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Necessidades educativas especiais

O termo Necessidades Educativas Especiais (NEE) está


associado a pessoas com problemas sensoriais, físicos,
intelectuais, emocionais e com dificuldades de
aprendizagem derivadas de fatores orgânicos e/ou
ambientais.
Tipos de Necessidades educativas especial (NEE)

Existem dois tipos de NEE:


1. Permanentes: exigem adaptações generalizadas do currículo escolar,
devendo o mesmo ser adaptado às características do aluno, durante
grande parte ou todo o percurso escolar do aluno (Ex: problemas de
tipo sensorial, mental, físico-motor e emocional ou psicossocial).
2. Temporárias: exigem modificações parciais do currículo escolar,
adaptando-o às características do aluno num determinado momento
do seu desenvolvimento (Ex: Problemas ligeiros relacionados com a
aprendizagem da leitura, escrita e cálculo).
Necessidade educativas nas escolas
Crianças com Necessidades Educativas Especiais na escola- refere-se a
crianças que precisam de serviços de educação especial e que devem ter
um programa educativo individual. Portanto, são crianças que estão a
demonstrar dificuldades no ensino e que, por várias razões, precisam de
ajuda ou de atenção adicionais por parte dos educadores.
As crianças com Necessidades Educativas Especiais, podem ser crianças
que não são parcialmente deficientes, ou não possuem deficiência ou
perturbações de carácter permanente, apenas necessitam de qualquer
tipo de apoio em educação especial durante a sua vida escolar.
Cont… Necessidade educativas nas escolas

Portanto, as crianças com Necessidades Educativas Especiais


podem necessitar de apoios e serviços de educação especial
durante todo ou parte do seu percurso escolar, por forma a
facilitar o seu desenvolvimento académico, pessoal e
socioemocional, por exibirem determinadas condições
específicas.
Escola inclusiva
Na escola inclusiva, todos os alunos estão na escola para
aprender, participando. Eles não estão presentes apenas
fisicamente, pertencem à escola e ao grupo, e que por sua
vez os alunos sentem que pertencem à escola, e sentem
responsável pelos seus colegas alunos. Dessa forma, o aluno
não é uma parte do todo, faz parte do todo.
Como fazer com que o aluno com NEE senta-se
incluso na escola?
Traga a igualdade para a sala de aula
Os alunos se aceitarão mais prontamente uns aos outros como
membros iguais da sala de aula, se eles o vêem tratando cada um
deles como participantes iguais, valorizando a contribuição única de
cada aluno como indivíduos e como aprendizes.
Cont… Como fazer com que o aluno com NEE senta-se incluso na escola?

Utilize o apoio de colegas para fazer conexões


Os alunos de sua turma podem ajudar a ensinar conceitos a um aluno
que precisa de apoio adicional para a aprendizagem. Essa é uma
oportunidade de desenvolver uma conexão de qualidade com seus
colegas.
Cont… Como fazer com que o aluno com NEE senta-se incluso na escola?

