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JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD
Matr. Polo:
a) Explique por que uma educação que priorize o pensamento pode ser um
antídoto contra a banalização do mal.
O texto de Andrade (2010) não só nos permite conhecer a linha de pensamento Arendtiano,
como refletir ao longo da leitura, sobre o que aprendemos e internalizamos no decorrer da vida a
respeito do bem e do mal. Ler o texto nos possibilita pensar e buscar entender os acontecimentos
sociais, políticos e econômicos, sob um contexto do que está sendo formado na mentalidade do
povo, de forma intencional e silenciosa.
O intrigante é constatar que a grande maioria das pessoas tem sua personalidade e caráter
baseados nos conceitos de uma educação “moral”, onde se aprende o que é o certo e errado, não há
espaço para questionamentos e obedecer é a palavra de ordem. Formando assim indivíduos
supérfluos e submissos para a sociedade, cumpridores de seus deveres, eficientes, conformados com
o Estado, independente do que ele dita para a população.
O estudo sobre a banalização do mal nos permite perceber o mal além de explicações
aparentemente óbvias como patologia, possessão demoníaca, determinismo histórico ou alienação
ideológica, mas como uma escolha, uma possibilidade possível ao homem. A filósofa relaciona a
ausência do pensamento a uma possível relação com atos maus, propondo que a incapacidade de
reflexão é um ambiente propício para o fracasso moral. Neste contexto, seria muito mais
interessante formar crianças e jovens acríticos, condicionados e superficiais como Eichmann, a fim
de anos mais tarde utilizar-se de sua força de trabalho e manter o sistema capitalista, por exemplo.
A reflexão de Arendt nos apresenta uma alternativa ao moralismo tradicional, através de uma
prática educacional reflexiva em busca de compreender e superar os desafios vivenciados em
tempos tão difíceis. É preciso permitir e estimular o pensamento buscando possibilidades sobre os
sentidos de cada coisa ser no mundo, sem garantias ou certezas.
A banalidade do mal, nos permite refletir sobre nossos pensamentos e ações e ao mesmo
tempo em formas de implementar em sala de aula o desafio de educar para e no pensamento.
Interessante que estudamos em todo o curso sobre a importância da educação dialógica e reflexiva,
porém a partir deste texto entendi que também precisamos privilegiar o espaço para o pensamento e
diálogo interno. Sabemos que o tempo em sala de aula muitas vezes não é suficiente para todas as
práticas, mas esse momento de reflexão individual pode ser instigado e realizado pelo aluno em
casa. Sobre educar para o pensamento podemos afirmar que:
Após essa experiência e após os esclarecimentos dessa aula afirmo que educar para o
pensamento é algo que deve ser feito diariamente, primeiramente em nós, e nas nossas relações
educativas (escolar, familiar, social), pois sem dúvidas é o antídoto para combater a banalização do
mal e para nos libertar da opressão imposta por tempos tão difíceis como este que vivemos.
Referência: