Você está na página 1de 8

Maximizando a Captação de Energia

Os papéis da IV Preditiva e do casamento de impedâncias


Nos sistemas Fotovoltaicos
INTRODUÇÃO

Os sistemas fotovoltaicos de hoje são tipicamente compostos de painéis conectados uns com os outros em série em linhas
chamadas strings, com várias dessas strings conectadas em paralelo para formar um arranjo. Devido à natureza dos
módulos fotovoltaicos conectados em série, o módulo de menor desempenho afetará a performance de todo o arranjo a
menos que esteja otimizado. Este documento demonstrará as causas do sub-performance dos arranjos fotovoltaicos,
descreverá as tecnologias superiores disponíveis para minimizar seu impacto na forma de casamento de impedâncias
(Impedance Matching) e IV Preditiva, além de auxiliar o leitor a validar a solução com testes independentes que eles
podem executar.

CURVAS IV

A necessidade por otimização pode ser entendida examinando as curvas IV do módulo e a maneira que os módulos se
comportam quando conectados em série. A lei de correntes de Kirchhoff determina que em um circuito eletrônico
fechado, onde todos os componentes estão conectados em série, a corrente deve ser idêntica. Por exemplo, em um
simples arranjo fotovoltaico, com uma única string conectada em um inversor, cada módulo deveria ter a mesma corrente
igualmente. Entretanto, sob certas condições, alguns módulos podem transportar apenas uma pequena quantidade de
corrente.
O exemplo a seguir mostra as curvas IV de 2 módulos fotovoltaicos idênticos; um exposto a alta irradiação (A) e o outro
exposto a baixa irradiação (B).

Figura 1: Exemplo de 2 módulos idênticos expostos a diferentes níveis de irradiação: Módulo A exposto à alta irradiação e B Exposto à
baixa irradiação

Como a mesma corrente deve ser aplicada aos dois módulos, o MPPT (Maximum Power Point Tracker) no inversor ou no
controlador de carga, pode selecionar entre o ponto de potência do módulo A (alta irradiação, cerca de 8,7A), o ponto de
trabalho do módulo B (baixa irradiação, cerca de 5,2A), ou qualquer ponto intermediário. Em 8.7A, o módulo forte, A,
produz sua potência máxima, no entanto, o módulo mais fraco, B, é completamente ignorado (by-pass) (nenhum ponto
em sua curva IV que chegue a 8.7A). Em 5.2A, o módulo mais fraco, B, está em seu pico de potência, porém, o módulo
mais forte, A, pode produzir apenas aproximadamente 185W. Com a otimização em nível de módulo do Tigo, cada módulo
(A ou B) pode produzir sua máxima energia disponível, independentemente dos outros módulos da string. O resultado
neste exemplo pode ser quantificado para todas as 3 opções, somando a energia disponível de ambos os módulos:

Com uma corrente na string de 8.7A: 320W + 0W = 320W (saída do módulo forte + saída do módulo fraco)
Com uma corrente na string de 5.2A: 185W + 190W = 375W
Com uma string otimizada pelo Tigo: 320 + 190 = 510W – eficiência de conversão (~0.5%-1.5%) = 505W

No próximo capítulo, discutiremos sobre as razões da sub-performance


MISMATCH: O PROBLEMA INERENTE DOS SISTEMAS FOTOVOLTAICOS

Mismatch (incompatibilidade ou “descasamento”) no contexto de sistemas fotovoltaicos, é usado para descrever o desvio
da performance entre módulos em um arranjo. O mismatch tem um significante impacto na produção de energia em um
sistema fotovoltaico, mesmo em um arranjo não sombreado. Quando módulos não estão produzindo igualmente, os
módulos forte e fraco têm diferentes curvas de potência. Quando um inversor escolhe um único ponto de operação para
múltiplos módulos, comprometimentos entre os módulos forte e fraco devem ser feitos. Além disso, como as curvas IV
dos módulos mudam dinamicamente e independentemente durante o passar do dia, se torna sempre mais desafiador
para o inversor alcançar a máxima produção de energia do arranjo.
Algumas fontes de mismatch não podem ser prevenidas através de bons projetos ou seleções de componentes. A seção
a seguir descreve brevemente as fontes mais comuns.

1. Sombreamento por nuvens e refração.


Mudanças na potência (tanto aumento quanto diminuição) devido a nuvens passando por sobre um arranjo. Nuvens
bloqueiam diretamente a irradiação normal quando passam por cima do arranjo, e podem levar a incompatibilidades
significantes na insolação. Além disso, ao saírem de cima do arranjo, pode haver o chamado “Efeito de Borda”, ou picos
de potência acima de 125% da potência máxima do arranjo, pois recebem irradiação direta e luz do sol refletida da nuvem.
Como os efeitos de nuvem acontecem rapidamente, fica mais difícil de o inversor corrigi-los de maneira eficaz.

