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Geison Araujo Silva
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Copyright © Editora Diálogos - Alguns direitos reservados
Copyrights do texto © 2022 Autor
P745
Silva, Luiz Carlos Rodrigues da
Poesias enviesadas pelos tempos e espaços. / Luiz Carlos Rodrigues
da Silva – Tutóia, MA: Diálogos, 2022.
Formato: PDF
Requisitos de sistema: Adobe Acrobat Reader
Modo de acesso: World Wide Web
ISBN 978-65-89932-69-7
https://doi.org/10.52788/9786589932697
contato@editoradialogos.com
www.editoradialogos.com
SUMÁRIO
8 Apresentação
10 Curriculum Vitae
11 Destroços
12 Soneto da Alma
15 Rio Mearim
18 Volúpia
19 Simples Poema
20 Egresso Existencial
22 Corpo
23 Insanidade Pueril
25 Em busca do Amor
26 Poesia Dominical
28 Socorro
30 Decisão
31 Confissão
32 Saudade Frágil
34 Assimetria do Ver
35 Meu Pai
37 Profundidade
38 Grito Social
40 O Bandolim do Tempo
42 Estilhaços
43 Retornar
44 Enigma
45 Razão Inquisidora
46 Epidemia
48 Sempre que Chove
49 Amor no Espelho
50 Ego
51 Labirinto
52 Sandália Enrijecida
54 Sertões Poéticos
55 Vielas do Tempo
56 Margens das Dúvidas
57 O Espelho
58 Anamnese
59 Anamnese do Mapa de Barra do Corda
61 Cartografia do Amor
62 Liberdade
63 Infausto
64 Resposta
65 Combate
66 Desejo do Ser
67 Abster do Sentir
68 Corda Bamba
69 Insanidade Poética
70 Incógnitica (In)decifrável
71 Enviesado
72 Autorrevelação
73 Rabiscos
74 Esquinas do Meu Interior
75 Profundidade
76 Exílio Etéreo
77 Desencontro Carnal
78 Dor Temporal
79 Confusão Temporal/Ontológica
80 Poema Despedaçado
81 Final
82 Sobre o autor
APRESENTAÇÃO
Destroço profundo
Sentimento oriundo
Das efemérides frívolas
Ouso acreditar
Que todos os poemas provocam júbilo!
Também provocam o amor
Seja pela rima,
Seja pelo ritmo,
Seja pelo ímpeto das palavras
ou simplesmente por alguém
ou por alguma coisa
Que transitava aleatoriamente
Naquele lugar
Naquela hora inusitada!
Mas a vida despretensiosa
E desajeitada
Transformou tudo em palavra
Que se fez poesia!
No dia de amanhã...
Quero uma dose quádrupla de insanidade.
De preferência, sem gelo e sem limão
Para degustar em minha companhia solitária!
As alegrias cotidianas
Cabem perfeitamente na minha poesia.
As tentativas de superar o stress imposto pela vida
frenética
São suavizadas na escrita desta poesia.
Também posso colocar nesta poesia:
As minhas angústias
Os meus sonhos mais tresloucados
A minha insanidade não revelada
A minha pele desfigurada pelo tempo
O sentimento mais intrépido pela vida
E o medo da morte repentina.
Simplesmente decidi:
Sonhar em meio às minhas intempéries da vida
Sorrir com as minhas vidas!
Amplitude
Desvirtude
Finitude
Ilicitude
Decrepitude
Inquietude
Vicissitude
Bem perto
Assim, aperto!
Ao te ver de silhueta
Como no sinal de Marilyn Monroe
E na beleza de Vinicius de Moraes
Me doeu profundamente
E como doeu!
Meu pai...
Sou
Um abismo desprovido de profundidade
Também não tenho parâmetros geográficos
Nem dimensões metafisicas!
Tenho
Um vazio que nada preenche
Um vazio de mim mesmo
Esvaziado pelo tempo e pelos vazios existenciais.
Carrego
Nos ombros metafóricos
Pecados não revelados
Virtudes não reconhecidas!
Vou tentando
Empurrar para o vazio
O bom e o ruim
Para preencher alguma coisa na vácuo!
Se consentires
Vamos demorar mais um pouco
Neste divã improvisado
Em plena madrugada.
Derretido
Detido
Desmentido
Dolorido
Estou enojado
Estou vilipendiado
Estou partindo
Enfermo e indeciso.
Lentamente na floresta
Que sussurra: retorne!
É violentamente cerceada
No interior do meu outro
Eu – rebuscado em uma obra de arte
Saudade
Sinceridade
Docilidade
Versatilidade
Vislumbrei tua
formosura
Diluída em uma
Taça de amargor.
Sentado na orla
Vejo um barco que lança suas âncoras na
profundidade
Na exata profundidade das águas
Aproveito para lançar as minhas memórias.
Vielas do passado...
Amo caminhar mentalmente pelo tempo que passou.
Teu refúgio me agasalha. Teu ímpeto me refaz.
Teu liquido amniótico me recompõe.
A miscelânea das vielas passadas e presentes
Vai reescrevendo um mapa com novas sendas
E tecendo um novo caminhar.
O amor é cartografado
(Em um oceano a céu aberto...)
Delimitando o falo
Que dilacera e dispersa
Envolto em agasalhos
E intempéries
Simbólicas ou não
Utopicamente imaginei
que a liberdade era oriunda da longevidade
Com o passar do tempo passei a imaginar
Que a liberdade era fruto da temporalidade
em um devaneio existencial imaginei
que a liberdade está agregada ao dinheiro
em desvario de grandeza acreditei
Que a liberdade vinha com a força e o poder
Depois a vida e os fatos da vida me fizeram perceber
Que a liberdade não vem de imaginação, seja ela qual
for
Também a liberdade não é um fato acontecido
Descobri que a liberdade é ir ao encontro daquilo
que me faz falta
Libertando-me do que tenho
Vislumbrei que a liberdade é possível
A libido, em ti,
Não exclui o lado ruim de mim.
A libido, em mim,
Sobre lençóis desajeitados
Inertes
Mirabolantes.
Almejo o desejável
o que não ainda não é
o que talvez nunca estará
a inviabilidade do ser
o impossível do desejar
Não desejo
o que já foi e é
o perecível pelo tempo
o que tem prazo de validade vencido
o que é visível e plausível
almejo fortemente
o que ainda será
atiçado pela volúpia do momento
o não praticável pela singularidade
o incrível ser no fazer do tempo
Acreditas?
quero simplesmente abster-me de sentir
Sim
abster-me de sentir
somente isso
isso é comigo
nada contigo.
Existe o passado
Existe o presente
Existe a projeção do futuro
Entre as temporalidades
Existe um tênue
Liame
Uma espécie de fio
Que procura atar
A também
Tênue
Relação entre sonho e memória.
Contemplo-me no vácuo
E desconheço quem sou.
Estou insano, é clarividente,
Mas que insanidade é esta?
Quem sou?
Quem não sou?
Quem serei e não sou?
É melhor nem tentar responder!
Eu sou uma incógnita plena de dúvidas.
Uma hora quero, tal hora não quero.
Tenho cortejado a incógnita que sou eu.
Apenas sou o que não serei.
Humano em exponencial humano.
Imperfeito em um universo perfeito.
Incógnita sem possibilidade de ser decifrado!
Em cada sacada
Um caso
Um vaso
Um desavisado
Um descamisado
Um desvairado
Um complicado
Um esclerosado
Um atrasado
Um coisado
Um coitado
Um brisado
Um assassinado
Um descompromissado
Em um país dopado.
No meu interior
Permanecem vivos e intensos
Com certa violência
Uivando em meio aos sons diários
Sou
Um abismo desprovido de profundidade
Também não tenho parâmetros geográficos
Nem dimensões metafisicas!
Tenho
Um vazio que nada preenche
Um vazio de mim mesmo
Esvaziado pelo tempo e pelos vazios existenciais.
Carrego
Nos ombros metafóricos
Pecados não revelados
Virtudes não reconhecidas!
Vou tentando
Empurrara para o vazio
O bom e o ruim
Para preencher alguma coisa no vácuo!