicos e neoplatônicos.
Essa retomada é, também, uma tentativa de circunscrição do novo
ideal da Modernidade, a partir dos valores clássicos numa versão
moderna. Na nova versão curricular, estudos políticos e religiosos
e as disciplinas de matemática e ciências assumiram o papel de
protagonistas, sobretudo após o ano 1600. Na medida em que o
Estado nacional moderno se tornou um fato, na formação peda-
Rabelais
Rabelais, em sua famosa obra Gargantua e Pantagruel, diri-
ge uma crítica implacável contra as instituições pedagógicas orga-
nizadas pelo clero, chegando ao ponto de ridicularizá-las pela sua
esterilidade e inutilidade. Sua proposta de ensino consiste num
ideal que une as virtudes morais ao desenvolvimento das faculda-
des intelectuais. Para tal fim, o ensino deve incluir nos seus currí-
culos o estudo de línguas, filosofia clássica, matemática, música,
história e direito civil.
Rabelais deu um passo avançado nos programas de ensino,
incluindo nestes o estudo da natureza. Tal estudo incluía não só a
natureza circundante, mas também a natureza humana estudada
sob forma de anatomia – algo que só alguns séculos depois entra-
ria nas ementas. A seguir, utilizaremos um trecho da sua mais cé-
lebre obra Gargantua e Pantagruel, na qual, em poucas palavras,
descreve seu ideal de ensino:
Pelo que, meu filho, exorto-o a empregar a sua juventude no
processo dos estudos e da virtude. Você está em Paris, com seu
preceptor Epistemon; este, por orientações práticas e verbais, e
aquela, por louváveis exemplos, podem-no instruir. Entendo e que-
ro que aprenda perfeitamente as línguas, primeiramente a grega,
como quer Quintiliano; secundariamente, a latina; depois a hebrai-
ca por causa da santas epístolas; a caldaica e arábica pela mesma
razão; que forme seu estilo, quanto à grega, à imitação de Platão;
quanto à latina, a maneira de Cícero; que não haja história que não
tenha presente na memória a qual o ajudará a geografia de tudo
quanto se tem escrito.
Das artes liberais, Geometria, Aritmética e Música, dei-lhe algum
gosto quando ainda pequeno, entre cinco e seis anos de idade, e da
Astronomia saiba todas as regras. Deixe a Astrologia divina e a arte
de Lúlio como abuso e vaidade. Do Direito Civil quero que saiba de
cor os belos textos e compare-os com a Filosofia.
Quanto ao conhecimento dos fatos da natureza, quero que se ador-
ne cuidadosamente deles; que não haja mar, ribeiro ou fonte dos
quais não conheça os peixes; todos os pássaros do ar, todas as árvo-
Montaigne
Michel de Montaigne nos apresenta um notável avanço no
pensamento pedagógico. Ele abertamente critica a fé no poder da
razão, que é, cada vez mais, difundida e propagada pela Moderni-
dade. O atual ensino, segundo o pensador, não passa de transmis-
são de conhecimentos e erudição sem uma presença real na vida.
É o que ele sublinha no seguinte trecho:
Mas, o que é pior, nossos estudantes e aqueles a quem ensinarão
não se nutrem nem se alimentam muito mais que isso; a ciência
passa assim de mão em mão, com o único objetivo de entender
os outros e contar estórias, como moeda recolhida, inútil a qual-
quer uso, e empregada apenas para calcular e depois atirar-se fora
(MONTAIGNE, 1946, p. 86, tradução mossa).
Descartes
Descartes é outro protagonista do pensamento moderno
cuja contribuição é incomensurável.
Apesar de ter passado por uma formação jesuíta, Descartes
bem cedo se declarou decepcionado pelo modelo escolástico de
educação. Em sua obra Discurso do método, ele afirma que tudo o
que aprendeu no colégio é cheio de dúvidas e não apresenta ne-
nhuma verdade que pudesse resistir a elas. Dessa forma, a dúvida
© U3 - Educação na Modernidade 115
A razão substitui Deus, sem que este seja totalmente negado; ela
se torna o suporte indispensável para toda atividade humana – éti-
ca, política, econômica etc.
