Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Departamento de Matemática
Conteúdo
1 Limites 1
1.1 Noção Intuitiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Definição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.3 Propriedades dos Limites Finitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.4 Limites Laterais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.5 Limites Infinitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.6 Indeterminações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.6.1 Indeterminação ∞ − ∞ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
∞
1.6.2 Indeterminação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
∞
0
1.6.3 Indeterminação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
0
1.6.4 Indeterminação 0 × ∞ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.7 Limites Notáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.7.1 Limite trigonométrico básico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
0
1.7.2 Limite de tipo com exponencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
0
0
1.7.3 Limite de tipo com logaritmo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
0
∞
1.7.4 Limite de tipo com exponencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
∞
∞
1.7.5 Limite de tipo com logaritmo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
∞
1.7.6 Limite de Neper . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.8 Outras Indeterminações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.9 Exercícios Propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.10 Soluções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2 Continuidade 30
2.1 Continuidade num Ponto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2.2 Continuidade Lateral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
2.3 Continuidade num Intervalo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
2.4 Prolongamento por Continuidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
2.5 Teoremas Fundamentais das Funções Contínuas . . . . . . . . . . . . . . . . 36
2.6 Assíntotas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
2.6.1 Assíntotas Verticais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
2.6.2 Assíntotas Não Verticais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
2.7 Exercícios Propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
2.8 Soluções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
1 Limites
1.1 Noção Intuitiva
O conceito de limite de uma função é fundamental em todas as áreas da matemática e pode
traduzir-se como "tende para" ou "aproxima-se de" ou "aproxima-se cada vez mais de" ou "tão
perto quanto se queira de".
Comecemos por abordar a noção intuitiva de limite estudando o comportamento de uma
função nas proximidades de um ponto que pode não pertencer ao domínio da função.
Exemplo 1 Considere-se a função definida em R por f (x) = 2x + 1 cujo gráfico é dado por
y
4 f(x) = 2x+1
3
2
-4 -2 0 1 2 4 x
-2
-4
limf (x) = 3.
x→1
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 1 N ove m b ro d e 2 0 1 6
Exemplo 2 Considere-se a função g (x) = 2 − , definida em R\ {0} , cujo gráfico é dado
1
x
por
x g (x) x g (x)
0.2 −3 −0.2 7
0.1 −8 −0.1 12
−98 −0.01
e
0.01 102
0.001 −998 −0.01 1002
0.0001 −9998 −0.001 10002
Observa-se que à medida que x se vai aproximando de 0 por valores supeiores a 0, os valores
de g (x) vão sendo cada vez menores e que à medida que x se vai aproximando de 0 por
valores inferiores a 0, os valores de g (x) vão sendo cada vez maiores. Assim,
x g (x) x g (x)
10 1.9 −10 2.1
100 1.99 e −100 2.01
1000 1.999 −1000 2.001
10000 1.9999 −10000 2.0001
Observa-se que à medida que x vai tomando valores cada vez maiores, os valores de g (x) se
vão aproximando de 2 e que à medida que x vai tomando valores cada vez mais pequenos, os
valores de g (x) se vão aproximando de 2. Assim,
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 2 N ove m b ro d e 2 0 1 6
Em geral, o número b é o limite de uma função f quando x tende para c, e escreve-se
limf (x) = b
x→c
f(x)
x c x x
1.2 Definição
O matemático francês Augustin Louis CAUCHY (1789-1857) desenvolveu rigorosamente
a Teoria dos Limites. Antes dele, Isaac Newton, inglês (1642-1727) e Gottfried Wilhelm
Leibniz, alemão (1646-1716), já haviam desenvolvido o Cálculo Infinitesimal.
Nesta secção será apresentada a definição de limite de uma função num ponto segundo
Cauchy, para a qual são necessárias as noções de vizinhança e de ponto de acumulação.
Observação 1 Note-se que os pontos isolados de um conjunto nunca são pontos de acumu-
lação desse conjunto.
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 3 N ove m b ro d e 2 0 1 6
Definição 4 (limite num ponto segundo Cauchy) Seja f uma função real de variável
real de domínio Df (f : Df ⊆ R → R) e c um ponto de acumulação de Df . Diz-se que f
tende para b, quando x tende para c, e escreve-se
limf (x) = b,
x→c
se e só se, qualquer que seja o número real δ > 0 existe um número real ε > 0 para todo
x ∈ Df \ {c} tal que se |x − c| < ε, então tem-se |f (x) − b| < δ.
Simbolicamente escreve-se:
∀δ>0 ∃ε>0 ∀x∈D f \{c} : |x − c| < ε ⇒ |f (x) − b| < δ.
y
b +δ f(x)
b −δ
c −ε c c +ε x
É de referir que a variável ε depende da variável δ, pois para cada δ arbitrariamente escolhido,
tem de existir um ε que ’funcione’ nas condições esquematizadas na figura seguinte.
δ
y y y y
δ
b b b b f(x)
ε ε x
c x c x c x c x
Para cada δ > 0 existe um ε > 0 tal que se 0 < x − c < ε então f (x ) − b < δ
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 4 N ove m b ro d e 2 0 1 6
1.3 Propriedades dos Limites Finitos
Utilizando a definição de limite segundo Cauchy, deduzem-se as propriedades que se apre-
sentam em seguida.
1. limk = k; (constante);
x→c
¸∙ limf (x)
f (x) x→c
6. lim = , se limg (x) 6= 0 (quociente);
x→c g (x) limg (x) x→c
x→c
¯ ¯
¯ ¯
7. lim |f (x)| = ¯ limf (x)¯ (módulo);
x→c x→c
h in
8. lim [f (x)]n = lim [f (x)] (potência);
x→c x→c
p q
9. lim n f (x) = n limf (x), com f (x) ≥ 0 se n par (radiciação).
x→c x→c
Exemplo 5 .
³ ´2 ³ ´3
1. lim x2 + 3x3 − x = lim x2 + lim 3x3 − lim (x) = limx +3 limx − lim (x) =
¡ ¢ ¡ ¢ ¡ ¢
x→1 x→1 x→1 x→1 x→1 x→1 x→1
= 12 + 3 × 13 − 1 = 3.
¡ ¢ ¡ ¢ ³ ´3 ³ ´
2. lim 3x3 cos x = lim 3x3 × lim (cos x) = 3 limx × cos limx = 3 × 03 × cos 0 =
x→0 x→0 x→0 x→0 x→0
= 0 × 1 = 0.
³ ´
cos x lim (cos x)
cos lim x cos 0 1
3. lim 2 = x→0 2 =³ ´
x→0
= 2 = = 1.
x→0 x + 1 lim (x + 1) 2
0 +1 1
x→0 limx + lim (1)
x→0 x→0
µ³ ¶ 32
¢ 32 ³ ¢´ 23 ´2 √
4. lim x − 1 = lim x − 1 limx − lim1 = 32 − 1 3 = 8 3 = 82 =
¡ 2 ¡ 2 ¡ ¢2 2 3
=
x→3 x→3 x→3 x→3
= 22 = 4.
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 5 N ove m b ro d e 2 0 1 6
r³ ´3 ³ ´2
√ q
5. lim x3 + x2 − 1 = lim (x3 + x2 − 1) = limx + limx − lim1 =
x→2 x→2 x→2 x→2 x→2
√ √
=23 + 22 − 1 = 11.
h ∙³ ´2 ¸
£ ¡ 2 ¢¤ ¡ 2 ¢i ¡ ¢
6. lim ln x = ln lim x = ln limx = ln e2 = 2 ln e = 2 × 1 = 2.
x→e x→e x→e
2
2 +3x lim (x 2 +3x ) lim x +3 lim (x) 2 +3×1
7. limex = ex → 1 =e x→1 x→1
= e1 = e4 .
x→1
h ∙ ³ ¸
¢i ´3
8. lim sen πx + πx = sen lim πx + πx = sen π limx + πlimx =
£ ¡ 3 ¢¤ ¡ 3
x→1 x→1 x→1 x→1
Propriedade 3 Seja f uma função limitada e g uma função tal que limg (x) = 0. Então,
x→c
Seja c um ponto de acumulação de I tal que limg (x) = b e limh (x) = b. Então
x→c x→c
limf (x) = b.
x→c
sen x
Exemplo 7 Determine-se o valor de lim .
x→0 x
Considerando os gráficos das funções seno, identidade e tangente
y 2
tg x x
1
sen x
-2 -1 1 2
x
-1
-2
conclui-se que i πh
∀x ∈ 0, , sen x < x < tg x.
2
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 6 N ove m b ro d e 2 0 1 6
i πh
Como ∀x ∈ 0, , sen x > 0,
2
sen x x tg x
< < .
sen x sen x sen x
sen x
Além disso, tg x = , donde
cos x
x 1
1< < .
sen x cos x
1 x
Como lim1 = 1 e lim = 1, pela lei do enquadramento, lim = 1. Portanto,
x→0 x→0 cos x x→0 sen x
sen x 1 1
lim = lim x = x = 1.
x→0 x x→0
lim
sen x x→0 sen x
(i) O limite de uma função f quando x tende para c por valores superiores a c, designa-se
por limite de f no ponto c à direita, escrevendo-se
lim f (x) .
x→c +
(ii) O limite de uma função f quando x tende para c por valores inferiores a c, designa-se
por limite de f no ponto c à esquerda, escrevendo-se
lim f (x) .
x→c −
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 7 N ove m b ro d e 2 0 1 6
cuja representação gráfica é dada por
y
4
-4 -2 0 1 2 4 x
-2
-4
y
4
1
t
0
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 x
-1
-2
-3
-4
-5
Tem-se que lim− t (x) = lim− sen (x − 1) = sen (0) = 0 e lim+ t (x) = lim+ − (x − 1)2 = 0.
x→1 x→1 x→1 x→1
Como lim− t (x) = lim+ t (x) = 0, conclui-se que limt (x) = 0.
x→1 x→1 x→1
Por outro lado, lim− t (x) = lim− − (x − 1)2 = −4 e lim+ t (x) = lim+ log3 x2 = 2.
¡ ¢
x→3 x→3 x→3 x→3
Como lim− t (x) 6= lim+ t (x) , conclui-se que não existe limt (x) .
x→3 x→3 x→3
Observação 3 Uma função pode ter apenas um limite lateral sem que tenha o outro. Tal
acontece caso√a função não esteja definida à direita ou à esquerda desse ponto. Por exemplo,
para f (x) = x − 2, com Df = [2, +∞[ , no ponto 2 apenas faz sentido falar-se no limite à
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 8 N ove m b ro d e 2 0 1 6
direita de 2.
y
4
0 1 2 3 4 x
Exemplo 10 lim e = +∞ x
e lim ln x = −∞.
x→+∞ x→0 +
As propriedades algébricas dos limites finitos também são válidas para os limites infinitos,
exceto nos casos em que o limite da soma ou da diferença de funções é ∞ − ∞, o limite do
∞
produto é 0 × ∞ e o limite do quociente é , denominados indeterminações e que serão
∞
estudados na secção seguinte. Apresenta-se em seguida uma tabela que contém os resultados
mais importantes em cálculos que envolvem limites infinitos.
limf (x) limg (x) limf (x) + g (x) limf (x) × g (x) lim f(x)
x→c x→c x→c x→c x→c g(x)
∞
+∞ +∞ +∞ +∞
∞
−∞ ∞−∞ −∞
∞
+∞
∞
−∞ ∞−∞ −∞
∞
+∞
∞
−∞ −∞ −∞
∞
+∞
∞
±∞ b>0 ±∞ ±∞ ±∞
±∞ b<0 ±∞ ∓∞ ∓∞
±∞ 0 ±∞ 0×∞ ±∞
b>0 ±∞ ±∞ ±∞ 0
b<0 ±∞ ±∞ ∓∞ 0
0 ±∞ ±∞ 0×∞ 0
Observação 4 Caso limf (x) = b ∈ R\ {0} e limg (x) = 0± ,
x→c x→c
¯
f (x) ±∞ , se b > 0
lim = .
x→c g (x) ∓∞ , se b < 0
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 9 N ove m b ro d e 2 0 1 6
Exemplo 11 .
µ ¶2
¡ √ ¢ ¡ ¢ ¡ √ ¢ q
1. lim x2 + 2 x = lim x2 + lim 2 x = lim x + 2 lim x =
x→+∞ x→+∞ x→+∞ x→+∞ x→+∞
√
= (+∞)2 + 2 × +∞ = +∞ + ∞ = +∞.
1 lim 1 1
x→−∞
2. lim = µ ¶2
= = 1
+∞
= 0.
x→−∞ x2 (−∞)2
lim x
x→−∞
1 1 1
3. lim = = = +∞.
x→0 x2 02 0+
µ ¶3
lim x
(−∞)3 −∞
= −∞.
x3 x→−∞
4. lim = = =
x→−∞ 3 lim 3 3 3
x→−∞
1.6 Indeterminações
No cálculo de limites de funções é habitual obterem-se expressões do tipo:
∞ − ∞;
∞ 0
; e 0 × ∞.
∞ 0
Por exemplo,
2x 0 x2 + 1 ∞
lim = e lim = .
x→0 x 0 x→+∞ ex ∞
Estas expressões denominam-se por indeterminações, tornando-se necessário recorrer a
diversas técnicas matemáticas para determinar o valor do limite. Apresentam-se em seguida
algumas dessas técnicas.
1.6.1 Indeterminação ∞ − ∞
A indeterminação ∞ − ∞ surge habitualmente numa das seguintes três situações:
Cálculo do limite de uma função polinomial
Neste caso deve colocar-se em evidência o termo de maior grau. Por exemplo,
µ ¶
lim x − 2x + 5 lim x 1 − + 2 = +∞ × (1 − 0 + 0) = +∞.
¡ 2 ¢ (+∞−∞) 2 2 5
=
x→+∞ x→+∞ x x
Cálculo do limite de uma função irracional
Neste caso multiplica-se o numerador e o denominador pelo conjugado da expressão.
Por exemplo,
√ √
x− x−1 x+ x−1
¡√ ¢ ¡√ ¢
√
x− x−1
¡√ ¢ (+∞−∞)
lim = lim √
x+ x−1
√ =
x→+∞ x→+∞
x − (x − 1) 1 1
= lim √ √ = lim √ √
x − 1 x→+∞ x + x − 1 +∞
= = 0.
x→+∞ x +
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 10 N ove m b ro d e 2 0 1 6
³√ √ ´ ³√ √ ´ ³ √ ´
Nota: O conjugado de a− b é a + b e o conjugado de a − b é
³ √ ´
a+ b .
Por exemplo,
µ ¶
lim [ln (2x) − ln (x)]
(+∞−∞) 2x
= lim ln = lim ln 2 = ln 2.
x→+∞ x→+∞ x x→+∞
∞
1.6.2 Indeterminação
∞
∞
A indeterminação resulta, normalmente, do cálculo do limite de uma função racional.
∞
Neste caso eliminam-se todos os termos abaixo do termo de maior grau do numerador e do
denominador da fração.
Exemplo 12 .
∞
2x + 1 ( ∞ ) 2x 2 2
1. lim = lim = lim = .
x→+∞ 5x − 3 x→+∞ 5x x→+∞ 5 5
∞
2x2 ( ∞ ) 2x2 2
2. lim = lim = lim = 0.
x→−∞ x3 + 4x2 x→−∞ x3 x→−∞ x
∞
x3 + 1 ( ∞ ) x3
3. lim = lim = lim x2 = +∞.
x→−∞ x x→−∞ x x→−∞
Observação 5 A igualdade entre limites de duas funções racionais não implica que essas
funções sejam iguais. Por exemplo,
2x + 1 2x 2x + 1 2x
lim = lim mas
−3 5x − 3 5x
6= .
x→+∞ 5x x→+∞ 5x
∞
Também é possível levantar a indeterminação ∞
dividindo o numerador e o denominador,
pela maior potência de x. Por exemplo,
x 3 3
x+3 ∞
(∞ ) + 1+
lim √ √ = lim √ x x√ = lim r xr =
x→+∞ x2 + 5x + x+1 x→+∞ 2
x + 5x x+1 x→+∞ x2
5x x 1
+ + 2 + +
x x x2 x x2 x2
1+0
=√ √ = 1.
1+0+ 0+0
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 11 N ove m b ro d e 2 0 1 6
0
1.6.3 Indeterminação
0
0
A indeterminação é obtida no cálculo do limite de uma função racional em que a fração
0
não é irredutível, ou seja, o valor para o qual x está a tender é raíz √ do numerador e do
x−2 x2 + 4x + 3 x+1−2
denominador. Como por exemplo, lim 2 , lim 2 e lim
x→2 x − 4 x→−1 x − x − 2 x−3
.
x→3
Neste caso, determinam-se todas as raízes reais do numerador e do denominador, decompondo-
os em fatores, e eliminam-se os fatores comuns.
Exemplo 13 .
x − 2 ( 00 ) x−2 1 1
1. lim 2 = lim = lim
x→2 x − 4 x→2 (x − 2) (x + 2)
= .
x→2 x + 2 4
=− .
x2 + 4x + 3 ( 00 ) (x + 1) (x + 3) x+3 2
2. lim 2 = lim = lim
x→−1 x − x − 2 x→−1 (x + 1) (x − 2) x→−1 x − 2 3
x+1−2
√
x + 1 − 2 ( 00 ) x+1−4
¡√ ¢ ¡√ ¢
x+1+2
3. lim = lim = lim
x−3 (x − 3) x + 1 + 2 x→3 (x − 3)
¡√ ¢ ¡√ ¢=
x→3 x→3 x+1+2
x−3 1 1
= lim ¢ = lim √
x→3 (x − 3)
¡√ = .
x+1+2 x→3 x + 1 + 2 4
0
Observação 6 Neste tipo de indeterminação é muitas vezes necessário recorrer à fór-
0
mula resolvente, ao algoritmo da divisão ou à regra de Ruffini para decompor em fatores o
numerador e o denominador da fração.
1.6.4 Indeterminação 0 × ∞
0
A indeterminação 0 × ∞ deve ser transformada numa indeterminação de tipo ou de tipo
0
∞
.
∞
Exemplo 14 .
−3x2 + 3 ( ∞ −3x2
−x + 1 =− .
¡ 2
3 ¢
(∞×0) ∞) 3
1. lim lim lim
2x − 1 x→+∞ 2x − 1
2
= 2
= 2
x→+∞ x→+∞ 2x 2
√
√ 1 (0×∞) 3
x ( 00 ) 1
2. lim+ x ×
3
= lim+ = lim+ 2 = +∞.
x→0 x x→0 x x→0 x3
Observação 7 Existem ainda indeterminações do tipo 1∞ , ∞0 e 00 que serão abordadas
nas secções seguintes.
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 12 N ove m b ro d e 2 0 1 6
1.7.1 Limite trigonométrico básico
sen x ( 00 )
lim = 1
x→0 x
Este limite é conhecido como o limite trigonométrico básico, uma vez que a partir
deste se calculam outros limites que envolvem funções trigonométricas. Embora a função
sen x sen x
f (x) = não esteja definida para x = 0 (Df = R\ {0}) e lim seja uma indetermi-
x x→0 x
0
nação do tipo , observando o gráfico da função f tem-se que, quando x tende para 0, a
0
função f tende para 1.
y
− 3π − 2π −π 0 π 2π 3π x
sen x
Figura 1: Representação gráfica da função f (x) = x
Exemplo 15 .
