Você está na página 1de 10
ASPECTOS DA GEODINAMICA EM ESTUDOS APLICADOS A GESTAO DO MEIO AMBIENTE anoe! Caries To France de Gotost RESUKO Nas concencies sobre a geadininicay 6 ressaltada a interrelacio das diversas, fatores. ue influencian "0 comportamento e a tranformacio. Jo meto subionte. A geodiniieica deve representar um campo de interconendo dos tratanentas relatives & gestio do meio ambiente que sf reeresentador por diferentes anos “das aeociincias. Una questio que deve ser comm também a) estes tratanentos diversificados ¢ a da influincia da aeio antropica sobre 0 mesa anbiente: AS ahordagens tobre o meio ambiente diversitican-se Gonforme sejan_orientadas’ por’ eritérios de “estabiligade","vulnerabi lidage"y "ampacto", “ra sco ou "resposta”. Tais aspectos, assin coma a esséncis da Mdéia de” sistema, podem ser” interrelacionades. num Unitermos:estabil idadeyecodinimicassistemas Professor Go Departawento de Cadncias tabsentatsy Faculdade Chéecas e Tecraloniay WMS? Cs 4. ITRoDucaO 0 objetivo desta exposicéo ¢ focalizar algunas idéias e conceitos adotados en diferantes enfomues das geoci lag Shbiente. Nesta, Staniticados “de “vulnerabilidade'y © “resposte” com referéncia a0 meio ambiente, em face de_processos @ eventos naturais ou sob influéncia da acto antrépic: Procuracse tanbéw associar estas idéias € conceitos & visio de uma geodinimicay scbretudo 2 Geodininica externay assim coo b concepcko de um funcionanento regular do meio ambiente. Enter que 2 conpreensio destes aspectos & importante para quen pretende enpregar oe recursos Ga geologia ou da geomorfolosia sestio do meio anbiente. 2. 0 DESENUOLUINENTO DAS TEORIAS DA GEODINANICA EireRNA Antes do século XVII, foram os ensenheiros ue _prineiranente conseguiran ter una intuicio duna Geodininica externas b medida que devian atender” as Solicitacdes priticas da engenharia civil’ (Tricarty 1942). Os engenheiros perceberam, antes dos outr profiasionate ov pesquisadores, que trabalhavan sobre Un meio mutavel, cujas modificacdes ndo eran un fate ensual, obedecendoy ao contririoy a detersinadas leis No inicio. do século. XX, enquanto a engenharia civil ia desenvolvendo us Eoncercio dos processes * Cendéncias analo-americana « franc eran orientadas Teoria. davisiana, Villian Morris Davis = resp Felevo foram Tancadas. na ‘século XK. Bo ponto de vista da Feconkecer” na concepeio de Davis a preccupacio con & evolucio de processoss con 0 estado ideal so equitibrio nesta evolucio @ com as condictes 6e ctieizacdo da atividade Fluvial. De acordo com Tricart (1962), 2 aceitacio da teoria davieiana fot un entrave para 0 avanco da Beonorfologta. Ae proposicBes de Tavis baseavan-se num Yo tebricoy, tipicamente ideal, a0 gual deveri Mdastar-se ae observacbes dos fendmenos. Paralelanentes a necessidade de resposts da tecnologia a desafios representados por fendnenos de naturese, geodininica possibilitou avangos da Na opiniso. de Christofoletts (19812, os arsunentos davisianos puderan ser efetiv Fefutades aracas s evolucio da teoria dos sistemssy Gnicialmente introduzida por Strahler (1990) 1952. ~ shud. Cheistofolettty 1984). Em conformiéade com esta ova filosofia de abordagem, a estruturacio da teoria flo equitiorio diniwicay a partir de 1957, com base nas Groposicdes, de John T. Mack, significa uma ruptura cristenolégica em relacio As Nerancas davisianai Paralelanente & difusdo da teoria sistémicas Ehrard (1956) formula una teoria baseada no parel Felevante, da cobertura vegetal na pedosinese © 08 Fetlencs, decisivos da pedosénese sobre a natureza dos Utpdcitos sedinentares, Do ponto de vista da funtura, de. equilibeio ou “resistasia". € ressaltado (e's) condi¢go de biostasia ou interacio harndnica Clima florassoloy pode ser desfeita por audanca Teaine elimatica ou por desnatanento efetuado velo fo 13, ENEMPLOS DE ABORDAGENS DA GEODINANICA Set Na Geogratia Fisica Tricart (4977) prope wea abordasen ecodinimica, para a gestio do selo ambiente. Na sua Gpinidor a dptica dindmica deve ser o ponto de partida fara a avaliaclo. do. meio fisico. voltada a0 planeianento. fisica-territorial. Focalizando as Condides, de equilibrio do meio tisico reguladas pela 102 Para Tricart, @ importante entender 0 Fisico como um sistem ave pode funcionar de modo eeuilibeado. ou no. Conforms 0 balanco de intensisade de pedogénese ou de norfoginese, os weios poden ser Feconkecidos como "naturaimente, estdveis"y “intersrade™ nite snstavere". € restaltada fe" © “natural a" antinonia "entre a worfodininica eo. pleno funcionamento de um ecossiste autor ainda sponta a cartografia tenitica ono un dos instrunentos fundanentais para a avaliacto 40 funcionanento da paisagen dentro de una pesquisa spticada. Sotchava (1977) prope a sbordagen sisténica para estudos aplicados ao planejanento de utilizacto Sos recursos naturais. A aplicacio deve ser orientada para o objetivo de recuperacko do meio ambiente ou de Provencio. da sua deterioracto. por” interferéncie ntrénica. Nesta abordagen eistérica, & snportante ‘2 dininica da paisagens assin con oral,» acbilidade de um fs deven ser diferencinéor me Seus respectivossignificades na peossistena de cualquer nivel nesta classificacio nto PF faentiticado ‘com um ecostistena, eabora ew alguns exemplos se constate uma concordincia no limite spacial entre esses dois tipos de sistemas. De toda elo de Sotchava, sto destacados aqui apenas alguns fundanentos, os uals sip resumides abaixo! bora se posta dil de desenvolvimento natural), a avalia finbiente” sob as inf indescartiveli “para o entendinento das inter ose agentes da naturezay a odelizacto necessériay uma vez que 0 “aodelo. retlesdo sintética e regulads do sist 2"'é importante 2 colaboracio do hone saturere na busca da tinizaeto des tendéncias 0 elt 403) Wea esta otinizacio 6 fundarental = concepcko do'neio anbiente dentro de un funcionanente integrado, en lugar. de andlises e avaliacdes setoriaisy = para og objativos de avaliacio do comportanento "do geotsistens face Ar necessidades de interferénciaantrépicay a cartografia tendtica incluicse entre os recursos de investigacio. mais Smortantes. No Brasil, dentro du a meio ambiente, deve ser desta ‘e Christoroletti (1979) para ac teoriae relacko & neo da dininicas do meio & essencial para se focalizar 0 seu funcionamento Integrados = pode-se reconhecer a Lésica Funcionanentoy no. sentido de conpreender como” 3 alteracko ale Se verifica en uma dae variavess Consideradas na andlise pode influir na condicio. de estabilidade do. sist = “entende-se 0 ambiente cone condicBes anbientais que” reoulam 0 Fornecinento de enersia. materiais ao sistemas w "tone ainda se infere dos exenplos resentados pelo autor, a modelizacZo constitui-se ‘um recurso vital para se equacionar 0 funcionamento dos sistemas. A regincia de un aistena esti associada + sua orsanicidade dentro de um conortamento dinamico. Esta dindmica, apoiada no fornecimento de enersia © de téria pelo ambiente, teade a sisteratizar-se en un Padrio de estabilidade. A caractersaacio de um cistens ferté relacionadas suas condicdes de equilibria. Uariacdes no fornecinento de matiria ou eneraia pelo. inte, “devidas a oscilacses adwissivets ou ‘rarosy tenden a ser assinilados pelo sistema, fnuna evolucfo no sentido ds retomada do equilioric. 104 3.2 Na Geologia de Engenharia « na Geotecnia A Geologia Aplicada i Engenharia enpreas os conhecinentos dz Geologia ou das Geociéncias en geral na. snvestisaclo das “condicSes geolégicas enfrentada (© afetadas pela amplantacdo dos mais variades tipos de obras e servicos” (Santos et ality 1990). Atualmentey jevido b magnitude da sresenca e da acto humanae cobre a naturezay este ramo da geolozia ten-se ocupado com a ‘uestlo da harmonizacdo entre o eic natural, o howen oa tecnologia. A Geatecnia reforca a atuacKo 2 Geologia de Engenharia com as contribuicBes da Hecinica dor Solos . Wecinica das Rochas. A figura 1 mostra Fesumidanente @ alcance da atuaclo deste +i Figura 1. Campo de atuacio da Geotecnia (in Santos et alii, 1990) 30% Ma Geotecniay cono recurso importante para a orientacto do planejanento Fisice-territorials ten-se Gesenvolvido un Yano. derominado—“cartogratia jeotécnica”. Ne eialidade da geociéne aplicaday “uma de cartae tesiticas analisa Aetorialeente as variiveis do meio fisico e, em alguns exenplos de proposicées netolégicass as variiveis Sbcio-econdmicas tambés. Aum’ nivel avancado. da invest saactoy sintéticos sto emresados. As Cartas de sintesey essencialnente interpretativasy ta como” conteido os resultados da avaliscéo feita a partir” da interrelacio das variiveis consideradas, en Tuncio de determinados propésitos de ocupacio e uso ¢o terreno. A 1.A.E.6. International Association of Engineering Groloayy atraves de una comiseko especialy entre 1968 © 1974, promoveu 0” eetabeleciments de norms metodoldgicas da cartografia geotéenica no Gentigo “de uma uniformizacio. internacional (ANON, 1900). A sisteniticn reconendada por esta sssociacTo baseia-se principalmente en classificaces de atributor do meio fieico @ no estabelecinento de Pardnctros park a mensuracSo. da infladncia das Giversas variiveis a serem analisadas. & narnatizacio Givulgada pela I-A.€.6. acaba contribuindo para se ncobrie a visio de un sentido fundamental das SuestGee relacionadas ao meio anbiente. Este sentido Gove ter estabelecide pela interrelacto dindmica de fatores anbientais, de processos do neis fisicoe de Procestos tecnolésicos. A visio ds aeodininica é valorizada aaquilo que se pode considerar como a escola sovietica de Cartografia geatécnica. De acordo con Golodkovstaja et SI: 1980) e Sergegev (1977), para 0 estudo dos Fendmenos @ processos seoldpicot de interease pat uento geatécnicoy é reservado un campo da Togia de Engenharia, conhecido hari. A atunclo deste ci eepecialnente na questo dos riscos ov na previs (tos devidor As obras de engenharia civil. através + todos os processo possam aafivir construcBes slo" investigados, — prognosticados earacterizados quantitativanente e de acordo com una 106 temporal (Golodkovskaja et alii, 1968). 0 je suas finalidades requer a aplicacto de Virion recureoe de snvestisacioy inclusive a wodelizacio. Mi cartogratia Brasil, a visio da geodininicn ¢ valorizada por Tuguette "\4967). Nas suas proposicBes baceadse numa faults referente a resi. de Campinat SP; Verificase uaa preocupacko com a dinimica Yéentificada no” funcionanento antegrado do" meio ambiente. © enfatizada a concescio ststémcs desta integracioy assim como a5 condicoes de equilibria de um ‘sistem. Deve-se” frisar que as abordagens da cartografia geotécnica obedecen a um objetivo a sestio do welo ambiente. Considerando este aspectoy o Feferido. autar, alén de propor uma wetodologia aplicivel “a0 territérso brasileiro, retoma a ssociaclo da visio sistdmica com as fnalidades © Orientacho de ua estudo da geociéncia aplicado’ a0 Planesanenta fisico-terrstorial- Slguns pesquisadores da Geolosia Ge Sob “este aspecto, deve ser ressaltada a Prandini ¢ Oliveira (1998), que seuss no Institute de Pec Tecnolésicas do Estado de Sio Paulo (IPT). Este centro ae pesquisa, Associacio