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Nem o Catecismo da Igreja Católica responde tal questão, pois não dá para definir o
Absoluto em palavras.
Deus disse a Moisés quando este perguntou a Ele qual o seu nome:
“Quando eu for para junto dos israelitas e lhes disser que o Deus de seus pais me enviou
a eles, que lhe responderei se me perguntarem qual é o seu nome? “ Deus respondeu a
Moisés: “EU SOU AQUELE QUE SOU” Êxodo 3,13.
Deus quis ensinar a Moisés que Ele é aquele que é, ou seja, o único ser que subsiste em
si próprio, portanto, absoluto. Nós existimos em função dele, que nos criou e nos mantém
a vida. Deus é a origem de todas as coisas.
A grande definição:
As explicações anteriormente esboçadas são necessárias para nos dar uma base inicial
e para favorecer a compreensão. Mas, a grande expressão de Si que Deus nos dá vem
através da Bíblia na primeira carta de São João: Aquele que não ama não conhece a
Deus, porque Deus é amor (I João 4,8).
Características de Deus:
• Criador
• Eterno
• Imutável
• Onisciente (detém todo conhecimento)
• Onipresente (presente em todos os lugares)
• Onipotente (todo poderoso).
• Deus é Trino: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança” (Gen. 1, 26). Nesta
passagem podemos perceber o uso da primeira pessoa do plural, demonstrando a sua
tridimensão.
Deus é:
Pai (“Eu e o Pai somos um” - João 10,30)
Filho (“no princípio era o Verbo e o Verbo estava junto de Deus... tudo foi feito por Ele e
sem Ele nada foi feito” – João.1, 1-3)
Por essas e outras passagens, podemos observar que o ato da criação é de Deus Trino.
É por uma apropriação teológica que se atribui a Deus Pai a criação.
A Criação – Plano de Amor
Do amor entre eles: do Pai para com o Filho, do Filho para com o Espírito Santo, do
Espírito Santo para com o Pai e Filho, ou seja, um entrelaçamento, um aglomerado de
amor!
Este imenso amor gera vida!
Numa singela analogia, podemos dizer que a Ssma. Trindade “ficou grávida”, e como toda
mãe, logo tratou de fazer seu enxoval:
As coisas criadas: todo o mundo (o céu, a terra, o mar, os animais, toda a natureza...)
“Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que Ele reine sobre os peixes do
mar, sobre as águas do céu, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre
todos os répteis que se arrastam sobre a terra.” (Gen.1,26)
Portanto, o homem foi criado com características inerentes de seu Criador. O Catecismo
da Igreja Católica no número 41 irá afirmar: As criaturas, todas elas, trazem em si certa
semelhança com Deus, muito particularmente o homem, criado à imagem e a
semelhança de Deus. Por isso as múltiplas perfeições das criaturas (sua verdade,
bondade e beleza) refletem a perfeição infinita de Deus. Em razão disso, podemos
falar de Deus a partir das perfeições de suas criaturas, "pois a grandeza e a beleza
das criaturas fazem, por analogia, contemplar seu Autor" (Sb13,5). Ainda pode-se
destacar outras características inerentes:
• Inteligência (ciência)
• Vontade (diferente de instinto)
• Destinação a eternidade
• Co-criação (graça de gerar filhos)
E muito mais, pois no que consistia o Paraíso, Jardim do Éden, onde Deus colocou
o homem?