µ ¶
sen x ( 00 ) sen x 1
1. lim 3 = lim × 2 = 1 × (+∞) = +∞.
x→0 x x→0 x x
sen(2x) µ ¶
tg (2x) ( 00 ) cos(2x) sen (2x) sen (2x) 2
2. lim = lim = lim = lim × =
x→0 x x→0 x x→0 x cos (2x) x→0 2x cos (2x)
µ ¶
sen y 2
= lim × = 1 × 2 = 2.
(y=2x→0) y→0 y cos y
0
1.7.2 Limite de tipo com exponencial
0
ex − 1 ( 00 )
lim = 1
x→0 x
ex − 1 ex − 1
Embora a função f (x) = não esteja definida para x = 0 (Df = R\ {0}) e lim
x x→0 x
0
seja uma indeterminação do tipo , observando o gráfico da função f verifica-se que quando
0
x tende para 0 a função f tende para 1.
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 13 N ove m b ro d e 2 0 1 6
y
4
-4 -2 0 2 4 x
e x −1
Figura 2: Representação gráfica de f (x) = x
ex+3 − e3 ( 00 ) e3 (ex − 1) ex − 1
Exemplo 16 lim = lim = e × lim
3
= e3 × 1 = e3 .
x→0 x x→0 x x→0 x
0
1.7.3 Limite de tipo com logaritmo
0
ln (x + 1) ( 00 )
lim = 1
x→0 x
ln (x + 1)
O limite da função f (x) = quando x tende para zero pode deduzir-se do limite
e −1
x
x
lim = 1. Fazendo a mudança de variável y = ln (x + 1) , tem-se que:
x→0 x
y = ln (x + 1) ⇔ x = ey − 1
tal que y → 0 pois x → 0.
Assim,
ln (x + 1) y 1
lim = lim y = lim ey −1 = 1.
x→0 x y→0 e − 1 y→0
y
ln (x + 2) − ln 2 ( 00 )
¡ ¢ ¡ ¢
ln x+2 1 ln x2 + 1
Exemplo 17 lim = lim 2
= × lim x =
x→0 x x→0 x 2 x→0 2
1 ln (y + 1) 1 1
= × lim = ×1= .
(y= x2 →0 ) 2 y→0 y 2 2
∞
1.7.4 Limite de tipo com exponencial
∞
∞
ex ( ∞ )
lim p
= +∞, com p ∈ N
x→+∞ x
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 14 N ove m b ro d e 2 0 1 6
ex ∞
Embora lim p seja uma indeterminação do tipo , observando o gráfico da função
x→+∞ x ∞
ex
f (x) = p (p ∈ N) verifica-se que quando x tende para +∞ a função f tende também
x
para +∞.
y y
10 8
5 6
4
-10 -5 0 5 10 x
f (x ) = f (x ) =
-5 ex 2 ex
x x2
-10
-10 -5 0 5 10 x
ex ex
Figura 3: Representação gráfica das funções f (x) = x
e f (x) = x2
1 1
1 (0×∞) ex ex ey
Exemplo 18 lim+ x e 2 x = lim+ 1
= lim+ ¡ ¢2 = 2
= +∞. lim
x→0 x→0
x2
1 x→0
x
(y= x1 →+∞ ) y→+∞ y
∞
1.7.5 Limite de tipo com logaritmo
∞
ln x ( ∞
∞
)
lim √ = 0, com p ∈ N
x→+∞ p
x
Em particular,
ln x ( ∞
∞
)
lim
p
= 0.
x→+∞ x
ln (x)
O limite da função f (x) =
√ quando x tende para +∞ pode deduzir-se do limite
p
x
ex ¡√ ¢
lim p = +∞. Fazendo a mudança de variável y = ln p x , tem-se que
x→+∞ x
¡√ ¢ 1 1
y = ln p
x ⇔ y = ln x p ⇔ y = ln x ⇔ py = ln x ⇔ x = epy
p
tal que y → +∞ pois x → +∞.
Assim,
ln x py 1 1
lim √ = lim y = p lim ey = p · = 0.
x→+∞ p
x y→+∞ e y→+∞
y
+∞ p∈N
ln (3x) ( ∞
∞) ln (3x) ln y
Exemplo 19 lim = 3 × lim = 3 × lim = 3 × 0 = 0.
x→+∞ x x→+∞ 3x (y=3x→+∞) y→+∞ y
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 15 N ove m b ro d e 2 0 1 6
1.7.6 Limite de Neper
µ ¶x
k (1 ∞ ) k
lim 1 + = e , com k ∈ R
x→+∞ x
1
= e−3 × 1 = .
e3
Exemplo 21 .
(∞ lim − ln (y ) yy
1. lim [ln (x − 3)] 3 − x
(∞ 0 ) x →lim 1
ln[ln(x−3)] lim ln (y )
∞)
= ey → + ∞ − e
(0×∞)
= e +∞ 3−x
1 y
= ey → + ∞ y e =
x→+∞ m.v.
= e0×0 = 1.
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 16 N ove m b ro d e 2 0 1 6
Observação 8 Esta técnica também pode ser aplicada a indeterminações do tipo 1∞ . Por
exemplo,
ln (3 − x ) ln (1 + (2 − x ))
lim (3 − x) x − 2 = ex → 2 x − 2
1 (1 ∞ ) lim 1
ln(3−x) (∞×0) lim x−2
lim − (2 − x )
= ex → 2 = ex → 2 =
x→2
ln (1 + y )
= e−1 = e1 .
lim −y
= y→0
e
(y=2−x→0)
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 17 N ove m b ro d e 2 0 1 6
1.9 Exercícios Propostos
Exercício 1 Observe os gráficos das seguintes funções f e, para cada um deles, indique
limf (x) e f (c) .
x→c
1. c = 2
y
4
3
2
-4 -2 0 2 4 x
-2
-4
2. c = 2
y
4
3
2
-4 -2 0 2 4 x
-2
-4
3. c = 0
y
4
-4 -2 0 2 4 x
2
1
-4 -3 -2 -1 1 2 3 4 x
-2
-4
2. lim+ g (x).
x→1
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 18 N ove m b ro d e 2 0 1 6
Exercício 3 Seja f uma função cujo gráfico é dado por
y
4
2
1
-4 -2 0 2 3 4 5 x
-2
-4
Exercício 4 Observe os gráficos das seguintes funções f e, para cada um deles, indique
1. c = 2
y
4
-4 -2 0 2 4 x
-1
-2
-4
2. c = 2
y
4
-4 -2 0 2 4 x
-2
-4
3. c = 0
y
4
-4 -2 0 2 4 x
-2
-4
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 19 N ove m b ro d e 2 0 1 6
4. c = 0
y
4
2
1
-4 -2 0 2 4 x
-2
-4
5. c = −1
y
4
-4 -2 -1 0 2 4 x
-2
-4
6. c = 1
y
4
-4 -2 0 1 2 4 x
-2
-4
2
1
-4 -3 -2 -1 1 2 3 4 x
-2
-4
1. lim+ f (x) ;
x→0
2. lim− f (x) ;
x→0
3. lim f (x) ;
x→+∞
4. lim f (x) ; .