Brasileira de Geolosia de ten desenpenhado un papel amportante no aperteicoasento dos estudos voltadoe & gestio. do neio. ambiente. Una nove filosofia para orientacio dester. estudos dentro da Grolopia de Engenharia @ defendida por estes autores. Aaui & stlecionado ue trecho’ das suas reflexdee sobre 0 ‘A Geologia de Engenharia entende a acto humana como um dos mais vigororos agentes geoldoicos hoje atuantes sobre 0. planeta, interfering Grasticanente sobre os processor geolésicot naturaisy ods ficando 0 rumo ea velocidade destee processor © fresno gerando ou tnduziado © sursimento de novos © Givers: ficasdas processes” - 407 4. WULNERABILIDADE 00 -METO AMBIENTE E IHPACTO ADIENTAL, 4-4 CondicBes de Equilibrio ¢ Sensibitidade A questo da estabilidade ou do eau libeso de ue neio € delicada. Hi que considerar a. grande Variedade dos aeios, seu grau de conlevidadey Interdependincia ou subordinacko de un sistess om ‘2 outros etc. Outro aspecto € 0/das situates ‘e iiidade 'dificeis de seren caracterizadas. Ha ‘casos de meios de baixa entropiay meior en nitida {ransformacio com indefinicio no” seu funcionasento regular ou mesmo condicBes de estabilidade proviséria ou. preciria (en alguns enfocues denoninada de "wets Sstabilidade” ou de “equilibeio inetavel” em outros). ‘Do “ponto de vista da pedoaénese, por ‘exenplo, vale Tesbrar a estabilidade indefinida dos Sistemas de transformacio. de solos. Eles sto Concebidos como sistemas em est readaptacto Felativanente.lenta as sudancat nas condigdes amblentais (BOULET et alii 1984). Dependendo. do estigio. de evolucio de un destes sistemas, 35 coberturas pedolésicas sio passiveis de se encontraren feu estado de desequilibrio, padendo assin const ituir= St tn melon particularente Frigess 4 intervene! antrénica. ‘Sob a dptica da geociéncia aplicada, iaporta diagnosticar 9 meia quanto a0 seu funcionanento Fegular ¢ avaliar sua vulnerabilidade a determinadas Intervencées antrépicas. Nesta avaliacio, 0s cbjetivos do estudo eas dinensdes da dren a ser estududa Eondicionae 0 srau de detalhamento ou a escsla do mapeanentos te este for adotado. Es grande parte dos Casosy 0 estado de deterioracéo do meio aparece cone aspecto relevantey consequentenente devendo ser Giagnosticada una situacio de anonalia em relacio +0 Conpartanento natural. Do. ponto. de vista da andlise anbientaly Silva e Souza (1988) consideraw que a sensibilicade do meio. 2 determinadas intervencdes pode ser mensurada. Adwite-se que alguns eios sio mais sensiveis do cue 408 Sob este aspecto da sensibilidads ow wulnerabilidadey as zonas ras poden ser Consideradas cono un exenplo bes ilustrativa, Estas Zonas Caracterizan-se por uss diniwica inter slevados fluxes de energia_e por eventos transformacdes de curto tempo de vida (Oxford, 1986). A intervencfo ou 0 manejo dos recursos matursis nas Areas de costas deven ser particularnente cuidadosos, dada a suscertibilidade destes seior. Ko entantor & nesta “interface entre os dominios continentais eo ocednicos que o hones ¢ fortemente aotivado a intervir no sentido de ocupacio ou de uso. Nas zonas costeir Cont cenpios de intervenclo.antropica Gesastrosa, as” tanbén exeaplot de una harnonizacio paisagistica conseguida por esforcos humanos. Trate-se. reste ditino caso de una interferéncia posit iva paras instalacio do ser hunanoy dentro dest tos considerados como delicados “do ponto de vista ambiental. ‘Ainda quanto 4 sensibilidadey terreno calcérios con feicdes cirsticas, de nado geral nereces un “tratamento cuidadoso do ponto de vista da ocusacio f¢ do uso pelo honen. Una sensibilidade a viriae forms: de intervencio deve ser reconhecida numa area. de calcirio do Sudeste do Estado de Sio Pauloy Tocalizaga fe orande parte na Serra do Paranapiacabay entre o Vocal “denoninado’ Espirito Santo ea cidade dy Iporanga.Abrangendo. 