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Allan Kardec

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Hippolyte Léon Denizard Rivail (francês:  [ʁivɑj];


Lyon, 3 de outubro de 1804 — Paris, 31 de março de Allan Kardec
1869) foi um influente educador, autor e tradutor
francês. Sob o pseudônimo de Allan Kardec
(francês:  [kaʁdɛk]),[1] notabilizou-se como o
codificador[nota 1] do espiritismo (neologismo por ele
criado).

Foi discípulo do reformador educacional Johann


Heinrich Pestalozzi e um dos pioneiros na pesquisa
científica sobre fenômenos paranormais (mais
notoriamente a mediunidade), assuntos cuja
investigação costumava ser considerada
inadequada. [2][3][4]

Biografia

Juventude e atividade pedagógica Fotografia de Allan Kardec.


Nome Hippolyte Léon Denizard Rivail
Nascido numa antiga família de orientação católica completo
com tradição na magistratura e na advocacia, desde
Conhecido(a) Codificar, sistematizar e
cedo manifestou propensão para o estudo das por propagar a Doutrina Espírita;
ciências e da filosofia. Fez os seus estudos na Escola propagar o "Método
de Pestalozzi, no Castelo de Yverdon, em Yverdon- pedagógico de Pestalozzi"
les-Bains, na Suíça (país protestante), tornando-se Nascimento 3 de outubro de 1804
um dos seus mais distintos discípulos e ativo Lyon, França
propagador de seu método, que tão grande influência Morte 31 de março de 1869 (64 anos)
teve na reforma do ensino na França e na Alemanha. Paris, Ile-de-France
Aos quatorze anos de idade já ensinava aos seus Nacionalidade francês
colegas menos adiantados, criando cursos gratuitos.
Ocupação Pedagogo, professor,
Aos dezoito, bacharelou-se em Ciências e Letras. gramático, tradutor, linguista,
[carece de fontes?]
filósofo, educador
Magnum opus O Livro dos Espíritos (1857)
Concluídos os seus estudos, o jovem Rivail retornou
ao seu país natal. Profundo conhecedor da língua Assinatura
alemã, traduzia para esse idioma diferentes obras de
educação e de moral, com destaque para as obras de
François Fénelon, pelas quais manifestava particular
atração. Conhecia a fundo os idiomas francês,
alemão, inglês e neerlandês, além de dominar perfeitamente os idiomas italiano e espanhol.[carece de fontes?]
Era membro de diversas sociedades acadêmicas, entre as quais o Instituto Histórico de Paris e a Academia
Real de Arras; esta última, em concurso promovido em 1831, premiou-lhe uma memória com o tema "Qual
o sistema de estudos mais de harmonia com as necessidades da época?".[2][5]

A 6 de fevereiro de 1832 desposou Amélie Gabrielle Boudet. Em 1824, retornou a Paris e publicou um
plano para aperfeiçoamento do ensino público. Após o ano de 1834, passou a lecionar, publicando diversas
obras sobre educação, e tornou-se membro da Real Academia de Ciências Naturais.[6]

Como pedagogo, o jovem Rivail dedicou-se à luta para uma maior democratização do ensino público.
Entre 1835 e 1840, manteve em sua residência, à rua de Sèvres, cursos gratuitos de Química, Física,
Anatomia[7] comparada, Astronomia e outros. Nesse período, preocupado com a didática, elaborou um
manual de aritmética, que foi adotado por décadas nas escolas francesas, e um quadro mnemônico da
História da França, que visou a facilitar ao estudante a memorização das datas dos acontecimentos de maior
expressão e as descobertas de cada reinado do país. As matérias que lecionou como pedagogo foram
Química, Matemática, Astronomia, Física, Fisiologia, Retórica, Anatomia Comparada e Francês.[8]

Das mesas girantes à Codificação

Conforme o seu próprio depoimento, publicado em Obras Póstumas, foi


em 1854 que o Prof. Rivail ouviu falar pela primeira vez do fenômeno das
"mesas girantes", bastante difundido à época, através do seu amigo Fortier,
um magnetizador de longa data. Sem dar muita atenção ao relato naquele
momento, atribuindo-o somente ao chamado magnetismo animal do qual
era estudioso. Apenas em maio de 1855 sua curiosidade se voltou
efetivamente para as mesas, quando começou a frequentar tais reuniões.
[carece de fontes?]