O Iluminismo travou uma guerra implacável contra o caráter
absolutista das instituições políticas e religiosas e contra as desi-
gualdades e diferenças sociais de classe. Vale lembrar que os pro-
tagonistas desse movimento histórico são filósofos e pensadores.
Estes assumem uma posição radical na luta contra as instituições
conservativas, tornando-se vanguarda da nova ideologia. Os no-
mes de destaque são: Barão de Montesquieu, Voltaire e Diderot,
e suas ideias alcançaram todos os campos da atividade humana
– ciência, religião, ética, política etc. No âmbito religioso, os filó-
sofos iluministas introduziram a concepção deísta, que apresen-
ta uma saída bastante efetiva, por meio da qual o homem liberta
suas mãos das orações para construir um novo mundo, ordenado
e perfeito, segundo as leis racionais.
Nesse âmbito de profundas alterações, mudanças e transi-
ções, a velha visão conservativa lutou pela sua manutenção e so-
brevivência, e a nova visão mostrou-se bastante forte para per-
mitir que a primeira se conservasse. Tudo isso fez que a política
educativa ficasse no meio de sérias contradições. Por um lado, as
enraizadas instituições de ensino, promovidas, em sua maioria,
pelas ordens religiosas, espalhadas por toda a Europa, impediam o
desaparecimento da velha visão pedagógica. Por outro, a marcha
histórica, seguindo seu curso natural, abriu as portas de uma nova
mundivisão. Nesse momento, a educação encontrava-se em atra-
so se comparada com outras áreas humanas. Esse atraso foi facil-
mente explicado pela sua tendência em garantir a conservação do
sistema vigente.
Lembremo-nos de que uma das missões educativas é a per-
petuação da ordem vigente. Todavia, começa a criação de novos
modelos educativos justamente pelos protagonistas da Moderni-
dade. Os novos mentores da educação insistem em três aspectos
básicos que devem permear a educação, a saber:
© U3 - Educação na Modernidade 119
Jean-Jacques Rousseau
Influenciado pelas ideias de Locke, Rousseau, em sua obra
de teor pedagógico – Emílio –, esboça uma original doutrina edu-
cativa, que permanece, no entanto, no leito das teorias utopistas.
O tratado sobre a educação, exposto em Emílio, definitivamente
rompe com o tradicional entendimento de educação, mostrando-
-se de acordo com o espírito iluminista.
Rousseau esta ciente de que a transformação social só será
possível se for amparada por uma educação que reflita o espírito do
Iluminismo. Rousseau vê no retorno à natureza, ou, pelo menos, no
retorno ao espírito da natureza, a possibilidade de uma mudança
social. Nisso, consiste a razão da sua constatação de que o homem
nasce bom, mas a sociedade o corrompe. Esse pensamento será o
critério que irá permear o novo ideal rousseauniano de educação.
© U3 - Educação na Modernidade 121
Kant
Kant trouxe contribuições preciosas para o campo da filo-
sofia, as quais tiveram um impacto profundo sobre o posterior
desenvolvimento do pensamento filosófico, mudando totalmen-
te sua face deste e delineando novos problemas e soluções. Suas
contribuições, entretanto, não se limitaram à revolução copernica-
na, ao criticismo e à filosofia transcendental; sua filosofia foi além
desse campo puramente teórico e especulativo ao introduzir um
entendimento novo sobre a razão prática – a moral formal.
A moral formal rompeu com as tendências eudemonistas,
que visavam, como meta suprema da vida humana, a partir de
boas ações, o alcance da felicidade; é como se esta fosse o prêmio
prometido em troca de bom serviço. Kant, ao contrário da ten-
dência eudemonista, fundamenta a moral na natureza humana.
Conforme tal entendimento, o homem não age moralmente com
vista de um fim, pois já está na natureza humana o princípio desse
agir moral, isto é, o homem é livre da necessidade natural, mas,
justamente por isso, obedece à lei moral, norteado pelo imperati-
vo categórico.
Pestalozzi
No final do século 18 e início do século 19, aparece, no ce-
nário pedagógico, a figura de Pestalozzi e seu projeto de reformu-
lação da educação.