0 Parque Estadual do Ribeiray ela é uma area rica en feicdes ci Pluviosidade anual superior 21.500 ne e de cobertura Floresta” densa. Qualquer projeto de intervencio referente a esta pba inpactos perisoso: para o meio ara’ homes. Vale mencionar que os terrenos carsticos fo reteridos comumente na Geolopia Aplicada & Engenharia fen obras. civis No Brasil, podem ser citadoe araves' nas instalacdes 6 (nes et alii, 1976) ou os acontecinentos. Cajanar(Wakaza alii, 1987). de danos oferecida pels intervencio en terrenos cirsticos vale tanto pars obras de srande porte, cone Se quanto pare i ticagées para habitacto, 409 3.2 Relatividade © Signifi Quanto a0 conceito de “impacto”, Bitar et alii (4998) discuten 0 seu significado go” ponto de Uista de estudor de impacto ambiental. Revendo € Conplenentando as idéias de outros pesquisadores a ‘este respeitoy oe autores entenden o meio. ambiente ono Una integracio. dos meios Fisica, bioldgico © écio-econdaico- Deste soda, distinouen "impacto”s “Impacto. ambiental” e “inpacto no weio fisico”. Ressaltan 0 carater de relatividade dos inpactos, por seren estes necessariamente avaliados na sua Stanificincia de acorda com eritérios ave no podem ° destes autores en associar a questio de Gindnica de. interacio entre os component Fisico © os fluyos eneraéticos que nele atuaa. ‘A partir” dos autores citados e de” outrosy compreende-se 0 cariter de pesquisa aplicada dos estudos de” impacto anbientaly uma vez que deven ser Condicionados —b tmplantacio e desenvolvimento deus proaete. ortante aqui é assinalar a éntase pactos do meso De togo sodoy of inpactos no neio ambiente deven ser relacionados geodindnica ek Wilnerabilidade dos sistemas a Seren” considerados, Face a uma determinada intervencio. 5. RISCO E RESPOSTA 5.1 Potencial de Danos ¢ Condicdes de Risco Na Literatura de geaciéncias en Lingua inslesa, os termos “hazard”, "risk" assin com “response”, os quais sio préprios do vocabulério. adquiven significados especificos, Ticadas a gestio do meio anbiente. 1 termo “hazard” pode ser enpresado para. se referir a. "potencial de dano” 2 interacBee fentre 0 ser humano e a ratureza ou a interacies ent ©. Ser hunano e » tecnologia. Este # ue ponto de vista firmado por cientistas sociais (Burton, Kates © Uhitey 440 1978 - apud Coates, 1901), com base no argunento. de que a natureza destas situacdes de aneaca ("hari Gepende de interacdes atividade humane @ eventos de diversas oF Recomenda-se evitar 0 esprego dos termos azard” @ "risk" (ou "risco” em portugués) como sinbainos “ue “do outro. Risco identi ficanse como 0 Produte deus fator probabilistico de ocorréncia eventos aneacadores por un fator de custo envelvi nos eventos. Na lingua francesa a denominacio."r cue’, (os & ensregada com 0 sentido de Brobabilidad Perdas de vidas humanas ede be ateriais devigo & ocorréncia de un sisno, en determinada regio (Bousquet e Philips 1990), “Alex Sismique", entendido como. traducio’ de “seismic hazard", "significa a probabilidade de que, numa, ded regilioy un siso ultrapasse determinada intensidade. © importante frisar que o potencial de dano ternos de fendneno een ternos a humana. Un evento nfo aneacador” para 0 ser husano, tal como ue terremote numa resi desabitaday deve Ser considerada apense un eventos sem Significada como risco (Coates, 1961). Tradicionalaente, as pesauisas sobre riscos ‘ae-se ocupado com aqueles eventos que em estancia sf0 de carater natural ineluindo-se nesta catesoria os terrenotos, as inundacBesy ov ciclones a8, eruncdes wlcSnicas. “Con desenvolvimento ds