Durante este período, também tomou conhecimento da psicografia. Ele


então teria tido contato com um "espírito familiar", que supostamente teria
passado a orientar os seus trabalhos. O pseudônimo "Allan Kardec" foi
escolhido porque esta entidade teria revelado que ambos haviam vivido Representação de Kardec.
juntos, em uma vida passada, entre os druidas do povo celta, na região da
Gália (atual França).[1][9][10]

A Doutrina Espírita transforma completamente a perspectiva do


futuro. A vida futura deixa de ser uma hipótese para ser
realidade. O estado das almas depois da morte não é mais um
sistema, porém o resultado da observação. Ergueu-se o véu; o
mundo espiritual aparece-nos na plenitude de sua realidade
prática; não foram os homens que o descobriram pelo esforço
de uma concepção engenhosa, são os próprios habitantes desse
mundo que nos vêm descrever a sua situação.
— Allan Kardec[11]

Memorial a Allan Kardec na


Convencendo-se de que o movimento e as respostas complexas das mesas cidade de Lyon (França).
deviam-se à intervenção dos supostos espíritos, Kardec dedicou-se à
estruturação de uma proposta de compreensão da realidade baseada na
necessidade de integração entre os conhecimentos científicos, filosóficos e moral, com o objetivo de lançar
sobre o real um olhar que não negligenciasse nem o imperativo da investigação empírica na construção do
conhecimento, nem a dimensão espiritual e interior do homem.[carece de fontes?]
Como meio de elaboração, o Espiritismo procede exatamente da mesma forma que as
ciências positivas, aplicando o método experimental. Fatos novos se apresentam, que não
podem ser explicados pelas leis conhecidas; ele os observa, compara, analisa e,
remontando dos efeitos às causas, chega à lei que os rege; depois, deduz-lhes as
consequências e busca as aplicações úteis. Não estabeleceu nenhuma teoria preconcebida;
assim, não apresentou como hipóteses a existência e a intervenção dos Espíritos, nem o
perispírito, nem a reencarnação, nem qualquer dos princípios da doutrina; concluiu pela
existência dos Espíritos, quando essa existência ressaltou evidente da observação dos fatos,
procedendo de igual maneira quanto aos outros princípios. Não foram os fatos que vieram
a posteriori confirmar a teoria: a teoria é que veio subsequentemente explicar e resumir os
fatos. É, pois, rigorosamente exato dizer-se que o Espiritismo é uma ciência de observação
e não produto da imaginação. As ciências só fizeram progressos importantes depois que
seus estudos se basearam sobre o método experimental; até então, acreditou-se que esse
método também só era aplicável à matéria, ao passo que o é também às coisas metafísicas
— Allan Kardec[12]

Tendo iniciado a publicação das obras de Codificação em 18 de abril de 1857, quando veio à luz O Livro
dos Espíritos, considerado como o marco de fundação do Espiritismo, após o lançamento da Revista
Espírita (1 de janeiro de 1858), Kardec fundou, nesse mesmo ano, a primeira sociedade espírita
regularmente constituída, com o nome de Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas.

(…) o Espiritismo, restituindo ao Espírito o seu verdadeiro papel na criação, constatando a


superioridade da inteligência sobre a matéria, apaga naturalmente todas as distinções
estabelecidas entre os homens segundo as vantagens corpóreas e mundanas, sobre as quais
o orgulho fundou castas e os estúpidos preconceitos de cor. O Espiritismo, alargando o
círculo da família pela pluralidade das existências, estabelece entre os homens uma
fraternidade mais racional do que aquela que não tem por base senão os frágeis laços da
matéria, porque esses laços são perecíveis, ao passo que os do Espírito são eternos. Esses
laços, uma vez bem compreendidos, influirão pela força das coisas, sobre as relações
sociais, e mais tarde sobre a Legislação social, que tomará por base as leis imutáveis do
amor e da caridade; então ver-se-á desaparecerem essa anomalias que chocam os homens
de bom senso, como as leis da Idade Média chocam os homens de hoje…
— Allan Kardec[13]

Últimos anos

Kardec passou os anos finais da sua vida dedicado à divulgação do Espiritismo entre os diversos
simpatizantes, e defendê-lo dos opositores através da Revista Espírita Ou Jornal de Estudos Psicológicos. Já
com cerca de oito milhões de seguidores,[1] faleceu em Paris, a 31 de março de 1869, aos 64 anos de idade,
em decorrência da ruptura de um aneurisma, quando trabalhava numa obra sobre as relações entre o
Magnetismo e o Espiritismo, ao mesmo tempo em que se preparava para uma mudança de local de
trabalho. Está sepultado no Cemitério do Père-Lachaise, uma célebre necrópole da capital francesa. Junto
ao túmulo, erguido como os dólmens druídicos. Acima de sua tumba, seu lema: "Nascer, morrer, renascer
ainda e progredir sem cessar, tal é a lei", em francês.

Legado
Em seu sepultamento, seu amigo, o astrônomo francês Camille Flammarion proferiu o seguinte discurso,
ressaltando a sua admiração por aquele que ali baixava ao túmulo:[14]
Voltaste a esse mundo donde viemos e colhes o fruto de teus
estudos terrestres. Aos nossos pés dorme o teu envoltório,
extinguiu-se o teu cérebro, fecharam-se-te os olhos para não
mais se abrirem, não mais ouvida será a tua palavra… Sabemos
que todos havemos de mergulhar nesse mesmo último sono, de
volver a essa mesma inércia, a esse mesmo pó. Mas, não é
nesse envoltório que pomos a nossa glória e a nossa esperança.
Tomba o corpo, a alma permanece e retorna ao Espaço.
Encontrar-nos-emos num mundo melhor e no céu imenso onde
usaremos das nossas mais preciosas faculdades, onde
continuaremos os estudos para cujo desenvolvimento a Terra é
teatro por demais acanhado. (…) Até à vista, meu caro Allan
Kardec, até à vista!
— Camille Flammarion Túmulo de Allan Kardec no
Cemitério do Père-Lachaise,
em Paris.
Sobre Kardec, o engenheiro francês Gabriel Delanne escreveu:[15]

Substituindo a fé cega numa vida futura, pela inquebrantável


certeza, resultante de constatações científicas, tal é o inestimável
serviço prestado por Allan Kardec à humanidade.
— Gabriel Delanne

Nas palavras do brasileiro Alexander Moreira-Almeida, coordenador da


"Seção de Espiritualidade, Religiosidade e Psiquiatria" da Associação
Mundial de Psiquiatria:[16][17]

Kardec foi um dos pioneiros a propor uma investigação Retrato de Allan Kardec
científica, racional e baseada em fatos observáveis, das publicado na revista
experiências espirituais. Desenvolveu todo um programa de L'Illustration em 1869.
investigação dessas experiências, ao qual deu o nome de
Espiritismo.
— Alexander Moreira-Almeida