Compreenda e aceite ajustes individuais ou atividades necessárias


Em consistência com a construção de uma apreciação da diversidade
em sua sala de aula, você deve facilitar a aceitação de quaisquer
ajustes que são necessários para o seu aluno com deficiência,
explicando seu propósito e benefícios para os colegas do aluno.
As explicações também ajudam outros alunos a ver as
adaptações como “justas”. Ajustes que são compreendidos são mais
facilmente aceitos. Os ajustes necessários são consistentes com a
diversidade dentro da sala de aula inclusiva.
Tratamento de crianças em saúde mental
O diagnóstico dos transtorno mental é feito por profissionais
especializados em saúde mental: psicólogos, psiquiatras ou
psicanalistas. Por meio de uma entrevista e avaliação
cognitiva e emocional dos pacientes, esses profissionais
costumam chegar ao diagnóstico da doença.
O tratamento são feitos por meio de medicamentos e
Psicoterapia (Terapia comportamental, terapia cognitiva
terapia interpessoal, psicanálise, psicoterapia psicodinâmica e
psicoterapia de apoio).
Os diagnósticos mais frequentes nas crianças com
NEE
Autismo;
Hiperatividade;
Déficit de Atenção;
Dificuldades motoras;
Dificuldades sensoriais;
Dificuldades de aprendizagem; e
Dificuldades de compreensão e expressão.
Atraso mental
Sintomas do autismo
Falta de interações sociais, comunicação;
Comportamento focalizado e repetitivo;
Fobias;
Perturbações de sono ou da alimentação;
Crises de teimosia ou agressividade (auto-agressividade).
Sintomas da hiperatividade
•Sono agitado;
•Machucados e lesões;
•Impulsividade;
•Mal desempenho escolar;
•Falta de atenção;
•Fala muito;
•Dificuldades em aprender;
•Agitação excessiva e Ansiedade.
Sintomas da Déficit de atenção
•Não conseguem prestar atenção a detalhes, trabalhos e nas
brincadeiras;
•Não parecem ouvir quando se fala com elas diretamente;
•Não seguem instruções e não concluem tarefas;
•Dificuldades para organizar tarefas e atividades;
•Evitam ou não gostam em se envolver com tarefas que exigem
esforço mental prolongado;
•Frequentemente esquecidas ou perdem coisas; e
•São facilmente distraídas por estímulos externos
Sintomas da dificuldades motoras
•Desajeitada ou incoordenada em seus movimentos.
•Atraso no desenvolvimento de habilidades motoras grossas e finas;
•Demora mais para aprender novas habilidades motoras;
•Tem dificuldade para fazer atividades que requerem o uso coordenado dos dois
lados do corpo (ex: usar tesoura, escrever, agarrar bola e andar de bicicleta);
•Autoestima baixa e pouca motivação para fazer atividades;
•Tem dificuldades para organizar seus materiais (carteira/mesa, cadernos,
brinquedos);
•Lentidão nas atividades escolares que exigem desempenho motor (Ex: copiar
do quadro, usar régua, fazer o dever de casa.
Sintomas da dificuldades sensoriais
Alto limiar para a dor;
Hipersensibilidade aos sons ou a ser tocado, reações exageradas à luz
ou a odores, fascinação com certos estímulos);
Anormalidades na alimentação (ex: limitação a poucos alimentos na
dieta) ou no sono (ex: despertares noturnos com balanço do corpo);
Anormalidades do humor ou afeto (ex: risadinhas ou choro sem
qualquer razão visível, uma aparente ausência de reação emocional);
Ausência de medo em resposta a perigos reais e temor excessivo em
resposta a objetos inofensivos.
Sintomas da dificuldades de aprendizagem
Crianças com muita dificuldade para falar ou se expressar;
Dificuldade em aprender cores, formas, letras e números;
Falta de foco e concentração no dia a dia;
Dificuldade de organização;
Dificuldade para lembrar informações.
Sintomas da dificuldades de compreensão e
expressão
Isolamento social ou repetição persistente de palavras;
Dificuldade para falar e/ou compreender as mensagens
ouvidas;
Dificuldade para escrever e/ ou ler e entender o que foi
lido;
Também pode apresentar dificuldades de fazer gestos ou
representar as ideias de outra forma.
Sintomas do atraso mental
Atraso Mental: refere-se a um funcionamento intelectual
significativamente abaixo da média, acompanhado de limitações
significativas em pelo menos duas ou mais áreas do comportamento
adaptativo, este deve ocorrer antes dos 18 anos.
Classificação do Atraso Mental: Ligeira; Moderada; Severa; e
Profunda
Caracteristicas do Atraso Mental: Problemas de memória;
Geralmente são hiperactivas e tem défice de atenção; Tem
dificuldades na aprendizagem; Pensamento criativo extremamente
pobre, etc.
Inclusão
A inclusão significa ser participante, ser considerado, “fazer parte
de”, ser levado a sério e ser encorajado, por isso requer a
promoção das qualidades próprias de cada um, sem
discriminação. Seja no jardim-de-infância, na escola ou noutro
contexto.
A inclusão é fazer com que todas as crianças (com ou sem
necessidades especiais) brinquem e aprendam de acordo com o
seu nível próprio de desenvolvimento em cooperação, permitindo
atingir o máximo rendimento em função do seu potencial.
Estratégias para uma Educação Inclusiva
Para que a educação inclusiva seja uma realidade é
necessário que sejam introduzidas alterações na sala de aula,
nomeadamente, a nível dos instrumentos e estratégias que
têm vindo a ser utilizadas e que precisam ser diferentes, que
exista participação familiar; e o envolvimento da
comunidade escolar e do meio envolvente. Assim sendo,
passa, fundamentalmente, por uma diferenciação
pedagógica, pela gestão e organização das turmas e da
escola.
O Papel do Professor
O professor deve ver a heterogeneidade do grupo como um factor a
explorar, pelo que precisa conhecer muito bem os seus alunos do
ponto de vista pessoal e sociocultural, para que essas características
sejam tidas em conta quando com eles trabalha.
Também deve ter conhecimentos pedagógicos que lhe permitam
criar instrumentos de diferenciação pedagógica, que passa por
organizar as actividades e as interacções, de maneira a que cada
aluno se depare regularmente com situações didácticas
enriquecedoras para ele, adequadas às suas características,
interesses, necessidades e saberes.
Envolvimento Familiar
É pois essencial a participação dos pais em todo o processo
educativo, através de uma estreita colaboração entre
escola/família. Os pais são participantes indispensáveis na
medida em que contribuem com o conhecimento específico
que têm do filho e da sua situação familiar e manifestam as
suas preocupações e expectativas relativamente ao seu
futuro.
Cont… Envolvimento Familiar