2. Mercado residencial: Mismatch embutido.


Pesquisas mostraram que nos Estados Unidos, o espaço dos telhados residenciais é limitado em capacidade de
acomodar arranjos fotovoltaicos. Dos 100% dos telhados inclinados (que representam 92% de todo espaço de telhado
residencial), menos de 25% suportam sistemas fotovoltaicos sem mismatch.

Figura 2: Análise que mostra a maioria dos telhados residenciais nos EUA não é adequada para a energia solar tradicional, fonte:
GTM Research

Aumento da demanda do mercado por uma solução que resolva o mismatch embutido, que o corre devido ao
sombreamento invasivo

3. Mismatch de fabricação.
Diferenças na saída dos módulos, impulsionadas pela variação na fabricação, como erros nas medições de Flash Test e
diferenças nas temperaturas das células. Como não há duas células idênticas, fabricantes “organizam” seus módulos,
vendendo-os em faixas de potência (normalmente de +/-1.5% a +/- 5%). Alguns instaladores podem reorganizar seus
módulos antes da instalação para classificá-los em grupos mais restritos, mas o pequeno ganho de desempenho
geralmente não supera o custo adicional de mão-de-obra para testar e classificar os módulos.

4. Gradientes térmicos.
Diferenças de temperatura entre módulos em um arranjo. Módulos mais à borda de um arranjo recebem maiores fluxos
de ar e trabalham mais frios do que os outros módulos no centro do arranjo (ou na base de um arranjo montado em
terreno inclinado. A maioria dos módulos de silício cristalino tem um coeficiente térmico de aproximadamente 0.44%/°C.
uma variação de 20°C resulta em aproximadamente 9% de diferença de potência de saída entre módulos quentes e frios.
MISMATCH DESENVOLVIDO COM O TEMPO
As fontes de mismatch abaixo começam a afetar a produção em tempos diferentes, que depende principalmente da
qualidade dos módulos, e, parcialmente, de outros componentes do sistema e mão-de-obra.

1. Diodos de Bypass danificados.


Diodos de bypass tipicamente falham na posição fechada, criando um caminho de baixa resistência para a corrente fluir
por um grupo de células em um módulo. Um diodo em curto reduz a tensão do módulo sob carga em 1/3 (em um módulo
com 3 diodos). Como isso representa aproximadamente apenas 2-3% da tensão de uma string, está dentro da margem
de erro da maioria dos equipamentos de medição. Com a perda direta de energia, mais mismatch de potência entre
strings em paralelo, levando a perda de cerca de 0.5% de potência do sistema. Diodos danificados podem não ser
facilmente detectados durante toda a vida útil do sistema fotovoltaico sem um monitoramento a nível de módulo.

2. Sujeira em excesso.
Sujeira nos módulos provenientes do ambiente. Excesso de sujeira muda a insolação que cada módulo recebe, levando
diferente níveis de produção de energia. Também pode criar “pontos quentes” no módulo, devido a maiores perdas
resistivas, além de reduzir a eficiência do equipamento. Perdas devido a sujeiras vão de 1 a 4%.

3. Queda de tensão.
Mismatch na tensão das strings devido a condutores extensos entre as próprias strings e inversores. O mismatch em
paralelo não é tão prejudicial quando em série, porém as perdas se acumulam.

4. Degradação variável.
Módulos de silício degradam-se com o tempo a diferentes taxas. Análises da degradação de módulos mostraram que a
maioria dos módulos degradam na taxa de 1% ao ano, mas alguns estão entre 1 a 4%. Módulos menos potentes podem
também produzir calor extra, o que acelera ainda mais a degradação.

5. Desgaste acumulado.
Problemas no sistema que se acumulam ao longo do tempo, como falhas mecânicas ou elétricas. Os componentes do
módulo podem envelhecer e rachar, a umidade pode reduzir as conexões expostas e as alterações térmicas podem
separar as conexões mecânicas.

RESUMINDO O MISMATCH
O mismatch ocorre em sistemas de todos os tamanhos, de residencial a comercial, a até escala de serviços públicos, e
normalmente resulta em uma perda de energia de 2 a 5% em um arranjo não sombreado, com mais perdas surgindo ao
longo do tempo. No entanto, essas perdas podem ser recuperadas usando otimizadores a potência em nível de módulo,
como os Módulos Tigo Smart. Ao manter cada módulo funcionando em seu pico de potência individual, os otimizadores
de potência a nível do módulo podem aumentar a produção de energia de qualquer painel solar, conforme demonstrado
na introdução.

O próximo capítulo discutirá as tecnologias inovadoras que atenuam essa incompatibilidade.


A SOLUÇÃO: IV PREDITIVA E CASAMENTO DE IMPEDÂNCIAS
A plataforma TS4 da Tigo é o único MLPE no mercado que utiliza o Predictive IV (PIV, patente pendente) e garante o maior
ROI. Para superar os desafios impostos por um sistema fotovoltaico, as soluções de mitigação de mismatch estão
disponíveis no mercado há pelo menos sete anos. Otimizadores DC-DC, micro inversores, inversores com múltiplos
MPPT’s; todos existem para resolver o mesmo problema, com diferentes arquiteturas e topologias de sistema. O Tigo
fornece uma aproximação revolucionária que prevê de maneira inteligente as configurações ideais, permitindo que cada
módulo fotovoltaico gere sua energia máxima.

A arquitetura do sistema Tigo é idêntica à arquitetura de um inversor, permitindo que os otimizadores permaneçam em
um modo de Bypass completo até que ocorra o mismatch que exija sua intervenção. Ele não depende do estágio
distribuído DC / DC ou da conversão DC / AC, o que permite o menor ciclo de trabalho entre todas as outras soluções
líderes no mercado. Devido a esses princípios de operação, os otimizadores Tigo alcançam a máxima colheita de energia
com 99,5% de eficiência de conversão e a menor dissipação de calor na parte traseira do módulo.

Predictive IV

O Predictive IV (PIV) é a tecnologia de ponta que evoluiu a partir do “casamento de impedâncias” e de anos de pesquisa.
O Predictive IV incorpora técnicas de MPPT e casamento de impedâncias, bem como estatísticas históricas de
comportamento do módulo para prever as configurações ideais para um módulo gerar o máximo de energia. O resultado
é uma otimização mais robusta e precisa a nível de módulo, com maior rendimento de energia.

Os parâmetros do PIV são definidos localmente, graças aos recursos avançados de análise preditiva. É completamente
independente de qualquer outro módulo na string, bem como do inversor. Operando localmente, permite um
monitoramento de alta velocidade e, portanto, maior precisão e resposta em tempo real a qualquer variação de
comportamento do módulo fotovoltaico. Isso garante tanto a mais alta eficiência operacional quanto uma geração
máxima de energia a partir de qualquer série de módulos.

Além disso, a tecnologia PIV permite a implantação seletiva de otimização. O PIV permite a colocação parcial, conforme
necessário, e pode ser aplicado a qualquer módulo em uma única string, minimizando o número de otimizadores
necessários para obter a máxima energia disponível. Em outras palavras, qualquer módulo fotovoltaico em uma sequência
que seja exposta à sombra, temperatura mais alta ou que tenha uma característica mais alta de incompatibilidade com
outros módulos, pode ser equipado com um otimizador PIV. Isso garantirá o melhor desempenho do módulo e,
igualmente importante, que não limitará a produção dos outros módulos fotovoltaicos sem sombra na string.

Figura 3: Com PIV em uma única string, apenas módulos sombreados necessitam de otimização

O Predictive IV vem como um recurso padrão em cada versão do TS4 com recursos de otimização, ou seja, TS4-O e TS4-L,
e já está disponivel no mercado. O TS4 é uma combinação única de hardware e software do setor, substituindo as caixas
de junção dos módulos fotovoltaicos tradicionais por dois componentes principais. O primeiro é uma base TS4 universal,
que se conecta ao módulo e incorpora os cabos de energia (como uma caixa de junção comum). A segunda é uma
cobertura destacável que abriga os componentes eletrônicos. Juntos, eles formam uma nova geração de caixas de junção;
flexível, substituível e atualizável, acompanhado por um poderoso processo de arquitetura centrada em comunicação PV
2.0.
CASAMENTO DE IMPEDÂNCIAS
Como baterias, os módulos fotovoltaicos são conectados em série. Quando todos os módulos estão produzindo a mesma
quantidade de energia, o arranjo está produzindo de maneira ideal. No entanto, quando um módulo tem um desempenho
inferior, ele não apenas gera menos, mas também “arrasta” os outros módulos na string.

É fácil pensar em módulos solares como tubos. Os módulos perfeitos têm um tubo maior, enquanto os módulos de baixo
desempenho têm um tubo menor. Quando conectado, o tubo mais estreito restringe o fluxo de energia através da string
e perde energia aquecendo o módulo. Isso pode resultar em perdas significativas de energia e danos no painel.

A tecnologia de PIV corrige os problemas de mismatch entre os módulos, abrindo um novo tubo para permitir que alguma
corrente ignore um módulo de baixo desempenho (criando um by-pass pelo módulo). O diâmetro do túnel é dinâmico e
abre apenas o necessário. O módulo de baixo desempenho continuará contribuindo com sua energia para a string, mas
não restringirá o fluxo dos outros módulos.