Controvérsias

Frenologia e declarações racistas

Allan Kardec já fez declarações controversas, que foram tidas como etnocêntricas e racistas em várias de
suas obras ainda no século XIX contra chineses e africanos,[18][19][20] sendo amplamente criticado no meio
católico mais tradicionalista por conta disso.[21] Kardec, como um erudito de sua época, acreditava na
suposta superioridade racial dos brancos europeus e na inferioridade de outros grupos étnico-raciais, tendo
como base a frenologia, fundada pelo médico alemão Franz Joseph Gall (1758-1828) e atualmente
considerada uma pseudociência. Kardec foi, inclusive, membro da Sociedade de Frenologia de Paris[22] e
teria defendido teses atualmente consideradas racistas em trechos de suas obras, mas que, à época,
representavam uma visão científica corrente no ramo da antropometria.[23] No artigo "Perfectibilidade da
raça negra", Kardec afirmou que, uma vez que espíritos evoluem, tem que habitar corpos de outra "raça", o
que acarretaria o desaparecimento das "raças selvagens". Ao consultar o espírito São Luís, Kardec lhe
perguntou se raça negra é inferior, ao que São Luís teria respondido que a "raça negra" desapareceria da
face da terra.[24]

Assim, como organização física, os negros serão sempre os mesmos; como Espíritos, trata-
se, sem dúvida, de uma raça inferior, isto é, primitiva; são verdadeiras crianças às quais
muito pouco se pode ensinar. Mas, por meio de cuidados inteligentes é sempre possível
modificar certos hábitos, certas tendências, o que já constitui um progresso que levarão
para outra existência e que lhes permitirá, mais tarde, tomar um envoltório em melhores
condições
— Allan Kardec - "Perfectibilidade da raça negra", Revista Espírita, pg. 150-151, abril de 1862[25]

Um dos textos de Kardec, criticados por alguns como sendo racista, encontra-se em sua obra O Livro dos
Espíritos:

À vista da sexta interrogação acima, dirão naturalmente que o hotentote é de raça inferior.
Perguntaremos, então,se o hotentote é ou não um homem. Se é, por que a ele e à sua raça
privou Deus dos privilégios concedidos à raça caucásica? Se não é, por que tentar fazê-lo
cristão? A Doutrina Espírita tem mais amplitude do que tudo isto. Segundo ela, não há
muitas espécies de homens, há tão-somente homens cujos espíritos estão mais ou menos
atrasados, porém todos suscetíveis de progredir. Não é este princípio mais conforme à
justiça de Deus?
— Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, pg. 190, 1860[26]

Outro texto conhecido de Allan Kardec, publicado em 1862 em uma revista de artigos da doutrina espírita
na França, diz:

Os Espíritos selvagens são ainda crianças, se assim podemos nos exprimir. Neles muitas
faculdades ainda estão latentes. O que faria o Espírito de um hotentote no corpo de um
Arago? Seria como alguém que nada sabe de música diante de um piano excelente. Por
uma razão inversa, o que faria o espírito Arago no corpo de um hotentote? Seria como
Liszt diante de um piano contendo apenas algumas cordas desafinadas, das quais o seu
talento não conseguiria jamais tirar sons harmoniosos.
— Allan Kardec - "Perfectibilidade da raça negra", Revista Espírita, pg. 149, abril de 1862[25]

O hotetonte, mais conhecido hoje como khoisan, mencionado acima, se refere a uma família muito antiga
de grupos étnicos do Sudoeste Africano. Para críticos, Kardec partilhava de concepções eurocêntricas (as
que propugnam que europeus são racialmente superiores) quando ele assim escreveu no livro A Gênese:

O progresso não foi, pois, uniforme em toda a espécie humana. Como era natural, as raças
mais inteligentes adiantaram-se às outras, mesmo sem levar em conta que muitos Espíritos
recém-nascidos para a vida espiritual, vindo encarnar na Terra juntamente com os
primeiros aí chegados, tornaram ainda mais sensível a diferença em matéria de progresso.
Seria impossível, com efeito, atribuir-se a mesma ancianidade de criação aos selvagens,
que mal se distinguem do macaco, e aos chineses, nem, ainda menos, aos europeus
civilizados.
— Allan Kardec, A Gênese, pg. 187, 1868[27]
Em 2007, o Ministério Público Federal definiu um termo de ajustamento de
conduta, segundo o qual editoras que publicam as obras de Kardec no
Brasil se comprometem a adicionar nelas uma nota explicativa de
esclarecimento sobre a ciência de sua época e o suposto conteúdo
discriminatório.[28] O escritor espírita brasileiro Paulo da Silva Sobrinho
Neto, autor do e-book Racismo em Kardec?, argumenta que classificar as
citações de Kardec como racistas de acordo com os valores morais
contemporâneos seria anacronismo, visto que Kardec reproduzia aquilo que
era dito como "verdade científica" na época em que viveu.[29] Ademais,
Neto também cita vários trechos em que Kardec apoia o conceito de união
"sem distinção de raças", como na obra O Evangelho Segundo o
Espiritismo, de 1864.[30] Na obra O Livro dos Espíritos, também é
afirmado que todos os homens são iguais perante Deus, rumam para o
mesmo fim e estão sujeitos às mesmas leis.[31] No artigo "Jornal de Estudos
Psicológicos", publicado na Revista Espírita em janeiro de 1863, Kardec
também afirma: "Abracemos a Humanidade inteira, sem distinção de culto, Capa do livro A Gênese, de
de raça, de origem e, com mais forte razão, de família, de fortuna e de 1868.
condição social."[32]

Obras

Didáticas

O professor Rivail escreveu diversos livros pedagógicos, dentre os quais


destacam-se:[33]

1824 - Curso prático e teórico de Aritmética, segundo o método


de Pestalozzi, para uso dos professores e mães de família, com
modificações - 2 tomos
1828 - Plano Proposto Para a Melhoria da Instrução Pública
(coroado pela Academia Real de Arras)
1831 - Gramática Francesa Clássica
1831 - Qual o sistema de estudo mais consentâneo com as
necessidades da época?.
1846 - Manual dos exames para os títulos de capacidade:
soluções racionais de questões e problemas de Aritmética e de
Geometria
1848 - Catecismo gramatical da Língua Francesa
1849 - Programa dos Cursos ordinários de Química, Física, Página de seu livro "Plano
Astronomia, Fisiologia Proposto para a Melhoria da
1849 - Ditados normais dos exames da Municipalidade e da Instrução Pública" (1828).
Sorbona
1849 - Ditados especiais sobre as dificuldades ortográficas

Espíritas

São popularmente conhecidas como cinco obras básicas que versam sobre o Espiritismo, sob o pseudônimo
Allan Kardec:[34][35]
O Livro dos Espíritos, Princípios da Doutrina Espírita, publicado
em 18 de abril de 1857;
O Livro dos Médiuns ou Guia dos Médiuns e dos Evocadores,
em janeiro de 1861;
O Evangelho segundo o Espiritismo, em abril de 1864;
O Céu e o Inferno ou A Justiça Divina Segundo o Espiritismo,
em agosto de 1865;
A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo,
em janeiro de 1868.

Além delas, como Kardec, publicou algumas dentre as onze que ele
chamou de obras fundamentais da doutrina espírita:[36]

Revista Espírita (periódico de estudos psicológicos), publicada


mensalmente de 1 de janeiro de 1858 a 1869;
Contracapa da versão de
O que é o Espiritismo? (resumo sob a forma de perguntas e 1860 d'O Livro dos
respostas), em 1859; Espíritos, a principal obra
O Espiritismo em sua expressão mais simples, em 1862; publicada por Kardec.
Viagem Espírita em 1862 (1867) (publicada no Brasil pela
editora O Clarim);
Resumo da Lei dos Fenômenos Espíritas, divulgada em brochura em 1864;
Caráter da Revelação Espírita, coletânea de trechos da Revista Espírita publicada em
brochura em 1868; posteriormente incluída no capítulo I de A Gênese.

Após o seu falecimento, viria à luz:

Obras Póstumas, em 1890.

Outras obras menos conhecidas foram também publicadas:

Catálogo Racional de Obras para se Fundar uma Biblioteca Espírita, em abril de 1869;
Instrução prática sobre as manifestações espíritas (substituída pelo Livro dos Médiuns;
publicada no Brasil pela editora O Pensamento);
O Principiante Espírita (no Brasil, pela editora O Pensamento);
A Obsessão (no Brasil, pela editora O Clarim).

Diplomas
Lista dos principais diplomas obtidos por Denizard Rivail durante a sua carreira de professor e diretor de
colégio:[8]

Diploma de fundador da Sociedade de Previdência dos Diretores de Colégios e Internatos


de Paris - 1829.
Diploma da Sociedade para a Instrução Elementar - 1847. Secretário geral: H. Carnot.
Diploma do Instituto de Línguas, fundado em 1837. Presidente: Conde Le Peletier-Jaunay.
Diploma da Sociedade de Educação Nacional, constituída pelos diretores de Colégios e de
Internatos da França - 1835. Presidente: Geoffroy de Saint-Hilaire.
Diploma da Sociedade Gramatical, fundada em Paris em 1807, por Urbain Domergue -
1829.
Diploma da Sociedade de Emulação e de Agricultura do Departamento do Ain - 1828 (Rivail
fora designado para expor e apresentar em França o método de Pestalozzi).
Diploma do Instituto Histórico, fundado em 24 de Dezembro de 1833 e organizado a 6 de
Abril de 1834. Presidente: Michaud, membro da academia francesa.
Diploma da Sociedade Francesa de Estatística Universal, fundada em Paris, em 22 de
Novembro de 1820, por César Moreau.
Diploma da Sociedade de Incentivo à Indústria Nacional, fundada por Jomard, membro do
Instituto.
Medalha de ouro, 1º prêmio, conferida pela Sociedade Real de Arrás, no concurso
realizado em 1831, sobre educação e ensino.

Ver também
Kardec (filme)
Chico Xavier
Divaldo Franco
Codificação Espírita
Doutrina Espírita
Espiritualismo
Moderno Espiritualismo
O Espírito da Verdade (espiritismo)

Notas
1. Diz-se codificador pois o seu trabalho foi o de reunir, compilar e sistematizar textos
recebidos por diversos médiuns naquela época

Referências
1. Nani Rubin (24 de novembro de 2013). «Livro Reconstitui a Gênese do Espiritismo» (http://o
globo.globo.com/cultura/livro-reconstitui-genese-do-espiritismo-10865550). O Globo.
Consultado em 22 de junho de 2014
2. Moreira-Almeida, Alexander (2008). Allan Kardec and the development of a research
program in psychic experiences (http://www.academia.edu/1619158/Allan_Kardec_and_the
_Development_of_a_Research_Program_in_Psychic_Experiences). Proceedings of the
Parapsychological Association & Society for Psychical Research Convention. Winchester,
UK.
3. Moreira-Almeida, Alexander. (2 de setembro de 2008). «Spiritism: The Work of Allan Kardec
and Its Implications for Spiritual Transformation» (http://www.metanexus.net/essay/spiritism-
work-allan-kardec-and-its-implications-spiritual-transformation). Metanexus Institute.
Consultado em 17 de novembro de 2014
4. Eliane Rezende Garcia. A Educação: saber e sabor na relação entre sujeitos (http://revistas.
pucsp.br/index.php/pontoevirgula/article/viewFile/13913/10237). Ponto-e-Vírgula, 10: 282-
285, 2011. PUC-SP. ISSN 1982-4807.
5. «Textos - Allan Kardec» (https://web.archive.org/web/20091224213407/http://www.espirito.or
g.br/portal/artigos/celuz/textos/allan-kardec.html). Espirito.org.br. Arquivado do original (htt
p://www.espirito.org.br/portal/artigos/celuz/textos/allan-kardec.html) em 24 de dezembro de
2009
6. Encyclopædia Britannica, 1997. Vol.8. p.390
7. Algumas fontes não confirmadas dizem que Allan Kardec teria sido médico. Pesquisas
posteriores, no entanto demonstraram que ele foi professor de Anatomia. Retirado do
rodapé desta página da Federação Espírita Brasileira: [1] (http://www.febnet.org.br/apresent
acao/content,0,0,28,0,0.html) Arquivado em (https://web.archive.org/web/20070627222213/h
ttp://www.febnet.org.br/apresentacao/content,0,0,28,0,0.html) 27 de junho de 2007, no
Wayback Machine.
8. SOARES, p. 13
9. Mauro Quintella (Janeiro–Fevereiro de 1998). «Allan Kardec, o chefe druida» (https://web.ar
chive.org/web/20140713161918/http://espirito.org.br/portal/artigos/diversos/estudo/allan-kar
dec-o-chefe.html). Espirito.org.br. Consultado em 19 de abril de 2014. Arquivado do original
(http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/estudo/allan-kardec-o-chefe.html) em 13 de
julho de 2014
10. «Esboço biográfico e curiosidades» (https://web.archive.org/web/20070208225551/http://ww
w.espirito.org.br/portal/doutrina/kardec/biografia-kardec-roberto-souza.html). Espirito.org.br.
Arquivado do original (http://www.espirito.org.br/portal/doutrina/kardec/biografia-kardec-robe
rto-souza.html) em 8 de fevereiro de 2007
11. O Céu e o Inferno, Primeira Parte, cap. 2
12. A Gênese, Capítulo I, item 14
13. Revista Espírita 1861, pág. 297-298
14. KARDEC, Allan. Obras Póstumas (14ª edição). Rio de Janeiro: FEB, 1975. p. 30
15. Carta de Delanne publicada na Revista Espírita em 1907. Disponível em «Gabriel Delanne -
sua vida, seu apostolado e sua obra» (.doc). Paul Bodier e Henri Regnault .
16. «Psiquiatra da ABP é eleito coordenador na Associação Mundial de Psiquiatria» (https://we
b.archive.org/web/20151001021850/http://www.abp.org.br/portal/psiquiatra-da-abp-e-eleito-c
oordenador-da-associacao-mundial-de-psiquiatria/). Consultado em 18 de novembro de
2014. Arquivado do original (http://www.abp.org.br/portal/psiquiatra-da-abp-e-eleito-coorden
ador-da-associacao-mundial-de-psiquiatria/) em 1 de outubro de 2015; 10/10/2014.
Associação Brasileira de Psiquiatria. Página visitada em 21/10/2014.
17. Tiago Cordeiro. Allan Kardec e o espiritismo, uma religião bem brasileira (http://guiadoestud
ante.abril.com.br/aventuras-historia/allan-kardec-espiritismo-religiao-bem-brasileira-806044.
shtml) (14/10/2014). Aventuras na História - Guia do Estudante. Página visitada em
18/11/2014.
18. Kardec 1857, pp. 188-190.
19. Kardec 1859, p. 131.
20. Kardec 1868, p. 195.
21. Orlando Fedeli. montfort.org, ed. «Allan Kardec, um racista brutal e grosseiro» (http://www.m
ontfort.org.br/bra/veritas/religiao/kardec/). Consultado em 2 de outubro de 2019
22. The Phrenological Journal, and Magazine of Moral Science (https://books.google.com.br/bo
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23. Félix, Franklin (4 de novembro de 2019). «O espiritismo precisa se afirmar antirracista» (http
s://www.cartacapital.com.br/blogs/dialogos-da-fe/o-espiritismo-precisa-se-afirmar-antirracist
a/). CartaCapital. Consultado em 8 de janeiro de 2021
24. «Revista Espírita 1859 » Junho » Conversas familiares de além-túmulo » O negro Pai
César» (https://www.ipeak.net/pt/2702). www.ipeak.net. Consultado em 16 de maio de 2022
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Perfectibilidade da raça negra (http://www.sistemas.febnet.org.br/gerenciador/pdfRepository/
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26. Allan Kardec. O Livro dos Espíritos  (https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/0
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Ligações externas
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Allan Kardec. «O Céu e o Inferno» (http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ph000
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Allan Kardec. «A Gênese» (http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ph000018.pdf)
(PDF) . Dominiopublico.gov.br

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