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Figura 2-1 - Produção de tijolos adobe, com utilização de palha como fibra.
Figura 2-2 - Curvas típicas de tensão x deformação para ausência, baixo e alto volume de
fibras.
Figura 2-3 - (a) Mecanismo de concentração de tensões na tração no extremo da fissura (b)
Mecanismo de reforço das fibras atuando como ponte de transferência de tensões.
A distribuição aleatória das fibras no concreto reforça toda a peça, não somente
uma determinada região, como ocorre com as armaduras usualmente utilizadas. Essa
condição é interessante para estruturas contínuas (FIGUEIREDO, 2011).
Figura 2-4: Distribuição do campo de tensões pré (a) e pós solicitação (b).
Para que a fibra tenha seus efeitos positivos no concreto potencializados deve-
se utilizar uma taxa igual ou superior ao volume crítico (FIGUEIREDO, 2011).
ε mu∗E C (2.1)
V f ,crit =
f fu∗η1
Onde:
𝜀𝑚𝑢: deformação última à tração da matriz;
𝐸𝑐: módulo de elasticidade do compósito;
𝑓𝑓𝑢: tensão última das fibras.
Orientação Valores de 𝜂1
Uma direção 1
Duas direções 0,375
Três direções 0,2
Fonte: adaptado de Hannant (1979).
Lee et al. (2010) afirma que a fibra inclinada gera concentração de tensões na
sua saída, danificando pontualmente a matriz de suporte. Além disso, quando uma fibra
inclinada cruza uma fissura durante seu processo de arrancamento, as restrições
provocam o fenômeno de efeito pino.
Nesse sentido, Mansur, Chin e Wee (1999) realizaram ensaios para caracterizar
a resistência à compressão do concreto de alto desempenho com diferentes volumes de
fibras (0.5, 1.0 e 1.5%), na tabela P é apresentado as propriedades da fibra com gancho
utilizada.
todos os corpos de prova foram mantidos em uma sala úmida a 28°C até o
vigésimo oitavo dia, quando foi realizado o rompimento, na figura L é apresentado o
gráfico tensão x deformação dos resultados.
Mansur, Chin e Wee (1999) aponta que a fibra apresentou pouca melhora na
resistência a carga última à compressão, tabela P, porém se alcançou melhoras
significativas na ductilidade.
Zarrinpour & Chao (2017) aponta que o efeito pino contribui com 10-35% da
resistência ao cisalhamento no CRFA.
Para o ensaio utilizou-se dois tipos de fibras com gancho, ambas com
resistência à tração de 1100 MPa e um módulo de elasticidade de 210 GPa, a primeira
tem 35mm de comprimento e 0.54 de diâmetro, a segunda 60mm de comprimento e
0.75mm de diâmetro. Além disso, foram utilizados dois tipos de concreto: comum e alto
desempenho.
Onde:
Para o aço na fase elástica foi utilizado E=210 GPa e υ = 0.3, o escoamento e a
resistência última dos estribos 538 MPa e 696 MPa, para armaduras longitudinais de 10
mm 557 MPa e 678 MPa e para a armadura longitudinal de 25 mm e 527 MPa e 700
MPa, para a plastificação da armadura foi assumido o comportamento plástico perfeito.
Para simulação foram utilizados 9910 elementos (T3D) para a armadura, 3432
(C3D20) e 90321 (C3D8) elementos para o concreto. Na figura Q é apresentado o
comportamento da viga após o deslocamento de 25mm.
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