x→−∞
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 20 N ove m b ro d e 2 0 1 6
Exercício 6 Observe o seguinte gráfico da função f:
y
4
-4 -2 0 2 4 x
-2
-4
1. lim+ f (x) ;
x→0
2. lim− f (x) ;
x→0
3. lim f (x) ;
x→+∞
4. lim f (x) .
x→−∞
-4 -3 -2 -1 1 2 3 4 x
-2
-4
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 21 N ove m b ro d e 2 0 1 6
⎧
⎪
⎪ 1 + x3 , x < 1
⎨
4. limf (x) , onde f (x) = 3 , x=1 ;
x→1 ⎪
⎩ 4 − 2x , x > 1
⎪
⎧ x
⎨ , x<1
5. limf (x) , onde f (x) = 3 .
x→2 ⎩ x+2 , x≥1
1. lim 2x2 − 3x + 5 ;
¡ ¢
x→2
√
2. lim 5 + x2 + 3x;
x→1
x − 3x2
3. lim
x→0 1 − x
;
√
4. lim 3 3x − 2;
x→0
¢− 2
5. lim x2 − 2x + 3 3 ;
¡
x→2
r
sen x
6. lim ;
x→π x
2
7. limex cos (2x) ;
x→0
h ³ ´i
2 x
8. limπ ln sen .
x→ 2 2
1. lim −x2 − 3 x + 1 ;
¡ √ ¢
x→+∞
−4x3 − 3 x + 5 ;
¡ √ ¢
2. lim
x→−∞
1
3. lim+
x→2 x − 2
;
µ ¶
1
4. lim x + 2 ;
x→0 x
µ ¶
5. lim 9 − + 2 ;
2 1
x→−∞ x x
1−x
r
6. lim x .
x→−∞ 3
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 22 N ove m b ro d e 2 0 1 6
Exercício 11 Calcule cada um dos seguintes limites:
1. lim 3x3 − 5x + 2 ;
¡ ¢
x→−∞
−2x4 − 3x + 5 ;
¡ ¢
2. lim
x→−∞
√
x−3− x+1 ;
¡√ ¢
3. lim
x→+∞
2x + 1 − x ;
¡√ √ ¢
4. lim
x→+∞
x2 − x + 3
6. lim ;
x→+∞ 3x3 + 1
3x2 − 2x + 1
7. lim
x→−∞ x2 − 2x + 3
;
−10x5 + 2x + 1
8. lim ;
x→+∞ 2x5 + 3x2 + 10
x3 − 2x + 5
9. lim
x→+∞ 5x4 + x2 − 3
;
2x + 6
10. lim ;
x→−3 x + 3
x2 − x − 6
11. lim
x−3
;
x→3
x2 − 4x + 4
12. lim+
6x − 12
;
x→2
x2 − 2x − 8
13. lim
x−4
;
x→4
x−3
√
14. lim
x→9 x − 9
;
x2 − 1
15. lim
x→1 1 − x
;
x3 − 8
16. lim
x→2 x2 − 4
;
(x − 3) ;
2
17. lim
x→3 x2 − 9
1 ¡ 2 ¢
18. lim x +1 .
x→+∞ x + 3
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 23 N ove m b ro d e 2 0 1 6
Exercício 12 Calcule cada um dos seguintes limites:
sen2 x
1. lim ;
x→0 x
e
2. lim sen (2x) ;
x→0 x
1 − cos x
3. lim ;
x→0 x
µ ¶
2
4. lim x sen ;
x→+∞ x
x + sen x
5. lim ;
x→0 x + sen (2x)
ex − e3x
6. lim ;
x→0 2x
ln (x + 1)3
7. lim ;
x→0 4x
µ ¶
1
8. lim 2x ln 1 + ;
x→+∞ x
ln x
9. lim
x→1 x − 1
;
sen x
10. lim x
x→0 e − 1
;
e2x − 1
11. lim ;
x→0 ln (3x + 1)
log x
13. lim .
x→+∞ x2
1
4. lim x ln x ;
x→+∞
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 24 N ove m b ro d e 2 0 1 6
∙ µ ¶¸3−x
1
5. lim+ ln
x−3
;
x→3
x→0
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 25 N ove m b ro d e 2 0 1 6
1.10 Soluções
Solução 1 .
Solução 2 .
1. 2.
2. 1.
Solução 3 .
1. c = −2.
2. c = 3.
3. c = 5.
Solução 4 .
Solução 5 .
1. 2.
2. −∞.
3. 0.
4. 1.
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 26 N ove m b ro d e 2 0 1 6
Solução 6 .
1. +∞.
2. −∞.
3. 1.
4. 1.
Solução 7 .
1. c = −1.
2. c = 2.
Solução 8 .
1. limf (x) = 1.
x→0
2. limf (x) = 2.
x→1
3. @limf (x) .
x→0
4. limf (x) = 2.
x→1
5. limf (x) = 4.
x→2
Solução 9 .
1. 7.
2. 3.
3. 0.
√
4. − 3 2.
1
5. √
3
.
9
6. 0.
7. 1.
8. − ln 2.
Solução 10 .
1. −∞.
2. +∞.
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 27 N ove m b ro d e 2 0 1 6
3. +∞.
4. +∞.
5. 9.
6. −∞.
Solução 11 .
1. −∞.
2. −∞.
3. 0.
4. +∞.
5. ln 3.
6. 0.
7. 3.
8. −5.
9. 0.
10. 2.
11. 5.
12. 0.
13. 6.
1
14. .
6
15. −2.
16. 3.
1
17. .
3
18. +∞.
Solução 12 .
1. 0.
2. 2e.
3. 0.
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 28 N ove m b ro d e 2 0 1 6
4. 2.
2
5. .
3
6. −1.
7. 3
4
.
8. 2.
9. 1.
10. 1.
2
11. .
3
12. 0.
13. 0.
Solução 13 .
1. e6 .
1
2. √ .
e3
3. e3 .
4. e.
5. 1.
6. 1.
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 29 N ove m b ro d e 2 0 1 6
2 Continuidade
O conceito de continuidade pode ser observado em muitos fenómenos de vida real. Por
exemplo, ao longo da vida varia de forma contínua o peso e altura do ser humano, tal
como a temperatura ao longo de um dia ou a velocidade de uma bicicleta ao longo de um
percurso. No entanto, o número de incêndios que ocorrem em Portugal durante um ano
já não varia de forma contínua, uma vez que esse número salta de forma imediata para
o número inteiro seguinte cada vez que ocorre novo incêndio. Assim, podemos associar o
conceito de continuidade à noção de não existência de interrupção, ou salto, ao longo de um
determinado intervalo de tempo.
O conceito formal de função contínua foi introduzido em 1821 por Augustin Louis Cauchy
(1789-1857), professor na École Polytechnique de Paris que apresentou a seguinte caracteri-
zação: "f (x) diz-se uma função contínua se os valores numéricos da diferença f (x + α)−f (x)
decrescem indefinidamente com os de α." (Cours d’Analyse).
a 0 b c d e x
• Para x = b, existe lim f (x) mas é diferente de f (b), isto é, lim f (x) 6= f (b) ;
x→b x→b
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 30 N ove m b ro d e 2 0 1 6
• Para x = c, não existe limf (x), pois os limites laterais de f são diferentes, isto é,
x→c
• Para x = d, também não existe lim f (x), pois lim− f (x) 6= lim+ f (x) ;
x→d x→d x→d
• Para x = e, não existe limf (x), pois lim− f (x) 6= lim+ f (x) .
x→e x→e x→e
Exemplo 23 .
⎨ e −1 , x<0
⎧ x
f (x) = x ,
⎩
x+1 , x≥0
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 31 N ove m b ro d e 2 0 1 6
Observação 9 .
1. Uma função pode não ser contínua num ponto mas ser contínua à esquerda ou à direita
desse ponto.
2. Se f é contínua à direita e à esquerda de um ponto, então f é contínua nesse ponto.
Exemplo 24 Considere uma função f com a representação gráfica seguinte:
y
a 0 b c d e x
Observa-se que:
• Para x = c,
lim f (x) 6= lim+ f (x) ⇒ @limf(x) mas lim− f (x) = f (c) .
x→c − x→c x→c x→c
Assim, f não é contínua em 2 mas, como lim+ f (x) = f (2), f é contínua à direita de
x→2
2.
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 32 N ove m b ro d e 2 0 1 6
2. Dada a função g definida por
±
x2 + 1 , x ≤ 1
g (x) = ,
−x + 4 , x > 1
Assim, g não é contínua em 1 mas, como lim− g (x) = g (1), g é contínua à esquerda
x→1
de 1.
Observação 10 Existem funções que, por não estarem definidas à esquerda (ou à direita) de
um ponto, são contínuas
√ nesse ponto, apesar de só existir continuidade lateral. Por exemplo,
a função f (x) = x não está definida à esquerda do ponto x = 0 pois Df = [0, +∞[. No
entanto, f é contínua em 0.
y
4
f (x ) = x
3
0 1 2 3 4 x
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 33 N ove m b ro d e 2 0 1 6
2.3 Continuidade num Intervalo
Definição 9 Dada uma função f : D ⊆ R → R, diz-se que:
1. f é contínua num intervalo aberto ]a, b[ ⊆ D se f é contínua em todos os pontos
de ]a, b[.
2. f é contínua num intervalo fechado [a, b] ⊆ D se f é contínua em ]a, b[, à direita
de a e à esquerda de b.
Exemplo 26 Considere uma função f definida no intervalo ]−2, 6[ com a representação
gráfica seguinte:
y
6
-2 0 2 4 6 x
Apresentam-se em seguida algumas propriedades das funções contínuas que servem para
justificar a continuidade em intervalos abertos.
Propriedade 6 As funções constante, polinomiais, racionais, exponenciais, logarítmicas,
trigonométricas (diretas e inversas) e com raízes são sempre contínuas no seu domínio.
Propriedade 7 Sejam f e g duas funções de domínio Df e Dg , c ∈ Df ∩ Dg um ponto de
acumulação de Df ∩ Dg , k ∈ R e n ∈ N. Se f e g são contínuas em c, então
1. kf, f + g, f − g, f × g, |f| e fn são funções contínuas em c;
f
2. é contínua em c, se g (c) 6= 0;
g
√
3. n f é contínua em c, se f (c) ≥ 0 para n par.
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 34 N ove m b ro d e 2 0 1 6
Propriedade 8 (continuidade da função composta) Sejam f e g duas funções de domínio
Df e Dg respetivamente e c ∈ Df um ponto de acumulação de Df tal que f (c) ∈ Dg . Se f é
contínua em c e g é contínua em f (c), então g ◦ f é contínua em c.
Exemplo 27 .
∀x ∈ Df , f (x) = g (x) .
ln (1 + 5x)
Exemplo 28 Considere-se a função f definida por f (x) = cujo domínio é
3x
¸ ∙
D = {x ∈ R : 1 + 5x > 0 ∧ 3x 6= 0} = − , +∞ \ {0} .
1
5
5 ln (1 + 5x) 5
Como limf (x) = lim = , f é prolongável por continuidade ao ponto 0 tal que
x→0 3 x→0 5x 3
⎧
⎨ f (x) , x ∈ D
F (x) =
⎩ 5 , x=0
3
é o seu prolongamento.
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 35 N ove m b ro d e 2 0 1 6
2.5 Teoremas Fundamentais das Funções Contínuas
Afirmar que: "se uma função f é contínua num intervalo [a, b] , ela assume todos os valores
entre f (a) e f (b) " é geometricamente evidente. Esta propriedade foi utilizada por Leonhard
Euler (1707-1783) e Johann Carl Gauss (1777-1855) sem hesitações mas só Bernhard Bolzano
(1781-1848) em 1817 conseguiu estabelecer maior rigor na descrição desta propriedade.
Teorema 11 (de Bolzano ou dos valores intermédios) Seja f uma função contínua no
intervalo fechado [a, b] , com a < b. Se k é um número real compreendido entre f (a) e f (b),
então existe pelo menos um c ∈ ]a, b[ tal que f (c) = k.
Isto significa que, uma função contínua não pode passar de um valor a outro sem passar por
todos os valores intermédios.
Geometricamente,
f (a) < k < f (b) f (b) < k < f (a)
y y
f ((b
b) f ((xx) f (a )
f (c ) = k f (c ) = k
f ((a
a) f (b) f ( x)
a<c<b
0 a c b x 0 a c1 c2 c3 b x
(mais do que um valor para c)
0 a c b x 0 a c1 c2 c3 b x
f (a ) f (b) f ( x)
Observação 11 .