Deus, na descrição do Paraíso, emana seu desejo de fazer o homem feliz, pois provê
todos os frutos da terra para sua subsistência; o homem possui a harmonia com a
natureza, com os animais, não havendo hostilidade entre eles: a familiaridade e
comunhão plena com o Criador, a liberdade e o livre arbítrio. Sobre essa questão, vale a
pena fazermos uma ponderação, pois Deus deu ao homem o direito de comer de todos os
frutos do jardim, e eram milhares e milhares de espécies, mas com uma orientação
expressa num mandamento de amor de Pai que tudo sabe: Proibiu-lhe de comer apenas
de um dos frutos, para que tivesse uma oportunidade de dar uma resposta de fidelidade e
obediência, um laço de comunhão e não um cerceamento puro e simples e autoritário
Aqui, vale dar um exemplo:
Um pai, quando pede ao filho que não ponha o seu dedinho na tomada, não o faz por um
ato de altivez, para mostrar sua autoridade em casa, mas por ter a ciência, o
conhecimento pleno, de que aquela situação levará seu filho a tomar um choque. Só
Deus, como fonte de toda sabedoria, é quem pode dizer, com sua plena ciência de todas
as coisas, o que nos fará bem. Estar em comunhão com Deus é estar na felicidade, no
caminho e na segurança.
1) Eterno = Deus já nos amava antes da nossa existência. Fomos, aliás, chamados à
vida por um ato de amor.
2) Pessoal = único
Deus nos ama de maneira irrepetível. Ele conhece, valoriza e ama cada um de nós como
se fôssemos os únicos seres sobre a Terra.
Se você fosse o único habitante de todo o universo, Deus não poderia amá-lo mais
do que Ele o ama nesse exato momento.
“O Senhor chamou-me desde o meu nascimento, ainda no seio de minha mãe, ele
pronunciou o meu nome” (Isaías 49.1)
“E agora eis o que diz o Senhor, aquele que te criou, Jacó e te formou Israel, nada temas,
pois eu te resgato, eu te chamo pelo nome, és meu” (Isaías 43,1).
3) Fiel = Deus não volta atrás no propósito de nos amar. Ainda que sejamos infiéis, Ele é
fiel.
“Pode uma mulher esquecer-se daquele que amamenta? Não ter ternura pelo fruto de
suas entranhas? E mesmo que ela o esquecesse, eu não te esqueceria nunca. Eis que
estás gravada na palma de minhas mãos.” (Isaías 49.15-16)
“Porque és precioso a meus olhos, porque eu te aprecio e te amo, permuto reinos por ti,
entrego nações em troca de ti”. (Isaías 43.4)
5) Incondicional = Nossos afetos são marcados pelo egoísmo, pelo desejo de troca.
Amamos o belo, o perfumado, o gentil. Mesmo o amor materno, que dentre os amores
humanos é dito o mais puro, tem limitações.
Deus nos aceita e nos aprecia em qualquer circunstância, pois não é necessário
colocarmos máscaras para sermos aceitos por Deus. Ele não nos ama por causa de
nossas qualidades, mas ama o que somos. Deus não nos ama porque somos bons,
mas porque Ele é bom.
“Mas amamos por que Deus nos amou primeiro” (I João 4,19). Dá forma que estávamos!
Somos convidados a conhecer, a experimentar esse Deus que nos criou por amor, com
amor e para o amor. Amor autêntico, pleno. Temos carência de sermos amados com
perfeição. Mas onde encontrar tal amor perfeito (incondicional, pessoal, eterno...)? Só em
Deus!
Por mais valorizados e amados que fomos por nossos familiares, esposos, amigos,
sempre estaremos carentes do amor perfeito.
É como se em nosso coração houvesse uma sede infinita. Mesmo que somássemos
todos os amores deste mundo, sempre estaríamos em “déficit”, sedentos. Uma sede
infinita clama por um amor infinito. Só Deus possui qualidades necessárias para suprir
nossa carência de amor. Só Ele pode nos dar realização plena, felicidade.
Deus está derramando seu amor por você! Se até hoje você nunca sentiu, talvez por
desconhecer esta linda verdade ou mesmo por indiferença, distância, frieza e tantas
barreiras, neste momento, quebre esta barreira e permita-se ser amado. Não deixe este
momento passar. Não é hora de ser insensível, mas de deixar-se enamorar pelo Amor de
Deus...