geociéneia wplicaday a andlise de riscos ten evoluiéo no sentido de uma anpliaeio de seu objeto de interesse. A anuli deve consigerar tanbén os potenciais de anos de carater tecnolégicoy por exesplo- ‘Av acdo. antrépica not meios naturais tea 2 capacidade de induzir eventos de risco ou criar situaces de risco. Mio @ desconheciday entre profissionais. de engenhariay a aneaca ocupacto ou & atividade husana, que @ representada por antises. mina de carvio. Na Europa, as extensas redes de galeries saidese je wineracé antions de Favorecen os fendmenos de Gesabanento sob cargas de edificacdess on bote-fora, fevido a sua extensio © 4 sua alturay Forman taludes ticularmente instiveisy gue isto Stupacdo humana en encostas. Nos Ext aio analisados casos de explosées catastroticas por” acio aut de gases produzides en reseitos de sineracto de carvio (uillians e Aitkenkead, 1991). Estes produtos arginais da mineracko de carvio™ representan assio Dotenciais de danos de caréter tecnolosico (technological hazards"), tar et alii (1990) propien a andl: riscos geolésicos em estudos de impacto asbientals qsvecialmente no. caso de prosetos de mineractes eh Para estes autores, sob a dptica de ums acto ambiental, as alteracdes na processes dor meio: fisico # bioldsice fercussies no meio sécio-econdaico. Na ‘am que ineactos ou repercussies conproneten a seguranca ou a qualidade de vida face a0 uso. ou ‘ecupacio do solo, slo eriados riscos de danos ede perdas de vidas’ huganas © riacos de. prejuizos materiais na area de influéncia do proeto Considerado.” Dewaneira que determinadas intervencses ho. geossistema implicam respostas, as quars por. sun vez,” representam amencas Ge danos gravest populacio Do ponte de vista da seociéncia aplicaday & amportante cue se adote una concercio cada ver menos. restrita sobre situacdes de riscoy anpliando-se a bresenca da andlise eda avaliacio a orientacées de planejamento. fisico-tei @xemlo neste sentido é-a avaliacio de riscos de corrosio para estruturas de concreto (Lindsay et ality 1906). Suspeitas Tundadas em alguns casos observadosy suanto ao potencial de agressivs ra estruturas Ge concretos em razio da salinidade do subsolos rode Justificar una avaliaeio de riscos sob este aspectos foriat. ‘Ue 5.2 Retsosta como Consequéncia Natural © como Efeito Ge Aedes Antropicas. 0 termo “resp: nas seociinciasy ten sido associado a0 efeito de um proceso natural. Us exenplo ben simplificado desta Concercto pode ser oferecida pela conbinacio Condicées de clina tropical imide com um caracteristica © terreno de tectonisee Drando en aacico granitico. As condicBes ambientais 142 referséas determinan a intensidade 0 soda de atuacio fe ‘processos de intemerisno. Na rocha araniticay a Fesposta a tais processos se verifica através. do Gesenvolvanento de um tipo caracteristico. de solo. Gualquer” odificacio nos. fatores cliniticos pode resultar numa. alteracto nos processos e introduzir, Conseauentenente, usa alteracio gas caracteristicas 49 Solo, ou seja, provocar um novo tipo de resposta. Un meio, que pela teoria sisténica é classificado como “sistesa processo-resposta"s pode Ser, exenplificado on aialquer bacis hidrosraticn do Deste Paulista onde se encontrava, antes do avanco colonizador do século XX una’ densa cobertura florestal. Neste tipo de sistema, uma alteracio aubiental, natural e relativanente comm, de acinulo de precipitacio da orden de 300 nm numa Sewanay Sianifica” aumento de aporte de carga ede fluxo energético. Os cursos d'aguay 34 tendo estabelecido a Sua marcha de funcionanento numa tendéncia. para > estabilizacio, tia de enfrentar ura sobrecaraa” de tolicitacio fora do padrio de estabilidade. @ resposta as este evento