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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”


Câmpus de São Paulo

Histórias do ensino de artes no Brasil: do


modernismo à contemporaneidade

Segundo semestre 2021

Docente: Profª Drª Rejane Galvão Coutinho


Discente: Gabriel Almeida da Silva
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
Câmpus de São Paulo

Disciplina destinada à pesquisadores em arte educação, mas que apresenta


um gigantesco valor para qualquer pesquisador em arte. Através da exposição de
cronologias evidenciam-se processos que historicamente modelam a relação que o
sujeito estabelece com o que se entende por arte dentro da nossa sociedade.
Acredito que buscar essa compreensão é de fundamental importância para elaborar
formas de pensar a arte no contexto brasileiro, buscando compreender
particularidades dos diversos micro contextos históricos e sociais que a constituem.
O conteúdo trabalhado em aula trouxe muitas reflexões sobre minha própria relação
com o pensamento artístico: como aprendi as habilidades e sistematizei processos
ao ponto de me reconhecer hoje como artista? A partir dessas reflexões e das
exposições de relatos dos colegas arte educadores, surgem novas ferramentas para
lidar com a troca nos espaços de ensino de arte, nos contextos de oficinas e cursos
que ocasionalmente me proponho a realizar, levando em conta a particularidade do
saber artístico e do contexto social de cada sujeito.

A dinâmica da disciplina consistiu num primeiro momento na exposição de


conceitos e teorias na arte educação e cronologias contendo dados de
implementações das políticas públicas voltadas para o ensino de artes nas escolas
e os processos políticos implicados nelas.

A partir disso as aulas se desdobravam em seminários organizados por temas,


dentro dessas linhas de abordagem. os grupos foram se auto organizando a partir
dos interesses em comum e com a própria pesquisa. o seminário organizado pelo
meu grupo centrou-se em no conceito de experiência no processo da arte
educação. éramos um grupo majoritariamente de artistas com pouca vivência
enquanto educadores. Optamos por partilhar nossa experiência pessoal com o
aprendizado artístico; como e quando nos entendemos como artistas? Quando
topamos seguir esse caminho? Os relatos serviram como um exercício de memória
afetiva, todas nós tínhamos histórias singulares e elas tinham suas convergências e
particularidades, entrelaçando-se com as ideias que surgiram a partir da leitura que
fizemos de textos de Jorge Larrosa, John Dewey e Ana Mae Barbosa.
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
Câmpus de São Paulo

As trocas proporcionadas pela disciplina, tanto na escuta de relatos quanto na


reflexão sobre os conceitos, foram definitivamente transformadoras. Por acreditar
que a criação artística nasce através dos afetos (como o mundo nos afeta, a criação
vem como uma resposta ao mundo), a experiência das aulas trouxe mais
instrumentos para refletir sobre a fruição artística e como tornar esse tipo de
experiência mais equivalentemente acessível. Enquanto artista, pensar nesses
aspectos fazem com que o pensamento criativo também assuma posturas mais
assertivas diante das problemáticas referentes à desigualdade no acesso à fruição
artística pelos diferentes grupos sociais no território brasileiro.

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