Para os envolver em todo o processo educativo, há que ter em


consideração as suas necessidades e prioridades na organização e na
elaboração do programa educativo individual; devem ser criadas
condições para que possam colaborar com o trabalho a desenvolver
na escola e dar-lhe continuidade em casa e na comunidade; respeitar
as suas expectativas, assim como as suas tradições e valores
culturais; mantê-los informados acerca dos progressos do filho,
fazendo uso de uma linguagem simples e positiva; criar espaços de
comunicação para os pais poderem manifestar as suas
preocupações, os seus desejos e as suas necessidades
Vantagens da inclusão nas crianças com
Necessidades Educativas Especiais (NEE)
Melhoria dos resultados escolares;
•Melhoraria do comportamento social;
•Maior facilidade em jogos e brincadeiras;
•Redução da estigmatização;
•Crescimento em ambientes integrados.
Cont… Vantagens da inclusão nas crianças com Necessidades Educativas Especiais

•Maior aceitação e respeito pela diferença;


•Participação e partilha de aprendizagens;
•Desenvolvimento da autoestima;
•Desenvolvimento de apoio e companheirismo mutuo;
•Construção de uma sociedade mais solidária.
Estratégias para ajudar na inclusão para Crianças
Crianças com dificuldade de visão
Necessidade de se aproximar mais das coisas;
Realizar jogos maiores;
Usar figuras e textos maiores, com alto contraste e
visibilidade;
Controlar luminosidade;
Crianças com dificuldade de audição
Falar diretamente para a criança;
Falar alto e calmamente;
Usar gestos, objetos, expressões faciais;
Repetir se for preciso ou dizer de forma diferente;
Acentuar o início e o fim das frases.
Crianças com dificuldades motoras
Ensinar jogos e exemplificar;
Convidar a criança para as brincadeiras;
Fortalecer os pulsos e dedos;
Estimular a coordenação olhos/mãos;
Oferecer oportunidades para interagir com outras crianças;
Utilizar equipamento especial (Ex: tesouras adaptáveis que requeiram menor força de
mãos);
Utilizar atividades variadas e multissensoriais (são aquelas que estimulam os sentidos
das crianças, ou seja, audição, olfato, paladar, tato, visão );
Alternância entre atividades ativas e atividades passivas.
Crianças com dificuldade de leitura
 Interpretar figuras;
 Leitura com qualquer livro que achar interessante que tenha acção ou
humor;
 Se perceber que o aluno não consegue acompanhar um determinado
texto, procure livros com impressões em letras grandes, ou amplie o
texto que pretende aplicar;
 Quando o aluno tem de ler leia alternadamente com ele em voz alta,
faça uma paragem em cada parágrafo para lhe perguntar sobre aquilo
que foi lido;
Crianças com dificuldade de escrita
 Os professores podem usar em sala de aula cópias de letras
maiúsculas e minúsculas ampliadas;

 A melhor forma de adquirir ou melhorar as actividades de escrita é


através do treino da escrita;

 Caso a memória seja deficiente é necessário a elaboração de pistas


ou perguntas que direccionem o pensamento e a selecção de ideias
pois haverá dificuldades em transformar em algo real e concreto
como é o caso da escrita com coerência.
Crianças com dificuldade de compreensão
•Usar frases simples;
•Dar tempo para processar e responder;
•Usar gestos;
•Ajudar com os exercícios das aulas.
•Usar frases curtas, simples e com vocabulário pouco ambíguo;
•Verificar a se compreendeu o que lhe disse;
•Convencer as crianças a convidarem a outra para se juntar a elas e mostrarem-lhe o
que estão a fazer.
• Se o professor pretende colocar uma questão a toda classe, o aluno com transtorno
de fala deve ser questionada previamente.
Crianças com dificuldade de expressão
•Ouvir cuidadosamente;
•Encorajar a criança a explicar-se com base em figuras e objetos;
Mesmo que a criança não fale, é possível fazer algum tipo de jogos (Ex: Brincadeiras
com nome; Brincadeiras com números)
•Dar tempo para a criança responder.
•Encorajar a criança a falar mais (por exemplo: fazer perguntas que não sejam de
resposta direta);
•Encorajar convívio com crianças que a estimulem;
•Escutar realmente o que a criança diz e como o diz;
•Manter contacto visual;
Crianças com dificuldade de linguagem
 A intervenção a nível da linguagem engloba a fonética, a semântica e
a sintaxe;
 A palavra falada para se transformar em escrita, primeiro ocorrerá
uma análise acústica dos sons relacionando os fonemas com as
palavras, depois há o sistema semântico, ou seja, a extracção do
sentido, para então a forma ortográfica que está armazenada no
léxico passa ao módulo gráfico;
 Se o deficit é de informação deve-se proporcionar ou criar meios
para que o aluno possa gerar ideias para serem escritas.
Crianças com dificuldade de cálculos
 Procure usar situações concretas, nos problemas;

 Procure iniciar cada período de aula com um resumo da sessão e


uma visão geral dos novos temas;

 Escrever no quadro o tema a aprender, os passos ou procedimentos


a serem seguidos e o que o aluno deverá tomar nota;

 Promover no aluno o uso e desenvolvimento de estratégias de


memorização e recuperação da informação.
Crianças com dificuldades de concentração
Dar o exemplo e encorajar a criança a juntar-se a ele na atividade,
mostrando interesse.
Simplificar atividades;
Alterar ou reduzir o número de etapas de uma atividade;
Utilizar as preferências da criança;
Adaptar materiais, tornando mais apelativos visualmente.
Crianças com problema de atraso mental
Devido a híper- sensibilidade aos estímulos, sempre que possível o aluno
não deve sentar perto da janela, da porta ou de qualquer outra área
movimenta porque estes podem facilmente distrair-se por qualquer
estímulo que possa dar azo;
As actividades devem ser divididas em pequenos passos ou segmentos
mostrando mais do que uma vez os passos a seguir;
Dependendo da idade o professor deve desenvolver no aluno
competências ao nível da organização. Porque estes alunos geralmente as
suas carteiras ficam muito desorganizadas, repleta de objectos. Pelo que
o professor deve ajudar o aluno a organizar o seu material. Deve-se
manter na carteira do aluno apenas o que vai usar na aula.
Conclusão
As crianças com necessidades educativas especiais são
capazes de atingir os mesmo resultados como outras
crianças, apenas necessitam de abordagens de ensino e
formas de contactar distintas.
Todos temos um papel ativo na sociedade e na forma como a
mesma procede à inclusão de crianças com necessidades
educativas especiais. Este papel passa por garantir a
igualdade de oportunidades para todos, de forma a atingir o
melhor resultado no expoente do potencial de cada um.
Cont… Conclusão

O mais importante no contacto com as crianças com


necessidades educativas especiais é disponibilizar ajuda,
incentivar e elogiar as mesmas quando o merecem,
respeitando o seu espaço e privacidade sem as excluir de
atividades e “brincadeiras”, promovendo ativamente a
criação de oportunidades para que elas mostrem o seu
verdadeiro potencial.
Principios: Equidade, igualdade e responsablidade
Principios: Equidade, igualdade e responsablidade

“Nada para, Nós Sem Nós”

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