Assim como Kant, Pestalozzi sofre enorme influência do pen-
samento pedagógico de Rousseau. Sua intenção inicial de Pesta-
lozzi foi a de aplicar, na prática, a teoria pedagógica de Rousseau,
exposta em Emílio. O mérito de Pestalozzi é descrito por Thomas
Giles (1989, p. 189) assim:
[...] apesar das amargas derrotas sociais, conseguiu formular uma
pedagogia modelo para a escola elementar secular moderna. O
que, além de outras contribuições revolucionárias ao processo
educativo, lhe garante lugar de destaque na história da educação
ocidental.
Hegel
Na derrota prussiana, Hegel via o "mal necessário" para a
ressurreição do espírito alemão. A construção da Alemanha (1801-
1803) é uma obra escrita sob a influência da situação histórica. A
análise da história dos acontecimentos, passando pelo olho indi-
ferente do historiador Hegel, aprova o que ocorria naquele mo-
mento, chegando, assim, a uma visão positiva da guerra, tida como
necessária para a saúde de um Estado.
Hegel vê, na causa da derrota, um impulso da liberdade, que
fez que o Estado alemão se dividisse. Temos aqui uma valorização
do Estado em detrimento da liberdade do indivíduo, o qual se tor-
nou a causa do enfraquecimento do Estado. Portanto, o papel da
educação, na visão de Hegel, consiste em promover a dissolução
da subjetividade do indivíduo e torná-lo alheio à vontade do Esta-
do; isto é, reconciliar os seus fins particulares com os propósitos
do Estado. Trata-se, grosso modo, de uma formação (bildung) na
qual o indivíduo se eleva gradativamente do inferior (estado subje-
tivo) para o superior (estado objetivo) até que, no fim, por meio da
marcha negativa da dialética, alcança o estado absoluto – a plena
identidade de fins subjetivos e objetivos.
Para a compreensão da lógica interna deste processo, faz-se neces-
sária a análise das principais noções hegelianas: consciência, auto-
consciência e Espírito. A compreensão das noções de consciência
envolve a relação da consciência com um objeto (consciência é
sempre consciência para um objeto, algo que está diante de um
sujeito). Esta é a certeza sensível. À medida que a consciência per-
cebe que o objeto diante dela não é algo estranho a ela, mas é ela
mesma, torna-se autoconsciência; com efeito: autoconsciência é a
descoberta que o em-si do objeto é a própria consciência, de que a
consciência é a própria verdade (HEGEL, 1973, p. 152).
Gabarito
Depois de responder às questões autoavaliativas, é importante
que você confira o seu desempenho, a fim de que possa saber se é pre-
ciso retomar o estudo desta unidade. Assim, confira, a seguir, as respos-
tas corretas para as questões autoavaliativas propostas anteriormente:
1) c.
2) e.
3) c.
4) c.
12. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade, você conheceu a importância da época
moderna para a educação, examinou a reestruturação da escola
moderna, verificou as principais vertentes pedagógicas da Mo-
dernidade e investigou a relação entre o processo de formação
individual e de formação social.
Nesse sentido, estudou as principais correntes filosóficas
da Modernidade e os principais aspectos históricos que geraram
as profundas mudanças que caracterizam a passagem do período
medieval para o período moderno, tais como: o reformismo reli-
gioso e o Iluminismo.
O impacto desses fatores históricos e filosóficos na educação
foi enorme. Gerou uma confiança extraordinária na formação de
um homem racionalmente potente, que, pelo uso maduro de suas
capacidades teórico-cognitivas, iria criar uma sociedade mais justa
e feliz.
No entanto, esse ideal de realização racional do humano não
conseguiu alicerçar a sociedade que almejava. Estouraram as guer-
ras e uma nova época surgia. Já não confiantes na força da razão
em conduzir o homem à sua perfeição, surgem propostas com as
de Nietzsche, Marx, entre outros.
Tais propostas configuram o novo norte da educação con-
temporânea, influenciando não só esta, mas todas as áreas da cul-
tura humana.
13. E-REFERÊNCIA
KANT, I. Resposta à pergunta: o que é o Iluminismo?. Disponível em: <http://www2.crb.
ucp.pt/historia/kant.pdf>. Acesso em: 13 jul. 2011.
© U3 - Educação na Modernidade 137