Figura 4: Quatro (4) Módulos fotovoltaicos em série, Figura 5: A corrente que não pode passar pelo módulo em
um deles em sub-performance e limitando corrente. sub-performance, flui por um bypass criado pelo otimizador.

Esses diagramas ilustram o “’túnel” em um otimizador Tigo ou sistema de módulo inteligente. Devido ao circuito de
casamento de impedâncias (Impedance Matching), o módulo sombreado é capaz de contribuir com sua saída ideal sem
restringir a corrente máxima da string. Como resultado, os módulos sombreados e não sombreados na string podem
operar em seus pontos de potência máxima, colhendo o máximo do arranjo fotovoltaico.

Teste de Posicionamento Seletivo


O Tigo demonstrou um incomparável aumento no desempenho com posicionamento parcial do PIV, otimizando um único
módulo fotovoltaico sombreado com o TS4-O, em uma string de oito (8) módulos. O módulo foi sombreado como
mostrado abaixo, e o desempenho com o TS4-O foi testado contra o TS4-D (somente diodos; sem capacidade de
otimização).

Figura 6: Testando a configuração da experiência de implantação seletiva, um módulo sombreado com TS4-O / TS4-D para medir a
produção de energia com/sem PIV respectivamente.
Figura 7: Medições do experimento de implantação seletiva, realizadas por um medidor CA. Maior rendimento de energia com PIV é
altamente perceptível.

Os resultados foram medidos com um medidor CA no inversor e podem ser vistos acima. A recuperação de energia atingiu
um pico de 18,5%, confirmando a viabilidade como uma solução automática para o problema de sombreamento em
sistemas fotovoltaicos.

OS RESULTADOS: TESTES INDEPENDENTES


A tecnologia está sendo validada continuamente pela Tigo e seus clientes, bem como por instalações de pesquisa
independentes. Neste capítulo final, exibiremos os resultados de dois desses laboratórios: National Renewable Energy
Laboratory (EUA) e Photon (EUA)

NREL
Em 2014, o National Renewable Energy Laboratory (NREL) realizou uma avaliação das instalações fotovoltaicas com o
Tigo. O foco do estudo foi estimar a perda de desempenho do sistema devido à sombra parcial e à melhoria do
desempenho dos componentes eletrônicos a nível de módulo. A análise de mais de 500 sistemas encontrou uma perda
média de energia de 8,3% devido ao sombreamento parcial, que aumentaria para 13% sem otimização. Eles estimaram
que a otimização a nível de módulo recuperou em média 36% da energia perdida para sombra parcial.

O desempenho real do sistema foi comparado ao desempenho não sombreado estimado para determinar a energia
perdida e a energia recuperada.

O artigo completo está disponível aqui.

PHOTON
PHOTON Laboratories performed several tests with Tigo optimizers and found increased energy harvest in all shaded
scenarios. The charts below represent two typical residential shading scenarios, where Tigo and its competitors mitigated
mismatch to increase production.

Os laboratórios PHOTON realizaram diversos testes com os otimizadores Tigo e encontraram uma captação de energia
aumentada em todos os cenários com sombreamento. Os gráficos abaixo representam dois cenários típicos de
sombreamento, onde a Tigo e seus concorrentes atenuam o mismatch para elevar a produção.
Figura 8: Resultados em arranjos parcialmente Figura 9: Resultados em arranjos com
sombreados (poste), fonte: PHOTON, Nov 2010 sombra horizontal, fonte: PHOTON, Nov 2010

No primeiro teste de sombra, um poste foi colocado em frente aos módulos, projetando uma sombra que se move
lentamente pelo arranjo à medida que o sol se move ao longo do dia. No segundo teste, um elemento de sombra
horizontal estático foi posto cruzando os módulos. Nos dois casos, os otimizadores Tigo geraram mais energia do que as
soluções não otimizadas e concorrentes. O resultado é semelhante à análise da NREL.

SUMÁRIO
A solução de otimização baseada em Tigo TS4 utiliza o revolucionário Predictive IV (PIV), permitindo que ele responda
rapidamente às mudanças de condições. Ele leva cada módulo ao seu ponto ideal de saída de potência, recupera a energia
perdida devido ao mismatch e aumenta a produção total de energia.

O PIV trabalha com a maioria dos inversores e carregadores de baterias padrão disponíveis no mercado e não requer
nenhuma configuração específica de instalação, comissionamento ou consideração operacional.

As soluções baseadas em PIV da Tigo garantem o retorno sobre o investimento mais alto em comparação com qualquer
outro otimizador ou micro inversor no mercado atual de QUALQUER fornecedor. Os otimizadores TS4 equipados com o
Predictive IV de ponta estão disponíveis hoje nos principais fabricantes de módulos.

Você também pode gostar