1. Se f não é contínua em [a, b] , mesmo que f (a) × f (b) < 0, podem não existir zeros
de f no intervalo ]a, b[ . Por exemplo,
y
f (b) f (x)
0 a b x
f (a)
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 36 N ove m b ro d e 2 0 1 6
2. Se f é contínua em [a, b] mas f (a) × f (b) > 0, a função f pode ou não ter zeros em
]a, b[ . Por exemplo,
y y
f (b) f (x) f (a)
f (x)
f (a) f (b)
0 a b x 0 a b x
f(x) não tem zeros
f(x) tem 4 zeros
Exemplo 29 .
∃c ∈ ]0, 1[ : f (c) = 0.
Teorema 13 (de Weierstrass) Seja f uma função contínua no intervalo fechado e limi-
tado [a, b] , com a < b. Então, f tem máximo e mínimo em [a, b] .
2.6 Assíntotas
Definição 11 Dada uma função f chama-se assíntota de f a qualquer reta cuja distância
a uma parte do gráfico de f tenda para zero, ou seja, existe uma parte do gráfico de f que se
vai aproximando cada vez mais dessa reta.
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 37 N ove m b ro d e 2 0 1 6
y = 1 são assíntotas de f.
0 1 3 8 3 4 x
2 2
‐2
No caso de apenas um dos limites laterais ser infinito, a assíntota diz-se unilateral. Caso
os dois limites laterais sejam infinitos, a assíntota diz-se bilateral.
Exemplo 32
y y y
0 a x 0 a x 0 a x
a ∉ Df
vertical bilateral vertical unilateral vertical unilateral
a ∉ Df a ∈ Df
lim+ f ( x ) = +∞ f não é contínua em x = a lim f ( x ) = −∞
lim− f (x ) = −∞
x →a x →a −
lim+ f ( x ) = +∞
x →a x →a
Exemplo 33 .
2
1. Considere-se a função definida por f (x) = , cujo domínio é Df = R\ {2} .
x−2
Como f é contínua em todos os pontos do seu domínio, a única possibilidade de
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 38 N ove m b ro d e 2 0 1 6
existência de uma assíntota vertical é a reta x = 2, uma vez que 2 ∈ / Df mas é
ponto de acumulação de Df . Calculemos então lim− f (x) e lim+ f (x) :
x→2 x→2
-4 -2 0 2 4 x
-2
-4
⎧
⎨ 1 , x>0
2. Considere-se a função definida por g (x) = x , cujo domínio é Dg = R.
⎩
2 , x≤0
Relativamente à continuidade da função g, o único ponto onde a função poderá não
ser contínua é no ponto 0. Calculemos então lim+ g (x) e lim− g (x) :
x→0 x→0
1
lim+ g (x) = lim+ = +∞ e lim− g (x) = lim− 2 = 2 = g (0) .
x→0 x→0 x x→0 x→0
Como lim− g (x) 6= lim+ g (x) , a função g não é contínua em 0. No entanto, como
x→0 x→0
lim+ g (x) = +∞, a reta x = 0 é uma assíntota vertical unilateral.
x→0
-4 -2 0 2 4 x
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 39 N ove m b ro d e 2 0 1 6
Os coeficientes m (declive da reta) e b (ordenada na origem) são calculados do seguinte
modo:
b = lim [f (x) − mx] .
f (x)
m = lim e
x→±∞ x x→±∞
Observação 12 .
• Se não existe m ou se m = ±∞, então não existem assíntotas não verticais.
• Se m = 0 e b ∈ R, então a reta y = b é uma assíntota horizontal.
• Se o valor de m (ou de b) for diferente para os casos em que x → +∞ e x → −∞, então
existem duas assíntotas não verticais. Nesse caso as assíntotas dizem-se unilaterais.
• Se não existir alteração do valor de m e do valor de b nos casos em que x → +∞
e x → −∞, então existe apenas uma assíntota não vertical. Nesse caso a assíntota
diz-se bilateral.
Exemplo 34 .
2x − 1
1. Considere-se a função definida por f (x) = , cujo domínio é Df = R\ {0} . Então,
x
2x − 1
µ ¶
−
f (x) 2 1
m = lim = lim = lim = 0.
x→±∞ x x→±∞ x2 x→±∞ x x2
2x − 1
µ ¶
b = lim [f (x) − mx] = lim = lim 2 −
1
= 2.
x→±∞ x→±∞ x x→±∞ x
Logo, y = 2 é assíntota horizontal bilateral.
y
4
2 y=2
-4 -2 0 2 4 x
-2
-4
⎧
⎨ x+ 1 , x>0
2. Considere-se a função definida por g (x) = x , cujo domínio é
2−e , x≤0
⎩ x
Dg = R. O estudo das assíntotas não verticais desta função terá que ser feito
separadamente para x → +∞ e para x → −∞.
1
• Quando x → +∞ a função é dada por g (x) = x + .
x
1 µ ¶
g (x) x+ x 1
m = lim = lim = lim 1 + 2 = 1.
x→+∞ x x→+∞ x x→+∞ x
µ ¶
b = lim [g (x) − mx] = lim x + − x = lim = 0.
1 1
x→+∞ x→+∞ x x→+∞ x
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 40 N ove m b ro d e 2 0 1 6
• Quando x → −∞ a função é dada por g (x) = 2 − ex .
g (x) 2 − ex
m = lim = lim = 0.
x→−∞ x x→−∞ x
4 y=x
y=2 2
-4 -2 0 2 4 x
Observação 13 Existem outras formas para obter as assíntotas não verticais. Por exemplo,
x2 − 2x + 3
aplicando o algoritmo da divisão à expressão analítica da função f (x) =
x+3
x2 −2x +3 x + 3
−x2 −3x x−5
−5x +3
5x +15
18
tem-se que
x2 − 2x + 3
= (x − 5) +
18
f (x) = ,
x+3 x+3
em que (x − 5) é a parte inteira de f (x) .
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 41 N ove m b ro d e 2 0 1 6
2.7 Exercícios Propostos
Exercício 14 Considere a função f definida em R por:
± 2
x +1 , x≤0
f (x) = .
1 − x3 , x > 0
−2x + k , x > 0
±
1. f (x) = em c = 0;
x2 + 2 , x ≤ 0
, x = −2
⎧
⎨ k
em c = −2;
⎩ x − 4 , x 6= −2
2. f (x) = 2
x+2
⎨ e −1 , x>0
⎧ kx
3. f (x) = 3x em c = 0.
⎩
x+2 , x≤0
1. c = 2
y
4
-4 -2 0 2 4 x
-2
-4
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 42 N ove m b ro d e 2 0 1 6
2. c = 0
y
4
-4 -2 0 2 4 x
-2
-4
3. c = 2
y
4
-4 -2 0 2 4 x
-2
-4
4. c = −2
y
4
-4 -2 0 2 4 x
2
1
-4 -2 0 2 4 x
-2
-4
1. f é contínua em −2;
2. f é contínua em 2;
3. f é contínua à esquerda de 2;
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 43 N ove m b ro d e 2 0 1 6
Exercício 19 Estude a continuidade lateral de cada uma das seguintes funções reais de
variável real, no ponto c indicado.
⎧
⎨ x2 , x < −1
1. f (x) = em c = −1;
⎩ − x , x ≥ −1
3
−2x + 2 , x ≤ 0
±
2. g (x) = em c = 0;
x2 + 3x , x > 0
⎧
−
¡x ¢
⎪
⎪ sen 2
1
⎪
x−2
⎪ , x<2
⎪
⎨
3. h (x) = 0 , x=2 em c = 2;
⎪
⎪
⎪
⎪
−
⎪
⎩ 1
, x>2
2
e −1
⎧ 2x
⎪
⎪ , x>0
⎪
⎨ x
4. j (x) = 2 , x=0 em c = 0.
⎪
⎪
⎪
ln (1 − x) , x < 0
⎩
2
1
-4 -2 0 2 3 4 x
-2
-4
-4 -2 0 2 4 x
-2
-4
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 44 N ove m b ro d e 2 0 1 6
2.
y
4
-4 -2 0 2 4 x
-2
-4
3.
y
4
-4 -2 0 2 4 x
3. h (x) = ln (3x − 2) ;
√
x−3
4. r (x) = 2 ;
x + 4x + 3
5. s (x) = |x − 3| ;
x−2 ,
±
x≤2
6. t (x) = ;
x2 − 1 , x>2
⎧
⎪
⎪ x+1
x−1
⎨ , x>1
7. u (x) = .
⎩ −
⎪
⎪ x+1
x−1
, x<1
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 45 N ove m b ro d e 2 0 1 6
Exercício 24 Utilize o teorema de Bolzano para mostrar que a função f, definida por
f (x) = x2 − 6x + 7, tem pelo menos um zero no intervalo [1, 3].
Exercício 27 Seja f uma função contínua em [a, b] , tal que f (a) = 1 e f (b) = 2. Qual das
seguintes afirmações está correta?
2. f tem pelo menos um zero em ]a, b[ se e só se, existir um ponto c em ]a, b[ tal que
f (c) < 0;
ex−1 − e
Exercício 28 Prove que a função real de variávl real definida por f (x) = tem no
x−2
intervalo [3, 10] um máximo e um mínimo.
2
1
-4 -2 0 2 3 4 x
-2
-4
x−1
1. f (x) = ;
2x + 1
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 46 N ove m b ro d e 2 0 1 6
2
2. f (x) = 4 +
x−2
;
3
3. f (x) =
−4
;
x2
x−1
4. f (x) = ;
x+3
x2 + 2x
5. f (x) =
x−1
;
1
6. f (x) = xe x ;
ex + x
7. f (x) = ;
x+2
8. f (x) = 1 + ln (x − 2) ;
9. f (x) = ln (3 − x) − ;
1
2
x
10. f (x) = 2 ;
x +3
x3
11. f (x) =
x2 − x − 2
;
⎧
⎨ 2
x−1
, x<1
12. f (x) = .
⎩ −x
x+e , x≥1
Exercício 31 Admita que, às t horas de um determinado dia, numa localidade, a tempe-
ratura T, em graus Celsius, é dada por
T (t) = −8te−0.5t + 3, t ∈ [0, 24] .
1. Utilize o teorema de Bolzano para mostrar que entre as 8h e 15m e as 8h e 30m houve
um instante em que a temperatura atingiu os 2o C.
2. Recorra ao teorema de Bolzano para garantir que a temperatura entre as 5h e as 5h e
30m atingiu os 0o C.
Entre as 5h e as 5h e 30m, indique um intervalo de amplitude inferior a 5 minutos
no qual a temperatura tenha atingido os 0o C.
3. Considere a função f, real de variável real, definida por
f (x) = −8xe−0.5x + 3.
(a) Por processos exclusivamente analíticos, mostre que a equação f (x) = 500 tem
solução no intervalo [−6, −5] .
(b) Calcule lim f (x) . O que pode concluir quanto à existência de assíntotas hori-
x→+∞
zontais do gráfico de f?
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 47 N ove m b ro d e 2 0 1 6
2.8 Soluções
Solução 14 .
1. limf (x) = 1.
x→0
2. f é contínua em 0.
Solução 15 g não é contínua em 1.
Solução 16 .
1. k = 2.
2. k = −4.
3. k = 6.
Solução 17 .
1. A função não é contínua em 2, mas é contínua à direita de 2.
2. A função não é contínua em 0 (descontinuidade bilateral).
3. A função não é contínua em 2 (descontinuidade bilateral).
4. A função não é contínua em −2, mas é contínua à esquerda de −2.
Solução 18 .
1. Verdadeiro.
2. Falso.
3. Verdadeiro.
4. Falso.
Solução 19 .
1. f não é contínua em −1, mas é contínua à direita de −1.
2. g não é contínua em 0, mas é contínua à esquerda de 0.
3. h não é contínua em 2.
4. j não é contínua em 0, mas é contínua à direita de 0.
Solução 20 .
1. ]−∞, −2[ ou ]−2, 0[ ou ]0, 2[ .
2. [−2, −1] .
3. [−2, 0[ .
4. ]2, 3] ou ]3, 4] .
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 48 N ove m b ro d e 2 0 1 6
Solução 21 .
Solução 22 .
1. f é contínua em R.
5. s é contínua em R.
7. u é contínua em R\ {1} .
Solução 23 .
±
f (x) , x 6= 0
1. F (x) = .
1 , x=0
2. g não é prolongável por continuidade ao ponto −1.
±
h (x) , x 6= 1
3. H (x) = .
−1 , x = 1
Solução 24 -
Solução 25 -
Solução 26 -
Solução 27 A afirmação 4.
Solução 28 -
Solução 29 .
Assíntotas verticais: x = −2 (bilateral); x = 0 (unilateral); x = 3 (unilateral).
Assíntota horizontal: y = 0 (unilateral).
Assíntota oblíqua: y = 2x + 4 (unilateral).
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 49 N ove m b ro d e 2 0 1 6
Solução 30 .
1. x = −
1 1
é assíntota vertical e y = é assíntota horizontal.
2 2
2. x = 2 é assíntota vertical e y = 4 é assíntota horizontal.
8. x = 2 é assíntota vertical.
9. x = 3 é assíntota vertical.
Solução 31 .
1. -
3. .
(a) -
(b) lim f (x) = 3, donde y = 3 é uma assíntota horizontal de f.
x→+∞
D M a t - E S T S etú b a l/ IP S 50 N ove m b ro d e 2 0 1 6