aparece nus comportanento en desacordo Com “este padrdo. Os ‘cursos. ’igua superan este Gistirbio mum deterainado intervalo de tempo, Conteguindo absorvé-loe. assim. santer-se nun conpartanento de estabilizacio. Neste eesno tipo de sistema ue epiaédio ancomum, mas ainda natural, de precipitacio de 2 num 26 diay deeregula os processos caracteriaticos bacia” hidrografica | que esto. adaptados a un funcionamento estabilizad0. A resposts a0 evento ¢ incomum, No” entanto; com 0 tempo, 0 disturbio acaba Sendo absorvido, numa tendéncia do sistema a obedecer 2 um padrdo wais adequado A sua estabilidade. Na" mesaa Dacia considerada, 0 evento watanento pelo honen provoca respostas enéraicas € Ge nitida anonalia. 0 desmatanento — peneralizado destedi um poderaso agente de regulagen térmica, sntercertack chivas e de evapotranspiracéo. 0 Conseauente aumento do procestos erosivos nas vertentes e sobrecarga de solicitacio, representada bela. extrsordiniria perturbacio nas variiveis de Fornecinenta. de" cai Dentre as respostas verificat 449 Incluen-se: assoreamento do canal, sol smargens fluvinis « tendénct Sntes estabelecida. Como resposta vépida as audancas anbientai Moss (1986) considera aquela que se wanifesta dentro da escala de tenpo das atividades humanas. Este autor propBe usa Classificacio. de terrenot conforme 0 Intervalo de tenpo entre 2 mudanca ambiental ea weento das ca0t no repine fluvial resposta, dando” Gnfase tasbéw modi ficacBes anblentais introduzidas pelo homen. Enbora as idéias de resposta, asia como de sensibilidade do” meio. ® de desenvolvinento de Situactes de risco, representem pequenas variacées de Eritério ou de ingul de estabelecer una associacio entre Selicada a gestio do weio ambiente. A ieportincis. de Cada una delas depende também do caso 2 ser analisado. na’ dren costeira. pode ser muito sensivel a interferdncias no asbientey oferecendo respostas ripidas a estas interferdnciass um terreno carstico podense comortar” como” de alta, sensibilidi IntervencBes no anbientey porée com uma resposts relativanente “lenta. Nestes dois exenplosy situacbes Ge risco para a ocupacio humana podem ser definidas Assim como poden inevistir. A identificacso de a io. ser. humana depende de fatores Ja mencionadas no Sten # desta enposicao. ‘6. CONSIDERACSES FINATS interacio de diversas fatores © 0 estuso apticado. + jes sobre geodindmca referen-se a plitude dificil de ser avaliada (0 resumida das .déias bisicas da feoria” Sistémica’ tende' a uma interpretacto Simplificada do que esta teoria pode significar paras Geodinimica. Dada a amplitude do seu escoroy transparece, nesta simplificacioy um carater abstrato das suas abordagens. uesties de una a aqui. A apresentaci saa Ae adésas exer ‘yulnerabilidade”, _“inpacto’ sto importantes. num’ sentido de _nocBes basicas da ica relacionada a gestio do meio anbiente, bem seplican pequenas diferencas de criterios de abordagen. ‘Algunas proposicBes metodolésicas relative do. meio ambiente caracterizan-se por un je “tal amplitude, que se orienta: Snalise "ea. avaliaclo de uma varie Conplexos, anbientais. Exeaplos destas proposicies Sbrangentes so encontvados nas Avaliacées de Trpactos fabientais) eam sisteniticas da. Cartogratia Geotdeniea. 2 io entantos qualquer cue seia a aplicacio en vistay ov estudas voltados # geste do meio ambiente Fevelan preocupaches com situacdes de naturezs Conereta. Na aaior parte das aplicactesy 08, intos requeren 2 adocio de conceitos Uipecificos e variiveis ben definidas. AS avaliacds por "exenploy apesar do. condicionante de w conduzen’ a apreciacio. das questdes Tocalizadae. "a nocBes concretas. Os mapas. de riscoy Gado o seu cardter tecnico e funcional, possibilitan a percensio. clara. da presenca ou ausincia de riscos assie conc 2 dinensio dos problemas considerados. ‘aresar das. diferencas de critérios © procedinantos, em qualquer situacio enfrentada pelos Estudos, dirigidas & geatio do weio ambiente, a dotica Ginimica eas idéias bisicas de sistem, deven estar fentes ono una orientacio fundamental. 45. ‘BIBLIOGRAFIA ANON (1980) - Classification of Rocks ans Soils for Engineering 64 ett Rock and soil materials. - Report of the comiesion if Engineering Geological Mapping ofthe International Association of Enineerina Geoloayy TAE.G.y 495 364-971, Krefeld. 2, BITAR, 0.Y.3 FORNASARI FILHO, Ni VASCONCELOS, MK. T. (1986)? Consideracdes bésicas para a abordagen 6 neio Hisico en estudos de impacto arbiental Sociedade Brasileira ge Geolot 3. BITAR, 0.7.5 FORNASARI FILHO, Ni BRAGA, TO. (1990): “Insercio da andlise de riscos geolégicos 9 estudos de inpacto ambiental ~ consideracées a partir. do caso de aineracSes om dreat urbanaey int Simpésio Latino Awericana sobre Risco Geolégico Urbanos 1, Anais...4 S80 Paulo, T.A.E B./AsB-GsE.y 12 248-254. 4. BOULET, Rs CHAWVEL, Ri LUCAS) Y. (19840: Les Systénes| de Transformation em Pédologie, in: Livre” dubitaire du Cinquentenaire, Paris, AFESy af 467-179. 3. BOUSOUET, J.C.5 PHILIP) H. (1990): Gedlogie et Risques Siswiques - les enseignenents du seism de Sitar. (araénie, 7 re 1988), in Catastrophes et risques Naturels, Bulletin’ de 1a Societé Languedocienne de Geographie, 24 (1-2): 41-77, Nontpellier. CHRISTOFOLETTI, A. (19799: Andlise de Sistemas en Geoarafiay 1a. e4.y Sio Paulos MUCITEC/USP, 106, re ” (19019: Geonorfologsa Fluvial, 12. Eaictoy Bio Pauloy Edgard Blucher Ltda. v. Fluvialy 313 ps 8. COATES, D.R. (4981): Environmental Geolosss New York, J. Wiles & Sons, 781 pe 9. ERHART, H. (195405 La theorie bio-rexistasique et Te problenes a paleobiologiques, ome (2a6): 43°53. $8, GOLODKOVSKALA, GA. Engineering Geological Mapping in Rss, int Internacional Geological Congress, 23s Proceedings, Pragay International Association 17. of Engineering Geology 11, LINDSAY, 1.6.4 SCHEELARE TWARDY, AG. (49860: Soil ‘survey for urban development, int Land Evaluation, Ed. Donald @. Davidson, Van nostrand S“feinhold Company Ine $2. MOSS) M.R. (1996): Landscape Synthesisy landscape processes and. land classification -— sone theoretical and sethodolosical issuess int Land Evalustiony €8- Donald A. Davidson, Van Nostrand 13. WAKAZAWA, YoA. et alii (1987): Cajamar = carst€ Urbanizacio:” invest igacio e monitoranentoy int Conaresso Brasileiro de Geologia de Eagenhariay Gp, Anais.sey S80 Pauloy IBGE, 2 (Tena 10)? Mia 14, NUNES) A.Jei SILVA FILHO, B.C.5 VASCONCELOS) E.M. (i976)t Problems de’ fundacBes em terrenos, tandrficoe chrsticos, in? Congresso Brasileiro Beolosia de Engeshariay ty Anaise.» Rio de Saneiroy ABLG.E.y 2 (Tena 9)? 247-290. 45. OXFORD, J.D. (4984): Coasts: enviroments and Vandforss; int. Hansbook of Engineering Geomorphology. New York, Chapman and Halls Survey University. 16. SANTOS, A.Ref PRENDINT FT. OLIVEIRAy A.H.S. (1990): Limiter Asbieatais do Desenvolviaento? Geocianciae Alicadas, Una Abordagen Tecnoldsica 447 ABE. 4a Biosteray A. Pauloy 28 6. artigo técmicos So 47, SERGEYEY, Y.N. (19779: The Tasks of Engineering Geology in’ Connectson. with the Rational Utilization of Geological Environment T-A.E.0. 15: 23-25, Krefeld. SHLYAy Jux.s SOUZA, Jul. (1988): Andie fabiental, 1a. Eaicio, Rio de Janeiroy Universidade Federal do Rio de Janeiroy 196 9. 19, SOTCHAUA, U.B. (197792 0 Estudo de Geossist Hétodos em duestia, 14, Sio Pauloy Instituto, Geolegia/USP, 52 p. (tradusido). TRICART, Je (19620: U Masson, 167 9. iderme de la Térrey Parity 110

Você também pode gostar